2. ESTRATÉGIAS DE INVESTIGAÇÃO
Quando decidimos realizar uma atividade, independente da sua natureza, a primeira etapa a executar é decidir o modo
como iremos cumpri-la. Num trabalho de grupo temos de seguir certos procedimentos e etapas. Antes de se iniciar o
trabalho de grupo foi necessário definir um conjunto de procedimentos que concorrem para o êxito da nossa atuação.
Esta definição do processo é indispensável para que as diversas atividades se encontrem articuladas entre si e obedeçam
a um «fio condutor». Na prática o trabalho constitui uma pequena investigação para cuja realização temos de definir
alguns procedimentos, isto é, estratégia de investigação.
Percebe-se que no processo de investigação existem duas perguntas que orientam a investigação:
Como vamos fazer?
Quem vamos incluir?
Responder ao «como vamos fazer» significa decidir sobre a estratégia de investigação que vamos utilizar. Responder
ao «quem vamos incluir» significa definir o público-alvo da investigação.
3. A investigação social
Estratégia de investigação: é seguir um procedimento refletido, não aleatório, de modo que a estratégia utilizada se
utilizada se adeque ao estudo a realizar.
Investigação social: podemos incluir trabalhos diferentes, que irão desde pequenas investigações que permitam com
permitam com mais nitidez conhecer determinados fenómenos sociais até investigações em profundidade que
profundidade que contribuam para fazer progredir os quadros conceptuais das ciências sociais.
Investigar implica, em primeiro lugar, a definição de um percurso.
“Quando se apresenta à cultura científica, o espirito nunca é jovem: tem idade dos seus preconceitos”
O cientista deverá fazer uma rotura com os preconceitos e as falsas evidências que a realidade social tão próxima dos
próxima dos indivíduos proporciona- é um ato indispensável para o avanço científico. Depois, o cientista deve conceber
deve conceber um modelo de análise que constituirá o quadro teórico de referência. É o momento da construção. Por
construção. Por último, para que a investigação seja científica, todos os fatos a analisar terão de ser submetidos à
submetidos à verificação/experimentação.
4. PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE INVESTIGAÇÃO
As estratégias de investigação utilizadas com mais frequência são a intensiva, extensiva e a investigação-ação. A seleção
de uma destas estratégias depende de inúmeros fatores.
Estratégia de investigação intensiva
A estratégia é intensiva quando se estuda um fenómeno em profundidade. Procura-se conhecer o maior número de
informações sobre o fenómeno. Mais importante do que o número de indivíduos ou factos que estamos a estudar é a
profundidade e a singularidade das informações obtidas que importam e que exigem uma grande proximidade do
investigador ao fenómeno ou publico investigado, uma postura quase de investigação antropológica.
As características deste método, segundo Greenwood, referem-se ao estudo em profundidade, que nos mostra os
múltiplos aspetos a considerar em qualquer fenómeno social, ao estudo em amplitude, o que nos dá a perspetiva
histórica do fenómeno em análise. Outra característica deste método é a liberdade na escolha das técnicas que
considerarmos mais adequadas em função do nosso objetivo.
5. Estratégia da investigação extensiva
A investigação assume uma natureza extensiva se tiver em conta a quantidade desses elementos. Torna-se imperioso
imperioso que o número de sujeitos que constituem o nosso estudo seja elevado e que consigamos obter deles resposta
deles resposta a perguntas semelhantes. Poderemos encontrar regularidades nos comportamentos e deste modo
modo generalizar para situações semelhantes. Na abordagem extensiva o que se pretende é o máximo conhecimento de
conhecimento de opiniões comuns. A análise extensiva tem por objeto populações constituídas por um número de
número de elementos bastante grande e impõe-se o recurso às técnicas de amostragem. A escolha da estratégia de
estratégia de investigação depende dos objetivos pretendidos com o estudo em causa.
Estratégia de investigação ação
Esta estratégia distingue-se das restantes pelo fato de o investigador ser também um dos indivíduos objeto de estudo.
estudo. Na investigação-ação o investigador participa com os investigados na procura de soluções para o problema, as
problema, as quais surgem a partir da análise das práticas do quotidiano realizada conjuntamente pelo investigador e
investigador e pelos investigados durante o processo de investigação.
6. DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO DA INVESTIGAÇÃO
Universo e amostra
O público-alvo constitui o conjunto de indivíduos sobre os quais assenta a nossa investigação. À totalidade dos
indivíduos que constituem o nosso público-alvo chama-se universo.
A amostra é um subconjunto do universo. A investigação por amostragem consiste em interrogar um subconjunto da
totalidade da população que interessa aos objetivos da investigação.
Para termos um amostra representativa do universo, isto é, de toda a população a população de quem se pretende
conhecer a opinião, devemos percorrer duas etapas:
Determinar as pessoas que a irão constituir;
Medir-lhes a representatividade;
A amostra deverá representar fielmente as caraterísticas do universo, pode ser determinada segundo dois processos
mais comuns:
Método aleatório, que consiste em tirar ao acaso do universo o subconjunto ou amostra que irá representar a
totalidade que é impossível inquirir;
Método das quotas, que pretende construir uma amostra que seja um modelo do universo;
8. Etapa 1. A pergunta de Partida: Formular o problema a estudar
O que quero saber?
O que quero estudar?
Etapa 2. A exploração: Onde procurar os dados necessários à investigação?
Que leituras? Que documentos?
Que entrevistas exploratórias?
Etapa 3. A problemática: Síntese da informação recolhida: análise de conteúdo das entrevistas, leituras de documentos,
teorias sobre o tema, etc.
Etapa 4. A construção do modelo de análise: Formulação de hipóteses explicativas com base nos dados recolhidos nas
etapas anteriores.
Etapa 5. A observação: Procurar novos dados que confirmem ou afastem a hipótese explicativa.
Etapa 6. A análise de informações: Testar os novos dados para confirmarem ou afastarem a hipótese explicativa.
Etapa 7. As conclusões: Nesta etapa poder-se-á considerar a hipótese explicativa como válida ou, caso contrário,
recomeçar a investigação.
9. MODOS DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SOCIOLOGIA-
TÉCNICAS
Em sociologia existem dois processos para obter informação sobre os fenómenos em estudo e para produzir nova
informação:
Partindo da documentação já existente sobre o problema em causa
Partindo da observação dos fenómenos a estudar
Documentação
O investigador deve efetuar uma pesquisa documental e, após essa pesquisa deve fazer uma análise de conteúdo. A
documentação pode ser de análises históricas ou de análises de conteúdo como filmes, livros, estatísticas, series
televisivas, etc.
10. Observação
A observação compreende o conjunto das operações através das quais o modelo de análise é confrontado com dados
com dados observáveis.
Tipos de observação:
Direta: Observação participante: técnica de pesquisa em que o investigador faz parte do grupo em estudo
estudo
Indireta: Observação não participante: técnica de pesquisa em que o investigador não faz parte do grupo em estudo.
grupo em estudo. (entrevistas ou inquéritos por questionário)
A observação participante (direta) baseia-se na recolha de elementos de informação, a partir da observação feita por um
observação feita por um pesquisador que se encontra intencionalmente no grupo a observar, ou dele fazendo
fazendo efetivamente parte. Dentro deste tipo de observação há a observação-participação e a participação-observação.
participação-observação. Se se trata de um investigador ou de uma equipa de investigadores que se integra no grupo,
integra no grupo, apenas a partir do momento em que se define um projeto de pesquisa em relação a esse grupo, é
grupo, é observação-participação. Se um ou vários elementos de um grupo decidem aproveitar a sua inserção para
inserção para observar o grupo deque participam, é participação-observação. A observação não participante (indireta)
participante (indireta) baseia-se na recolha de informação, sem que o cientista tenha de se inserir no grupo a observar.
a observar. As técnicas deste tipo de observação são a entrevista e o inquérito por questionário.
11. A entrevista
É uma técnica de recolha de informação para estudo através dos depoimentos orais pelos indivíduos. As entrevistas são
entrevistas são indicadas para inquirir um pequeno número de indivíduos. As entrevistas podem ser estruturadas e não
estruturadas e não estruturadas. As entrevistas estruturadas obedecem a um esquema rígido, previamente fixado, que o
fixado, que o entrevistador deverá respeitar integralmente. Quando a entrevista é estruturada, as questões postas são
postas são fechadas, não podendo o entrevistador flexibilizar a condução da entrevista. Por isso, as entrevistas
entrevistas estruturadas são entrevistas fechadas. Nas entrevistas não estruturadas a condução por parte do
entrevistador é mais flexível, podendo ser orientada com a sequência e as questões que julgar mais convenientes.
convenientes. Quando a entrevista é não estruturada, as questões são abertas, podendo o entrevistado exprimir e
exprimir e justificar livremente a sua opinião. Por isso, as entrevistas não estruturadas são entrevistas abertas.
Inquérito por questionário
É uma técnica de pesquisa que se baseia na recolha de informação para estudo através das respostas dadas em
dadas em questionário. Os questionários são indicados para inquirir um elevado número de indivíduos. O inquérito
inquérito consiste em apresentar um conjunto predeterminado de perguntas a uma amostra representativa.
12. TRABALHO REALIZADO POR:
Ana catarina Antunes
Nº:2
12ºD
Escola Secundária de São João da Talha
2015/2016