Os órgãos dos sentidos são aqueles que
recolhem informações do meio ambiente e
encaminham estes estímulos ao cérebro pelos
seus nervos correspondentes. É através dos
órgãos dos sentidos que o homem explora
melhor o meio ambiente e as relações com seus
semelhantes.
Os sentidos são:
visão, paladar ou gustação, tato,
olfato e audição
Para a captação de cada sentido existe um
órgão correspondente:
•Visão: olhos;
•Paladar: língua;
•Tato: pele;
•Olfato: nariz;
•Audição: ouvidos.
Em cada um desses órgãos existem partes que
têm as denominações seguintes:
• Receptor externo: Colhe as impressões
sensitivas na periferia do organismo;
• Transmissor: são fibras nervosas cuja
finalidade é conduzir as impressões periféricas
colhidas;
• Receptor interno: região do cérebro que
transforma as impressões colhidas pelo
receptor externo em sensações.
Células nervosas
O neurônio, a célula comum a todo e qualquer sistema nervoso
existente no reino Animalia, assemelha-se, em sua função, a um
fio condutor de eletricidade.
Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo
celular, dendritos e axônio.
No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se
localizam o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
Os dendritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e
geralmente ramificados, que conduzem os estímulos captados do
ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.
O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os
dendritos, cuja função é transmitir para as outras células os impulsos
nervosos provenientes do corpo celular.
A rede de neurônios
Os neurônios que constituem o sistema nervoso
formam uma intrincada rede, comparável, em
certos aspectos, ao sistema telefônico de uma
grande cidade. A rede nervosa é formada pelos
axônios e dendritos, que atuam como cabos de
transmissão de impulsos nervosos, e por corpos
celulares de neurônios, que atuam como
estações de processamento e de transmissão de
informações.
Nos vertebrados, os corpos celulares dos
neurônios estão concentrados no sistema
nervoso central, ou seja, no encéfalo e na
medula, e também em pequenas estruturas
globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios
nervosos. Os dendritos e os axônios, geralmente
chamados de fibras nervosas, estendem-se por
todo o corpo, conectando os corpos celulares
dos neurônios entre si e às células sensoriais,
musculares e glandulares.
Sistema nervoso central e autônomo
O sistema nervoso é dividido em duas partes: sistema
nervoso central e sistema nervoso autônomo.
O sistema nervoso central é a parte que coloca o corpo
em contato com o meio externo. Ele é composto por:
cérebro, cerebelo, medula espinhal, órgãos dos cinco
sentidos humanos (visão, olfato, paladar, audição, tato,
pressão e temperatura).
O sistema nervoso autônomo é um sistema que controla
o meio interno de nosso corpo, ou seja, as funções
internas do organismo, como por exemplo, a
musculatura lisa da parte do estômago, íris dos olhos,
etc.
Ao contrário do que ocorre com o sistema
nervoso central, o sistema nervoso autônomo
não tem um centro de decisão. Ele tem tudo
distribuído, sendo assim, ele possui um “centro
de decisão” relativamente grande.
Componentes do sistema nervoso:
- Encéfalo
- Medula espinal
- Nervos
- Órgãos dos sentidos (orelha, olho, etc).
Funções do sistema nervoso
Através dos impulsos nervosos, o sistema
nervoso regula várias atividades do corpo
humano, tais como: controle de batimentos
cardíacos, dilatação de vasos sanguíneos,
estímulo ao sistema urinário e digestório,
constrição pulipar, etc.
Sentido da Visão
O sentido da visão nos permite perceber as
impressões luminosas decorrentes dos feixes
luminosos que se refletiram em um objeto ou
foram emitidos por este.
Partes internas do Olho
O olho é formado por 3 membranas envolventes (esclerótica, coróide e retina) e por
alguns meios transparentes (córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo).
Esclerótica: é a membrana mais externa do olho. Por ser resistente, protege e dá
forma ao olho. Na parte anterior, a esclerótica é abaulada e transparente, permitindo
a entrada dos raios luminosos. Esta parte anterior chama-se córnea (branco do olho).
Coróide: membrana logo abaixo da esclerótica, rica em vasos sanguíneos que nutrem
as células do olho. No centro de sua parte anterior a coróide tem um orifício
denominado pupila ou menina dos olhos. Envolvendo este orifício encontramos um
disco colorido chamado íris.
Retina: membrana interna do olho onde encontramos células especializadas em
captar estímulos luminosos. Na retina temos uma mancha amarela ou mácula lútea,
que é o local onde incide a imagem em um olho com visão normal.
Córnea: branco do olho.
Humor aquoso: líquido localizado entre a córnea e o cristalino.
Cristalino: é uma lente natural que modifica sua curvatura em função da distância do
objeto para ajustar os feixes luminosos na mácula lútea.
Humor vítreo: é mais consistente que o humor aquoso e localiza-se na câmara
posterior do olho. Contribui para manter a forma esférica do globo ocular.
Estruturas anexas ao globo ocular
Compreendem as pálpebras, supercílios (sobrancelhas), cílios
(pestanas), glândulas lacrimais e músculos motores.
As pálpebras, com movimentos rápidos de fechamento,
protegem o olho contra agressões diversas, inclusive a
entrada do excesso de luz.
Os supercílios e os cílios também protegem o globo ocular
contra a penetração de suor, poeira e mesmo contra o
excesso de luz.
As glândulas lacrimais situadas sob as pálpebras superiores,
umidificam a córnea, facilitando o deslizamento das pálpebras
nos movimentos de piscar.
O globo ocular pode se movimentar para todos os lados
graças a um complicado conjunto de músculos.
O sentido de gustação nos permite fazer a seleção dos diversos alimentos pelo
reconhecimento do sabor. O órgão responsável pelo paladar é a língua, que percebe 4
sabores básicos; doce, salgado, ácido (azedo) e amargo. Os demais sabores surgem
pela combinação desses quatro.
Ao colocar-se um alimento na boca, sensibilizam-se as células gustativas que se
localizam dentro das papilas linguais (Saliências localizadas sobre a mucosa da face
superior da língua). Através dos nervos da língua (nervo glossofaríngeo), estes
estímulos captados são levados ao cérebro e identificados.
A distribuição das células gustativas não é uniforme em toda a
língua. Na parte anterior, encontramos maior número de células
sensíveis ao doce e ao salgado. Nos bordos da língua
encontramos em maior quantidade células sensíveis ao ácido e
ao salgado. Na parte posterior da língua estão as células
sensíveis ao amargo.
Sentido do Tato
Uma pessoa consegue ler em braile graças aos inúmeros
receptores táteis que existem nas pontas dos dedos
O sentido do tato nos permite apreciar a forma,
superfície, dimensão e temperatura dos objetos. O
sentido do tato situado principalmente na pele,
onde chegam fibras nervosas sensitivas que
terminam livremente, ou então dentro dos
corpúsculos táteis.
A sensibilidade maior ou menor de uma região do
corpo está relacionada com o número de
terminações nela existente. Os locais mais sensíveis
são as extremidades dos dedos, a língua, os lábios e
a ponta do nariz.
O sentido do tato é um dos cinco sentidos, mas,
diferentemente dos outros sentidos, ele não é
encontrado em uma região específica do corpo, e
sim em todas as regiões da pele.
A nossa pele é o maior órgão do corpo humano. Ela
é repleta de terminações nervosas capazes de
captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos.
Cada terminação nervosa ou receptor cutâneo é
especializado na recepção de estímulos específicos,
sendo que cada receptor tem um axônio e, com
exceção das terminações nervosas livres, todos eles
fazem associação com tecidos não neurais.
As regiões da pele que apresentam pelos possuem, nos folículos capilares,
terminações nervosas específicas, cujos axônios envolvem o folículo piloso, captando
as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Nessas regiões também podemos
encontrar os receptores de Ruffini, também chamados de corpúsculo de Ruffini, que
são estimulados quando a pele é distendida
.
Podemos encontrar três tipos de receptores na pele: os corpúsculos de Pacini ou de Vater-Pacini; os
corpúsculos de Meissner e os discos de Merkel.
Os corpúsculos de Pacini são especializados em captar estímulos vibráteis e táteis. Os corpúsculos de
Meissner são encontrados nas regiões da pele que não apresentam pelos e são especializados em
captar estímulos táteis. Os discos de Merkel são especializados na captação de estímulos táteis e
também de pressão.
Nas regiões da pele que são desprovidas de pelo podemos encontrar os bulbos terminais de Krause,
que são receptores térmicos de frio. Eles podem ser encontrados nas partes limítrofes da pele, como ao
redor dos genitais e dos lábios.
As terminações nervosas livres, como os receptores de dor, acusam estímulos mecânicos, térmicos,
químicos e especialmente dolorosos.
O sentido do tato é o primeiro sentido a se desenvolver no homem e é
importantíssimo para o crescimento, desenvolvimento e aprendizado
da criança, pois por meio do toque ela consegue receber estímulos de
outras pessoas, adquirindo confiança e autoestima. Além disso, o tato
é o único sentido que se conserva atento no período em que o
indivíduo está dormindo, funcionando como uma espécie de guarda
do sono.
Alguns medicamentos que atuam como anestésicos locais, como a
novocaína, atuam nos receptores de dor da pele. Outros
medicamentos, como a aspirina, atuam inibindo a produção de
prostaglandina, substância que provoca inflamações e dores em
regiões do corpo. Substâncias como o ópio, a morfina e a codeína
atuam nos centros da dor no nosso cérebro.
Pessoas desprovidas de visão conseguem redigir e ler textos, números
e notas musicais com os dedos, graças à grande quantidade de
receptores táteis existentes nas pontas dos dedos. O alfabeto em
braile foi inventado pelo francês Louis Braille (1809- 1852), que ficou
cego quando ainda era criança.
O sentido do olfato nos permite perceber os
odores. Para sentirmos o odor de qualquer
substância é necessário que esta desprenda
partículas gasosas ou seja, deve ser volátil.
Ao inspirarmos, o ar passa pelas fossas nasais e
deixa na mucosa olfativa as moléculas odoríferas
dissolvidas no ar. Assim as terminações nervosas do
nervo olfativo presentes nesta mucosa, podem ser
estimuladas e encaminhar as mensagens até o
cérebro, sendo então transformadas em sensações
odoríferas.
Quando um corpo qualquer está vibrando, o ar que está em volta também vibra. Estas
vibrações são as ondas sonoras que, quando captadas pelos ouvidos, são
encaminhadas ao nervo auditivo para chegar ao cérebro.
O ouvido é dividido da seguinte forma:
Ouvido Externo: é formado pelo pavilhão auditivo (orelha) e pelo canal auditivo
externo, que termina numa membrana chamada tímpano. O pavilhão auditivo tem a
função de recolher as ondas sonoras e encaminhá-las pelo canal auditivo, que
apresenta no seu interior vários pelos e glândulas que produzem o cerume para
impedir a penetração de corpos estranhos.
Ouvido Médio: seria uma câmara fechada se não fosse a comunicação com a faringe
por um tubo chamado tuba auditiva. O ouvido médio vai do tímpano ao ouvido
interno, demarcado pelas janelas oval e redonda; no ouvido médio encontramos uma
cadeia de pequenos ossos responsáveis por aumentar as vibrações recebidas pelo
tímpano e transmiti-las para a janela oval no ouvido interno. Esses ossos são
chamados de martelo, bigorna e estribo. O martelo encostado no tímpano passa as
vibrações para a bigorna e esta ao estribo que está encostado na janela oval.
Ouvido Interno: também é conhecido como labirinto; esta parte do ouvido é formada
pela cóclea, que é uma estrutura em forma de caracol e pelos três canais
semicirculares. A cóclea contém as terminações do nervo auditivo.
Poluição sonora: Quando e como ocorre
A poluição sonora ocorre quando num determinado
ambiente o som altera a condição normal de audição.
Embora ela não se acumule no meio ambiente, como
outros tipos de poluição, causa vários danos ao corpo e
à qualidade de vida das pessoas.
O ruído é o que mais colabora para a existência da
poluição sonora. Ele é provocado pelo som excessivo
das indústrias, canteiros de obras, meios de transporte,
áreas de recreação, etc. Estes ruídos provocam efeitos
negativos para o sistema auditivo das pessoas, além de
provocar alterações comportamentais e orgânicas.
A OMS (Organização Mundial de Saúde)
considera que um som deve ficar em até 50 db
(decibéis – unidade de medida do som) para não
causar prejuízos ao ser humano. A partir de 50
db, os efeitos negativos começam. Alguns
problemas podem ocorrer a curto prazo, outros
levam anos para serem notados.
Efeitos negativos da poluição sonora na saúde
dos seres humanos:
· Insônia (dificuldade de dormir);
· Estresse
· Depressão
· Perda de audição
· Agressividade
· Perda de atenção e concentração
· Perda de memória
· Dores de Cabeça
· Aumento da pressão arterial
· Cansaço
· Gastrite e úlcera
· Queda de rendimento escolar e no trabalho
· Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído)
Recomendações importantes:
Para evitar os efeitos nocivos da poluição sonora é
importante: evitar locais com muito barulho; escutar
música num volume de baixo para médio; não ficar sem
protetor auricular em locais de trabalho com muito
ruído; escutar walk man ou mp3 player num volume
baixo, não gritar em locais fechados, evitar locais com
aglomeração de pessoas conversando, ficar longe das
caixas acústicas nos shows de rock e fechar as janelas
do veículo em locais de trânsito barulhento.
Curiosidade: Nível de ruído provocado
(aproximadamente – em decibéis)
- torneira gotejando (20 db)
- música baixa (40 db)
- conversa tranqüila (40-50 db)
- restaurante com movimento (70 db)
- secador de cabelo (90 db)
- caminhão (100 db)
- britadeira (110 db)
- buzina de automóvel (110 db)
- turbina de avião (130 db)
- show musical, próximo as caixas de som (acima de
130 db)
- tiro de arma de fogo próximo (140 db)
Você sabia?
- É comemorado em 7 de maio o Dia do Silêncio.
- Para medir o nível de ruído num determinado
ambiente, os técnicos utilizam um aparelho
chamado decibelímetro.