2. DEFINIÇÃO
É o estudo das interações dos seres vivos entre
si e com o meio ambiente.
A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos"
que significa casa e "logia", estudo, reflexão.
Logo, seria o estudo da casa, ou de forma mais
genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista
alemão Ernst Haeckel, em 1869, quem primeiro
usou este termo para designar a parte da
biologia que estuda as relações entre os seres
vivos e o meio ambiente em que vive, além da
distribuição e abundância dos seres vivos no
planeta.
3. Conceitos de Ecologia
• Espécie é o conjunto de populações
naturais semelhantes qeu, ao cruzarem
entre si, produzem descendentes férteis.
• População conjunto de indivíduos da
mesma espécie em determinada área.
• Comunidade ou biocenose conjunto de
populações que vive numa mesma área
geográfica.
4. • Ecossistema ou sistema ecológico é o
conjunto de interações, formado pelo ambiente
físico (fatores abióticos – solo, água, ar,
temperatura, salinidade e pressão) e a
comunidade (fatores bióticos – seres vivos).
• Biosfera é o conjunto de todos os
ecossistemas, ou seja, toda área do planeta
habitada pelos seres vivos. Corresponde às
profundezas subquáticas, passando pela
superfície terrestre até mais ou menos 8 Km de
altura atmosférica.
5. • Habitat é o lugar específico onde uma
espécie pode ser encontrada,
corresponde ao “endereço” do indivíduo.
• Nicho ecológico é a função executada
pelo organismo dentro do ecossistema,
corresponde à profissão do indivíduo.
7. ECÓTONO
É a região de transição entre duas
comunidades ou entre dois ecossistemas.
Na área de transição (ecótono) vamos
encontrar grande número de espécies e,
por conseguinte, grande número de
nichos ecológicos.
Exemplo: Matas de cocais - mata
de transição entre o Bioma Amazônico e a
Caatinga.
9. Ecossistema terrestre:
FLORA
• Produtores Formado por todos os componentes
fotossintetizantes, os quais produzem seu próprio alimento (autótrofos)
tais como gramíneas, ervas rasteiras, liquens, arbustos, trepadeiras e
árvores;
FAUNA
• Consumidores primários São todos os herbívoros, que no caso
dos ecossistemas terrestres tratam-se de insetos, roedores, aves e
ruminantes;
• Consumidores Secundários Alimentam-se diretamente dos
consumidores primários (herbívoros). São formados principalmente por
carnívoros de pequeno porte;
• Consumidores terciários Tratam-se de consumidores de porte
maior que alimentam-se dos consumidores secundários;
• Decompositores Aqui também como no caso dos ecossistemas
aquáticos, esta categoria não pertence nem a fauna e nem a flora e
sendo composta por fungos e bactérias.
10. Ecossistema aquático:
FLORA
• PRODUTORES Composto pelas plantas da margem e do
fundo da lagoa e por algas microscópicas, as quais são as
maiores responsáveis pela oxigenação do ambiente aquático
e terrestre; à esta categoria formada pelas algas
microscópicas chamamos fitoplâncton.
FAUNA
• CONSUMIDORES PRIMÁRIOS Composto por pequenos
animais flutuantes (chamados Zooplâncton), caramujos e
peixes herbívoros, todos se alimentado diretamente dos
vegetais.
• CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS São aqueles que alimentam-se
do nível anterior, ou seja, peixes carnívoros, insetos, cágados, etc.
• CONSUMIDORES TERCIÁRIOS As aves aquáticas são o principal
componente desta categoria, alimentando-se dos consumidores
secundários.
• DECOMPOSITORES Esta categoria não pertence nem a fauna e nem
a flora, alimentando-se no entanto dos restos destes, e sendo composta
por fungos e bactérias.
11. Cadeias alimentares: o que são?
A matéria está constantemente ciclando dentro de
um ecossistema, ou dito de outra forma, o que os seres
vivos retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido
assim desde do início da existência da vida da terra, até
os dias de hoje. Trata-se de um ciclo eterno.
Além da matéria, a energia também passa por
todos os componentes de um ecossistema, só que, no
entanto, enquanto a matéria circula, a energia flui, o que
significa que a energia não retorna ao ecossistema
como a matéria como iremos ver na próxima seção.
Como podemos notar, os ecossistemas possuem
uma constante passagem de matéria e energia de um
nível para outro até chegar nos decompositores, os
quais reciclam parte da matéria total utilizada neste
fluxo. A este percurso de matéria e energia que se inicia
sempre por um produtor e termina em um decompositor,
chamamos de cadeia alimentar.
12. Componentes de uma cadeia alimentar Obrigatoriamente, para
existir uma cadeia alimentar devem estar presentes os produtores e
os decompositores. Entretanto não é isso o que acontece na
realidade, pois outros componentes estão presentes.
Desta forma a melhor maneira de se estudar uma cadeia
alimentar, é através do conhecimento dos seus componentes, ou
seja, toda a parte viva (fatores bióticos) que a compõe. Os
componentes de todas as cadeias de uma forma geral podem ser
enquadrados dentro das seguintes categorias:
Produtores - são todos os seres que fabricam o seu próprio
alimento, através da fotossíntese, sendo neste caso as plantas,
sejam elas terrestres ou aquáticas;
Animais (Consumidores) - os animais obtem sua energia e
alimentos comendo plantas ou outros animais, pois não realizam
fotossíntese, sendo, portanto incapazes de fabricarem seu próprio
alimento;
Decompositores - apesar da sua importância, os
decompositores nem sempre são muito fáceis de serem
observados em um ecossistema, pois sendo a maioria formada por
seres microscópicos, a constatação da sua presença não é uma
tarefa tão fácil.
13. Detalhe de dois cogumelos na
serrapilheira (camada de folhas em
decomposição) no solo de uma floresta.
Os cogumelos são um exemplo das
centenas de fungos diferentes que atuam
como decompositores.
14. • Para um ambiente aquático, podemos
exemplificar com a seguinte cadeia.
algas caramujos peixes
carnívoros aves aquáticas
decompositores
• Por outro lado, se considerarmos um
ecossistema terrestre, poderíamos exemplificar
com a seguinte cadeia em um ambiente de
floresta:
Folhas de uma árvore gafanhoto ave
jaguatirica decompositores.
15. • Teia alimentar, representa uma
verdadeira situação encontrada em um
ecossistema, ou seja, várias cadeias
interligadas ocorrendo simultaneamente.
Os esquemas abaixo exemplificam
melhor este conceito de teias alimentares:
17. • Relação entre número de organismos e
tamanho corpóreo em cada nível trófico
de uma cadeia alimentar.
Consumidores II
Consumidores I
Produtores
18. • Pirâmides Ecológicas
As relações ecológicas entre seres
vivos podem ser representadas
graficamente através da construção uma
das chamadas pirâmides ecológicas.
Essas pirâmides representam as
variações de massa, número e energia
dentro de um ecossistema.
19. • Pirâmide de energia.
Expressa a quantidade de energia
acumulada em cada nível da cadeia
alimentar. Como a energia apresenta um
fluxo decrescente, quanto mais distante
dos produtores, menor será a quantidade
de energia útil recebida.
20. CII - criança 8,3 kcal
CI - bezerro 1.190 kcal
P - alfafa 14.900 kcal
21. • Pirâmide de Biomassa
Expressa a quantidade de biomassa, matéria viva
acumulada em cada nível trófico da cadeia alimentar.
É representada pelo peso seco consumido numa cadeia
alimentar e expressa a quantidade de matéria orgânica
por área. É de forma direta nos ecossistemas terrestres
que tem produtores com biomassa muito maior que os
consumidores.
Porém, é invertida em ecossistemas aquáticos onde os
produtores são bem menores e consumidos em grande
quantidade por consumidores cada vez maiores.
Este tipo de ecossistema só pode existir devido ao alto
grau de reprodução que é feito pelos produtores
representados ali geralmente pelo fitoplâncton.
23. CII - homem 80kg
CI - bezerro 250kg
P - feno 1T
PIRÂMIDE DE BIOMASSA
24. • Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema
encontram-se várias formas de interações entre os
seres vivos que as formam, denominadas relações
ecológicas ou intera(c)ções biológicas. Essas relações se
diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos
vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se
caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos,
ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas
relações são denominadas harmônicas ou positivas.
• Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo
de um de seus participantes em benefício do outro. Esses
tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou
negativas.
• Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem
ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de
espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre
organismos da mesma espécie, são denominadas relações
intra-específicas ou homotípicas. Quando as relações
acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem
o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
25. • Pirâmide de números
• Demonstra o número de indivíduos
que existe em cada nível trófico.
Dependendo do tipo de ecossistema a
pirâmide de números pode ser direta ou
invertida. Podemos ter três tipos básicos
de cadeias alimentares a de predadores
que promoverá pirâmides diretas, a de
parasitas e super parasitas que dará
pirâmides invertidas e a de detritívoros
que dará pirâmides diretas.
27. C II - 30 sapos
C I- 700 gafanhotos
P - 5.000 plantas
CII - 20 pássaros
CI – 700 lagartas
P - 1 árvore
PIRÂMIDES DE NÚMEROS
28. RELAÇÕES ECOLÓGICAS
• Na natureza, nenhuma espécie é totalmente independente em
relação aos demais componentes de uma comunidade. Essas
relações, entretanto, são classificadas da seguinte maneira.
• RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICA - compreende as relações
estabelecidas entre indivíduos pertencentes à mesma
espécies;
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS - compreende as relações
estabelecidas entre indivíduos pertencentes a espécies
diferentes;
RELAÇÕES HARMÔNICAS OU POSITIVAS - compreende as
relações nas quais não se verifica nenhum tipo de prejuízo
entre os organismos associados;
RELAÇÕES DESARMÔNICAS OU NEGATIVAS - neste caso
pelo menos uma espécie é prejudicada.
30. RELAÇÕES ECOLÓGICAS
• Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se
várias formas de interações entre os seres vivos que as formam,
denominadas relações ecológicas ou intera(c)ções biológicas.
Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os
organismos vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se
caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de
apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são
denominadas harmônicas ou positivas.
• Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de
um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de
relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas.
• Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem
ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de
espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre
organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-
específicas ou homotípicas. Quando as relações acontecem entre
organismos de espécies diferentes, recebem o nome de
interespecíficas ou heterotípicas.
31. • Relações Intra-específicas Harmônicas
Sociedades
• As sociedades são associações entre
indivíduos da mesma espécie,
organizados de um modo cooperativo e
não ligados anatomicamente. Os
indivíduos componentes de uma
sociedade, denominados sociais, se
mantêm unidos graças aos estímulos
recíprocos. São exemplos de sociedades
as abelhas, os cupins e as formigas.
33. Colônias
• Colônias são associações harmônicas entre indivíduos de uma
mesma espécie, anatomicamente ligados, que em geral perderam a
capacidade de viver isoladamente. A separação de um indivíduo da
colônia determina a sua morte.
Quando as colônias são constituídas por organismos que
apresentam a mesma forma, não ocorre divisão de trabalho. Todos
os indivíduos são iguais e executam todas as funções vitais. Essas
colônias são denominadas isomorfas. Como exemplo, podem ser
citadas as colônias de corais (celenterados), de crustáceos do
gênero Balanus (as cracas), de certos protozoários, bactérias, entre
outros.
Quando as colônias são formadas por indivíduos com formas e
funções distintas, ocorre uma divisão de trabalho. Essas colônias
são denominadas heteromorfas. Um ótimo exemplo é o celenterado
da espécie Phisalia caravela, popularmente conhecida por
“caravelas”. Elas formam colônias com indivíduos especializados na
proteção e defesa (os dactilozóides), na reprodução (os
gonozóides), na natação (os nectozóides), na flutuação (os
pneumozóides), e na alimentação (os gastrozóides).
35. • Relações Intra-específicas Desarmônicas
Canibalismo
Canibalismo é uma relação estabelecida por
seres de uma espécie que comem outros seres
de sua própria espécie. Em situação de
completa falta de alimento, por exemplo, ratos
podem comer seus próprios filhotes.
Outro exemplo é o da aranha popularmente
conhecida como viúva-negra, que logo após o
acasalamento, devora o macho.Também
podemos pegar o louva-deus que depois de se
acasalar com a sua fêmea ela devora a cabeça
dele em um ritual canibalistico.
36. • Fêmea de aranha-caranguejeira devorando o
macho com quem acasalou. Figura copiada
do livro "Ciência & sociedade: a aventura do
corpo, a aventura da vida, a aventura da
tecnologia".
37. • Relações Interespecíficas Harmônicas
Mutualismo
O mutualismo é uma relação entre indivíduos de
espécies diferentes, onde as duas espécies envolvidas
são beneficiadas e a associação é necessária para a
sobrevivência de ambas. Um bom exemplo desta
relação é a associação de algas e fungos formando os
liquens. Outro exemplo é a relação entre os cupins e os
protozoários. Os cupins, ao comerem a madeira, não
conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino
vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os
protozoários, ao digerirem a celulose, permitem que os
cupins aproveitem essa substância como alimento.
Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta de
alimentos e como “residência” para os protozoários.
39. • Protocooperação
Na protocooperação, embora as duas espécies
envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de
modo independente, sem que isso as prejudique.
Um dos mais conhecidos exemplos de
protocooperação é a associação entre a
anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo
semelhante ao caranguejo, também conhecido
como bernardo-eremita ou ermitão. O paguro tem o
corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas
abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha,
costumam instalar-se uma ou mais anêmonas-do-
mar (actínias). Dessa união, surge o benefício
mútuo: a anêmona possui células urticantes, que
afugentam os predadores do paguro, e este, ao se
deslocar, possibilita à anêmona uma melhor
exploração do espaço, em busca de alimento.
40. Outro exemplo é o de alguns animais
que promovem a dispersão de sementes
de plantas, comendo seus frutos e
evacuando suas sementes em local
distante, e a ação de insetos que
procuram o néctar das flores e
contribuem involuntariamente para a
polinização das plantas.
Há também a relação entre o anu e os
bovinos, onde o anu, uma ave, se
alimenta de carrapatos existentes na
pele dos bovinos, livrando-os de
indesejáveis parasitas.
Um outro exemplo também é o passáro-
palito e o jacaré...O jacaré abre a sua
boca e o passaro-palito entra dentro
dela, mais não é devorado por que se ele
for devorado o jacare ficara com os
dentes podres e nao podera mais comer
outros animais, ao mesmo tempo que o
pássaro-palito ajuda o jacaré limpando
os seus dentes ele se alimenta com o
resto de comida que há dentro da boca e
dos dentes do jacaré assim os dois se
beneficiam de algum modo.
41. • Inquilinismo
O inquilinismo é um tipo de associação em que
apenas um dos participantes se beneficia, sem, no
entanto, causar qualquer prejuízo ao outro. Nesse
caso, a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda,
suporte no corpo da espécie hospedeira, e é
chamada de inquilino. Um exemplo típico é a
associação entre orquídeas e árvores. Vivendo no
alto das árvores, que lhe servem de suporte, as
orquídeas encontram condições ideais de
luminosidade para o seu desenvolvimento, e a
árvore não é prejudicada. Outro exemplo é o do
fierasfer, um pequeno peixe que vive dentro do
corpo do pepino-do-mar (Holoturia). Para alimentar-
se, o fierasfer sai do pepino-do-mar e depois volta.
Assim, o peixe encontra proteção no corpo do
pepino-do-mar, o qual, por sua vez, não recebe
benefício nem sofre desvantagem.
42. • Comensalismo
O comensalismo é a associação entre indivíduos de
espécies diferentes na qual um deles aproveita os
restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O
animal que aproveita os restos alimentares é
denominado comensal. Exemplo de comensalismo
muito citado é o que ocorre entre a rêmora e o
tubarão. A rêmora ou peixe-piolho é um peixe ósseo
que apresenta a nadadeira dorsal transformada em
ventosa, com a qual se fixa ao corpo do tubarão. A
rêmora além de ser transportada pelo tubarão,
aproveita os restos de sua alimentação. O tubarão
não é prejudicado, pois o peso da rêmora é
insignificante. Os alimentos ingeridos pela rêmora
correspondem aos desprezados pelo tubarão. Um
outro exemplo é o das hienas, que se aproveitam de
restos deixados pelo leão.
43. Relações Interespecíficas Desarmônicas
• Amensalismo ou Antibiose
O amensalismo ou antibiose consiste numa relação
desarmônica em que indivíduos de uma população secretam
substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de
indivíduos de populações de outras espécies.
É o caso bem conhecido dos antibióticos, que, produzidos
por fungos, impedem a multiplicação das bactérias. Esses
antibióticos são largamente utilizados pela medicina, no
combate às infecções bacterianas. O mais antigo antibiótico
que se conhece é a penicilina, substância produzida pelo fungo
Penicillium notatum.
Outro caso de amensalismo é conhecido por maré
vermelha. Sob determinadas condições ambientais, certas
algas marinhas microscópicas, do grupo dos dinoflagelados,
produtores de substâncias altamente tóxicas, apresentam
intensa proliferação, formando enormes manchas vermelhas
no oceano. Por essa razão, a concentração dessas substâncias
tóxicas aumenta, provocando grande mortalidade de animais
marinhos.
44. • Predatismo
Predatismo ou predação é uma
relação desarmônica em que um
animal captura e mata um indivíduo
de outra espécie, para alimentar-se.
Todos os carnívoros são animais
predadores. É o que acontece com o
leão, o lobo, o tigre, a onça, que
caçam veados, zebras e tantos
outros animais.
O predador pode atacar e devorar
também plantas, como acontece com
o gafanhoto, que, em bandos, devora
rapidamente toda uma plantação.
Nos casos em que a espécie predada
é vegetal, costuma-se dar ao
predatismo o nome de herbivorismo.
Raros são os casos em que o
predador é uma planta. As plantas
carnívoras, no entanto, são
excelentes exemplos, pois
aprisionam e digerem principalmente
insetos.
46. • Algumas espécies desenvolveram adaptações para
se defenderem ao predatismo:
Mimetismo é uma forma de adaptação que muitas espécies se
tornam semelhantes a outras, disso obtendo algumas vantagens.
Ex.: a cobra falsa-coral é confundida com a coral-verdadeira, muito
temida, e, graças a isso, não é importunada pela maioria das outras
espécies.
Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual
uma espécie procura confundir suas vítimas ou seus agressores
revelando cor(es) e/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do
ambiente. Ex.: o louva-a-deus, que é um poderoso predador, se
assemelha a folhas; o bicho-pau assemelha-se a galhos,
confundindo seus predadores.
Aposematismo trata-se de espécies que exibem cores de
advertência, cores vivas e marcantes para afastar seus possíveis
predadores, que já a reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos
venenos que possui. Ex.: muitas rãs apresentam cores vivas que
indicam veneno ou gosto ruim.
48. • Parasitismo
Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de
espécies diferentes, em que um deles, denominado parasita, vive
no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira
alimentos.
Embora os parasitas possam causar a morte dos
hospedeiros, de modo geral trazem-lhe apenas prejuízos.
Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas
podem ser classificados em ectoparasitas (externos) e
endoparasitas (internos).
Os exemplos mais comuns de ectoparasitas são os piolhos,
os carrapatos, o cravo da pele, o bicho-de-pé e o bicho da sarna,
além de outros. Como exemplos de endoparasitas, há o plasmódio
e o tripanossomo, protozoários causadores, respectivamente, da
malária e da doença de Chagas. São exemplos, também, os vírus,
causadores de várias doenças, desde a gripe até a febre amarela e
a AIDS.
50. Relações Intra-específicas e Interespecíficas
Desarmônicas
• Competição
A competição compreende a interação ecológica
em que indivíduos da mesma espécie ou de espécies
diferentes disputam alguma coisa, como alimento,
território, luminosidade, entre outros. Logo, a
competição pode ser intra-específica ou interespecífica.
Em ambos os casos, esse tipo de interação favorece um
processo seletivo que culmina, geralmente, com a
preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao
meio ambiente, e com a extinção de indivíduos com
baixo poder adaptativo. Assim, a competição constitui
um fator regulador da densidade populacional,
contribuindo para evitar a superpopulação das espécies.
52. • Colônias: Agrupamento de indivíduos da
mesma espécie que revelam um grau de
interdependência e se mostram ligados uns aos
outros, sendo impossível a vida quando isolados
do conjunto, podendo ou não ocorrer divisão do
trabalho. São relações intra-específicas
harmônicas.Indivíduos associados e unidos por
um substrato comum.Pequeno grau de
liberdade e profunda interdependência
fisiológica. EX:Como um bom exemplo,temos as
bactérias.Elas se instalam em um
organismo,assim elas vivem,sem essa
associação muitas bactérias não sobreviveriam.
53. Controle Biológico
• Controle biológico é um processo natural de regulação
populacional através de inimigos naturais. A utilização
de inimigos naturais para o controle de populações de
pragas propiciou o surgimento do CONTROLE
BIOLÓGICO APLICADO como uma biotecnologia
baseada na utilização de recursos genéticos
microbianos, insetos predadores e parasitóides, assim
como os semioquímicos, substâncias utilizadas na
comunicação intra e inter-específica (planta-inseto,
inseto-inseto). A utilização de agentes de controle
biológico e semioquímicos se insere no agronegócio
através do controle natural de pragas e doenças de
plantas, em substituição ou complementação aos
pesticidas químicos no manejo integrado de pragas. Seu
uso melhora aumenta a qualidade do produto agrícola e
reduz a poluição do meio ambiente contribuindo para a
preservação dos recursos naturais e aumentando a
sustentabilidade dos agroecossistemas.