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PERFIL DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO
COLÉGIO ANTÔNIO SAMPAIO EM 2013
Silvio Cesar de Alcantara*
RESUMO
O presente artigo propõe apresentar o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos,
suas perspectivas, suas buscas e por quais motivos buscam a escolarização nas salas de
aula da EJA do Colégio Estadual Gal. Antônio Sampaio, do ano letivo de 2013. Trata-se
de uma investigação de cunho quantitativo, que a partir de um questionário com
questões objetivas, buscam mapear dados dos alunos. Os dados foram analisados por
gênero no e por nível de ensino: Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos, Colégio.
Introdução
A iniciar meu trabalho com a Educação de Jovens e Adultos, percebi que estava
diante de uma clientela diferente das demais coma as quais eu estava habituado. Os
alunos cobravam uma intervenção profissional que eu não tinha condições de atender
por conta da minha formação que me desse suporte para trabalhar com essa clientela.
A necessidade de fazer este trabalho surgiu a partir de inquietações em minha
prática diária. A relevância de entender com quais indivíduos estava trabalhando, quais
eram suas características, qual era seu universo, para então pensar em estratégias
pedagógicas que atendessem às necessidades específicas desses meus alunos.
Ao me deparar com uma diversidade de histórias, comportamentos e anseios,
fez-se necessária uma investigação balizada por conceitos que norteassem uma prática
consciente que levassem a um resultado que atendesse aos apelos desses alunos e
calassem as inquietações que surgiram no meu cotidiano profissional promovendo a
formação emancipadora de indivíduos dotados de um passado histórico e de
conhecimentos adquiridos com os quais a escola tem a obrigação de trabalhar.
O Colégio Estadual General Antônio Sampaio faz parte do Núcleo Regional de
Educação da cidade de Ponta Grossa e tem como mantenedora a Secretaria Estadual de
Educação do Estado do Paraná.
__________
*Professor de Língua Portuguesa na Rede Edatadual de Educação do Paraná, Graduado pela UEPG –
Unvivesidade Estadual de Ponta Grossa, Especialista em Língua Portuguesa: teoria e prática, pela
UNIVALE – Universidades Integradas do Vale do Ivaí – e-mail: scalcant@bol.com.br
Reflexões sobre a história da EJA no Brasil
A história da educação no Brasil nos revela uma face de uma nação que, até num
passado não muito distante, não priorizava os processos educativos para os adultos. Para
STRELHOW (20106, p.56), “(...) a educação do Brasil, em geral, foi tratada de forma
inconsequente pelas autoridades políticas do país. A educação Brasileira foi sempre
colocada em planos posteriores ao crescimento econômico e interesses da classe
dominante”. Nesse cenário educacional, a Educação de Jovens e Adultos não vista como
uma necessidade dos indivíduos sociais.
Se por um lado havia o Estado descomprometido e que não enxergava e não
valorizava a necessidade da educação para os adultos e, portanto, fazia os investimentos
inadequados, isto é, quando fazia, estes tinham como objetivo a promoção político-
partidária dos detentores do poder político, dentre outros objetivos. Por outro lado
existiam os motivos de cada indivíduo que os afastavam cada vez mais da formação
escolar, a saber, a necessidade de trabalhar para sustentar suas famílias, falta de
estímulo por parte dos pais, dentre outros.
“(...) Com o desenvolvimento industrial, no início do
século XX, inicia-se um processo lento, mas crescente, de valorização
da educação de adultos. Porém, essa preocupação trazia pontos de
vista diferentes em relação à educação de adultos, quais sejam: a
valorização do domínio da língua falada e escrita, visando o domínio
das técnicas de produção; a aquisição da leitura e da escrita como
instrumento da ascensão social; a alfabetização de adultos vista como
meio de progresso do país; a valorização da alfabetização de adultos
para ampliação da base de votos”. (PROCARO, p. 1)
Ao longo da história, foram feitas algumas tentativas de ofertar a educação para
adultos. Tais tentativas foram frustradas na sua maioria, porque eram mal concebidas e
mal estruturadas, ou porque não se pensava em um método que atendesse às demandas e
necessidades desse público, ou, simplesmente, porque, e também por isso, não eram
feitos investimentos condizentes com as necessidades estruturais para a implementação
dessa modalidade de ensino.
Apesar da invisibilidade que a EJA sofreu, é importante marcar o momento no
qual se apontou para uma necessidade de se pensar na educação para adultos
analfabetos. É claro que esse pensar se deu por motivos políticos. Foi quando da
apresentação da Lei Saraiva, de 1881, que excluía os analfabetos - dentre outros - do
processo eleitoral. Como resolver, então, esse problema social?
Corroborando essa ideia de exclusão e pouco caso, não é raro encontrar o
registro de que a educação oferecida aos adultos analfabetos do país, nas primeiras
décadas do século XX, deu-se a partir da mobilização social, por exemplo, a Liga
Brasileira contra o Analfabetismo, em 1915, no Rio de Janeiro e o método de
desanalfabetização desenvolvido por Abner de Brito, que sugeria alfabetizar em sete
lições. Conforme STRELHOW (20106, p.51), “(...) a educação de jovens e adultos era
carregada de um princípio missionário e caridoso. O letramento destas pessoas era um
ato de caridade das pessoas letradas às perigosas e degeneradas”.
É importante salientar que essa mobilização social para acabar com o
analfabetismo aconteceu por conta de uma situação de vergonha pela qual passava a
parte da população letrada do país, que lançou mão dos processos de desanalfabetização
e foi assumida como missão pelos letrados envolvidos sem a intervenção do Estado.
Eram tentativas de mudar o quadro letrado do país que tinha altos índices de
analfabetismo.
A Educação para adultos veio assumir uma identidade e tomar novo fôlego a
partir de Paulo Freire, que inspirou a maioria dos movimentos sociais de educação nas
décadas de 50 e 60 inicialmente.
Ao longo das mais diversas experiências de Paulo Freire pelo mundo,
o resultado sempre foi gratificante e muitas vezes comovente. O
homem iletrado chega humilde e culpado, mas aos poucos descobre
com orgulho que também é um “fazedor de cultura” e, mais ainda,
que a condição de inferioridade não se deve a uma incompetência
sua, mas resulta de lhe ter sido roubada a humanidade. O método
Paulo Freire pretende superar a dicotomia entre teoria e prática: no
processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber,
conclui que conhecer é interferir na realidade, de certa forma.
Percebendo – se como sujeito da história, toma a palavra daqueles
que até então detêm seu monopólio. Alfabetizar é, em última
instância, ensinar o uso da palavra. (ARANNHA, 1996, p.209)
A partir das contribuições de Paulo Freire, a educação de adultos passou a ser
praticada procurando a conscientização, a participação e a transformação social,
mudando a situação de injustiça e desigualdade social, fatores geradores de
analfabetismo.
Esse contínuo pensar na oferta de educação se dá também na atualidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos do Estado do
Paraná (DCE):
A busca pela ampliação do atendimento à escolarização da população
jovem e adulta pelos sistemas estaduais se vincula às conquistas
legais referendadas pela Constituição Federal de 1988, na qual a
Educação de Jovens e Adultos passou a ser reconhecida como
modalidade específica da educação básica, no conjunto das políticas
educacionais brasileiras, estabelecendo-se o direito à educação
gratuita para todos os indivíduos, inclusive aos que a ela não tiveram
acesso na denominada idade própria.(PARANÁ, 2006)
Então a EJA passou a assumir uma nova identidade no país,vista com mais
seriedade, com capital humano, recursos financeiros determinados, com uma concepção
de ensino e inserida na Educação Básica, abandonando, assim a identidade de projeto ou
de programa de escolarização de adultos.
A concepção de EJA no Estado do Paraná
A Secretaria da Educação do Estado do Paraná, após vários estudos, discussões e
vivência na educação vem abandonando os antigos olhares para a EJA. Dentre tantas
propostas e mudanças, elaborou, juntamente com os profissionais da educação da rede
(professores, técnicos administrativos, equipe de apoio), as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica e, especificamente, as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens
e Adultos (DCE):
Na base da reorganização e da reorientação do trabalho pedagógico
na EJA, está o desafio de desenvolver processos de formação humana,
articulados a contextos sócio-históricos, a fim de que se reverta a
exclusão e se garanta aos jovens, adultos e idosos o acesso, a
permanência e o sucesso no início ou no retorno desses sujeitos à
escolarização básica como direito fundamental. (PARANÁ, 2006 )
Essas diretrizes nos apresentam a concepção de EJA que permeiam as ações do
Estado do Paraná:
Historicamente, a educação formal e não-formal dos diferentes
grupos sociais de trabalhadores tem buscado habilitá-los técnica,
social e ideologicamente para o trabalho, tratando a função social da
educação de forma controlada para responder às necessidades de
produção. A fim de superar esta relação direta da educação com a
demanda de trabalho, torna-se fundamental compreender o sentido
desse processo na vida dos educandos que não tiveram acesso ou
continuidade da escolarização na denominada idade própria.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade
educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como
finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com
o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua
consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político,
para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual. (PARANÁ,
2006 p.27)
Buscando oferecer uma educação digna, de qualidade e que atenda as demandas
dos alunos da EJA, enquanto sujeitos do processo educativo. A Secretaria de Educação
do Estado do Paraná está constantemente repensando o processo e oferta da Educação
de Jovens e Adultos.
A oferta da Educação de Jovens e Adultos no Colégio General Antônio Sampaio
No Colégio Estadual Antônio Sampaio, localizado na cidade de Ponta Grossa,
no Estado do Paraná, a oferta do EJA acontece obedecendo aos critérios estabelecidos
por sua mantenedora: A Secretaria Estadual de Educação (SEED).
Conforme as orientações dessa secretaria, contidas no Adendo Regimental, de
Acréscimo e Alteração nº 01/2010 o colégio se organiza da seguinte forma:
Da organização Curricular, Estrutura e Funcionamento
Art. 67 – A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental Fase II e Ensino
Médio é ofertada de forma presencial com a seguinte organização:
I. Coletiva e individual no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino
Médio;
II. Componentes curriculares organizados por disciplinas;
III. 1200 horas (1440 horas aula) distribuídas entre as disciplinas conforme
consta na matriz Curricular;
IV. Conteúdos que integram a educação básica, contidos na Proposta
Pedagógica Curricular, desenvolvidos ao longo da carga horária total
estabelecida para cada disciplina da Base Nacional Comum;
V. Garantia de cem por cento dos conteúdos que integram a Proposta
Curricular da disciplina;
VI. Oferta de cem por cento do total da carga horária distribuídas nas
matrizes curriculares do Ensino Fundamental – Fase II e Médio.
VII. Garantia de Oferta de 04 (quatro) horas-aulas diárias, por turno.
Matrícula
Art. 79 – Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, as matrículas poderão
ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que:
I . No ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio a matricula é por disciplina
e o aluno poderá, em função da oferta, efetivar sua matrícula em até 04 (quatro)
disciplinas, na organização coletiva ou individual de acordo com seu perfil;
II. Para a matrícula deve ser observada a idade mínima exigida na legislação
vigente;
III. Serão priorizadas as matriculas na organização coletiva;
Frequência
At. 113 – Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, tanto na organização
individual como na Organização Coletiva, é considerado desistente o aluno que
se ausentar por mais de 2 (dois) meses consecutivos, devendo à escola, no seu
retorno, reativar a sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos,
aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos.
§1º - O aluno desistente na disciplina, terá o prazo de 2 (dois) anos, a partir da
data da matrícula inicial, para ter sua matrícula reativada, aproveitando a carga
horária já frequentada e os registros de notas obtidas.
A pesquisa
A pesquisa realizada com os alunos do Colégio Estadual Antônio Sampaio que
faz parte do Núcleo Regional de Educação da cidade de Ponta Grossa e tem como
mantenedora a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná.
A coleta de dados foi realizada no mês de dezembro de 2013, com os alunos e
alunas do Ensino Fundamental – Fase II e Médio, nas turmas de coletivos e individuis.
Foi aplicado um questionário com a colaboração dos professores, que cederam espaços
em suas aulas para que a pesquisa acontecesse.
O questionário aplicado aos alunos foi elaborado com 19 questões fechadas, nas
quais os entrevistados poderiam assinalar a alternativa que representasse sua situação
frente ao questionário.
O corpo discente da EJA é formado pela diversidade: idade, gênero, histórias de
vida diferentes, níveis de escolaridade, situações socioeconômicas distintas. Apesar de
tamanha diversidade, há outra gama de situações comuns entre os alunos: motivos que
levaram a deixar os estudos: incapacidade ou necessidade de frequentar o ensino
regular, motivos ligados ao trabalho: necessidade de melhorar a situação de emprego,
conseguir um emprego novo ou o primeiro emprego, dentre outros.
O Colégio possui 341alunos matriculados no Ensino Fundamental – Fase II
Os Gráficos 1 e 2 apresentam a distribuição etária dos educandos com mais
detalhes.
Gráfico 1 :
Os alunos do gênero masculino que frequentaram a escola no ano de 2013
representam a maioria do universo envolvido na pesquisa desse nível de ensino. A
faixa etária de até os 17 anos representa 62,5% . 18,8% correspondem a faixa de 18 a 25
anos, 9,4% corresponde a faixa de 26 a 35 anos, 6,3 % corresponde a faixa de 36 a 45
anos. Não houve presença de alunos entre 46 a 59 anos e 3% dos alunos está na faixa
de 60 anos ou mais.
As alunas do Ensino Fundamental também são em número maior na faixa de até
17anos. Essa faixa, também entre as mulheres, representa a maioria das alunas
entrevistadas, num total de 61,12%. 16,66% representa a faixa de 18 a 26 anos, 22,22%
representa a faixa entre 36-45 anos. As faixas entre 26 a 36 anos, 46 a 59 anos e de 60
anos ou mais não houve representantes para responder ao questionário.
Os dados revelam que os frequentadores do Ensino Fundamental correspondem
à maioria jovem, na faixa até os 17 anos de ambos os gêneros. Os dados revelam que
quanto maior a idade, os alunos e alunas, afastam-se do processo de escolarização, por
motivos diversos, nesse nível de ensino.
O gráfico 2 apresenta a faixa etária dos alunos do Ensino Médio. Não há
representação na faixa etária até os 17 anos porque o acesso ao ensino médio não é
permitido para menores de 18 anos.
Gráfico 2
O público masculino que frequenta o Ensino Médio é mais adulto, mas pode ser
considerado jovem, formado por 80% de jovens na a faixa de 18 a 25 anos. Os
estudantes da faixa entre 26 a 35 anos representa 20% dos alunos. As demais faixas
etárias não estão representadas nesse nível e ensino, no ano letivo em questão.
As alunas do ensino médio apresentam um comportamento diferenciado com
relação ao acesso ao ensino. Elas têm uma representatividade com diferença não muito
significativa em quatro das seis faixas de idade analisadas. Nas faixas de 18 a 25 e 36
a 45 anos cada grupo responde por 30,8%, nas faixas de 26 a 35 anos e 46 a 59anos
correspondem respectivamente a 15,4% e 23%.
A procura pelo Ensino Médio nessas faixas apresentadas se deve à possibilidade
de melhorar a situação de emprego e ao sonho de ingressar num curso superior e
construir uma carreira profissional.
Gráfico 3
Estado Civil dos alunos entrevistados.
Os alunos entrevistados do Ensino Fundamental são em sua maioria solteiros,
representando 88%, os separados correspondem a 9% e os viúvos são 3%.
As alunas do Ensino Fundamental solteiras correspondem à maioria do publico
feminino entrevistado, totalizando 72,2%, diante de 16,6% que se declararam casadas,
5,6% são separadas e 5,6% são amasiadas.
O público do Ensino Médio Masculino solteiro (com 69% dos
entrevistados) é maior do que o público casado e amasiado (com 25% e 6%) .
Diferentemente do público feminino que se configura com família constituída (com
42% casadas e 25% amasiadas).
Esse quadro acima desenhado demonstra que Apesar de um número significativo
de alunas do Ensino Fundamental serem solteiras, é importante ressaltar que aquela que
tem família constituída no Ensino fundamental e Médio estão em busca da escolarização
e já conseguem frequentar a escola independente da vontade ou não dos seus
companheiros. Isso se dá certamente por essa configuração social atual, na qual a
mulher é economicamente ativa e está construindo o seu espaço na sociedade
economicamente ativa, diferentemente da mulher da alguns anos atrás que vivia
exclusivamente para a família e seus companheiros.
Gráfico 4
Trata da quantidade de filhos do
Os alunos do Ensino Fundamental (84%) e Médio (75%) representaram o maior
percentual do que as mulheres com relação a não possuírem filhos.
Entre as mulheres a maioria do Ensino Fundamental (61,1%) declararam não ter
filhos enquanto no Ensino Médio (67%) declararam ter filhos.
Retomando os dados do da faixa etária e estado civil, pode-se explicar essa
disparidade entre as mulheres do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Ocorre que a
maioria das alunas do Ensino médio são casadas e estão nas maiores faixas de idade
(vide gráficos 1,2 e3) com família já constituída.
Gráfico5
Apresenta a situação de emprego na qual se encontram os alunos e alunas do Ensino
Fundamental – Fase II e Médio
Com relação à situação de emprego os dados são bem diversificado. Os alunos
do Ensino Fundamental e Médio e as alunas do Ensino Médio e Fundamental com
emprego registrado ( situação formal) representam a maioria dos entrevistados ,
respectivamente 37%, 75%, 58% e 28%. Existem ainda os alunos e alunas autônomos
(com 19%, 12,5% , 17% e 5,5%). Os alunos desempregados são respectivamente 3%,
12,5%,25% e 5,5%. Os menores aprendizes correspondem a 19% no Ensino
Fundamental masculino e 5,5% no Ensino Fundamental feminino. Há ainda uma parcela
concentrada no Ensino fundamental que nunca trabalhou: 19% alunos e 55,5% alunas.
Os aposentados correspondem a 3% dos alunos entrevistados.
Os dados revelam que o alunado é formado por uma maioria trabalhadora,
empregada ou ingressando no mundo do trabalho, é o caso dos menores aprendizes. Os
alunos e alunas que nunca trabalharam, provavelmente buscam o processo de
escolarização como preparação para conseguirem do primeiro emprego.
O gráfico 6 trata dos motivos pelos quais os alunos deixaram de estudar no
ensino regular,ou pararam de estudar há um tempo ou se transferiram para a EJA.
Gráfico 6
Os motivos pelos quais os alunos e alunas do Ensino Fundamental – Fase II
deixaram de frequentar o ensino regular:
Masculino:
34% - Não conseguiram acompanhar o ensino regular;
22% - Deixou de estudar para ajudar na renda familiar;
22% - Outros motivos;
16% - Não gostava de estudar;
6% - Parou para sustentar a família;
Feminino:
33% - Não gostava de estudar;
17% - Não conseguiu acompanhar o ensino regular;
17% - Outros motivos;
11% - Não tinha com quem deixar os filhos;
11% - Casou e o esposo não permitia frequentar a escolar;
5,5% - Deixou para ajudar na renda a familiar;
5,5% - Deixou para cuidar de um familiar doente.
O grupo masculino apresentou menos motivos de ter deixado de frequentar o
ensino regular.
Outra revelação que chama muito a atenção são os motivos pelos quais os
alunos e alunas deixaram, na maioria, o ensino regular. Percebemos que o ensino
regular é excludente porque não atendeu as demandas específicas desse grupo de
alunos, somado a isso vem a necessidade dos rapazes de participarem mais
efetivamente da renda familiar e consequentemente não valorizarem a formação escolar,
o que vem reforçando a evasão escolar do ensino regular.
As mulheres, por sua vez, apresentam o não gostar de estudar como o motivo de
a maioria deixar o ensino regular. Isso revela que a maioria dessas adolescentes,
quando, em idade regular não possuía maturidade, orientação e estímulo suficiente para
se manterem na escola, além disso também sofreram a ação de um ensino excludente
que não atendeu as sua necessidades de formação.
Percebemos, também, que as alunas apresentaram um número maior de motivos
pelos quais deixaram o ensino regular. Isso se deve pelas implicações sociais e,
consequentemente, cobranças que ainda são lançadas para o universo feminino.
Os motivos pelos quais os alunos e alunas do Ensino Médio deixaram de
frequentar o ensino regular:
Masculino:
31,3% - Deixou para trabalhar e ajudar na renda familiar;
25% - Não conseguiu acompanhar o ensino regular;
12,5% - Não gostava de estudar;
12,5% - Não porque esteve doente;
12,5% - Outros;
6,2% - Parou para sustentar a família;
Feminino:
34% - Não conseguiu acompanhar o Ensino Regular;
22% - Deixou para trabalhar e ajudar na renda familiar;
22% - Outros motivos;
16% - Não gostava de estudar;
6% - Parou para sustentar a família.
O que mais chama a atenção na comparação ente os dois gêneros nesse nível de
ensino é que se invertem os motivos mais apresentados. Mas tais motivos, apesar da
inversão, revelam indivíduos que de certa forma sofreram exclusão no seu processo de
formação.
A exclusão que se está reportando nesse momento do texto, refere-se ao não
atendimento das demandas educacionais individuais do aluno, as quais fizeram com que
esses indivíduos fossem lançados no processo de busca pela sobrevivência,
minimamente digna, ficando à margem da educação formal.
O gráfico 7 apresenta os motivos pelos quais os alunos voltaram a estudar e
pelas suas características individuais e necessidades retomar a educação formal na EJA.
Gráfico 7
Gráfico 8
Nesse momomento do trabalho podemos delinear o perfil dos individuos quanto ao seus
objetivos com o retorno aos estudos.
Tanto no Ensino fundamental quanto no Ensino médios, em ambos os gêneros, temos
indivíduos que buscam se instrumentalizar para continuar no processo de formarção quer no
nível técnico quer no nível superiror ou, também, melhorar ou mudar a sua situação de emprego
tornando –se assim mais competitivo e com melhor situaçao econômica.
Além disso, e que é muito importante de se ressaltar, é que temos alunos e alunas que
buscam principalmente uma satisfação pessoal na finalização dos estudos da educação básica e
consequentemente se inserir na ociedad letras.
Considerações finais
As consequências diretas deste trabalho são subisidiar a esturura escolar no
processo de tomada de decisões tendo em vista a configuração da clientala do
estabelecimento de ensino e levar a uma reflexão sobre a educação apresntada para os
Jovens adultos frequentadores dessa casa de ensio: Será que a educação que se pratica
nessa escola é a adequada as demandas essa clientela?
Mesmo não tendo um perfil único, o que seria impossível de traçar tendo a
diversidade como maior característica, é importante ressaltar uma característica comum
entre os alunos do Ensino Fundamental e Médio desse Colégio AGeneral Antônio
Sampaio: Todos e todas têm a Educação de Jovens e Adultos como um caminho para
conseguir acesso as oportunidades que a sociedade oferece – oportunidade de melhoria
no emprego, oportunidade de acesso à formação superior e técnica, melhoreia
sasalarial, dentre outras.
Percebemos com os dados levantados que a demanda de jovens e adultos é
extensa e complexa, apresentou uma grande diversidades e possibilidades de pesquisas e
aprofundamento teóricos na análise dos dados, uma vez que a presente pesquisa limitou-
se a um mapeamento destes sujeitos e com intuito de traçar um perfil.
Os dados coletados proporcionaram uma experiência e um reconhecimento
desses sujeitos históricos sociais e ainda uma inquietação que não se encerra neste
trabalho mais que fomentará outros estudos.
Referências
PARANÁ. Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, SEED, 2006.
PARANÁ (Estado). Colégio Estadual General Antônio Sampaio. Regimento
Escolar.Ponta Grossa: SEED, 2010. Disponível na internet:
<http://www.pgoantoniosampaio.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/25/2010/76/arquivos
/File/REGIMENTOESCOLAR2010COMOADENDO.pdf >
GUERRA,C.M.F. Condições clínicas de próteses fixas no indivíduo idoso. [artigo
científico]. Disponível em: <http://www.odontologia.com.br/artigo/protesefixas-in-
divíduo-idoso.html>. Acesso em: 4 jul.2000.
PAIM, Jussara Ferreira. Um olhar para a identidade do Aluno de EJA. [artigo
científico]. Disponível em: <
http://www.catedraunescoeja.org/GT05/COM/COM051.pdf >
STRELHOW, Thyeles Borcarte.Breve História da Educação de Jovens e Adultos no
Brasil, Revista HISTEDBR on-line.[on-line]. Edição 38. Campinas, 2010. jun.2010.
Disponível na internet:
< http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/38/artigos.html> ISSN1676-2584
SANTOS, Ivonete Maciel Sacramento dos. AEducação de Jovens e Adultos no Brasil.
Disponível na internet: < http://www.webartigos.com/artigos/a-educacao-de-jovens-e-
adultos-no-brasil/4105/>
SOARES, Maria Aparecida Fontes. Perfil do Aluno da EJA/ Médio na Escola Dr.
Alfredo Pessoa de Lima.2007.58f.Monografia(Especialização em Educação Profissional
Técnica de Nível Médio Inttegrada ao Ensino Médio na Modalidade Educação de
Jovens e Adultos,Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, 2007.

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  • 1. PERFIL DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DO COLÉGIO ANTÔNIO SAMPAIO EM 2013 Silvio Cesar de Alcantara* RESUMO O presente artigo propõe apresentar o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos, suas perspectivas, suas buscas e por quais motivos buscam a escolarização nas salas de aula da EJA do Colégio Estadual Gal. Antônio Sampaio, do ano letivo de 2013. Trata-se de uma investigação de cunho quantitativo, que a partir de um questionário com questões objetivas, buscam mapear dados dos alunos. Os dados foram analisados por gênero no e por nível de ensino: Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos, Colégio. Introdução A iniciar meu trabalho com a Educação de Jovens e Adultos, percebi que estava diante de uma clientela diferente das demais coma as quais eu estava habituado. Os alunos cobravam uma intervenção profissional que eu não tinha condições de atender por conta da minha formação que me desse suporte para trabalhar com essa clientela. A necessidade de fazer este trabalho surgiu a partir de inquietações em minha prática diária. A relevância de entender com quais indivíduos estava trabalhando, quais eram suas características, qual era seu universo, para então pensar em estratégias pedagógicas que atendessem às necessidades específicas desses meus alunos. Ao me deparar com uma diversidade de histórias, comportamentos e anseios, fez-se necessária uma investigação balizada por conceitos que norteassem uma prática consciente que levassem a um resultado que atendesse aos apelos desses alunos e calassem as inquietações que surgiram no meu cotidiano profissional promovendo a formação emancipadora de indivíduos dotados de um passado histórico e de conhecimentos adquiridos com os quais a escola tem a obrigação de trabalhar. O Colégio Estadual General Antônio Sampaio faz parte do Núcleo Regional de Educação da cidade de Ponta Grossa e tem como mantenedora a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná. __________ *Professor de Língua Portuguesa na Rede Edatadual de Educação do Paraná, Graduado pela UEPG – Unvivesidade Estadual de Ponta Grossa, Especialista em Língua Portuguesa: teoria e prática, pela UNIVALE – Universidades Integradas do Vale do Ivaí – e-mail: scalcant@bol.com.br
  • 2. Reflexões sobre a história da EJA no Brasil A história da educação no Brasil nos revela uma face de uma nação que, até num passado não muito distante, não priorizava os processos educativos para os adultos. Para STRELHOW (20106, p.56), “(...) a educação do Brasil, em geral, foi tratada de forma inconsequente pelas autoridades políticas do país. A educação Brasileira foi sempre colocada em planos posteriores ao crescimento econômico e interesses da classe dominante”. Nesse cenário educacional, a Educação de Jovens e Adultos não vista como uma necessidade dos indivíduos sociais. Se por um lado havia o Estado descomprometido e que não enxergava e não valorizava a necessidade da educação para os adultos e, portanto, fazia os investimentos inadequados, isto é, quando fazia, estes tinham como objetivo a promoção político- partidária dos detentores do poder político, dentre outros objetivos. Por outro lado existiam os motivos de cada indivíduo que os afastavam cada vez mais da formação escolar, a saber, a necessidade de trabalhar para sustentar suas famílias, falta de estímulo por parte dos pais, dentre outros. “(...) Com o desenvolvimento industrial, no início do século XX, inicia-se um processo lento, mas crescente, de valorização da educação de adultos. Porém, essa preocupação trazia pontos de vista diferentes em relação à educação de adultos, quais sejam: a valorização do domínio da língua falada e escrita, visando o domínio das técnicas de produção; a aquisição da leitura e da escrita como instrumento da ascensão social; a alfabetização de adultos vista como meio de progresso do país; a valorização da alfabetização de adultos para ampliação da base de votos”. (PROCARO, p. 1) Ao longo da história, foram feitas algumas tentativas de ofertar a educação para adultos. Tais tentativas foram frustradas na sua maioria, porque eram mal concebidas e mal estruturadas, ou porque não se pensava em um método que atendesse às demandas e necessidades desse público, ou, simplesmente, porque, e também por isso, não eram feitos investimentos condizentes com as necessidades estruturais para a implementação dessa modalidade de ensino. Apesar da invisibilidade que a EJA sofreu, é importante marcar o momento no qual se apontou para uma necessidade de se pensar na educação para adultos analfabetos. É claro que esse pensar se deu por motivos políticos. Foi quando da apresentação da Lei Saraiva, de 1881, que excluía os analfabetos - dentre outros - do processo eleitoral. Como resolver, então, esse problema social? Corroborando essa ideia de exclusão e pouco caso, não é raro encontrar o registro de que a educação oferecida aos adultos analfabetos do país, nas primeiras décadas do século XX, deu-se a partir da mobilização social, por exemplo, a Liga Brasileira contra o Analfabetismo, em 1915, no Rio de Janeiro e o método de desanalfabetização desenvolvido por Abner de Brito, que sugeria alfabetizar em sete
  • 3. lições. Conforme STRELHOW (20106, p.51), “(...) a educação de jovens e adultos era carregada de um princípio missionário e caridoso. O letramento destas pessoas era um ato de caridade das pessoas letradas às perigosas e degeneradas”. É importante salientar que essa mobilização social para acabar com o analfabetismo aconteceu por conta de uma situação de vergonha pela qual passava a parte da população letrada do país, que lançou mão dos processos de desanalfabetização e foi assumida como missão pelos letrados envolvidos sem a intervenção do Estado. Eram tentativas de mudar o quadro letrado do país que tinha altos índices de analfabetismo. A Educação para adultos veio assumir uma identidade e tomar novo fôlego a partir de Paulo Freire, que inspirou a maioria dos movimentos sociais de educação nas décadas de 50 e 60 inicialmente. Ao longo das mais diversas experiências de Paulo Freire pelo mundo, o resultado sempre foi gratificante e muitas vezes comovente. O homem iletrado chega humilde e culpado, mas aos poucos descobre com orgulho que também é um “fazedor de cultura” e, mais ainda, que a condição de inferioridade não se deve a uma incompetência sua, mas resulta de lhe ter sido roubada a humanidade. O método Paulo Freire pretende superar a dicotomia entre teoria e prática: no processo, quando o homem descobre que sua prática supõe um saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, de certa forma. Percebendo – se como sujeito da história, toma a palavra daqueles que até então detêm seu monopólio. Alfabetizar é, em última instância, ensinar o uso da palavra. (ARANNHA, 1996, p.209) A partir das contribuições de Paulo Freire, a educação de adultos passou a ser praticada procurando a conscientização, a participação e a transformação social, mudando a situação de injustiça e desigualdade social, fatores geradores de analfabetismo. Esse contínuo pensar na oferta de educação se dá também na atualidade. Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná (DCE): A busca pela ampliação do atendimento à escolarização da população jovem e adulta pelos sistemas estaduais se vincula às conquistas legais referendadas pela Constituição Federal de 1988, na qual a Educação de Jovens e Adultos passou a ser reconhecida como modalidade específica da educação básica, no conjunto das políticas educacionais brasileiras, estabelecendo-se o direito à educação gratuita para todos os indivíduos, inclusive aos que a ela não tiveram acesso na denominada idade própria.(PARANÁ, 2006) Então a EJA passou a assumir uma nova identidade no país,vista com mais seriedade, com capital humano, recursos financeiros determinados, com uma concepção de ensino e inserida na Educação Básica, abandonando, assim a identidade de projeto ou de programa de escolarização de adultos.
  • 4. A concepção de EJA no Estado do Paraná A Secretaria da Educação do Estado do Paraná, após vários estudos, discussões e vivência na educação vem abandonando os antigos olhares para a EJA. Dentre tantas propostas e mudanças, elaborou, juntamente com os profissionais da educação da rede (professores, técnicos administrativos, equipe de apoio), as Diretrizes Curriculares da Educação Básica e, especificamente, as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos (DCE): Na base da reorganização e da reorientação do trabalho pedagógico na EJA, está o desafio de desenvolver processos de formação humana, articulados a contextos sócio-históricos, a fim de que se reverta a exclusão e se garanta aos jovens, adultos e idosos o acesso, a permanência e o sucesso no início ou no retorno desses sujeitos à escolarização básica como direito fundamental. (PARANÁ, 2006 ) Essas diretrizes nos apresentam a concepção de EJA que permeiam as ações do Estado do Paraná: Historicamente, a educação formal e não-formal dos diferentes grupos sociais de trabalhadores tem buscado habilitá-los técnica, social e ideologicamente para o trabalho, tratando a função social da educação de forma controlada para responder às necessidades de produção. A fim de superar esta relação direta da educação com a demanda de trabalho, torna-se fundamental compreender o sentido desse processo na vida dos educandos que não tiveram acesso ou continuidade da escolarização na denominada idade própria. A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual. (PARANÁ, 2006 p.27) Buscando oferecer uma educação digna, de qualidade e que atenda as demandas dos alunos da EJA, enquanto sujeitos do processo educativo. A Secretaria de Educação do Estado do Paraná está constantemente repensando o processo e oferta da Educação de Jovens e Adultos. A oferta da Educação de Jovens e Adultos no Colégio General Antônio Sampaio No Colégio Estadual Antônio Sampaio, localizado na cidade de Ponta Grossa, no Estado do Paraná, a oferta do EJA acontece obedecendo aos critérios estabelecidos por sua mantenedora: A Secretaria Estadual de Educação (SEED). Conforme as orientações dessa secretaria, contidas no Adendo Regimental, de Acréscimo e Alteração nº 01/2010 o colégio se organiza da seguinte forma:
  • 5. Da organização Curricular, Estrutura e Funcionamento Art. 67 – A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio é ofertada de forma presencial com a seguinte organização: I. Coletiva e individual no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio; II. Componentes curriculares organizados por disciplinas; III. 1200 horas (1440 horas aula) distribuídas entre as disciplinas conforme consta na matriz Curricular; IV. Conteúdos que integram a educação básica, contidos na Proposta Pedagógica Curricular, desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina da Base Nacional Comum; V. Garantia de cem por cento dos conteúdos que integram a Proposta Curricular da disciplina; VI. Oferta de cem por cento do total da carga horária distribuídas nas matrizes curriculares do Ensino Fundamental – Fase II e Médio. VII. Garantia de Oferta de 04 (quatro) horas-aulas diárias, por turno. Matrícula Art. 79 – Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, as matrículas poderão ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que: I . No ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio a matricula é por disciplina e o aluno poderá, em função da oferta, efetivar sua matrícula em até 04 (quatro) disciplinas, na organização coletiva ou individual de acordo com seu perfil; II. Para a matrícula deve ser observada a idade mínima exigida na legislação vigente; III. Serão priorizadas as matriculas na organização coletiva; Frequência At. 113 – Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, tanto na organização individual como na Organização Coletiva, é considerado desistente o aluno que se ausentar por mais de 2 (dois) meses consecutivos, devendo à escola, no seu retorno, reativar a sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos. §1º - O aluno desistente na disciplina, terá o prazo de 2 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial, para ter sua matrícula reativada, aproveitando a carga horária já frequentada e os registros de notas obtidas.
  • 6. A pesquisa A pesquisa realizada com os alunos do Colégio Estadual Antônio Sampaio que faz parte do Núcleo Regional de Educação da cidade de Ponta Grossa e tem como mantenedora a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná. A coleta de dados foi realizada no mês de dezembro de 2013, com os alunos e alunas do Ensino Fundamental – Fase II e Médio, nas turmas de coletivos e individuis. Foi aplicado um questionário com a colaboração dos professores, que cederam espaços em suas aulas para que a pesquisa acontecesse. O questionário aplicado aos alunos foi elaborado com 19 questões fechadas, nas quais os entrevistados poderiam assinalar a alternativa que representasse sua situação frente ao questionário. O corpo discente da EJA é formado pela diversidade: idade, gênero, histórias de vida diferentes, níveis de escolaridade, situações socioeconômicas distintas. Apesar de tamanha diversidade, há outra gama de situações comuns entre os alunos: motivos que levaram a deixar os estudos: incapacidade ou necessidade de frequentar o ensino regular, motivos ligados ao trabalho: necessidade de melhorar a situação de emprego, conseguir um emprego novo ou o primeiro emprego, dentre outros. O Colégio possui 341alunos matriculados no Ensino Fundamental – Fase II Os Gráficos 1 e 2 apresentam a distribuição etária dos educandos com mais detalhes. Gráfico 1 : Os alunos do gênero masculino que frequentaram a escola no ano de 2013 representam a maioria do universo envolvido na pesquisa desse nível de ensino. A
  • 7. faixa etária de até os 17 anos representa 62,5% . 18,8% correspondem a faixa de 18 a 25 anos, 9,4% corresponde a faixa de 26 a 35 anos, 6,3 % corresponde a faixa de 36 a 45 anos. Não houve presença de alunos entre 46 a 59 anos e 3% dos alunos está na faixa de 60 anos ou mais. As alunas do Ensino Fundamental também são em número maior na faixa de até 17anos. Essa faixa, também entre as mulheres, representa a maioria das alunas entrevistadas, num total de 61,12%. 16,66% representa a faixa de 18 a 26 anos, 22,22% representa a faixa entre 36-45 anos. As faixas entre 26 a 36 anos, 46 a 59 anos e de 60 anos ou mais não houve representantes para responder ao questionário. Os dados revelam que os frequentadores do Ensino Fundamental correspondem à maioria jovem, na faixa até os 17 anos de ambos os gêneros. Os dados revelam que quanto maior a idade, os alunos e alunas, afastam-se do processo de escolarização, por motivos diversos, nesse nível de ensino. O gráfico 2 apresenta a faixa etária dos alunos do Ensino Médio. Não há representação na faixa etária até os 17 anos porque o acesso ao ensino médio não é permitido para menores de 18 anos. Gráfico 2 O público masculino que frequenta o Ensino Médio é mais adulto, mas pode ser considerado jovem, formado por 80% de jovens na a faixa de 18 a 25 anos. Os estudantes da faixa entre 26 a 35 anos representa 20% dos alunos. As demais faixas etárias não estão representadas nesse nível e ensino, no ano letivo em questão. As alunas do ensino médio apresentam um comportamento diferenciado com relação ao acesso ao ensino. Elas têm uma representatividade com diferença não muito significativa em quatro das seis faixas de idade analisadas. Nas faixas de 18 a 25 e 36 a 45 anos cada grupo responde por 30,8%, nas faixas de 26 a 35 anos e 46 a 59anos correspondem respectivamente a 15,4% e 23%.
  • 8. A procura pelo Ensino Médio nessas faixas apresentadas se deve à possibilidade de melhorar a situação de emprego e ao sonho de ingressar num curso superior e construir uma carreira profissional. Gráfico 3 Estado Civil dos alunos entrevistados. Os alunos entrevistados do Ensino Fundamental são em sua maioria solteiros, representando 88%, os separados correspondem a 9% e os viúvos são 3%. As alunas do Ensino Fundamental solteiras correspondem à maioria do publico feminino entrevistado, totalizando 72,2%, diante de 16,6% que se declararam casadas, 5,6% são separadas e 5,6% são amasiadas. O público do Ensino Médio Masculino solteiro (com 69% dos entrevistados) é maior do que o público casado e amasiado (com 25% e 6%) . Diferentemente do público feminino que se configura com família constituída (com 42% casadas e 25% amasiadas). Esse quadro acima desenhado demonstra que Apesar de um número significativo de alunas do Ensino Fundamental serem solteiras, é importante ressaltar que aquela que tem família constituída no Ensino fundamental e Médio estão em busca da escolarização e já conseguem frequentar a escola independente da vontade ou não dos seus companheiros. Isso se dá certamente por essa configuração social atual, na qual a mulher é economicamente ativa e está construindo o seu espaço na sociedade economicamente ativa, diferentemente da mulher da alguns anos atrás que vivia exclusivamente para a família e seus companheiros. Gráfico 4
  • 9. Trata da quantidade de filhos do Os alunos do Ensino Fundamental (84%) e Médio (75%) representaram o maior percentual do que as mulheres com relação a não possuírem filhos. Entre as mulheres a maioria do Ensino Fundamental (61,1%) declararam não ter filhos enquanto no Ensino Médio (67%) declararam ter filhos. Retomando os dados do da faixa etária e estado civil, pode-se explicar essa disparidade entre as mulheres do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Ocorre que a maioria das alunas do Ensino médio são casadas e estão nas maiores faixas de idade (vide gráficos 1,2 e3) com família já constituída. Gráfico5 Apresenta a situação de emprego na qual se encontram os alunos e alunas do Ensino Fundamental – Fase II e Médio
  • 10. Com relação à situação de emprego os dados são bem diversificado. Os alunos do Ensino Fundamental e Médio e as alunas do Ensino Médio e Fundamental com emprego registrado ( situação formal) representam a maioria dos entrevistados , respectivamente 37%, 75%, 58% e 28%. Existem ainda os alunos e alunas autônomos (com 19%, 12,5% , 17% e 5,5%). Os alunos desempregados são respectivamente 3%, 12,5%,25% e 5,5%. Os menores aprendizes correspondem a 19% no Ensino Fundamental masculino e 5,5% no Ensino Fundamental feminino. Há ainda uma parcela concentrada no Ensino fundamental que nunca trabalhou: 19% alunos e 55,5% alunas. Os aposentados correspondem a 3% dos alunos entrevistados. Os dados revelam que o alunado é formado por uma maioria trabalhadora, empregada ou ingressando no mundo do trabalho, é o caso dos menores aprendizes. Os alunos e alunas que nunca trabalharam, provavelmente buscam o processo de escolarização como preparação para conseguirem do primeiro emprego. O gráfico 6 trata dos motivos pelos quais os alunos deixaram de estudar no ensino regular,ou pararam de estudar há um tempo ou se transferiram para a EJA. Gráfico 6 Os motivos pelos quais os alunos e alunas do Ensino Fundamental – Fase II deixaram de frequentar o ensino regular:
  • 11. Masculino: 34% - Não conseguiram acompanhar o ensino regular; 22% - Deixou de estudar para ajudar na renda familiar; 22% - Outros motivos; 16% - Não gostava de estudar; 6% - Parou para sustentar a família; Feminino: 33% - Não gostava de estudar; 17% - Não conseguiu acompanhar o ensino regular; 17% - Outros motivos; 11% - Não tinha com quem deixar os filhos; 11% - Casou e o esposo não permitia frequentar a escolar; 5,5% - Deixou para ajudar na renda a familiar; 5,5% - Deixou para cuidar de um familiar doente. O grupo masculino apresentou menos motivos de ter deixado de frequentar o ensino regular. Outra revelação que chama muito a atenção são os motivos pelos quais os alunos e alunas deixaram, na maioria, o ensino regular. Percebemos que o ensino regular é excludente porque não atendeu as demandas específicas desse grupo de alunos, somado a isso vem a necessidade dos rapazes de participarem mais efetivamente da renda familiar e consequentemente não valorizarem a formação escolar, o que vem reforçando a evasão escolar do ensino regular. As mulheres, por sua vez, apresentam o não gostar de estudar como o motivo de a maioria deixar o ensino regular. Isso revela que a maioria dessas adolescentes, quando, em idade regular não possuía maturidade, orientação e estímulo suficiente para se manterem na escola, além disso também sofreram a ação de um ensino excludente que não atendeu as sua necessidades de formação. Percebemos, também, que as alunas apresentaram um número maior de motivos pelos quais deixaram o ensino regular. Isso se deve pelas implicações sociais e, consequentemente, cobranças que ainda são lançadas para o universo feminino. Os motivos pelos quais os alunos e alunas do Ensino Médio deixaram de frequentar o ensino regular:
  • 12. Masculino: 31,3% - Deixou para trabalhar e ajudar na renda familiar; 25% - Não conseguiu acompanhar o ensino regular; 12,5% - Não gostava de estudar; 12,5% - Não porque esteve doente; 12,5% - Outros; 6,2% - Parou para sustentar a família; Feminino: 34% - Não conseguiu acompanhar o Ensino Regular; 22% - Deixou para trabalhar e ajudar na renda familiar; 22% - Outros motivos; 16% - Não gostava de estudar; 6% - Parou para sustentar a família. O que mais chama a atenção na comparação ente os dois gêneros nesse nível de ensino é que se invertem os motivos mais apresentados. Mas tais motivos, apesar da inversão, revelam indivíduos que de certa forma sofreram exclusão no seu processo de formação. A exclusão que se está reportando nesse momento do texto, refere-se ao não atendimento das demandas educacionais individuais do aluno, as quais fizeram com que esses indivíduos fossem lançados no processo de busca pela sobrevivência, minimamente digna, ficando à margem da educação formal. O gráfico 7 apresenta os motivos pelos quais os alunos voltaram a estudar e pelas suas características individuais e necessidades retomar a educação formal na EJA.
  • 13. Gráfico 7 Gráfico 8 Nesse momomento do trabalho podemos delinear o perfil dos individuos quanto ao seus objetivos com o retorno aos estudos.
  • 14. Tanto no Ensino fundamental quanto no Ensino médios, em ambos os gêneros, temos indivíduos que buscam se instrumentalizar para continuar no processo de formarção quer no nível técnico quer no nível superiror ou, também, melhorar ou mudar a sua situação de emprego tornando –se assim mais competitivo e com melhor situaçao econômica. Além disso, e que é muito importante de se ressaltar, é que temos alunos e alunas que buscam principalmente uma satisfação pessoal na finalização dos estudos da educação básica e consequentemente se inserir na ociedad letras. Considerações finais As consequências diretas deste trabalho são subisidiar a esturura escolar no processo de tomada de decisões tendo em vista a configuração da clientala do estabelecimento de ensino e levar a uma reflexão sobre a educação apresntada para os Jovens adultos frequentadores dessa casa de ensio: Será que a educação que se pratica nessa escola é a adequada as demandas essa clientela? Mesmo não tendo um perfil único, o que seria impossível de traçar tendo a diversidade como maior característica, é importante ressaltar uma característica comum entre os alunos do Ensino Fundamental e Médio desse Colégio AGeneral Antônio Sampaio: Todos e todas têm a Educação de Jovens e Adultos como um caminho para conseguir acesso as oportunidades que a sociedade oferece – oportunidade de melhoria no emprego, oportunidade de acesso à formação superior e técnica, melhoreia sasalarial, dentre outras. Percebemos com os dados levantados que a demanda de jovens e adultos é extensa e complexa, apresentou uma grande diversidades e possibilidades de pesquisas e aprofundamento teóricos na análise dos dados, uma vez que a presente pesquisa limitou- se a um mapeamento destes sujeitos e com intuito de traçar um perfil. Os dados coletados proporcionaram uma experiência e um reconhecimento desses sujeitos históricos sociais e ainda uma inquietação que não se encerra neste trabalho mais que fomentará outros estudos. Referências PARANÁ. Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, SEED, 2006. PARANÁ (Estado). Colégio Estadual General Antônio Sampaio. Regimento Escolar.Ponta Grossa: SEED, 2010. Disponível na internet: <http://www.pgoantoniosampaio.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/25/2010/76/arquivos /File/REGIMENTOESCOLAR2010COMOADENDO.pdf > GUERRA,C.M.F. Condições clínicas de próteses fixas no indivíduo idoso. [artigo científico]. Disponível em: <http://www.odontologia.com.br/artigo/protesefixas-in-
  • 15. divíduo-idoso.html>. Acesso em: 4 jul.2000. PAIM, Jussara Ferreira. Um olhar para a identidade do Aluno de EJA. [artigo científico]. Disponível em: < http://www.catedraunescoeja.org/GT05/COM/COM051.pdf > STRELHOW, Thyeles Borcarte.Breve História da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, Revista HISTEDBR on-line.[on-line]. Edição 38. Campinas, 2010. jun.2010. Disponível na internet: < http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/38/artigos.html> ISSN1676-2584 SANTOS, Ivonete Maciel Sacramento dos. AEducação de Jovens e Adultos no Brasil. Disponível na internet: < http://www.webartigos.com/artigos/a-educacao-de-jovens-e- adultos-no-brasil/4105/> SOARES, Maria Aparecida Fontes. Perfil do Aluno da EJA/ Médio na Escola Dr. Alfredo Pessoa de Lima.2007.58f.Monografia(Especialização em Educação Profissional Técnica de Nível Médio Inttegrada ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos,Universidade Federal da Paraíba, Bananeiras, 2007.