SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Considerações sobre Cabling e teste em redes locais (LAN)
de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Introdução:
As taxas de dados nas redes atuais variam de 10/100 megabits por segundo (Ethernet) até 1Gigabit
por segundo (1GigE), no entanto, com o aumento da demanda por serviços baseados em IP
(Protocolo de Internet), incluíndo serviços de vídeo, voz e dados, uma maior velocidade e largura
de banda tornam-se necessárias, dessa forma emergiram no cenário atual as redes locais (LAN) de
10 Gigabit por segundo (10GigE), especialmente em redes corporativas.
Hoje em dia a arquitetura das redes devem ser baseadas em 10GigE para que assim possam
garantir uma escalonabilidade e permitir uma rápida atualização para novas taxas.
Entendendo a diferença entre fibras monomodo e multimodo:
Existem duas classificações para fibras ópticas: fibras ópticas monomodo (single-mode) e fibras
ópticas multimodo (multimode). A fibra monomodo é uma fibra que possui um núcleo menor,
entre 8 e 12 microns (µm), e permite que a transmissão da luz seja feita somente por um modo.
Fibras do tipo monomodo podem transmitir uma largura de banda superior através de uma
distância maior, sendo geralmente instaladas em redes de acesso, metropolitanas e em redes que
cobrem grandes distâncias. Por outro lado a fibra do tipo monomodo requer fontes ópticas e
dispositivos que apresentam um custo superior aos dispositivos utilizados em redes que utilizam
fibras do tipo multimodo.
Fibras Ópticas do tipo Multimodo apresentam um núcleo muito maior (50, 62.5µm ou até
superior) e permite que a transmissão da luz ocorra de várias maneiras dentro da fibra. Esse tipo de
propagação gera uma distúrbio chamado Disperção Modal devido as diferentes velocidades de
cada modo de transmissão. Consequentemente, a atenuação do sinal é superior e dessa forma a
largura de banda é limitada de acordo com a distância (10Gbps até 300m), o IEEE (Instituto de
Engenheiros Elétricos e Eletrônicos) recomenda que a máxima distância utilizando esse tipo de
fibra seja de 2Km. Fibras multimodo são geralmente utilizadas em redes internas, são fibras mais
baratas que as monomodo e os sistemas necessários para compor a rede também apresentam um
valor menor comparado aos necessários para fibras monomodo.
Tipo de Fibra Multimodo Monomodo
Comprimento de Onda da Transmissão 850nm até 1300nm 1260nm até 1640nm
Fonte de Luz LED (Baixo Custo) Laser (Alto Custo)
Largura de Banda Limitada Praticamente Infinito
Distância Até 2Km Até 200Km
Instalação Simples / Barata Complexa / Cara
Manutenção Flexível e Fácil Sensível e Cara
Aplicação Redes Locais (LAN, Data Center) Redes de Acesso, Metropolitanas, de
Grandes Distâncias (WAN, MAN)
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Monomodo ou Multimodo?
A crescente demanda por sistemas mais rápidos levaram os desenvolvedores de redes a considerar
o desenvolvimento de redes utilizando somente fibras monomodo, até para pequenas distâncias.
Entretanto, para sistemas 10Gbps de até 300m, as fibras multimodo funcionam muito bem e
apresentam um custo de instalação e manutanção menor.
Figura 01 – Exemplos de estrutura de uma rede LAN em fibras ópticas trafegando 10Gigabit Ethernet
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Fibras Multimodo: 50µm versus 62.5µm
Quando iniciaram as transmissões através de fibras ópticas na década de setenta, todos os links
eram baseados em fibras multimodo de 50µm, com diodos emissores de luz (LED) sendo a fonte,
tanto para distâncias curtas quanto distâncias longas.
Na década de oitenta começaram a utilizar laser como fonte de luz e também surgiram as
primeiras fibras monomodo, que logo se tornaram a preferência para sistemas de grandes
distâncias.
Poucos anos após isso, começou a surgir aplicações nas redes locais, que necessitavam de taxas
mais altas, de até 10Mbps, e cobrindo uma distância maior, de até 2Km, devido a isso foi
introduzido no mercado a fibra multimodo de 62.5µm, através do seu maior diâmetro ela
conseguiu capturar mais potência emitida pelo LED e dessa forma então foi possível ampliar os
comprimentos dos links.
Hoje em dia, o Gigabit Ethernet (1Gbps) é o padrão para sistemas 10Gbps e está se tornando
muito comum em redes locais. As fibras ópticas de 62.5µm alcançaram o seu limite com essa
tecnologia, tendo somente um alcance de 26 metros, essa limitação levou os fabricantes a
desenvolverem um novo tipo de laser o VCSEL, de menor núcleo que uma fibra de 50µm, um
laser-optimizado para 850nm.
Taxa de Transferência de Dados e Alcance
É importante entender a capacidade de cada fibra óptica em termos de distância em função da
largura de banda, e verificar sempre se a instalação está dimensionada corretamente e prevendo as
futuras atualizações tecnológicas. É possível estimar alguns valores como referência:
Aplicação (IEEE802.3) Comprimento de
Onda Normial
Alcance p/ 50.0µm Alcance p/ 62.5µm
10 BASE-SR/SW 850nm 300m 33m
10 BASE-LX4 1300nm 300m 300m
Também é importante respeitar as taxas máximas de atenuação por canal para poder garantir o
sinal através de toda a fibra.
− O perfil de atenuação da fibra, corresponde a 3.5dB/Km para fibras multimodo à 850nm e
1.5dB/Km para fibras multimodo à 1300nm (de acordo com os padrões ANSI/TIA-568-B.3 e
ISO/IEC 11801).
− Fusão (normalmente perda de até 0.1dB), Conectores (normalmente perda de até 0.5dB).
Máxima atenuação por canal de acordo com o padrão ANSI/TIA-568-B.1:
10Gigabit
Ethernet
Comprimento
de Onda (nm)
Máx.
Atenuação
Máx.
Atenuação
Máx. Atenuação Máx.
AtenuaçãoLaser-Optimizado
850nm e 50µm MM62.5µm MM 50µm MM 9µm SM
10GBASE-SX 850nm 2.5 dB 2.3 dB 2.6 dB -
10GBASE-LX4 1300nm 2.5 dB 2.0 dB 2.0 dB 6.6dB
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Certificando uma rede de fibra óptica
As implementações de redes 10GigE são verdadeiros desafios e exigem um alto desempenho de
todo cabeamento, por isso, faz-se necessário a certificação de toda a planta de fibras ópticas
presente na instalação, para que dessa forma, seja possível garantir que toda a infra-estrutura física
possa suportar a velocidade e a largura de banda exigida.
Medições Exigidas
De acordo com o padrão ANSI/TIA/EIA-568-B.3, valores de atenuação óptica, perda por retorno,
atraso de propagação e polaridade são medições obrigatórias na caracterização e validação da
fibra.
Para testes de aceitação, somente atenuação óptica e teste de polaridade são necessários, sendo a
medição de todos os outros parâmetros opcionais.
Além desses parâmetros, o comprimento do link de fibra óptica deve ser medido ou calculado
tanto em uma simples medição quanto em um teste de aceitação.
Atenuação Óptica
O primeiro passo para a certificação de uma fibra óptica consiste em medir a atenuação total de
todo o link de fibra óptica. Essa medida é a soma de todas as atenuações que ocorrem ao longo do
link, atenuação da fibra, perda por fusão, perda por conector, etc.
A atenuação óptical total pode ser medida com dois instrumentos, uma fonte óptica (OLS – Optica
Laser Source) e um power-meter óptico (OLP – Optical Power Meter) ou, caso as duas pontas da
fibra estejam no mesmo local, é possível fazer essa medição usando um único instrumento que
integra a fonte óptica e o power-meter óptico (OLTS – Optical Loss Test Set).
O primeiro passo para esse processo é obter à referência de potência, após isso, basta ligar uma
ponta da fibra óptica na fonte óptica e a outra no power-meter, a atenuação total do link é o valor
lido na fonte óptica menos o valor lido no power-meter.
Valores de referência para medições em redes que irão suportar 10GigE estão disponíveis nas
normas ANSI/TIA-568-B.1 e IEC 11801.
Uma vez que a atenuação total da fibra esteja calculada pode ser necessário saber os valores de
cada atenuação (individual) ao longo da fibra, verificando assim se todos os valores de atenuação
estão de acordo com a norma. Para tal análise é necessário a utilização de um equipamento OTDR
(Optical Time Domain Reflectometer), no qual irá descrever a perda de cada evento que ocorrer ao
longo de toda a fibra.
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Um OTDR irá realizar a medição da perda total, porém também irá medir todas as atenuações
individualmente, localizando conectores, fusões, dobras, e qualquer evento ao longo de todo o
link, permitindo dessa forma verificar se cada evento está com sua atenuação de acordo com a
norma e assim diminuindo o tempo de manutanção e localização de falhas ao longo de toda a fibra
óptica.
Figura 02 – Traçado Típico de um OTDR
Figura 03 - Plataforma de testes ópticos com OTDR MTS-6000 da JDSU
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Perda por Retorno
Perda óptica por retorno (ORL – Optical Return Loss) é o total de potência refletida, voltando
através do link até a fonte. A perda por retorno pode desestabilizar a fonte de laser e dessa forma
gerar um aumento na taxa de erro (BER – Bit Erro Rate).
Para garantir o funcionamento do sistema, livrando-o de erros adicionais, deve ser considerada a
medição da perda por retorno durante o processo de instalação e manutenção e comparar sempre
essas medições com valores limites admissíveis. A medida ORL é expressa em decibéis (dB),
sempre tendo valores positivos, e é definida como a média logarítmica entre a potência transmitida
(Pi) e a potência recebida (Pr = potência refletida + espalhamento) ao longo da fibra óptica.
Perda por Retorno ou ORL = 10.log(Pi/Pr)
A medição da perda por retorno pode ser feita utilizando um equipamento OCWR (Optical
Continuous Wave Reflectometer), que é um instrumento que integra uma fonte óptica, um power-
meter e um acoplador ou também pode ser medida utilizando um OTDR.
Atraso de Propagação
O atraso de propagação é o tempo necessário que a transmissão de um dado leva até chegar ao seu
destino, podendo ser calculado considerando o comprimento do link.
Algumas aplicações necessitam o conhecimento desse valor para assegurar que o delay máximo da
rede possa suportar o tipo de tecnologia trafegando sobre a mesma.
Como parte do processo de teste, a linha de OTDRs da JDSU já realiza a medição de atraso de
propagação e automaticamente disponibiliza o valor na tela.
Figura 04 – Screenshoot de tela do OTDR MTS- 6000
Teste de Polaridade
Um teste de polaridade verifica a continuidade “óptica” ponto-a-ponto do canal.
Normalmente o teste de continuidade é feito usando um equipamento chamado VFL (Visual Falut
Locator) ou caneta óptica, onde esse instrumento é uma fonte laser com o comprimento de onda
visível.
Figura 04 – Caneta para inspeção visual de falhas (OVF) da JDSU FFL-100
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Inspecção da Fibra Óptica
Em aplicações de altas velocidade como 10GbEthernet, atenuações ópticas devem ser eliminadas
para assegurar uma alta performace.
Sujeira na ponta da fibra ou nos conectores podem gerar uma grande perda de sinal, degradando a
qualidade de transmissão e elevando a taxa de erro.
Todos as conexões e adaptadores devem ser limpos e inspecionados antes de qualquer conexão ser
realizada, evitando dessa forma inserir atenuações ao longo do link.
A inspecção das pontas da fibras ópticas ou dos conectores podem ser realizada rapidamente com
um microscópio óptico, verificando dessa forma sujeiras, arranhões e as degradações da fibra de
um modo geral.
Figura 05 Probe para inspeção e verificação de fibras da JDSU - FBE HD3
Relatório
A última etapa do processo de certificação é a emissão de um documento com as medições da
planta de fibras.
Organizar os dados colhidos de uma maneira clara e limpa, simplifica o acesso as informações que
são realmente importante. Um poderoso software de análise, como o JDSU FiberCable Software,
auxilia esse trabalho reduzindo o tempo dedicado para análise de todos os dados.
Figura 06 – Exemplos de relatório de Certificação gerados no software OFS-200 Fiber Cable da JDSU
White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE)
Conclusão
A qualificação da infra-estrutura de cabos é essencial, ainda mais hoje em dia aonde as tecnologias
exigem cada vez uma maior taxa de transmissão dados.
É essencial encontrar instrumentos que possibilitem essa análise e qualificação, por exemplo, a
plataforma da JDSU MTS-6000, configurada com um módulo OTDR, proporciona a qualificação
de todos os parâmetros definidos por normas internacionais, medindo a atenuação óptica, a perda
por retorno, o atraso de propagação e a polaridade e ainda pode possuir um microscópio óptico
eletrônico intergado, se tornando assim um equipamento completo para qualificação e certificação
de redes e sistemas que utilizem fibra óptica.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Optical Fiber Communication
Optical Fiber CommunicationOptical Fiber Communication
Optical Fiber CommunicationSN Chakraborty
 
Redes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPON
Redes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPONRedes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPON
Redes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPONThiago Reis da Silva
 
Apostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdf
Apostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdfApostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdf
Apostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdfwalisonneves2
 
Uma introdução as Fibras ópticas.
Uma introdução as Fibras ópticas.Uma introdução as Fibras ópticas.
Uma introdução as Fibras ópticas.Ronnasayd Sousa
 
Optical fibre cable
Optical fibre cableOptical fibre cable
Optical fibre cablezoya24
 
optical fiber communication..
optical fiber communication..optical fiber communication..
optical fiber communication..Debanshu Ghosh
 
Gponfundamentals 130805074507-phpapp02
Gponfundamentals 130805074507-phpapp02Gponfundamentals 130805074507-phpapp02
Gponfundamentals 130805074507-phpapp02morris otieno
 
Fibra óptica conceitos gerais
Fibra óptica   conceitos geraisFibra óptica   conceitos gerais
Fibra óptica conceitos geraisBrunolp
 
Processo de fusão de cabo óptico
Processo de fusão de cabo ópticoProcesso de fusão de cabo óptico
Processo de fusão de cabo ópticoWELLINGTON MARTINS
 
Redes ethernet sobre fibra óptica
Redes ethernet sobre fibra ópticaRedes ethernet sobre fibra óptica
Redes ethernet sobre fibra ópticaJarbas Pereira
 
Meios de fibra ótica
Meios de fibra óticaMeios de fibra ótica
Meios de fibra óticaH P
 

Mais procurados (20)

OTDR
OTDR OTDR
OTDR
 
FIBRA ÓPTICA REDES
FIBRA ÓPTICA REDES FIBRA ÓPTICA REDES
FIBRA ÓPTICA REDES
 
ENTENDENDO OTDR
ENTENDENDO OTDRENTENDENDO OTDR
ENTENDENDO OTDR
 
GPON-FTTx Training
GPON-FTTx TrainingGPON-FTTx Training
GPON-FTTx Training
 
Optical Fiber Communication
Optical Fiber CommunicationOptical Fiber Communication
Optical Fiber Communication
 
Redes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPON
Redes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPONRedes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPON
Redes Óticas de Acesso: Padrão EPON e GPON
 
Optical fibres
Optical fibresOptical fibres
Optical fibres
 
Apostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdf
Apostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdfApostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdf
Apostila Completa - FTTH - FIBRA OPTICA.pdf
 
Uma introdução as Fibras ópticas.
Uma introdução as Fibras ópticas.Uma introdução as Fibras ópticas.
Uma introdução as Fibras ópticas.
 
FIBRA ÓPTICA MANUTENÇÕES
FIBRA ÓPTICA MANUTENÇÕESFIBRA ÓPTICA MANUTENÇÕES
FIBRA ÓPTICA MANUTENÇÕES
 
Fttx
FttxFttx
Fttx
 
Optical fibre cable
Optical fibre cableOptical fibre cable
Optical fibre cable
 
optical fiber communication..
optical fiber communication..optical fiber communication..
optical fiber communication..
 
FTTH
FTTHFTTH
FTTH
 
Gponfundamentals 130805074507-phpapp02
Gponfundamentals 130805074507-phpapp02Gponfundamentals 130805074507-phpapp02
Gponfundamentals 130805074507-phpapp02
 
Fibra óptica conceitos gerais
Fibra óptica   conceitos geraisFibra óptica   conceitos gerais
Fibra óptica conceitos gerais
 
Processo de fusão de cabo óptico
Processo de fusão de cabo ópticoProcesso de fusão de cabo óptico
Processo de fusão de cabo óptico
 
Redes ethernet sobre fibra óptica
Redes ethernet sobre fibra ópticaRedes ethernet sobre fibra óptica
Redes ethernet sobre fibra óptica
 
Wdm
WdmWdm
Wdm
 
Meios de fibra ótica
Meios de fibra óticaMeios de fibra ótica
Meios de fibra ótica
 

Destaque (7)

FIBRA ÓPTICA OTDR
FIBRA ÓPTICA OTDRFIBRA ÓPTICA OTDR
FIBRA ÓPTICA OTDR
 
feixe optico
 feixe optico feixe optico
feixe optico
 
FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS
FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS  FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS
FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS
 
Fttx NA FIBRA ÓPTICA
Fttx NA FIBRA ÓPTICAFttx NA FIBRA ÓPTICA
Fttx NA FIBRA ÓPTICA
 
FIBRA ÓPTICA EMENDA ÓPTICA
FIBRA ÓPTICA EMENDA ÓPTICAFIBRA ÓPTICA EMENDA ÓPTICA
FIBRA ÓPTICA EMENDA ÓPTICA
 
APLICAÇÃO A FIBRA ÓPTICA
APLICAÇÃO A FIBRA ÓPTICAAPLICAÇÃO A FIBRA ÓPTICA
APLICAÇÃO A FIBRA ÓPTICA
 
FIBRA ÓPTICA
FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA
FIBRA ÓPTICA
 

Semelhante a Considerações sobre Cabling e teste em redes 10GigE

2 ficehiro
2 ficehiro2 ficehiro
2 ficehirosharik27
 
Meios fisicos
Meios fisicosMeios fisicos
Meios fisicossharik27
 
Apresentação meios físicos
Apresentação meios físicosApresentação meios físicos
Apresentação meios físicoskamatozza
 
Meios fisicos de transmissao
Meios fisicos de transmissaoMeios fisicos de transmissao
Meios fisicos de transmissaomilanvassaramo
 
Meios físicos de transmição
Meios físicos de transmiçãoMeios físicos de transmição
Meios físicos de transmiçãoCaniggia123
 
Meios fisicos emil
Meios fisicos emilMeios fisicos emil
Meios fisicos emilfantic3o
 
Meios físicos de transição
Meios físicos de transiçãoMeios físicos de transição
Meios físicos de transiçãoCaniggia123
 
Tipos de cabos
Tipos de cabosTipos de cabos
Tipos de cabosBrunoXina
 
rede lan
rede lanrede lan
rede langeone85
 
C:\Fakepath\Cablagem
C:\Fakepath\CablagemC:\Fakepath\Cablagem
C:\Fakepath\Cablagemmarleneamf
 
Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores Tiago
 
Modulo4 1º trabalho
Modulo4 1º trabalhoModulo4 1º trabalho
Modulo4 1º trabalhoSandeep Singh
 

Semelhante a Considerações sobre Cabling e teste em redes 10GigE (20)

2 ficehiro
2 ficehiro2 ficehiro
2 ficehiro
 
Meios fisicos
Meios fisicosMeios fisicos
Meios fisicos
 
Apresentação meios físicos
Apresentação meios físicosApresentação meios físicos
Apresentação meios físicos
 
Cabos
CabosCabos
Cabos
 
Cabos coaxiais
Cabos coaxiaisCabos coaxiais
Cabos coaxiais
 
Cabos de red eimei
Cabos de red eimeiCabos de red eimei
Cabos de red eimei
 
Meios fisicos de transmissao
Meios fisicos de transmissaoMeios fisicos de transmissao
Meios fisicos de transmissao
 
Meios físicos de transmição
Meios físicos de transmiçãoMeios físicos de transmição
Meios físicos de transmição
 
Cablagem de rede
Cablagem de redeCablagem de rede
Cablagem de rede
 
Meios fisicos emil
Meios fisicos emilMeios fisicos emil
Meios fisicos emil
 
Meios físicos de transição
Meios físicos de transiçãoMeios físicos de transição
Meios físicos de transição
 
50524(1).ppt
50524(1).ppt50524(1).ppt
50524(1).ppt
 
Tipos de cabos
Tipos de cabosTipos de cabos
Tipos de cabos
 
rede lan
rede lanrede lan
rede lan
 
C:\Fakepath\Cablagem
C:\Fakepath\CablagemC:\Fakepath\Cablagem
C:\Fakepath\Cablagem
 
Cabo Ocaxional
Cabo OcaxionalCabo Ocaxional
Cabo Ocaxional
 
Cabo Ocaxional
Cabo OcaxionalCabo Ocaxional
Cabo Ocaxional
 
Cabo Ocaxional
Cabo OcaxionalCabo Ocaxional
Cabo Ocaxional
 
Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores Cabeamentos e conectores
Cabeamentos e conectores
 
Modulo4 1º trabalho
Modulo4 1º trabalhoModulo4 1º trabalho
Modulo4 1º trabalho
 

Mais de WELLINGTON MARTINS (19)

INSPEÇÃO, LIMPEZA E TESTES DE FIBRAS
INSPEÇÃO, LIMPEZA E TESTES DE FIBRASINSPEÇÃO, LIMPEZA E TESTES DE FIBRAS
INSPEÇÃO, LIMPEZA E TESTES DE FIBRAS
 
Et1854 cordoes opticos
Et1854 cordoes opticosEt1854 cordoes opticos
Et1854 cordoes opticos
 
Logaritimo apostila
Logaritimo apostilaLogaritimo apostila
Logaritimo apostila
 
FIBRA ÓPTICA CABOS
FIBRA ÓPTICA CABOS FIBRA ÓPTICA CABOS
FIBRA ÓPTICA CABOS
 
OTDR APLICAÇÃO
OTDR APLICAÇÃOOTDR APLICAÇÃO
OTDR APLICAÇÃO
 
Smart otdr JDSU
Smart otdr JDSUSmart otdr JDSU
Smart otdr JDSU
 
Jdsu mts 2000_manual
Jdsu mts 2000_manualJdsu mts 2000_manual
Jdsu mts 2000_manual
 
INGLÊS TÉCNICO
INGLÊS TÉCNICOINGLÊS TÉCNICO
INGLÊS TÉCNICO
 
DESENHO TÉCNICO
DESENHO TÉCNICO DESENHO TÉCNICO
DESENHO TÉCNICO
 
FIBRA ÓPTICA CÓDIGO DE CORES
FIBRA ÓPTICA CÓDIGO DE CORESFIBRA ÓPTICA CÓDIGO DE CORES
FIBRA ÓPTICA CÓDIGO DE CORES
 
FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS
FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS  FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS
FIBRA ÓPTICA INFRA ESTRUTURAS
 
FIBRA ÓPTICA FTTH
FIBRA ÓPTICA FTTHFIBRA ÓPTICA FTTH
FIBRA ÓPTICA FTTH
 
TECNOLOGIA GPON PADTEC
TECNOLOGIA GPON PADTECTECNOLOGIA GPON PADTEC
TECNOLOGIA GPON PADTEC
 
OTDR ANRITSU Mt9083
OTDR ANRITSU Mt9083 OTDR ANRITSU Mt9083
OTDR ANRITSU Mt9083
 
FIBRA ÓPTICA INFRAESTRUTURAS
FIBRA ÓPTICA INFRAESTRUTURAS  FIBRA ÓPTICA INFRAESTRUTURAS
FIBRA ÓPTICA INFRAESTRUTURAS
 
FIBRA ÓPTICA CABOS
FIBRA ÓPTICA CABOS FIBRA ÓPTICA CABOS
FIBRA ÓPTICA CABOS
 
PROJETO DE REDE TELEFONIA MOVEL
PROJETO DE REDE TELEFONIA MOVELPROJETO DE REDE TELEFONIA MOVEL
PROJETO DE REDE TELEFONIA MOVEL
 
PROJETO DE REDE
PROJETO DE REDEPROJETO DE REDE
PROJETO DE REDE
 
Manual DIO 144
Manual  DIO 144Manual  DIO 144
Manual DIO 144
 

Considerações sobre Cabling e teste em redes 10GigE

  • 1. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Considerações sobre Cabling e teste em redes locais (LAN) de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Introdução: As taxas de dados nas redes atuais variam de 10/100 megabits por segundo (Ethernet) até 1Gigabit por segundo (1GigE), no entanto, com o aumento da demanda por serviços baseados em IP (Protocolo de Internet), incluíndo serviços de vídeo, voz e dados, uma maior velocidade e largura de banda tornam-se necessárias, dessa forma emergiram no cenário atual as redes locais (LAN) de 10 Gigabit por segundo (10GigE), especialmente em redes corporativas. Hoje em dia a arquitetura das redes devem ser baseadas em 10GigE para que assim possam garantir uma escalonabilidade e permitir uma rápida atualização para novas taxas. Entendendo a diferença entre fibras monomodo e multimodo: Existem duas classificações para fibras ópticas: fibras ópticas monomodo (single-mode) e fibras ópticas multimodo (multimode). A fibra monomodo é uma fibra que possui um núcleo menor, entre 8 e 12 microns (µm), e permite que a transmissão da luz seja feita somente por um modo. Fibras do tipo monomodo podem transmitir uma largura de banda superior através de uma distância maior, sendo geralmente instaladas em redes de acesso, metropolitanas e em redes que cobrem grandes distâncias. Por outro lado a fibra do tipo monomodo requer fontes ópticas e dispositivos que apresentam um custo superior aos dispositivos utilizados em redes que utilizam fibras do tipo multimodo. Fibras Ópticas do tipo Multimodo apresentam um núcleo muito maior (50, 62.5µm ou até superior) e permite que a transmissão da luz ocorra de várias maneiras dentro da fibra. Esse tipo de propagação gera uma distúrbio chamado Disperção Modal devido as diferentes velocidades de cada modo de transmissão. Consequentemente, a atenuação do sinal é superior e dessa forma a largura de banda é limitada de acordo com a distância (10Gbps até 300m), o IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos) recomenda que a máxima distância utilizando esse tipo de fibra seja de 2Km. Fibras multimodo são geralmente utilizadas em redes internas, são fibras mais baratas que as monomodo e os sistemas necessários para compor a rede também apresentam um valor menor comparado aos necessários para fibras monomodo. Tipo de Fibra Multimodo Monomodo Comprimento de Onda da Transmissão 850nm até 1300nm 1260nm até 1640nm Fonte de Luz LED (Baixo Custo) Laser (Alto Custo) Largura de Banda Limitada Praticamente Infinito Distância Até 2Km Até 200Km Instalação Simples / Barata Complexa / Cara Manutenção Flexível e Fácil Sensível e Cara Aplicação Redes Locais (LAN, Data Center) Redes de Acesso, Metropolitanas, de Grandes Distâncias (WAN, MAN)
  • 2. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Monomodo ou Multimodo? A crescente demanda por sistemas mais rápidos levaram os desenvolvedores de redes a considerar o desenvolvimento de redes utilizando somente fibras monomodo, até para pequenas distâncias. Entretanto, para sistemas 10Gbps de até 300m, as fibras multimodo funcionam muito bem e apresentam um custo de instalação e manutanção menor. Figura 01 – Exemplos de estrutura de uma rede LAN em fibras ópticas trafegando 10Gigabit Ethernet
  • 3. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Fibras Multimodo: 50µm versus 62.5µm Quando iniciaram as transmissões através de fibras ópticas na década de setenta, todos os links eram baseados em fibras multimodo de 50µm, com diodos emissores de luz (LED) sendo a fonte, tanto para distâncias curtas quanto distâncias longas. Na década de oitenta começaram a utilizar laser como fonte de luz e também surgiram as primeiras fibras monomodo, que logo se tornaram a preferência para sistemas de grandes distâncias. Poucos anos após isso, começou a surgir aplicações nas redes locais, que necessitavam de taxas mais altas, de até 10Mbps, e cobrindo uma distância maior, de até 2Km, devido a isso foi introduzido no mercado a fibra multimodo de 62.5µm, através do seu maior diâmetro ela conseguiu capturar mais potência emitida pelo LED e dessa forma então foi possível ampliar os comprimentos dos links. Hoje em dia, o Gigabit Ethernet (1Gbps) é o padrão para sistemas 10Gbps e está se tornando muito comum em redes locais. As fibras ópticas de 62.5µm alcançaram o seu limite com essa tecnologia, tendo somente um alcance de 26 metros, essa limitação levou os fabricantes a desenvolverem um novo tipo de laser o VCSEL, de menor núcleo que uma fibra de 50µm, um laser-optimizado para 850nm. Taxa de Transferência de Dados e Alcance É importante entender a capacidade de cada fibra óptica em termos de distância em função da largura de banda, e verificar sempre se a instalação está dimensionada corretamente e prevendo as futuras atualizações tecnológicas. É possível estimar alguns valores como referência: Aplicação (IEEE802.3) Comprimento de Onda Normial Alcance p/ 50.0µm Alcance p/ 62.5µm 10 BASE-SR/SW 850nm 300m 33m 10 BASE-LX4 1300nm 300m 300m Também é importante respeitar as taxas máximas de atenuação por canal para poder garantir o sinal através de toda a fibra. − O perfil de atenuação da fibra, corresponde a 3.5dB/Km para fibras multimodo à 850nm e 1.5dB/Km para fibras multimodo à 1300nm (de acordo com os padrões ANSI/TIA-568-B.3 e ISO/IEC 11801). − Fusão (normalmente perda de até 0.1dB), Conectores (normalmente perda de até 0.5dB). Máxima atenuação por canal de acordo com o padrão ANSI/TIA-568-B.1: 10Gigabit Ethernet Comprimento de Onda (nm) Máx. Atenuação Máx. Atenuação Máx. Atenuação Máx. AtenuaçãoLaser-Optimizado 850nm e 50µm MM62.5µm MM 50µm MM 9µm SM 10GBASE-SX 850nm 2.5 dB 2.3 dB 2.6 dB - 10GBASE-LX4 1300nm 2.5 dB 2.0 dB 2.0 dB 6.6dB
  • 4. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Certificando uma rede de fibra óptica As implementações de redes 10GigE são verdadeiros desafios e exigem um alto desempenho de todo cabeamento, por isso, faz-se necessário a certificação de toda a planta de fibras ópticas presente na instalação, para que dessa forma, seja possível garantir que toda a infra-estrutura física possa suportar a velocidade e a largura de banda exigida. Medições Exigidas De acordo com o padrão ANSI/TIA/EIA-568-B.3, valores de atenuação óptica, perda por retorno, atraso de propagação e polaridade são medições obrigatórias na caracterização e validação da fibra. Para testes de aceitação, somente atenuação óptica e teste de polaridade são necessários, sendo a medição de todos os outros parâmetros opcionais. Além desses parâmetros, o comprimento do link de fibra óptica deve ser medido ou calculado tanto em uma simples medição quanto em um teste de aceitação. Atenuação Óptica O primeiro passo para a certificação de uma fibra óptica consiste em medir a atenuação total de todo o link de fibra óptica. Essa medida é a soma de todas as atenuações que ocorrem ao longo do link, atenuação da fibra, perda por fusão, perda por conector, etc. A atenuação óptical total pode ser medida com dois instrumentos, uma fonte óptica (OLS – Optica Laser Source) e um power-meter óptico (OLP – Optical Power Meter) ou, caso as duas pontas da fibra estejam no mesmo local, é possível fazer essa medição usando um único instrumento que integra a fonte óptica e o power-meter óptico (OLTS – Optical Loss Test Set). O primeiro passo para esse processo é obter à referência de potência, após isso, basta ligar uma ponta da fibra óptica na fonte óptica e a outra no power-meter, a atenuação total do link é o valor lido na fonte óptica menos o valor lido no power-meter. Valores de referência para medições em redes que irão suportar 10GigE estão disponíveis nas normas ANSI/TIA-568-B.1 e IEC 11801. Uma vez que a atenuação total da fibra esteja calculada pode ser necessário saber os valores de cada atenuação (individual) ao longo da fibra, verificando assim se todos os valores de atenuação estão de acordo com a norma. Para tal análise é necessário a utilização de um equipamento OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), no qual irá descrever a perda de cada evento que ocorrer ao longo de toda a fibra.
  • 5. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Um OTDR irá realizar a medição da perda total, porém também irá medir todas as atenuações individualmente, localizando conectores, fusões, dobras, e qualquer evento ao longo de todo o link, permitindo dessa forma verificar se cada evento está com sua atenuação de acordo com a norma e assim diminuindo o tempo de manutanção e localização de falhas ao longo de toda a fibra óptica. Figura 02 – Traçado Típico de um OTDR Figura 03 - Plataforma de testes ópticos com OTDR MTS-6000 da JDSU
  • 6. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Perda por Retorno Perda óptica por retorno (ORL – Optical Return Loss) é o total de potência refletida, voltando através do link até a fonte. A perda por retorno pode desestabilizar a fonte de laser e dessa forma gerar um aumento na taxa de erro (BER – Bit Erro Rate). Para garantir o funcionamento do sistema, livrando-o de erros adicionais, deve ser considerada a medição da perda por retorno durante o processo de instalação e manutenção e comparar sempre essas medições com valores limites admissíveis. A medida ORL é expressa em decibéis (dB), sempre tendo valores positivos, e é definida como a média logarítmica entre a potência transmitida (Pi) e a potência recebida (Pr = potência refletida + espalhamento) ao longo da fibra óptica. Perda por Retorno ou ORL = 10.log(Pi/Pr) A medição da perda por retorno pode ser feita utilizando um equipamento OCWR (Optical Continuous Wave Reflectometer), que é um instrumento que integra uma fonte óptica, um power- meter e um acoplador ou também pode ser medida utilizando um OTDR. Atraso de Propagação O atraso de propagação é o tempo necessário que a transmissão de um dado leva até chegar ao seu destino, podendo ser calculado considerando o comprimento do link. Algumas aplicações necessitam o conhecimento desse valor para assegurar que o delay máximo da rede possa suportar o tipo de tecnologia trafegando sobre a mesma. Como parte do processo de teste, a linha de OTDRs da JDSU já realiza a medição de atraso de propagação e automaticamente disponibiliza o valor na tela. Figura 04 – Screenshoot de tela do OTDR MTS- 6000 Teste de Polaridade Um teste de polaridade verifica a continuidade “óptica” ponto-a-ponto do canal. Normalmente o teste de continuidade é feito usando um equipamento chamado VFL (Visual Falut Locator) ou caneta óptica, onde esse instrumento é uma fonte laser com o comprimento de onda visível. Figura 04 – Caneta para inspeção visual de falhas (OVF) da JDSU FFL-100
  • 7. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Inspecção da Fibra Óptica Em aplicações de altas velocidade como 10GbEthernet, atenuações ópticas devem ser eliminadas para assegurar uma alta performace. Sujeira na ponta da fibra ou nos conectores podem gerar uma grande perda de sinal, degradando a qualidade de transmissão e elevando a taxa de erro. Todos as conexões e adaptadores devem ser limpos e inspecionados antes de qualquer conexão ser realizada, evitando dessa forma inserir atenuações ao longo do link. A inspecção das pontas da fibras ópticas ou dos conectores podem ser realizada rapidamente com um microscópio óptico, verificando dessa forma sujeiras, arranhões e as degradações da fibra de um modo geral. Figura 05 Probe para inspeção e verificação de fibras da JDSU - FBE HD3 Relatório A última etapa do processo de certificação é a emissão de um documento com as medições da planta de fibras. Organizar os dados colhidos de uma maneira clara e limpa, simplifica o acesso as informações que são realmente importante. Um poderoso software de análise, como o JDSU FiberCable Software, auxilia esse trabalho reduzindo o tempo dedicado para análise de todos os dados. Figura 06 – Exemplos de relatório de Certificação gerados no software OFS-200 Fiber Cable da JDSU
  • 8. White Paper: Considerações sobre Cabling e teste em redes LAN de 10Gigabit Ethernet (10GigE) Conclusão A qualificação da infra-estrutura de cabos é essencial, ainda mais hoje em dia aonde as tecnologias exigem cada vez uma maior taxa de transmissão dados. É essencial encontrar instrumentos que possibilitem essa análise e qualificação, por exemplo, a plataforma da JDSU MTS-6000, configurada com um módulo OTDR, proporciona a qualificação de todos os parâmetros definidos por normas internacionais, medindo a atenuação óptica, a perda por retorno, o atraso de propagação e a polaridade e ainda pode possuir um microscópio óptico eletrônico intergado, se tornando assim um equipamento completo para qualificação e certificação de redes e sistemas que utilizem fibra óptica.