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DENGUE
2010-2011
CONDUTA NO PACIENTE COM DENGUE
    COM BASE NA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO.– 2010/2011
             Coordenadora: Sônia Maris Oliveira Zagne


 Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da UFF.
 Mestre em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da
  UFF com Tese em Dengue Hemorrágico.
 Membro do Grupo de Assessoria Técnica de Dengue do
  Estado do Rio de Janeiro.
 Pesquisadora da Fiocruz em dengue com vários artigos
  publicados sobre o tema.
 Co-autora dos manuais de dengue do MS.
 Coordenadora do Prevenir da Unimed Leste Fluminense.
 Membro da Diretoria da Associação Médica Fluminense.
TUTORES DA SMSDC/CASS
Dra Lúcia Silveira (SMSDC/SUBHUE)
Dra Janaina Ferreira (SMSDC/SUBHUE)
Dra Sarah Figueiredo (SMSDC/SUBHUE)
Dra Rosimar Vianna Silva (SMSDC/SUBHUE)
Dra Angela Rego (SUBPAV/PSF)
Dra Fátima Penso (SUBHUE)
Dra Solange Leal (SUBHUE)
TUTORES COLABORADORES REDE SMSDC RJ
Dra Marisa Aloe(HMJ –SOPERJ)
Dra Tereza Mello (HMRPS)
Dra Eliane Calazans (CAP 2.1)
Dr. Sidney Rocha de Mattos Jr (HMCD)
Circulação Viral 2010.
        DEN-
         4


                           DEN- 1


                           DEN- 2


                          DEN- 3



Em decorrência do processo de hiperendemicidade do
dengue no Brasil, vem ocorrendo uma mudança na sua
distribuição etária, havendo um progressivo aumento da
incidência em menores de 15 anos. Ao mesmo tempo, tem
havido também um aumento da incidência das formas
graves.
Situação Problema
                                                    Febre ate 7 dias +
 DBLS, fem., 20 anos, parda, casada,                    2 sintomas
                                                (cefaléia;dor retroorbitária;
      residente em Niterói.                         mialgias; artralgias;
Queixa: Dor e febre.                            prostração ou exantema.)

Início súbito há dois dias com mialgias
generalizadas, cefaléia holocraniana ,
prostração, anorexia e febre de até 39º. C, a    Contato com vetor
qual não passa mesmo com uso de analgésico.      e área de transmissão do
História epidemiológica: mosquitos no            vírus dengue.

domicílio, contato com água de enchente e
com paciente tuberculoso.




    PODE SER DENGUE?
Curso Clínico da Doença


                  Temperatura Axilar em Graus Centígrados
     40   39,5
                 39   38,8
                             39
39                                38   38,2          38
                                              37,8

                                                                             FASE DE
                                                          37,5               RECUPERAÇÃO.
                                                                 37
                                                                      36,6

                                                                                  35,4

                                                                                         o.C
     FASE FEBRIL


                 FASE CRÍTICA – Não ocorre em todos ( 10 a 15%?)
geralmente do 3 ao 7 dia ou na defervescencia.
Duração de 24 a 48 h –
Caracteriza por aumento da permeabilidade vascular e extravasamento
plasmático .
Curso Clínico da Doença
                                      FASE FEBRIL
           Febre com duração de 2 a 7 dias.
           Associada a: eritema facial, dor no corpo,cefaléia prostração e anorexia.
                         (não é possível prever evolução nessa fase)


                                Fase Crítica –Duração de 24 a 48 h – Não
                                ocorre em todos.
                                Caracteriza por: aumento da permeabilidade capilar com a
                                 normalização da temperatura . geralmente do 3 ao 7 dia ou
                                na defervescencia.




                       FASE DE RECUPERAÇÂO.
Desaparecimento da febre com melhora do estado geral.
Pode aparecer: um exantema “ ilhas bancas em um mar vermelho”,
 prurido e bradicardia ao ECG.
 O Hto estabiliza ou diminui,A elevação dos leucócitos tipicamente
precede a normalização do número de plaquetas. reabsorção de
    líquidos extravasado
VERDE
                 AMARELO                VERMELHO

                  RISCO CLÍNICO OU
                 SOCIAL OU SINAIS DE
                      ALARME             EXTRAVASAMENTO
   SEM                                 PLASMATICO: CHOQUE
  RISCO                                 INSUF REPIRATÓRIA
 CLÍNICO        SEM SINAL DE ALARME:
                                        HEMORRAGIA GRAVE
OU SOCIAL      ATENÇÃO SECUNDÁRIA         DANO ORGANICO
    OU
            LEITOS DE OBSERVAÇÃO 24H
SINAIS DE
 ALARME


                  SINAL DE ALARME:
                                         ATENÇÃO
                   INTERNAÇÃO            TERCIÁRIA
ATENÇÃO              ATENÇÃO
PRIMÁRIA                                    UTI
                    TERCIÁRIA
Quadro Clínico-
 Febre
Início, abrupto.Responde mal a antitérmico nos
dias iniciais. Duração de um a 7 dias.
Pode alcançar 40ºC e geralmente regride em platô.
O período febril tende a ser menor nos pacientes que
 já tiveram a doença antes. Pode ser bifásica.

 Cefaléia (holocraniana) e dor retro-orbitária;
Podem ser intensas.

 Artralgias (pequena e grandes articulações), dor
óssea e mialgias( predominando na região lombar e nos
  membros inferiores).
Quadro Clínico

 Manifestações Digestivas:
Anorexia , náuseas, vômitos e diarréia.

 Exantema – que pode surgir no início como eritema
  generalizado e fugaz e após 3 ou 4 dias como exantema
  máculo-papular ou escarlatitiforme generalizado,atingindo
  as regiões palmo-plantares.Ocorre entre 30 e 50% dos
  pacientes .

 Prurido- pode acontecer sozinho ou
acompanhar a segunda fase do exantema.
Manifestações Hemorrágicas podem
ocorrer em todas formas de dengue.
  •   Prova do laço (  após o quinto dia)
  •   Sangramento no local de punção
  •   Petéquias
  •   Equimoses
  •   Epistaxes
  •   Gengivorragias
  •   Hemorragia subconjuntival
  •   Hematúria microscópica e macroscópica
  •   Sangramento do trato gastrointestinal
  •   Metrorragia
  •   Hemoptise
Sinais de Alerta
 Dor abdominal intensa e contínua;
 Vômito persistente;
 Hipotensão postural ou lipotímia;
 Sonolência, agitação ou irritabilidade;
 Hepatomegalia;
 Sangramento espontâneo viscerais (hematêmese
  e/ou melena);
 Diminuição da diurese ( avaliar em 6 h);
 Hemoconcentração concomitante a queda abrupta
  das plaquetas;
 Plaquetas inferiores a 20.000/mm3 independente de
  manifestações hemorrágicas
            Sônia Maris O. Zagne
Evidências de Aumento da Permeabilidade
                      Vascular e Extravasamento Plasmático.

              Derrame Pleural- 14,3% internados (Rx). + no 4º. Dia..
              Predomina no lado direito. Correlaciona-se com gravidade.

              Ascite                               Derrame pericárdico



                                                               Redução do volume
                                                                   circulante
 Extravasamento
plasmático para o
    interstício
                                                               Queda da PA.
                                                               Desequilíbrio oferta e
                                                               utilização do oxigênio
                                                               tecidual .
   •Hematócrito aumentado (definido como 20% ou
   mais acima da linha de base ou uma queda semelhante
   após tratamento de substituição de volume);
   •Hipoproteinemia;

                         Sônia Maris O. Zagne
Evidencias Clinicas do Aumento da
                      Permeabilidade Vascular e
                     Extravasamento Plasmático.

                          Choque Hipovolêmico
   O extravasamento plasmático para o interstício ocasiona
   uma redução do volume circulante, que determina hipovolemia,
   a qual leva a um desequilíbrio entre a oferta e utilização
   do oxigênio tecidual e celular acarretando hipoxia tecidual e
   disfunção orgânica.
   Na fase inicial a PA pode ter valores normais.




                    Hipotensão arterial em adultos :
1. pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou
2. pressão arterial média < 70 mmHg ou
3. Sônia Maris O. Zagne de 40 mmHg na pressão arterial sistólica de base.
     uma diminuição
Em 913 pacientes com dengue - 167com
                                          manifestações pouco usuais.
                                   Predomínio em DH III e IV.     18%
                                   Hepatite-53 caso      (27%)
                                   Manifestações neurológicas-49 (25%)
Estudo de 1.585 casos de dengue:
Elevação transaminases em 65%      Deteriorização renal- 14     (7%)
 44,5% na faixa de até 3vezes ;   Lesão Cardíaca _ 15          (8%)
 16% níveis < a 10 vezes .        Lesão Pulmonar- 18           (9%)
                                   Colecistite alitiásica-18    (9%)
Provável DEN-3.
                                   Pancreatite -          2     (1%)
(Souza et al., 2002).              Abdome agudo         21         (11%)
                                   Mendez A -2006 .
COLECISTITE ALITIÁSICA POR
                  DENGUE
Quadro clínico compatível com dengue
associado a dor abdominal.

Ultra-sonografias evidenciaram vesícula
 biliar distendida com paredes difusamente
 espessadas sem evidências ou sinais de
litíase em seu interior (colecistite alitiásica).

Auto-limitada, que deve ser pesquisada
em todos os pacientes que tenham dor
abdominal (como sinal de alerta).

A conduta adequada restringe-se ao
tratamento de suporte, devendo
a cirurgia ser reservada às
complicações.
Resposta Imunológica
                        em Dengue.


                                                               A resposta
                                                               imunologic
                                                                    a
     Vírus Dengue                                              Hospedeiro



Protetora                  A resposta imunologica                Patogenica
 conduzir a                na infecção por virus                 evoluir para
   cura                       Dengue pode ser.                   formas graves e
                                                                    morte.


O microambiente das citocinas é um dos fatores mais importantes na indução
da resposta imunologica e sua direção.
Outra característica importante são os fatores genéticos
                      Sônia Maris O. Zagne
Formas Graves de Dengue

       DIS-REGULACÃO
da reposta Inmunológica que
é transitoria que tem como :


      CONSEQÜÊNCIA
 Vasculopatia inicialmente
 funcional .
 .

                                              PERCEBE
            PROVOCA               •   Hemoconcentração
Abertura dos “poros vasculares”   •   Manifestações Hemorrágicas
Extravasamento de proteínas e     •   Trombocitopenia
líquidos                          •   Queda da Pressão Arterial
Perda de liquido para terceiro    •   Choque e Morte (24/48 horas)
espaço.
 Sônia Maris O. Zagne
SITUAÇÃO PROBLEMA
             RESUMO- A.S
 1º. - 3º. Dias- síndrome febril   Fase Febril. Presença do vírus
  aguda.

 4º. Dia- sem febre melhor dos
  sintomas. A noite dor abdominal
  intensa.
                                              Fase Crítica.
                                            Sinais de Alerta.
 5º. Dia-. Hemoconcentração                 Sem viremia.
                                         Dis- regulação imune
 (Htº 64% )
 Choque ( PA 60 sistólica mmHg)

 6º. Dia- Hemoconcentração ,
  petéquias e hematúria, acidose
  metabólica, PA 0. Óbito
PASSO 1: AVALIAÇÃO CLÍNICA
1      ANAMNESE: febre marca início da doença, cronologia sinais e sintomas,
      história patológica, epidemiológica e social

2      EXAME FÍSICO

3      DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL


                              ANAMNESE
    A história clínica deve ser a mais detalhada possível e os itens a
                   seguir devem constar em prontuário.

    História da doença atual.
    a) caracterização da curva febril ( a data de início da febre).
    b) cronologia dos sinais e sintomas.
    c) pesquisa de sinais de alarme.
    d) pesquisa de manifestações hemorrágicas:
    e) Variações no nível de consciência.
    f) Uso de medicação e hidratantes.
Epidemiologia.
      g) Casos semelhantes no local de moradia ou de trabalho.
   h) História de deslocamento nos últimos 15 dias para área de
                                        transmissão de dengue.
História Patológica Pregressa
Doenças crônicas associadas:
a) hipertensão arterial,
b) diabetes mellitus,
c) Doença pulmonar obstrutiva crônica.
d) doenças hematológicas crônicas (anemia falciforme),
e) doença renal crônica,
f) doença grave do sistema cardiovascular,
g) doença acidopéptica e
h) doenças auto-imunes.
Uso de medicamentos:
com a aspirina, mesmo em baixa dose; antiinflamatório,
anticoagulante, pentoxifilina, imunossupressores e todos ou
Exame Físico Geral
 Sinais vitais: Verificar a pressão arterial em duas
  posições, pulso freqüência e amplitude; freqüência e
  padrão respiratório e temperatura.

 Ectoscopia: destacar a pesquisa de edema subcutâneo
  (palpebral,de parede abdominal e de membros), assim
  como manifestações hemorrágicas na pele, mucosas e
  esclera. Avaliar o estado de hidratação e enchimento
  capilar

 Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto
  respiratório e de derrame pleural e pericárdico.

 Segmento abdominal: pesquisar hepatomegalia, dor e
  ascite.
 Sistema nervoso: Avaliação do estado mental;pesquisar
  sinais de irritação meníngea; sensibilidade e força
  muscular.
Exame físico geral

            ATENÇÃO!!! OBRIGATÓRIOS.


 Medida da pressão arterial em duas posições.

 Freqüência do pulso em duas posições.

 A verificação do tempo do enchimento capilar.
• O enchimento capilar se faz normalmente em um tempo
  de até dois segundos. Para sua verificação pode se
  comparar o tempo de enchimento do paciente com o do
  examinador



              Sônia Maris O. Zagne
Antes de haver uma queda substancial na pressão arterial
sistólica, poderá haver um fenômeno de pinçamento da
pressão arterial, ou seja, a diferença entre a pressão arterial
sistólica e a diastólica será menor ou igual a 20mmHg,
caracterizando a pressão arterial convergente.
Diagnóstico Diferencial

      Virais                                       Bacterianas
   Rubéola.                                      Malária.
   Sarampo.                                      Meningococcemia
   Parvovirose                                   Meningite
   Febre Amarela                                 Infecções bacterianas e
   Influenza                                     sepses
   Hepatite A                                    Febre Maculosa
   Hantavirose                                   Leptospirose



DOENÇA          DENGUE           LEPTOSPIROSE    Diagnóstico Diferencial entre Dengue e
Hto Hb          eleva            reduz           Leptospirose .
                                                 Centro de Referência de Dengue em Campos
VHS             normal           aumentado
                                                 Prof.Luiz José de Souza.
Transaminases   elevada em 52,2% elevada 55,5%
CASO SUSPEITO DE DENGUE

4    Exames complementares indicados ao caso.




•   O hemograma deve ser feito no primeiro atendimento.
•   Se o paciente apresentar fatores de risco para formas graves ou estiver
    em unidade com facilidade de realizar o exame, ele somente será sempre
    liberado após o resultado do exame.
•   Se estiver em unidade que não realiza o exame no local e for de baixo
    risco, pode ir para casa e retornar no dia seguinte para reavaliação.
HEMOGRAMA:
Leucócitos: 1º -3º dias- leucopenia e neutropenia
             3º-8º dias- normal ou elevada em casos graves.


 Plaquetas -ponto de coorte < 100.000 mm³.
1º -3º dias – geralmente normal
3º-8º dias- em 55% dos pacientes < 100.000 mm³
A plaquetopenia não atribui risco de forma grave, embora possa
ser o primeiro indicativo de início da fase crítica.
HEMOGRAMA:
   Hematócrito.
o Um hematócrito no início da fase febril estabelece valor de base do
  próprio paciente.
o 1º -3º dias – geralmente normal.
o Hematócrito em ascensão- Marca o inicio da Fase Critica;
o O valor é diretamente proporcional a gravidade.
o Um aumento do hematócrito, em comparação com a anterior é
  altamente sugestivo de evolução para a fase crítica da doença com o
  extravasamento de plasma.



Hto                     Suspeito                Aumentado
Criança                         > 38 %                 > 45 %
Mulheres                        > 45 %                 > 48 %
Homens                          > 48%                  > 54 %
Aumento do valor habitual.   10% - Suspeito -     20% - Aumentado
Métodos de Imagem


Rx de Tórax PA, perfil
       Laurel
Ultrassonografia:

     Útil para detectar transudação
     plasmática precocemente a
     partir do 3º dia de doença.
     O mais comum é o derrame
     pleural.




Mais sensível que o RX na detecção de
               derrame.
CASO SUSPEITO DE DENGUE

4   Exames laboratoriais não específicos indicados ao caso

                      PASSO -2
         DIAGNÓSTICO CLÍNICO: FASE DA DOENÇA E
              ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
                      PASSO -3
                      CONDUTA

5
    NOTIFICAR A DOENÇA

6
    GESTÃO CLÍNICA DO CASO conforme RISCO/VULNERABILIDADE
Critica
                                             Recuperação
                  Febril

                           FASES DA DOENÇA



                   Hipovolemia ou choque;
                    Lesão orgânica grave;
                    Hemorragia viscerais;
                    Sinais Alarme !!!!!
FATORES DE RISCO:
 Idade- < de 15 anos e > de de 60 anos.
                                                      Risco
 Grávidas.                                           Clínico
 Doenças crônicas.
 Paciente sem plena autonomia.
                                                      Risco
 Dificuldade de acesso ao serviço de saúde.          Social.
Dengue com Choque


 Lesão orgânica grave             Alto

                                                     GRUPO ESPECIAL:
 Hemorragia visceral                                 Crianças ou idosos ou
                                                      grávida ou com
                                                      doença previas.

   Dengue com Sinais de                  R
   Alerta                                I   Médio
                                         S
                                         C     Sem capacidade de
 Adultos sem doença
                                         O     auto-cuidado e/ou de acesso
 Previas ou que não é do grupo
    especial                                   ao serviço de saúde.
 Com capacidade de cuidado
 e acesso ao serviço de
 saúde.

 Dengue sem manifestações
 hemorrágica visceral, sem       Baixo
 sinais de alerta ou choque

  Sônia Maris O. Zagne
Gerenciamento por Grupo de Risco
GESTÃO CLÍNICA do caso por grupo de risco.


Estratificado em baixo risco de complicações-
Acompanhamento no nível básico (primário) de saúde.


Estratificado em potencial risco de complicações -
Acompanhamento no nível médio (secundário ) de saúde.




Estratificado em alto risco de complicações ou
necessidade de tratamento imediato para redução de
risco de vida- Acompanhamento no nível médio
(secundário ) de saúde com internação formal. Pode
necessitar de UTI.
SITUAÇÃO PROBLEMA
 JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói.
 Queixa principal: Dor no corpo e febre.
 Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia ,
 prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com
 quadro semelhante e vizinhos com dengue. Diurese normal.

 Ao exame: P.A. 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm,
 Tax. 38,2º C.
 O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros
 foram normais.

Caso Suspeito de Dengue sem: Choque,Sinais de alarme
Não pertença a grupo de risco clínico ou social para complicações.

Capazes de ingerir líquidos e que tenham urinado pelo menos uma vez nas
últimas 6 horas.

Classificação de risco → baixa prioridade para avaliação médica.


                                  Verde
SITUAÇÃO PROBLEMA
  JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói.
  Queixa principal: Dor no corpo e febre.
  Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este
  quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e vizinhos com dengue. Diurese normal.

  Ao exame: PA 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C.
  O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais.

 NOTIFICAÇÃO DO CASO.
 SOLICITAR HEMOGRAMA.
 colher após a consulta ou no dia seguinte; na própria unidade;
 ver resultado em até 24h após a realização.

                                                RESULTADO
 Htº 40% , leucometria 3.500 mm³ e plaquetas 168.000 mm³

ORIENTAR HIDRATAÇÃO ORAL
60 a 80 ml/kg/ dia – 1/3 soro de hidratação oral 2/3 de água ou outros líquidos.
CRIANÇAS : < 2 anos 50-100ml cada vez (1/4 a ½ copo de cada vez)
             > 2 anos 100-200ml (1/2 a 1 copo de cada vez)
             1/3 SORO ORAL
PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA
REPOUSO

ORIENTAÇÃO ESCRITA SOBRE SINAIS DE ALERTA.
RETORNO NO PERÍODO DE REDUÇÃO DA FEBRE EM 24 A 72H.
Baixo risco
                              CONDUTA:
NOTIFICAÇÃO DO CASO.
SOLICITAR HEMOGRAMA.
colher após a consulta ou no dia seguinte;
 na própria unidade;
ver resultado em até 24h após a realização.

ORIENTAR HIDRATAÇÃO ORAL
60 a 80 ml/kg/ dia – 1/3 soro de hidratação oral 2/3 de água ou
outros líquidos.
PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA
REPOUSO

ORIENTAÇÃO ESCRITA SOBRE SINAIS DE ALERTA.
RETORNO NO PERÍODO DE REDUÇÃO DA FEBRE EM 24 A 72H.
SITUAÇÃO PROBLEMA
JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói.
Queixa principal: Dor no corpo e febre.
Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este
quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e visinhos com dengue. Diurese normal.

Ao exame: PA 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame da cabeça,
pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais.

Retornou no quarto dia sentindo-se melhor, ainda com febre. Nega sinais
de alerta. Ao exame Prova do laço+. Demais dados do exame físico
normais
Continua de baixo risco.
SOLICITAR HEMOGRAMA.
ver resultado em até 4 -6h após a realização.

                                             RESULTADO
Htº 44% , leucometria 3.100 mm³ e plaquetas 68.000 mm³




                                     Estadiamento?
Baixo risco (Verde)
               CONDUTA -RETORNO:

REFAZER A HISTÓRIA E O EXAME FÍSICO ( sinais de alarme)
   Sem           AVALIAR HEMOGRAMA.
alterações                                                     Alterações
             Normal                Alterado         Alterado

                      Se hto elevado menos de
Baixo risco:          10 % ou plaquetas>
Manter prescrição                                 Se hto elevado mais de
                      50.000 e < 100.000.         10 %
Retorno se
                                                  ou plaquetas < 50.000;
necessário.           Solicitar hemograma
                                                  ou alterações clinicas
                      Retorno em 24 h.
                                                  MUDANÇA DE RISCO
                      Reforçar hidratação oral.
SITUAÇÃO PROBLEMA
JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói.
Queixa principal: Dor no corpo e febre.
Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia,
manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e visinhos com dengue.
Diurese normal.

Ao exame: PA 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame
da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais.
Retornou no quarto dia sentindo-se melhor, ainda com febre. Nega sinais de alerta. Ao exame
Prova do laço+. Demais dados do exame físico Normais.

Retornou no quarto dia sentindo-se melhor, ainda com febre. Nega sinais de alerta. Ao exame Prova do laço+.
Demais dados do exame físico normais.
Ficou na unidade por 6 h e fez hidratação venosa.Novo Hemograma –
Normal. Retornou no quinto dia sentindo-se bem.
Continua de baixo risco.
SOLICITAR HEMOGRAMA.
ver resultado em até 24 h após a realização.
                          RESULTADO
Htº 39% , leucometria 5.100 mm³ e plaquetas 108.000 mm³

                                     Estadiamento?
Médio risco - Amarelo.

     •   RISCO CLÍNICO/SOCIAL SEM SA
     •   Grupo especial:
     •   Crianças <15ª, gestantes, adultos >60ª
     •
1    •
         Comorbidades:
         HAS, DM, DRC, obesidade, ICC, dçs crônicas

     • SINAL DE ALARME: dor abdominal intensa e
       contínua,hipotensão postural ou lipotímia, vômito
       persistente, sonolência, agitação ou irritabilidade,
       hepatomegalia, sangramento espontâneo visceral,
       diminuição da diurese, hemoconcentração concomitante
       a queda abrupta das plaquetas
2    • ESTE GRUPO PODE TER OU NÃO RISCO CLÍNICO
       PRÉVIO OU SOCIAL
AVALIAÇÃO: HISTÓRIA E EXAME CLÍNICO


       Sinais de alarme                  Risco clínico e social
 Dor abdominal intensa e              Menores de 15 anos de idade.
  contínua.
 Hipotensão postural ou lipotímia.    Adultos com mais de 60 anos.
 Vômito persistente.                  Grávidas.
 Sonolência, agitação ou
  irritabilidade.                      Adultos e crianças com
 Hepatomegalia.                       hipertensão, obesidade,
 Sangramento espontâneo
                                        diabete
  visceral.
 Diminuição da diurese.               ou doenças crônicas.
 Hemoconcentração concomitante
  a queda abrupta das plaquetas


                 Médio risco- Amarelo.
AMARELO (1) – Sem sinais de alerta
 Pacientes com hematócrito estável, sem sinais de gravidade, aceitando
 TRO, ou que tenham reduzido Ht após HV, com melhora clínica, SE
 MANTERÃO EM REGIME DE ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL.

  1-Prescrição:
  Orientar hidratação oral
  ( 60 a 80 ml/kg/ dia – 1/3 soro de hidratação oral)
  Prescrição de medicação sintomática
   ( dipirona ou paracetamol)

  2- Orientação escrita a pacientes e familiares.
        .


. 3 – Monitoração: revisão diária para avaliação da progressão da doença;
      hemograma completo no primeiro atendimento e a cada 48h ou a critério
      clínico;
       Defervescência da febre – retornar obrigatoriamente neste dia a unidade;
      Retorno imediato à unidade de saúde na presença de qualquer um dos
      sinais de alarme.
AMARELO (1) – Sem sinais de alerta


 Pacientes sem sinais de alarme que não consigam ingerir
  líquidos:
•             Reposição volêmica parenteral com SF 0,9% -
       20ml/Kg em            04 horas.


Pacientes com hematócrito elevado, mesmo sem outros sinais de
gravidade, deverão receber reposição volêmica venosa –
SF 0,9% - 20ml/Kg em 02 horas.

       Reconsiderar classificação para “amarelo forte” (2) SA.
Risco clínico e social: SEM SA

                               HIDRATAÇÃO ORAL INICIADA NA ESPERA.


                                             NOTIFICAÇÃO DO CASO.
         RETORNO
REAVALIAÇÃO CLINICA.                     SOLICITAR HEMOGRAMA
SOLICITAR HEMOGRAMA            Colher após a consulta na própria unidade.
SOROLOGIA APÓS O               Resultado em até 6 h .
6ºDIA.                         AVALIAÇÃO DE GLICEMIA - Diabéticos
                            normal                              alterado


  ORIENTAR HIDRATAÇÃO ORAL- 60 a 80 ml/kg/ dia:
  1/3 soro de hidratação oral 2/3 de água ou outros líquidos.
  PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA
  RETORNO EM ATÉ 48h SE NO PERIODO FEBRIL OU EM 24H SE DEFERVESCENCIA.
• Risco clínico e social
              Aceita hidratação oral e diurese nas ultimas 6h



  RESULTADO HEMOGRAMA
                                                                Se hto > 10 % ou
                                                                plaq < 50.000
Se hto elevado menos de 10 % ou
plaquetas> 50.000 e < 100.000.

Só transferência se não houver como reavaliar em 4h ou não
tiver condições de fazer etapa de hidratação venosa.
HIDRATAÇÃO VENOSA - 20 a 30 ml/kg/ em 4 a 6 horas-1/3
solução salina e 2/3 soro glicosado a 5%.
PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA

                                                                              alterado
  LIBERAÇÃO- CASA
  RETORNO - 24 h                            SOLICITAR NOVO HEMOGRAMA
                            normal
        Fluxo 1
                                            (iniciar nova etapa de hidratação até o resultado)
SITUAÇÃO PROBLEMA
JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói.
Queixa principal: Dor no corpo e febre.
Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia ,
prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com
quadro semelhante e visinhos com dengue. Diurese normal.
Diabética há 6 anos.

Ao exame: P.A. 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm,
Tax. 38,2º C.
O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros
foram normais.




                Amarelo – Risco Clinico.
AMARELO – Com sinais de alerta.

Classificação de risco → alta prioridade para avaliação médica.
Avaliação:
Hemograma com contagem de plaquetas antes de iniciada hidratação,
glicemia e outros exames específicos conforme avaliação clínica.
Volume urinário horário nas primeiras 4 horas.

 Tratamento:
 •Manter em leito de observação (cadeira de hidratação ou maca.
 Unidade com plantão 24h médico e enfermagem).

 •Hidratação oral enquanto aguarda avaliação médica.

 •Reposição volêmica venosa em todos os pacientes com sinais de
 alarme, depois da avaliação clínica e do hemograma
 •SF0,9% ou Ringer lactato 20ml/kg/h até 3x
 •Manutenção SF0,9% ou Ringer lactato 25ml/kg 6/6h, 8/8h, 12/12h
Alto risco
                               vermelho
Dengue grave
  Extravasamento plasmático (ascite, derrame pleural etc.)
  Hipovolemia – Hipotensão ou choque
  Hemorragia digestiva( hematêmese e ou melena)
  Comprometimento orgânico grave, comprometimento
  respiratório

Avaliação:
História, exame clínico e investigação laboratorial básica
Classificação de risco → alta prioridade para avaliação
médica.
Tratamento do choque – REPOSIÇÃO VOLÊMICA com
20 ml/Kg/ 30min EV de SF 0,9% até 3x
Atentar para sinais de choque hipovolêmico:
   A. Pulso rápido e fino
   B. Extremidades frias
   C. Pele pálida e úmida (paciente sudoreico)
   D. Enchimento capilar lento > 2 segundos.
   E. Pressão arterial convergente (PA diferencial < 20 mmHg).
   F. Hipotensão postural (queda>20mmHg na aferição de pé em
   relação à aferição sentado)
   G. Agitação ou prostração importante
   H. Hipotermia

 Classificação de risco → Avaliação médica imediata.
 Internação hospitalar. Pode precisar de unidade
 terapia intensiva.


        VERMELHO- Dengue Grave
SITUAÇÃO PROBLEMA
.RESUMO- A.S
•   1º. - 3º. Dias- síndrome febril aguda.
•   4º. Dia- sem febre melhor dos sintomas. A noite dor abdominal intensa.

Rotina de abdome agudo - normal . Paciente foi internado para esclarecimento diagnóstico, foi iniciado
hidratação venosa, dolantina e dieta zero.

18/06/1990- 5 h -apresentou quadro de agitação psicomotora com P.A de 60x 40 mm
Hg P 110 bpm Tax 35 º C.
Resultado dos exames colhidos de madrugada; Htº 64% , leucometria 16.750 mm³ com
17 % de bastão, 66 % de segmentados e 14% de linfócitos, plaquetas 68.000 mm³ ,
glicose 201 mg%, uréia 23 %, creatinina 0,9 mg%, cálcio 8.5 mg% e amilase 66U/dl.


FASE DE EXPANSÃO (sob rigorosa observação clínica):

Soro fisiológico a 0,9% ou Solução de Ringer: 20mL/kg em 30 minutos, máximo de 2.000 mL
por etapa, podendo ser repetida até 3 vezes ou mais a critério clínico.

Se o hematócrito estiver em ascensão e houver choque persistente apesar da reposição volêmica
adequada, utilizar expansores => coloide sintético (10mL/kg/hora) ou albumina 3ml/kg/h adulto e
criança 0,5 a 1,0g/kg/h
Alto risco
                                Vermelho
                              Conduta:
Reposição volêmica.
Dois acessos venosos calibrosos. Evitar punção de vasos profundos
profundos, preferir vasos compressíveis.
Cautela ao instalar cateter nasogástrico.
Hematócrito (hemoconcentração) a cada 2 horas.
Rigorosa observação de enfermagem e reavaliação clínica constante
na fase de expansão.
Avaliar necessidade de UTI:
(hematócrito em queda e choque, gravidade do comprometimento
clínico, insuficiência respiratória etc.).
Havendo melhora clínica e laboratorial, tratar paciente como amarelo.

Diagnóstico de confirmação. Se possível solicitar antígeno NS-1,
isolamento viral ou sorologia IgM MAC ELISA conforme fase da dç
Notificação para todos os casos suspeitos, graves ou não
Sinais e sintomas de hidratação
                       excessiva:
•   Dispnéia.
•   Ortopnéia / taquipnéia / Cheyne-Stokes.
•   Tosse de início súbito.
•   Terceira Bulha (galope).
•   Estertores crepitantes basais.
•   Edema pulmonar.
•   Turgencia jugular
•   Edema periorbitário bilateral em crianças.
Transfusão de concentrado
                        de plaquetas na dengue


                 A transfusão de plaquetas só está indicada
                 na dengue hemorrágica quando houver
                 trombocitopenia e presença de
                 sangramento ativo, ou indícios, ainda que
                 difusos, de hemorragia cerebral.

                 Nestes casos, a contagem de plaquetas
                 também não aumentará depois da
                 transfusão, mas as plaquetas irão auxiliar
NÃO DESPERDICE   no tamponamento da(s) brecha(s)
   SANGUE
                 vascular(es), contribuindo assim para
                 deter a hemorragia.
PROTOCOLO DO HEMORIO
  Transfundir plaquetas em caso de
 Plaquetas <50.000 mm com sangramento ativo
importante:
  Hemorragias significativas
(excluindo petéquias, equimoses e pequenas
gengivorragias)
  Indícios de hemorragia cerebral
(cefaléia, visão turva, alteração de fundo de olho, etc)

 Fazer:
 1 unidade para cada 7 Kg de peso.
 Intervalo de administração: 12/12h ou de 8/8 horas, até o
controle da hemorragia.
Tratamento Sintomático
 Febre e Dor:
Analgésicos e antitérmicos.
( Dipirona Ou Paracetamol)
Evitar a via IM

Prurido.
Dexclorfeniramina, loratadina ou
 cetirizina.

Náuseas e Vômitos.
Metoclopramida ou bromoprida.
 Pantoprazol, omeprazol ou ranitidina.
Obesos



• Em pacientes obesos, a reposição volêmica
  deverá ser calculada tomando como base o
  peso ideal para a faixa etária e altura do
  paciente, e não o peso corpóreo.
peso ideal
         Altura , OMS   peso ideal mínimo
                                             máximo
1,50 m                        42 kg           56 kg
1,52 m                        43 kg           57 kg
1,54 m                        44 kg           59 kg
1,56 m                        46 kg           60 kg
1,58 m                        47 kg           62 kg
1,60 m                        48 kg           64 kg
1,62 m                        49 kg           65 kg
1,64 m                        50 kg           67 kg
1,66 m                        51 kg           68 kg
1,68 m                        53 kg           70 kg
1,70 m                        54 kg           72 kg
1,72 m                        55 kg           73 kg
1,74 m                        57 kg           75 kg
1,76 m                        58 kg           77 kg
1,78 m                        59 kg           79 kg
1,80 m                        60 kg           81 kg
1,82 m                        62 kg           82 kg
1,84 m                        63 kg           84 kg
1,86 m                        65 kg           86 kg
1,88 m                        66 kg           88 kg
1,90 m                        67 kg           90 kg
1,92 m                        69 kg           92 kg
1,94 m                        70 kg           94 kg
1,96 m                        72 kg           96 kg
1,98 m                        73 kg           98 kg
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
                    Arq. Bras. Cardiol. v.89 n.2 São Paulo ago. 2007


PACIENTES COM DENGUE E ALTO RISCO DE TROMBOSE EM CURTO
PRAZO.

• Pacientes submetidos a angioplastia coronária com
stents recentemente
 (um mês para não farmacológico, e três a seis meses para
   farmacológico).

• Portadores de próteses valvares mecânicas,
particularmente em posição mitral, tricúspide, ou com
FAC associada, tromboembolismo prévio ou mais de uma
válvula mecânica.

• Portadores de FAC com múltiplos fatores de risco
trombótico (disfunção ventricular, idosos, hipertensos,
diabéticos, valvulopatas, AVC prévio,trombo intracavitário).
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
                      Arq. Bras. Cardiol. v.89 n.2 São Paulo ago. 2007



Pacientes com dengue e alto risco de trombose em curto prazo.

                              RECOMENDAÇÃO:
 Manter clopidogrel e AAS, naqueles que já recebiam.

 Suspender warfarina e substituir por heparina assim que INR estiver
  abaixo da faixa terapêutica. Reintroduzir warfarina após uma semana.
  Monitorizar seriadamente plaquetas e coagulograma até uma semana.

 Suspender as medicações, se contagem plaquetária igual ou inferior a
  50.000/mm3, sangramento ou choque.

 Pode-se considerar a suspensão do clopidogrel e AAS de acordo com a
  intensidade da redução progressiva do número de plaquetas.
Indicações para internação hospitalar
• a) Presença de sinais de alarme.
• b) Recusa na ingestão de alimentos e líquidos.
• c) Comprometimento respiratório: dor torácica,
  dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio
  vesicular ou outros sinais de gravidade.
• d) Plaquetas <20.000/mm3, independentemente de
  manifestações hemorrágicas.
• e) Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade
  de saúde.
• f) Co-morbidades descompensadas como diabetes
  mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso
  de dicumarínicos, crise asmática, etc.
• g) Outras situações a critério médico.
Critérios de Alta

Mais de 24h afebril com hematócrito normal e
hemodinamicamente estável

Plaquetas em elevação ou >50.000/mm3

Ausência de sintomas respiratórios
Critérios de alta dos leitos de observação:




Pacientes  submetidos a reposição volêmica, depois de
compensados, se não tiverem indicação de internação,
devem ser mantidos em observação em leito ou cadeira
de hidratação por pelo menos 6 horas antes da liberação
para tratamento ambulatorial.
Indicação de Alta

    • Ausência de febre por 24 horas (sem antitérmico) e retorno
      do apetite
    • Melhora clínica
    • Hematócrito estável
    • 3 dias depois da recuperação do choque
    • Plaquetas >50,000/mm3
    • Sem distúrbios respiratórios ou efusão



                           • ORIENTAÇÕES
•    Informar por escrito sinais de alerta ao paciente e familiares.
•    Sempre prescrever hidratação
     ( 50 a 80ml /kg em 24h, com 1/3 de solução salina)
•    Selecionar o antitérmico, avaliando o risco individual.
•    Utilizar o cartão da dengue.
Diagnóstico Etiológico
• O diagnóstico de dengue depende da duração da doença.
• No período inter epidêmico a sorologia é obrigatória para
  todos os casos.
• No período epidêmico a sorologia é para casos
  selecionados.
• Fazer sempre para pacientes graves, gestantes e crianças.
• Do 1º. ao 5º. Dia- Detecção de antígeno NS-1-

• Do 6º. Ao 60º. Dia- Sorologia:
 Ig M ( positiva em 80% no 5 dia permanece positiva até o 90
  dia) significa infecção recente ou em curso.
 Falso positivo 1,7% e falso negativo em 10% .

 Ig G, significa infecção antiga ou em curso.
Diagnóstico
CASO CONFIRMADO DE DENGUE.
Febre até sete dias e que apresente pelo menos dois dos seguintes sinais
ou sintomas: Cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, dor retroorbitária,
exantema com ou sem prurido. Vive em área de transmissão de dengue.
É o caso suspeito com resultados positivos através de sorologia IgM ou IgG,
detecção de antígeno NS1.

CASO CONFIRMADO DE DENGUE GRAVE
Febre até sete dias e que apresente pelo menos dois dos seguintes sinais
ou sintomas: Cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, dor retroorbitária,
exantema com ou sem prurido. Vive em área de transmissão de dengue.
Apresentem choque, lesão orgânica grave ou hemorragia visceral
É o caso suspeito com resultados positivos através de sorologia IgM ou IgG,
detecção de antígeno NS1.
Obs. No período epidêmico, a definição de caso confirmado de dengue
   fica a critério da vigilância epidemiológica.

                     Sônia Maris O. Zagne
CRIANÇAS
Tabela de Necessidades basais para crianças:
          Até 10 Kg = 100 ml/kg/dia
          10 - 20 Kg = 1.000 ml/dia + 50ml/Kg/dia do que passar de 10 Kg
          20 – 40 Kg = 1.500 ml/dia + 20 ml/Kg/dia do que passar de 20 kg


PESO    NECESSIDADE BASAL/DIA      PESO                        NECESSIDADE BASAL/DIA

1 Kg    100 ml                     21 Kg                       1520 ml
2 Kg    200 ml                     22 Kg                       1540 ml
3 Kg    300 ml                     23 Kg                       1560 ml
4 Kg    400 ml                     24 Kg                       1580 ml
5 Kg    500 ml                     25 Kg                       1600 ml
6 Kg    600 ml                     26 Kg                       1620 ml
7 Kg    700 ml                     27 Kg                       1640 ml
8 Kg    800 ml                     28 Kg                       1660 ml
9 Kg    900 ml                     29 Kg                       1680 ml
10 Kg   1000 ml                    30 Kg                       1700 ml
11 Kg   1050 ml                    31 Kg                       1720 ml
12 Kg   1100 ml                    32 Kg                       1740 ml
13 Kg   1150 ml                    33 Kg                       1760 ml
14 Kg   1200 ml                    34 Kg                       1780 ml
15 Kg   1250 ml                    35 Kg                       1800 ml
16 Kg   1300 ml                    36 Kg                       1820 ml
17 Kg   1350 ml                    37 Kg                       1840 ml
18 Kg   1400 ml                    38 Kg                       1860 ml
19 Kg   1450 ml                    39 Kg                       1880 ml
20 kg   1500 ml                    40 kg                       1900 ml
C
A
R
T
Ã
O

D
A

D
E
N
G
U
E
•   Fontes:
•   Organização Mundial de Saúde:
    Dengue: Guidelines for
    diagnosis, treatment,
    prevention and control. New
    Edition 2009. Disponível em
    http://whqlibdoc.who.int/publicatio
    ns/2009/9789241547871_eng.pdf
•   Brasil, Ministério da Saúde:
    Diretrizes Nacionais para a
    Prevenção e Controle de
    Epidemias de Dengue 2009.
    Disponível em
    http://portal.saude.gov.br/portal/ar
    quivos/pdf/diretrizes_dengue.pdf
•   OPAS, Guias de atencion para
    enfermos en la region americas,
    2010
•   Brasil, MS: Manejo clínico da
    Dengue na criança, 2011

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Conduta no paciente com dengue com base na estratificação de risco - 2010/2011

  • 2. CONDUTA NO PACIENTE COM DENGUE COM BASE NA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO.– 2010/2011 Coordenadora: Sônia Maris Oliveira Zagne  Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da UFF.  Mestre em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da UFF com Tese em Dengue Hemorrágico.  Membro do Grupo de Assessoria Técnica de Dengue do Estado do Rio de Janeiro.  Pesquisadora da Fiocruz em dengue com vários artigos publicados sobre o tema.  Co-autora dos manuais de dengue do MS.  Coordenadora do Prevenir da Unimed Leste Fluminense.  Membro da Diretoria da Associação Médica Fluminense.
  • 3. TUTORES DA SMSDC/CASS Dra Lúcia Silveira (SMSDC/SUBHUE) Dra Janaina Ferreira (SMSDC/SUBHUE) Dra Sarah Figueiredo (SMSDC/SUBHUE) Dra Rosimar Vianna Silva (SMSDC/SUBHUE) Dra Angela Rego (SUBPAV/PSF) Dra Fátima Penso (SUBHUE) Dra Solange Leal (SUBHUE) TUTORES COLABORADORES REDE SMSDC RJ Dra Marisa Aloe(HMJ –SOPERJ) Dra Tereza Mello (HMRPS) Dra Eliane Calazans (CAP 2.1) Dr. Sidney Rocha de Mattos Jr (HMCD)
  • 4. Circulação Viral 2010. DEN- 4 DEN- 1 DEN- 2 DEN- 3 Em decorrência do processo de hiperendemicidade do dengue no Brasil, vem ocorrendo uma mudança na sua distribuição etária, havendo um progressivo aumento da incidência em menores de 15 anos. Ao mesmo tempo, tem havido também um aumento da incidência das formas graves.
  • 5.
  • 6. Situação Problema Febre ate 7 dias + DBLS, fem., 20 anos, parda, casada, 2 sintomas (cefaléia;dor retroorbitária; residente em Niterói. mialgias; artralgias; Queixa: Dor e febre. prostração ou exantema.) Início súbito há dois dias com mialgias generalizadas, cefaléia holocraniana , prostração, anorexia e febre de até 39º. C, a Contato com vetor qual não passa mesmo com uso de analgésico. e área de transmissão do História epidemiológica: mosquitos no vírus dengue. domicílio, contato com água de enchente e com paciente tuberculoso. PODE SER DENGUE?
  • 7. Curso Clínico da Doença Temperatura Axilar em Graus Centígrados 40 39,5 39 38,8 39 39 38 38,2 38 37,8 FASE DE 37,5 RECUPERAÇÃO. 37 36,6 35,4 o.C FASE FEBRIL FASE CRÍTICA – Não ocorre em todos ( 10 a 15%?) geralmente do 3 ao 7 dia ou na defervescencia. Duração de 24 a 48 h – Caracteriza por aumento da permeabilidade vascular e extravasamento plasmático .
  • 8.
  • 9. Curso Clínico da Doença FASE FEBRIL  Febre com duração de 2 a 7 dias.  Associada a: eritema facial, dor no corpo,cefaléia prostração e anorexia. (não é possível prever evolução nessa fase) Fase Crítica –Duração de 24 a 48 h – Não ocorre em todos. Caracteriza por: aumento da permeabilidade capilar com a normalização da temperatura . geralmente do 3 ao 7 dia ou na defervescencia. FASE DE RECUPERAÇÂO. Desaparecimento da febre com melhora do estado geral. Pode aparecer: um exantema “ ilhas bancas em um mar vermelho”, prurido e bradicardia ao ECG. O Hto estabiliza ou diminui,A elevação dos leucócitos tipicamente precede a normalização do número de plaquetas. reabsorção de líquidos extravasado
  • 10.
  • 11.
  • 12. VERDE AMARELO VERMELHO RISCO CLÍNICO OU SOCIAL OU SINAIS DE ALARME EXTRAVASAMENTO SEM PLASMATICO: CHOQUE RISCO INSUF REPIRATÓRIA CLÍNICO SEM SINAL DE ALARME: HEMORRAGIA GRAVE OU SOCIAL ATENÇÃO SECUNDÁRIA DANO ORGANICO OU LEITOS DE OBSERVAÇÃO 24H SINAIS DE ALARME SINAL DE ALARME: ATENÇÃO INTERNAÇÃO TERCIÁRIA ATENÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA UTI TERCIÁRIA
  • 13. Quadro Clínico-  Febre Início, abrupto.Responde mal a antitérmico nos dias iniciais. Duração de um a 7 dias. Pode alcançar 40ºC e geralmente regride em platô. O período febril tende a ser menor nos pacientes que já tiveram a doença antes. Pode ser bifásica.  Cefaléia (holocraniana) e dor retro-orbitária; Podem ser intensas.  Artralgias (pequena e grandes articulações), dor óssea e mialgias( predominando na região lombar e nos membros inferiores).
  • 14. Quadro Clínico  Manifestações Digestivas: Anorexia , náuseas, vômitos e diarréia.  Exantema – que pode surgir no início como eritema generalizado e fugaz e após 3 ou 4 dias como exantema máculo-papular ou escarlatitiforme generalizado,atingindo as regiões palmo-plantares.Ocorre entre 30 e 50% dos pacientes .  Prurido- pode acontecer sozinho ou acompanhar a segunda fase do exantema.
  • 15. Manifestações Hemorrágicas podem ocorrer em todas formas de dengue. • Prova do laço (  após o quinto dia) • Sangramento no local de punção • Petéquias • Equimoses • Epistaxes • Gengivorragias • Hemorragia subconjuntival • Hematúria microscópica e macroscópica • Sangramento do trato gastrointestinal • Metrorragia • Hemoptise
  • 16. Sinais de Alerta  Dor abdominal intensa e contínua;  Vômito persistente;  Hipotensão postural ou lipotímia;  Sonolência, agitação ou irritabilidade;  Hepatomegalia;  Sangramento espontâneo viscerais (hematêmese e/ou melena);  Diminuição da diurese ( avaliar em 6 h);  Hemoconcentração concomitante a queda abrupta das plaquetas;  Plaquetas inferiores a 20.000/mm3 independente de manifestações hemorrágicas Sônia Maris O. Zagne
  • 17. Evidências de Aumento da Permeabilidade Vascular e Extravasamento Plasmático. Derrame Pleural- 14,3% internados (Rx). + no 4º. Dia.. Predomina no lado direito. Correlaciona-se com gravidade. Ascite Derrame pericárdico Redução do volume circulante Extravasamento plasmático para o interstício Queda da PA. Desequilíbrio oferta e utilização do oxigênio tecidual . •Hematócrito aumentado (definido como 20% ou mais acima da linha de base ou uma queda semelhante após tratamento de substituição de volume); •Hipoproteinemia; Sônia Maris O. Zagne
  • 18. Evidencias Clinicas do Aumento da Permeabilidade Vascular e Extravasamento Plasmático. Choque Hipovolêmico O extravasamento plasmático para o interstício ocasiona uma redução do volume circulante, que determina hipovolemia, a qual leva a um desequilíbrio entre a oferta e utilização do oxigênio tecidual e celular acarretando hipoxia tecidual e disfunção orgânica. Na fase inicial a PA pode ter valores normais. Hipotensão arterial em adultos : 1. pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou 2. pressão arterial média < 70 mmHg ou 3. Sônia Maris O. Zagne de 40 mmHg na pressão arterial sistólica de base. uma diminuição
  • 19. Em 913 pacientes com dengue - 167com manifestações pouco usuais. Predomínio em DH III e IV. 18% Hepatite-53 caso (27%) Manifestações neurológicas-49 (25%) Estudo de 1.585 casos de dengue: Elevação transaminases em 65% Deteriorização renal- 14 (7%)  44,5% na faixa de até 3vezes ; Lesão Cardíaca _ 15 (8%)  16% níveis < a 10 vezes . Lesão Pulmonar- 18 (9%) Colecistite alitiásica-18 (9%) Provável DEN-3. Pancreatite - 2 (1%) (Souza et al., 2002). Abdome agudo 21 (11%) Mendez A -2006 .
  • 20. COLECISTITE ALITIÁSICA POR DENGUE Quadro clínico compatível com dengue associado a dor abdominal. Ultra-sonografias evidenciaram vesícula biliar distendida com paredes difusamente espessadas sem evidências ou sinais de litíase em seu interior (colecistite alitiásica). Auto-limitada, que deve ser pesquisada em todos os pacientes que tenham dor abdominal (como sinal de alerta). A conduta adequada restringe-se ao tratamento de suporte, devendo a cirurgia ser reservada às complicações.
  • 21. Resposta Imunológica em Dengue. A resposta imunologic a Vírus Dengue Hospedeiro Protetora A resposta imunologica Patogenica conduzir a na infecção por virus evoluir para cura Dengue pode ser. formas graves e morte. O microambiente das citocinas é um dos fatores mais importantes na indução da resposta imunologica e sua direção. Outra característica importante são os fatores genéticos Sônia Maris O. Zagne
  • 22. Formas Graves de Dengue DIS-REGULACÃO da reposta Inmunológica que é transitoria que tem como : CONSEQÜÊNCIA Vasculopatia inicialmente funcional . . PERCEBE PROVOCA • Hemoconcentração Abertura dos “poros vasculares” • Manifestações Hemorrágicas Extravasamento de proteínas e • Trombocitopenia líquidos • Queda da Pressão Arterial Perda de liquido para terceiro • Choque e Morte (24/48 horas) espaço. Sônia Maris O. Zagne
  • 23. SITUAÇÃO PROBLEMA RESUMO- A.S  1º. - 3º. Dias- síndrome febril Fase Febril. Presença do vírus aguda.  4º. Dia- sem febre melhor dos sintomas. A noite dor abdominal intensa. Fase Crítica. Sinais de Alerta.  5º. Dia-. Hemoconcentração Sem viremia. Dis- regulação imune  (Htº 64% )  Choque ( PA 60 sistólica mmHg)  6º. Dia- Hemoconcentração , petéquias e hematúria, acidose metabólica, PA 0. Óbito
  • 24. PASSO 1: AVALIAÇÃO CLÍNICA 1 ANAMNESE: febre marca início da doença, cronologia sinais e sintomas, história patológica, epidemiológica e social 2 EXAME FÍSICO 3 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ANAMNESE A história clínica deve ser a mais detalhada possível e os itens a seguir devem constar em prontuário. História da doença atual. a) caracterização da curva febril ( a data de início da febre). b) cronologia dos sinais e sintomas. c) pesquisa de sinais de alarme. d) pesquisa de manifestações hemorrágicas: e) Variações no nível de consciência. f) Uso de medicação e hidratantes.
  • 25. Epidemiologia. g) Casos semelhantes no local de moradia ou de trabalho. h) História de deslocamento nos últimos 15 dias para área de transmissão de dengue. História Patológica Pregressa Doenças crônicas associadas: a) hipertensão arterial, b) diabetes mellitus, c) Doença pulmonar obstrutiva crônica. d) doenças hematológicas crônicas (anemia falciforme), e) doença renal crônica, f) doença grave do sistema cardiovascular, g) doença acidopéptica e h) doenças auto-imunes. Uso de medicamentos: com a aspirina, mesmo em baixa dose; antiinflamatório, anticoagulante, pentoxifilina, imunossupressores e todos ou
  • 26. Exame Físico Geral  Sinais vitais: Verificar a pressão arterial em duas posições, pulso freqüência e amplitude; freqüência e padrão respiratório e temperatura.  Ectoscopia: destacar a pesquisa de edema subcutâneo (palpebral,de parede abdominal e de membros), assim como manifestações hemorrágicas na pele, mucosas e esclera. Avaliar o estado de hidratação e enchimento capilar  Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto respiratório e de derrame pleural e pericárdico.  Segmento abdominal: pesquisar hepatomegalia, dor e ascite.  Sistema nervoso: Avaliação do estado mental;pesquisar sinais de irritação meníngea; sensibilidade e força muscular.
  • 27. Exame físico geral ATENÇÃO!!! OBRIGATÓRIOS.  Medida da pressão arterial em duas posições.  Freqüência do pulso em duas posições.  A verificação do tempo do enchimento capilar. • O enchimento capilar se faz normalmente em um tempo de até dois segundos. Para sua verificação pode se comparar o tempo de enchimento do paciente com o do examinador Sônia Maris O. Zagne
  • 28. Antes de haver uma queda substancial na pressão arterial sistólica, poderá haver um fenômeno de pinçamento da pressão arterial, ou seja, a diferença entre a pressão arterial sistólica e a diastólica será menor ou igual a 20mmHg, caracterizando a pressão arterial convergente.
  • 29. Diagnóstico Diferencial Virais Bacterianas  Rubéola.  Malária.  Sarampo.  Meningococcemia  Parvovirose  Meningite  Febre Amarela  Infecções bacterianas e  Influenza  sepses  Hepatite A  Febre Maculosa  Hantavirose  Leptospirose DOENÇA DENGUE LEPTOSPIROSE Diagnóstico Diferencial entre Dengue e Hto Hb eleva reduz Leptospirose . Centro de Referência de Dengue em Campos VHS normal aumentado Prof.Luiz José de Souza. Transaminases elevada em 52,2% elevada 55,5%
  • 30. CASO SUSPEITO DE DENGUE 4 Exames complementares indicados ao caso. • O hemograma deve ser feito no primeiro atendimento. • Se o paciente apresentar fatores de risco para formas graves ou estiver em unidade com facilidade de realizar o exame, ele somente será sempre liberado após o resultado do exame. • Se estiver em unidade que não realiza o exame no local e for de baixo risco, pode ir para casa e retornar no dia seguinte para reavaliação.
  • 31. HEMOGRAMA: Leucócitos: 1º -3º dias- leucopenia e neutropenia 3º-8º dias- normal ou elevada em casos graves.  Plaquetas -ponto de coorte < 100.000 mm³. 1º -3º dias – geralmente normal 3º-8º dias- em 55% dos pacientes < 100.000 mm³ A plaquetopenia não atribui risco de forma grave, embora possa ser o primeiro indicativo de início da fase crítica.
  • 32. HEMOGRAMA:  Hematócrito. o Um hematócrito no início da fase febril estabelece valor de base do próprio paciente. o 1º -3º dias – geralmente normal. o Hematócrito em ascensão- Marca o inicio da Fase Critica; o O valor é diretamente proporcional a gravidade. o Um aumento do hematócrito, em comparação com a anterior é altamente sugestivo de evolução para a fase crítica da doença com o extravasamento de plasma. Hto Suspeito Aumentado Criança > 38 % > 45 % Mulheres > 45 % > 48 % Homens > 48% > 54 % Aumento do valor habitual. 10% - Suspeito - 20% - Aumentado
  • 33. Métodos de Imagem Rx de Tórax PA, perfil Laurel
  • 34. Ultrassonografia: Útil para detectar transudação plasmática precocemente a partir do 3º dia de doença. O mais comum é o derrame pleural. Mais sensível que o RX na detecção de derrame.
  • 35. CASO SUSPEITO DE DENGUE 4 Exames laboratoriais não específicos indicados ao caso PASSO -2 DIAGNÓSTICO CLÍNICO: FASE DA DOENÇA E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PASSO -3 CONDUTA 5 NOTIFICAR A DOENÇA 6 GESTÃO CLÍNICA DO CASO conforme RISCO/VULNERABILIDADE
  • 36. Critica Recuperação Febril FASES DA DOENÇA  Hipovolemia ou choque;  Lesão orgânica grave;  Hemorragia viscerais;  Sinais Alarme !!!!! FATORES DE RISCO:  Idade- < de 15 anos e > de de 60 anos. Risco  Grávidas. Clínico  Doenças crônicas.  Paciente sem plena autonomia. Risco  Dificuldade de acesso ao serviço de saúde. Social.
  • 37. Dengue com Choque Lesão orgânica grave Alto GRUPO ESPECIAL: Hemorragia visceral Crianças ou idosos ou grávida ou com doença previas. Dengue com Sinais de R Alerta I Médio S C Sem capacidade de Adultos sem doença O auto-cuidado e/ou de acesso Previas ou que não é do grupo especial ao serviço de saúde. Com capacidade de cuidado e acesso ao serviço de saúde. Dengue sem manifestações hemorrágica visceral, sem Baixo sinais de alerta ou choque Sônia Maris O. Zagne
  • 38. Gerenciamento por Grupo de Risco GESTÃO CLÍNICA do caso por grupo de risco. Estratificado em baixo risco de complicações- Acompanhamento no nível básico (primário) de saúde. Estratificado em potencial risco de complicações - Acompanhamento no nível médio (secundário ) de saúde. Estratificado em alto risco de complicações ou necessidade de tratamento imediato para redução de risco de vida- Acompanhamento no nível médio (secundário ) de saúde com internação formal. Pode necessitar de UTI.
  • 39. SITUAÇÃO PROBLEMA JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói. Queixa principal: Dor no corpo e febre. Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e vizinhos com dengue. Diurese normal. Ao exame: P.A. 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais. Caso Suspeito de Dengue sem: Choque,Sinais de alarme Não pertença a grupo de risco clínico ou social para complicações. Capazes de ingerir líquidos e que tenham urinado pelo menos uma vez nas últimas 6 horas. Classificação de risco → baixa prioridade para avaliação médica. Verde
  • 40. SITUAÇÃO PROBLEMA JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói. Queixa principal: Dor no corpo e febre. Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e vizinhos com dengue. Diurese normal. Ao exame: PA 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais. NOTIFICAÇÃO DO CASO. SOLICITAR HEMOGRAMA. colher após a consulta ou no dia seguinte; na própria unidade; ver resultado em até 24h após a realização. RESULTADO Htº 40% , leucometria 3.500 mm³ e plaquetas 168.000 mm³ ORIENTAR HIDRATAÇÃO ORAL 60 a 80 ml/kg/ dia – 1/3 soro de hidratação oral 2/3 de água ou outros líquidos. CRIANÇAS : < 2 anos 50-100ml cada vez (1/4 a ½ copo de cada vez) > 2 anos 100-200ml (1/2 a 1 copo de cada vez) 1/3 SORO ORAL PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA REPOUSO ORIENTAÇÃO ESCRITA SOBRE SINAIS DE ALERTA. RETORNO NO PERÍODO DE REDUÇÃO DA FEBRE EM 24 A 72H.
  • 41. Baixo risco CONDUTA: NOTIFICAÇÃO DO CASO. SOLICITAR HEMOGRAMA. colher após a consulta ou no dia seguinte;  na própria unidade; ver resultado em até 24h após a realização. ORIENTAR HIDRATAÇÃO ORAL 60 a 80 ml/kg/ dia – 1/3 soro de hidratação oral 2/3 de água ou outros líquidos. PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA REPOUSO ORIENTAÇÃO ESCRITA SOBRE SINAIS DE ALERTA. RETORNO NO PERÍODO DE REDUÇÃO DA FEBRE EM 24 A 72H.
  • 42. SITUAÇÃO PROBLEMA JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói. Queixa principal: Dor no corpo e febre. Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e visinhos com dengue. Diurese normal. Ao exame: PA 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais. Retornou no quarto dia sentindo-se melhor, ainda com febre. Nega sinais de alerta. Ao exame Prova do laço+. Demais dados do exame físico normais Continua de baixo risco. SOLICITAR HEMOGRAMA. ver resultado em até 4 -6h após a realização. RESULTADO Htº 44% , leucometria 3.100 mm³ e plaquetas 68.000 mm³ Estadiamento?
  • 43. Baixo risco (Verde) CONDUTA -RETORNO: REFAZER A HISTÓRIA E O EXAME FÍSICO ( sinais de alarme) Sem AVALIAR HEMOGRAMA. alterações Alterações Normal Alterado Alterado Se hto elevado menos de Baixo risco: 10 % ou plaquetas> Manter prescrição Se hto elevado mais de 50.000 e < 100.000. 10 % Retorno se ou plaquetas < 50.000; necessário. Solicitar hemograma ou alterações clinicas Retorno em 24 h. MUDANÇA DE RISCO Reforçar hidratação oral.
  • 44. SITUAÇÃO PROBLEMA JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói. Queixa principal: Dor no corpo e febre. Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e visinhos com dengue. Diurese normal. Ao exame: PA 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais. Retornou no quarto dia sentindo-se melhor, ainda com febre. Nega sinais de alerta. Ao exame Prova do laço+. Demais dados do exame físico Normais. Retornou no quarto dia sentindo-se melhor, ainda com febre. Nega sinais de alerta. Ao exame Prova do laço+. Demais dados do exame físico normais. Ficou na unidade por 6 h e fez hidratação venosa.Novo Hemograma – Normal. Retornou no quinto dia sentindo-se bem. Continua de baixo risco. SOLICITAR HEMOGRAMA. ver resultado em até 24 h após a realização. RESULTADO Htº 39% , leucometria 5.100 mm³ e plaquetas 108.000 mm³ Estadiamento?
  • 45. Médio risco - Amarelo. • RISCO CLÍNICO/SOCIAL SEM SA • Grupo especial: • Crianças <15ª, gestantes, adultos >60ª • 1 • Comorbidades: HAS, DM, DRC, obesidade, ICC, dçs crônicas • SINAL DE ALARME: dor abdominal intensa e contínua,hipotensão postural ou lipotímia, vômito persistente, sonolência, agitação ou irritabilidade, hepatomegalia, sangramento espontâneo visceral, diminuição da diurese, hemoconcentração concomitante a queda abrupta das plaquetas 2 • ESTE GRUPO PODE TER OU NÃO RISCO CLÍNICO PRÉVIO OU SOCIAL
  • 46. AVALIAÇÃO: HISTÓRIA E EXAME CLÍNICO Sinais de alarme Risco clínico e social  Dor abdominal intensa e  Menores de 15 anos de idade. contínua.  Hipotensão postural ou lipotímia.  Adultos com mais de 60 anos.  Vômito persistente.  Grávidas.  Sonolência, agitação ou irritabilidade.  Adultos e crianças com  Hepatomegalia.  hipertensão, obesidade,  Sangramento espontâneo diabete visceral.  Diminuição da diurese.  ou doenças crônicas.  Hemoconcentração concomitante a queda abrupta das plaquetas Médio risco- Amarelo.
  • 47. AMARELO (1) – Sem sinais de alerta Pacientes com hematócrito estável, sem sinais de gravidade, aceitando TRO, ou que tenham reduzido Ht após HV, com melhora clínica, SE MANTERÃO EM REGIME DE ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL. 1-Prescrição: Orientar hidratação oral ( 60 a 80 ml/kg/ dia – 1/3 soro de hidratação oral) Prescrição de medicação sintomática ( dipirona ou paracetamol) 2- Orientação escrita a pacientes e familiares. . . 3 – Monitoração: revisão diária para avaliação da progressão da doença; hemograma completo no primeiro atendimento e a cada 48h ou a critério clínico;  Defervescência da febre – retornar obrigatoriamente neste dia a unidade; Retorno imediato à unidade de saúde na presença de qualquer um dos sinais de alarme.
  • 48. AMARELO (1) – Sem sinais de alerta  Pacientes sem sinais de alarme que não consigam ingerir líquidos: • Reposição volêmica parenteral com SF 0,9% - 20ml/Kg em 04 horas. Pacientes com hematócrito elevado, mesmo sem outros sinais de gravidade, deverão receber reposição volêmica venosa – SF 0,9% - 20ml/Kg em 02 horas. Reconsiderar classificação para “amarelo forte” (2) SA.
  • 49. Risco clínico e social: SEM SA HIDRATAÇÃO ORAL INICIADA NA ESPERA. NOTIFICAÇÃO DO CASO. RETORNO REAVALIAÇÃO CLINICA. SOLICITAR HEMOGRAMA SOLICITAR HEMOGRAMA Colher após a consulta na própria unidade. SOROLOGIA APÓS O Resultado em até 6 h . 6ºDIA. AVALIAÇÃO DE GLICEMIA - Diabéticos normal alterado ORIENTAR HIDRATAÇÃO ORAL- 60 a 80 ml/kg/ dia: 1/3 soro de hidratação oral 2/3 de água ou outros líquidos. PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA RETORNO EM ATÉ 48h SE NO PERIODO FEBRIL OU EM 24H SE DEFERVESCENCIA.
  • 50. • Risco clínico e social Aceita hidratação oral e diurese nas ultimas 6h RESULTADO HEMOGRAMA Se hto > 10 % ou plaq < 50.000 Se hto elevado menos de 10 % ou plaquetas> 50.000 e < 100.000. Só transferência se não houver como reavaliar em 4h ou não tiver condições de fazer etapa de hidratação venosa. HIDRATAÇÃO VENOSA - 20 a 30 ml/kg/ em 4 a 6 horas-1/3 solução salina e 2/3 soro glicosado a 5%. PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÃO SINTOMÁTICA alterado LIBERAÇÃO- CASA RETORNO - 24 h SOLICITAR NOVO HEMOGRAMA normal Fluxo 1 (iniciar nova etapa de hidratação até o resultado)
  • 51. SITUAÇÃO PROBLEMA JCA - 56 anos, branca, fem., residente em Niterói. Queixa principal: Dor no corpo e febre. Início com febre alta de início abrupto, mialgia generalizadas, cefaléia , prostração e anorexia, manteve este quadro por 3 dias. Tem parentes com quadro semelhante e visinhos com dengue. Diurese normal. Diabética há 6 anos. Ao exame: P.A. 130 x 70 mm Hg em sentada e deitada . P 100 bpm, Tax. 38,2º C. O exame da cabeça, pescoço, tórax, abdômen, neurológico e membros foram normais. Amarelo – Risco Clinico.
  • 52. AMARELO – Com sinais de alerta. Classificação de risco → alta prioridade para avaliação médica. Avaliação: Hemograma com contagem de plaquetas antes de iniciada hidratação, glicemia e outros exames específicos conforme avaliação clínica. Volume urinário horário nas primeiras 4 horas. Tratamento: •Manter em leito de observação (cadeira de hidratação ou maca. Unidade com plantão 24h médico e enfermagem). •Hidratação oral enquanto aguarda avaliação médica. •Reposição volêmica venosa em todos os pacientes com sinais de alarme, depois da avaliação clínica e do hemograma •SF0,9% ou Ringer lactato 20ml/kg/h até 3x •Manutenção SF0,9% ou Ringer lactato 25ml/kg 6/6h, 8/8h, 12/12h
  • 53. Alto risco vermelho Dengue grave Extravasamento plasmático (ascite, derrame pleural etc.) Hipovolemia – Hipotensão ou choque Hemorragia digestiva( hematêmese e ou melena) Comprometimento orgânico grave, comprometimento respiratório Avaliação: História, exame clínico e investigação laboratorial básica Classificação de risco → alta prioridade para avaliação médica. Tratamento do choque – REPOSIÇÃO VOLÊMICA com 20 ml/Kg/ 30min EV de SF 0,9% até 3x
  • 54. Atentar para sinais de choque hipovolêmico: A. Pulso rápido e fino B. Extremidades frias C. Pele pálida e úmida (paciente sudoreico) D. Enchimento capilar lento > 2 segundos. E. Pressão arterial convergente (PA diferencial < 20 mmHg). F. Hipotensão postural (queda>20mmHg na aferição de pé em relação à aferição sentado) G. Agitação ou prostração importante H. Hipotermia Classificação de risco → Avaliação médica imediata. Internação hospitalar. Pode precisar de unidade terapia intensiva. VERMELHO- Dengue Grave
  • 55. SITUAÇÃO PROBLEMA .RESUMO- A.S • 1º. - 3º. Dias- síndrome febril aguda. • 4º. Dia- sem febre melhor dos sintomas. A noite dor abdominal intensa. Rotina de abdome agudo - normal . Paciente foi internado para esclarecimento diagnóstico, foi iniciado hidratação venosa, dolantina e dieta zero. 18/06/1990- 5 h -apresentou quadro de agitação psicomotora com P.A de 60x 40 mm Hg P 110 bpm Tax 35 º C. Resultado dos exames colhidos de madrugada; Htº 64% , leucometria 16.750 mm³ com 17 % de bastão, 66 % de segmentados e 14% de linfócitos, plaquetas 68.000 mm³ , glicose 201 mg%, uréia 23 %, creatinina 0,9 mg%, cálcio 8.5 mg% e amilase 66U/dl. FASE DE EXPANSÃO (sob rigorosa observação clínica): Soro fisiológico a 0,9% ou Solução de Ringer: 20mL/kg em 30 minutos, máximo de 2.000 mL por etapa, podendo ser repetida até 3 vezes ou mais a critério clínico. Se o hematócrito estiver em ascensão e houver choque persistente apesar da reposição volêmica adequada, utilizar expansores => coloide sintético (10mL/kg/hora) ou albumina 3ml/kg/h adulto e criança 0,5 a 1,0g/kg/h
  • 56. Alto risco Vermelho Conduta: Reposição volêmica. Dois acessos venosos calibrosos. Evitar punção de vasos profundos profundos, preferir vasos compressíveis. Cautela ao instalar cateter nasogástrico. Hematócrito (hemoconcentração) a cada 2 horas. Rigorosa observação de enfermagem e reavaliação clínica constante na fase de expansão. Avaliar necessidade de UTI: (hematócrito em queda e choque, gravidade do comprometimento clínico, insuficiência respiratória etc.). Havendo melhora clínica e laboratorial, tratar paciente como amarelo. Diagnóstico de confirmação. Se possível solicitar antígeno NS-1, isolamento viral ou sorologia IgM MAC ELISA conforme fase da dç Notificação para todos os casos suspeitos, graves ou não
  • 57. Sinais e sintomas de hidratação excessiva: • Dispnéia. • Ortopnéia / taquipnéia / Cheyne-Stokes. • Tosse de início súbito. • Terceira Bulha (galope). • Estertores crepitantes basais. • Edema pulmonar. • Turgencia jugular • Edema periorbitário bilateral em crianças.
  • 58. Transfusão de concentrado de plaquetas na dengue A transfusão de plaquetas só está indicada na dengue hemorrágica quando houver trombocitopenia e presença de sangramento ativo, ou indícios, ainda que difusos, de hemorragia cerebral. Nestes casos, a contagem de plaquetas também não aumentará depois da transfusão, mas as plaquetas irão auxiliar NÃO DESPERDICE no tamponamento da(s) brecha(s) SANGUE vascular(es), contribuindo assim para deter a hemorragia.
  • 59. PROTOCOLO DO HEMORIO Transfundir plaquetas em caso de Plaquetas <50.000 mm com sangramento ativo importante: Hemorragias significativas (excluindo petéquias, equimoses e pequenas gengivorragias) Indícios de hemorragia cerebral (cefaléia, visão turva, alteração de fundo de olho, etc) Fazer: 1 unidade para cada 7 Kg de peso. Intervalo de administração: 12/12h ou de 8/8 horas, até o controle da hemorragia.
  • 60. Tratamento Sintomático  Febre e Dor: Analgésicos e antitérmicos. ( Dipirona Ou Paracetamol) Evitar a via IM Prurido. Dexclorfeniramina, loratadina ou cetirizina. Náuseas e Vômitos. Metoclopramida ou bromoprida. Pantoprazol, omeprazol ou ranitidina.
  • 61. Obesos • Em pacientes obesos, a reposição volêmica deverá ser calculada tomando como base o peso ideal para a faixa etária e altura do paciente, e não o peso corpóreo.
  • 62. peso ideal Altura , OMS peso ideal mínimo máximo 1,50 m 42 kg 56 kg 1,52 m 43 kg 57 kg 1,54 m 44 kg 59 kg 1,56 m 46 kg 60 kg 1,58 m 47 kg 62 kg 1,60 m 48 kg 64 kg 1,62 m 49 kg 65 kg 1,64 m 50 kg 67 kg 1,66 m 51 kg 68 kg 1,68 m 53 kg 70 kg 1,70 m 54 kg 72 kg 1,72 m 55 kg 73 kg 1,74 m 57 kg 75 kg 1,76 m 58 kg 77 kg 1,78 m 59 kg 79 kg 1,80 m 60 kg 81 kg 1,82 m 62 kg 82 kg 1,84 m 63 kg 84 kg 1,86 m 65 kg 86 kg 1,88 m 66 kg 88 kg 1,90 m 67 kg 90 kg 1,92 m 69 kg 92 kg 1,94 m 70 kg 94 kg 1,96 m 72 kg 96 kg 1,98 m 73 kg 98 kg
  • 63. Arquivos Brasileiros de Cardiologia Arq. Bras. Cardiol. v.89 n.2 São Paulo ago. 2007 PACIENTES COM DENGUE E ALTO RISCO DE TROMBOSE EM CURTO PRAZO. • Pacientes submetidos a angioplastia coronária com stents recentemente (um mês para não farmacológico, e três a seis meses para farmacológico). • Portadores de próteses valvares mecânicas, particularmente em posição mitral, tricúspide, ou com FAC associada, tromboembolismo prévio ou mais de uma válvula mecânica. • Portadores de FAC com múltiplos fatores de risco trombótico (disfunção ventricular, idosos, hipertensos, diabéticos, valvulopatas, AVC prévio,trombo intracavitário).
  • 64. Arquivos Brasileiros de Cardiologia Arq. Bras. Cardiol. v.89 n.2 São Paulo ago. 2007 Pacientes com dengue e alto risco de trombose em curto prazo. RECOMENDAÇÃO:  Manter clopidogrel e AAS, naqueles que já recebiam.  Suspender warfarina e substituir por heparina assim que INR estiver abaixo da faixa terapêutica. Reintroduzir warfarina após uma semana. Monitorizar seriadamente plaquetas e coagulograma até uma semana.  Suspender as medicações, se contagem plaquetária igual ou inferior a 50.000/mm3, sangramento ou choque.  Pode-se considerar a suspensão do clopidogrel e AAS de acordo com a intensidade da redução progressiva do número de plaquetas.
  • 65. Indicações para internação hospitalar • a) Presença de sinais de alarme. • b) Recusa na ingestão de alimentos e líquidos. • c) Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade. • d) Plaquetas <20.000/mm3, independentemente de manifestações hemorrágicas. • e) Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde. • f) Co-morbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática, etc. • g) Outras situações a critério médico.
  • 66. Critérios de Alta Mais de 24h afebril com hematócrito normal e hemodinamicamente estável Plaquetas em elevação ou >50.000/mm3 Ausência de sintomas respiratórios
  • 67. Critérios de alta dos leitos de observação: Pacientes submetidos a reposição volêmica, depois de compensados, se não tiverem indicação de internação, devem ser mantidos em observação em leito ou cadeira de hidratação por pelo menos 6 horas antes da liberação para tratamento ambulatorial.
  • 68. Indicação de Alta • Ausência de febre por 24 horas (sem antitérmico) e retorno do apetite • Melhora clínica • Hematócrito estável • 3 dias depois da recuperação do choque • Plaquetas >50,000/mm3 • Sem distúrbios respiratórios ou efusão • ORIENTAÇÕES • Informar por escrito sinais de alerta ao paciente e familiares. • Sempre prescrever hidratação ( 50 a 80ml /kg em 24h, com 1/3 de solução salina) • Selecionar o antitérmico, avaliando o risco individual. • Utilizar o cartão da dengue.
  • 69. Diagnóstico Etiológico • O diagnóstico de dengue depende da duração da doença. • No período inter epidêmico a sorologia é obrigatória para todos os casos. • No período epidêmico a sorologia é para casos selecionados. • Fazer sempre para pacientes graves, gestantes e crianças. • Do 1º. ao 5º. Dia- Detecção de antígeno NS-1- • Do 6º. Ao 60º. Dia- Sorologia:  Ig M ( positiva em 80% no 5 dia permanece positiva até o 90 dia) significa infecção recente ou em curso.  Falso positivo 1,7% e falso negativo em 10% .  Ig G, significa infecção antiga ou em curso.
  • 70. Diagnóstico CASO CONFIRMADO DE DENGUE. Febre até sete dias e que apresente pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas: Cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, dor retroorbitária, exantema com ou sem prurido. Vive em área de transmissão de dengue. É o caso suspeito com resultados positivos através de sorologia IgM ou IgG, detecção de antígeno NS1. CASO CONFIRMADO DE DENGUE GRAVE Febre até sete dias e que apresente pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas: Cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, dor retroorbitária, exantema com ou sem prurido. Vive em área de transmissão de dengue. Apresentem choque, lesão orgânica grave ou hemorragia visceral É o caso suspeito com resultados positivos através de sorologia IgM ou IgG, detecção de antígeno NS1. Obs. No período epidêmico, a definição de caso confirmado de dengue fica a critério da vigilância epidemiológica. Sônia Maris O. Zagne
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  • 77. Tabela de Necessidades basais para crianças: Até 10 Kg = 100 ml/kg/dia 10 - 20 Kg = 1.000 ml/dia + 50ml/Kg/dia do que passar de 10 Kg 20 – 40 Kg = 1.500 ml/dia + 20 ml/Kg/dia do que passar de 20 kg PESO NECESSIDADE BASAL/DIA PESO NECESSIDADE BASAL/DIA 1 Kg 100 ml 21 Kg 1520 ml 2 Kg 200 ml 22 Kg 1540 ml 3 Kg 300 ml 23 Kg 1560 ml 4 Kg 400 ml 24 Kg 1580 ml 5 Kg 500 ml 25 Kg 1600 ml 6 Kg 600 ml 26 Kg 1620 ml 7 Kg 700 ml 27 Kg 1640 ml 8 Kg 800 ml 28 Kg 1660 ml 9 Kg 900 ml 29 Kg 1680 ml 10 Kg 1000 ml 30 Kg 1700 ml 11 Kg 1050 ml 31 Kg 1720 ml 12 Kg 1100 ml 32 Kg 1740 ml 13 Kg 1150 ml 33 Kg 1760 ml 14 Kg 1200 ml 34 Kg 1780 ml 15 Kg 1250 ml 35 Kg 1800 ml 16 Kg 1300 ml 36 Kg 1820 ml 17 Kg 1350 ml 37 Kg 1840 ml 18 Kg 1400 ml 38 Kg 1860 ml 19 Kg 1450 ml 39 Kg 1880 ml 20 kg 1500 ml 40 kg 1900 ml
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  • 80. Fontes: • Organização Mundial de Saúde: Dengue: Guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. New Edition 2009. Disponível em http://whqlibdoc.who.int/publicatio ns/2009/9789241547871_eng.pdf • Brasil, Ministério da Saúde: Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue 2009. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/ar quivos/pdf/diretrizes_dengue.pdf • OPAS, Guias de atencion para enfermos en la region americas, 2010 • Brasil, MS: Manejo clínico da Dengue na criança, 2011