SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 54
ECOLOGIA
DEFINIÇÃO
É o estudo das interações dos seres vivos entre
            si e com o meio ambiente.
A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos"
  que significa casa e "logia", estudo, reflexão.
Logo, seria o estudo da casa, ou de forma mais
 genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista
alemão Ernst Haeckel, em 1869, quem primeiro
    usou este termo para designar a parte da
 biologia que estuda as relações entre os seres
 vivos e o meio ambiente em que vive, além da
  distribuição e abundância dos seres vivos no
                     planeta.
Conceitos de Ecologia
• Espécie  é o conjunto de populações
  naturais semelhantes qeu, ao cruzarem
  entre si, produzem descendentes férteis.
• População  conjunto de indivíduos da
  mesma espécie em determinada área.
• Comunidade ou biocenose  conjunto de
  populações que vive numa mesma área
  geográfica.
• Ecossistema ou sistema ecológico  é o
  conjunto de interações, formado pelo ambiente
  físico (fatores abióticos – solo, água, ar,
  temperatura, salinidade e pressão) e a
  comunidade (fatores bióticos – seres vivos).




• Biosfera  é o conjunto de todos os
  ecossistemas, ou seja, toda área do planeta
  habitada pelos seres vivos. Corresponde às
  profundezas subquáticas, passando pela
  superfície terrestre até mais ou menos 8 Km de
  altura atmosférica.
• Habitat  é o lugar específico onde uma
  espécie pode ser encontrada,
  corresponde ao “endereço” do indivíduo.




• Nicho ecológico  é a função executada
  pelo organismo dentro do ecossistema,
  corresponde à profissão do indivíduo.
Duas espécies de liquens coabitando a
mesma rocha.
ECÓTONO

       É a região de transição entre duas
comunidades ou entre dois ecossistemas.
Na área de transição (ecótono) vamos
encontrar grande número de espécies e,
por conseguinte, grande número de
nichos ecológicos.
       Exemplo: Matas de cocais - mata
de transição entre o Bioma Amazônico e a
Caatinga.
ECOSSISTEMA TERRESTRE
Vegetação do maciço Ruwenzori,
em Uganda.
Ecossistema terrestre:
  FLORA
• Produtores  Formado por todos os componentes
  fotossintetizantes, os quais produzem seu próprio alimento (autótrofos)
  tais como gramíneas, ervas rasteiras, liquens, arbustos, trepadeiras e
  árvores;

  FAUNA
• Consumidores primários  São todos os herbívoros, que no caso
  dos ecossistemas terrestres tratam-se de insetos, roedores, aves e
  ruminantes;
• Consumidores Secundários  Alimentam-se diretamente dos
  consumidores primários (herbívoros). São formados principalmente por
  carnívoros de pequeno porte;
• Consumidores terciários  Tratam-se de consumidores de porte
  maior que alimentam-se dos consumidores secundários;
• Decompositores  Aqui também como no caso dos ecossistemas
  aquáticos, esta categoria não pertence nem a fauna e nem a flora e
  sendo composta por fungos e bactérias.
Ecossistema aquático:
  FLORA
• PRODUTORES  Composto pelas plantas da margem e do
  fundo da lagoa e por algas microscópicas, as quais são as
  maiores responsáveis pela oxigenação do ambiente aquático
  e terrestre; à esta categoria formada pelas algas
  microscópicas chamamos fitoplâncton.
  FAUNA
• CONSUMIDORES PRIMÁRIOS  Composto por pequenos
  animais flutuantes (chamados Zooplâncton), caramujos e
  peixes herbívoros, todos se alimentado diretamente dos
  vegetais.
•   CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS  São aqueles que alimentam-se
    do nível anterior, ou seja, peixes carnívoros, insetos, cágados, etc.
•   CONSUMIDORES TERCIÁRIOS  As aves aquáticas são o principal
    componente desta categoria, alimentando-se dos consumidores
    secundários.
•   DECOMPOSITORES  Esta categoria não pertence nem a fauna e nem
    a flora, alimentando-se no entanto dos restos destes, e sendo composta
    por fungos e bactérias.
Cadeias alimentares: o que são?
       A matéria está constantemente ciclando dentro de
um ecossistema, ou dito de outra forma, o que os seres
vivos retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido
assim desde do início da existência da vida da terra, até
os dias de hoje. Trata-se de um ciclo eterno.
       Além da matéria, a energia também passa por
todos os componentes de um ecossistema, só que, no
entanto, enquanto a matéria circula, a energia flui, o que
significa que a energia não retorna ao ecossistema
como a matéria como iremos ver na próxima seção.
       Como podemos notar, os ecossistemas possuem
uma constante passagem de matéria e energia de um
nível para outro até chegar nos decompositores, os
quais reciclam parte da matéria total utilizada neste
fluxo. A este percurso de matéria e energia que se inicia
sempre por um produtor e termina em um decompositor,
chamamos de cadeia alimentar.
Componentes de uma cadeia alimentar Obrigatoriamente, para
existir uma cadeia alimentar devem estar presentes os produtores e
os decompositores. Entretanto não é isso o que acontece na
realidade, pois outros componentes estão presentes.

   Desta forma a melhor maneira de se estudar uma cadeia
alimentar, é através do conhecimento dos seus componentes, ou
seja, toda a parte viva (fatores bióticos) que a compõe. Os
componentes de todas as cadeias de uma forma geral podem ser
enquadrados dentro das seguintes categorias:

   Produtores - são todos os seres que fabricam o seu próprio
alimento, através da fotossíntese, sendo neste caso as plantas,
sejam elas terrestres ou aquáticas;
   Animais (Consumidores) - os animais obtem sua energia e
alimentos comendo plantas ou outros animais, pois não realizam
fotossíntese, sendo, portanto incapazes de fabricarem seu próprio
alimento;
   Decompositores - apesar da sua importância, os
decompositores nem sempre são muito fáceis de serem
observados em um ecossistema, pois sendo a maioria formada por
seres microscópicos, a constatação da sua presença não é uma
tarefa tão fácil.
Detalhe de dois cogumelos na
serrapilheira (camada de folhas em
decomposição) no solo de uma floresta.
Os cogumelos são um exemplo das
centenas de fungos diferentes que atuam
como decompositores.
• Para um ambiente aquático, podemos
  exemplificar com a seguinte cadeia.

algas  caramujos  peixes 
 carnívoros  aves aquáticas 
 decompositores

• Por outro lado, se considerarmos um
  ecossistema terrestre, poderíamos exemplificar
  com a seguinte cadeia em um ambiente de
  floresta:
Folhas de uma árvore  gafanhoto  ave 
   jaguatirica  decompositores.
• Teia alimentar, representa uma
  verdadeira situação encontrada em um
  ecossistema, ou seja, várias cadeias
  interligadas ocorrendo simultaneamente.
    Os esquemas abaixo exemplificam
  melhor este conceito de teias alimentares:
• Teia alimentar em ecossistema terrestre
• Relação entre número de organismos e
  tamanho corpóreo em cada nível trófico
  de uma cadeia alimentar.

                                 Consumidores II




                                    Consumidores I




                                      Produtores
• Pirâmides Ecológicas

    As relações ecológicas entre seres
 vivos podem ser representadas
 graficamente através da construção uma
 das chamadas pirâmides ecológicas.
          Essas pirâmides representam as
 variações de massa, número e energia
 dentro de um ecossistema.
• Pirâmide de energia.
     Expressa a quantidade de energia
  acumulada em cada nível da cadeia
  alimentar. Como a energia apresenta um
  fluxo decrescente, quanto mais distante
  dos produtores, menor será a quantidade
  de energia útil recebida.
CII - criança 8,3 kcal


CI - bezerro 1.190 kcal


P - alfafa 14.900 kcal
• Pirâmide de Biomassa

  Expressa a quantidade de biomassa, matéria viva
  acumulada em cada nível trófico da cadeia alimentar.
   É representada pelo peso seco consumido numa cadeia
  alimentar e expressa a quantidade de matéria orgânica
  por área. É de forma direta nos ecossistemas terrestres
  que tem produtores com biomassa muito maior que os
  consumidores.
  Porém, é invertida em ecossistemas aquáticos onde os
  produtores são bem menores e consumidos em grande
  quantidade por consumidores cada vez maiores.
  Este tipo de ecossistema só pode existir devido ao alto
  grau de reprodução que é feito pelos produtores
  representados ali geralmente pelo fitoplâncton.
CII - homem 80kg

              CI - bezerro 250kg

               P - feno 1T




PIRÂMIDE DE BIOMASSA
• Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema
  encontram-se várias formas de interações entre os
  seres vivos que as formam, denominadas relações
  ecológicas ou intera(c)ções biológicas. Essas relações se
  diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos
  vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se
  caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos,
  ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas
  relações são denominadas harmônicas ou positivas.
• Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo
  de um de seus participantes em benefício do outro. Esses
  tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou
  negativas.
• Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem
  ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de
  espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre
  organismos da mesma espécie, são denominadas relações
  intra-específicas ou homotípicas. Quando as relações
  acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem
  o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
• Pirâmide de números
• Demonstra o número de indivíduos
     que existe em cada nível trófico.
  Dependendo do tipo de ecossistema a
  pirâmide de números pode ser direta ou
  invertida. Podemos ter três tipos básicos
  de cadeias alimentares a de predadores
  que promoverá pirâmides diretas, a de
  parasitas e super parasitas que dará
  pirâmides invertidas e a de detritívoros
  que dará pirâmides diretas.
C II - 30 sapos
           C I- 700 gafanhotos
           P - 5.000 plantas




           CII - 20 pássaros
           CI – 700 lagartas
           P - 1 árvore

PIRÂMIDES DE NÚMEROS
RELAÇÕES ECOLÓGICAS


• Na natureza, nenhuma espécie é totalmente independente em
  relação aos demais componentes de uma comunidade. Essas
  relações, entretanto, são classificadas da seguinte maneira.

• RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICA - compreende as relações
  estabelecidas entre indivíduos pertencentes à mesma
  espécies;
  RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS - compreende as relações
  estabelecidas entre indivíduos pertencentes a espécies
  diferentes;
  RELAÇÕES HARMÔNICAS OU POSITIVAS - compreende as
  relações nas quais não se verifica nenhum tipo de prejuízo
  entre os organismos associados;
  RELAÇÕES DESARMÔNICAS OU NEGATIVAS - neste caso
  pelo menos uma espécie é prejudicada.
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
• Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se
  várias formas de interações entre os seres vivos que as formam,
  denominadas relações ecológicas ou intera(c)ções biológicas.
  Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os
  organismos vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se
  caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de
  apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são
  denominadas harmônicas ou positivas.
• Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de
  um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de
  relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas.
• Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem
  ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de
  espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre
  organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-
  específicas ou homotípicas. Quando as relações acontecem entre
  organismos de espécies diferentes, recebem o nome de
  interespecíficas ou heterotípicas.
• Relações Intra-específicas Harmônicas

  Sociedades
• As sociedades são associações entre
  indivíduos da mesma espécie,
  organizados de um modo cooperativo e
  não ligados anatomicamente. Os
  indivíduos componentes de uma
  sociedade, denominados sociais, se
  mantêm unidos graças aos estímulos
  recíprocos. São exemplos de sociedades
  as abelhas, os cupins e as formigas.
• Sociedades

        Abelhas   Formigas
Colônias

• Colônias são associações harmônicas entre indivíduos de uma
  mesma espécie, anatomicamente ligados, que em geral perderam a
  capacidade de viver isoladamente. A separação de um indivíduo da
  colônia determina a sua morte.
  Quando as colônias são constituídas por organismos que
  apresentam a mesma forma, não ocorre divisão de trabalho. Todos
  os indivíduos são iguais e executam todas as funções vitais. Essas
  colônias são denominadas isomorfas. Como exemplo, podem ser
  citadas as colônias de corais (celenterados), de crustáceos do
  gênero Balanus (as cracas), de certos protozoários, bactérias, entre
  outros.
  Quando as colônias são formadas por indivíduos com formas e
  funções distintas, ocorre uma divisão de trabalho. Essas colônias
  são denominadas heteromorfas. Um ótimo exemplo é o celenterado
  da espécie Phisalia caravela, popularmente conhecida por
  “caravelas”. Elas formam colônias com indivíduos especializados na
  proteção e defesa (os dactilozóides), na reprodução (os
  gonozóides), na natação (os nectozóides), na flutuação (os
  pneumozóides), e na alimentação (os gastrozóides).
• Carravela-portuguesa, que não é um ser
  único, mas uma colônia de indivíduos da
  mesma espécie.
• Relações Intra-específicas Desarmônicas

 Canibalismo
    Canibalismo é uma relação estabelecida por
 seres de uma espécie que comem outros seres
 de sua própria espécie. Em situação de
 completa falta de alimento, por exemplo, ratos
 podem comer seus próprios filhotes.
 Outro exemplo é o da aranha popularmente
 conhecida como viúva-negra, que logo após o
 acasalamento, devora o macho.Também
 podemos pegar o louva-deus que depois de se
 acasalar com a sua fêmea ela devora a cabeça
 dele em um ritual canibalistico.
• Fêmea de aranha-caranguejeira devorando o
  macho com quem acasalou. Figura copiada
  do livro "Ciência & sociedade: a aventura do
  corpo, a aventura da vida, a aventura da
  tecnologia".
• Relações Interespecíficas Harmônicas

 Mutualismo
        O mutualismo é uma relação entre indivíduos de
 espécies diferentes, onde as duas espécies envolvidas
 são beneficiadas e a associação é necessária para a
 sobrevivência de ambas. Um bom exemplo desta
 relação é a associação de algas e fungos formando os
 liquens. Outro exemplo é a relação entre os cupins e os
 protozoários. Os cupins, ao comerem a madeira, não
 conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino
 vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os
 protozoários, ao digerirem a celulose, permitem que os
 cupins aproveitem essa substância como alimento.
 Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta de
 alimentos e como “residência” para os protozoários.
Líquens   Bacteriorrizas
• Protocooperação
  Na protocooperação, embora as duas espécies
 envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de
 modo independente, sem que isso as prejudique.
   Um dos mais conhecidos exemplos de
 protocooperação é a associação entre a
 anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo
 semelhante ao caranguejo, também conhecido
 como bernardo-eremita ou ermitão. O paguro tem o
 corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas
 abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha,
 costumam instalar-se uma ou mais anêmonas-do-
 mar (actínias). Dessa união, surge o benefício
 mútuo: a anêmona possui células urticantes, que
 afugentam os predadores do paguro, e este, ao se
 deslocar, possibilita à anêmona uma melhor
 exploração do espaço, em busca de alimento.
Outro exemplo é o de alguns animais
que promovem a dispersão de sementes
de plantas, comendo seus frutos e
evacuando suas sementes em local
distante, e a ação de insetos que
procuram o néctar das flores e
contribuem involuntariamente para a
polinização das plantas.
 Há também a relação entre o anu e os
bovinos, onde o anu, uma ave, se
alimenta de carrapatos existentes na
pele dos bovinos, livrando-os de
indesejáveis parasitas.
 Um outro exemplo também é o passáro-
palito e o jacaré...O jacaré abre a sua
boca e o passaro-palito entra dentro
dela, mais não é devorado por que se ele
for devorado o jacare ficara com os
dentes podres e nao podera mais comer
outros animais, ao mesmo tempo que o
pássaro-palito ajuda o jacaré limpando
os seus dentes ele se alimenta com o
resto de comida que há dentro da boca e
dos dentes do jacaré assim os dois se
beneficiam de algum modo.
• Inquilinismo
     O inquilinismo é um tipo de associação em que
 apenas um dos participantes se beneficia, sem, no
 entanto, causar qualquer prejuízo ao outro. Nesse
 caso, a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda,
 suporte no corpo da espécie hospedeira, e é
 chamada de inquilino. Um exemplo típico é a
 associação entre orquídeas e árvores. Vivendo no
 alto das árvores, que lhe servem de suporte, as
 orquídeas encontram condições ideais de
 luminosidade para o seu desenvolvimento, e a
 árvore não é prejudicada. Outro exemplo é o do
 fierasfer, um pequeno peixe que vive dentro do
 corpo do pepino-do-mar (Holoturia). Para alimentar-
 se, o fierasfer sai do pepino-do-mar e depois volta.
 Assim, o peixe encontra proteção no corpo do
 pepino-do-mar, o qual, por sua vez, não recebe
 benefício nem sofre desvantagem.
• Comensalismo
   O comensalismo é a associação entre indivíduos de
  espécies diferentes na qual um deles aproveita os
  restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O
  animal que aproveita os restos alimentares é
  denominado comensal. Exemplo de comensalismo
  muito citado é o que ocorre entre a rêmora e o
  tubarão. A rêmora ou peixe-piolho é um peixe ósseo
  que apresenta a nadadeira dorsal transformada em
  ventosa, com a qual se fixa ao corpo do tubarão. A
  rêmora além de ser transportada pelo tubarão,
  aproveita os restos de sua alimentação. O tubarão
  não é prejudicado, pois o peso da rêmora é
  insignificante. Os alimentos ingeridos pela rêmora
  correspondem aos desprezados pelo tubarão. Um
  outro exemplo é o das hienas, que se aproveitam de
  restos deixados pelo leão.
Relações Interespecíficas Desarmônicas
• Amensalismo ou Antibiose

     O amensalismo ou antibiose consiste numa relação
  desarmônica em que indivíduos de uma população secretam
  substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de
  indivíduos de populações de outras espécies.
     É o caso bem conhecido dos antibióticos, que, produzidos
  por fungos, impedem a multiplicação das bactérias. Esses
  antibióticos são largamente utilizados pela medicina, no
  combate às infecções bacterianas. O mais antigo antibiótico
  que se conhece é a penicilina, substância produzida pelo fungo
  Penicillium notatum.
     Outro caso de amensalismo é conhecido por maré
  vermelha. Sob determinadas condições ambientais, certas
  algas marinhas microscópicas, do grupo dos dinoflagelados,
  produtores de substâncias altamente tóxicas, apresentam
  intensa proliferação, formando enormes manchas vermelhas
  no oceano. Por essa razão, a concentração dessas substâncias
  tóxicas aumenta, provocando grande mortalidade de animais
  marinhos.
• Predatismo

   Predatismo ou predação é uma
  relação desarmônica em que um
  animal captura e mata um indivíduo
  de outra espécie, para alimentar-se.
   Todos os carnívoros são animais
  predadores. É o que acontece com o
  leão, o lobo, o tigre, a onça, que
  caçam veados, zebras e tantos
  outros animais.
   O predador pode atacar e devorar
  também plantas, como acontece com
  o gafanhoto, que, em bandos, devora
  rapidamente toda uma plantação.
  Nos casos em que a espécie predada
  é vegetal, costuma-se dar ao
  predatismo o nome de herbivorismo.
   Raros são os casos em que o
  predador é uma planta. As plantas
  carnívoras, no entanto, são
  excelentes exemplos, pois
  aprisionam e digerem principalmente
  insetos.
Águia – predador e a cobra – presa.
• Algumas espécies desenvolveram adaptações para
  se defenderem ao predatismo:

       Mimetismo é uma forma de adaptação que muitas espécies se
  tornam semelhantes a outras, disso obtendo algumas vantagens.
  Ex.: a cobra falsa-coral é confundida com a coral-verdadeira, muito
  temida, e, graças a isso, não é importunada pela maioria das outras
  espécies.

      Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual
  uma espécie procura confundir suas vítimas ou seus agressores
  revelando cor(es) e/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do
  ambiente. Ex.: o louva-a-deus, que é um poderoso predador, se
  assemelha a folhas; o bicho-pau assemelha-se a galhos,
  confundindo seus predadores.

       Aposematismo trata-se de espécies que exibem cores de
  advertência, cores vivas e marcantes para afastar seus possíveis
  predadores, que já a reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos
  venenos que possui. Ex.: muitas rãs apresentam cores vivas que
  indicam veneno ou gosto ruim.
Camuflagem: raposa branca na neve.
• Parasitismo
      Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de
 espécies diferentes, em que um deles, denominado parasita, vive
 no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira
 alimentos.
          Embora os parasitas possam causar a morte dos
 hospedeiros, de modo geral trazem-lhe apenas prejuízos.
          Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas
 podem ser classificados em ectoparasitas (externos) e
 endoparasitas (internos).
          Os exemplos mais comuns de ectoparasitas são os piolhos,
 os carrapatos, o cravo da pele, o bicho-de-pé e o bicho da sarna,
 além de outros. Como exemplos de endoparasitas, há o plasmódio
 e o tripanossomo, protozoários causadores, respectivamente, da
 malária e da doença de Chagas. São exemplos, também, os vírus,
 causadores de várias doenças, desde a gripe até a febre amarela e
 a AIDS.
Ectoparasitas.
Relações Intra-específicas e Interespecíficas
                   Desarmônicas
• Competição
         A competição compreende a interação ecológica
  em que indivíduos da mesma espécie ou de espécies
  diferentes disputam alguma coisa, como alimento,
  território, luminosidade, entre outros. Logo, a
  competição pode ser intra-específica ou interespecífica.
  Em ambos os casos, esse tipo de interação favorece um
  processo seletivo que culmina, geralmente, com a
  preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao
  meio ambiente, e com a extinção de indivíduos com
  baixo poder adaptativo. Assim, a competição constitui
  um fator regulador da densidade populacional,
  contribuindo para evitar a superpopulação das espécies.
Competição ursos brigando por território
• Colônias: Agrupamento de indivíduos da
  mesma espécie que revelam um grau de
  interdependência e se mostram ligados uns aos
  outros, sendo impossível a vida quando isolados
  do conjunto, podendo ou não ocorrer divisão do
  trabalho. São relações intra-específicas
  harmônicas.Indivíduos associados e unidos por
  um substrato comum.Pequeno grau de
  liberdade e profunda interdependência
  fisiológica. EX:Como um bom exemplo,temos as
  bactérias.Elas se instalam em um
  organismo,assim elas vivem,sem essa
  associação muitas bactérias não sobreviveriam.
Controle Biológico
• Controle biológico é um processo natural de regulação
  populacional através de inimigos naturais. A utilização
  de inimigos naturais para o controle de populações de
  pragas propiciou o surgimento do CONTROLE
  BIOLÓGICO APLICADO como uma biotecnologia
  baseada na utilização de recursos genéticos
  microbianos, insetos predadores e parasitóides, assim
  como os semioquímicos, substâncias utilizadas na
  comunicação intra e inter-específica (planta-inseto,
  inseto-inseto). A utilização de agentes de controle
  biológico e semioquímicos se insere no agronegócio
  através do controle natural de pragas e doenças de
  plantas, em substituição ou complementação aos
  pesticidas químicos no manejo integrado de pragas. Seu
  uso melhora aumenta a qualidade do produto agrícola e
  reduz a poluição do meio ambiente contribuindo para a
  preservação dos recursos naturais e aumentando a
  sustentabilidade dos agroecossistemas.
Thyanta perditor

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

teoria evolucionista Darwin e Lamarck
teoria evolucionista Darwin e Lamarckteoria evolucionista Darwin e Lamarck
teoria evolucionista Darwin e LamarckDarlla Sb
 
Dinâmica de Populações
Dinâmica de PopulaçõesDinâmica de Populações
Dinâmica de PopulaçõesTurma Olímpica
 
Introdução a genetica
Introdução a geneticaIntrodução a genetica
Introdução a geneticaUERGS
 
Aulão a origem da vida
Aulão a origem da vidaAulão a origem da vida
Aulão a origem da vidaCésar Milani
 
IV. 1 Formação de novas espécies
IV. 1 Formação de novas espéciesIV. 1 Formação de novas espécies
IV. 1 Formação de novas espéciesRebeca Vale
 
Biologia a ciência da vida
Biologia a ciência da vidaBiologia a ciência da vida
Biologia a ciência da vidaletyap
 
Pirâmides ecológicas
Pirâmides ecológicasPirâmides ecológicas
Pirâmides ecológicasURCA
 
Aula relações ecológicas
Aula relações ecológicasAula relações ecológicas
Aula relações ecológicasGabriela de Lima
 
Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]
Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]
Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]Ronaldo Santana
 
Introdução à biologia 1º ano
Introdução à biologia   1º anoIntrodução à biologia   1º ano
Introdução à biologia 1º anoLuciana Mendes
 
Ciclos Biogeoquímicos
Ciclos BiogeoquímicosCiclos Biogeoquímicos
Ciclos Biogeoquímicosprofatatiana
 
Aula de ecologia curso completo
Aula de ecologia   curso completoAula de ecologia   curso completo
Aula de ecologia curso completoNelson Costa
 

Mais procurados (20)

teoria evolucionista Darwin e Lamarck
teoria evolucionista Darwin e Lamarckteoria evolucionista Darwin e Lamarck
teoria evolucionista Darwin e Lamarck
 
Dinâmica de Populações
Dinâmica de PopulaçõesDinâmica de Populações
Dinâmica de Populações
 
Aula ecologia.
Aula ecologia.Aula ecologia.
Aula ecologia.
 
Introdução a genetica
Introdução a geneticaIntrodução a genetica
Introdução a genetica
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
Ecossistemas
EcossistemasEcossistemas
Ecossistemas
 
Aulão a origem da vida
Aulão a origem da vidaAulão a origem da vida
Aulão a origem da vida
 
IV. 1 Formação de novas espécies
IV. 1 Formação de novas espéciesIV. 1 Formação de novas espécies
IV. 1 Formação de novas espécies
 
Fluxo de matéria e de energia nos ecossistemas
Fluxo de matéria e de energia nos ecossistemasFluxo de matéria e de energia nos ecossistemas
Fluxo de matéria e de energia nos ecossistemas
 
Biologia a ciência da vida
Biologia a ciência da vidaBiologia a ciência da vida
Biologia a ciência da vida
 
Pirâmides ecológicas
Pirâmides ecológicasPirâmides ecológicas
Pirâmides ecológicas
 
Cadeia e teia alimentar
Cadeia e teia alimentarCadeia e teia alimentar
Cadeia e teia alimentar
 
Aula relações ecológicas
Aula relações ecológicasAula relações ecológicas
Aula relações ecológicas
 
Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]
Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]
Aula Biologia: Bases da Ecologia [1° Ano do Ensino Médio]
 
Introdução à biologia 1º ano
Introdução à biologia   1º anoIntrodução à biologia   1º ano
Introdução à biologia 1º ano
 
Classificação biológica
Classificação biológicaClassificação biológica
Classificação biológica
 
Fluxo de Energia
Fluxo de EnergiaFluxo de Energia
Fluxo de Energia
 
Biodiversidade
BiodiversidadeBiodiversidade
Biodiversidade
 
Ciclos Biogeoquímicos
Ciclos BiogeoquímicosCiclos Biogeoquímicos
Ciclos Biogeoquímicos
 
Aula de ecologia curso completo
Aula de ecologia   curso completoAula de ecologia   curso completo
Aula de ecologia curso completo
 

Semelhante a Ecologia em

Semelhante a Ecologia em (20)

Bases da ecologia
Bases da ecologiaBases da ecologia
Bases da ecologia
 
Ecologia socorro
Ecologia socorroEcologia socorro
Ecologia socorro
 
ecossistema 1 ano.pptx
ecossistema 1 ano.pptxecossistema 1 ano.pptx
ecossistema 1 ano.pptx
 
Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas
Fluxo de matéria e energia nos ecossistemasFluxo de matéria e energia nos ecossistemas
Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas
 
Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas
Fluxo de matéria e energia nos ecossistemasFluxo de matéria e energia nos ecossistemas
Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas
 
Ecologia Cida
Ecologia CidaEcologia Cida
Ecologia Cida
 
Ecologia - Introdução
Ecologia - IntroduçãoEcologia - Introdução
Ecologia - Introdução
 
Nt4
Nt4Nt4
Nt4
 
2016 Frente 3 módulo 11 ecologia
2016 Frente 3 módulo 11 ecologia2016 Frente 3 módulo 11 ecologia
2016 Frente 3 módulo 11 ecologia
 
Capítulo 01 ecologia
Capítulo 01   ecologiaCapítulo 01   ecologia
Capítulo 01 ecologia
 
Nt6
Nt6Nt6
Nt6
 
Aula de ecologia curso completo
Aula de ecologia   curso completoAula de ecologia   curso completo
Aula de ecologia curso completo
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
Ecologia - Introdução
Ecologia - IntroduçãoEcologia - Introdução
Ecologia - Introdução
 
Fluxos de energia e ciclo de matéria ii
Fluxos de energia e ciclo de matéria iiFluxos de energia e ciclo de matéria ii
Fluxos de energia e ciclo de matéria ii
 
Ecologia
EcologiaEcologia
Ecologia
 
Aula 1 ecologia conceitos fundamentaisok
Aula 1 ecologia conceitos fundamentaisokAula 1 ecologia conceitos fundamentaisok
Aula 1 ecologia conceitos fundamentaisok
 
Ecologia - conceitos básicos
Ecologia - conceitos básicosEcologia - conceitos básicos
Ecologia - conceitos básicos
 
Ecossistemas matéria e energia (2) (1)
Ecossistemas   matéria e energia (2) (1)Ecossistemas   matéria e energia (2) (1)
Ecossistemas matéria e energia (2) (1)
 
Cadeia alimentar
Cadeia alimentar Cadeia alimentar
Cadeia alimentar
 

Último

As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 

Último (20)

As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 

Ecologia em

  • 2. DEFINIÇÃO É o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos" que significa casa e "logia", estudo, reflexão. Logo, seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1869, quem primeiro usou este termo para designar a parte da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente em que vive, além da distribuição e abundância dos seres vivos no planeta.
  • 3. Conceitos de Ecologia • Espécie  é o conjunto de populações naturais semelhantes qeu, ao cruzarem entre si, produzem descendentes férteis. • População  conjunto de indivíduos da mesma espécie em determinada área. • Comunidade ou biocenose  conjunto de populações que vive numa mesma área geográfica.
  • 4. • Ecossistema ou sistema ecológico  é o conjunto de interações, formado pelo ambiente físico (fatores abióticos – solo, água, ar, temperatura, salinidade e pressão) e a comunidade (fatores bióticos – seres vivos). • Biosfera  é o conjunto de todos os ecossistemas, ou seja, toda área do planeta habitada pelos seres vivos. Corresponde às profundezas subquáticas, passando pela superfície terrestre até mais ou menos 8 Km de altura atmosférica.
  • 5. • Habitat  é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, corresponde ao “endereço” do indivíduo. • Nicho ecológico  é a função executada pelo organismo dentro do ecossistema, corresponde à profissão do indivíduo.
  • 6. Duas espécies de liquens coabitando a mesma rocha.
  • 7. ECÓTONO É a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de transição (ecótono) vamos encontrar grande número de espécies e, por conseguinte, grande número de nichos ecológicos. Exemplo: Matas de cocais - mata de transição entre o Bioma Amazônico e a Caatinga.
  • 8. ECOSSISTEMA TERRESTRE Vegetação do maciço Ruwenzori, em Uganda.
  • 9. Ecossistema terrestre: FLORA • Produtores  Formado por todos os componentes fotossintetizantes, os quais produzem seu próprio alimento (autótrofos) tais como gramíneas, ervas rasteiras, liquens, arbustos, trepadeiras e árvores; FAUNA • Consumidores primários  São todos os herbívoros, que no caso dos ecossistemas terrestres tratam-se de insetos, roedores, aves e ruminantes; • Consumidores Secundários  Alimentam-se diretamente dos consumidores primários (herbívoros). São formados principalmente por carnívoros de pequeno porte; • Consumidores terciários  Tratam-se de consumidores de porte maior que alimentam-se dos consumidores secundários; • Decompositores  Aqui também como no caso dos ecossistemas aquáticos, esta categoria não pertence nem a fauna e nem a flora e sendo composta por fungos e bactérias.
  • 10. Ecossistema aquático: FLORA • PRODUTORES  Composto pelas plantas da margem e do fundo da lagoa e por algas microscópicas, as quais são as maiores responsáveis pela oxigenação do ambiente aquático e terrestre; à esta categoria formada pelas algas microscópicas chamamos fitoplâncton. FAUNA • CONSUMIDORES PRIMÁRIOS  Composto por pequenos animais flutuantes (chamados Zooplâncton), caramujos e peixes herbívoros, todos se alimentado diretamente dos vegetais. • CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS  São aqueles que alimentam-se do nível anterior, ou seja, peixes carnívoros, insetos, cágados, etc. • CONSUMIDORES TERCIÁRIOS  As aves aquáticas são o principal componente desta categoria, alimentando-se dos consumidores secundários. • DECOMPOSITORES  Esta categoria não pertence nem a fauna e nem a flora, alimentando-se no entanto dos restos destes, e sendo composta por fungos e bactérias.
  • 11. Cadeias alimentares: o que são? A matéria está constantemente ciclando dentro de um ecossistema, ou dito de outra forma, o que os seres vivos retiram do ambiente, eles devolvem. Tem sido assim desde do início da existência da vida da terra, até os dias de hoje. Trata-se de um ciclo eterno. Além da matéria, a energia também passa por todos os componentes de um ecossistema, só que, no entanto, enquanto a matéria circula, a energia flui, o que significa que a energia não retorna ao ecossistema como a matéria como iremos ver na próxima seção. Como podemos notar, os ecossistemas possuem uma constante passagem de matéria e energia de um nível para outro até chegar nos decompositores, os quais reciclam parte da matéria total utilizada neste fluxo. A este percurso de matéria e energia que se inicia sempre por um produtor e termina em um decompositor, chamamos de cadeia alimentar.
  • 12. Componentes de uma cadeia alimentar Obrigatoriamente, para existir uma cadeia alimentar devem estar presentes os produtores e os decompositores. Entretanto não é isso o que acontece na realidade, pois outros componentes estão presentes. Desta forma a melhor maneira de se estudar uma cadeia alimentar, é através do conhecimento dos seus componentes, ou seja, toda a parte viva (fatores bióticos) que a compõe. Os componentes de todas as cadeias de uma forma geral podem ser enquadrados dentro das seguintes categorias: Produtores - são todos os seres que fabricam o seu próprio alimento, através da fotossíntese, sendo neste caso as plantas, sejam elas terrestres ou aquáticas; Animais (Consumidores) - os animais obtem sua energia e alimentos comendo plantas ou outros animais, pois não realizam fotossíntese, sendo, portanto incapazes de fabricarem seu próprio alimento; Decompositores - apesar da sua importância, os decompositores nem sempre são muito fáceis de serem observados em um ecossistema, pois sendo a maioria formada por seres microscópicos, a constatação da sua presença não é uma tarefa tão fácil.
  • 13. Detalhe de dois cogumelos na serrapilheira (camada de folhas em decomposição) no solo de uma floresta. Os cogumelos são um exemplo das centenas de fungos diferentes que atuam como decompositores.
  • 14. • Para um ambiente aquático, podemos exemplificar com a seguinte cadeia. algas  caramujos  peixes  carnívoros  aves aquáticas  decompositores • Por outro lado, se considerarmos um ecossistema terrestre, poderíamos exemplificar com a seguinte cadeia em um ambiente de floresta: Folhas de uma árvore  gafanhoto  ave  jaguatirica  decompositores.
  • 15. • Teia alimentar, representa uma verdadeira situação encontrada em um ecossistema, ou seja, várias cadeias interligadas ocorrendo simultaneamente. Os esquemas abaixo exemplificam melhor este conceito de teias alimentares:
  • 16. • Teia alimentar em ecossistema terrestre
  • 17. • Relação entre número de organismos e tamanho corpóreo em cada nível trófico de uma cadeia alimentar. Consumidores II Consumidores I Produtores
  • 18. • Pirâmides Ecológicas As relações ecológicas entre seres vivos podem ser representadas graficamente através da construção uma das chamadas pirâmides ecológicas. Essas pirâmides representam as variações de massa, número e energia dentro de um ecossistema.
  • 19. • Pirâmide de energia. Expressa a quantidade de energia acumulada em cada nível da cadeia alimentar. Como a energia apresenta um fluxo decrescente, quanto mais distante dos produtores, menor será a quantidade de energia útil recebida.
  • 20. CII - criança 8,3 kcal CI - bezerro 1.190 kcal P - alfafa 14.900 kcal
  • 21. • Pirâmide de Biomassa Expressa a quantidade de biomassa, matéria viva acumulada em cada nível trófico da cadeia alimentar. É representada pelo peso seco consumido numa cadeia alimentar e expressa a quantidade de matéria orgânica por área. É de forma direta nos ecossistemas terrestres que tem produtores com biomassa muito maior que os consumidores. Porém, é invertida em ecossistemas aquáticos onde os produtores são bem menores e consumidos em grande quantidade por consumidores cada vez maiores. Este tipo de ecossistema só pode existir devido ao alto grau de reprodução que é feito pelos produtores representados ali geralmente pelo fitoplâncton.
  • 22.
  • 23. CII - homem 80kg CI - bezerro 250kg P - feno 1T PIRÂMIDE DE BIOMASSA
  • 24. • Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou intera(c)ções biológicas. Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas harmônicas ou positivas. • Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas. • Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
  • 25. • Pirâmide de números • Demonstra o número de indivíduos que existe em cada nível trófico. Dependendo do tipo de ecossistema a pirâmide de números pode ser direta ou invertida. Podemos ter três tipos básicos de cadeias alimentares a de predadores que promoverá pirâmides diretas, a de parasitas e super parasitas que dará pirâmides invertidas e a de detritívoros que dará pirâmides diretas.
  • 26.
  • 27. C II - 30 sapos C I- 700 gafanhotos P - 5.000 plantas CII - 20 pássaros CI – 700 lagartas P - 1 árvore PIRÂMIDES DE NÚMEROS
  • 28. RELAÇÕES ECOLÓGICAS • Na natureza, nenhuma espécie é totalmente independente em relação aos demais componentes de uma comunidade. Essas relações, entretanto, são classificadas da seguinte maneira. • RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICA - compreende as relações estabelecidas entre indivíduos pertencentes à mesma espécies; RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS - compreende as relações estabelecidas entre indivíduos pertencentes a espécies diferentes; RELAÇÕES HARMÔNICAS OU POSITIVAS - compreende as relações nas quais não se verifica nenhum tipo de prejuízo entre os organismos associados; RELAÇÕES DESARMÔNICAS OU NEGATIVAS - neste caso pelo menos uma espécie é prejudicada.
  • 29.
  • 30. RELAÇÕES ECOLÓGICAS • Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou intera(c)ções biológicas. Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos vivos mantêm entre si. Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas harmônicas ou positivas. • Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas. • Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra- específicas ou homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.
  • 31. • Relações Intra-específicas Harmônicas Sociedades • As sociedades são associações entre indivíduos da mesma espécie, organizados de um modo cooperativo e não ligados anatomicamente. Os indivíduos componentes de uma sociedade, denominados sociais, se mantêm unidos graças aos estímulos recíprocos. São exemplos de sociedades as abelhas, os cupins e as formigas.
  • 32. • Sociedades Abelhas Formigas
  • 33. Colônias • Colônias são associações harmônicas entre indivíduos de uma mesma espécie, anatomicamente ligados, que em geral perderam a capacidade de viver isoladamente. A separação de um indivíduo da colônia determina a sua morte. Quando as colônias são constituídas por organismos que apresentam a mesma forma, não ocorre divisão de trabalho. Todos os indivíduos são iguais e executam todas as funções vitais. Essas colônias são denominadas isomorfas. Como exemplo, podem ser citadas as colônias de corais (celenterados), de crustáceos do gênero Balanus (as cracas), de certos protozoários, bactérias, entre outros. Quando as colônias são formadas por indivíduos com formas e funções distintas, ocorre uma divisão de trabalho. Essas colônias são denominadas heteromorfas. Um ótimo exemplo é o celenterado da espécie Phisalia caravela, popularmente conhecida por “caravelas”. Elas formam colônias com indivíduos especializados na proteção e defesa (os dactilozóides), na reprodução (os gonozóides), na natação (os nectozóides), na flutuação (os pneumozóides), e na alimentação (os gastrozóides).
  • 34. • Carravela-portuguesa, que não é um ser único, mas uma colônia de indivíduos da mesma espécie.
  • 35. • Relações Intra-específicas Desarmônicas Canibalismo Canibalismo é uma relação estabelecida por seres de uma espécie que comem outros seres de sua própria espécie. Em situação de completa falta de alimento, por exemplo, ratos podem comer seus próprios filhotes. Outro exemplo é o da aranha popularmente conhecida como viúva-negra, que logo após o acasalamento, devora o macho.Também podemos pegar o louva-deus que depois de se acasalar com a sua fêmea ela devora a cabeça dele em um ritual canibalistico.
  • 36. • Fêmea de aranha-caranguejeira devorando o macho com quem acasalou. Figura copiada do livro "Ciência & sociedade: a aventura do corpo, a aventura da vida, a aventura da tecnologia".
  • 37. • Relações Interespecíficas Harmônicas Mutualismo O mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação é necessária para a sobrevivência de ambas. Um bom exemplo desta relação é a associação de algas e fungos formando os liquens. Outro exemplo é a relação entre os cupins e os protozoários. Os cupins, ao comerem a madeira, não conseguem digerir a celulose, mas em seu intestino vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os protozoários, ao digerirem a celulose, permitem que os cupins aproveitem essa substância como alimento. Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta de alimentos e como “residência” para os protozoários.
  • 38. Líquens Bacteriorrizas
  • 39. • Protocooperação Na protocooperação, embora as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de modo independente, sem que isso as prejudique. Um dos mais conhecidos exemplos de protocooperação é a associação entre a anêmona-do-mar e o paguro, um crustáceo semelhante ao caranguejo, também conhecido como bernardo-eremita ou ermitão. O paguro tem o corpo mole e costuma ocupar o interior de conchas abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha, costumam instalar-se uma ou mais anêmonas-do- mar (actínias). Dessa união, surge o benefício mútuo: a anêmona possui células urticantes, que afugentam os predadores do paguro, e este, ao se deslocar, possibilita à anêmona uma melhor exploração do espaço, em busca de alimento.
  • 40. Outro exemplo é o de alguns animais que promovem a dispersão de sementes de plantas, comendo seus frutos e evacuando suas sementes em local distante, e a ação de insetos que procuram o néctar das flores e contribuem involuntariamente para a polinização das plantas. Há também a relação entre o anu e os bovinos, onde o anu, uma ave, se alimenta de carrapatos existentes na pele dos bovinos, livrando-os de indesejáveis parasitas. Um outro exemplo também é o passáro- palito e o jacaré...O jacaré abre a sua boca e o passaro-palito entra dentro dela, mais não é devorado por que se ele for devorado o jacare ficara com os dentes podres e nao podera mais comer outros animais, ao mesmo tempo que o pássaro-palito ajuda o jacaré limpando os seus dentes ele se alimenta com o resto de comida que há dentro da boca e dos dentes do jacaré assim os dois se beneficiam de algum modo.
  • 41. • Inquilinismo O inquilinismo é um tipo de associação em que apenas um dos participantes se beneficia, sem, no entanto, causar qualquer prejuízo ao outro. Nesse caso, a espécie beneficiada obtém abrigo ou, ainda, suporte no corpo da espécie hospedeira, e é chamada de inquilino. Um exemplo típico é a associação entre orquídeas e árvores. Vivendo no alto das árvores, que lhe servem de suporte, as orquídeas encontram condições ideais de luminosidade para o seu desenvolvimento, e a árvore não é prejudicada. Outro exemplo é o do fierasfer, um pequeno peixe que vive dentro do corpo do pepino-do-mar (Holoturia). Para alimentar- se, o fierasfer sai do pepino-do-mar e depois volta. Assim, o peixe encontra proteção no corpo do pepino-do-mar, o qual, por sua vez, não recebe benefício nem sofre desvantagem.
  • 42. • Comensalismo O comensalismo é a associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual um deles aproveita os restos alimentares do outro sem prejudicá-lo. O animal que aproveita os restos alimentares é denominado comensal. Exemplo de comensalismo muito citado é o que ocorre entre a rêmora e o tubarão. A rêmora ou peixe-piolho é um peixe ósseo que apresenta a nadadeira dorsal transformada em ventosa, com a qual se fixa ao corpo do tubarão. A rêmora além de ser transportada pelo tubarão, aproveita os restos de sua alimentação. O tubarão não é prejudicado, pois o peso da rêmora é insignificante. Os alimentos ingeridos pela rêmora correspondem aos desprezados pelo tubarão. Um outro exemplo é o das hienas, que se aproveitam de restos deixados pelo leão.
  • 43. Relações Interespecíficas Desarmônicas • Amensalismo ou Antibiose O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população secretam substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. É o caso bem conhecido dos antibióticos, que, produzidos por fungos, impedem a multiplicação das bactérias. Esses antibióticos são largamente utilizados pela medicina, no combate às infecções bacterianas. O mais antigo antibiótico que se conhece é a penicilina, substância produzida pelo fungo Penicillium notatum. Outro caso de amensalismo é conhecido por maré vermelha. Sob determinadas condições ambientais, certas algas marinhas microscópicas, do grupo dos dinoflagelados, produtores de substâncias altamente tóxicas, apresentam intensa proliferação, formando enormes manchas vermelhas no oceano. Por essa razão, a concentração dessas substâncias tóxicas aumenta, provocando grande mortalidade de animais marinhos.
  • 44. • Predatismo Predatismo ou predação é uma relação desarmônica em que um animal captura e mata um indivíduo de outra espécie, para alimentar-se. Todos os carnívoros são animais predadores. É o que acontece com o leão, o lobo, o tigre, a onça, que caçam veados, zebras e tantos outros animais. O predador pode atacar e devorar também plantas, como acontece com o gafanhoto, que, em bandos, devora rapidamente toda uma plantação. Nos casos em que a espécie predada é vegetal, costuma-se dar ao predatismo o nome de herbivorismo. Raros são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no entanto, são excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem principalmente insetos.
  • 45. Águia – predador e a cobra – presa.
  • 46. • Algumas espécies desenvolveram adaptações para se defenderem ao predatismo: Mimetismo é uma forma de adaptação que muitas espécies se tornam semelhantes a outras, disso obtendo algumas vantagens. Ex.: a cobra falsa-coral é confundida com a coral-verdadeira, muito temida, e, graças a isso, não é importunada pela maioria das outras espécies. Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual uma espécie procura confundir suas vítimas ou seus agressores revelando cor(es) e/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do ambiente. Ex.: o louva-a-deus, que é um poderoso predador, se assemelha a folhas; o bicho-pau assemelha-se a galhos, confundindo seus predadores. Aposematismo trata-se de espécies que exibem cores de advertência, cores vivas e marcantes para afastar seus possíveis predadores, que já a reconhecem pelo gosto desagradável ou pelos venenos que possui. Ex.: muitas rãs apresentam cores vivas que indicam veneno ou gosto ruim.
  • 48. • Parasitismo Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um deles, denominado parasita, vive no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira alimentos. Embora os parasitas possam causar a morte dos hospedeiros, de modo geral trazem-lhe apenas prejuízos. Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas podem ser classificados em ectoparasitas (externos) e endoparasitas (internos). Os exemplos mais comuns de ectoparasitas são os piolhos, os carrapatos, o cravo da pele, o bicho-de-pé e o bicho da sarna, além de outros. Como exemplos de endoparasitas, há o plasmódio e o tripanossomo, protozoários causadores, respectivamente, da malária e da doença de Chagas. São exemplos, também, os vírus, causadores de várias doenças, desde a gripe até a febre amarela e a AIDS.
  • 50. Relações Intra-específicas e Interespecíficas Desarmônicas • Competição A competição compreende a interação ecológica em que indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes disputam alguma coisa, como alimento, território, luminosidade, entre outros. Logo, a competição pode ser intra-específica ou interespecífica. Em ambos os casos, esse tipo de interação favorece um processo seletivo que culmina, geralmente, com a preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao meio ambiente, e com a extinção de indivíduos com baixo poder adaptativo. Assim, a competição constitui um fator regulador da densidade populacional, contribuindo para evitar a superpopulação das espécies.
  • 51. Competição ursos brigando por território
  • 52. • Colônias: Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam um grau de interdependência e se mostram ligados uns aos outros, sendo impossível a vida quando isolados do conjunto, podendo ou não ocorrer divisão do trabalho. São relações intra-específicas harmônicas.Indivíduos associados e unidos por um substrato comum.Pequeno grau de liberdade e profunda interdependência fisiológica. EX:Como um bom exemplo,temos as bactérias.Elas se instalam em um organismo,assim elas vivem,sem essa associação muitas bactérias não sobreviveriam.
  • 53. Controle Biológico • Controle biológico é um processo natural de regulação populacional através de inimigos naturais. A utilização de inimigos naturais para o controle de populações de pragas propiciou o surgimento do CONTROLE BIOLÓGICO APLICADO como uma biotecnologia baseada na utilização de recursos genéticos microbianos, insetos predadores e parasitóides, assim como os semioquímicos, substâncias utilizadas na comunicação intra e inter-específica (planta-inseto, inseto-inseto). A utilização de agentes de controle biológico e semioquímicos se insere no agronegócio através do controle natural de pragas e doenças de plantas, em substituição ou complementação aos pesticidas químicos no manejo integrado de pragas. Seu uso melhora aumenta a qualidade do produto agrícola e reduz a poluição do meio ambiente contribuindo para a preservação dos recursos naturais e aumentando a sustentabilidade dos agroecossistemas.