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Meia-idade: desenvolvimento físico e cognitivo.



                            Curso de Psicologia
                     Faculdade da Serra Gaúcha
        Profª. Ms. Viviane Medeiros Pasqualeto
“Quarenta anos é a velhice dos jovens; cinquenta anos é a
                                   juventude dos velhos.”
                                           (Victor Hugo)
A idade do povo brasileiro (Censo 2010)
A Meia-Idade:
 O termo “meia-idade” apareceu pela primeira vez nos
 dicionários em 1895 (Lachman, 2004), quando a
 expectativa de vida começou a se prolongar. Hoje a
 vida adulta intermediária é considerada uma fase
 distinta da vida, com suas próprias normas sociais,
 papéis, oportunidades e desafios.
 Até recentemente, a vida adulta intermediária era o
  período menos estudado do ciclo vital. A vida adulta
  média era um hiato relativamente sem ocorrências
  especiais entre as mudanças mais dramáticas do início
  da vida adulta e a velhice.
 Quando pessoas nascidas entre o final da década de 40
  e o início dos anos 60 começaram a ingressar e a
  atravessar a meia-idade, as pesquisas sobre esse
  período se ampliaram enormemente.
 A meia-idade pode ser um tempo não somente ou
  primariamente de declínio e perda, mas também de
  precisão, competência, e crescimento.
 O conceito de plasticidade sugere que aquilo que
  as pessoas fazem e o modo como vivem têm
  relação com a maneira como envelhecem
  (Heckhausen, 2001; Lackman, 2001, 2004; Staudinger
  & Bluck, 2001)
Quando começa a Meia-Idade?
 Não há um consenso sobre o início ou o fim da
  meia-idade ou sobre os eventos biológicos ou
  sociais específicos que demarcam suas fronteiras
  (Lackman, 2004; Staudinger & Bluck, 2001). Com os
  avanços na área da saúde e o aumento da expectativa
  de vida, os limites subjetivos da meia-idade estão se
  elevando.
 A meia idade pode ser definida não só pela idade
  (entre 40 e 65 anos), mas também pelo contexto.
Quando começa a Meia-Idade?
 Contexto Família: uma pessoa de meia-idade às vezes é
  descrita como alguém que tem filhos mais velhos e/ou
  pais idosos. Contudo, atualmente algumas pessoas
  com quarenta anos ou mais, ainda estão educando os
  filhos; pequenos e alguns adultos, de qualquer idade,
  não têm nenhum.
 Aspecto biológico: um homem de cinquenta anos que
  se exercita regurlamente provavelmente será
  biologicamente mais jovem do que um de quarenta
  anos cujo exercício mais árduo se resume a apertar o
  controle remoto.
Mudanças...
 envelhecimento,
 falecimento ou doença grave de parentes próximos mais idosos, o que
    leva a pensamentos sobre a própria morte;
    maior independência e liberdade sexual dos filhos adolescentes que
    conflitam com a autoridade e valores dos pais;
    reexame das escolhas mais antigas relativas à produtividade e à
    intimidade, reavaliando o equilíbrio entre o trabalho e a família,
    reexame do casamento, possibilidade de divórcio e segundo
    casamento;
   pais idosos mais fragilizados que necessitam dos cuidados de seus
    filhos de meia-idade.
   por estar entre a geração mais jovem (filhos) e mais avançada (pais
    idosos), essa geração é chamada “geração sanduíche” e espera-se que as
    pessoas de meia-idade ajudem tanto as gerações mais velhas como as
    mais novas da família.
Desenvolvimento Físico
 Transformações físicas
    Envelhecimento biológico
    Constituição genética
    Fatores comportamentais
    Estilo de vida
       Quanto mais usam, mais podem usar
         Pessoas que são ativas desde cedo – maior vigor

         Vidas sedentárias – menor tônus e energia
Desenvolvimento Físico
 Funcionamento Sensório e Psicomotor
    Problemas visuais
       Visão de perto (presbiopia), visão dinâmica, sensibilidade À luz,
        busca visual e velocidade de processamento da informação
   Problemas auditivos
     Perda auditiva gradual (presbiacusia)

   Tato
     Diminui sensibilidade ao tato após 45 anos
     Diminui sensibilidade à dor após 50 anos

   Olfato e gustação – redução da sensibilidade
   Força e coordenação – redução
     Destreza manual reduz
Desenvolvimento Físico
 Transformações estruturais e sistêmicas
    Aparência
        Pele – menos firme, flácida
        Cabelos – mais finos e grisalhos (devido à menor produção de melanina)
        Peso – aumenta
        Perda de massa óssea (porque o cálcio absorvido deixa de ser reposto) (se
         acelera a partir de 50, 60 anos) (2 x mais rápido nas mulheres)
        Articulações mais rígidas
        Em alguns casos: coração começa a bombear mais lentamente aos 65
         anos
        Capacidade vital (volume máximo de ar que os pulmões são capazes de
         inspirar e expelir) – reduz a partir dos 40 anos
        Controle de temperatura e respostas imunológicas enfraquecem
        Sono menos profundo
Desenvolvimento Físico
 Funcionamento da sexualidade e da reprodução
    Redução na capacidade reprodutiva
    Prazer = pode continuar por toda a vida


   Menopausa: mulher pára permanentemente de ovular e de
    menstruar
       Ocorre um ano após o último ciclo menstrual
       Em média por volta dos 50 anos
       Climatério (ou perimenopausa) = período de 3 a 5 anos antes da
        menopausa
       Surtos de calor, secura vaginal, disfunção urinária
       Homens não têm nenhuma experiência comparável com a
        menopausa
Desenvolvimento Físico
 Atividade sexual
    Redução na frequência                Mulheres :
    Redução na satisfação                disfunção
                                            sexual
       Disfunções sexuais                decresce
         Desinteresse

         Dor

         Dificuldade de excitação

         Dificuldade de orgasmo            Homens :
                                            disfunção
         Ejaculação precoce
                                          sexual cresce
         Ansiedade

         Disfunção erétil (impotência)
Desenvolvimento Cognitivo
 Pensamento maduro – forma especial de inteligência
 Inteligência cristalizada = com as experiências, o
 processamento de informações e as habilidades fluidas
 ficam encapsuladas, facilitando o seu acesso, sua
 expansão e sua utilização.
   Desse modo, embora as pessoas de meia-idade possam
    demandar mais tempo do que as jovens para processar
    novas informações, ao resolverem problemas de suas
    próprias áreas de atuação elas compensam ainda mais
    com o julgamento desenvolvido a partir das
    experiências.
Desenvolvimento Cognitivo
 Pensamento pós-formal
    Natureza integrativa
       Adultos maduros integram o lógico com a intuição e a emoção,
        fatos com ideias conflitantes e novas informações com as que já
        possuem.
Desenvolvimento Cognitivo
 Trabalho e desenvolvimento cognitivo
                    Use ou Perca

                 Estimular a mente




           Manter-se mentalmente ativo
Desenvolvimento Cognitivo
 O aprendiz maduro

   Os estudantes de meia-idade têm suas próprias
   motivações, metas, tarefas de desenvolvimento e
   experiências

      A mente continua a se desenvolver durante a vida
                                              adulta.

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Vida adulta intermediária

  • 1. Meia-idade: desenvolvimento físico e cognitivo. Curso de Psicologia Faculdade da Serra Gaúcha Profª. Ms. Viviane Medeiros Pasqualeto
  • 2. “Quarenta anos é a velhice dos jovens; cinquenta anos é a juventude dos velhos.” (Victor Hugo)
  • 3.
  • 4. A idade do povo brasileiro (Censo 2010)
  • 5. A Meia-Idade:  O termo “meia-idade” apareceu pela primeira vez nos dicionários em 1895 (Lachman, 2004), quando a expectativa de vida começou a se prolongar. Hoje a vida adulta intermediária é considerada uma fase distinta da vida, com suas próprias normas sociais, papéis, oportunidades e desafios.
  • 6.  Até recentemente, a vida adulta intermediária era o período menos estudado do ciclo vital. A vida adulta média era um hiato relativamente sem ocorrências especiais entre as mudanças mais dramáticas do início da vida adulta e a velhice.  Quando pessoas nascidas entre o final da década de 40 e o início dos anos 60 começaram a ingressar e a atravessar a meia-idade, as pesquisas sobre esse período se ampliaram enormemente.
  • 7.  A meia-idade pode ser um tempo não somente ou primariamente de declínio e perda, mas também de precisão, competência, e crescimento.  O conceito de plasticidade sugere que aquilo que as pessoas fazem e o modo como vivem têm relação com a maneira como envelhecem (Heckhausen, 2001; Lackman, 2001, 2004; Staudinger & Bluck, 2001)
  • 8. Quando começa a Meia-Idade?  Não há um consenso sobre o início ou o fim da meia-idade ou sobre os eventos biológicos ou sociais específicos que demarcam suas fronteiras (Lackman, 2004; Staudinger & Bluck, 2001). Com os avanços na área da saúde e o aumento da expectativa de vida, os limites subjetivos da meia-idade estão se elevando.  A meia idade pode ser definida não só pela idade (entre 40 e 65 anos), mas também pelo contexto.
  • 9. Quando começa a Meia-Idade?  Contexto Família: uma pessoa de meia-idade às vezes é descrita como alguém que tem filhos mais velhos e/ou pais idosos. Contudo, atualmente algumas pessoas com quarenta anos ou mais, ainda estão educando os filhos; pequenos e alguns adultos, de qualquer idade, não têm nenhum.  Aspecto biológico: um homem de cinquenta anos que se exercita regurlamente provavelmente será biologicamente mais jovem do que um de quarenta anos cujo exercício mais árduo se resume a apertar o controle remoto.
  • 10. Mudanças...  envelhecimento,  falecimento ou doença grave de parentes próximos mais idosos, o que leva a pensamentos sobre a própria morte;  maior independência e liberdade sexual dos filhos adolescentes que conflitam com a autoridade e valores dos pais;  reexame das escolhas mais antigas relativas à produtividade e à intimidade, reavaliando o equilíbrio entre o trabalho e a família,  reexame do casamento, possibilidade de divórcio e segundo casamento;  pais idosos mais fragilizados que necessitam dos cuidados de seus filhos de meia-idade.  por estar entre a geração mais jovem (filhos) e mais avançada (pais idosos), essa geração é chamada “geração sanduíche” e espera-se que as pessoas de meia-idade ajudem tanto as gerações mais velhas como as mais novas da família.
  • 11. Desenvolvimento Físico  Transformações físicas  Envelhecimento biológico  Constituição genética  Fatores comportamentais  Estilo de vida  Quanto mais usam, mais podem usar  Pessoas que são ativas desde cedo – maior vigor  Vidas sedentárias – menor tônus e energia
  • 12. Desenvolvimento Físico  Funcionamento Sensório e Psicomotor  Problemas visuais  Visão de perto (presbiopia), visão dinâmica, sensibilidade À luz, busca visual e velocidade de processamento da informação  Problemas auditivos  Perda auditiva gradual (presbiacusia)  Tato  Diminui sensibilidade ao tato após 45 anos  Diminui sensibilidade à dor após 50 anos  Olfato e gustação – redução da sensibilidade  Força e coordenação – redução  Destreza manual reduz
  • 13. Desenvolvimento Físico  Transformações estruturais e sistêmicas  Aparência  Pele – menos firme, flácida  Cabelos – mais finos e grisalhos (devido à menor produção de melanina)  Peso – aumenta  Perda de massa óssea (porque o cálcio absorvido deixa de ser reposto) (se acelera a partir de 50, 60 anos) (2 x mais rápido nas mulheres)  Articulações mais rígidas  Em alguns casos: coração começa a bombear mais lentamente aos 65 anos  Capacidade vital (volume máximo de ar que os pulmões são capazes de inspirar e expelir) – reduz a partir dos 40 anos  Controle de temperatura e respostas imunológicas enfraquecem  Sono menos profundo
  • 14. Desenvolvimento Físico  Funcionamento da sexualidade e da reprodução  Redução na capacidade reprodutiva  Prazer = pode continuar por toda a vida  Menopausa: mulher pára permanentemente de ovular e de menstruar  Ocorre um ano após o último ciclo menstrual  Em média por volta dos 50 anos  Climatério (ou perimenopausa) = período de 3 a 5 anos antes da menopausa  Surtos de calor, secura vaginal, disfunção urinária  Homens não têm nenhuma experiência comparável com a menopausa
  • 15. Desenvolvimento Físico  Atividade sexual  Redução na frequência Mulheres :  Redução na satisfação disfunção sexual  Disfunções sexuais decresce  Desinteresse  Dor  Dificuldade de excitação  Dificuldade de orgasmo Homens : disfunção  Ejaculação precoce sexual cresce  Ansiedade  Disfunção erétil (impotência)
  • 16. Desenvolvimento Cognitivo  Pensamento maduro – forma especial de inteligência  Inteligência cristalizada = com as experiências, o processamento de informações e as habilidades fluidas ficam encapsuladas, facilitando o seu acesso, sua expansão e sua utilização.  Desse modo, embora as pessoas de meia-idade possam demandar mais tempo do que as jovens para processar novas informações, ao resolverem problemas de suas próprias áreas de atuação elas compensam ainda mais com o julgamento desenvolvido a partir das experiências.
  • 17. Desenvolvimento Cognitivo  Pensamento pós-formal  Natureza integrativa  Adultos maduros integram o lógico com a intuição e a emoção, fatos com ideias conflitantes e novas informações com as que já possuem.
  • 18. Desenvolvimento Cognitivo  Trabalho e desenvolvimento cognitivo Use ou Perca Estimular a mente Manter-se mentalmente ativo
  • 19. Desenvolvimento Cognitivo  O aprendiz maduro  Os estudantes de meia-idade têm suas próprias motivações, metas, tarefas de desenvolvimento e experiências A mente continua a se desenvolver durante a vida adulta.