3. O governo Jones dos Santos Neves ( 1950-1954) JONES DOS SANTOS NEVES foi nomeado pelo presidente da república, Getúlio Vargas. Para suceder a PUNARO BLEY, e que, nesta condição de interventor federal, governou o Espírito Santo entre 21 de janeiro de 1943 a 27 de outubro de 1945, durante a fase final do Estado Novo, e que nesse período a economia do Espírito Santo era predominantemente agrária, com destaque para a produção e exportação de café; JONES DOS SANTOS NEVES governou o Espírito Santo, pela segunda vez, entre 31 de janeiro de 1951 a 10 de outubro de 1952, quando foi eleito pelo PSD – Partido Social Democrático.
4. O governo Jones dos Santos Neves ( 1950-1954) Neste segundo mandato inaugurou o planejamento de políticas públicas, identificadas com o desenvolvimentismo, que ficaram conhecidas como PLANO DE VALORIZAÇÃO ECONÔMICA, que orientaria a intervenção da administração em assuntos considerados de interesse público, especialmente voltados para a industrialização e modernização. Ou seja, para orientar a aplicação dos recursos públicos, a administração do governo JONES DOS SANTOS NEVES passou a intervir na economia, transportes, energia, saneamento, saúde, educação, entre outros setores.
5. Plano de valorização econômica do ES O plano de valorização econômica do ES aconteceu durante o governo de Jones dos Santos Neves. Algumas políticas públicas: Serviços de dragagem, ampliação e modernização do Porto de Vitória, para aumentar sua capacidade de carga; construção do cais de carvão; instituição do plano estadual de eletrificação; construção de hidrelétricas no Rio Santa Maria: Usina Rio Bonito e Suiça; construção da ponte sobre o rio Doce, em Linhares; ampliação da malha rodoviária do Espírito Santo, com asfaltamento das ligações entre Vitória/Colatina, Vitória/Cachoeiro de Itapemerim e Cachoeiro/Alegre/Guaçui etc; construção de residências populares -IBES, Instituto Bem-Estar Social;criação da Universidade do Espírito Santo, objetivando a qualificação de recursos humanos em medicina, engenharia e outros setores; implementação de política de incentivos fiscais para implantação de indústrias, resultando dessa iniciativa o Moinho de Trigo, a Companhia Ferro e Aço de Vitória etc; saneamento básico e aterro dos trechos em que se situam a Avenida Beira-mar e a Esplanada Capixaba, na capital (Vitória); valorização do funcionalismo público estadual, etc.
6. A Questão do Contestado A questão do Contestado que envolveu os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, foi um movimento que contestava as divisas dos dois estados. Minas Gerais queria ter uma extensão territorial maior para chegar até o mar. O ES decidiu colocar militares em todos os lugares, gerando combates e mortes. Os Governadores do Espírito Santo e Minas Gerais decidiram formar uma comissão para estudar a possibilidade de fazer uma linha divisória para os dois estados, amistosamente e juridicamente. Mas os governadores de ambos os estados fizeram um acordo de que ambos aceitavam os limites impostos pela divisão feita pelo exército brasileiro, foi contratado vários engenheiros, a mando do exército, e as divisões foram novamente refeitas e coube ao ES o que ele é hoje.
7. Reflexos do golpe Militar de 64 no ES A Ação do governo de Francisco Lacerda não foi paralisada exatamente após o movimento político militar de 64. Constou colocar em prática parte de seu programa, porém, à medida do Regime Militar se consolidou no plano federal, as forças interligadas ao capital agrofundiário, buscaram formas de desenvolver a administração do governador, para que pudessem assumir o poder estadual. Inicialmente, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras ( pré-prédio da atual FAFI) foi cercada pelos soldados e depois invadida. Os auto falantes do sistema de som do DCE comandavam a resistência estudantil com palavras de ordem, que ao invés de atenuar a situação, exacerbou os ânimos, provocando um conflito entre militares e estudantes.
8. Reflexos do golpe Militar de 64 no ES A denúncia, vinculada principalmente pela imprensa, pelo envolvimento do governo em processos de corrupção administrativa e insinuações sobre possíveis ligações de Francisco Lacerda de Aguiar com elementos subversivos, provocou a instauração do inquérito da Polícia Militar – IPM. “Chiquinho” pediu licença em janeiro de 1966, quando assumiu o vice, Rubens Rangel. Em abril do mesmo ano, Lacerda de Aguiar foi levado a se afastar definitivamente por meio de uma carta – renúncia.
9. A Guerrilha do Caparaó A Guerrilha do Caparaó foi o primeiro movimento armado de oposição a ditadura militar brasileira (1964-1985). Teve lugar na Serra do Caparaó, divisa entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, no período 1966 - 1967. Promovida pelo Movimento Nacionalista Revolucionário – MNR. Majoritariamente constituído por ex-militares, expulsos das Forças Armadas, por serem contra ditadura - também receberam treinamento na Ilha. Posteriormente o governo cubano teria preferido apoiar Carlos Marighella. O movimento perdeu seu suporte financeiro e os guerrilheiros foram praticamente abandonados no alto da serra. Consta que o grupo, desassistido pela organização, começara a roubar e a abater animais para não morrer de fome - razão pela qual acabou sendo alvo de denúncia à polícia. Descoberto pelos serviçoes de inteligência da ditadura, o movimento foi rechaçado em abril de 1967, por um grupo da Polícia Militar de Minas Gerais. Segundo as fontes, praticamente não houve troca de tiros. Os guerrilheiros, cerca de vinte homens esgotados e famintos - alguns bastante debilitados pela peste bubônica - foram presos no próprio sítio onde se abrigavam ou nas cidades vizinhas. Moradores da região também foram detidos para investigação.
10. A Guerrilha do Caparaó Foi armada então uma grande operação conjunta do Exército e da Força Aérea, com apoio da polícia, para eliminar outros guerrilheiros que pudessem estar escondidos na serra. No entanto, não havia mais ninguém e a operação não passou de uma demonstração de força com o objetivo de desencorajar outros focos de resistência armada pelo país. Para aliviar o desassossego e ganhar o apoio da população local, espantada com tamanho aparato bélico, o Exército promoveu atividades assistenciais e recreativas nas comunidades - atendimento médico gratuito aos habitantes, palestras nas escolas e exibição de filmes de propaganda do regime militar. Pico da Bandeira, local em que aconteceu a Guerrilha do Caparaó.
11. Os Governos Biônicos Indicados através de lista tríplice, característica dos governos biônicos: legal, porém não necessariamente legítimo (não foram eleitos via sufrágio universal). 1978 – 1982 Eurico Rezende 1975 - 1978 Élcio Álvares 1971 - 1974 Artur Carlos Gerhardt dos Santos 1967 - 1971 Christiano Dias Lopes Filho
12. Os Governos Biônicos Christiano Dias Lopes (1967 - 70) Desde seu discurso de posse ficou clara a sua posição de governador aliado das forças armadas políticas que comandavam o país do Regime Militar. Seu intuito ideológico era restabelecer a confiança popular nos destinos do Estado, com uma política centralista e, para tanto, era necessário romper a crise econômica. A política federal de erradicação dos cafezais havia provocado um processo de êxodo rural, empobrecimento da sociedade, redução na arrecadação, inchaço gradativo da Grande Vitória.
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14. Os Governos Biônicos Christiano Dias Lopes (1967 - 70) Complexo Portuário: A infra-estrutura de transporte necessária para a atração de grande empresas foi iniciada com obras do porto de Praia Mole, da Barra do Riacho, de Ubu e de Capuaba. Como resultado, a primeira unidade de pelotização da CVRD foi implantada em 1969, entrando em operação no início da gestão de seu sucessor, Arthur Carlos Gerhardt dos Santos.
19. Os Governos Biônicos Christiano Dias Lopes (1967 - 70) Ecologia - A Tragédia do Suruaca O Departamento Nacional de Obras e saneamento esgotou totalmente as suas águas para permitir a expansão das propriedades rurais. Entretanto, hoje, os alqueires de terra viraram areia, a salinização tomou conta e a turfa (a turfa entra em combustão por causa da seca. Dá em sua raiz praga chamada mofofô: vegetal morto. Não nasce nem pasto) ameaça o resto.
20. Os Governos Biônicos Arthur Carlos Gerhardt Santos (1971 - 74) No seu governo foi incrementado o I plano Nacional de Desenvolvimento (1972 – 1974) que atraiu capitais nacionais, privados e estatais, bem como multinacionais. Grandes Projetos Industriais: Implantação de três complexos (siderúrgico, paraquímico e portuário). O complexo siderúrgico, concebido inicialmente como plano federal, objetivava diminuir a dependência brasileira da importação de aço e quiçá exportar (1974 – o país só produzia 60% da sua necessidade interna).
21. Os Governos Biônicos Fatores que favoreceram a implantação de projetos industriais Grandes Projetos Industriais: Período de Governo Militar. II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND). Criada no governo de Christiano Dias Lopes Filho (1967-70) e de Arthur Carlos Gerhardt Santos (1971-74). Política de incentivos fiscais e financiamento público a longo prazo para investimentos privados. Que favoreceu a expansão de grupos privados e estatais. Acúmulo de capitais provenientes do “Milagre Econômico” (1969-1973). Gerou uma mão-de-obra numerosa e barata (cerca de 146.000 pessoas migraram do campo para a cidade). Crise econômica cafeeira na década de 60. Através da erradicação dos cafezais (180 milhões de pés – 54% no total do Estado). Condições favoráveis à construção de portos. Extensa Costa Marítima. Entre sul desenvolvido e norte – área de transito. Posição Geográfica estratégica privilegiada. Características Fatores
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23. Os Governos Biônicos - Celulose Uruçuquara (FLONIBRA) - Pelotas de minério de ferro Ubu (SAMARCO) - Principalmente produtos siderúrgicos ( atende Usiminas e Açominas) Praia Mole (CST) - Celulose: principal mercadoria - Recebe desembarque de sal (pequena quantidade) - Atende também CENIBRA Portocel (Barra da Riacho) (ARACRUZ) - Petróleo – funciona como plataforma (4km mas adentro) Regência (PETROBRÁS) - Café, produtos siderúrgicos, ferro guza, mármore, granito, cereais, carne, cacau, sal, automóveis/ motores, fertilizantes. Vila Velha (Capuaba/Paul) (CONDESA) - Maior do mundo especializado em movimentação de granéis minerais. - 1993 – inauguração do Terminal de Grãos, (soja em farelo e grãos, principalmente). - Embarca também derivados de petróleo. Tubarão (CVRD) - Café, papel, celulose e trigo, mármore, granito, automóveis. Vitória Cia Docas do Es (CODESA) Características Porto de Complexo Portuário
24. Os Governos Biônicos Arthur Carlos Gerhardt Santos (1971 - 74) Inaugurada em 1973, a CIVIT (localizada na Serra) objetivava atrair empresas, aumentando a industrialização do Estado e centralizando a atuação daquelas já existentes. CIVIT - Centro Industrial de Vitória Corredor de Exportação A unificação dos sistemas de transportes fez do Terminal de Grãos de Tubarão o ponto final das linhas da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), criando um corredor de exportação que beneficia os centros de produção agropecuária do Centro-Leste. O corredor serve também para abastecer o interior, no retorno do frete. Assim, produtos importados pelos portos capixabas seguem de trem para Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal.
25. Os Governos Biônicos Arthur Carlos Gerhardt Santos (1971 - 74) Outras atividades econômicas: Foi incentivada a exploração de petróleo em São Mateus, mármore (granito e calcário) em Cachoeiro de Itapemirim e foi iniciado o plantio de café CONILLON, com alternativa econômica para conter o avanço do êxodo rural. Capital: O aumento populacional de Vila Velha e Cariacica exigiu melhoramentos na ligação do continente com a capital, dando início as obras da Segunda Ponte. Para planejar o desenvolvimento urbano foi criada a COMDUSA (Cia de Molhoramento e do Desenvolvimento Urbano).
29. Os Governos Biônicos Élcio Álvares (1975-79) Interior: Melhoramentos na infra-estrutura do meio rural, com expansão da eletrificação e instalação de comunicações telefônicas em todos os municípios.
30. Os Governos Biônicos Eurico Rezende (1978 - 1982) Interior: O governador apresentou uma proposta de reforma administrativa que visava diminuir os gastos, através da redução de quadro de funcionários públicos (3.000 demissões). A mobiblização popular promovida pela Igreja Católica e pelo Movimento Estudantil bloqueou a iniciativa governamental. Acentuou-se a atuação dos movimentos sociais, tendo por ápice a luta pela Anistia.
31. Os Governos Biônicos Fim do Regime Militar e Nova República de Governadores de Esquerda 1998 – 2002 José Ignácio 1994 – 1998 Vitor Buaiz 1990 – 1994 Albuíno Azeredo 1986 – 1990 Max Mauro 1982 – 1986 Gerson Camata (1982 - ...) Eleições Diretas
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35. Os Governos Biônicos Max Mauro (1986 - 1990) Questão política: Apesar das dificuldades que seu governo enfrentou, Max entregou os cofres públicos relativamente saneados: apenas 53% da receita era referente a despesas com folha de pagamento ( o que colocou o Espírito Santo entre os três estados da federação com melhor situação financeira).
36. Os Governos Biônicos Albuíno Azeredo (1990 - 94) Período conturbado de governo, com realização de greves (aproximadamente 100 movimentos em 4 anos). Refinanciou as dívidas públicas, alienou parte das ações da Escelsa e utrapassou o limite dos gastos, chegando a comprometer 96% do orçamento, apenas com a folha de pagamento.
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38. Os Governos Biônicos José ignácio Ferreira (1998 - 2002) Herdou uma grave crise: três folhas de pagamento atrasadas do funcionalismo. Recebeu no final da sua gestão o título de “ pior governador do Brasil” pela imprensa local.
39. Curiosidades A Bandeira do Estado do Espírito Santo foi criada em 1908 pelo Dr. Jerônimo Monteiro, então presidente do estado, e adotada oficialmente em 7 de setembro de 1909. É composta por três faixas horizontais de mesmo tamanho nas cores azul, branco e rosa. As cores representam as cores das vestes de Nossa Senhora da Penha, padroeira do estado. Ao centro da segunda faixa um arco em letras azuis traz o lema "TRABALHA E CONFIA". Esse lema foi inspirado na doutrina de Santo Inácio de Loyola, fundador da ordem religiosa Companhia de Jesus: Trabalha como se tudo dependesse de ti e confia como se tudo dependesse de Deus. Bandeira
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41. ES no século XX Integrantes: Nathalia Figueiredo, Nicole Fernanda, Karina Corrêa, Ursulla Bony, Leonora Fantecelle, Yara Leandro. Turma: 2M5