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Uma parceria:
P R O J E T O
Formação
deEducadores
ENSINOMÉDIO
2
CLIQUE PARA ACESSAR O CAPÍTULO DESEJADO DIRETAMENTE
CAPÍTULO 3CAPÍTULO 2CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 5CAPÍTULO 4
Professoremformação:
Cenárioatual
ProfessordoséculoXXI:
Competênciasparaseconectar
defatocomouniversodosjovens
ProfissãoProfessor:
Oquemotivaeoquedesafia
napráticaeducacional
P.32P.19P.6
P.58 P.79P.43
Formaçãoinicial
deprofessores
Formaçãocontinuada
deprofessores
Índice
2
EXTRAS
Formaçãodeequipesdegestão
(diretoresecoordenadores
pedagógicos)
3
Revisãotécnica
DesignGráfico
Ilustrações
Célia Senna
Alexandre Macedo
Claudio Moraes
Gabriel Leitão
Adriano Valadão
iStock
Shutterstock
The Noun Project
Freepik
Flaticon
Pesquisa,conteúdoeredação
Lívia Macedo
Camila Zorlini
Andréa Azambuja
Débora Teodoro
Carolina Faria do Carmo
Caio Dib
Créditos
Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio
4
Especialistaconvidada
Data
Participantes
Adriana Martinelli
Consultora educacional que trabalha
há mais de 20 anos trazendo soluções
inovadoras para a Educação em
diferentes áreas.
14 de outubro de 2016
Madalena (Projeto Aprendiz)
Cristina Modelini (Formação Continuada)
Julci Rocha (Mestre e Pesquisadora em Educação)
Julia Pinheiro Andrade (Atina Educação)
Thiago Tached (Consultor de Educação)
Wesley Moreira de Andrade (Professor do Fund. II)
Thiago Carvalho (Clinton Center for Teacher and Learning)
Luciana Allan (Instituto Crescer)
Isis Ferreira (Profª História Fund II)
Daniel Augusto (Consultor Educacional)
Iara Santos (Profª Fund II)
Cristiane Chica (Mathema)
Maurício Pimentel (Colégio Bandeirantes - BandTec)
PRESENCIAL
GRUPODETRABALHO Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio
5
Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio
ONLINE
GRUPODETRABALHO
Participantes
Adriana Martinelli Carvalho (LABi)
Anderson Córdova (SENAC)
Andreia de Jesus (Consultora Pedagógica)
Ângelo Costa (Educador)
Gisela Tartuce (Fundação Carlos Chagas)
Graziella Matarazzo (Educadora)
Leonardo Correa (Educador)
Luciana Cury (UNIB)
Rodnei Pereira (UNIP)
Data
26 de janeiro de 2017
CAPÍTULO 1
Profissão:Professor
Oquemotivaeoquedesafia
napráticaeducacional
6
<< VOLTAR PARA O ÍNDICE
7
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fontes: Instituto Paulo Montenegro/FVC, Como o professor vê a Educação (http://bit.ly/como-ve)
Os professores são essenciais para transformar
a educação e a realidade do país e eles têm
consciência do papel que exercem na área. A
pesquisa Como o professor vê a Educação,
desenvolvida pelo Instituto Paulo Montenegro
em 2007 com a participação de professores de
todos os segmentos de ensino do Brasil inteiro
teve apontamentos interessantes.
O estudo constatou que 21% dos educadores
entrevistados estavam satisfeitos com
a profissão. No entanto, para 22% dos
entrevistados o docente não é devidamente
valorizado pela sociedade. Para a metade dos
ouvidos, a sociedade dá aos professores pouco
ou nenhum valor.
dosprofessores
estãosatisfeitos
comaprofissão
acreditaqueodocentenão
édevidamentevalorizado
pelasociedade
SegundooCensodo
Professor(Inep/MEC),
64,1%dosprofessores
deensinomédiosão
mulheres
acreditaqueasociedade
dáaosprofessorespouco
ounenhumvalor
64,1%
21% 22% 50%
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Jáparouparapensarque
semaprofissãodeprofessor
nãoexistiriamasoutras
profissões?
UMAPROFISSÃODE
IMPACTOSOCIAL
GRANDE
8
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fonte: Secretaria de Educação Básica/MEC, Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Gestão da educação escolar (http://bit.ly/gestao–na-educacao)
Oquefaz
oolhodo
professor
brilharmais
“A maior motivação de ver o aluno se realizando, passando
no ENEM, no vestibular é sentir que o que ensinou
colaborou pro sucesso de alguém. O vestibular é um
rito de passagem, é uma transição na vida do indivíduo. O
outro ponto é a questão de compartilhar conteúdo para
tornar esse indivíduo diferente. ‘Educar’ significa ‘tornar
alguém elevado’. Você ter habilidades e competências para
fazer esse indivíduo ser um cara diferente é motivador.
Saber que posso contribuir com esse fim é maravilhoso”
gerente pedagógico do
Portal Descomplica
Eduardo Valladares
9
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Ensinomédio
podeatrairfuturos
professores
OsegmentosedestacanaEducação
Básicaporcontarcomprofessoresque,
muitasvezes,têmmelhorformação
acadêmica,cursouuniversidades
públicaseatémesmotevea
oportunidadedeestudaremescolas
privadasduranteociclobásico.
Mesmoassim,aindafaltam
professoresparaoensinomédiono
país,particularmentenasdisciplinas
deFísica,Química,Matemática
eBiologia.
Fonte: Folha de S.Paulo, Nenhum jovem quer virar professor no Brasil, mostra exame da OCDE (http://bit.ly/querer-ser-professor) + Instituto Paulo Montenegro,
Como o professor vê a Educação (http://bit.ly/fvc-prof) + UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios)
“Oquevocêquer
serquandotiver
?”30anos
A pergunta - feita pela OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a jovens
de 15 anos durante exame do Pisa (2015) - revela o pouco
prestígio dos educadores entre os jovens brasileiros:
nenhum dos questionados afirmou querer ser professor,
contrastando com a média mundial de respostas da
instituição, que registra que 3,7% dos jovens pretendem ser
professores secundários e 6,10%, professores primários.
10
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fontes: LABi (Laboratório de Inovação Educacional), Por uma Nova Formação Continuada - Diálogos, Experiências e a Formação de Professores no Século 21, (http://bit.ly/nova-formacao-continuada)
Além do estímulo para ser professor não vir nem
da escola, nem da faculdade, nem da sociedade,
a formação também não colabora. Muitas
instituições de ensino não oferecem cursos
alinhados às exigências da realidade, formando
educadores despreparados para enfrentar os
desafios reais de uma sala de aula.
Segundo relatório do Banco Mundial, um
dos grandes problemas enfrentados pela
educação no Brasil é a dificuldade em
atrair profissionais talentosos para os
cursos de pedagogia e licenciatura,
tendo em vista o pouco prestígio social
da profissão e os baixos salários.
PROFESSOR
ADVOGADO EMPRESário MÉDICO
11
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
A pesquisa 10 Desafios do Ensino Médio no Brasil, da UNICEF, identificou os principais desafios
enfrentados no ensino médio para garantir o direito de aprender para jovens entre 15 e 17 anos.
Nosso relatório aprofundou três temas que têm mais relação com o professor:
EXCLUSÃO
NAEDUCAÇÃO
MELHORARRELAÇÃO
PROFESSOR+ESTUDANTE
LEVAREMCONTA
ADIVERSIDADE
1. 2. 3.
grandestemasedesafios
quepreocupamosprofessores
3
12
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fontes: Folha de S.Paulo, Professores acreditam no seu trabalho como elemento importante para a sociedade, mas poucos jovens sonham em ser professores
(http://bit.ly/combate-evasao) + UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios)
As estatísticas mostram que
mais estudantes brasileiros
estão conseguindo vencer
os desafios do ensino
fundamental e entrar no
ensino médio. Dados do
PNAD apontam que a taxa
de escolarização líquida dos
jovens entre 15 e 17 anos
subiu de 36,7% em 2001
para 51,6% em 2011. Mesmo
assim, metade dos jovens
não continuam os estudos.
O acesso à escola por causa
de grandes distâncias ou
falta de transporte é dos
limitadores nas zonas rurais.
Junto com isso, pesquisas
como o estudo Trabalho
Infantil e Adolescente –
Impactos Econômicos e os
Desafios para a Inserção
de Jovens no Mercado
de Trabalho no Cone Sul
(Fundação Telefônica, 2013)
apontam que o trabalho
aumenta em 22,6% a evasão
escolar dos jovens.
EXCLUSÃO
NAEDUCAÇÃO
1.
13
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fontes: El País Brasil, Cresce o número de jovens que não estudam nem procuram emprego (http://bit.ly/elpais-nemnem) +
World Bank Group, Out of School and out of Work (http://bit.ly/banco-mundial-nem-nem)
De acordo com o IBGE,
em 2013, um a cada cinco
jovens brasileiros entre 15
e 19 anos não trabalhava
nem estudava. “O perfil do
chamado ‘nem-nem’ mostra
que ele tem geralmente
escolaridade menor em
relação aos outros jovens.
Identificou-se que 44,8%
deles vivem em famílias
com renda de um quarto do
salário mínimo por pessoa,
na condição de filho. Quanto
à localização, a maior parte
dos representantes dessa
‘geração’ está concentrada
no Nordeste do País”,
ressaltou a jornalista Heloísa
Mendonça em matéria do El
País Brasil.
Pesquisa do Banco Mundial
apontou que 1 em cada 50
jovens da América Latina
está fora da escola e do
mercado de trabalho. No
Brasil, as mulheres são
maioria (68,6%), muitas vezes
por causa de questões como
gravidez na juventude.
Muitas jovens não têm
com quem deixar os
filhos e muitas sentiram
incompreensão da escola
em relação a seu estado.
A pesquisa também aponta
como o cenário de jovens
que não estudam nem
trabalham pode contribuir
para a manutenção da
desigualdade.
EXCLUSÃO
NAEDUCAÇÃO
1.
Confiramaissobreapesquisa
doBancoMundialnolink:
http://bit.ly/banco-mundial-nem-nem
14
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fonte: UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios)
Todo estudante tem aquele professor que
admira. Por outro lado, ele também tem
aquela matéria que odeia. Na pesquisa
10 Desafios do Ensino Médio no Brasil,
da UNICEF, estudantes criticam muito o
fato das aulas estarem pouco conectadas
com suas realidades, do professor
“despejar” conteúdos na turma e da falta
de escuta em relação aos jovens.
Encontrar o ponto de conexão entre a
turma se mostra fundamental para a
garantia do aprendizado dos jovens, maior
interesse pela escola e uma relação mais
saudável para todos. O portal Porvir
compartilha uma série de relatos dos
próprios educadores sobre como eles
estão inovando na sala de aula no site
http://porvir.org/diario-de-inovacoes
MELHORARRELAÇÃO
PROFESSOR+ESTUDANTE
2.
Depoimentos de jovens ouvidos
pela pesquisa da UNICEF
“A gente não tem nenhum
interesse de ficar olhando
para a cara de alguns
professores. Aí a gente
se desconcentra, começa
a conversar com a amiga
do lado, começa a fazer
brincadeira. Por isso, é que
leva uma má nota às vezes
em algumas matérias”
Tem dias que
eu nem mato a
aula, a aula é
que me mata”
15
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fonte: UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios)
A ampliação de acesso ao Ensino
Médio que aconteceu nos últimos anos
também trouxe maior diversidade para
as escolas, tanto em questão de renda
quanto em relação às diferenças entre
cada indivíduo. A pesquisa 10 Desafios
do ensino médio no Brasil aponta que a
discriminação racial é uma das principais
barreiras que os jovens brasileiros
enfrentam para ter garantido seu direito
à educação. Do total de excluídos
do ensino médio, a maioria é negra.
A população negra também é a mais
afetada pela repetência e pelo abandono.
O bullying, por sua vez, está presente na
maioria das salas de aula.
LEVAREMCONTA
ADIVERSIDADE
3.
Oseducadores
podemaproveitar
ferramentasgratuitas
paracombateros
problemascomrelação
àdiversidadenaescola.
OMinistérioPúblicodeSãoPaulo
criouumcursodeintroduçãoàjustiça
restaurativaparaeducadores,noqual
apresentacaminhoseferramentas
pararealizarodebatejuntocomos
estudantesdemaneiraestruturada.
Épossívelacessaromaterialem
http://bit.ly/justica-restaurativa-mp.
16
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Bastaacessarapesquisa10Desafiosdo
EnsinoMédionoBrasil,disponívelnolink
http://bit.ly/10-desafios
Exploretodosos
desafiosdoEnsino
Médioapontados
pelaUNICEF
17
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Fonte: Grupo de trabalho e entrevistas com educadores realizados pela equipe da plataforma FAZ SENTIDO (2015).
Os diversos desafios
encontrados nas pesquisas
para garantir educação com
qualidade e equidade no
ensino médio são combustível
para oportunidades. No grupo
de trabalho e entrevistas
com educadores realizados
pela equipe da plataforma
FAZ SENTIDO, uma série
de caminhos positivos foram
encontrados:
Desafios alimentamSONHOS
Maisapoiopara
desenvolverprojetos
comalunos
Reconhecimento
Serreferência
Apoiodentroda
saladeaula
Buscadesoluções
conjuntamente
Cursosbaseados
emescuta
EnsinoHíbrido
Maisdebates,trocas,
formações,momentos
colaborativos
Boaintegraçãode
EADcomformação
presencial
Mestrado
Sabercomo
lidarjovens
Entendero
sistemapúblico
Maistempoe
apoioparase
planejar
Maisespaços
parapráticas
Atribuiçãodeaula
focadanoperfildo
professor
Terprocessosna
escolaqueacolham
novosprofessores
Possibilidade
demais
experimentação
Formaçãomais
conectadacom
arealidadeeas
necessidadesda
escola
Formaçãoque
respeiteoqueo
professorjásabe
Formaçãoadequada
paracomeçara
carreira
Formaçãoque
apontecaminhos
Formação
continuada
dentrodaescola
18
CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional
Os professores têm consciência da importância da profissão para a
sociedade, mas ao mesmo tempo sentem-se desmotivados com os enormes
desafios presentes no ensino médio e com a falta de valorização da carreira.
No capítulo 1, buscou-se tornar mais claro o cenário em que esses
profissionais atuam e apresentar caminhos e oportunidades para tornar as
ações educativas mais potentes e para todos.
Também foi entendido que, para que os professores consigam vencer
os inúmeros e complexos desafios da educação e exercer seu papel com
qualidade e efetividade, é preciso olhar para eles e promover soluções
viáveis de suporte – e isso só é possível com a formação qualificada.
Somente com o desenvolvimento de competências conectadas
com o século XXI, com capacitação e empoderamento, os professores
conseguirão estimular os alunos a alcançar todo o seu potencial de
aprendizagem e desenvolvimento. No capítulo 2, o estudo trará alguns
apontamentos para apoiar educadores nesse sentido.
OQUE VOCêviu
nestecapÍTULO
19
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
CAPÍTULO 2
ProfessordoséculoXXI:
Competênciasparaseconectar
defatocomouniversodosjovens
<< VOLTAR PARA O ÍNDICE
20
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
educação?
OSjovens
SéculoXXI
estãoemmutaçãoconstante.
MASEA
Os estudantes do século XXI e o
contexto atual da educação têm
desafiado os professores a adquirirem
competências que não costumam ser
trabalhadas durante sua preparação para
a sala de aula.
As formações inicial e continuada
devem instrumentalizá-los para se
reinventarem constantemente, a fim
de que consigam, de fato, conectar-se
com as características, o contexto, as
necessidades e os interesses dos jovens.
Toda formação deve provocar reflexão
e ajudar os profissionais a descobrirem
como ressignificar sua prática, afinal, os
tempos estão em constante mutação –
e os jovens também.
21
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Intolerância
Esportes
Rua
VidaDigi
tal
DesejodeaprenderSe
xua
lidade
Dependência
Autonomia
Po
lítica
Oc
upação
Identidade
Criatividade
Drogas
Diversidade
Violência
Coletivos
F
AMília
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Saibamaissobreouniversodosjovens
noestudoJuventudeseoEnsinoMédio,
disponívelnaplataformaFAZSENTIDO.
Dinheiro
Necessidadedeaprender
Traba
lhAmigos
22
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Novashabilidadesparaaeducação
Educação: Um Tesouro a Descobrir, que divulga o Relatório
para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação
para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, aponta
que os quatro pilares da educação são: aprender a
conhecer, aprender a fazer, aprender a viver
juntos e aprender a ser. Se buscarmos os quatro
conceitos produzidos pela UNESCO em 1999 nas salas de
aula de hoje, encontraremos ações que não desenvolvem
tais habilidades ou muitas dúvidas daqueles educadores
que desejam tornar sua aula mais próxima do século XXI.
Desenvolver novas habilidades que
vão além da questão conteudista
é, ao mesmo tempo, um desafio e
uma urgência. Muitos trabalhos
caminham para criação de
oportunidades e ferramentas que
garantam o desenvolvimento de
competências socioemocionais que
conversem com a sociedade atual.
Fonte: Jacques Delors, Educação: Um Tesouro a Descobrir (http://bit.ly/unesco-tesouro) + Instituto Ayrton Senna, Desenvolvimento socioemocional e aprendizado escolar (http://bit.ly/ias-competencias)
23
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
O Portal Porvir criou um especial em
parceria com o Instituto Ayrton Senna sobre
competências socioemocionas na educação.
O projeto apoia educadores a entenderem o
que são e como desenvolver competências
socioemocionais a partir de experiências e
recomendações voltadas a preparar os alunos
para enfrentar os desafios do século XXI.
Confiraasentrevistas,infográficos,
boaspráticaseferramentasem
http://bit.ly/especial-socioemocional
24
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
De acordo com o Movimento pela Base Nacional Comum Curricular, que busca facilitar o processo de construção de uma
base curricular de abrangência nacional para os ciclos da Educação Básica, o pleno desenvolvimento dos jovens – para que
se tornem cidadãos autônomos e responsáveis – implica na aquisição de algumas Capacidades Essenciais,
que compreendem princípios e valores como:
Estas capacidades estão diretamente relacionadas ao Multiletramento, ao Pensamento Crítico e Criativo, à Sociabilidade
e Participação e ao Autoconhecimento e Projeto de Vida, competências gerais que devem sustentar o propósito da escola,
em torno das quais devem ser trabalhadas as Linguagens, a Matemática, as Ciências Humanas e as Ciências da Natureza.
Foconosjovens:
capacidadesessenciaisparaodesenvolvimentointegral
Fonte: Movimento pela Base (http://bit.ly/movimento-base) + GT Textos introdutórios, proposta 16/09/2016.
Valorizaçãodo
conhecimentoem
suasdiversasformas
–valorizaçãoda
curiosidadeintelectual
Equilíbrioentrea
racionalidadeprática
easensibilidadepara
lidarcomquestões
subjetivas
Construçãoda
consciência,da
identidadepessoal
edaautonomia
Respeitopela
diversidadedesaberes
evivênciasculturais
Construçãodeuma
consciênciaecológica
25
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Professorespreparados:
20qualidadesdoprofissionalideal
Numa lista de qualidades
para o professor ideal, o
Exame Nacional de Ingresso
na Carreira Docente confirma
a necessidade de um perfil
completo – estratégico,
técnico e humano – de
profissional, para que esteja
de fato preparado para
facilitar a aprendizagem com
efetividade e empatia e para
incentivar o desenvolvimento
integral dos alunos.
Selecionarecursosde
aprendizagemdeacordocomos
objetivosdeaprendizagemeas
característicasdeseusalunos.
Dominaasdiretrizes
curricularesdasdisciplinas.
Comunica-se
efetivamentecomos
paisdealunos.
Buscaaprimorarseutrabalho
constantementecombase
nareflexãosistemática,na
autoavaliaçãoenoestudo.
Estabeleceumclima
favorávelparaa
aprendizagem.
Manifestaaltas
expectativasemrelação
àspossibilidadesde
aprendizadodetodos.
Temconsciênciadas
característicasde
desenvolvimentodosalunos.
Utilizamétodose
procedimentosquepromovem
odesenvolvimentodo
pensamentoautônomo.
Possuiinformaçãoatualizada
sobreas responsabilidades
desuaprofissão.
Instituiemantémnormasde
convivênciaemsala.
Organizaosobjetivoseconteúdos
demaneiracoerentecomo
currículo,odesenvolvimento
dosestudanteseseunívelde
aprendizagem.
Otimizaotempo
disponívelparaoensino.
Conheceosistema
educacionaleaspolíticas
vigentes.
Dominaosconteúdos
curricularesdasdisciplinas.
Demonstraepromove
atitudesecomportamentos
positivos.
Avaliaemonitoraa
compreensãodosconteúdos.
Escolheestratégiasdeavaliação
coerentescomosobjetivosde
aprendizagem.
Conheceasdidáticasdas
disciplinas.
Trabalhaemequipe.
Aplicaestratégiasde
ensinodesafiantes.
Fonte: Revista Nova Escola, 20 qualidades do professor ideal (http://bit.ly/ideal-professor)
26
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
WhatsApp
Colegas
Blogs
Documentos
Curriculares
Instagram
Recursosimpressos
edigitais
Snapchat
Compartilhamento
defotosdigitais
Marcadores
sociais
YouTube
Vídeo
conferências
Mídiade
massa
FacebookComunidade
local/família
Fonte: Revista Veja
Operfildoprofessor
conectadocomo
séculoXXI
27
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Professor:facilitadordaaprendizagem
O professor é o principal mediador do conhecimento, auxiliando o
estudante na construção de sua autonomia para que o jovem se torne
gestor da própria aprendizagem. Em classe, o professor tem o papel de:
Prevertempoe
espaçosdestinados
àsatividades
planejadas;
anteciparemanejar
ritmo,intervenções
eobstáculosque
osalunospossam
enfrentar.
Provocaremediar
ainteração
entregruposde
estudantes.
Estimulare
envolveralunos
paraquese
comprometam
comoaprendizado,
despertandoo
protagonismoem
cadaum.
Dardevolutivas
(feedbacks)para
situarosestudantes
noprocessode
desenvolvimento,
impulsionando
seudesempenho
eampliando
suacapacidade
perceptiva.
Construirprincípios
eprocedimentos
coletivos,bemcomo
acompanhá-lose
avaliá-los.
Fonte: FAZ SENTIDO, Estudo Gestão Escolar (http://bit.ly/faz-sentido-estudos)
28
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Novostempos,
espaçoserelações
O aprendizado vai muito além da sala de aula.
Ele acontece em momentos e ambientes
diversos que podem extrapolar os muros da
escola. Os jovens podem aprender em casa,
pela cidade, por meio das relações com os
amigos, com a comunidade… A construção do
conhecimento é constante e complexa.
Saibamaissobregestãodaaprendizagemnoestudo
GestãoEscolar,disponívelnaplataformaFAZSENTIDO
emhttp://bit.ly/faz-sentido-estudos
Mundo
Comunidade
Escola
Saladeaula
29
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Fontes: “Sucesso de todos, compromisso da escola”, Cláudia Davis e Marta Wolak Grosbaum, in VIEIRA, S.L. (Org.); Gestão da Escola: Desafios a enfrentar, Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
“A interação entre professores e alunos
em torno do conhecimento, que constitui a
dinâmica de sala de aula, decorre da forma
como o professor vê os processos de ensino
e de aprendizagem. Só que nossos alunos não
constroem sozinhos seus conhecimentos:
isso depende da interação mantida com
professores e colegas. A ‘boa’ ajuda que o
professor pode prestar depende da maneira
como ele percebe o aluno”
no artigo “Sucesso de todos, compromisso da escola”
Claudia Davis e
MArta Grosbaum
O professor deve ser um articulador
do que os alunos assimilam dentro e
fora da sala de aula, do que aprendem
formalmente e do que vivenciam em
ambientes diversos, informalmente. Além
de guia direto e inspirador da turma, ele
é um conector de aprendizados. Além
disso, um processo educativo centrado
nos estudantes considerará seus
saberes, necessidades e desejos e
valorizará sua identidade comunitária,
cultural, étnica, de gênero e de
sexualidade.
30
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
Fonte: Cientista Beta (http://bit.ly/cientista-beta-jovem) + FEBRACE (http://bit.ly/febrace-depoimentos)
Ciência
CientistaBeta
FEBRACE
Iniciativa criada por uma jovem cientista gaúcha, o Cientista Beta quer mostrar aos jovens que
eles têm potencial para desenvolver um projeto científico sobre um tema de seu interesse e que
esses projetos podem mudar suas vidas, gerar inovação e impactar a sociedade. Para alcançar
o objetivo, a iniciativa oferece mentoria para jovens do ensino médio e técnico, apoiando o
desenvolvimento de projetos que encontrem soluções para os problemas identificados pelos
próprios jovens em suas realidades. Na jornada de criação, diversas habilidades socioemocionais
são desenvolvidas a partir da mão na massa e da troca com a rede.
A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um dos principais eventos na área de educação
científica do país. Nela, jovens de ensino fundamental, médio e técnico apresentam projetos
que desenvolveram nas escolas para solucionarem problemas locais e globais. Os projetos
trabalham, muitas vezes, com interdisciplinariedade, o que seria a chave para uma mudança
qualitativa no ensino médio de acordo com vários especialistas.
Confiramaisemhttp://bit.ly/cientista-beta-jovem
Épossívelconferirdepoimentosdeeducadoresqueapoiaramosprojetos
emhttp://bit.ly/febrace-depoimentos
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
éUMcaminhopara
jovensdesenvolverem
competênciasdo
séculoXXI
31
CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens
O capítulo 2 apontou a necessidade dos educadores
trabalharem além do compartilhamento de conteúdo.
É preciso desenvolver uma série de competências - que
podem ser chamadas de “competências do século XXI”,
“competências socioemocionais”, “educação não-cognitiva”,
entre outros - para que jovens tenham a oportunidade de
atuarem na sociedade e no mercado de trabalho de maneira
efetiva e potente.
Para trabalhar o desenvolvimento de competências e, assim,
estar mais próximo da realidade dos jovens, o professor
precisa olhar e atuar a partir de novas perspectivas de
educação. No capítulo, apontou-se uma série de caminhos
e ferramentas (como o Especial Socioemocionais do Porvir)
para apoiar os educadores.
OQUE VOCêviu
nestecapÍTULO
32
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
CAPÍTULO 3
Professoremformação:
Cenárioatual
<< VOLTAR PARA O ÍNDICE
33
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Fonte: Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. p. 67. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
“Quem forma se
forma e reforma
ao formar e
quem é formado
forma-se e
forma ao ser
formado.”
educador, pedagogista e filósofo brasileiro
paulo freire
34
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Fonte:
Formaçãodequalidade
Durante sua formação universitária, o professor
tem contato com uma série de competências e
conteúdos elaborados para prepará-lo para o
exercício da docência. Na atuação prática, quando
entra em contato com a realidade dos estudantes,
da escola e da comunidade escolar como um todo,
a formação que viveu se amplia e se aprimora.
Umeducador“bemformado”éaquelequeuneosconhecimentos
obtidosnagraduação,naexperiênciapráticavindados
estágios,nacapacitaçãocontinuadaeemsuaformaçãogeral–
conhecimentosplurais,práticoseteóricos,construídosatravés
deleituras,trocascomospares,vivênciasculturais,éticas,
estéticasedesocialização.
Seoindivíduoqueouve
aceitaeusanavidaprática,
viraconhecimentoparaele
Conhecimentoé
ainformaçãoem
açãoprática
Oqueeufaloémeu
conhecimento,para
quemouveéinformação
35
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Umaformaçãodequalidade
éimprescindível,massóela
nãoégarantiadeumbom
professor.Umprofissional
completoéaquelequealiaum
conjuntodiversodeexperiências
acadêmicas,profissionaise
devida.Juntas,elaspodem
fomentarmaneirascriativasde
ensinarepermitirqueconsiga
estabelecerrelaçõesdisruptivas
comosalunos.
FormaçÃO
DE
QUALIDADE EXPER
Iências
devida
EXPER
IÊNCIA
PRO
FISS
IONAL
CAR
ISMAAT
ITUDE
1ºINGRED
IENTE 2ºINGRED
IENTE
3ºINGRED
IENTE
4ºINGRED
IENTE
5ºINGRED
IENTE
professora
COM
PLETA
36
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Teoriax Prática:
aimportânciadosestágios
supervisionados
Fontes: Agnaldo Pedro S. Filho, O estágio supervisionado e sua importância na formação docente (http://bit.ly/estagio-supervisionado) +
Jennifer Fogaça, Importância dos estágios supervisionados nos cursos de licenciatura (http://bit.ly/estagio-supervisionado-importancia)
Trata-se,também,domomentoem
queosfuturosprofessorespodem
refletirsobreasteoriasestudadas
paraescolheremmetodologiase
abordagensdeacordocomocontexto,
oconhecimentoearealidadedeseus
alunos.Asexperiênciasvividasfazem
comqueoseducadoresenxerguema
pluralidadedeumasaladeaulaeque
valorizemasindividualidades.
Um dos grande impasses dos cursos de Licenciatura
no Brasil é justamente a falta de conexão entre teoria e
prática. Muitos currículos são excessivamente voltados
a questões teóricas e pouco “mão na massa” –
deixando de preparar os professores de forma integral.
Por isso os estágios supervisionados, quando de fato
práticos, são tão importantes. Eles representam a
primeira oportunidade de os graduandos praticarem
o que aprenderam em teoria e se depararem com
situações desafiadoras que os levarão a identificar
os obstáculos do dia a dia de trabalho e a pensarem
em estratégias para solucioná-los.
37
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Noentanto,nemtodos
recebemaformaçãoadequada
paraodesafiodeeducar...
46,3%dosprofessoresdeensinomédio atuam
empelomenosumadisciplinaparaa
qualnãotêmformação.
Fonte: Folha de S.Paulo, Quase 50% dos professores não têm formação na matéria que ensinam (http://bit.ly/form-em)
Professoresdoensinomédio Formaçãoporrede
TODAS NENHUMA PELO MENOS UMA FEDERAL PRIVADA MUNICIPAL ESTADUAL
% de docentes no Brasil formados nas disciplinas que lecionam % de professores do ensino médio graduados em todas as
disciplinas em que atuam
54% 32% 14%
73%
58% 55% 53%
38
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
OqueéoPNE?
OPNEreconheceaexistênciade
gravesproblemasestruturais
naformaçãodosprofessoresno
Brasilequeelaprecisaserrevista.
OPlanoNacional
deEducação(PNE)
determinadiretrizes,
metaseestratégiaspara
apolíticaeducacional
dospróximosdezanos.
O Plano Nacional contempla desde um olhar para a formação inicial – a fim de
que, no período estabelecido, todos os professores de educação básica no Brasil
possuam licenciatura em sua área de atuação – até a formação continuada e
o ingresso de pelo menos 50% desses docentes na pós-graduação. As metas
também visam a equiparação salarial dos professores a outros profissionais com
formação superior no país, pensando em um plano de carreira docente e na
valorização da profissão.
Cumprindo-se as metas, será possível atrair grupos talentosos para os cursos de
pedagogia e licenciatura, que, reformulados, formarão educadores preparados e
alinhados às novas tendências de ensino e à realidade dos alunos do século XXI.
MetasdoPNE
(PlanoNacionaldeEducação)
39
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Fonte: Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne)
Pararesolver
aslacunas
relacionadas
àformaçãode
professoresno
Brasil,Das20
metasdoPNE,
criadoem2014,
cincoreferem-se
àprofissão.
FORMAÇão
Rendimento
meta#15
meta#17
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste
PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação [...]
assegurado que todos os professores e as professoras da educação
básica possuam formação específica de nível superior, obtida em
curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de
educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao
dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do
sexto ano de vigência deste PNE.
40
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Fonte: Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne)
Remuneração
meta#18
Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos,
a existência de planos de carreira
para os(as) profissionais da educação
básica e superior pública de todos os
sistemas de ensino e, para o plano
de carreira dos(as) profissionais da
educação básica pública, tomar como
referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal,
nos termos do inciso VIII do art. 206
da Constituição Federal.
Oprofessoréumdosprofissionaismaisnegligenciadosdo
mercadodetrabalho–seussaláriosincompatíveisprovocam
desinteresseebaixaadesãoàcarreira,quepermanece
desvalorizada.Adequararemuneraçãoéumaquestãode
valorizaçãopolíticadaprofissãoedereconhecimentodesua
funçãosocial,essencialparaodesenvolvimentodanação.
DeacordocomoObservatóriodoPNE,orendimentomédiodos
professoresdeensinobásicocomensinosuperiorcompletoem
relaçãoaodosdemaisprofissionaiscomeducaçãosuperioréde
52,5%.Ametaéalcançarequidadederendimentosaté2020.
41
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
Fonte: Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne)
Formar, em nível de pós-graduação,
50% (cinquenta por cento) dos professores
da Educação Básica, até o último ano de
vigência deste PNE, e garantir a todos(as)
os(as) profissionais da educação básica
formação continuada em sua área de
atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas
de ensino.
Emrelaçãoàpós-graduação,apenas
31,4%dos2,2milhõesdeprofessores
deEducaçãoBásicadopaísingressam
nessaetapadeformação:sãomenos
de46milmestrese16mildoutores–
dadosqueoPNEpretendeexpandir
até2024.Oensinomédioconcentra
omaiornúmerodedocentescomo
títulodedoutor:sãopoucomaisde
6000profissionais.
Formaçãocontinuada
e pós-graduaçãode
professores Fonte: Geocapes / Elaboração: Todos Pela Educação
Mestrestitulados
Doutorestitulados
ATUAL(2015)
META(2024)
54.924
60.000
ATUAL(2015)
META(2024)
18.625
25.000
meta#16
42
CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL
A formação qualificada dos educadores do ensino médio
ainda é um enorme desafio. Especialistas ouvidos
durante os debates realizados na pesquisa da plataforma
FAZ SENTIDO sobre formação de educadores apontaram
a necessidade de modelos que aproximem os professores
da prática e a necessidade das formações acontecerem a
partir do “aprender fazendo”. Por isso, estratégias como
os estágios supervisionados são tão importantes.
Ao mesmo tempo, o capítulo reforçou a importância
do Plano Nacional de Educação para que o cenário da
formação de professores tenha melhorias nos próximos
anos a partir de uma atenção especial para a formação
inicial e continuada dos docentes.
OQUE VOCêviu
nestecapÍTULO
43
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
CAPÍTULO 4
Formaçãoinicial
deprofessores
<< VOLTAR PARA O ÍNDICE
44
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
FORMAÇãoinicial
OQUEé? FINALIDADE Novasdiretrizespara
aformaçãoinicial
Éapreparaçãoinicialdeum
profissionalparaqueentreem
saladeaulacomoprofessor–ou
seja,asLicenciaturasemáreas
específicasdeconhecimento.
Capacitaroprofessorparaque
eledominecompletamente
adidáticaeastécnicasde
ensinodesuaáreadeatuação
eparaqueestejaaptoalidar
comapluralidadedasalade
aulacomsensibilidade
eempatia.
Asnovasdiretrizesapontampara
cursosdeformaçãoquepreparemos
futurosprofessoresdeformaintegral
emvezdefocaremapenasemteoria,
comestágiossupervisionadoscada
vezmaisdiluídosduranteocurso.A
tecnologiatambémpassaaocupar
umpapelimportantenaeducação,
eosnovosprofessoresdevemser
capacitadosparaexplorá-laemaula.
45
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
A formação inicial deve preparar um
professor para ser capaz de ler a
realidade do seu aluno, ter empatia com
a comunidade e, além de dominar os
conteúdos, saber como compartilhá-los.
De acordo com os dados do último
levantamento divulgado pelo Censo da
Educação Superior, em 2013, existem 7.900
cursos de licenciatura na área de educação
espalhados por todo país.
Naquele ano, mais de 200 mil pessoas
foram licenciadas (56% pela modalidade
presencial e 44% pelo ensino a distância).
Porém, especialistas na área afirmam que
muitos cursos ainda estão bastante
distantes da realidade da sala de aula.
Fonte: Porvir, Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil (http://bit.ly/raiox-porvir)
Não adianta reformular os currículos
das Licenciaturas se a própria postura e
concepção dos professores formadores
dentro das universidades não mudar
superintendente do Cenpec (Centro
de Estudos e Pesquisas em Educação,
Cultura e Ação Comunitária)
Anna Helena Altenfelder
46
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Comoaformaçãoacontecehoje
Fonte: Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/formacao-profs-brasil)
Éprecisoreveranecessidadeda
disciplinaespecíficaesuperaro
ensinodeconteúdospedagógicos
NoBrasil,nãoháumaformação
específicaparaoprofessor
Mesmo com ajustes parciais em razão das novas diretrizes,
verifica-se nas licenciaturas dos professores especialistas, a
prevalência da ideia de oferecer uma formação com foco na área
específica, o que deixa um espaço insuficiente para a formação
pedagógica e o preparo do discente para a sala de aula.
Em todos os tipos de licenciatura, verifica-se que a formação de
professores para a educação básica é feita de modo fragmentado
entre as áreas disciplinares e níveis de ensino. O Brasil não conta,
portanto, com instituições de Ensino Superior que ofereçam
cursos com o intuito de formar esses profissionais.
47
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
quebra-galho,missionárioeoimproviso
Professores
De maneira geral, ainda temos
muitas remanescências de um
professorado formado a partir
do improviso, da política do
“tanto faz” – professores de
História dando aula de Química,
desvalorizados e solitários.
Quase metade dos professores
de ensino médio (46,3%) atuam
em pelo menos uma disciplina
para a qual não têm formação.
Fonte: Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/formacao-profs-brasil) +
Folha de S.Paulo, Quase 50% dos professores não têm formação na matéria que ensinam (http://bit.ly/form-em)
Professoresdoensinomédio
TODAS NENHUMA PELO MENOS UMA
% de docentes no Brasil formados nas disciplinas que lecionam
54% 32% 14%
48
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Faltaminstrumentose
recursosinovadores
Sãopouquíssimas
disciplinasdedicadasàs
didáticasdasaladeaula
Utiliza-semaismateriaisimpressos,comoresumosde
livros,apostilasecadernosnoscursos.Issonãoestimula
osfuturosprofessoresalevaremnovastecnologiaspara
suasaulas.
Fonte: Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/formacao-profs-brasil)
Disciplinasrelativasaoofíciodedocentesãoraras,ehápoucas
aulasdedidática(o“comofazer”).Issoserefleteprincipalmente
nasqueixasdosprofessoressobresuaformaçãosermuitoteórica
epoucoprática.Currículosquenãoabremespaçoparaaprática
sãoincompletos.
49
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Comoaformaçãodeveriaser
CENTRADANOJOVEM
INSTRUMENTALIZADA
PELO“COMO”
FORMARESPECIALISTAS,
SIM,MASPROFESSORES
REFORÇADAPOR
METODOLOGIASINOVADORAS
Os professores deveriam
participar de formações que os
conectassem às características,
ao contexto, às necessidades
e aos interesses dos jovens
do século XXI, situados no
centro da sua prática. Assim,
teriam menos problema para
promoverem ou facilitarem
seu relacionamento com os
alunos, para criar vínculos
com eles ou para buscar
novas metodologias quando
necessário.
As aulas nas Faculdades de
Educação deveriam ser tão
teóricas quanto práticas,
ficando bem próximas do
cotidiano real dos professores.
A prática pedagógica não
deveria ficar restrita aos
estágios obrigatórios, que não
raro acabam ficando restritos à
observação.
É comum que a grade de
formação de professores
seja focada em disciplinas
específicas (Matemática, Inglês,
Química) e aborde poucos
conhecimentos referentes à
formação do professor – um
caos anunciado. Antes de
ser matemático, geógrafo ou
químico, ele é PROFESSOR.
A formação de professores
deveria ser amplamente
amparada por metodologias
inovadoras. Além do uso da
tecnologia, a flexibilização
dos currículos e o foco na
instrumentalização para
a pluralidade são meios
inovadores para conectar os
profissionais com os interesses
de suas futuras turmas. Uma
carga horária de estágio maior,
diluída em todo o curso em vez
de concentrada apenas nos
anos finais, é outra maneira de
unir teoria à prática e formar
professores mais preparados.
Fonte: Porvir, Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil (http://bit.ly/raiox-porvir)
Saibamaissobreo
universodosjovensno
estudoJuventudeseo
EnsinoMédio,disponível
naplataformaFAZ
SENTIDO
50
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
“Acredito na necessidade de balancear a formação de
professores em 3 pilares: as experimentações (aprender
fazendo), as redes de conversação (colaboração e
compartilhamento) e cultura digital (novas linguagens
para além do discurso acadêmico-textual). E além disso, a
procura constante de autoconhecimento. Quanto mais os
professores tomarem consciência de seus próprios desafios
e limites, mais eles entenderão os alunos e saberão como
buscar soluções para melhorar as relações e interações”
especialista em educação e tecnologia
Durante Grupo de Trabalho Online organizado pela equipe da Plataforma FAZ SENTIDO, 26/01/2017
- Adriana Martinelli de Carvalho -
51
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Unespnocampus
Ourinhosena
comunidade
OcursodeLicenciaturaemGeografiadaUnesp
(UniversidadeEstadualPaulistaJúliodeMesquitaFilho),
nocampusdeOurinhos,temodiálogocomacomunidade
escolarcomoeixoprincipal.Desde2008,estudantes
entramemcontatocomescolaspúblicasdaregiãoapartir
doprimeirosemestredecurso,afimdecompartilharem
experiênciascomprofessoresematuação.Trata-sedeuma
iniciativadoNúcleodeEnsinodeOurinhos,responsável
pelodesenvolvimentodepesquisaseatividadesdeensino
nomunicípio,quetemocompromissodearticularteoriae
práticanaformaçãodosnovosprofissionais.
De acordo com a professora Márcia Cristina de Oliveira Mello, vice-
coordenadora do núcleo, o processo inicia pelo contato com a prática nas
escolas, depois os alunos refletem com base na teoria e, por fim, retornam
ao ambiente inicial com caminhos para superar os desafios encontrados.
Em Educação Ambiental, por exemplo, realizaram uma campanha de
conscientização com alunos do ensino fundamental e médio da Escola
Estadual Josepha Cubas da Silva tendo um córrego da comunidade como
fio condutor.
Outro projeto desenvolvido no curso é a “Semana de Geografia nas
escolas”, em que os alunos do estágio supervisionado organizam um
evento acadêmico nas escolas em que estão atuando, que inclui debates,
palestras e aulas com a participação de professores da Unesp, além de
envolvem professores, gestores e alunos da educação básica.
“Nós consideramos as
escolas como um local
de formação importante”
Márcia Cristina de Oliveira Mello
vice-coordenadora do Núcleo de Ensino de Ourinhos
Fonte: Porvir, Ensino superior se aproxima da escola para formar professores (http://bit.ly/estudo-superior-aproxima)
Experiência
52
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais)
DocentesdaUEPG(UniversidadeEstadualdePontaGrossa)também
sentiramnecessidadedeaproximarseusalunosdarealidadedasaladeaula.
Em2002,quandooConselhoNacionaldeEducaçãoinstituiunovasdiretrizes
paraaformaçãodeprofessores,auniversidadecriouumaComissãode
CoordenaçãoGeraldasLicenciaturas–atéentão,oscursosdeLicenciatura
dauniversidadenãotinhamumaidentidadeprópria(enquantoaparte
pedagógicaeracentradanodepartamentodeeducação,odepartamento
específiconãoseenvolviacomasquestõesdeensino),eoseperceber
professoraconteciaapenasnoterceiroano,quandooalunopartiaparaos
estágiossupervisionados.
Comissãoespecial
paraLicenciaturas
naUEPG
Partindo na nova comissão, em 2003, a
universidade lançou os Colegiados dos
Cursos de Licenciatura, que, antes, eram
separados dos cursos de bacharelado. A
instituição investiu na implementação de uma
disciplina articuladora, que é distribuída em
todas as etapas das suas 11 licenciaturas.
Na Pedagogia, por exemplo, a disciplina
articuladora da segunda etapa tem como
foco a sala de aula. Os alunos fazem uma
interação com a escola e observam aulas para
levantarem questionamentos. O trabalho pode
envolver desde os professores da Didática até
os de Filosofia e História da Educação. Já em
Ciências Biológicas, a disciplina articuladora da
terceira etapa inclui o apoio e desenvolvimento
de uma feira de ciências. Cada curso tem,
também, o seu laboratório de ensino, onde
pode fazer experiências a partir de assuntos
abordados na educação básica.
Experiência
53
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Estados Unidos
RelayGraduateSchoolofEducation
A Relay Graduate School of Education, com sede
em Nova York, chegou à conclusão de que novas
metodologias dependem de um currículo flexível. Por isso,
no lugar do tradicional, foram instituídos cursos menores,
chamados módulos, que oferecem três créditos e duram,
em média, 45 horas, mas podem se estender (ou ficarem
mais enxutos) dependendo da necessidade.
O idealizador do projeto educacional, Brent Maddin,
acredita que não precisa gastar a mesma quantidade
de horas ensinando História da Educação – disciplina
totalmente teórica – à que usa para ensinar Metodologia
do Ensino da Matemática, por exemplo, que tem mais
sentido prático e utilidade para o professor.
A Universidade conta, ainda, com uma biblioteca digital
com vídeos gravados em escolas reais, separados de
acordo com o currículo do curso, que os alunos podem
consultar à vontade. O formato das aulas é híbrido:
40% são online, e o restante, presencial. Para concluir
a graduação, os discentes devem comprovar que seus
alunos da educação primária e secundária apresentaram
melhora no letramento e evoluções socioemocionais.
Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais)
Experiência
FOTO:www.relay.edu/campuses
54
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Em Harvard, os cursos de Direito e de Negócios
inspiraram a escola de Educação a utilizar a
metodologia do estudo de caso em sala de aula.
Duas vezes na semana, os alunos discutem
situações que acontecem em escolas reais,
algumas vezes contrapondo uma instituição
mais progressista a outra “linha-dura”. O
professor procura dar mais voz aos alunos
durante as aulas e apresentar textos para
serem discutidos por eles – em vez de fornecer
respostas prontas. A ideia é levá-los a refletirem
sobre quais aspectos os diferentes métodos
apresentados seriam mais produtivos.
Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais)
Estados Unidos
UniversidadeHarvard
Experiência
FOTO:www.relay.edu/campusesFOTO:YU-JENSHIH(flickr/cc)
55
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
A diversidade dos alunos recebe atenção
especial na formação de professores da
Universidade de Michigan, onde os professores
são capacitados ativamente para os entenderem
de forma integral. Grandes grupos de crianças
e adolescentes são entrevistados e, com base
nas respostas, o material didático é adaptado às
necessidades e à realidade das turmas daquela
faixa etária – proposta relevante em um país
com tanta diversidade étnica, socioeconômica,
cultural. Os futuros professores também
apresentam uma aula de curta duração gravada
em vídeo, que é analisada pelos professores
da Universidade. Assim, os futuros professores
recebem feedbacks antes de enfrentar uma sala
de aula de verdade.
Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais)
Estados Unidos
UniversidadedeMichiganState
ExperiênciaS
FOTO:JimmyEmerson,DVM(flickr/cc)
56
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Finlândia
UniversidadedeHelsinque
A Secretaria possui um grupo de 50
professores-tutores supervisionado por
especialistas, que trabalham em sala
de aula junto aos professores para dar
exemplo de como implementar essas aulas
interdisciplinares. Segundo a secretária,
“Quando a informação vem do chão da
escola, os professores se convencem de
que é possível e ficam mais motivados.”
Nesse formato, os alunos também atuam
como avaliadores importantes: dão
feedbacks para os professores e podem,
com a escola, eleger os tópicos que
serão trabalhados em cada currículo. As
autoridades municipais não interferem no
que será visto em sala de aula.
Fonte: Portal Porvir, Na Finlândia, competência toma lugar do conteúdo (http://bit.ly/finlandia-competencia-conteudo)
NaFinlândia,asdisciplinastradicionaiseoconteúdotêmsido
substituídosporcompetências.Aideiaéqueosalunosentremem
contatocomconceitosdeEconomia,HistóriaeGeografiademaneira
interdisciplinar,emaulaspráticasecolaborativas,pormeiodetemas
docotidiano.ParaMarjoKyllönen,secretáriadeeducaçãodacidade,
oimportanteéfomentaropensamentocríticoeformarcidadãos
queaprendamparaasociedade,enãoparaaescola.Alémdisso,ela
compreendequeosprincipaisagentesdemudançasãooslíderes
escolares(diretor,coordenadoreosprofessores).
ExperiênciaS
57
CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores
Verificou-se que é preciso capacitar o professor para que
ele domine completamente a didática e as técnicas de
ensino de sua área de atuação e para que esteja apto a
lidar com a pluralidade da sala de aula com sensibilidade
e empatia.
Nesse sentido, os cursos de formação devem formar os
profissionais a partir de uma perspectiva integral e muito
prática, tendo como base os estágios supervisionados
e outras ações em que os professores se desenvolvam a
partir do “aprender fazendo”. O capítulo também revisitou
iniciativas internacionais que podem compartilhar
aprendizados na frente de formação de professores.
OQUE VOCêviu
nestecapÍTULO
58
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
CAPÍTULO 5
deprofessores
Formaçãocontinuada
<< VOLTAR PARA O ÍNDICE
59
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Sabendo que os jovens de hoje não são os mesmos
de ontem nem serão iguais aos de amanhã, é
necessário que os educadores estejam em constante
aprendizagem e sempre busquem alinhar as
metodologias de ensino à realidade de seus alunos.
Para isso, existe a formação continuada: o processo
de aprimoramento pedagógico ao longo da carreira do
professor que se dá, entre outras maneiras, por meio
de cursos.
Hoje, existe uma série de políticas públicas que
discutem mudanças nas diretrizes da formação
continuada do professor no Brasil, baseando-se
em casos de sucesso em outras partes do mundo. O
objetivo é apoiar os professores a buscarem inovações
que ajudem a resolver seus desafios e dores diárias.
A formação continuada também repara os danos
de uma formação inicial deficiente, que não forma
professores devidamente capacitados para dar aulas,
bastante comuns em nosso país.
Osprofessoreseaescolatêmpapel
centralnodesenvolvimentodo
pensamentocríticodosjovens,que,
porconsequência,refletirãoosanos
escolaresemseuposicionamento
peranteasociedade.Porisso,é
fundamentalquetodasaspartes
estejamemsintonia.
60
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Décadade1970 Décadade1990Décadade1980 Décadade2000 Décadade2010
Perspectivahistóricadaformaçãocontinuada
Visão de formação técnica
e profissionalizante,
remanescência da época
industrial, mecânica. Ainda
muito influenciada pelo
autoritarismo dos anos 50
e 60. No final da década,
contudo, esta perspectiva
começa a ser questionada
com um viés mais
democrático.
Perspectiva ainda profis-
sionalizante, com foco no
professor como sujeito his-
tórico, mais responsável
por sua própria formação.
O professor tem mais voz
sobre seus processos de
aprendizado e ensino. Com
o Brasil passando por um
processo de transição para a
democracia, os professores
se tornam quase um foco
de resistência no país, uma
força intelectual com papel
histórico transformador.
O paradigma do professor
reflexivo, que reflete sobre
a sua prática e elabora em
cima dela, é dominante
na área de formação de
professores.
Destaca-se o potencial
da experiência diária do
professor no processo
de ensino-aprendizagem
como construção do saber
docente. O professor,
então, se educa na própria
prática. Surge o conceito
de professor reflexivo e fica
latente uma preocupação
em dar voz a ele, deixar que
fale por si mesmo.
Atualmente, fala-se em
homologia do processo:
as mesmas metodologias
educacionais empregadas
para formar o professor
serão as que ele utilizará
em sala de aula. Os
processos de avaliação
estão sendo revistos, e
tenta-se aliar sempre teoria
à prática na formação de
docentes. Numa década
de uso incessante da
tecnologia, a formação à
distância também ganha
espaço.
Fonte: Pesquisa em Educação e as Transformações do Conhecimento, Papirus, 1995.
61
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Maire Josiane Fontana e Altair Alberto Fávaro, Professor reflexivo: Uma integração entre teoria e prática (http://bit.ly/prof-reflexivo)
Professor
Reflexivo
Hoje:
DonaldSchön
A ideia do professor reflexivo compreende um novo
modelo de formação profissional, baseado na reflexão
sobre a prática. A teoria de prática reflexiva, para a
formação de um profissional reflexivo, divide-se em
três pontos centrais:
A reflexão na ação traz em si um saber que
está presente nas atitudes profissionais.
Diz respeito às observações e às reflexões
do profissional em relação ao modo como
transita em suas práticas; a descrição
consciente dessas ações pode ocasionar
mudanças, conduzindo-o a novas pistas para
soluções de problemas de aprendizagem.
Está em relação direta com a ação presente.
Ou seja, com a reflexão na ação, e consiste
em uma reconstrução mental retrospectiva
da ação para tentar analisá-la – um ato
natural com uma nova percepção da ação.
A reflexão sobre ações passadas pode se
projetar no futuro como novas práticas.
Espera-se que esse movimento aconteça
após a aula do professor reflexivo.
REFLEXÃONAAÇÃO REFLEXÃOSOBREAAÇÃO REFLEXÃOSOBREA
REFLEXÃONAAÇÃO
62
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
“A experiência é muito importante,
mas a experiência de cada um só se
transforma em conhecimento através
desta análise sistemática das práticas.
Uma análise que é análise individual,
mas que é também coletiva, ou seja,
feita com os colegas, nas escolas e em
situações de formação”
Fonte: Entrevista com Antônio Nóvoa, O professor pesquisador reflexivo (http://bit.ly/novoa-prof-reflexivo)
Antônio Nóvoa
professor e reitor da Universidade de Lisboa
Antônio Nóvoa, professor e reitor
da Universidade de Lisboa, doutor
em educação pela Universidade
de Genebra, pondera sobre o
paradigma do professor reflexivo,
hoje dominante na área de
formação de professores. Para o
educador, as práticas reflexivas
são essenciais para a profissão
docente e, por isso, é preciso criar
um conjunto de condições para
se construir lógicas de trabalho
coletivo dentro das escolas.
63
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Oaprendizadoapartir
daprática–refletida!
Se o deficit de práticas na formação é sensível, ele é
acompanhado de uma lacuna, igualmente relevante,
de reflexão sobre as práticas existentes.
John Dewey, considerado o expoente máximo da
escola progressiva norte-americana, reforça as
palavras de Nóvoa e ressalta a necessidade de
reflexão. Ele conta que certa vez, ao final de uma
palestra, um professor virou-se para ele e disse: “O
senhor abordou várias teorias, mas eu sou professor
há dez anos, sei muito mais sobre isso, tenho muito
mais experiência nestas matérias”. A resposta veio
certeira: “tem mesmo dez anos de experiência
profissional ou apenas um ano de experiência
repetida dez vezes?”.
A réplica de Dewey ilustra bem que não é a prática
isolada que é formadora, mas sim a reflexão
sobre ela – um enorme desafio na formação de
professores no Brasil, que ainda segue prisioneira de
modelos fundamentalmente teóricos e formais.
64
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Atualmente,fala-senaformação
comoumprocessoquedeveser
significativoparaoprofessordesde
oprincípio.Quedeveestardeacordo
comeleedirecioná-loparaoseu
próprioprojetodevida.
Aliarteoriaàprática,questão
fundamental,voltouasera
pautaparaasnovasformaçõesde
professores.
Tambémestáemvogaaexpressão
homologiadeprocesso,queconsiste
emempregar,naformaçãodo
professor,asmesmasmetodologias,
conceitosemaneirasdeensinarque
poderãoserutilizadasporeleno
processodeensinoaseusestudantes.
Umgrandelequedeopçõesde
formaçãoàdistânciaanunciauma
novamaneiradeformarprofissionais
emlarga escalaemaisrapidamente.
Atecnologia,então,torna-separte
integrantedaformaçãoedaprática
docente.
Osmétodosdeavaliaçãoestão
sendorevistos,abrindonovas
possibilidadesdeensinare,
sobretudo,ressaltandonovas
competênciasqueprecisamser
trabalhadaseanalisadas.
Aspossibilidadesdetrocade
experiência,tambémimpulsionadas
peloavançotecnológicos,ampliam
avozdosprofessoreseas
possibilidadesdapráticapedagógica.
Oquesefalasobreformação
continuadahoje?
65
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Maria Inez Stedile, O professor como gestor da sala de aula (http://bit.ly/stedile-gestordasaladeaula)
“É preciso preparar os futuros professores para atuarem em um novo
contexto, onde possam ser mediadores, saibam promover a inclusão
de todos os alunos e estejam constantemente atualizados de acordo
com uma didática alinhada ao século 21, incluindo até noções de
neurociência para compreender como seus alunos aprendem”
Rodolfo Joaquim Pinto da Luz
ex-secretário municipal de educação de Florianópolis (SC)
66
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
A partir da análise da proposta formativa da Harvard Medical School, o professor e reitor da
Universidade de Lisboa e doutor em educação pela Universidade de Genebra António Nóvoa
reflete sobre a formação docente no Brasil e ressalta cinco pontos que podem qualificar as
práticas formativas continuadas e, consequentemente, o percurso dos profissionais:
pontosparaqualificar
aspráticasformativas
5Disposição
Pessoal
Composição
Pedagógica
Proposição
Institucional
Interposição
Profissional
Exposição
Pública
1. 2. 4.3. 5.
Asformaçõesdocentesdevemgarantir
espaçosetemposparaumtrabalhode
autoconhecimentoeautorreflexão,de
maneiraqueosprofessorespartamde
suashistóriaspessoais,devida,desua
subjetividade,paraentãoformatarasua
identidadeprofissional.
Éfundamentalquehajaprocessos
decomposiçãopedagógicaque
permitamaosprofessoresfazerem
diferenteeencontraremseuspróprios
modosdocentes,comautonomiae
conhecimentoprofissional.
Otrabalho,aseuver,devepartirda
socializaçãoedacolaboraçãoentreos
pares,esforçoquedeveestarpresente
desdeoprimeirodiadaformação.
Nóvoaaindadefendequeospercursos
sedeememcomunidadespráticasde
aprendizagem.
Porfim,Nóvoareconheceaimportância
dequeosprofessoresatuememoutros
espaçosalémdaescola,comona
comunidade,etambémnosespaços
públicosdaeducação.“Hoje,vejo
fragilidadenapresençadosprofessores
nosespaçosdaspolíticaspúblicas
educacionais,eéimprescindívelqueesse
lugarsejaocupado”,finalizou.
Reforçaanecessidadedosdocentes
conquistaremseuespaçonaescola,
firmandoasuaposiçãoprofissionale
participandodoprojetoeducativoda
instituiçãoapartirdeumaposturaativa,
criadoraetransformadora.
Fonte: Antônio Nóvoa, Desafios do trabalho do professor (http://bit.ly/novoa-desafios)
67
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Oquediza
leisobrea
formação
continuada?
Fonte: Presidência da República, Casa Civil (http://bit.ly/lei-9394)
A legislação brasileira requer que o professor esteja sempre em
processo de aprendizado e que a escola assegure e valorize
momentos de formação, capacitação, troca, reflexão, planejamento
e avaliação da prática pedagógica. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional) reforça a valorização dos profissionais de
educação e a importância da formação continuada em alguns pontos,
que destacamos abaixo:
Parágrafo único
Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de
trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo cursos de educação
profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação.
Art. 67.
Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-
lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
I. ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II. aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado
para esse fim;
III. piso salarial profissional;
IV. progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
V. período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
VI. condições adequadas de trabalho.
68
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
ALeitambémafirmaquea
formaçãocontinuadapode
serpromovidaàdistância:
Fonte: Presidência da República, Casa Civil (http://bit.ly/lei-9394)
Art. 62.
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério
poderão utilizar recursos e tecnologias de educação à distância.
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino
presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação
a distância.” (NR)”
equeainstituiçãodeensinodeveassegurarocumprimentodo
planodeauladoprofessor:
Art. 12.
Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II. administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III. assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV. velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V. prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII. informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
VIII. informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos,
bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009);
IX. notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público, a relação dos
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei (Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001).
69
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
RENAFOR
(RedeNacionaldeFormaçãode
ProfissionaisdaEducação)
A RENAFOR é a principal rede de formação de professores do
MEC e tem como objetivo promover a formação continuada dos
docentes da educação básica.
Os cursos geridos pela RENAFOR SEB (Secretaria de Educação
Básica) promovem essa formação nas áreas de Alfabetização e
Linguagem, Educação Matemática e Científica, ensino de Ciências
Humanas e Sociais, Artes e Educação Física.
Já os cursos geridos pela RENAFOR SECADI(Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão)
destinam-se a formar professores para o desenvolvimento de
práticas educacionais inclusivas, que valorizem a diversidade
humana, os ecossistemas naturais, com respeito ao meio ambiente
e às diferenças culturais, geracionais, étnicas, raciais, de gênero,
físicas, sensoriais, intelectuais, linguísticas, dentre outras.
Fonte: FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) (http://bit.ly/renafor)
70
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Fundação Lemann, Gestão de sala de aula (http://bit.ly/gestao-sala-de-aula)
FundaçãoLemann
GestãodaSaladeAula
Elaborado a partir da tradução do
livro Aula Nota 10: 49 Técnicas para
Ser um Professor Campeão de
Audiência, escrito pelo pesquisador
norte-americano Doug Lemov, o
programa é direcionado a professores,
coordenadores pedagógicos e diretores
escolares, que têm acesso a conteúdos
em formato online e, também, e
encontros presenciais, divididos em
diversas modalidades. A iniciativa
tem como base a análise de mais de
cinco mil aulas com bons índices de
aproveitamento nos Estados Unidos.
No Brasil, já colaborou para melhorar a
técnica de mais de 800 professores.
Experiência
GestãonaSaladeAulaéumprogramadaElos
EducacionalemparceriacomaFundaçãoLemann
quepromoveumaculturaescolardeplanejamento,
deobservaçãodasaladeaulaedeummelhoruso
dotempo.
71
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Instituto Singularidades (http://bit.ly/singularidades-pos-graduacao)
InstitutoSingularidades
Os cursos oferecidos dialogam
com temas atuais e instigantes,
ampliando o leque de conhecimento
dos alunos e propondo a reflexão
sobre os novos rumos da educação.
Entre as ofertas de formações,
figuram Autoconhecimento para
formação do educador; Gestão
atual para o novo milênio; Educação
Inovadora: Didáticas, Tecnologia,
Design e Autoria; Didáticas
inovadoras, entre outros.
Criadoem2001ehojeincorporadoaoInstituto
Península,oferececursosonlineepresenciais
degraduação,extensãoepós-graduação,com
facilidadesparaquemjápossuiumagraduação
completa.Comênfasenaspráticaspedagógicase
nasnovasmaneirasdeensinar,incentivaousode
metodologiasinovadorasepreparaparaagestão
desaladeaula.
Experiência
72
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Novastecnologiasa
favordoprofessor
Um exemplo de
inovação nessa
área é o aplicativo
REPLAY4ME, em que
o professor pode rever
sua aula, gravada, e
ainda compartilhá-la.
Alguns dos benefícios
de assistir às aulas de
outros professores ou
a própria são:
Aobservaçãoprofissionaldoeducadorganhoucadavez
maisimportâncianosúltimosanos.Muitospesquisadores
destacamaimportânciadaauto-observaçãoedatrocade
experiênciasemsuaspesquisas.
Alémdeonúmerode
aplicativosdeeducação
sercrescente,oprofessor
podeencontrardicasem
inúmerossites,comoa
plataformaEscolaDigital,
queoferececentenas
deobjetosdigitaisde
aprendizagem.
Estimularareflexãoeaautocríticaem
relaçãoaotempodefala(seémuito
oupoucoexpositivo),otomdevoz,a
velocidade,oposicionamentoemaulaetc.
Descobrirnovasabordagensedinâmicas.
Identificarpontosfortesefracosdasaulas.
Pedirfeedbacksdecolegaseamigoscom
maisfacilidade.
Fonte: REPLAYME (http://bit.ly/replay4me) + Escola Digital (http://bit.ly/escola-digital-home)
73
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Portal G1, No Dia do Professor, youtubers ensinam como gravar videoaulas (http://bit.ly/youtubers-e-professores)
YouTube noacompanhamentoda
formaçãocontinuada
Essa necessidade tem
sido parcialmente suprida
por aqueles que migraram
para o universo digital e
disponibilizam suas aulas no
YouTube. Uma das vantagens
citadas por estes “professores
digitais” é o maior alcance de
suas práticas – um desejável
e saudoso reconhecimento.
Entre as desvantagens,
mencionam o pouco
contato com os alunos e o
distanciamento da realidade.
De toda forma, o avanço
de práticas educacionais
no YouTube foi tanto, que a
empresa criou uma plataforma
especial no Brasil com aulas,
vídeos e simulados, na qual o
professor pode se inscrever
e fazer “do mundo a sua
sala de aula”. Batizada de
YouTube EDU, a plataforma foi
construída em parceria com a
Fundação Lemann e tem um
grande portfólio de conteúdos
principalmente nas áreas de
Exatas e Ciências da Natureza.
Oacompanhamentodasuaprática
docenteéumdositensmaiscitados
pelosprofessorescomoumanecessidade
profissionaldificilmenteobservada.
Elesnãosóapreciam,masprecisamde
direcionamentossobreseutrabalhoe
sentemfaltadetrocarinformaçõese
conhecimentoscomoscolegasparaque
consigamevoluir.
74
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Blog Educadores Inovadores (http://bit.ly/educadores-inovadores)
Microsoft
PrêmioMicrosoftEducadoresInovadores
Todooanoestapremiaçãocelebraprofessores
queseempenharamemdesenvolverpráticas
inovadorasligadasàtecnologia,ressaltandoseu
potencialdemelhoraliadadoprofessor.Todas
asexperiênciassãomantidasemumblog–para
estimularaproliferaçãoemcadeiadenovas
práticas–esãopromovidasoficinassobreouso
pedagógicodosistemaMicrosoft.
A empresa ainda criou a Educator
Comunity, site no qual são
compartilhadas experiências
criativas e imersivas que auxiliam
o professor a integrar a tecnologia
à sala de aula utilizando aplicativos
Microsoft. A plataforma também
compreende cursos on-line sobre a
tecnologia para fins educacionais e
planos de aula para download, entre
outras funcionalidades.
ExperiênciaS
75
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Gamificação
Neurociência
Brainstorming Ensinohíbrido
Design
Thinking
Personalização
Umamovimentaçãoparaqueaneurociênciapossasera
novaaliadados professoresnasaladeaula.Entender
melhorcomoosalunosaprendem podeserachavepara
compreender qualamelhorformadeensinar.
Técnicadedinâmicadegrupoquetemoobjetivodeexploraras
habilidades,aspotencialidadeseacriatividadedeumapessoa
ouumgrupo.Háváriasmaneirasde aplicarestatécnicaàsalade
aula–umadamaissimpleséoprofessorquestionarosalunos
sobreumtemaeanotartodasascolocaçõesnoquadro,sem
interferência.Essasfalas,baseadasnasexperiênciasdevida
deles,servementãocomopontodepartidaparaoestudo.
Integraatecnologiaaocurrículoescolar,mesclando,também,
oambienteonlineeopresencial.Temcomoobjetivofazercom
queosalunosseengajemmaisnoaprendizado,comqueos
professoresaproveitemmelhoroseutempoequearealidade
escolarestejamaispróximaaocotidianodosestudantes.
AFundaçãoLemannoferececursosonlineeoutrosrecursos
gratuitosparaeducadoresquequeiramaprendermaissobre
EnsinoHíbrido:http://bit.ly/curso-ensino-hibrido
Utilizaçãodejogosnapráticaescolar–oaprendizadoeo
desenvolvimentodoalunosedãocomlevezaediversão,
semseparaçãoentreteoriaeprática.Umbommétodoparao
professorestimularoengajamentoeainteraçãodosalunos.
Umasériedeestratégiaspedagógicasquepromovemoolharcuidadoso
àsindividualidadesdosestudantes,nabuscadeumacompreensão
personalizadadaslimitaçõesedospotenciaisdecadaum. Levaem
consideraçãoqueosalunosaprendememtemposeritmosdiferenteseque
possuemcompetênciaseinteressesdistintos.
Compreendeumconjuntodemetodologiasquepodeser
aplicadonaabordagemdeproblemascomplexos,tendocomo
premissaofoconousuário.Aplicadoàsaladeaula,pode
aproximareducadores,alunosetodaacomunidadeescolarpara
proporemjuntos,deformacolaborativa,soluçõesinovadoras
paraosdesafiosnaescolaeparatirá-lasdopapel.
Culturamaker
Promoveoaprendizado apartirdofazer–botaramãona
massaéotom!Reconhecerqueoserros tambéminfluenciam
positivamenteno aprendizado,aprenderaserresilientee
recomeçarsãoentendimentos queaculturamakerpretende
incentivarentrealunose professores.
Tendênciaspara
aformaçãode
professores
76
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Fonte: Porvir, Novas competências? Que competências? (http://bit.ly/novas-competencias)
Modelosdeeducação
noséculoXXI
Alémdascompetênciasdoseducadores,também
precisamserrevisitadososmodelosdeensino,para
torná-losvoltadosparaumaeducaçãoconectadaaos
jovensdoséculoXXI.
OPorvir,sitebrasileirodeinovaçãoemeducação,ressaltaalgunsaspectosque
transformamarelaçãodosalunoscomaeducação:
Investir na qualidade das relações humanas,
nas trocas,nos diálogos,nos aprendizados
mútuos e na ampliação de horizontes
Experimentar o ensino híbrido
Observar as características individuais do
aluno,suas dificuldades e facilidades
Apostar na gameficação
Incentivar o empreendedorismo dos alunos
Aproximar-se da comunidade
Desenvolver o aprendizado baseado
em projetos
Utilizar Recursos Educacionais
Abertos (REA)
77
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Transposição
Didática
A instituição e o sistema escolar,independente
de seu grau de ensino,cumprem o papel
primordial de“transmissão”da cultura e do
saber produzidos pelas universidades e centros
de pesquisa avançada.No entanto,é inegável
que,entreoqueéproduzidoeentendido
comosabereoqueéensinadonasalade
aula,existemdiferençassignificativas.
Uma possibilidade para entender esse processo
de transformações é fazer uso do conceito de
transposição didática utilizado inicialmente por
Chevallard e Joshua (1985),na didática francesa.
Fonte: Fala da especialista em educação Célia Senna + Yves Chevallard e o conceito de transposição didática (http://bit.ly/transposicao-didatica)
Os autores propõem considerarmos a relação entre três formas de
saber para designar o objeto de ensino sujeito a transformações:
SABER
ENSINADO
SABERA
ENSINAR
SABER
SÁBIO
Osaberescolarefetivamente
trabalhadoemsalade
aulacomoconhecimento
construídopelosestudantes.
Oconhecimentodefinido
enquantoestruturadordo
currículonacionalpelogoverno
(PCNs,diretrizescurriculares)
epelasinstituiçõesdeensino
(projetopolíticopedagógico)
comoosaberbásicoàformação
detodososcidadãos.
Produzidonasuniversidades
ecentrosdepesquisa,istoé,
osaberproduzidoenquanto
conhecimentocientíficodeum
dadomomentohistórico.
78
CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores
Muitos professores ainda ensinam da mesma maneira que foram ensinados – e métodos que
não se conectam com a realidade do século XXI precisam ser superados. Por isso, a constante
atualização é necessária – afinal, os jovens que compõem as salas de aula, invariavelmente,
mudam.
É necessário que os professores e as escolas estejam cada vez mais engajados
em desenvolver as competências dos estudantes, buscando respeitar a
individualidade, as dificuldades e os interesses de cada um, através de um
ensinar cada vez mais interdisciplinar e guiado por um mundo superconectado à
internet e às novas tecnologias.
Para que essa metodologia chegue à sala de aula da educação básica, ela precisa também estar
presente nos cursos voltados para a formação dos professores, tanto inicial quanto continuada.
Só aprendendo de uma maneira inovadora e na prática que o professor conseguirá facilitar a
aprendizagem dos jovens de uma maneira igualmente inovadora e efetiva.
Além disso, o capítulo compartilhou uma série de iniciativas nacionais que trabalham com
a questão da formação continuada de professores de maneira inovadora e conectada com a
sociedade de hoje.
OQUE VOCêviu
nestecapÍTULO
79
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
EXTRAS
Formaçãode
equipesdegestão
(diretorese
coordenadores
pedagógicos)
<< VOLTAR PARA O ÍNDICE
80
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
Oqueégestãoescolar?
Oconceitodegestãoescolarestáfortementeassociadoàideiadeautonomiaescolaredaescolaenquanto
umsistemaabertoàparticipaçãodasociedadeedacomunidade,capazdereagircomeficáciaàsdemandas
doslocaisemqueseinserem.Alémderesponsabilizar-seporquestõesadministrativas,aequipegestorade
umaescolaéresponsávelporarticularedaratônicadessarelaçãoentreescolaecomunidadee,também,por
processosqueasseguremamelhoriadosresultadosnoaprendizadoenodesenvolvimentodosalunos.
Fonte: Educa Brasil, Gestão Escolar (http://bit.ly/educa-brasil)
81
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
Comodiretorecoordenadoratuam
Diretor CoordenadorPedagógico
Fontes: Gestão Escolar, Gestão escolar: como atua o trio gestor (http://bit.ly/trio-gestor) + Gestão Escolar, Gestão escolar: espaço para a participação (http://bit.ly/gestao-participativa)
O diretor é o responsável legal,
judicial e pedagógico pela escola
e deve articular o trabalho de
professores e funcionários a fim
de garantir o funcionamento da
instituição e o aprendizado e o
desenvolvimento dos alunos.
Já o coordenador pedagógico responde
pela formação dos professores. Um
coordenador com formação adequada
deve ser especialista em diversas áreas
pedagógicas e atuar em parceria com
os professores, o diretor e os demais
integrantes da equipe gestora, oferecendo
suporte pedagógico e didático. Suas
habilidades, no entanto, devem ir além
do conhecimento teórico, pois a prática
e a vivência em uma sala de aula são
fundamentais para que identifique as
necessidades de professores e alunos e
encontre soluções adequadas para elas.
82
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
Agestãodemocráticaeaescolhadodiretor
Fontes: Editora Moderna, Anuário Brasileiro da Educação Básica 2016 (http://bit.ly/anuario-educacao-2016)
+ Brasil Escola, Gestão Escolar: espaço para participação (http://bit.ly/gestao-participativa)
Segundo estudo Gestão Escolar: espaço para a participação de Meire Lúcia Andrade da Silva, que possui
mestrado e pós-graduações em Educação e com experiência em gestão municipal, uma gestão democrática
constitui-se com base em ações como: Formação do Conselho Escolar; Elaboração do Projeto
Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; determinação e fiscalização da verba da escola pela
comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola,
professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica.
Uma das maneiras de garantir a efetivação da gestão democrática é estabelecer critérios mais transparentes
na escolha do diretor: de acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2016, 50% deles são
escolhidos com base apenas em indicação, prática que, muitas vezes, favorece interesses políticos em vez de
atender às demandas e às necessidades pedagógicas da escola e da comunidade.
AgestãodemocráticanaeducaçãoestáprevistaemmaisdeumartigodaLDB(LeideDiretrizeseBases)
eéamparadatambémpelaConstituiçãoFederal.Trata-sedeummodeloquevalorizaodiálogoea
coletividadenastomadasdedecisões.
83
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
ProgramaNacionaldeFormaçãoe
CertificaçãodeDiretoresEscolares,doMEC
Com o propósito de qualificar os profissionais com cursos de formação continuada e extensão, o programa busca
disseminar padrões nacionais para diretores escolares, com capacitação e certificação daqueles que já atuam
nas instituições de ensino e dos candidatos a cargos de direção, por meio de processos de formação continuada.
Além da formação, há o objetivo de aprimorar e qualificar os processos de seleção de diretores pelos sistemas
públicos de ensino dos Estados, Distrito Federal e municípios e estimular o desenvolvimento de práticas
de gestão democrática e de organização do trabalho pedagógico. Estão previstos cursos de formação inicial e
continuada sobre competências e conhecimentos necessários à gestão escolar e cursos de extensão para diretores
em exercício e candidatos ao cargo para apoiar a construção de planos de gestão escolar.
Em2015,dispostoaaprimoraragestãodasescolasdossistemaspúblicos,oMinistériodaEducação,
emparceriacomassecretariasestaduaisemunicipaisdeeducaçãoeinstituiçõespúblicasdeeducação
superior,criouoProgramaNacionaldeFormaçãoeCertificaçãodeDiretoresEscolares.
Fonte: Portal MEC, Diretores terão programa de formação continuada e extensão (http://bit.ly/formacao-extensao)
84
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
Aescolhaeaformação
docoordenadorpedagógico
A maioria desses profissionais avalia sua formação como boa ou excelente e acredita que foram bem preparados
para o exercício do cargo. Especialistas em educação, no entanto, acreditam que não existe curso de Pedagogia ou
programa que prepare o coordenador pedagógico adequadamente para exercer o papel de articulador pedagógico
e formador de professores dentro da escola.
Uma pesquisa da Fundação Victor Civita, realizada entre 2010 e 2011, constatou que 33% dos coordenadores
chegaram ao cargo através de concurso público – quase o mesmo percentual de profissionais indicados: 32%.
SegundoaLeideDiretrizeseBasesdaEducaçãoNacional(LDBENNº9394/96),paraatuarcomocoordenador
pedagógicoénecessáriotergraduaçãooupós-graduaçãoemPedagogia.55%doscoordenadorestêmPedagogia
comoprimeirocurso.Entreos45%quenãoelegeramcomoprimeirocurso,61%fizeramumaespecializaçãonaárea.
Fontes: Gestão Escolar, Coordenador pedagógico também precisa de formação (http://bit.ly/papel-coordenador) + Instituto Victor Civita,
O coordenador pedagógico e a formação de professores: Intenções, tensões e contradições (http://bit.ly/coordenador-formacao)
85
EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores)
Aimportânciadaformaçãocontinuada
paraocoordenadorpedagógico
Espera-se que esse profissional tenha conhecimentos para além
daqueles relacionados às atividades de professor. Os cursos
voltados para a formação e especialização de coordenadores, no
entanto, não alcançam a totalidade dos profissionais. Ainda de
acordo com a pesquisa O perfil do coordenador pedagógico,
da Fundação Victor Civita, a maior concentração de coordenadores
que não fizeram curso de especialização está no ensino médio,
representando 45% dos coordenadores do segmento.
As formações inicial e continuada da equipe de gestão escolar
são fundamentais para que a formação docente funcione
na prática: como responsáveis pela organização da escola,
articuladores entre escola e comunidade e, no caso do
coordenador pedagógico, como formador de professores, a
prática, a metodologia e a filosofia de trabalho devem estar
alinhadas com as dos professores e dos alunos do século XXI.
Enquantoarticuladorentreprofessoresediretoreresponsávelpelaformaçãodocorpodocentedeumaescola,é
necessárioqueocoordenadorpedagógicomantenha-sesempreatualizado,busquefontesdeinformaçãoereflitasobre
suaprática,afimdequetenhaasensibilidadenecessáriaparareconhecerosproblemasdeprofessoresealunos.
Fontes: Fundação Victor Civita, O perfil do coordenador pedagógico (http://bit.ly/coordenador-fvc)
Épossívelconferirmaissobrearealidadedoscoordenadorespedagógicos
brasileirosacessandoapesquisanolinkhttp://bit.ly/coordenador-fvc.
Relatório Gestão Escolar para o Ensino Médio
•	AACTE. 21st Century Knowledge and Skills in
Educator Preparation (http://bit.ly/21st-century-
skills-educator )
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•	Agência Brasil. Cursos para formar professores
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•	Agnaldo Pedro S. Filho, O estágio supervisionado e
sua importância na formação docente (http://bit.ly/
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•	António Nóvoa, Desafios do trabalho do professor
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•	Bernardetti Gatti, Formação de Professores no
Brasil: características e problemas (http://bit.ly/
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•	Blog Educadores Inovadores (http://bit.ly/
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•	Brasil Escola, Gestão Escolar: espaço para
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•	Cadernos do CENPEC - Pesquisa e ação
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•	Cláudia Davis e Marta Wolak Grosbaum, Sucesso
de todos, compromisso da escola, in VIEIRA, S.L.
(Org.); Gestão da Escola: Desafios a enfrentar, Rio
de Janeiro: DP&A, 2002.
•	Cientista Beta (http://bit.ly/cientista-beta-jovem)
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Básica 2016 (http://bit.ly/anuario-educacao-2016)
•	Educa Brasil, Gestão Escolar (http://bit.ly/educa-
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•	Educational Reforms | The Flaws of No Child
Left Behind and Race to the Top (http://bit.ly/
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•	El País Brasil, Cresce o número de jovens que não
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•	INEP, Estudo exploratório sobre o professor
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•	Instituto Ayrton Senna, Desenvolvimento
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•	Instituto Paulo Montenegro, Como o professor vê a
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•	Profissão Docente - Revista e Anais Uniubes, Dever
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•	REPLAYME (http://bit.ly/replay4me)
•	Revista Nova Escola, 20 qualidades do professor
ideal (http://bit.ly/ideal-professor)
•	Revista Nova Escola, Por que tão poucos querem
ser professor (http://bit.ly/atratividade-carreira)
•	Time Magazine, How to Recruit Better Teachers
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•	Time Magazine, Waiting for “Superman”: A Call
to Action for Our Schools (http://bit.ly/waiting-
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•	UNESCO, Cotidiano das escolas: entre violências
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•	UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil
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•	UOL, Brasil: 8 em 10 professores da educação
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  • 2. 2 CLIQUE PARA ACESSAR O CAPÍTULO DESEJADO DIRETAMENTE CAPÍTULO 3CAPÍTULO 2CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 5CAPÍTULO 4 Professoremformação: Cenárioatual ProfessordoséculoXXI: Competênciasparaseconectar defatocomouniversodosjovens ProfissãoProfessor: Oquemotivaeoquedesafia napráticaeducacional P.32P.19P.6 P.58 P.79P.43 Formaçãoinicial deprofessores Formaçãocontinuada deprofessores Índice 2 EXTRAS Formaçãodeequipesdegestão (diretoresecoordenadores pedagógicos)
  • 3. 3 Revisãotécnica DesignGráfico Ilustrações Célia Senna Alexandre Macedo Claudio Moraes Gabriel Leitão Adriano Valadão iStock Shutterstock The Noun Project Freepik Flaticon Pesquisa,conteúdoeredação Lívia Macedo Camila Zorlini Andréa Azambuja Débora Teodoro Carolina Faria do Carmo Caio Dib Créditos Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio
  • 4. 4 Especialistaconvidada Data Participantes Adriana Martinelli Consultora educacional que trabalha há mais de 20 anos trazendo soluções inovadoras para a Educação em diferentes áreas. 14 de outubro de 2016 Madalena (Projeto Aprendiz) Cristina Modelini (Formação Continuada) Julci Rocha (Mestre e Pesquisadora em Educação) Julia Pinheiro Andrade (Atina Educação) Thiago Tached (Consultor de Educação) Wesley Moreira de Andrade (Professor do Fund. II) Thiago Carvalho (Clinton Center for Teacher and Learning) Luciana Allan (Instituto Crescer) Isis Ferreira (Profª História Fund II) Daniel Augusto (Consultor Educacional) Iara Santos (Profª Fund II) Cristiane Chica (Mathema) Maurício Pimentel (Colégio Bandeirantes - BandTec) PRESENCIAL GRUPODETRABALHO Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio
  • 5. 5 Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio ONLINE GRUPODETRABALHO Participantes Adriana Martinelli Carvalho (LABi) Anderson Córdova (SENAC) Andreia de Jesus (Consultora Pedagógica) Ângelo Costa (Educador) Gisela Tartuce (Fundação Carlos Chagas) Graziella Matarazzo (Educadora) Leonardo Correa (Educador) Luciana Cury (UNIB) Rodnei Pereira (UNIP) Data 26 de janeiro de 2017
  • 7. 7 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fontes: Instituto Paulo Montenegro/FVC, Como o professor vê a Educação (http://bit.ly/como-ve) Os professores são essenciais para transformar a educação e a realidade do país e eles têm consciência do papel que exercem na área. A pesquisa Como o professor vê a Educação, desenvolvida pelo Instituto Paulo Montenegro em 2007 com a participação de professores de todos os segmentos de ensino do Brasil inteiro teve apontamentos interessantes. O estudo constatou que 21% dos educadores entrevistados estavam satisfeitos com a profissão. No entanto, para 22% dos entrevistados o docente não é devidamente valorizado pela sociedade. Para a metade dos ouvidos, a sociedade dá aos professores pouco ou nenhum valor. dosprofessores estãosatisfeitos comaprofissão acreditaqueodocentenão édevidamentevalorizado pelasociedade SegundooCensodo Professor(Inep/MEC), 64,1%dosprofessores deensinomédiosão mulheres acreditaqueasociedade dáaosprofessorespouco ounenhumvalor 64,1% 21% 22% 50% CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Jáparouparapensarque semaprofissãodeprofessor nãoexistiriamasoutras profissões? UMAPROFISSÃODE IMPACTOSOCIAL GRANDE
  • 8. 8 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fonte: Secretaria de Educação Básica/MEC, Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares – Gestão da educação escolar (http://bit.ly/gestao–na-educacao) Oquefaz oolhodo professor brilharmais “A maior motivação de ver o aluno se realizando, passando no ENEM, no vestibular é sentir que o que ensinou colaborou pro sucesso de alguém. O vestibular é um rito de passagem, é uma transição na vida do indivíduo. O outro ponto é a questão de compartilhar conteúdo para tornar esse indivíduo diferente. ‘Educar’ significa ‘tornar alguém elevado’. Você ter habilidades e competências para fazer esse indivíduo ser um cara diferente é motivador. Saber que posso contribuir com esse fim é maravilhoso” gerente pedagógico do Portal Descomplica Eduardo Valladares
  • 9. 9 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Ensinomédio podeatrairfuturos professores OsegmentosedestacanaEducação Básicaporcontarcomprofessoresque, muitasvezes,têmmelhorformação acadêmica,cursouuniversidades públicaseatémesmotevea oportunidadedeestudaremescolas privadasduranteociclobásico. Mesmoassim,aindafaltam professoresparaoensinomédiono país,particularmentenasdisciplinas deFísica,Química,Matemática eBiologia. Fonte: Folha de S.Paulo, Nenhum jovem quer virar professor no Brasil, mostra exame da OCDE (http://bit.ly/querer-ser-professor) + Instituto Paulo Montenegro, Como o professor vê a Educação (http://bit.ly/fvc-prof) + UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios) “Oquevocêquer serquandotiver ?”30anos A pergunta - feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a jovens de 15 anos durante exame do Pisa (2015) - revela o pouco prestígio dos educadores entre os jovens brasileiros: nenhum dos questionados afirmou querer ser professor, contrastando com a média mundial de respostas da instituição, que registra que 3,7% dos jovens pretendem ser professores secundários e 6,10%, professores primários.
  • 10. 10 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fontes: LABi (Laboratório de Inovação Educacional), Por uma Nova Formação Continuada - Diálogos, Experiências e a Formação de Professores no Século 21, (http://bit.ly/nova-formacao-continuada) Além do estímulo para ser professor não vir nem da escola, nem da faculdade, nem da sociedade, a formação também não colabora. Muitas instituições de ensino não oferecem cursos alinhados às exigências da realidade, formando educadores despreparados para enfrentar os desafios reais de uma sala de aula. Segundo relatório do Banco Mundial, um dos grandes problemas enfrentados pela educação no Brasil é a dificuldade em atrair profissionais talentosos para os cursos de pedagogia e licenciatura, tendo em vista o pouco prestígio social da profissão e os baixos salários. PROFESSOR ADVOGADO EMPRESário MÉDICO
  • 11. 11 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional A pesquisa 10 Desafios do Ensino Médio no Brasil, da UNICEF, identificou os principais desafios enfrentados no ensino médio para garantir o direito de aprender para jovens entre 15 e 17 anos. Nosso relatório aprofundou três temas que têm mais relação com o professor: EXCLUSÃO NAEDUCAÇÃO MELHORARRELAÇÃO PROFESSOR+ESTUDANTE LEVAREMCONTA ADIVERSIDADE 1. 2. 3. grandestemasedesafios quepreocupamosprofessores 3
  • 12. 12 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fontes: Folha de S.Paulo, Professores acreditam no seu trabalho como elemento importante para a sociedade, mas poucos jovens sonham em ser professores (http://bit.ly/combate-evasao) + UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios) As estatísticas mostram que mais estudantes brasileiros estão conseguindo vencer os desafios do ensino fundamental e entrar no ensino médio. Dados do PNAD apontam que a taxa de escolarização líquida dos jovens entre 15 e 17 anos subiu de 36,7% em 2001 para 51,6% em 2011. Mesmo assim, metade dos jovens não continuam os estudos. O acesso à escola por causa de grandes distâncias ou falta de transporte é dos limitadores nas zonas rurais. Junto com isso, pesquisas como o estudo Trabalho Infantil e Adolescente – Impactos Econômicos e os Desafios para a Inserção de Jovens no Mercado de Trabalho no Cone Sul (Fundação Telefônica, 2013) apontam que o trabalho aumenta em 22,6% a evasão escolar dos jovens. EXCLUSÃO NAEDUCAÇÃO 1.
  • 13. 13 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fontes: El País Brasil, Cresce o número de jovens que não estudam nem procuram emprego (http://bit.ly/elpais-nemnem) + World Bank Group, Out of School and out of Work (http://bit.ly/banco-mundial-nem-nem) De acordo com o IBGE, em 2013, um a cada cinco jovens brasileiros entre 15 e 19 anos não trabalhava nem estudava. “O perfil do chamado ‘nem-nem’ mostra que ele tem geralmente escolaridade menor em relação aos outros jovens. Identificou-se que 44,8% deles vivem em famílias com renda de um quarto do salário mínimo por pessoa, na condição de filho. Quanto à localização, a maior parte dos representantes dessa ‘geração’ está concentrada no Nordeste do País”, ressaltou a jornalista Heloísa Mendonça em matéria do El País Brasil. Pesquisa do Banco Mundial apontou que 1 em cada 50 jovens da América Latina está fora da escola e do mercado de trabalho. No Brasil, as mulheres são maioria (68,6%), muitas vezes por causa de questões como gravidez na juventude. Muitas jovens não têm com quem deixar os filhos e muitas sentiram incompreensão da escola em relação a seu estado. A pesquisa também aponta como o cenário de jovens que não estudam nem trabalham pode contribuir para a manutenção da desigualdade. EXCLUSÃO NAEDUCAÇÃO 1. Confiramaissobreapesquisa doBancoMundialnolink: http://bit.ly/banco-mundial-nem-nem
  • 14. 14 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fonte: UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios) Todo estudante tem aquele professor que admira. Por outro lado, ele também tem aquela matéria que odeia. Na pesquisa 10 Desafios do Ensino Médio no Brasil, da UNICEF, estudantes criticam muito o fato das aulas estarem pouco conectadas com suas realidades, do professor “despejar” conteúdos na turma e da falta de escuta em relação aos jovens. Encontrar o ponto de conexão entre a turma se mostra fundamental para a garantia do aprendizado dos jovens, maior interesse pela escola e uma relação mais saudável para todos. O portal Porvir compartilha uma série de relatos dos próprios educadores sobre como eles estão inovando na sala de aula no site http://porvir.org/diario-de-inovacoes MELHORARRELAÇÃO PROFESSOR+ESTUDANTE 2. Depoimentos de jovens ouvidos pela pesquisa da UNICEF “A gente não tem nenhum interesse de ficar olhando para a cara de alguns professores. Aí a gente se desconcentra, começa a conversar com a amiga do lado, começa a fazer brincadeira. Por isso, é que leva uma má nota às vezes em algumas matérias” Tem dias que eu nem mato a aula, a aula é que me mata”
  • 15. 15 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fonte: UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios) A ampliação de acesso ao Ensino Médio que aconteceu nos últimos anos também trouxe maior diversidade para as escolas, tanto em questão de renda quanto em relação às diferenças entre cada indivíduo. A pesquisa 10 Desafios do ensino médio no Brasil aponta que a discriminação racial é uma das principais barreiras que os jovens brasileiros enfrentam para ter garantido seu direito à educação. Do total de excluídos do ensino médio, a maioria é negra. A população negra também é a mais afetada pela repetência e pelo abandono. O bullying, por sua vez, está presente na maioria das salas de aula. LEVAREMCONTA ADIVERSIDADE 3. Oseducadores podemaproveitar ferramentasgratuitas paracombateros problemascomrelação àdiversidadenaescola. OMinistérioPúblicodeSãoPaulo criouumcursodeintroduçãoàjustiça restaurativaparaeducadores,noqual apresentacaminhoseferramentas pararealizarodebatejuntocomos estudantesdemaneiraestruturada. Épossívelacessaromaterialem http://bit.ly/justica-restaurativa-mp.
  • 16. 16 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Bastaacessarapesquisa10Desafiosdo EnsinoMédionoBrasil,disponívelnolink http://bit.ly/10-desafios Exploretodosos desafiosdoEnsino Médioapontados pelaUNICEF
  • 17. 17 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Fonte: Grupo de trabalho e entrevistas com educadores realizados pela equipe da plataforma FAZ SENTIDO (2015). Os diversos desafios encontrados nas pesquisas para garantir educação com qualidade e equidade no ensino médio são combustível para oportunidades. No grupo de trabalho e entrevistas com educadores realizados pela equipe da plataforma FAZ SENTIDO, uma série de caminhos positivos foram encontrados: Desafios alimentamSONHOS Maisapoiopara desenvolverprojetos comalunos Reconhecimento Serreferência Apoiodentroda saladeaula Buscadesoluções conjuntamente Cursosbaseados emescuta EnsinoHíbrido Maisdebates,trocas, formações,momentos colaborativos Boaintegraçãode EADcomformação presencial Mestrado Sabercomo lidarjovens Entendero sistemapúblico Maistempoe apoioparase planejar Maisespaços parapráticas Atribuiçãodeaula focadanoperfildo professor Terprocessosna escolaqueacolham novosprofessores Possibilidade demais experimentação Formaçãomais conectadacom arealidadeeas necessidadesda escola Formaçãoque respeiteoqueo professorjásabe Formaçãoadequada paracomeçara carreira Formaçãoque apontecaminhos Formação continuada dentrodaescola
  • 18. 18 CAPÍTULO 1 - Profissão: Professor - O que motiva e o que desafia na prática educacional Os professores têm consciência da importância da profissão para a sociedade, mas ao mesmo tempo sentem-se desmotivados com os enormes desafios presentes no ensino médio e com a falta de valorização da carreira. No capítulo 1, buscou-se tornar mais claro o cenário em que esses profissionais atuam e apresentar caminhos e oportunidades para tornar as ações educativas mais potentes e para todos. Também foi entendido que, para que os professores consigam vencer os inúmeros e complexos desafios da educação e exercer seu papel com qualidade e efetividade, é preciso olhar para eles e promover soluções viáveis de suporte – e isso só é possível com a formação qualificada. Somente com o desenvolvimento de competências conectadas com o século XXI, com capacitação e empoderamento, os professores conseguirão estimular os alunos a alcançar todo o seu potencial de aprendizagem e desenvolvimento. No capítulo 2, o estudo trará alguns apontamentos para apoiar educadores nesse sentido. OQUE VOCêviu nestecapÍTULO
  • 20. 20 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens educação? OSjovens SéculoXXI estãoemmutaçãoconstante. MASEA Os estudantes do século XXI e o contexto atual da educação têm desafiado os professores a adquirirem competências que não costumam ser trabalhadas durante sua preparação para a sala de aula. As formações inicial e continuada devem instrumentalizá-los para se reinventarem constantemente, a fim de que consigam, de fato, conectar-se com as características, o contexto, as necessidades e os interesses dos jovens. Toda formação deve provocar reflexão e ajudar os profissionais a descobrirem como ressignificar sua prática, afinal, os tempos estão em constante mutação – e os jovens também.
  • 22. 22 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens Novashabilidadesparaaeducação Educação: Um Tesouro a Descobrir, que divulga o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, aponta que os quatro pilares da educação são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Se buscarmos os quatro conceitos produzidos pela UNESCO em 1999 nas salas de aula de hoje, encontraremos ações que não desenvolvem tais habilidades ou muitas dúvidas daqueles educadores que desejam tornar sua aula mais próxima do século XXI. Desenvolver novas habilidades que vão além da questão conteudista é, ao mesmo tempo, um desafio e uma urgência. Muitos trabalhos caminham para criação de oportunidades e ferramentas que garantam o desenvolvimento de competências socioemocionais que conversem com a sociedade atual. Fonte: Jacques Delors, Educação: Um Tesouro a Descobrir (http://bit.ly/unesco-tesouro) + Instituto Ayrton Senna, Desenvolvimento socioemocional e aprendizado escolar (http://bit.ly/ias-competencias)
  • 23. 23 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens O Portal Porvir criou um especial em parceria com o Instituto Ayrton Senna sobre competências socioemocionas na educação. O projeto apoia educadores a entenderem o que são e como desenvolver competências socioemocionais a partir de experiências e recomendações voltadas a preparar os alunos para enfrentar os desafios do século XXI. Confiraasentrevistas,infográficos, boaspráticaseferramentasem http://bit.ly/especial-socioemocional
  • 24. 24 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens De acordo com o Movimento pela Base Nacional Comum Curricular, que busca facilitar o processo de construção de uma base curricular de abrangência nacional para os ciclos da Educação Básica, o pleno desenvolvimento dos jovens – para que se tornem cidadãos autônomos e responsáveis – implica na aquisição de algumas Capacidades Essenciais, que compreendem princípios e valores como: Estas capacidades estão diretamente relacionadas ao Multiletramento, ao Pensamento Crítico e Criativo, à Sociabilidade e Participação e ao Autoconhecimento e Projeto de Vida, competências gerais que devem sustentar o propósito da escola, em torno das quais devem ser trabalhadas as Linguagens, a Matemática, as Ciências Humanas e as Ciências da Natureza. Foconosjovens: capacidadesessenciaisparaodesenvolvimentointegral Fonte: Movimento pela Base (http://bit.ly/movimento-base) + GT Textos introdutórios, proposta 16/09/2016. Valorizaçãodo conhecimentoem suasdiversasformas –valorizaçãoda curiosidadeintelectual Equilíbrioentrea racionalidadeprática easensibilidadepara lidarcomquestões subjetivas Construçãoda consciência,da identidadepessoal edaautonomia Respeitopela diversidadedesaberes evivênciasculturais Construçãodeuma consciênciaecológica
  • 25. 25 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens Professorespreparados: 20qualidadesdoprofissionalideal Numa lista de qualidades para o professor ideal, o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente confirma a necessidade de um perfil completo – estratégico, técnico e humano – de profissional, para que esteja de fato preparado para facilitar a aprendizagem com efetividade e empatia e para incentivar o desenvolvimento integral dos alunos. Selecionarecursosde aprendizagemdeacordocomos objetivosdeaprendizagemeas característicasdeseusalunos. Dominaasdiretrizes curricularesdasdisciplinas. Comunica-se efetivamentecomos paisdealunos. Buscaaprimorarseutrabalho constantementecombase nareflexãosistemática,na autoavaliaçãoenoestudo. Estabeleceumclima favorávelparaa aprendizagem. Manifestaaltas expectativasemrelação àspossibilidadesde aprendizadodetodos. Temconsciênciadas característicasde desenvolvimentodosalunos. Utilizamétodose procedimentosquepromovem odesenvolvimentodo pensamentoautônomo. Possuiinformaçãoatualizada sobreas responsabilidades desuaprofissão. Instituiemantémnormasde convivênciaemsala. Organizaosobjetivoseconteúdos demaneiracoerentecomo currículo,odesenvolvimento dosestudanteseseunívelde aprendizagem. Otimizaotempo disponívelparaoensino. Conheceosistema educacionaleaspolíticas vigentes. Dominaosconteúdos curricularesdasdisciplinas. Demonstraepromove atitudesecomportamentos positivos. Avaliaemonitoraa compreensãodosconteúdos. Escolheestratégiasdeavaliação coerentescomosobjetivosde aprendizagem. Conheceasdidáticasdas disciplinas. Trabalhaemequipe. Aplicaestratégiasde ensinodesafiantes. Fonte: Revista Nova Escola, 20 qualidades do professor ideal (http://bit.ly/ideal-professor)
  • 27. 27 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens Professor:facilitadordaaprendizagem O professor é o principal mediador do conhecimento, auxiliando o estudante na construção de sua autonomia para que o jovem se torne gestor da própria aprendizagem. Em classe, o professor tem o papel de: Prevertempoe espaçosdestinados àsatividades planejadas; anteciparemanejar ritmo,intervenções eobstáculosque osalunospossam enfrentar. Provocaremediar ainteração entregruposde estudantes. Estimulare envolveralunos paraquese comprometam comoaprendizado, despertandoo protagonismoem cadaum. Dardevolutivas (feedbacks)para situarosestudantes noprocessode desenvolvimento, impulsionando seudesempenho eampliando suacapacidade perceptiva. Construirprincípios eprocedimentos coletivos,bemcomo acompanhá-lose avaliá-los. Fonte: FAZ SENTIDO, Estudo Gestão Escolar (http://bit.ly/faz-sentido-estudos)
  • 28. 28 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens Novostempos, espaçoserelações O aprendizado vai muito além da sala de aula. Ele acontece em momentos e ambientes diversos que podem extrapolar os muros da escola. Os jovens podem aprender em casa, pela cidade, por meio das relações com os amigos, com a comunidade… A construção do conhecimento é constante e complexa. Saibamaissobregestãodaaprendizagemnoestudo GestãoEscolar,disponívelnaplataformaFAZSENTIDO emhttp://bit.ly/faz-sentido-estudos Mundo Comunidade Escola Saladeaula
  • 29. 29 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens Fontes: “Sucesso de todos, compromisso da escola”, Cláudia Davis e Marta Wolak Grosbaum, in VIEIRA, S.L. (Org.); Gestão da Escola: Desafios a enfrentar, Rio de Janeiro: DP&A, 2002. “A interação entre professores e alunos em torno do conhecimento, que constitui a dinâmica de sala de aula, decorre da forma como o professor vê os processos de ensino e de aprendizagem. Só que nossos alunos não constroem sozinhos seus conhecimentos: isso depende da interação mantida com professores e colegas. A ‘boa’ ajuda que o professor pode prestar depende da maneira como ele percebe o aluno” no artigo “Sucesso de todos, compromisso da escola” Claudia Davis e MArta Grosbaum O professor deve ser um articulador do que os alunos assimilam dentro e fora da sala de aula, do que aprendem formalmente e do que vivenciam em ambientes diversos, informalmente. Além de guia direto e inspirador da turma, ele é um conector de aprendizados. Além disso, um processo educativo centrado nos estudantes considerará seus saberes, necessidades e desejos e valorizará sua identidade comunitária, cultural, étnica, de gênero e de sexualidade.
  • 30. 30 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens Fonte: Cientista Beta (http://bit.ly/cientista-beta-jovem) + FEBRACE (http://bit.ly/febrace-depoimentos) Ciência CientistaBeta FEBRACE Iniciativa criada por uma jovem cientista gaúcha, o Cientista Beta quer mostrar aos jovens que eles têm potencial para desenvolver um projeto científico sobre um tema de seu interesse e que esses projetos podem mudar suas vidas, gerar inovação e impactar a sociedade. Para alcançar o objetivo, a iniciativa oferece mentoria para jovens do ensino médio e técnico, apoiando o desenvolvimento de projetos que encontrem soluções para os problemas identificados pelos próprios jovens em suas realidades. Na jornada de criação, diversas habilidades socioemocionais são desenvolvidas a partir da mão na massa e da troca com a rede. A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um dos principais eventos na área de educação científica do país. Nela, jovens de ensino fundamental, médio e técnico apresentam projetos que desenvolveram nas escolas para solucionarem problemas locais e globais. Os projetos trabalham, muitas vezes, com interdisciplinariedade, o que seria a chave para uma mudança qualitativa no ensino médio de acordo com vários especialistas. Confiramaisemhttp://bit.ly/cientista-beta-jovem Épossívelconferirdepoimentosdeeducadoresqueapoiaramosprojetos emhttp://bit.ly/febrace-depoimentos CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens éUMcaminhopara jovensdesenvolverem competênciasdo séculoXXI
  • 31. 31 CAPÍTULO2-ProfessordoséculoXXI:Competênciasparaseconectardefatocomouniversodosjovens O capítulo 2 apontou a necessidade dos educadores trabalharem além do compartilhamento de conteúdo. É preciso desenvolver uma série de competências - que podem ser chamadas de “competências do século XXI”, “competências socioemocionais”, “educação não-cognitiva”, entre outros - para que jovens tenham a oportunidade de atuarem na sociedade e no mercado de trabalho de maneira efetiva e potente. Para trabalhar o desenvolvimento de competências e, assim, estar mais próximo da realidade dos jovens, o professor precisa olhar e atuar a partir de novas perspectivas de educação. No capítulo, apontou-se uma série de caminhos e ferramentas (como o Especial Socioemocionais do Porvir) para apoiar os educadores. OQUE VOCêviu nestecapÍTULO
  • 32. 32 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL CAPÍTULO 3 Professoremformação: Cenárioatual << VOLTAR PARA O ÍNDICE
  • 33. 33 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Fonte: Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. p. 67. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL “Quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado.” educador, pedagogista e filósofo brasileiro paulo freire
  • 34. 34 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Fonte: Formaçãodequalidade Durante sua formação universitária, o professor tem contato com uma série de competências e conteúdos elaborados para prepará-lo para o exercício da docência. Na atuação prática, quando entra em contato com a realidade dos estudantes, da escola e da comunidade escolar como um todo, a formação que viveu se amplia e se aprimora. Umeducador“bemformado”éaquelequeuneosconhecimentos obtidosnagraduação,naexperiênciapráticavindados estágios,nacapacitaçãocontinuadaeemsuaformaçãogeral– conhecimentosplurais,práticoseteóricos,construídosatravés deleituras,trocascomospares,vivênciasculturais,éticas, estéticasedesocialização. Seoindivíduoqueouve aceitaeusanavidaprática, viraconhecimentoparaele Conhecimentoé ainformaçãoem açãoprática Oqueeufaloémeu conhecimento,para quemouveéinformação
  • 35. 35 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Umaformaçãodequalidade éimprescindível,massóela nãoégarantiadeumbom professor.Umprofissional completoéaquelequealiaum conjuntodiversodeexperiências acadêmicas,profissionaise devida.Juntas,elaspodem fomentarmaneirascriativasde ensinarepermitirqueconsiga estabelecerrelaçõesdisruptivas comosalunos. FormaçÃO DE QUALIDADE EXPER Iências devida EXPER IÊNCIA PRO FISS IONAL CAR ISMAAT ITUDE 1ºINGRED IENTE 2ºINGRED IENTE 3ºINGRED IENTE 4ºINGRED IENTE 5ºINGRED IENTE professora COM PLETA
  • 36. 36 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Teoriax Prática: aimportânciadosestágios supervisionados Fontes: Agnaldo Pedro S. Filho, O estágio supervisionado e sua importância na formação docente (http://bit.ly/estagio-supervisionado) + Jennifer Fogaça, Importância dos estágios supervisionados nos cursos de licenciatura (http://bit.ly/estagio-supervisionado-importancia) Trata-se,também,domomentoem queosfuturosprofessorespodem refletirsobreasteoriasestudadas paraescolheremmetodologiase abordagensdeacordocomocontexto, oconhecimentoearealidadedeseus alunos.Asexperiênciasvividasfazem comqueoseducadoresenxerguema pluralidadedeumasaladeaulaeque valorizemasindividualidades. Um dos grande impasses dos cursos de Licenciatura no Brasil é justamente a falta de conexão entre teoria e prática. Muitos currículos são excessivamente voltados a questões teóricas e pouco “mão na massa” – deixando de preparar os professores de forma integral. Por isso os estágios supervisionados, quando de fato práticos, são tão importantes. Eles representam a primeira oportunidade de os graduandos praticarem o que aprenderam em teoria e se depararem com situações desafiadoras que os levarão a identificar os obstáculos do dia a dia de trabalho e a pensarem em estratégias para solucioná-los.
  • 37. 37 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Noentanto,nemtodos recebemaformaçãoadequada paraodesafiodeeducar... 46,3%dosprofessoresdeensinomédio atuam empelomenosumadisciplinaparaa qualnãotêmformação. Fonte: Folha de S.Paulo, Quase 50% dos professores não têm formação na matéria que ensinam (http://bit.ly/form-em) Professoresdoensinomédio Formaçãoporrede TODAS NENHUMA PELO MENOS UMA FEDERAL PRIVADA MUNICIPAL ESTADUAL % de docentes no Brasil formados nas disciplinas que lecionam % de professores do ensino médio graduados em todas as disciplinas em que atuam 54% 32% 14% 73% 58% 55% 53%
  • 38. 38 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL OqueéoPNE? OPNEreconheceaexistênciade gravesproblemasestruturais naformaçãodosprofessoresno Brasilequeelaprecisaserrevista. OPlanoNacional deEducação(PNE) determinadiretrizes, metaseestratégiaspara apolíticaeducacional dospróximosdezanos. O Plano Nacional contempla desde um olhar para a formação inicial – a fim de que, no período estabelecido, todos os professores de educação básica no Brasil possuam licenciatura em sua área de atuação – até a formação continuada e o ingresso de pelo menos 50% desses docentes na pós-graduação. As metas também visam a equiparação salarial dos professores a outros profissionais com formação superior no país, pensando em um plano de carreira docente e na valorização da profissão. Cumprindo-se as metas, será possível atrair grupos talentosos para os cursos de pedagogia e licenciatura, que, reformulados, formarão educadores preparados e alinhados às novas tendências de ensino e à realidade dos alunos do século XXI. MetasdoPNE (PlanoNacionaldeEducação)
  • 39. 39 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Fonte: Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne) Pararesolver aslacunas relacionadas àformaçãode professoresno Brasil,Das20 metasdoPNE, criadoem2014, cincoreferem-se àprofissão. FORMAÇão Rendimento meta#15 meta#17 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação [...] assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.
  • 40. 40 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Fonte: Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne) Remuneração meta#18 Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Oprofessoréumdosprofissionaismaisnegligenciadosdo mercadodetrabalho–seussaláriosincompatíveisprovocam desinteresseebaixaadesãoàcarreira,quepermanece desvalorizada.Adequararemuneraçãoéumaquestãode valorizaçãopolíticadaprofissãoedereconhecimentodesua funçãosocial,essencialparaodesenvolvimentodanação. DeacordocomoObservatóriodoPNE,orendimentomédiodos professoresdeensinobásicocomensinosuperiorcompletoem relaçãoaodosdemaisprofissionaiscomeducaçãosuperioréde 52,5%.Ametaéalcançarequidadederendimentosaté2020.
  • 41. 41 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL Fonte: Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne) Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da Educação Básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Emrelaçãoàpós-graduação,apenas 31,4%dos2,2milhõesdeprofessores deEducaçãoBásicadopaísingressam nessaetapadeformação:sãomenos de46milmestrese16mildoutores– dadosqueoPNEpretendeexpandir até2024.Oensinomédioconcentra omaiornúmerodedocentescomo títulodedoutor:sãopoucomaisde 6000profissionais. Formaçãocontinuada e pós-graduaçãode professores Fonte: Geocapes / Elaboração: Todos Pela Educação Mestrestitulados Doutorestitulados ATUAL(2015) META(2024) 54.924 60.000 ATUAL(2015) META(2024) 18.625 25.000 meta#16
  • 42. 42 CAPÍTULO 3 - PROFESSOR EM Formação: CENÁRIO ATUAL A formação qualificada dos educadores do ensino médio ainda é um enorme desafio. Especialistas ouvidos durante os debates realizados na pesquisa da plataforma FAZ SENTIDO sobre formação de educadores apontaram a necessidade de modelos que aproximem os professores da prática e a necessidade das formações acontecerem a partir do “aprender fazendo”. Por isso, estratégias como os estágios supervisionados são tão importantes. Ao mesmo tempo, o capítulo reforçou a importância do Plano Nacional de Educação para que o cenário da formação de professores tenha melhorias nos próximos anos a partir de uma atenção especial para a formação inicial e continuada dos docentes. OQUE VOCêviu nestecapÍTULO
  • 43. 43 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores CAPÍTULO 4 Formaçãoinicial deprofessores << VOLTAR PARA O ÍNDICE
  • 44. 44 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores FORMAÇãoinicial OQUEé? FINALIDADE Novasdiretrizespara aformaçãoinicial Éapreparaçãoinicialdeum profissionalparaqueentreem saladeaulacomoprofessor–ou seja,asLicenciaturasemáreas específicasdeconhecimento. Capacitaroprofessorparaque eledominecompletamente adidáticaeastécnicasde ensinodesuaáreadeatuação eparaqueestejaaptoalidar comapluralidadedasalade aulacomsensibilidade eempatia. Asnovasdiretrizesapontampara cursosdeformaçãoquepreparemos futurosprofessoresdeformaintegral emvezdefocaremapenasemteoria, comestágiossupervisionadoscada vezmaisdiluídosduranteocurso.A tecnologiatambémpassaaocupar umpapelimportantenaeducação, eosnovosprofessoresdevemser capacitadosparaexplorá-laemaula.
  • 45. 45 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores A formação inicial deve preparar um professor para ser capaz de ler a realidade do seu aluno, ter empatia com a comunidade e, além de dominar os conteúdos, saber como compartilhá-los. De acordo com os dados do último levantamento divulgado pelo Censo da Educação Superior, em 2013, existem 7.900 cursos de licenciatura na área de educação espalhados por todo país. Naquele ano, mais de 200 mil pessoas foram licenciadas (56% pela modalidade presencial e 44% pelo ensino a distância). Porém, especialistas na área afirmam que muitos cursos ainda estão bastante distantes da realidade da sala de aula. Fonte: Porvir, Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil (http://bit.ly/raiox-porvir) Não adianta reformular os currículos das Licenciaturas se a própria postura e concepção dos professores formadores dentro das universidades não mudar superintendente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) Anna Helena Altenfelder
  • 46. 46 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Comoaformaçãoacontecehoje Fonte: Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/formacao-profs-brasil) Éprecisoreveranecessidadeda disciplinaespecíficaesuperaro ensinodeconteúdospedagógicos NoBrasil,nãoháumaformação específicaparaoprofessor Mesmo com ajustes parciais em razão das novas diretrizes, verifica-se nas licenciaturas dos professores especialistas, a prevalência da ideia de oferecer uma formação com foco na área específica, o que deixa um espaço insuficiente para a formação pedagógica e o preparo do discente para a sala de aula. Em todos os tipos de licenciatura, verifica-se que a formação de professores para a educação básica é feita de modo fragmentado entre as áreas disciplinares e níveis de ensino. O Brasil não conta, portanto, com instituições de Ensino Superior que ofereçam cursos com o intuito de formar esses profissionais.
  • 47. 47 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores quebra-galho,missionárioeoimproviso Professores De maneira geral, ainda temos muitas remanescências de um professorado formado a partir do improviso, da política do “tanto faz” – professores de História dando aula de Química, desvalorizados e solitários. Quase metade dos professores de ensino médio (46,3%) atuam em pelo menos uma disciplina para a qual não têm formação. Fonte: Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/formacao-profs-brasil) + Folha de S.Paulo, Quase 50% dos professores não têm formação na matéria que ensinam (http://bit.ly/form-em) Professoresdoensinomédio TODAS NENHUMA PELO MENOS UMA % de docentes no Brasil formados nas disciplinas que lecionam 54% 32% 14%
  • 48. 48 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Faltaminstrumentose recursosinovadores Sãopouquíssimas disciplinasdedicadasàs didáticasdasaladeaula Utiliza-semaismateriaisimpressos,comoresumosde livros,apostilasecadernosnoscursos.Issonãoestimula osfuturosprofessoresalevaremnovastecnologiaspara suasaulas. Fonte: Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/formacao-profs-brasil) Disciplinasrelativasaoofíciodedocentesãoraras,ehápoucas aulasdedidática(o“comofazer”).Issoserefleteprincipalmente nasqueixasdosprofessoressobresuaformaçãosermuitoteórica epoucoprática.Currículosquenãoabremespaçoparaaprática sãoincompletos.
  • 49. 49 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Comoaformaçãodeveriaser CENTRADANOJOVEM INSTRUMENTALIZADA PELO“COMO” FORMARESPECIALISTAS, SIM,MASPROFESSORES REFORÇADAPOR METODOLOGIASINOVADORAS Os professores deveriam participar de formações que os conectassem às características, ao contexto, às necessidades e aos interesses dos jovens do século XXI, situados no centro da sua prática. Assim, teriam menos problema para promoverem ou facilitarem seu relacionamento com os alunos, para criar vínculos com eles ou para buscar novas metodologias quando necessário. As aulas nas Faculdades de Educação deveriam ser tão teóricas quanto práticas, ficando bem próximas do cotidiano real dos professores. A prática pedagógica não deveria ficar restrita aos estágios obrigatórios, que não raro acabam ficando restritos à observação. É comum que a grade de formação de professores seja focada em disciplinas específicas (Matemática, Inglês, Química) e aborde poucos conhecimentos referentes à formação do professor – um caos anunciado. Antes de ser matemático, geógrafo ou químico, ele é PROFESSOR. A formação de professores deveria ser amplamente amparada por metodologias inovadoras. Além do uso da tecnologia, a flexibilização dos currículos e o foco na instrumentalização para a pluralidade são meios inovadores para conectar os profissionais com os interesses de suas futuras turmas. Uma carga horária de estágio maior, diluída em todo o curso em vez de concentrada apenas nos anos finais, é outra maneira de unir teoria à prática e formar professores mais preparados. Fonte: Porvir, Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil (http://bit.ly/raiox-porvir) Saibamaissobreo universodosjovensno estudoJuventudeseo EnsinoMédio,disponível naplataformaFAZ SENTIDO
  • 50. 50 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores “Acredito na necessidade de balancear a formação de professores em 3 pilares: as experimentações (aprender fazendo), as redes de conversação (colaboração e compartilhamento) e cultura digital (novas linguagens para além do discurso acadêmico-textual). E além disso, a procura constante de autoconhecimento. Quanto mais os professores tomarem consciência de seus próprios desafios e limites, mais eles entenderão os alunos e saberão como buscar soluções para melhorar as relações e interações” especialista em educação e tecnologia Durante Grupo de Trabalho Online organizado pela equipe da Plataforma FAZ SENTIDO, 26/01/2017 - Adriana Martinelli de Carvalho -
  • 51. 51 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Unespnocampus Ourinhosena comunidade OcursodeLicenciaturaemGeografiadaUnesp (UniversidadeEstadualPaulistaJúliodeMesquitaFilho), nocampusdeOurinhos,temodiálogocomacomunidade escolarcomoeixoprincipal.Desde2008,estudantes entramemcontatocomescolaspúblicasdaregiãoapartir doprimeirosemestredecurso,afimdecompartilharem experiênciascomprofessoresematuação.Trata-sedeuma iniciativadoNúcleodeEnsinodeOurinhos,responsável pelodesenvolvimentodepesquisaseatividadesdeensino nomunicípio,quetemocompromissodearticularteoriae práticanaformaçãodosnovosprofissionais. De acordo com a professora Márcia Cristina de Oliveira Mello, vice- coordenadora do núcleo, o processo inicia pelo contato com a prática nas escolas, depois os alunos refletem com base na teoria e, por fim, retornam ao ambiente inicial com caminhos para superar os desafios encontrados. Em Educação Ambiental, por exemplo, realizaram uma campanha de conscientização com alunos do ensino fundamental e médio da Escola Estadual Josepha Cubas da Silva tendo um córrego da comunidade como fio condutor. Outro projeto desenvolvido no curso é a “Semana de Geografia nas escolas”, em que os alunos do estágio supervisionado organizam um evento acadêmico nas escolas em que estão atuando, que inclui debates, palestras e aulas com a participação de professores da Unesp, além de envolvem professores, gestores e alunos da educação básica. “Nós consideramos as escolas como um local de formação importante” Márcia Cristina de Oliveira Mello vice-coordenadora do Núcleo de Ensino de Ourinhos Fonte: Porvir, Ensino superior se aproxima da escola para formar professores (http://bit.ly/estudo-superior-aproxima) Experiência
  • 52. 52 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais) DocentesdaUEPG(UniversidadeEstadualdePontaGrossa)também sentiramnecessidadedeaproximarseusalunosdarealidadedasaladeaula. Em2002,quandooConselhoNacionaldeEducaçãoinstituiunovasdiretrizes paraaformaçãodeprofessores,auniversidadecriouumaComissãode CoordenaçãoGeraldasLicenciaturas–atéentão,oscursosdeLicenciatura dauniversidadenãotinhamumaidentidadeprópria(enquantoaparte pedagógicaeracentradanodepartamentodeeducação,odepartamento específiconãoseenvolviacomasquestõesdeensino),eoseperceber professoraconteciaapenasnoterceiroano,quandooalunopartiaparaos estágiossupervisionados. Comissãoespecial paraLicenciaturas naUEPG Partindo na nova comissão, em 2003, a universidade lançou os Colegiados dos Cursos de Licenciatura, que, antes, eram separados dos cursos de bacharelado. A instituição investiu na implementação de uma disciplina articuladora, que é distribuída em todas as etapas das suas 11 licenciaturas. Na Pedagogia, por exemplo, a disciplina articuladora da segunda etapa tem como foco a sala de aula. Os alunos fazem uma interação com a escola e observam aulas para levantarem questionamentos. O trabalho pode envolver desde os professores da Didática até os de Filosofia e História da Educação. Já em Ciências Biológicas, a disciplina articuladora da terceira etapa inclui o apoio e desenvolvimento de uma feira de ciências. Cada curso tem, também, o seu laboratório de ensino, onde pode fazer experiências a partir de assuntos abordados na educação básica. Experiência
  • 53. 53 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Estados Unidos RelayGraduateSchoolofEducation A Relay Graduate School of Education, com sede em Nova York, chegou à conclusão de que novas metodologias dependem de um currículo flexível. Por isso, no lugar do tradicional, foram instituídos cursos menores, chamados módulos, que oferecem três créditos e duram, em média, 45 horas, mas podem se estender (ou ficarem mais enxutos) dependendo da necessidade. O idealizador do projeto educacional, Brent Maddin, acredita que não precisa gastar a mesma quantidade de horas ensinando História da Educação – disciplina totalmente teórica – à que usa para ensinar Metodologia do Ensino da Matemática, por exemplo, que tem mais sentido prático e utilidade para o professor. A Universidade conta, ainda, com uma biblioteca digital com vídeos gravados em escolas reais, separados de acordo com o currículo do curso, que os alunos podem consultar à vontade. O formato das aulas é híbrido: 40% são online, e o restante, presencial. Para concluir a graduação, os discentes devem comprovar que seus alunos da educação primária e secundária apresentaram melhora no letramento e evoluções socioemocionais. Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais) Experiência FOTO:www.relay.edu/campuses
  • 54. 54 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Em Harvard, os cursos de Direito e de Negócios inspiraram a escola de Educação a utilizar a metodologia do estudo de caso em sala de aula. Duas vezes na semana, os alunos discutem situações que acontecem em escolas reais, algumas vezes contrapondo uma instituição mais progressista a outra “linha-dura”. O professor procura dar mais voz aos alunos durante as aulas e apresentar textos para serem discutidos por eles – em vez de fornecer respostas prontas. A ideia é levá-los a refletirem sobre quais aspectos os diferentes métodos apresentados seriam mais produtivos. Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais) Estados Unidos UniversidadeHarvard Experiência FOTO:www.relay.edu/campusesFOTO:YU-JENSHIH(flickr/cc)
  • 55. 55 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores A diversidade dos alunos recebe atenção especial na formação de professores da Universidade de Michigan, onde os professores são capacitados ativamente para os entenderem de forma integral. Grandes grupos de crianças e adolescentes são entrevistados e, com base nas respostas, o material didático é adaptado às necessidades e à realidade das turmas daquela faixa etária – proposta relevante em um país com tanta diversidade étnica, socioeconômica, cultural. Os futuros professores também apresentam uma aula de curta duração gravada em vídeo, que é analisada pelos professores da Universidade. Assim, os futuros professores recebem feedbacks antes de enfrentar uma sala de aula de verdade. Fonte: Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas-metodologias-reais) Estados Unidos UniversidadedeMichiganState ExperiênciaS FOTO:JimmyEmerson,DVM(flickr/cc)
  • 56. 56 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Finlândia UniversidadedeHelsinque A Secretaria possui um grupo de 50 professores-tutores supervisionado por especialistas, que trabalham em sala de aula junto aos professores para dar exemplo de como implementar essas aulas interdisciplinares. Segundo a secretária, “Quando a informação vem do chão da escola, os professores se convencem de que é possível e ficam mais motivados.” Nesse formato, os alunos também atuam como avaliadores importantes: dão feedbacks para os professores e podem, com a escola, eleger os tópicos que serão trabalhados em cada currículo. As autoridades municipais não interferem no que será visto em sala de aula. Fonte: Portal Porvir, Na Finlândia, competência toma lugar do conteúdo (http://bit.ly/finlandia-competencia-conteudo) NaFinlândia,asdisciplinastradicionaiseoconteúdotêmsido substituídosporcompetências.Aideiaéqueosalunosentremem contatocomconceitosdeEconomia,HistóriaeGeografiademaneira interdisciplinar,emaulaspráticasecolaborativas,pormeiodetemas docotidiano.ParaMarjoKyllönen,secretáriadeeducaçãodacidade, oimportanteéfomentaropensamentocríticoeformarcidadãos queaprendamparaasociedade,enãoparaaescola.Alémdisso,ela compreendequeosprincipaisagentesdemudançasãooslíderes escolares(diretor,coordenadoreosprofessores). ExperiênciaS
  • 57. 57 CAPÍTULO 4 - Formação INICIAL de professores Verificou-se que é preciso capacitar o professor para que ele domine completamente a didática e as técnicas de ensino de sua área de atuação e para que esteja apto a lidar com a pluralidade da sala de aula com sensibilidade e empatia. Nesse sentido, os cursos de formação devem formar os profissionais a partir de uma perspectiva integral e muito prática, tendo como base os estágios supervisionados e outras ações em que os professores se desenvolvam a partir do “aprender fazendo”. O capítulo também revisitou iniciativas internacionais que podem compartilhar aprendizados na frente de formação de professores. OQUE VOCêviu nestecapÍTULO
  • 58. 58 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores CAPÍTULO 5 deprofessores Formaçãocontinuada << VOLTAR PARA O ÍNDICE
  • 59. 59 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Sabendo que os jovens de hoje não são os mesmos de ontem nem serão iguais aos de amanhã, é necessário que os educadores estejam em constante aprendizagem e sempre busquem alinhar as metodologias de ensino à realidade de seus alunos. Para isso, existe a formação continuada: o processo de aprimoramento pedagógico ao longo da carreira do professor que se dá, entre outras maneiras, por meio de cursos. Hoje, existe uma série de políticas públicas que discutem mudanças nas diretrizes da formação continuada do professor no Brasil, baseando-se em casos de sucesso em outras partes do mundo. O objetivo é apoiar os professores a buscarem inovações que ajudem a resolver seus desafios e dores diárias. A formação continuada também repara os danos de uma formação inicial deficiente, que não forma professores devidamente capacitados para dar aulas, bastante comuns em nosso país. Osprofessoreseaescolatêmpapel centralnodesenvolvimentodo pensamentocríticodosjovens,que, porconsequência,refletirãoosanos escolaresemseuposicionamento peranteasociedade.Porisso,é fundamentalquetodasaspartes estejamemsintonia.
  • 60. 60 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Décadade1970 Décadade1990Décadade1980 Décadade2000 Décadade2010 Perspectivahistóricadaformaçãocontinuada Visão de formação técnica e profissionalizante, remanescência da época industrial, mecânica. Ainda muito influenciada pelo autoritarismo dos anos 50 e 60. No final da década, contudo, esta perspectiva começa a ser questionada com um viés mais democrático. Perspectiva ainda profis- sionalizante, com foco no professor como sujeito his- tórico, mais responsável por sua própria formação. O professor tem mais voz sobre seus processos de aprendizado e ensino. Com o Brasil passando por um processo de transição para a democracia, os professores se tornam quase um foco de resistência no país, uma força intelectual com papel histórico transformador. O paradigma do professor reflexivo, que reflete sobre a sua prática e elabora em cima dela, é dominante na área de formação de professores. Destaca-se o potencial da experiência diária do professor no processo de ensino-aprendizagem como construção do saber docente. O professor, então, se educa na própria prática. Surge o conceito de professor reflexivo e fica latente uma preocupação em dar voz a ele, deixar que fale por si mesmo. Atualmente, fala-se em homologia do processo: as mesmas metodologias educacionais empregadas para formar o professor serão as que ele utilizará em sala de aula. Os processos de avaliação estão sendo revistos, e tenta-se aliar sempre teoria à prática na formação de docentes. Numa década de uso incessante da tecnologia, a formação à distância também ganha espaço. Fonte: Pesquisa em Educação e as Transformações do Conhecimento, Papirus, 1995.
  • 61. 61 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Maire Josiane Fontana e Altair Alberto Fávaro, Professor reflexivo: Uma integração entre teoria e prática (http://bit.ly/prof-reflexivo) Professor Reflexivo Hoje: DonaldSchön A ideia do professor reflexivo compreende um novo modelo de formação profissional, baseado na reflexão sobre a prática. A teoria de prática reflexiva, para a formação de um profissional reflexivo, divide-se em três pontos centrais: A reflexão na ação traz em si um saber que está presente nas atitudes profissionais. Diz respeito às observações e às reflexões do profissional em relação ao modo como transita em suas práticas; a descrição consciente dessas ações pode ocasionar mudanças, conduzindo-o a novas pistas para soluções de problemas de aprendizagem. Está em relação direta com a ação presente. Ou seja, com a reflexão na ação, e consiste em uma reconstrução mental retrospectiva da ação para tentar analisá-la – um ato natural com uma nova percepção da ação. A reflexão sobre ações passadas pode se projetar no futuro como novas práticas. Espera-se que esse movimento aconteça após a aula do professor reflexivo. REFLEXÃONAAÇÃO REFLEXÃOSOBREAAÇÃO REFLEXÃOSOBREA REFLEXÃONAAÇÃO
  • 62. 62 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores “A experiência é muito importante, mas a experiência de cada um só se transforma em conhecimento através desta análise sistemática das práticas. Uma análise que é análise individual, mas que é também coletiva, ou seja, feita com os colegas, nas escolas e em situações de formação” Fonte: Entrevista com Antônio Nóvoa, O professor pesquisador reflexivo (http://bit.ly/novoa-prof-reflexivo) Antônio Nóvoa professor e reitor da Universidade de Lisboa Antônio Nóvoa, professor e reitor da Universidade de Lisboa, doutor em educação pela Universidade de Genebra, pondera sobre o paradigma do professor reflexivo, hoje dominante na área de formação de professores. Para o educador, as práticas reflexivas são essenciais para a profissão docente e, por isso, é preciso criar um conjunto de condições para se construir lógicas de trabalho coletivo dentro das escolas.
  • 63. 63 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Oaprendizadoapartir daprática–refletida! Se o deficit de práticas na formação é sensível, ele é acompanhado de uma lacuna, igualmente relevante, de reflexão sobre as práticas existentes. John Dewey, considerado o expoente máximo da escola progressiva norte-americana, reforça as palavras de Nóvoa e ressalta a necessidade de reflexão. Ele conta que certa vez, ao final de uma palestra, um professor virou-se para ele e disse: “O senhor abordou várias teorias, mas eu sou professor há dez anos, sei muito mais sobre isso, tenho muito mais experiência nestas matérias”. A resposta veio certeira: “tem mesmo dez anos de experiência profissional ou apenas um ano de experiência repetida dez vezes?”. A réplica de Dewey ilustra bem que não é a prática isolada que é formadora, mas sim a reflexão sobre ela – um enorme desafio na formação de professores no Brasil, que ainda segue prisioneira de modelos fundamentalmente teóricos e formais.
  • 64. 64 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Atualmente,fala-senaformação comoumprocessoquedeveser significativoparaoprofessordesde oprincípio.Quedeveestardeacordo comeleedirecioná-loparaoseu próprioprojetodevida. Aliarteoriaàprática,questão fundamental,voltouasera pautaparaasnovasformaçõesde professores. Tambémestáemvogaaexpressão homologiadeprocesso,queconsiste emempregar,naformaçãodo professor,asmesmasmetodologias, conceitosemaneirasdeensinarque poderãoserutilizadasporeleno processodeensinoaseusestudantes. Umgrandelequedeopçõesde formaçãoàdistânciaanunciauma novamaneiradeformarprofissionais emlarga escalaemaisrapidamente. Atecnologia,então,torna-separte integrantedaformaçãoedaprática docente. Osmétodosdeavaliaçãoestão sendorevistos,abrindonovas possibilidadesdeensinare, sobretudo,ressaltandonovas competênciasqueprecisamser trabalhadaseanalisadas. Aspossibilidadesdetrocade experiência,tambémimpulsionadas peloavançotecnológicos,ampliam avozdosprofessoreseas possibilidadesdapráticapedagógica. Oquesefalasobreformação continuadahoje?
  • 65. 65 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Maria Inez Stedile, O professor como gestor da sala de aula (http://bit.ly/stedile-gestordasaladeaula) “É preciso preparar os futuros professores para atuarem em um novo contexto, onde possam ser mediadores, saibam promover a inclusão de todos os alunos e estejam constantemente atualizados de acordo com uma didática alinhada ao século 21, incluindo até noções de neurociência para compreender como seus alunos aprendem” Rodolfo Joaquim Pinto da Luz ex-secretário municipal de educação de Florianópolis (SC)
  • 66. 66 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores A partir da análise da proposta formativa da Harvard Medical School, o professor e reitor da Universidade de Lisboa e doutor em educação pela Universidade de Genebra António Nóvoa reflete sobre a formação docente no Brasil e ressalta cinco pontos que podem qualificar as práticas formativas continuadas e, consequentemente, o percurso dos profissionais: pontosparaqualificar aspráticasformativas 5Disposição Pessoal Composição Pedagógica Proposição Institucional Interposição Profissional Exposição Pública 1. 2. 4.3. 5. Asformaçõesdocentesdevemgarantir espaçosetemposparaumtrabalhode autoconhecimentoeautorreflexão,de maneiraqueosprofessorespartamde suashistóriaspessoais,devida,desua subjetividade,paraentãoformatarasua identidadeprofissional. Éfundamentalquehajaprocessos decomposiçãopedagógicaque permitamaosprofessoresfazerem diferenteeencontraremseuspróprios modosdocentes,comautonomiae conhecimentoprofissional. Otrabalho,aseuver,devepartirda socializaçãoedacolaboraçãoentreos pares,esforçoquedeveestarpresente desdeoprimeirodiadaformação. Nóvoaaindadefendequeospercursos sedeememcomunidadespráticasde aprendizagem. Porfim,Nóvoareconheceaimportância dequeosprofessoresatuememoutros espaçosalémdaescola,comona comunidade,etambémnosespaços públicosdaeducação.“Hoje,vejo fragilidadenapresençadosprofessores nosespaçosdaspolíticaspúblicas educacionais,eéimprescindívelqueesse lugarsejaocupado”,finalizou. Reforçaanecessidadedosdocentes conquistaremseuespaçonaescola, firmandoasuaposiçãoprofissionale participandodoprojetoeducativoda instituiçãoapartirdeumaposturaativa, criadoraetransformadora. Fonte: Antônio Nóvoa, Desafios do trabalho do professor (http://bit.ly/novoa-desafios)
  • 67. 67 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Oquediza leisobrea formação continuada? Fonte: Presidência da República, Casa Civil (http://bit.ly/lei-9394) A legislação brasileira requer que o professor esteja sempre em processo de aprendizado e que a escola assegure e valorize momentos de formação, capacitação, troca, reflexão, planejamento e avaliação da prática pedagógica. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) reforça a valorização dos profissionais de educação e a importância da formação continuada em alguns pontos, que destacamos abaixo: Parágrafo único Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação. Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando- lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I. ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II. aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III. piso salarial profissional; IV. progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V. período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; VI. condições adequadas de trabalho.
  • 68. 68 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores ALeitambémafirmaquea formaçãocontinuadapode serpromovidaàdistância: Fonte: Presidência da República, Casa Civil (http://bit.ly/lei-9394) Art. 62. § 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação à distância. § 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância.” (NR)” equeainstituiçãodeensinodeveassegurarocumprimentodo planodeauladoprofessor: Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I elaborar e executar sua proposta pedagógica; II. administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III. assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV. velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V. prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII. informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. VIII. informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009); IX. notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público, a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei (Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001).
  • 69. 69 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores RENAFOR (RedeNacionaldeFormaçãode ProfissionaisdaEducação) A RENAFOR é a principal rede de formação de professores do MEC e tem como objetivo promover a formação continuada dos docentes da educação básica. Os cursos geridos pela RENAFOR SEB (Secretaria de Educação Básica) promovem essa formação nas áreas de Alfabetização e Linguagem, Educação Matemática e Científica, ensino de Ciências Humanas e Sociais, Artes e Educação Física. Já os cursos geridos pela RENAFOR SECADI(Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão) destinam-se a formar professores para o desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas, que valorizem a diversidade humana, os ecossistemas naturais, com respeito ao meio ambiente e às diferenças culturais, geracionais, étnicas, raciais, de gênero, físicas, sensoriais, intelectuais, linguísticas, dentre outras. Fonte: FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) (http://bit.ly/renafor)
  • 70. 70 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Fundação Lemann, Gestão de sala de aula (http://bit.ly/gestao-sala-de-aula) FundaçãoLemann GestãodaSaladeAula Elaborado a partir da tradução do livro Aula Nota 10: 49 Técnicas para Ser um Professor Campeão de Audiência, escrito pelo pesquisador norte-americano Doug Lemov, o programa é direcionado a professores, coordenadores pedagógicos e diretores escolares, que têm acesso a conteúdos em formato online e, também, e encontros presenciais, divididos em diversas modalidades. A iniciativa tem como base a análise de mais de cinco mil aulas com bons índices de aproveitamento nos Estados Unidos. No Brasil, já colaborou para melhorar a técnica de mais de 800 professores. Experiência GestãonaSaladeAulaéumprogramadaElos EducacionalemparceriacomaFundaçãoLemann quepromoveumaculturaescolardeplanejamento, deobservaçãodasaladeaulaedeummelhoruso dotempo.
  • 71. 71 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Instituto Singularidades (http://bit.ly/singularidades-pos-graduacao) InstitutoSingularidades Os cursos oferecidos dialogam com temas atuais e instigantes, ampliando o leque de conhecimento dos alunos e propondo a reflexão sobre os novos rumos da educação. Entre as ofertas de formações, figuram Autoconhecimento para formação do educador; Gestão atual para o novo milênio; Educação Inovadora: Didáticas, Tecnologia, Design e Autoria; Didáticas inovadoras, entre outros. Criadoem2001ehojeincorporadoaoInstituto Península,oferececursosonlineepresenciais degraduação,extensãoepós-graduação,com facilidadesparaquemjápossuiumagraduação completa.Comênfasenaspráticaspedagógicase nasnovasmaneirasdeensinar,incentivaousode metodologiasinovadorasepreparaparaagestão desaladeaula. Experiência
  • 72. 72 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Novastecnologiasa favordoprofessor Um exemplo de inovação nessa área é o aplicativo REPLAY4ME, em que o professor pode rever sua aula, gravada, e ainda compartilhá-la. Alguns dos benefícios de assistir às aulas de outros professores ou a própria são: Aobservaçãoprofissionaldoeducadorganhoucadavez maisimportâncianosúltimosanos.Muitospesquisadores destacamaimportânciadaauto-observaçãoedatrocade experiênciasemsuaspesquisas. Alémdeonúmerode aplicativosdeeducação sercrescente,oprofessor podeencontrardicasem inúmerossites,comoa plataformaEscolaDigital, queoferececentenas deobjetosdigitaisde aprendizagem. Estimularareflexãoeaautocríticaem relaçãoaotempodefala(seémuito oupoucoexpositivo),otomdevoz,a velocidade,oposicionamentoemaulaetc. Descobrirnovasabordagensedinâmicas. Identificarpontosfortesefracosdasaulas. Pedirfeedbacksdecolegaseamigoscom maisfacilidade. Fonte: REPLAYME (http://bit.ly/replay4me) + Escola Digital (http://bit.ly/escola-digital-home)
  • 73. 73 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Portal G1, No Dia do Professor, youtubers ensinam como gravar videoaulas (http://bit.ly/youtubers-e-professores) YouTube noacompanhamentoda formaçãocontinuada Essa necessidade tem sido parcialmente suprida por aqueles que migraram para o universo digital e disponibilizam suas aulas no YouTube. Uma das vantagens citadas por estes “professores digitais” é o maior alcance de suas práticas – um desejável e saudoso reconhecimento. Entre as desvantagens, mencionam o pouco contato com os alunos e o distanciamento da realidade. De toda forma, o avanço de práticas educacionais no YouTube foi tanto, que a empresa criou uma plataforma especial no Brasil com aulas, vídeos e simulados, na qual o professor pode se inscrever e fazer “do mundo a sua sala de aula”. Batizada de YouTube EDU, a plataforma foi construída em parceria com a Fundação Lemann e tem um grande portfólio de conteúdos principalmente nas áreas de Exatas e Ciências da Natureza. Oacompanhamentodasuaprática docenteéumdositensmaiscitados pelosprofessorescomoumanecessidade profissionaldificilmenteobservada. Elesnãosóapreciam,masprecisamde direcionamentossobreseutrabalhoe sentemfaltadetrocarinformaçõese conhecimentoscomoscolegasparaque consigamevoluir.
  • 74. 74 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Blog Educadores Inovadores (http://bit.ly/educadores-inovadores) Microsoft PrêmioMicrosoftEducadoresInovadores Todooanoestapremiaçãocelebraprofessores queseempenharamemdesenvolverpráticas inovadorasligadasàtecnologia,ressaltandoseu potencialdemelhoraliadadoprofessor.Todas asexperiênciassãomantidasemumblog–para estimularaproliferaçãoemcadeiadenovas práticas–esãopromovidasoficinassobreouso pedagógicodosistemaMicrosoft. A empresa ainda criou a Educator Comunity, site no qual são compartilhadas experiências criativas e imersivas que auxiliam o professor a integrar a tecnologia à sala de aula utilizando aplicativos Microsoft. A plataforma também compreende cursos on-line sobre a tecnologia para fins educacionais e planos de aula para download, entre outras funcionalidades. ExperiênciaS
  • 75. 75 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Gamificação Neurociência Brainstorming Ensinohíbrido Design Thinking Personalização Umamovimentaçãoparaqueaneurociênciapossasera novaaliadados professoresnasaladeaula.Entender melhorcomoosalunosaprendem podeserachavepara compreender qualamelhorformadeensinar. Técnicadedinâmicadegrupoquetemoobjetivodeexploraras habilidades,aspotencialidadeseacriatividadedeumapessoa ouumgrupo.Háváriasmaneirasde aplicarestatécnicaàsalade aula–umadamaissimpleséoprofessorquestionarosalunos sobreumtemaeanotartodasascolocaçõesnoquadro,sem interferência.Essasfalas,baseadasnasexperiênciasdevida deles,servementãocomopontodepartidaparaoestudo. Integraatecnologiaaocurrículoescolar,mesclando,também, oambienteonlineeopresencial.Temcomoobjetivofazercom queosalunosseengajemmaisnoaprendizado,comqueos professoresaproveitemmelhoroseutempoequearealidade escolarestejamaispróximaaocotidianodosestudantes. AFundaçãoLemannoferececursosonlineeoutrosrecursos gratuitosparaeducadoresquequeiramaprendermaissobre EnsinoHíbrido:http://bit.ly/curso-ensino-hibrido Utilizaçãodejogosnapráticaescolar–oaprendizadoeo desenvolvimentodoalunosedãocomlevezaediversão, semseparaçãoentreteoriaeprática.Umbommétodoparao professorestimularoengajamentoeainteraçãodosalunos. Umasériedeestratégiaspedagógicasquepromovemoolharcuidadoso àsindividualidadesdosestudantes,nabuscadeumacompreensão personalizadadaslimitaçõesedospotenciaisdecadaum. Levaem consideraçãoqueosalunosaprendememtemposeritmosdiferenteseque possuemcompetênciaseinteressesdistintos. Compreendeumconjuntodemetodologiasquepodeser aplicadonaabordagemdeproblemascomplexos,tendocomo premissaofoconousuário.Aplicadoàsaladeaula,pode aproximareducadores,alunosetodaacomunidadeescolarpara proporemjuntos,deformacolaborativa,soluçõesinovadoras paraosdesafiosnaescolaeparatirá-lasdopapel. Culturamaker Promoveoaprendizado apartirdofazer–botaramãona massaéotom!Reconhecerqueoserros tambéminfluenciam positivamenteno aprendizado,aprenderaserresilientee recomeçarsãoentendimentos queaculturamakerpretende incentivarentrealunose professores. Tendênciaspara aformaçãode professores
  • 76. 76 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Fonte: Porvir, Novas competências? Que competências? (http://bit.ly/novas-competencias) Modelosdeeducação noséculoXXI Alémdascompetênciasdoseducadores,também precisamserrevisitadososmodelosdeensino,para torná-losvoltadosparaumaeducaçãoconectadaaos jovensdoséculoXXI. OPorvir,sitebrasileirodeinovaçãoemeducação,ressaltaalgunsaspectosque transformamarelaçãodosalunoscomaeducação: Investir na qualidade das relações humanas, nas trocas,nos diálogos,nos aprendizados mútuos e na ampliação de horizontes Experimentar o ensino híbrido Observar as características individuais do aluno,suas dificuldades e facilidades Apostar na gameficação Incentivar o empreendedorismo dos alunos Aproximar-se da comunidade Desenvolver o aprendizado baseado em projetos Utilizar Recursos Educacionais Abertos (REA)
  • 77. 77 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Transposição Didática A instituição e o sistema escolar,independente de seu grau de ensino,cumprem o papel primordial de“transmissão”da cultura e do saber produzidos pelas universidades e centros de pesquisa avançada.No entanto,é inegável que,entreoqueéproduzidoeentendido comosabereoqueéensinadonasalade aula,existemdiferençassignificativas. Uma possibilidade para entender esse processo de transformações é fazer uso do conceito de transposição didática utilizado inicialmente por Chevallard e Joshua (1985),na didática francesa. Fonte: Fala da especialista em educação Célia Senna + Yves Chevallard e o conceito de transposição didática (http://bit.ly/transposicao-didatica) Os autores propõem considerarmos a relação entre três formas de saber para designar o objeto de ensino sujeito a transformações: SABER ENSINADO SABERA ENSINAR SABER SÁBIO Osaberescolarefetivamente trabalhadoemsalade aulacomoconhecimento construídopelosestudantes. Oconhecimentodefinido enquantoestruturadordo currículonacionalpelogoverno (PCNs,diretrizescurriculares) epelasinstituiçõesdeensino (projetopolíticopedagógico) comoosaberbásicoàformação detodososcidadãos. Produzidonasuniversidades ecentrosdepesquisa,istoé, osaberproduzidoenquanto conhecimentocientíficodeum dadomomentohistórico.
  • 78. 78 CAPÍTULO 5 - Formação continuada de professores Muitos professores ainda ensinam da mesma maneira que foram ensinados – e métodos que não se conectam com a realidade do século XXI precisam ser superados. Por isso, a constante atualização é necessária – afinal, os jovens que compõem as salas de aula, invariavelmente, mudam. É necessário que os professores e as escolas estejam cada vez mais engajados em desenvolver as competências dos estudantes, buscando respeitar a individualidade, as dificuldades e os interesses de cada um, através de um ensinar cada vez mais interdisciplinar e guiado por um mundo superconectado à internet e às novas tecnologias. Para que essa metodologia chegue à sala de aula da educação básica, ela precisa também estar presente nos cursos voltados para a formação dos professores, tanto inicial quanto continuada. Só aprendendo de uma maneira inovadora e na prática que o professor conseguirá facilitar a aprendizagem dos jovens de uma maneira igualmente inovadora e efetiva. Além disso, o capítulo compartilhou uma série de iniciativas nacionais que trabalham com a questão da formação continuada de professores de maneira inovadora e conectada com a sociedade de hoje. OQUE VOCêviu nestecapÍTULO
  • 79. 79 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) EXTRAS Formaçãode equipesdegestão (diretorese coordenadores pedagógicos) << VOLTAR PARA O ÍNDICE
  • 80. 80 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) Oqueégestãoescolar? Oconceitodegestãoescolarestáfortementeassociadoàideiadeautonomiaescolaredaescolaenquanto umsistemaabertoàparticipaçãodasociedadeedacomunidade,capazdereagircomeficáciaàsdemandas doslocaisemqueseinserem.Alémderesponsabilizar-seporquestõesadministrativas,aequipegestorade umaescolaéresponsávelporarticularedaratônicadessarelaçãoentreescolaecomunidadee,também,por processosqueasseguremamelhoriadosresultadosnoaprendizadoenodesenvolvimentodosalunos. Fonte: Educa Brasil, Gestão Escolar (http://bit.ly/educa-brasil)
  • 81. 81 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) Comodiretorecoordenadoratuam Diretor CoordenadorPedagógico Fontes: Gestão Escolar, Gestão escolar: como atua o trio gestor (http://bit.ly/trio-gestor) + Gestão Escolar, Gestão escolar: espaço para a participação (http://bit.ly/gestao-participativa) O diretor é o responsável legal, judicial e pedagógico pela escola e deve articular o trabalho de professores e funcionários a fim de garantir o funcionamento da instituição e o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos. Já o coordenador pedagógico responde pela formação dos professores. Um coordenador com formação adequada deve ser especialista em diversas áreas pedagógicas e atuar em parceria com os professores, o diretor e os demais integrantes da equipe gestora, oferecendo suporte pedagógico e didático. Suas habilidades, no entanto, devem ir além do conhecimento teórico, pois a prática e a vivência em uma sala de aula são fundamentais para que identifique as necessidades de professores e alunos e encontre soluções adequadas para elas.
  • 82. 82 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) Agestãodemocráticaeaescolhadodiretor Fontes: Editora Moderna, Anuário Brasileiro da Educação Básica 2016 (http://bit.ly/anuario-educacao-2016) + Brasil Escola, Gestão Escolar: espaço para participação (http://bit.ly/gestao-participativa) Segundo estudo Gestão Escolar: espaço para a participação de Meire Lúcia Andrade da Silva, que possui mestrado e pós-graduações em Educação e com experiência em gestão municipal, uma gestão democrática constitui-se com base em ações como: Formação do Conselho Escolar; Elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; determinação e fiscalização da verba da escola pela comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica. Uma das maneiras de garantir a efetivação da gestão democrática é estabelecer critérios mais transparentes na escolha do diretor: de acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2016, 50% deles são escolhidos com base apenas em indicação, prática que, muitas vezes, favorece interesses políticos em vez de atender às demandas e às necessidades pedagógicas da escola e da comunidade. AgestãodemocráticanaeducaçãoestáprevistaemmaisdeumartigodaLDB(LeideDiretrizeseBases) eéamparadatambémpelaConstituiçãoFederal.Trata-sedeummodeloquevalorizaodiálogoea coletividadenastomadasdedecisões.
  • 83. 83 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) ProgramaNacionaldeFormaçãoe CertificaçãodeDiretoresEscolares,doMEC Com o propósito de qualificar os profissionais com cursos de formação continuada e extensão, o programa busca disseminar padrões nacionais para diretores escolares, com capacitação e certificação daqueles que já atuam nas instituições de ensino e dos candidatos a cargos de direção, por meio de processos de formação continuada. Além da formação, há o objetivo de aprimorar e qualificar os processos de seleção de diretores pelos sistemas públicos de ensino dos Estados, Distrito Federal e municípios e estimular o desenvolvimento de práticas de gestão democrática e de organização do trabalho pedagógico. Estão previstos cursos de formação inicial e continuada sobre competências e conhecimentos necessários à gestão escolar e cursos de extensão para diretores em exercício e candidatos ao cargo para apoiar a construção de planos de gestão escolar. Em2015,dispostoaaprimoraragestãodasescolasdossistemaspúblicos,oMinistériodaEducação, emparceriacomassecretariasestaduaisemunicipaisdeeducaçãoeinstituiçõespúblicasdeeducação superior,criouoProgramaNacionaldeFormaçãoeCertificaçãodeDiretoresEscolares. Fonte: Portal MEC, Diretores terão programa de formação continuada e extensão (http://bit.ly/formacao-extensao)
  • 84. 84 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) Aescolhaeaformação docoordenadorpedagógico A maioria desses profissionais avalia sua formação como boa ou excelente e acredita que foram bem preparados para o exercício do cargo. Especialistas em educação, no entanto, acreditam que não existe curso de Pedagogia ou programa que prepare o coordenador pedagógico adequadamente para exercer o papel de articulador pedagógico e formador de professores dentro da escola. Uma pesquisa da Fundação Victor Civita, realizada entre 2010 e 2011, constatou que 33% dos coordenadores chegaram ao cargo através de concurso público – quase o mesmo percentual de profissionais indicados: 32%. SegundoaLeideDiretrizeseBasesdaEducaçãoNacional(LDBENNº9394/96),paraatuarcomocoordenador pedagógicoénecessáriotergraduaçãooupós-graduaçãoemPedagogia.55%doscoordenadorestêmPedagogia comoprimeirocurso.Entreos45%quenãoelegeramcomoprimeirocurso,61%fizeramumaespecializaçãonaárea. Fontes: Gestão Escolar, Coordenador pedagógico também precisa de formação (http://bit.ly/papel-coordenador) + Instituto Victor Civita, O coordenador pedagógico e a formação de professores: Intenções, tensões e contradições (http://bit.ly/coordenador-formacao)
  • 85. 85 EXTRAS - Formação de equipes de gestão (diretores e coordenadores) Aimportânciadaformaçãocontinuada paraocoordenadorpedagógico Espera-se que esse profissional tenha conhecimentos para além daqueles relacionados às atividades de professor. Os cursos voltados para a formação e especialização de coordenadores, no entanto, não alcançam a totalidade dos profissionais. Ainda de acordo com a pesquisa O perfil do coordenador pedagógico, da Fundação Victor Civita, a maior concentração de coordenadores que não fizeram curso de especialização está no ensino médio, representando 45% dos coordenadores do segmento. As formações inicial e continuada da equipe de gestão escolar são fundamentais para que a formação docente funcione na prática: como responsáveis pela organização da escola, articuladores entre escola e comunidade e, no caso do coordenador pedagógico, como formador de professores, a prática, a metodologia e a filosofia de trabalho devem estar alinhadas com as dos professores e dos alunos do século XXI. Enquantoarticuladorentreprofessoresediretoreresponsávelpelaformaçãodocorpodocentedeumaescola,é necessárioqueocoordenadorpedagógicomantenha-sesempreatualizado,busquefontesdeinformaçãoereflitasobre suaprática,afimdequetenhaasensibilidadenecessáriaparareconhecerosproblemasdeprofessoresealunos. Fontes: Fundação Victor Civita, O perfil do coordenador pedagógico (http://bit.ly/coordenador-fvc) Épossívelconferirmaissobrearealidadedoscoordenadorespedagógicos brasileirosacessandoapesquisanolinkhttp://bit.ly/coordenador-fvc.
  • 86. Relatório Gestão Escolar para o Ensino Médio • AACTE. 21st Century Knowledge and Skills in Educator Preparation (http://bit.ly/21st-century- skills-educator ) • AFTHQ, Why Education in Finland Works (http://bit. ly/education-finland) • Agência Brasil. Cursos para formar professores terão carga horária maior e mais prática (http://bit. ly/carga-horaria-formacao) • Agnaldo Pedro S. Filho, O estágio supervisionado e sua importância na formação docente (http://bit.ly/ estagio-supervisionado) • António Nóvoa, Desafios do trabalho do professor (http://bit.ly/novoa-desafios) • Bernardetti Gatti, Formação de Professores no Brasil: características e problemas (http://bit.ly/ formacao-profs-brasil) • Blog Educadores Inovadores (http://bit.ly/ educadores-inovadores) • Brasil Escola, Gestão Escolar: espaço para participação (http://bit.ly/gestao-participativa) • Cadernos do CENPEC - Pesquisa e ação educacional, Especial Formação de Professores (http://bit.ly/especial-cenpec) • Cláudia Davis e Marta Wolak Grosbaum, Sucesso de todos, compromisso da escola, in VIEIRA, S.L. (Org.); Gestão da Escola: Desafios a enfrentar, Rio de Janeiro: DP&A, 2002. • Cientista Beta (http://bit.ly/cientista-beta-jovem) • Editora Moderna, Anuário Brasileiro da Educação bibliografia Básica 2016 (http://bit.ly/anuario-educacao-2016) • Educa Brasil, Gestão Escolar (http://bit.ly/educa- brasil) • Educational Reforms | The Flaws of No Child Left Behind and Race to the Top (http://bit.ly/ educational-reforms) • El País Brasil, Cresce o número de jovens que não estudam nem procuram emprego (http://bit.ly/ elpais-nemnem) • Entrevista com António Nóvoa, O professor pesquisador reflexivo (http://bit.ly/novoa-prof- reflexivo) • Escola Digital (http://bit.ly/escola-digital-home) • FAZ SENTIDO, Estudo Gestão Escolar (http://bit.ly/ faz-sentido-estudos) • FEBRACE (http://bit.ly/febrace-depoimentos) • FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) (http://bit.ly/renafor) • Folha de S.Paulo, Nenhum jovem quer virar professor no Brasil, mostra exame da OCDE (http:// bit.ly/querer-ser-professor) • Folha de S.Paulo, Professores acreditam no seu trabalho como elemento importante para a sociedade, mas poucos jovens sonham em ser professores (http://bit.ly/combate-evasao) • Folha de S.Paulo, Quase 50% dos professores não têm formação na matéria que ensinam (http://bit.ly/ form-em) • Fundação Carlos Chagas, Formação Continuada de Professores: uma análise das modalidades e das práticas em estados e municípios brasileiros - Relatório final (http://bit.ly/relatorio-formacao- continuada) • Fundação Lemann e Ibope/Instituto Paulo Montenegro, Conselho de Classe: A visão dos professores sobre educação no Brasil (http://bit.ly/ conselho-de-classe) • Fundação Lemann, Gestão de sala de aula (http:// bit.ly/gestao-sala-de-aula) • Fundação Lemann. Gestão de Sala de Aula - Formação gratuita de professores com foco na prática em sala de aula (http://bit.ly/gestao-sala-de- aula) • Fundação Victor Civita, O perfil do coordenador pedagógico (http://bit.ly/coordenador-fvc) • Gestão Escolar, Coordenador pedagógico também precisa de formação (http://bit.ly/papel- coordenador) • Gestão Escolar, Gestão escolar: como atua o trio gestor (http://bit.ly/trio-gestor) • Gestão Escolar, Gestão escolar: espaço para a participação (http://bit.ly/gestao-participativa) • iG, No Brasil, salário de professor é metade do que recebem outros profissionais (http://bit.ly/ salarioprofessores) • INEP, Estudo exploratório sobre o professor brasileiro - Com base nos resultados do Censo Escolar da Educação Básica 2007 (http://bit.ly/ estudo-professores) • Instituto Ayrton Senna, Desenvolvimento socioemocional e aprendizado escolar (http://bit.ly/ ias-competencias) • Instituto Ayrton Senna, Formação Continuada de Professores no Brasil: Acelerando o Desenvolvimento dos Nossos Educadores (http:// bit.ly/formacao-continuada-ayrton-senna) • Instituto Paulo Montenegro e Fundação Victor
  • 87. Civita, Como o professor vê a educação (http://bit. ly/professor-ve-educacao) • Instituto Paulo Montenegro, Como o professor vê a Educação (http://bit.ly/fvc-prof) • Instituto Paulo Montenegro/FVC, Como o professor vê a Educação (http://bit.ly/como-ve) • Instituto Singularidades (http://bit.ly/singularidades- pos-graduacao) • Instituto Victor Civita, O coordenador pedagógico e a formação de professores: Intenções, tensões e contradições (http://bit.ly/coordenador-formacao) • Jacques Delors, Educação: Um Tesouro a Descobrir (http://bit.ly/unesco-tesouro) • Jennifer Fogaça, Importância dos estágios supervisionados nos cursos de licenciatura (http:// bit.ly/estagio-supervisionado-importancia) • LABi (Laboratório de Inovação Educacional), Por uma Nova Formação Continuada - Diálogos, Experiências e a Formação de Professores no Século 21, (http://bit.ly/nova-formacao-continuada) • Maire Josiane Fontana e Altair Alberto Fávaro, Professor reflexivo: Uma integração entre teoria e prática (http://bit.ly/prof-reflexivo) • Mindlab, O professor para o século XXI - Estudos da Mind Group (http://bit.ly/Ensinando-Seculo-XXI) • Ministério da Educação, Talis - Pesquisa Internacional Sobre Ensino e Aprendizagem - Relatório Internacional (http://bit.ly/pesquisa-talis- inep) • Movimento pela Base (http://bit.ly/movimento-base) • Observatório do PNE (http://bit.ly/observatorio-pne) • Observatório do PNE (http://bit.ly/observatoriopne) • PAULO FREIRE, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. p. • Pesquisa em Educação e as Transformações do Conhecimento, Papirus, 1995. • Portal G1, No Dia do Professor, youtubers ensinam como gravar videoaulas (http://bit.ly/youtubers-e- professores) • Portal MEC, Diretores terão programa de formação continuada e extensão (http://bit.ly/formacao- extensao) • Porvir, Aprendizagem móvel deve focar na autonomia do professor (http://bit.ly/aprendizagem- movel-autonomia) • Porvir, Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil (http://bit.ly/caminhos- formacao ) • Porvir, Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil (http://bit.ly/raiox-porvir) • Porvir, Ensino superior se aproxima da escola para formar professores (http://bit.ly/estudo-superior- aproxima) • Porvir, Ensino superior se aproxima da escola para formar professores (http://bit.ly/formacao-pratica ) • Porvir, Grandes professores: talento natural ou treinamento (http://bit.ly/talento-ou-treinamento) • Porvir, Novas competências? Que competências? (http://bit.ly/novas-competencias) • Porvir, Novas metodologias usam situações reais para formar professores (http://bit.ly/novas- metodologias-reais) • Porvir, Os professores têm que compartilhar o seu trabalho (http://bit.ly/compartilharotrabalho ) • Porvir, Professores têm mais acesso à tecnologia, mas cobram apoio (http://bit.ly/professores- tecnologia • Porvir, Programa gratuito oferece formação em educação para democracia (http://bit.ly/ educacaoparademocracia) • Presidência da República, Casa Civil (http://bit.ly/ lei-9394) • Profissão Docente - Revista e Anais Uniubes, Dever e Direito à Formação Continuada de Professores (http://bit.ly/formacao-dever-direito) • REPLAYME (http://bit.ly/replay4me) • Revista Nova Escola, 20 qualidades do professor ideal (http://bit.ly/ideal-professor) • Revista Nova Escola, Por que tão poucos querem ser professor (http://bit.ly/atratividade-carreira) • Time Magazine, How to Recruit Better Teachers (http://bit.ly/recruit-better-teachers) • Time Magazine, Waiting for “Superman”: A Call to Action for Our Schools (http://bit.ly/waiting- superman) • UNESCO, Cotidiano das escolas: entre violências (http://bit.ly/entre-violencias) • UNICEF, 10 desafios do Ensino Médio no Brasil (http://bit.ly/10-desafios) • UOL, Brasil: 8 em 10 professores da educação básica são mulheres (http://bit.ly/perfil-em- professoras) • World Bank Group, Out of School and out of Work (http://bit.ly/banco-mundial-nem-nem) • Yves Chevallard e o conceito de transposição didática (http://bit.ly/transposicao-didatica) Relatório de Formação de Educadores para o Ensino Médio
  • 88. Uma parceria: P R O J E T O MUITO OBRIGADO!