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Os problemas enfrentados pela professora
1. Escritores da
Liberdade
Projeto Leitura– Discutindo as
ideias do filme
de Gangues e ten- de integração, le- Volume 1, Edição 1
sões raciais ocorri- cionando Inglês 01/06/2012
das nos bairros po- básico para a tur-
bres dos EUA. Di- ma do 1º ano. Uma
ante desses proble- profissional que
mas, a secretaria acredita que pode
de Educação do fazer a diferença, Um filme para
município decidiu pois é determinada
instalar em algu- e perseverante. você se emocio-
mas escolas pro- Pensou em cursar nar e refletir so-
gramas de integra- direito para defen-
ção, onde diversas der jovens no tri- bre o significado
raças, culturas e bunal, mas logo
etnias faziam parte desistiu, pois acre- do professor na
do mesmo gru- ditava que a bata-
po.Erin Gruwell in- lha está perdida
sua vida....
tepretada pela atriz quando tiver que
O filme é Hilary Swank, é defender jovens
baseado em fatos uma professora nos tribunais, visto
reais, sendo que a iniciante que deci- que a luta pela li-
história se passa de trabalhar. Inicia bertação deve a-
na Califórnia no sua carreira, em contecer na escola, Nesta edição:
ano de 1992. Este uma escola adapta- na sala de aula. Projeto Leitura– Discu- 1
retrata a violência da aos programas tindo as ideias do filme
Os problemas enfrenta- 1
dos pela professora
Os problemas enfrentados pela Holocausto e a segre- 2
gação racial nos Esta-
professora As tribos existentes nas 2
salas de aula
A professora en- violentos e partici- e para fazer ativi-
frentou diversas pavam de gangues. dades diferentes O desinteresse pela 2
barreiras, come- Mas, ela rompeu com os alunos teve leitura por parte dos
çando pelos pró- estes desafios e que buscar outras
O preço da dedicação 2
prios colegas que lutou sozinha. Co- alternativas, até
desacreditavam no mo era iniciante mesmo um traba-
potencial dos alu- seu salário não era lho extra com intui- A mudança 2
nos, porque eram muito significativo to de conseguir
2. Página 2 Escritores da Liberdade
fundos para comprar conseguir lecionar sua ma- foi duramente criticada pe-
materiais e fazer viagens téria, teve que adotar mé- la diretora, e pelos seus
de estudo, visto que a ad- todos extracurriculares, e familiares. A princípio os
ministração da escola não alunos a desprezavam
fornecia verbas pelo fato pensando que ela desistiria
de não acreditar no poten- facilmente de ensiná-los
cial dos alunos. com já havia acontecido
Percebia que a sala com outros professores,
de aula era dividida con- mas ela os surpreendeu
forme as raças e as gan- trazendo-lhes literaturas
gues, muitos eram oriun- novas, e formas práticas
dos do reformatório infan- de conhecê-los mantendo
til, o que gerava agressões a cumplicidade e confiança
e conflitos. Enfrentou di- entre eles.
versas rejeições por parte
dos alunos, que não a a-
ceitavam e também não
tinham motivação para
participar das aulas. Para
Holocausto e a segregação racial nos Estados Unidos
Em uma aula mencio- escolar era algo grandio-
nou uma série de aconteci- so. Através desse método os
mentos marcantes da história alunos foram aos poucos se
do mundo, como o Holocaus- aproximando e participando,
to e a segregação racial nos provocando mudanças na re-
Estados Unidos, na tentativa alidade da sala de aula e da
de sensibilizá-los. Também, escola, os próprios educandos
tentou mostrar para os alu- exemplo o nazismo que com- começaram a participar em
nos o que realmente seria parado com as situações e- busca de alternativas para
uma gangue, dando como xistentes naquela unidade alcançar objetivos.
As tribos existentes nas salas de aula
Os alunos gostavam colegas. Apesar de não rece- um pouco de suas histórias,
de sentar em grupos, distri- ber o apoio da direção, que medos, anseios e esperanças
buídos por tribos, porém ela não era aberta a mudanças, e espontaneamente deixas-
tentou modificar o espaço conseguiu aos poucos romper sem num armário para ela ler
distribuindo-os pela sala e com estas barreiras e con- no final da aula. Surpreen-
proporcionando que todos quistar seu espaço. Utilizando dente é que todos deixaram
viessem a se conhecer, visto seus próprios recursos, com- os diários escritos, e as histó-
que havia alguns que não sa- prou diários para que os alu- rias emocionavam cada vez
biam nem o nome de seus nos escrevessem a cada dia, mais a jovem professora.
3. Volume 1, Edição 1 Página 3
O desinteresse pela leitura por parte dos alunos
A escola não permitia na leitura e sentiram-se valo-
que os alunos utilizassem os rizados.
livros da biblioteca, a não ser
os de pouco valor. Pois a di-
reção tinha medo que eles
riscassem e rasgassem, pelo
fato de serem rebeldes. Então
através da renda extra que a
professora tinha, decidiu a-
postar nos educandos e com-
prou livros que envolviam a
realidade dos mesmos e os
instigavam a ler. Foi impres-
sionante, eles envolveram-se
O preço da dedicação
Seu marido não acei- culdade. Após ter lido o relato
tou ver o sucesso e a dedica- dos diários, resolveu aplicar
ção que tinha com o ensino. o último projeto à turma, cri-
Preferiu se divorciar do que ar um livro cujo nome seria,
ajudá-la, mas isso não fez Escritores da Liberdade, que
com que ela desistisse, lutou logo depois foi a grande ins-
e conseguiu acompanhar seus piração para o filme.
alunos até o 4ª ano, quando
terminaram o ensino médio e
alguns passaram para a fa-
A mudança
O movimento para a liberdade deve surgir e partir
dos próprios oprimidos, e a pedagogia decorrente será aque-
la que tem que ser forjada com ele e não para ele, enquanto
homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua
humanidade. Vê-se que não é suficiente que o oprimido te-
nha consciência crítica da opressão, mas, que se disponha a
transformar essa realidade; trata-se de um trabalho de
conscientização e politização. (FREIRE, 1987)
4. A obra cinematográfica Escritores da Liberdade, foi
lançada em 2007 pela categoria Drama. Produzida e dirigi-
da Richard LaGravenese com duração de 122 minutos.
Nossos Encontros acontecem
às sexta– feiras
Das 13h às 15h.
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“Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida…“
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessá-
rios à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
O filme Escritores da liberdade traz a histó- FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro,
ria da grande An n e Frank... Paz e Terra, 1987.
Sobre a escritora: Annelise Maria Frank, Autora - Maria Clenilda Signorini- Pedagoga formada pela Univer-
mais conhecida como Anne Frank, (Frankfurt sidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI
am Main, 12 de Junho de 1929 — Bergen- Campus Santiago/RS.
Belsen, início de Março de 1945) foi uma Co-autora - Caroline Côrtes Lacerda Pedagoga formada pela Uni-
adolescente alemã de origem judaica, que versidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI
morreu aos 15 anos em um campo de con- Campus Santiago/RS, especialista em Psicopedagogia pela mesma
centração.Seu diário foi publicado pela pri- universidade .
meira vez em 1947 e é atualmente um dos Organização: Professora Sheila Monteiro
livros mais traduzidos em todo o mundo.
Roteiro para discussão e análise
1) Por que Erin escolheu a carreira de professora e não de advogada?
2) Quais foram as dificuldades que ela encontrou no sistema escolar?
3) Qual foi o perfil de educadora que Erin apresentou, no primeiro momento, ao dar sua aula?
4) No início do filme, qual o retrato apresentado dos alunos?
5) Quais os aspectos negativos e positivos da resistência dos alunos em aceitar a escola e a professora?
6) O filme destaca muitos aspectos importantes referentes ao processo ensino-aprendizagem. Aponte três que sejam mais significativos, na sua opinião.
7) A história aborda um dos mais polêmicos temas da atualidade: a crise educacional. De acordo com a sua visão, quais são os principais fatores que con-
tribuem para esse problema?
8) Destaque alguns princípios éticos que estruturaram a prática pedagógica da professora Erin.
9) Qual foi a cena do filme que mais tocou você? Justifique.
10) De acordo com os seus conhecimentos, relacione os temas que podem ser explorados no filme “Escritores da Liberdade”.
11) A história nos leva a refletir sobre muitas questões. Qual foi a lição que você absorveu para a sua vida pessoal?
"Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da exis tência". ( Dulce Critelli,)