A clínica analítico-comportamental
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  1. A Clínica Analítico-Comportamental Em que consiste o trabalho de um analista do comportamento na clínica? Como um psicólogo clínico pode auxiliar no processo de promoção de saúde emocional e qualidade de vida? Isso funciona mesmo? É só uma conversa? Diante de que tipo de “problema” esse profissional pode intervir de forma a alterar as consequências que alguns processos podem ter na saúde de uma pessoa? Ele só atende “louco”? Essas são algumas perguntas que, corriqueiramente, as pessoas tendem a apresentar a respeito do meu trabalho. Como profissional dessa área, deparo-me com tal realidade e faço enfrentamentos cotidianos para produzir a “desmistificação” do trabalho do psicólogo quanto à promoção de “saúde mental”. Acredita-se, de certa forma, que os clientes sejam apenas pessoas que já desenvolveram algum tipo de transtorno psiquiátrico. Não! O psicólogo clínico é habilitado a atender uma variedade significativa de demandas relacionadas ao comportamento humano. Aeficáciadapsicoterapiaéumadescobertajáestabelecidacombaseemdiferentes dados de pesquisas e, crescentemente, investigada na ciência. Existem psicólogos clínicos orientados por diferentes abordagens psicológicas, o que corresponde a diferentes visões do ser humano e dos métodos de intervenção. Essencialmente, o processo psicoterapêutico sob orientação analítico-comportamental fundamenta- se nos conhecimentos científicos da Análise do Comportamento, nos dados de pesquisas de áreas afins e na experiência clínica do terapeuta. A partir da ideia de que o comportamento é multideterminado e sujeito a mudanças, entende-se que essa prática profissional pode interferir nas condições de vida de uma pessoa e, consequentemente, em sua saúde, prevenindo ou “tratando doenças”. A relação terapêutica consiste na construção de uma relação interpessoal intensa e “curativa” entre o terapeuta e o cliente. Tem como finalidade estimular o crescimento do indivíduo e alterar a maneira como ele interage no mundo e consigo mesmo. O psicólogo observa o cliente como um todo: diante do relato verbal, busca identificar a forma e a função como ele o faz, bem como as respostas corporais que o acompanham (expressões faciais, “postura” e etc.), considerando a história de vida dele e o contexto atual no qual está inserido. O terapeuta deve, ainda, fornecer um ambiente acolhedor, livre de julgamentos e confiável, com o objetivo de que o cliente se sinta à vontade para expressar suas queixas, seus sentimentos e pensamentos. Será que mudar interações não seria pertinente a quaisquer pessoas que estejam apresentando algum tipo de sofrimento? Quem não passa por situações difíceis que podem influenciar a própria saúde e nas quais uma ajuda profissional seria recomendada? A Psicologia entende que vivenciar essas experiências é algo inerente ao ser humano e à vida. Vale a pena romper as barreiras do preconceito e da falta de aceitação de que somos vulneráveis, de que a psicoterapia é uma prática profissional e científica (não se trata de “crença”) e de que as pessoas que vão aos consultórios psicológicos, na verdade, são, também, pessoas comuns que podem “adoecer”, caso não se engajem em processos de mudança. Referências Borges, N. B. et al. (2012). Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed. Kohlenberg, R. J., & Tsai, M. (2001). Psicoterapia analítica funcional: criando relações terapêuticas intensas e curativas. Santo André: ESETec.