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Márcio Carbaca Gonçalez
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PropagandaPropagandaPropaganda
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Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 978-85-387-3105-4
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Márcio Carbaca Gonçalez
Publicidade e Propaganda
IESDE Brasil S.A.
Curitiba
2012
Edição revisada
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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor
dos direitos autorais.
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G623p
Gonçalez, Márcio Carbaca
Publicidade e propaganda / Márcio Carbaca Gonçalez. - Curitiba, PR : IESDE Brasil,
2012.
96p. : 28 cm
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-3105-4
1. Publicidade. 2. Propaganda. I. Título.
12-6951. CDD: 659
CDU: 659.1
24.09.12 11.10.12 039402
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Todos os direitos reservados.
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Sumário
Propaganda e publicidade | 7
Conceitos e definições | 7
Meios e veículos de comunicação | 8
Publicidade e Propaganda | 9
História da publicidade no Brasil | 10
O mundo da publicidade | 23
Quem faz a publicidade? | 24
A publicidade contemporânea | 25
Comunicação | 25
Comunicação mercadológica | 27
Marketing | 28
O modelo AIDA | 30
Agência de publicidade | 37
O que é uma agência de publicidade? | 37
Funções, cargos e atividades | 38
Atendimento | 40
Briefing | 41
Planejamento | 43
Pesquisa | 46
Tipos e métodos de pesquisa | 47
Criação | 48
Exemplos de criação | 51
Mídia | 52
Produção | 54
Atividades e produtos da publicidade e propaganda | 59
Como se faz uma campanha publicitária | 59
Peças publicitárias | 61
Ações publicitárias, promocionais ou promoção de vendas | 63
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Publicidade, propaganda e os meios de comunicação | 64
Televisão | 65
Rádio | 67
Jornal | 68
Revista | 68
Cinema | 69
Internet | 69
Novas mídias | 69
Outdoor | 70
Mídia exterior | 71
O futuro da comunicação mercadológica | 77
A função da publicidade na nova comunicação | 77
Admirável publicidade nova | 79
A ética na publicidade e propaganda | 86
Referências | 93
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A disciplina de Publicidade e Propaganda apresenta, para o curso
Tecnológico de Processos Gerenciais, as ferramentas oferecidas por essa
área que irá auxiliar o futuro profissional a desenvolver estratégias cria-
tivas e eficientes para o mercado.
A proposta é uma viagem pelo mundo do “faz de conta” da Publicidade
quecontribuiráparaacompreensãodousodessaeficazatividade.Nesse
lugar, não pode haver mentiras, apenas o estudo de produtos, marcas
e serviços onde se exalta o que é belo desses elementos. Para tanto, a
disciplina foi organizada em cinco aulas que têm início com um pouco
de história sobre o tema, a conceitualização, exemplos, a questão ética,
astécnicasdesenvolvidas,osprofissionaisquedesenvolvemapublicida-
de, os resultados e as tendências dessa área.
Em uma época não muito longe, quando se falava em publicidade, ficava
sempre a imagem de um comercial de TV ou um anúncio de revista.
Atualmente, o conceito se torna mais amplo, surge a comunicação
integrada com o mercado, novas ferramentas e novos públicos.
Adisciplinaéfocadanoobjetivodequevocêpossaternelamaisumarefe-
rência para enriquecer sua formação profissional, crítica e de alta capaci-
tação, para atuar em mercados cada vez mais exigentes e competitivos.
Para finalizar, gostaria de dizer que a publicidade e a propaganda
compõem um caminho longo e sem uma receita rápida de sucesso. A
fórmula também não é simples: muitos lápis mordidos, borrachas gas-
tas, papéis amassados, lixeiras cheias (não esqueçam da reciclagem),
olharesdistantes,conversascomummonitor,brigascomoteclado,com
o pobre do mouse, muita leitura, revisão, revisão, revisão e... o surgimen-
to de uma ideia!
Muito sucesso na sua caminhada!
Márcio Carbaca Gonçalez
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Propaganda e publicidade
Márcio Carbaca Gonçalez*
Conceitos e definições
Ferramentas importantes no contexto da comunicação, a publicidade e a propaganda se caracte-
rizam principalmente pela persuasão, ou o ato de convencer com argumentos (verdadeiros ou não), as
pessoas sobre qualquer assunto. Embora entendidos como um mesmo conceito, e muitas vezes usados
como sinônimos, publicidade e propaganda não significam a mesma coisa.
A propaganda pode ser definida como ações de atividades ideológicas que tendem a influenciar
o homem, com objetivo político, cívico ou religioso. É o ato de propagar ideias, princípios e teorias sem
o fator comercial. Deriva do latim moderno propagare, e significa “para ser espalhado”, ou “enterrar o
rebento de uma planta no solo”. Propagare, por sua vez, origina-se de pangere, que quer dizer enter-
rar, mergulhar, plantar. A terminologia Propaganda surge em 1622, quando o papa Gregório XV funda
a Congregatio Propaganda Fide (Congregação para a Propagação da Fé), uma comissão de Cardeais que
tinha como objetivos fundar seminários formadores de missionários que difundissem a religião católi-
ca, e supervisionar a propagação do Cristianismo pelo mundo. Ou seja, a propaganda é uma atividade
voltada para promover um sistema ideológico, como doutrinas religiosas ou princípios políticos.
Já a publicidade deriva de público (do latim publicus) e é conceituada como a arte de tornar
público, divulgar um fato ou uma ideia, já com objetivos comerciais, uma vez que pode despertar o
desejo de compra, levando-o à ação. É um conjunto de técnicas de ação coletiva com o propósito de
tornar conhecido um produto, um serviço, uma marca, promovendo assim uma atividade comercial. É
mais ampla que a propaganda e engloba todas as formas de comunicação, tornando-se uma técnica
comercial de comunicação de massa.
* Pós-graduando em Docência no Ensino Superior, na Universidade Cidade de S.Paulo (UNICID). Graduado em Comunicação Social – Habilitação
em Publicidade e Propaganda pela Universidade Cidade de S. Paulo (UNICID).
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Para uma visualização mais simples, vamos usar como referência um trecho do texto originalmente
intitulado A Dialética Conceitual da Publicidade e Propaganda, desenvolvido pelos professores Neusa
Demartini Gomes, Analaura Corradi e Luiz Fernando Cury, um trabalho científico e didático de excelente
nível que enfoca três elementos que identificam e diferenciam os conceitos e condicionam a publicidade
e a propaganda:
Publicidade Propaganda
Capacidade informativa Capacidade informativa
Força persuasiva Força persuasiva
Caráter comercial Caráter ideológico
Condicionantes técnicos da Publicidade
Ter um produto ou um serviço para oferecer ao mercado, em tal quantidade que sua promoção:::
justifique o uso dos meios massivos.
Planejar, criar, produzir um anúncio ou um conjunto de anúncios, denominado campanha.:::
Esse anúncio ou campanha deve ser veiculado, isto é, inserida em meios de comunicação,:::
pagos por um patrocinador.
Condicionantes técnicos da Propaganda
Ter uma ideia ou uma doutrina a oferecer ao público ou a um indivíduo, em tal quantidade que:::
sua promoção justifique o uso dos meios massivos.
Planejar, criar e produzir a informação persuasiva que se quer difundir com o intento de reforçar:::
ou modificar comportamentos ideológicos religiosos, políticos ou mesmo filosóficos.
Essa informação de caráter persuasivo deve ser veiculada, isto é, inserida em meios de comu-:::
nicação, não necessariamente em forma de anúncios.
Mas (e aqui aparece a diferença básica da Publicidade), pode vir sem identificação do promotor e
não ocupando um espaço formal como é o da Publicidade.
Meios e veículos de comunicação
Antes de prosseguirmos com a publicidade e propaganda, é necessário definirmos também
o conceito dos meios e veículos de comunicação essenciais para o desenvolvimento das ações dos
processos comunicacionais e que provocam sempre uma certa confusão nas aulas.
8 | Propaganda e publicidade
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9|Propaganda e publicidade
Podemos entender meios de comunicação como ferramentas e instrumentos utilizados para a
transmissão e recepção de informações (como por exemplo, as mensagens publicitárias). É o jornal, a
revista, a televisão, o rádio, a internet, o telefone, entre outros.
Veículos de comunicação são as empresas individuais responsáveis por trabalhar com os meios de
comunicação, com as emissoras de rádio ou TV, editoras de jornais, revistas, exibidoras de outdoor etc.
Publicidade e Propaganda
Um pouquinho de história...
Iniciamos aqui uma rápida viagem pela história onde iremos identificar as primeiras ações pu-
blicitárias e de propaganda e suas evoluções até os dias atuais, de acordo com alguns dos escritores,
professores e publicitários brasileiros.
De uma maneira bem simples, podemos entender que a publicidade nasceu quando“alguém disse
a alguém que tinha alguma coisa a oferecer”, fosse um produto, fosse um serviço. O fato é que há vários
registros identificando ações publicitárias no decorrer da história. Há relatos que contam sobre uma tabuleta
na China, datada aproximadamente de 3 000 a.C., que indicava a casa de um alfaiate. (MARTINS, 2002)
Uma outra parada na viagem pela história e chegamos à Roma Antiga, onde as paredes das
casas que ficavam de frente para as ruas de maior movimento eram disputadíssimas para os anúncios.
(SAMPAIO, 1999)
A civilização registra vários momentos em que se usou essa técnica de comunicação para reforçar
(antigos) ou criar (novos) hábitos de consumo.
Porém, a propaganda que conhecemos, começou a tomar forma mesmo com a igreja católica,
como vimos anteriormente, com a criação de uma congregação religiosa para propagar a fé no mundo.
Após esse período, a propaganda consegue um novo avanço considerável, no aspecto eficiência,
somente depois da Primeira Guerra Mundial, quando o alemão Paul Joseph Goebbles desenvolve um
produto de sucesso chamado Adolf Hitler.
Doutor em humanidades, Goebbles estudou o comportamento e, principalmente, a sociedade
alemã da época, conhecendo assim as necessidades e ansiedade do povo, desenvolvendo técnicas de
convencimento individuais e coletivas, que trabalhadas com ações psicológicas, tornou Hitler convincente.
Muito do que Goebbles criou foi melhorado, estudado e incorporado à comunicação, especial-
mente à comunicação de massa.
O autor Zeca Martins descreve em seu livro Propaganda é Isso Aí, um terceiro salto na evolução da
propaganda:
[...] como terceiro salto histórico, temos o incansável e constante desenvolvimento dos meios de comunicação, particu-
larmentedoseletrônicos,apartirdofinaldadécadade50[...]possibilitandoosurgimentoquasediáriodenovastécnicas
e manifestações estéticas no mundo da Propaganda [...]. (MARTINS, 2004, p. 280)
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Já a publicidade toma a forma que conhecemos no final do século XIX com a Revolução Industrial.
A produção em série, a aglomeração em grandes centros urbanos fez necessária uma divulgação organi-
zada de tudo o que era oferecido. Assim como na propaganda, o surgimento dos meios de comunicação,
e seu desenvolvimento técnico, contribuíram para o avanço da publicidade.
História da publicidade no Brasil
Podemos começar a história da publicidade no Brasil de acordo com a definição do escritor,
professor e publicitário Ricardo Ramos que aponta como a primeira publicidade feita em terra brasileira
a carta descrita pelo capitão-mor Pero Vaz de Caminha, na qual relatava ao rei de Portugal Dom Manuel
as maravilhas e encantos da nova descoberta.
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a
terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora
assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar,
dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem [...]. (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel)
Após essa ação publicitária sobre o exuberante produto denominado Ilha de Santa Cruz, a publici-
dade no Brasil permaneceu por 300 anos quase que exclusivamente oral com pequenas exceções feitas
em relação a novas capelas, possíveis trocas de mercadorias, entre outros.
A publicidade e a propaganda que conhecemos atualmente começam a surgir no início do
século XIX, mais precisamente em 27 de novembro de 1807, quando o príncipe-regente D. João
embarca para o Brasil com a família real, com toda sua corte, juízes, ministros, membros do alto
Clero, militares, entre outros; além de todo tesouro português, um dia antes das tropas de Napoleão
Bonaparte ocuparem a cidade de Lisboa.
Pintura de Francisco Bartolozzi, embarque no porto de Belém em
novembro de 1807, Rio de Janeiro, Museu Histórico Nacional.
Com a vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 7 de março de 1808, a nova sede da
monarquiaportuguesalogocomeçaasemodificarcomoshábitosecostumesdeseusnovosmoradores.
D. João abre os portos brasileiros para o comércio exterior, cria as primeiras instituições de ensino supe-
rior, o Banco do Brasil, o Jardim Botânico, o Teatro Real, a Escola Médica e a Imprensa Régia. Com isso,
10 | Propaganda e publicidade
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11|Propaganda e publicidade
ainda no mesmo ano, funda-se o primeiro jornal, dando início à imprensa brasileira. A Gazeta do Rio de
Janeiro começa a circular em 10 de Setembro de 1808 e foi por meio dela que se publicou o nosso primeiro
anúncio publicitário, já bem próximo dos moldes que utilizamos hoje. Foi sobre imóveis e assim dizia:
Annuncio 02:
Outros exemplos de Annuncios:
“Annuncio.
Vende-se hum bom cavallo mestre de andar em Carrinho quem o pertender comprar procure Fran-
cisco Borges Mendes morador na esquina do Beco de João Baptista por cima de huma venda.
Avisa-se o Público que Terça feira próxima haverá Gazeta extraordinária nº 13.”
“Escravo Fugido.
Fugio há 2 mezes da fasenda de Francisco de Moraes Campos, da frequezia do Belém, município de
Jundiahy, província de S. Paulo, um escravo de nome Lourenço, de nação com os signaes seguintes: idade
30annosmaisoumenos,estaturaregular,rostocomprido,bonitodefeiçãocabellosgrenhos,narizatilado,
boca e beiços mais que regulares, sendo o beiço inferior mais grosso e vermelho, boa dentadura, cor re-
tinta, pouca barba, fino de corpo, tem a coroa da cabeça pellada de carregar objectos, pernas finas, pés
palhetas e pisa fora, é muito ladino, é roceiro e muito bom tropeiro. Gratifica-se bem a quem pegar o dito
escravo e paga-se todas as despesas que tiver feito até a occasião da entrega.”
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“Quem quiser cobrir o lanço (lance) de 100$000 réis, que já se dá pela Pescaria exclusiva da Alagoa
(lagoa) denominada de Rodrigo de Freitas, dirija-se à casa do Tesoureiro do Cofre de Pólvora”
Os primeiros anúncios apresentavam referências a vendas de escravos e de imóveis, divulgação
de datas de leilões, ofertas de atividades de profissionais liberais. Houve, em um certo momento, uma
publicidade excessiva voltada ao ensino, como professores oferecendo seus serviços acadêmicos de
língua francesa, portuguesa e economia.
Antes da Gazeta do Rio de Janeiro, a publicidade, de uma maneira rudimentar era apresentada
por meio de cartazes e painéis pintados e escritos à mão, além de alguns folhetos avulsos. Cada um
delestevehistóriaevidaspróprias,porémojornalacabamesmopordominaracomunicaçãopublicitária
no século XIX e início do século XX.
A publicidade brasileira ganha mais um veículo em 1.º de junho 1821, com o surgimento do Diário
do Rio de Janeiro, que se intitulava como um jornal de anúncios. O objetivo de seus criadores era a faci-
litação de transações comerciais, são os primeiros diários que sobrevivem de anunciantes e sua edição
ocorreu até o ano de 1878. Pode ser considerado hoje o modelo que conhecemos como classificados,
uma vez que suas divulgações se caracterizavam por poucas ilustrações e textos extensos.
Mas não era apenas no Rio de Janeiro que a publicidade brasileira dava seus primeiros passos. Em 7
de novembro de 1825, Antonino José de Miranda Falcão lançava, no Recife, o Diário de Pernambuco, tam-
bém apresentado como um jornal de anúncios, o mais antigo jornal em circulação na América Latina.
O comércio descobre a publicidade. Nele, anunciavam-se escravos, leilões, descreviam-se habi-
lidades como retratistas e floristas, fabricantes de carruagens, vasos para jardins, urinóis em todos os
tamanhos, entre outros produtos e serviços, ou seja, características dos classificados modernos.
O final do século XIX é caracterizado por uma nova fase na publicidade brasileira, começam a surgir
as primeiras ilustrações. Os classificados mudam e ganham vinhetas à guisa de ilustração, crescem no
tamanho, no espacejamento necessário à composição de quadrinhas ou versos de metro mais longos e
até a rima entra nos anúncios vindo a tornar-se uma ferramenta definitiva.
Em 1908, o produto que mais se utilizava da publicidade eram os remédios. A empresa que
fabricava o xarope contra tosse Bromilum realizava um concurso de cartazes para a divulgação do seu
produto. Participava dele, entre outros poetas conhecidos, Olavo Bilac, um dos fundadores da Academia
Brasileira de Letras e autor do Hino da Bandeira Nacional. O início do século XX também apresenta uma
outra ferramenta muito importante para a publicidade brasileira: o surgimento das revistas – chamadas
de semanários ilustrados.
12 | Propaganda e publicidade
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13|Propaganda e publicidade
Primeiras agências
Foi criada por Volney Palmer, em Boston, no ano de 1841, a primeira agência de Publicidade e
Propaganda. No início, Palmer abre um pequeno escritório para trabalhar como agente de um jornal,
vendendo espaços publicitários. É a primeira agência a cobrar a taxa de 25% de comissão pela venda, o
que antes era feito apenas por corretores de propaganda.
No Brasil, nasce em 1913 a empresa de anúncios casa paulistana Castaldi & Bennaton que se
desenvolve rapidamente e acaba evoluindo para se tornar a primeira agência de publicidade do país,
no ano seguinte, com o nome de Eclética. Ao final da Primeira Guerra Mundial, a cidade de São Paulo já
contava com outras agências em atividades publicitárias como a Moderna e a Pettinati.
Apesar da guerra, o país apresentava um bom desenvolvimento industrial e isso atraiu novas
empresas dos Estados Unidos e Europa, além do surgimento de novas fábricas e empreendimentos
nacionais. O quadro a seguir exemplifica melhor essa nova fase do país:
Ano Evento
1910 Cândido Fontoura consegue o registro do “Biotônico Fontoura”.
1911 A empresa farmacêutica Bayer inicia suas atividades no Brasil.
1913 A Shell inicia suas atividades no Brasil.
1915 A Texaco inicia suas atividades no Brasil.
1915 O Citibank inicia suas operações no Brasil.
1916 Ford se instala no Brasil.
1919 A companhia química Rhodia se instala no Brasil.
1921 Inauguração da primeira unidade da Nestlé no Brasil.
1922 Começam a funcionar as primeiras emissoras de rádio no Brasil.
1922 Realiza-se em São Paulo a Semana da Arte Moderna.
Ano Agências de Publicidade
1914 Surge em São Paulo a primeira agência de propaganda: a Eclética.
1919 Cria-se a agência de propaganda Moderna.
1920 Fundação da Agência Pettinati de Publicidade.
1921 Inauguração da primeira unidade da Nestlé no Brasil.
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Divulgação.
Em consequência da chegada das empresas multinacionais e do avanço na economia, em um
rápido período, surgem também as primeiras agências de publicidade internacionais trazendo
renovação e melhoria na tecnologia e em todas as áreas envolvidas com publicidade de modo geral,
confeccionando uma nova estética e um impulso na qualidade das produções. Trata-se da Ayer, que
vem a convite da Ford e da J. Walter Thompson, a mais antiga agência operando no país até hoje.
Com o avanço profissional e tecnológico da década de 20, iniciam-se as primeiras grandes
campanhas de empresas multinacionais. Bayer, Ford, Shell destacam-se juntamente com as brasileiras
Antarctica, Mappin e Casas Pernambucanas.
A publicidade fala
No final da década de 20, a publicidade brasileira passaria ainda por uma nova transformação.
Novas ferramentas de comunicação passam a fazer parte do dia a dia do país. Aparecem os outdoors,
os painéis de estrada, os anúncios de jornais e revistas se tornam mais técnicos e sofisticados e, embora
ainda com equipamentos rudimentares, surge o rádio.
Oficialmente inaugurado em 7 de setembro de 1922, ano em que se comemorava o primeiro
centenário da Independência do Brasil, o rádio transmite, às 21hs daquele dia, o discurso do então
PresidentedaRepúblicaEpitácioPessoaqueestavaacompanhadopeloreidaBélgica,AlbertoI.Abrirama
Exposição do Centenário no Rio de Janeiro. O discurso de abertura foi transmitido para Niterói, Petrópolis
e São Paulo, por meio de receptores instalados nessas regiões e uma antena posicionada no alto do
Corcovado.
Invenção creditada ao cientista e inventor italiano Guglielmo Marconi, o rádio cresce rapidamente
no país, porém no início de suas transmissões, não oferecia nenhuma atividade comercial. A publici-
dade na rádio, que na época ficou conhecida como “reclame”, era proibida e só viria a ser utilizada em
1º de março de 1931, por meio do Decreto 21.111, que limitava os anúncios em, no máximo, 10% da
programação das emissoras.
Nesse mesmo ano, o governo federal passa a conceder para a iniciativa privada a exploração do
sinal de rádio. As empresas e agências passam a trabalhar com a voz na publicidade e chegam a criar os
primeiros programas que são patrocinados por grandes empresas, como o Repórter Esso.
Há dados imprecisos sobre a autoria dos primeiros jingles brasileiros, mas podemos citar
alguns pioneiros nos uso dessa ferramenta, como Gilberto Martins que gravou em vinil para a Colgate
Palmolive; Ademar Casé que criou o seguinte anúncio para o pão Bragança:
Oh! Padeiro desta rua / Tenha sempre na lembrança / Não me traga outro pão
Que não seja o pão Bragança.
14 | Propaganda e publicidade
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15|Propaganda e publicidade
E o hit do carnaval composto por Bastos Tigre e Ary Barroso, a marchinha “Chopp em Garrafa”,
divulgava o início do engarrafamento de Brahma Chopp. O jingle ajudou a Brahma a alcançar a produção
de 30 milhões de litros de cerveja.
O Brahma Chopp em garrafa / Querido em todo o Brasil / Corre longe, a banca abafa / É igualzinho
ao do barril.
Chopp em garrafa / Tem justa fama / É o mesmo Chopp / Chopp da Brahma.
Com a publicidade falando e até cantando, a década de 30 é marcada por um alto investimento das
empresas, chegando a 65% do seu capital, aplicados na forma de patrocínio de programas e anúncios.
A Segunda Guerra Mundial fez a publicidade oscilar e viver bons e maus momentos no Brasil.
Houve um decréscimo nas atividades publicitárias, criando até uma pequena crise, mas com uma recu-
peração rápida. O fim da guerra encontrou um país em boa situação econômica com o setor industrial
em período de expansão, atraindo milhares de pessoas para as grandes cidades. As empresas, por meio
da propaganda, as enxergavam como novos consumidores potenciais e o pós-guerra consolidou, no
país, uma sociedade de consumo.
Nasce a televisão brasileira
Em 18 de setembro de 1950, Assis Chateaubriand idealiza e inaugura a TV Tupi em São Paulo.
Instalando alguns aparelhos no Jockey Club, na Praça da República e no MASP (Museu de Arte de São
Paulo)apopulaçãopôdeveraaberturadastransmissõestelevisivasnopaís,queficouporcontadasatrizes
Yara Lins, que foi convidada especialmente para dizer o prefixo da emissora – PRF-3, Lolita Rodrigues e
o apresentador Homero Silva. Logo os programas começam a tomar formas e conteúdos e a televisão
impulsiona mais ainda a publicidade que, mesmo não tendo especialistas em filmes, acaba criando mais
um meio para a divulgação das empresas e seus produtos e serviços. A novidade era o carro-chefe dos
anúncios que aproveitavam a atenção que todos estavam dando aos movimentos testemunhais e, prin-
cipalmente, às demonstrações. Os comerciais eram ao vivo ou com slides e, naquele tempo, as garotas-
-propaganda eram os principais destaques da publicidade na televisão.
Um pouco mais de uma década, a TV se transforma e passa a ser o principal meio de comunicação
no país, como cita Pyr Marcondes:
[...] a TV (são várias as redes nacionais, agora) se transforma no grande veículo de comunicação e cultura, uma cultura
diversa da acadêmica, que receberia o nome de cultura de massa, de massa, porque não mais difundia para poucos, nos
bancos da escola, mas para muitos, de forma homogênea e nivelada pela média [...]. (RAMOS; MARCONDES, 1995, p.184)
Regulamentação da publicidade no Brasil
É aprovada em 18 de junho de 1965, a Lei 4.680 que define a remuneração-base das agências
publicitárias em 20% (antes se trabalhava com uma referência aproximada de 17%). A publicidade
expande-se de vez como um setor de negócios e encontra uma sociedade consumista consolidada,
tendo como aliados o fortalecimento dos crediários e a multiplicação dos produtos como veículos,
alimentos, eletrodomésticos e também o desenvolvimento da indústria cultural.
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Mesmo durante o período em que o país estava sob o poder dos militares (a ditadura militar de
1964 a 1984), o setor crescia sem grandes problemas ou conflitos. As décadas seguintes foram marcadas
com uma característica única da publicidade – a criatividade.
A criação vive seus anos de ouro e a publicidade brasileira começa a ser conhecida internacio-
nalmente. Surgem os primeiros prêmios, o reconhecimento e ouvimos, pela primeira vez, nomes como
Washington Olivetto, Duailibi, Petit, Zaragoza, Nizan Guanaes, entre outros.
Porém, mesmo com a admiração de outros países e com um, até então, bom relacionamento
com os militares, o final da década de 70 marca um novo capítulo na história dessa profissão: o surgi-
mento do Conar.
O governo federal estava pensando em“censurar previamente”a propaganda criando um depar-
tamento que controlasse a publicidade com o objetivo de não permitir que nenhum tipo de anúncio
fosse veiculado sem que antes passasse por sua análise e autorização.
Divulgação.
Diante dessa ameaça, o setor apresentou, como contraproposta, um código que teria a função
dedefenderosinteressesdomercadopublicitário,doconsumidoredezelarpelaliberdadedeexpressão
comercial. A ideia foi aprovada e em 1978 era fundado o Conselho Nacional de Autorregulamentação
Publicitária, o Conar, uma ONG encarregada de fazer valer o Código Brasileiro de Autorregulamentação
Publicitária.
É ele que analisa e decide, baseado em reclamações e queixas de pessoas físicas ou jurídicas,
se uma propaganda está respeitando e se enquadrando em um código de ética acordado pelos gru-
pos de comunicação, anunciantes e agências de publicidade. Se o conselho decidir que determinada
propaganda não respeita o código ético, ela pode sofrer modificações ou até mesmo ser proibida de
ser veiculada.
Opaíssetornaasegundanaçãocommaispremwiaçõespublicitárias,aagênciaExclamPropaganda,
de Curitiba, criava o slogan que tomaria conta do país: Diretas já; mas a publicidade sofre algumas
derrotas no cenário nacional, como a perda de força e poder para os anunciantes.
Os últimos anos do século XX são marcados por uma nova configuração econômica e tecnológica.
A globalização e a internet invadem o cenário mundial e trazem o fenômeno da velocidade nas trans-
formações e um público consumidor exigente, que quer ser chamado agora de cliente, exigindo assim
profissionais cada vez mais qualificados para atuarem em todos os setores e a publicidade não foge disso.
16 | Propaganda e publicidade
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17|Propaganda e publicidade
As agências e seus profissionais já sabem que não se vive mais apenas de criação e campanhas
publicitárias e estão no processo de transformação, acompanhando o fenômeno da comunicação
integrada.
Texto complementar
Nem propaganda, nem marketing...
(PUBLIO, 2008)
É preciso admitir: o universo da propaganda mudou. Até agora, aqueles que ingressavam na
carreira publicitária eram atraídos pelo charme de trabalhar na área de criação de agências estreladas,
no departamento comercial de empresas poderosas ou no setor de marketing de grandes veículos e
anunciantes.
A nova realidade, no entanto, aponta para caminhos recém-criados dentro da comunicação
integrada. Os profissionais que acabam de sair das escolas ingressam em atividades que até bem
pouco tempo inexistiam no mercado. São produtores, organizadores de eventos, webmasters,
consultores e uma infinidade de outras atribuições oferecidas a partir de um mergulho no mundo
virtual.
Os números comprovam a nova atmosfera que envolve a propaganda. Uma pesquisa regular feita
pelo Cintegra, departamento da ESPM responsável por monitorar a integração de seus ex-alunos
no mercado de trabalho, revela que 75% dos recém-formados em Comunicações Sociais e 82% dos
quesaíramdocursodeAdministraçãodeEmpresasestãoempregados,sóqueamaiorparteassumiu
funções antes inexistentes no setor. Apenas 12% estão em agências de propaganda. O mercado
exige versatilidade dos profissionais.
Essa diversificação de destino dos formandos em Comunicações Sociais e Administração
de Empresas vem acompanhada de uma série de novas palavras e terminologias que integram o
cotidiano do profissional do futuro, como nativos digitais, instant messengers, video on demand,
DVR´s, TiVo, marketing viral, SMS, games, mobile marketing, blog, iPod, Digital Trust Zone, moeda so-
cial, web-entertainment etc.
Para atender a essa nova postura da indústria da comunicação, não basta apenas o trabalho
das agências de propaganda. É necessário integração multiempresarial e setorial, onde é irrelevante
se a condução das operações será da agência ou do cliente. O que se procura são soluções inovadoras,
não importa de onde elas venham. O cliente quer resultado. As ideias espetaculares são bem-vindas
desde que tragam benefícios concretos.
Essa nova tendência já é uma realidade no consagrado festival de publicidade de Cannes.
Antes conhecido por ser uma passarela de egos, vaidades e prêmios voltados para a criação de
comerciais geniais, o evento mostrou na sua última edição uma diversidade de atividades voltadas
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para o mundo da comunicação. Só para se ter uma ideia desse universo multifacetado, os 4 995 co-
merciais exibidos na mostra representavam apenas 22,6% do total de peças que estavam em busca
do Leão de Ouro. O restante do material, que também estava em busca de reconhecimento interna-
cional, foi diluído em inúmeras categorias.
A propaganda hoje é uma profissão igual a muitas outras. Só que agora vive um momento de
inquietação. O mercado ainda se adapta às novas ferramentas que as novas tecnologias oferecem
aos profissionais do setor. O desafio de dominar os recém-criados instrumentos, além de transfor-
má-los em peças criativas, faz da carreira um passaporte para um futuro brilhante.
Eu, etiqueta
Carlos Drummond de Andrade
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu lençol, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo,
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências,
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou – vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares, festas, praias, piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
18 | Propaganda e publicidade
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19|Propaganda e publicidade
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa.
Sou gravado de forma universal,
Seio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Atividades
1.	 Defina o que é publicidade e o que é propaganda.
2.	 Qual a diferença entre meio e veículo de comunicação?
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3.	 A criatividade tem um maior destaque na publicidade brasileira a partir de qual década?
a)	 Década de 30.
b)	 Década de 50.
c)	 Década de 70.
d)	 Década de 20.
4.	 O que é o Conar?
Ampliando o conhecimento
Para saber mais da Publicidade e Propaganda, suas definições e suas histórias, podem ser consul-
tadas as obras a seguir.
	
200 Anos de Propagandas no Brasil:
do reclame ao cyber-anúncio.
Autores: Ricardo Ramos e Pyr
Marcondes
Editora: Meio & Mensagem
Divulgação.
	
Divulgação.
Propaganda é isso aí
Autor: Zeca Martins
Editora: Atlas
20 | Propaganda e publicidade
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21|Propaganda e publicidade
Gabarito
1.	 Propaganda pode ser definida como ações de atividades ideológicas que tendem a influenciar o
homem, com objetivo político, cívico ou religioso. É o ato de propagar ideias, princípios e teorias
sem o fator comercial.
	 A publicidade é conceituada como a arte de tornar público, divulgar um fato ou uma ideia já
com objetivos comerciais, uma vez que pode despertar o desejo de compra, levando-o à ação. É
um conjunto de técnicas de ação coletiva com o propósito de tornar conhecido um produto, um
serviço, uma marca, promovendo assim uma atividade comercial.
2.	 A diferença é que meios de comunicação são ferramentas e instrumentos utilizados para a trans-
missão e recepção de informações (como por exemplo, as mensagens publicitárias). É o jornal, a
revista, a televisão, o rádio, a internet, o telefone, entre outros. Já os veículos de comunicação são
as empresas individuais responsáveis por trabalhar com os meios de comunicação, como as emis-
soras de rádio ou TV, editoras de jornais, revistas, exibidoras de outdoor etc.
3.	 C
4.	 Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, uma ONG encarregada de fazer
valer o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. É ele que analisa e decide, baseado
em reclamações e queixas de pessoas físicas ou jurídicas, se uma propaganda está respeitando
e se enquadrando em um código de ética acordado pelos grupos de comunicação, anunciantes
e agências de publicidade. Se o conselho decidir que determinada propaganda não respeita o
código ético, ela pode sofrer modificações ou até mesmo ser proibida de ser veiculada.
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22 | Propaganda e publicidade
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O mundo da publicidade
Pense em uma marca. Qualquer uma!
Pense um pouco mais sobre ela.
É quase certeza de que o pensamento que você teve veio acompanhado de uma frase marcante,
uma imagem, um comercial ou mesmo um personagem simpático que sempre está ao lado da marca
ou produto que você acabou de lembrar. Isso é a publicidade trabalhando.
Todos os dias somos “apresentados” a uma vasta gama de publicidades, que tem como objetivo
cativar e influenciar o consumidor nas suas razões e escolhas. Isso se faz abertamente, sem esconder
ou disfarçar nomes e intenções, uma vez que se busca um meio de tornar conhecido um produto, um
serviço ou uma empresa, tendo como objetivo despertar o desejo, ou até criar prestígio pelo que está
sendo anunciado.
Para isso, a publicidade pode ser caracterizada em dois tipos:
Publicidade com objetivos promocionais::: – é a ação de divulgar produtos e serviços apre-
sentando seus atributos e benefícios com o intuito de torná-los conhecidos para os consumi-
dores. Ressalta os aspectos positivos e as qualidades, influenciando na decisão de compra,
tendo como componente principal a persuasão. Sedutora, engraçada, bonita, e informativa,
leva os consumidores a desejar o produto que está sendo oferecido, ou a descobrirem como é
necessário adquiri-lo. Exemplos: publicidade com forte teor apelativo e informações explícitas,
como a divulgação de um fogão e seu preço baixo (condições de pagamento e prazos), nas
CasasBahia,ouumapublicidadequeutilizeumalinguagemmaishumorísticaepoéticacriando
uma situação em que apresente o produto como o responsável pela sensação de bem-estar
como:“Não é assim uma Brastemp”.
Publicidade institucional::: – é a divulgação e valorização de marcas e empresas. Busca apre-
sentar a filosofia, metas, objetivos e ações das organizações, tentando obter uma simpatia e
construir uma boa imagem para os consumidores, embora também possa assumir caracterís-
ticas no sentido promocional. Uma outra característica desse tipo de publicidade é consolidar
a empresa e sua marca no mercado solidificando sua posição por meio da afirmação de suas
qualidades. Divulgação de ações sociais, de apoio à cultura, ao esporte ou mesmo atividades
de caráter beneficente, é o que caracteriza a publicidade institucional. Exemplo: O apoio da
empresa Azaleia no desenvolvimento do projeto Criança Esperança da rede Globo e o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
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Independente do tipo de publicidade que se utilize, a sua informação é persuasiva e baseada nas
motivações do público a quem se dirige. Apresenta de forma clara uma intenção comercial e com isso
busca conduzir uma ação de compra.
A publicidade é parcial e intencional. Diferente das informações jornalísticas, que devem ser impar-
ciaisedescreverosfatoseacontecimentosreais,nãosepreocupandocomosfatorespositivosenegativos,
a publicidade cria sua própria informação e no período que mais lhe interessar. Há uma dedicação em
divulgar características e qualidades dos produtos, serviços ou empresas que diferem dos concorrentes.
Sua intencionalidade então é comercial, já que procura sempre induzir a uma ação de compra.
Quem faz a publicidade?
A publicidade é composta basicamente por três elementos que podem criar e realizar um processo
publicitário para atingir o consumidor final. São eles:
O anunciante
Também conhecido como cliente, anunciante ou empresa anunciante, é quem produz algo e
precisa divulgá-lo, seja um serviço ou um produto. Podem ser bens de consumo, serviços, associações
e até mesmo o governo (federal, estadual e municipal). O primeiro (federal) tem o dever e o direito de
utilizar a comunicação para informar a utilização dos recursos oriundos da população.
Os veículos de comunicação
São empresas que administram os meios de comunicação (televisão, jornal, revista, rádio etc.), e
por isso são as grandes responsáveis pela transmissão da mensagem do anunciante ao consumidor, ou
seja, o canal por onde a publicidade flui em direção ao consumidor, o qual pode – ou não – interessar-
-se por ela. Exemplos de veículos de comunicação:
Revista Veja. Rede Globo de Televisão. Provedora de Internet Uol. Rádio Band News.
Sport TV (público específico). Jornal Valor Econômico.
(Disponível em: <http://mundodasmarcas.blogspot.com>.)
24 | O mundo da publicidade
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25|O mundo da publicidade
O profissional em publicidade
Como nenhum consumidor tem a obrigação de entender e se identificar com a mensagem que
o anunciante expôs, é fundamental torná-la interessante e atraente. O anunciante recorre ao publici-
tário (isso é claro, quando ele não possuir profissionais ou departamentos que possam executar essas
ações), ou às agências de publicidade, empresas especializadas em planejamento e processos comuni-
cacionais. Também fica a cargo de uma agência identificar a quantidade e os tipos de pessoas que pre-
cisam ser atingidas e selecionar os melhores veículos a serem utilizados para atingir esse público.
A publicidade contemporânea
Atualmente é impossível falar em publicidade sem fazer referências ao marketing. São duas áreas
que estão interligadas e que se complementam com o objetivo de desenvolver a divulgação e vendas
dos produtos e serviços de uma empresa.
É importante enfatizar que a publicidade se enquadra, na empresa, como parte do marketing
e que a publicidade também é parte da comunicação mercadológica. Por isso, antes de entrarmos no
estudo mais específico da publicidade, é preciso contextualizar a importância da comunicação, assim
como a conceitualização do marketing.
Comunicação
É um processo que envolve um emissor e um receptor com uma mensagem dirigida que, por sua
vez, é realizada por meio de signos ou símbolos. O receptor é quem irá receber e interpretar a mensagem.
Se conseguir compreender os sinais emitidos (gestos, palavras etc.), entendemos que a comunicação
foi boa.
Emissor Mensagem Receptor
Esse processo envolve três elementos (emissor, receptor e mensagem) e é baseado no modelo
aristotélico apresentado no seu livro AArteRetóricaeaArtePoética, escrito pelo filósofo grego Aristóteles
cerca de 300 anos a.C.
Portanto,comunicaçãoétodamanifestaçãoexistenteentreohomem,seusemelhanteeomeioambiente.Dependendo
do ponto de vista do observador, a comunicação pode adquirir diferentes significados. Os sinais – gestos, palavras,
fotografias, rituais, poemas, propaganda, sinal de mão, voz, são comunicações produzidas, emitidas e respondidas por
seres humanos. (LUPETTI, 2003. p.78)
De Aristóteles até os dias atuais, outros modelos de teorias surgiram com o objetivo de desenvolver
melhor o processo de comunicação. Entende-se que para melhorar esse processo básico e deixá-lo mais
prático e detalhado, entram em cena outros elementos: canais, decodificador, ruído e feedback.
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Dessa maneira, o processo de comunicação é composto pelos seguintes elementos:
Emissor::: – quem cria e quer transmitir o código, a mensagem.
Código::: – é a mensagem que deseja ser transmitida.
Canal::: – meios que serão utilizadas para a transmissão da mensagem.
Ruído::: – algum fator que possa impedir a compreensão da mensagem. Exemplo: pode ser um
simples chiado ou barulho externo, uma má impressão de textos ou um entendimento distor-
cido da mensagem.
Receptor::: – é quem estava destinado a receber a mensagem.
Decodificação::: – é o receptor compreendendo a mensagem transmitida pelo emissor.
Feedback::: – é o retorno. A resposta do receptor para o emissor.
Exemplo do processo de comunicação:
Emissor DecodificaçãoCódigo ReceptorCanal
Ruído
Feedback
Exemplo do processo de comunicação acadêmico:
Professor Compreensão
da matéria
Matéria AlunoVídeoaula/
livros
– qualidade ruim do vídeo;
– problemas de impressão do livro;
– não compreensão da matéria.
Respostas coerentes em trabalhos e avaliações
26 | O mundo da publicidade
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27|O mundo da publicidade
Exemplo do processo de comunicação na publicidade:
Anunciante Compreensão
do anúncio
Divulgar
produto
(anúncio)
Público-
-alvo
Meios de
comunicação
(tv, rádio etc.)
– ruídos no rádio;
– imagens distorcidas;
– não compreensão do anúncio.
Efetuar a compra do produto divulgado
Nesse último exemplo, processo de comunicação na publicidade, tanto as empresas anunciantes,
quanto a agência de publicidade desejam que os receptores (público-alvo), deem um feedback,
comprando o produto ou serviço. Se esse público não entender corretamente a mensagem publicitária,
ele dará um retorno à organização que talvez não seja o esperado pela empresa.
Há ainda um risco do ruído de comunicação, que pode assumir proporções sérias, como, por
exemplo, o não entendimento do anúncio e da mensagem divulgada, criar uma percepção de que o
produto que está sendo oferecido pertence ao concorrente.
Comunicação mercadológica
Uma das vertentes da comunicação é a comunicação mercadológica que pode ser compreendida
como ações desenvolvidas no sentido empresarial de comunicar-se mais com o mercado onde atua,
reforçando as imagens de marcas, produtos e serviços tendo o propósito evidente de aumento em vendas
e receita.
Para alcançar tal objetivo, as empresas utilizam o chamado mix de comunicação, que é composto
entre tantas ferramentas estratégias de atendimento ao cliente, criação de um ambiente de relaciona-
mento, estratégias de marketing e o esforço publicitário.
A função da comunicação mercadológica é traduzir, em argumentos concretos, os objetivos de
marketing por meio de mensagens persuasivas, ou seja, da publicidade (GOMES, 2003, p. 37).
A comunicação mercadológica também é projetada para ser persuasiva, por isso a publicidade
é tão importante para conseguir um efeito calculado nas atitudes e/ou no comportamento do público
visado. Faz-se também pela venda pessoal, promoção de vendas, merchandising, relações públicas,
embalagens e marketing.
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Marketing
A origem das atividades entendidas como marketing, no modelo que conhecemos, nasce na época
da Revolução Industrial, com as necessidades básicas dos fabricantes de assegurar os meios (matéria-
-prima, mão de obra e capital) para a produção de bens e artigos mais padronizados, mesmo que com a
qualidade muito baixa, o consumidor enfrenta o problema de escolher suas compras.
O termo marketing surge nos Estados Unidos no início do século XX. Em 1930, as universidades
norte-americanas já ofereciam os primeiros cursos, focando principalmente a pesquisa de mercado e as
técnicas de distribuição e vendas.
É nesta década que a capacidade de produção das fábricas começaram a aumentar considera-
velmente, havendo, em alguns casos, a superação da demanda. A concorrência ganha força e o que
passava a ser visto era o desenvolvimento de técnicas mais agressivas e novos métodos de vendas de
promoção com o objetivo de atrair compradores, ou seja, o marketing surge na necessidade de admi-
nistrar e estudar o mercado e com a nova realidade oriunda da Revolução Industrial. Nesse cenário, o
marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocu-
pação era puramente de logística e produtividade para a maximização dos lucros.
Essa realidade ficou inalterada até meados da década de 40 ou com o fim da Segunda Guerra
Mundial quando houve o crescimento da concorrência, causando o fenônemo da cultura de vender a
qualquer preço, uma tentativa de conquistar os compradores da época.
No Brasil, o marketing chega nos anos 50, mais precisamente em 1954, trazido pelas empresas
multinacionais que aqui se instalavam. Nesse mesmo período, surgem autores e especialistas que
tentam teorizar o conceito e seus atributos. Um exemplo é Jeromy McCarthy, que elabora e anuncia
uma concepção teórica intitulada de Fatores Controláveis do Marketing, ou simplesmente os 4 Ps, que
passa a ser popularizado nos anos 60 e 70 por outro especialista, Philip Kotler.
Constituem os 4 Ps:
Produto::: – características, marca, embalagem, design etc.;
Preço::: – formas de pagamento, descontos, crediários etc.;
Praça::: – ponto de venda;
Promoção::: – incluem-se aqui as atividades de publicidade, promoção de vendas, entre outros.
Com o fim da era industrial, o mundo entra na nova era da informação. Surgem outras teorias
e estudos sobre a área para contextualizar, agregar ou atualizar concepções anteriores. Um exemplo
disso é a proposta idealizada por Robert F. Lauterborn, na década de 90, que substitui a gerência de
produtos pela gerência de mercados, onde o centro do marketing não era mais o produto e sim o
mercado e, principalmente, o cliente. Surge então a teoria dos 4 Cs:
Consumidores (clientes)::: – necessidades de desejos;
Custo::: – para satisfazer o consumidor;
Conveniências::: – para poder comprar;
Comunicação::: – ferramentas da comunicação.
28 | O mundo da publicidade
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29|O mundo da publicidade
Dessa forma a equivalência seria:
4 Cs 4 Ps
Consumidor Produtos
Custo Preço
Conveniência Praça
Comunicação Promoção
Um pouco antes, no início da década de 80, o livro Em Busca da Excelência, de Tom Peters e Bob
Waterman, tem o foco completamente voltado para o cliente. O avanço tecnológico também acaba
influenciando no marketing (assim como fez em muitos outros setores). Há uma atenção maior com os
serviços de atendimento ao consumidor e a preocupação de administrar uma gestão de relacionamento
com os clientes em larga escala. Cliente esse que já entende o seu valor, exige qualidade e não quer
mais ser chamado apenas de consumidor.
Comparando os mercados, temos o seguinte cenário:
Passado Atualmente
Pouca variedade de produtos. Muita variedade de produtos.
Procura maior que a oferta. Oferta maior que a procura.
Consumidores pouco exigentes. Consumidores muito exigentes.
Pouco risco nas decisões. Risco elevado nas decisões.
Muitas oportunidades, poucas ameaças. Poucas oportunidades, muitas ameaças.
O bom profissional de marketing tinha “instinto”,
senso de negócios.
O bom profissional de marketing coleta informações, planeja,
executa e controla o processo de marketing/ vendas.
Porém, na prática empresarial, com frequência existe uma confusão entre “marketing” e outros
termos, tais como“comercialização”,“distribuição”,“imagem”e, principalmente,“vendas”. O termo marke-
ting é bem mais abrangente, e os outros são, cada um, uma parte de todo o sistema de marketing.
No Brasil, o termo marketing causou grandes dúvidas no gênero de que uma palavra tão nitida-
mente estrangeira, além de longa, pudesse ser difundida no país, e iniciou-se uma busca intensa a um
nome mais adequado para traduzir seu conceito e conteúdo.
A expressão“comercialização”não foi bem aceita e caiu em desuso por designar apenas uma parte
do sistema de marketing. “Mercadização” e “mercadologia” também foram propostas para definir e
traduzir o termo e embora a última até tenha uma boa adequação, uma vez que se refere ao estudo do
mercado, acabou sendo por um certo tempo utilizada, tornando-se a terminologia Marketing.
Conceito de marketing
Ao longo dos anos, o marketing evolui de uma“orientação para o produto”, para uma“orientação
para o mercado e para o cliente”. O comitê de definições da Associação Americana de Marketing (AMA),
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fundada em 1930 com o objetivo de congregar profissionais para o desenvolvimento das atividades
desse setor, conceitua marketing como“função organizacional e um conjunto de processos de criação,
comunicação, e entregar valor para os clientes e para gerenciar os relacionamentos com os clientes de
forma a beneficiar a organização e os seus intervenientes”.
Porém, outras definições foram apresentadas por especialistas do setor que entendem que o
conceito da AMA não incorporava um elemento essencial para uma organização comercial, o lucro.
Uma outra definição é citada por um dos especialistas mais respeitados pelos profissionais no
Brasil, Philip Kotler que diz: “Marketing é o processo social e empresarial pelo qual os indivíduos e
grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio da troca de produtos e criação de valor, com
outros”(KOTLER, 1980 p. 42).
Outra definição pode ser dada por Raimar Richers, que conceitua marketing como:“Marketing é
a intenção de entender e atender o mercado”(RICHERS, 1981, p. 5).
Recentemente, a própria AMA redefiniu o conceito de marketing para: “Marketing é a atividade,
conjunto de instituições, bem como o processo de criação, comunicação, entrega e troca de ofertas que
tenham valor para os clientes, parceiros e sociedade em geral”.
O modelo AIDA
Apesar de diversos estudiosos creditarem a E.K. Strong o modelo AIDA, por tê-lo publicado em
1925 na sua obra Teorias de Vendas (Theories of Selling), o criador dessa teoria foi Elmo Lewis em 1898
(fato confirmado pelo próprio Strong).
AIDA é um modelo que tenta explicar como se dá o funcionamento do comportamento humano
em relação à aquisição de um produto ou serviço. A AIDA conseguiu determinar uma série de etapas
que descrevem o processo que um consumidor de um determinado produto passa antes de concretizar
a venda.
Após a teoria de Lewis, vários outros modelos surgiram para tentar explicar o que leva o consu-
midor a adquirir um produto. Mas todas elas têm a venda como objetivo final. Há relatos que dizem
que o próprio Lewis, ao criar sua teoria, estava mais interessado no comportamento do vendedor do
que do consumidor em si. O intuito era elaborar um“guia”que orientasse esse vendedor para ajudá-lo
a efetuar uma venda.
Dessa forma, compõe o modelo AIDA, baseando-se no pressuposto de que, para convencer
alguém à compra e para o entendimento do comportamento do consumidor, é preciso introduzir as
seguintes etapas:
A – Atenção;
I – Interesse;
D – Desejo;
A – Ação.
30 | O mundo da publicidade
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31|O mundo da publicidade
Segundo essa concepção, um anúncio publicitário, por exemplo, deve chamar a atenção, despertar
o interesse, provocar um desejo e desencadear uma ação. Porém, teorias mais recentes, introduziram
um conceito moderno de marketing no modelo e com isso, o processo não finaliza apenas na venda,
mas sim na“satisfação do consumidor”, ou o que faria esse consumidor voltar a comprar o produto que
o satisfaz.
Com isso, muitas empresas passaram a acrescentar o“S”de satisfação, modificando a nomencla-
tura para AIDAS, ou:
A – Atenção;
I – Interesse;
D – Desejo;
A – Ação;
S – Satisfação.
Um pouco diferente do modelo AIDA, em 1961, Russel Colley apresentou um artigo intitulado
“Definindo os objetivos da Propaganda”, no qual oferecia uma escala hierárquica, com os passos que
os consumidores passam antes da ação da compra, ou seja, o modelo “ACCA” (do inglês Awareness,
Comprehension, Conviction e Action) que prevê o processo de compra. Utilizado como base nas criações
publicitárias, seu composto é:
A – Awareness (desconhecimento) – primeiro contato com o produto ou anúncio.
C – Comprehension (compreensão) – compreensão do produto e de suas características e quali-
dades.
C – Conviction (convicção) – convicção sobre os reais benefícios do produto, além dos motivos
emocionais.
A – Action (ação) – compra efetiva do produto.
Texto complementar
Maslow e a hierarquia de necessidades
(TUPINIQUIM; FREITAS, 2008)
Os especialistas já se voltavam para o consumidor, mas ainda buscando sua demanda com
argumentos de venda e ferramentas meramente promocionais.
Nos idos de 1943, tivemos a primeira apresentação de um importante estudo, de autoria de
Abraham Harold Maslow, intitulado “Motivation and Personality”, publicado na US Psychological
Review, que trouxe à luz uma brilhante conceituação: a hierarquia de necessidades humanas,
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depois editado e lançado pela Harper & Row, no ano de 1954. Maslow nasceu em Nova York, em
1908, e morreu na Califórnia em 1970, e foi um dos fundadores da psicologia humanista.
Propôs Maslow que existem necessidades básicas e que elas podem ser dispostas numa
hierarquia de importância e prioridade: as necessidades fisiológicas (fome, sede, abrigo), de segurança
(sobrevivência física), as de relacionamento (a aceitação pelo meio e o sentido de importância), as de
estima e status (relevância, domínio, reputação, prestígio) e, por fim, as de autorrealização (desejo de
conhecer, compreender, sistematizar, organizar e construir um sistema de valores).
Estabeleceu ainda que as primeiras necessidades (fisiológicas) dominam o comportamento da
pessoa até que sejam satisfeitas, em seguida a segunda torna-se preponderante até que seja satis-
feita, e nessa ordem até a última.
A necessidade mais básica a qualquer ser humano é a da alimentação. Como já dissemos, é
uma necessidade fisiológica.
Os mecanismos geradores das sensações de fome e sede, nada mais são do que sinalizações crí-
ticas do organismo quando privado de alimentos sólidos ou líquidos. Quando ativados tais mecanis-
mos e presentes tais sensações, temos estabelecida a necessidade da alimentação, a mais poderosa
entre todas as necessidades. Enquanto não suprida essa privação, ou satisfeita essa necessidade, o
ser humano simplesmente não se dispõe a priorizar mais nenhuma outra ação. Diante da fome ou da
sede, mal conseguimos raciocinar de forma coerente e objetiva, bloqueando ou adiando iniciativas
para a satisfação de quaisquer outras necessidades.
Podemos incluir ainda aqui, no rol das necessidades fisiológicas, a necessidade do sono. Há
ciclos biologicamente predeterminados, o nosso organismo precisa de uma parada técnica para
concluir o complexo procedimento de processar e transformar os alimentos ingeridos, melhor
oxigenar células, distender e relaxar músculos, fazer fluir para o sangue novos suprimentos de
proteínas, vitaminas, cálcio, amido etc., estocar reservas, fazer a sua faxina interna.
Pois bem, os mecanismos que regem essa ação disparam comandos que vão freando a nossa
disposição para a atividade, induzindo ao repouso, provocando o sono, e são percebidos pela sen-
sação do cansaço. A privação do descanso gera a necessidade do sono. Podemos até resistir por
algum tempo, isso variando de pessoa para pessoa, mas haverá uma hora que qualquer um de nós
“cairá de sono”literalmente.
A menos que esteja com fome ou sede.
Temos ainda a necessidade fisiológica de abrigo. Basicamente, tememos o ataque de animais
ferozeseaexposiçãocontinuadaaosol,tantoquantotememosaschuvas,osvendavais,astrovoadas,
os raios, furacões, e toda a sorte de intempéries da natureza. Todavia, tememos também o ataque de
outras pessoas.
Desde as primeiras horas da humanidade, já tinha o homem procurado abrigar-se em cavernas,
depois em tendas e choupanas, até evoluir para edificações com o uso de rochas talhadas e desen-
volver logo após a técnica de moldar blocos feitos à base de terra, palhas e água, levados a fornos
em fôrmas. Assim é que a privação de defesas contra a natureza e seus agentes, e assim também
contra outros seres humanos agressores, gera a necessidade de abrigo.
A menos que se esteja com fome, sede ou sono.
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Mas passemos agora para a necessidade de segurança, de sobrevivência física. Que reação
causaríamos numa cobra venenosa se empunhássemos e aproximássemos de sua boca uma arma
carregada, pronta para disparar contra ela? Obviamente que apenas o bote e a picada fatal, mais
nada.
E qual seria a nossa reação se essa mesma arma estivesse voltada para qualquer um de nós?
Certamente que de medo e pavor, para dizer o mínimo. Mas qual seria a diferença?
A diferença está em que o ser humano é o único ser vivo que tem consciência da morte. Com a
evolução da espécie humana, aprendemos quais são todos os perigos que podem nos expor à morte.
Guerras, disputas, rixas, brigas, armas de fogo, instrumentos cortantes ou perfurantes, lugares
perigososesituaçõesdeconflito,pessoassuspeitas,acidentes,quedas,lesões,vícios,sujeiras,doenças,
envelhecimento, fraqueza, fadiga etc. A privação de vida organizada, em paz, harmonia, com cuidados
e hábitos saudáveis, gera a necessidade de segurança.
A menos que estejamos com fome, sede, sono ou desabrigados.
Adiante temos definida a necessidade de relacionamento. O ser humano vive em grupos, em
sociedade. É o único ser vivo que estabelece laços com os seus semelhantes e os nomeia.
José é uma pessoa em si mesmo, mas também é filho de João e Maria, neto paterno de Artur e
Izilda, neto materno de Celso e Nair, irmão deValquíria e Márcia, sobrinho de Athaide, Neuza e Alencar,
primo de Paulo, Nestor, Romeu e Túlio. É vizinho de Neide e Francisco, amigo de Valdir, Marcos,
Nestor e Rosinha, é morador da Rua Trajano, Bairro de Vila Verde, torcedor do time local, ex-aluno
da Escola Luz do Saber, funcionário da fábrica Silva & Irmãos, marido de Sofia, genro de Adelaide e
Nicanor, pai de Sabrina, Getúlio e Jonas.
Como o ser humano teme a solidão, o abandono, o esquecimento, a expectativa de privação
do convívio em sociedade gera a necessidade de relacionamento, num nível de plena aceitação
pelo seu meio social. Daí a perseverar em ser querido como filho, neto, irmão, sobrinho, primo,
marido, genro e pai, reconhecido como bom vizinho, torcedor do time vitorioso, aluno exemplar,
funcionário modelo, amigo leal etc.
Desde que não esteja com fome, sede, desabrigado ou com a vida em risco.
Subsequentemente, temos que a privação de estima e status gera a necessidade de relevância,
domínio,reputaçãoeprestígio.Éexatamenteembuscadeestimaestatusqueagimosaoprocurarmos
nos destacar em qualquer ramo de atividade ou meio de convívio social. Obter uma promoção,
assumir uma posição de comando incumbir-se de responsabilidades, evoluir acima da média, ser
sempre convidado e bem-vindo, prestar auxílio e socorro, ser lembrado para conselhos e orienta-
ções, ser reputado por decisões sensatas e corretas, granjear respeito e notoriedade.
A não ser que se esteja diante de fome, sede, sono, desabrigo, insegurança e isolamento.
Mas avancemos para a necessidade de autorrealização.
Ela decorre da busca pessoal e individual do ser humano pelo constante enlarguecimento do seu
conhecimento, pela sua capacidade de plena compreensão do mundo à sua volta, agindo segundo
um conjunto de valores que pôde experimentar e aceitar para si, organizando então a sua vida com
parâmetros que lhe permitem avaliar e determinar metas e objetivos a realizar com sucesso.
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É claro que, desde que não esteja faminto, sedento, insone, ao relento, inseguro, abandonado
e desprezado.
Então pare e reflita: o reconhecimento e a determinação de tais necessidades humanas, e
assim também do seu ordenamento hierárquico, ditado pela preponderância entre elas, serve a
qual finalidade mercadológica?
Ora, vejam que com o seu brilhante estudo da hierarquia de necessidades, Maslow proporcio-
nou-nos um sistema capaz de identificar e ordenar as necessidades que os consumidores estejam
buscando satisfazer ao pretender adquirir produtos.
Sabemos agora que toda necessidade decorre de uma privação, e demanda por satisfação,
então podemos pesquisar, desenvolver, produzir e ofertar produtos que possam suprir com eficácia
tal demanda.
Atividades
1.	 De acordo com o composto do processo de comunicação, explique o que é um ruído.
2.	 Dos elementos que compõem a publicidade, dê a definição do que é um anunciante.
3.	 Os 4 Ps se referem a quais elementos?
a)	 Produto, publicidade, propaganda e preço.
b)	 Produto, praticidade, publicidade e preço.
c)	 Produto, preço, praça e promoção.
d)	 Produto, praça, publicidade e planejamento.
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35|O mundo da publicidade
4.	 Explique o modelo AIDA.
Ampliando o conhecimento
Comunicação em Marketing
Autor: José Benedito Pinho
Editora: Papirus
Fundamentos de Marketing
Autores: Darci Bastas e Luís
Carlos S de Sá Editora: FGV
Divulgação.
Divulgação.
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Gabarito
1.	 Algum fator que possa impedir a compreensão da mensagem. Exemplo: pode ser de um simples
chiado ou barulho externo, uma má impressão de textos ou um entendimento distorcido da
mensagem.
2.	 Também conhecido como cliente, anunciante ou empresa anunciante. É quem produz algo e
precisa divulgá-lo, seja um serviço ou um produto. Pode ser bens de consumo, serviços, associa-
ções e até mesmo o governo (federal, estadual e municipal). O primeiro (federal) tem o dever e o
direito de utilizar a comunicação para informar a utilização dos recursos oriundos da população.
3.	 C
4.	 AIDA é um modelo que tenta explicar como se dá o funcionamento do comportamento humano
em relação à aquisição de um produto ou serviço. A AIDA conseguiu determinar uma série de eta-
pas que descrevem o processo que um consumidor de um determinado produto passa antes de
concretizar a venda. É composto pela Atenção, Interesse, Desejo e a Ação de compra.
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Agência de publicidade
O que é uma agência de publicidade?
Com o pioneirismo da agência Eclética, 1913-1914, iniciou-se a configuração de empresas respon-
sáveis em trabalhar com as ferramentas publicidade e propaganda na sociedade brasileira. Podemos
definir atualmente uma agência de publicidade como uma organização comercial independente,
compostaporsetorestécnicosecriativos,comoobjetivodeidealizareproduzirapublicidadeidentificando
os meios e veículos de comunicação que mais caracterizam os clientes das empresas anunciantes.
Hoje, as grandes características de uma agência de publicidade são:
criar mensagens publicitárias que irão divulgar os produtos, serviços e/ou marcas das empresas:::
anunciantes, tendo como princípio exaltar os fatores positivos e maquiar (evitar) a exibição
dos pontos negativos. Isso não se trata de desonestidade e sim, uma maneira de mostrar ao
público um lado mais atraente;
produzir e materializar as ideias propostas e aprovadas;:::
exercer a função de estabelecer um canal entre uma empresa anunciante, uma empresa meio:::
(veículos de comunicação) com o intuito de atingir o consumidor final.
Não podemos esquecer que a publicidade é uma ação de persuasão, não de vendas. Ela deve
atrair a atenção do consumidor para a existência das marcas de empresas, assim como seus respectivos
produtos e serviços. Tem que ser bonita, despertar o desejo e, aí sim, a vontade de comprar.
Para que o ato da compra de determinado produto ou serviço se concretize, outras variáveis de
marketing deverão fazer sua parte, como por exemplo, preço e distribuição.
Como as agências de publicidade passam por um processo de transformação que teve início na
década de 90, o pensamento agora é aumentar a gama de serviços oferecidos, reestruturando-se para
atender os novos segmentos assumindo o papel de agência de comunicação.
Comesseintuito,anovaagênciapodeauxiliarnoplanejamentoenaimplementaçãodocomposto
de comunicação em um esforço integrado com a organização e continuar construindo a imagem de
parceiras do anunciante.
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Há, no Brasil, a Associação Brasileira de Agência de Publicidade (ABAP), que representa os inte-
resses das agências de publicidade associadas junto à indústria da comunicação, poderes constituídos,
mercado e sociedade. Sua fundação ocorreu em 1.º de agosto de 1949 e, segundo dados da ABAP, as
agências associadas a ela representam 75% de todo o investimento publicitário brasileiro em mídia,
movimentando cerca de 2 800 profissionais e 3 900 clientes: é a maior entidade do setor na América
Latina.
Funções, cargos e atividades
É comum encontrar inúmeras variações nos cargos e funções que compõem uma agência, dificul-
tando uma padronização de estrutura e funcionamento dessas organizações. Fatores como tamanho da
empresa, orçamento e atividades oferecidas contribuem mais ainda para uma caracterização que acom-
panha a identidade de cada agência.
Porém, é possível visualizar um organograma básico e ordenar, de uma maneira genérica, os
departamentos e os cargos que contribuirão para a produção publicitária e de comunicação, auxiliando
também o entendimento do fluxograma dessas agências.
Antes de entrarmos em uma agência, vale ressaltar os conceitos de organograma e fluxograma.
Organograma
É uma forma gráfica de representar como se organiza uma empresa ou instituição, exibindo as
relações entre cargos, grupos e funcionários. Como característica de um bom organograma, podemos
exemplificar uma melhor visualização das responsabilidades de cada pessoa em uma empresa.
Exemplo gráfico de um organograma básico em uma agência de publicidade:
Presidente
Pesquisa
Atendimento Planejamento Criação Mídia Produção
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Fluxograma
É uma representação simbólica que descreve a sequência das fases de um processo, ou seja, um
gráfico que mostra todo o caminho que se faz dentro de uma empresa até o produto final, permitindo
visualizar o processo como um todo. Um fluxograma ilustra, de forma descomplicada, a transição de
informações entre os elementos que compõem um produto final.
Exemplo simplificado de fluxograma em uma agência:
Cliente informa dados para o atendimento.1.	
Atendimento desenvolve um2.	 briefing.
Planejamento transforma dados em informação.3.	
Criação se baseia nas informações e “conversa”4.	
com Mídia e Produção.
Criação fala com atendimento sobre a ideia.5.	
Atendimento apresenta para o cliente.6.	
Empresa
anunciante
Atendimento
Planejamento
Criação
Mídia
Produção
Para que uma agência possa oferecer seus serviços com qualidade, cada uma adota um orga-
nograma e um fluxograma que lhe parece mais adequado, tendo sempre como referência a principal
atividade oferecida.
Entretanto, mesmo apresentando uma variação considerável de uma agência para outra, ainda é
possível identificar dois grupos comuns entre elas: principal e complementar.
O grupo principal é aquele que oferece as funções essenciais de uma agência. É composto pelas
áreas de:
Diretoria / Gerência / Presidência;:::
Pesquisa;:::
Atendimento;:::
Planejamento;:::
Criação;:::
Mídia;:::
Produção.:::
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O grupo complementar é responsável por funções e atividades igualmente importantes, porém,
em agências de menor porte, podem ser exercidas pelos setores básicos. Compõem esse setor:
Assessoria de imprensa;:::
Relações Públicas;:::
Promoção;:::
Tráfego;:::
Produção Gráfica;:::
Rádio e TV (RTV);:::
Fotografia (estúdio e laboratórios);:::
Departamento jurídico;:::
Departamento de informática.:::
O autor Flávio Ferrari identifica que esse cenário não é definitivo e haverá alterações consideráveis.
Segundo ele:
À medida que sofisticamos a estrutura, vão surgindo setores independentes que irão dedicar um tempo maior a essas
tarefas, melhorando a qualidade final do serviço prestado. As recentes alterações no cenário mundial da comunicação
começam a se refletir nessa estrutura tradicional. As agências ainda não encontraram o caminho definitivo, mas a
tendência é para o redesenho da estrutura, com maior ênfase para informação e informatização. (FERRARI, 1996, p.14)
Atendimento
É o responsável pela captação de novas empresas anunciantes, manutenção da carteira de clientes,
ligação entre a agência e esses públicos.
Também conhecido como Contato ou Executivo de Contas (na linguagem técnica das agências,
conta é sinônimo de clientes), esse profissional deve ter o conhecimento de marketing, comunicação,
publicidade e, principalmente, relações públicas, boa cultura e boa imagem pessoal, já que depende
dele a entrada de novas empresas anunciantes.
Por ser o elo entre a agência e o cliente, compete ao atendimento a difícil missão de satisfazer os
dois lados, ou seja, deve estar preparado para defender os interesses do cliente junto à agência e defender
os interesses da agência junto ao cliente.
Além das atividades externas, como visitas periódicas aos clientes (para captação ou manutenção)
e apresentação da campanha em suas diversas etapas para aprovação, o atendimento também exerce
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funções internas, como a participação das reuniões de planejamento sobre o projeto do cliente, a atuali-
zação das informações para os demais profissionais da agência e supervisão (na ausência de um tráfego)
do fluxograma das atividades desenvolvidas na produção da campanha.
O quadro a seguir resume um pouco mais as atividades exercidas pelo atendimento publicitário:
Cargo Funções
Atendimento
captação de novos clientes;:::
manutenção da carteira de clientes;:::
negociar os interesses de clientes e agência;:::
ser a ligação entre as duas empresas;:::
repassar aos demais profissionais da agência as informações do cliente;:::
participar das reuniões de planejamento;:::
elaborar o::: briefing.
Esta última função que aparece no quadro merece uma atenção especial. O profissional de atendi-
mento é quem deve elaborar o briefing do cliente, ou seja, criar um documento base no qual irão constar
todas as informações referentes à empresa anunciante e diagnosticar as necessidades e desejos.
Briefing
Palavra de origem inglesa que significa resumo, to brief = resumir. É um documento, pasta, ou
arquivo que contém todas as informações referentes ao cliente para que possa ser elaborada a campanha
publicitária ou de comunicação.
É o começo de tudo e um dos passos mais importantes para o sucesso de uma campanha.
Todos os departamentos de uma agência trabalham tendo como base o briefing e as informações
contidas nele. Além de receber os dados fornecidos pelo anunciante, o atendimento realiza uma
pesquisa de mercado para atribuir outras informações no documento, evitando com isso possuir apenas
as referências e os dados do cliente.
A finalidade de um briefing é passar um diagnóstico correto e as orientações necessárias para que
se possa desenvolver uma proposta de solução do problema, ajustada aos objetivos de comunicação e
de marketing, tendo como resultado uma campanha correta e que consiga manter a imagem e a filo-
sofia da empresa na mensagem.
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Briefing – Roteiro
Empresa
Razão Social.
Nome Fantasia.
Histórico.
Localização (matriz e filiais).
Organograma.
Imagem da marca.
Produto
Nome.
Linhas de produtos.
Preços do produto.
Ciclo de vida.
Embalagem (tipos, pesos, conteúdos etc.).
Composição industrial / matérias-primas.
Pontos positivos do produto.
Pontos negativos.
Características únicas do produto.
Mercado
Concorrentes diretos.
Concorrentes indiretos.
Tamanho do mercado.
Sazonalidade.
Ameaças e oportunidades de mercado.
Como é distribuído o produto?
Canais de distribuição.
Consumidor
Quem é o consumidor do produto?
Quem é o público-alvo?
Hábitos e atitudes dos consumidores.
Influências culturais e ambientais.
Razões de compras racionais ou emocionais?
Comunicação e Pesquisa
Campanhas publicitárias e pesquisas já realizadas.
Objetivo de comunicação.
Objetivo de marketing.
Conteúdo básico da comunicação.
O que a campanha deve transmitir?
Meios de Comunicação
Meios.
Veículos.
Período de veiculação.
Verba Quanto será investido em comunicação?
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Planejamento
Só existem duas maneiras de se fazer alguma coisa: agindo impulsivamente ou planejando a ação. Agir impulsivamente
é reagir. É responder a um estímulo de forma espontânea e impensada. É atuar de forma reflexa. Se você não estiver se
comportando rigorosamente de acordo com a definição anterior, então estará planejando. (FERRARI, 1996, p.14)
Qualquer atitude que o homem realiza sem um preparo é uma atividade aleatória que, normal-
mente, leva o indivíduo e as empresas a resultados não esperados, altamente emocionantes e, muitas
vezes, a situações piores que as já existentes.
O jeito então é planejar! Ou seja, construir um conjunto de ações coordenadas, integradas e
intencionaisparacontrolarvariáveismercadológicasqueenvolvemoambientedaempresa,ouminimizar
o máximo possível as ações das variáveis não controláveis, uma vez que o planejamento possibilita a
tomada de decisões de forma antecipada.
De forma geral, um bom planejamento oferece vantagens como:
possibilitar um maior controle sobre as ações e o ambiente em que se atua;:::
permitir uma visão antecipada de problemas e conflitos, e com isso auxiliar em uma rápida:::
resolução;
propiciar uma margem maior de acerto nas tomadas de decisões.:::
Planejamento na agência
No caso da publicidade e da propaganda de uma agência integrada de comunicação, o profis-
sional dessa área está incumbido de planejar a campanha de comunicação dos clientes, definindo suas
diretrizes e até a divisão da verba destinada pelo cliente (mídia, produção etc.).
Trabalha intensamente ao lado de todos os setores, mais especificamente com atendimento,
planejamento e pesquisa, tendo como o briefing sua bíblia sagrada. É o responsável direto pela elabo-
ração das campanhas, uma vez que sua missão é atender os objetivos da empresa anunciante e não
apenas produzir e transmitir mensagens humorísticas, apelativas ou bonitas.
A arte do planejamento publicitário consiste basicamente em seis atividades importantes:
analisar o problema mercadológico do cliente;:::
propor soluções no âmbito da comunicação (tarefa exercida com participação de outras áreas:::
da agência);
identificar os objetivos a serem atingidos;:::
desenvolver as estratégias de como alcançar esses objetivos;:::
ter o controle da execução das tarefas;:::
avaliar os resultados.:::
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O processo de planejamento de uma campanha publicitária inicia-se pela leitura e interpretação
do briefing e de uma análise da situação (diagnóstico) com o atendimento. As conclusões dessa fase
acontecem no momento em que se identificam os pontos mais importantes, alcançando também a
identificação e a confirmação dos objetivos, assim como os problemas e as possíveis oportunidades.
Vale uma explicação nesse ponto sobre a diferença entre objetivo de marketing, objetivo de
comunicação e objetivo de campanha, assimilando uma diferença entre esses itens.
Objetivo
A terminologia “objetivo” diz respeito a um ponto a ser atingido, que se quer atingir. Um alvo,
um rumo, uma meta qualificável e quantificável. Normalmente são definidos pelo tempo, como curto,
médio e longo prazo. Por exemplo: Meu objetivo a médio prazo é concluir o curso universitário.Também
é necessário que haja uma referência, uma medida para comprovar se tal esforço foi positivo e se con-
seguiu atingir o que se pretendia.
Objetivo de marketing
O objetivo de marketing é uma estratégia que visa colocar a organização numa posição de
mercado e cumprir de maneira eficaz e objetiva a sua missão. Na maioria das vezes, ela é determinada
pela empresa anunciante, e aparece como um item no briefing. Por exemplo: aumentar a participação do
produto no mercado em x%; ou aumentar em y% os pontos de venda da empresa; posicionar o produto
como o melhor do mercado; introduzir o produto no mercado internacional em um ano etc.
Objetivo de Comunicação
Comunicar a ideia para atingir os objetivos de marketing, motivando o público com fatos,
buscando uma melhor definição do que se pretende dizer. Em resumo, é o instrumento que permite
transformar as orientações dos objetivos de marketing em ações de comunicação concretas e eficazes.
Por exemplo: fazer com que o consumidor mude de outras marcas para a marca da empresa; divulgar
novos pontos de venda; combater os argumentos da concorrência; criar o conhecimento do produto e
fixar a marca etc.
Objetivo de Campanha
Definido pela agência, o objetivo de campanha busca apresentar por meio das mensagens
publicitárias os fatores positivos e os diferenciais da empresa ou produto/serviço que oferece. Exemplo:
se o objetivo de marketing (definido pela empresa anunciante) é de introduzir o produto no mercado
internacional em um ano, o objetivo de comunicação é criar o conhecimento do produto e fixar a marca.
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Como consequência, o objetivo de campanha é criar uma identidade com o novo produto e mostrar
quem é a empresa e como ela age.
Com base nessas atividades, é aconselhável que o planejamento não deva ser elaborado por apenas
um profissional, e sim por uma equipe. Por isso, planejar toda uma campanha de comunicação requer
um esforço de toda equipe de trabalho, criação, mídia, atendimento, pesquisa, diretoria, coordenados
pelo departamento de planejamento.
Plano de ação
Uma ferramenta fundamental para o profissional de planejamento é a construção de um plano
de ação. É composto de tarefas e atividades que devem ser efetuadas a partir das definições obtidas nas
reuniões realizadas com todos os grupos da agência que estão construindo a campanha do cliente.
Num plano de ação, as providências são devidamente priorizadas e listadas por ordem cronológica
e devem apresentar os seguintes itens:
o que precisa ser feito (detalhado ação por ação);:::
quem deve fazer;:::
prazo (quando se inicia e se finaliza);:::
onde e como será produzido;:::
o que se espera como resultado;:::
análise e revisão do material.:::
Quanto custará? A verba disponível pelo cliente afeta todo o projeto e deve ser discutida na elabo-
ração do briefing. Se a intenção é criar um relacionamento sincero, verdadeiro e duradouro, a questão do
orçamento disponível deve ser discutida logo nas primeiras reuniões com o cliente, afinal, de nada adian-
tará uma campanha exuberante e grandiosa se não houver dinheiro para investir.
A seguir temos um exemplo simples de um plano de ação:
CLIENTE:
CAMPANHA:
PLANO DE AÇÃO:
O que fazer Quem deve fazer Início / Término Local Como
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Pesquisa
É importante pesquisar
Responda: Qual é o elemento primordial para a sobrevivência de qualquer empresa atualmente?
Independente do tamanho que tenha o mercado atual, toda empresa que ofereça produto ou
serviço para se manter ativa em seu segmento necessita de informação.
Simplesmente precisa-se ter noção de tudo um pouco (e de preferência em tempo real, no exato
momento em que acontece), seja sobre produto, mercado, cliente, concorrência, novidades, problemas,
oportunidades etc. Com base nesse cenário mercadológico, o departamento de pesquisa ganha grande
destaque nas organizações, uma vez que é o responsável pela obtenção das informações.
A pesquisa tem início com a necessidade de se obter uma informação
É errado pensar que uma pesquisa se resume naquelas ações em que algumas pessoas uniformi-
zadas, ou munidas de um crachá de identificação nos abordam nas ruas com um questionário em mãos
pedindo nossa atenção por alguns minutos. Não! A técnica da pesquisa é algo muito mais extenso e,
como já sabemos, importantíssima para as empresas contemporâneas.
Consiste de todas as atividades que capacitam uma organização a obter a informação necessária
para tomar decisões sobre seu ambiente, seu mix de marketing, comunicação e seus consumidores atuais
e potenciais.
É a identificação e coleta de dados que são analisados e transformados em informação de forma
sistemática e objetiva que acabam contribuindo para o campo do conhecimento.
Oatendimentoutilizaaferramentadepesquisaduranteaelaboraçãodobriefing,porémaagência
que possui um departamento específico da área tem uma vantagem considerável em relação às
concorrentes, uma vez que é abastecida com informações novas e constantes mantendo-se atualizada
e fortalecendo o grau de conhecimento de todos os seus profissionais.
Durante o planejamento de uma campanha de comunicação, é de extrema importância estar
“antenado” com o mercado (concorrência, preço etc.) e com os consumidores (grau de satisfação, ima-
gem da marca) das empresas anunciantes para que todas as tomadas de decisões possam ser coerentes
e próximas da realidade.
A atualização constante das pesquisas e uma análise cuidadosa das informações contidas no briefing
possibilitam a identificação de dois itens fundamentais para uma campanha: o real problema e as opor-
tunidades.
Problemas
São situações que contribuem de forma negativa para o desempenho do produto ou serviço e
que podem prejudicar também o desenvolvimento da campanha. Existem problemas que podem ser
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solucionados rapidamente pela empresa (como embalagem, distribuição etc.), problemas que precisam
de uma ação unificada de comunicação e marketing (melhoria da imagem da empresa, qualificação da
marca etc.) e situações em que não se consegue o controle total e que exige uma adaptação a elas – o
chamado macroambiente (ambiente político, econômico, tecnológico etc).
Oportunidades
São os pontos positivos, as vantagens, as características particulares de um produto ou serviço,
que ainda não foram exploradas (ou foi pouco explorada) e que poderão contribuir muito para o
desenvolvimento da campanha, o desempenho do produto e a identificação da empresa perante seu
público.
Tipos e métodos de pesquisa
A pesquisa é um componente cada vez mais importante de uma campanha de comunicação, seja
nas etapas iniciais, nos estágios de revisão, ou mesmo identificando as mudanças do mercado. Quer seja
na rotina ou na solução de um problema, o conhecimento desses mercados de atuação e as atitudes
do consumidor são a base para o planejamento. Basicamente, a pesquisa de comunicação trabalha com
dois tipos de pesquisa: a qualitativa e a quantitativa.
Pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa é um conjunto de técnicas utilizadas em comunicação pelas quais são
obtidos dados de um número relativamente pequeno de respondentes dependendo da escala com que
se trabalha. Isso já é um diferencial em relação à pesquisa quantitativa, na qual um grande número de
respondentes fornece os dados que são analisados estatisticamente.
O questionário aplicado na técnica qualitativa possui perguntas abertas, ou seja, o entrevistado
tem liberdade para se expressar, enriquecendo e “qualificando” as informações obtidas. A vantagem
oferecida é a fácil identificação de impulsos afetivos, emotivos e as motivações subconscientes.
As pesquisas qualitativas são exploratórias e estimulam os entrevistados a pensarem livremente
sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos e atingem motivações
não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea.
Todo o processo da pesquisa qualitativa pode ser aplicado de duas maneiras:
Direta::: – o pesquisador revela abertamente os objetivos da pesquisa.
Indireta::: – o verdadeiro objetivo é mantido em segredo, seja ao afirmar um objetivo falso ou
omitindo qualquer referência a ele, porém ao final da pesquisa deve ser esclarecido e explicado
o motivo porque houve essa ação.
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Pesquisa quantitativa
A pesquisa de comunicação quantitativa é um método de pesquisa social que utiliza técnicas
estatísticas e normalmente implica a não construção de inquéritos por questionário.
Utiliza-se perguntas fechadas, ou seja, oferece opções de respostas e são aplicadas para grande
quantidade de entrevistados, por isso é considerada a mais adequada para apurar opiniões e atitudes
explícitas e conscientes, pois utiliza instrumentos estruturados.
Permite resultados mais concretos e, consequentemente, menos passíveis de erros de interpre-
tação. Em muitos casos gera índices que podem ser comparados ao longo do tempo, permitindo traçar
um histórico da informação.
Aplicação da pesquisa nas diferentes fases da campanha
Utilizando o método qualitativo e quantitativo, é possível obter informações em qualquer fase
de construção ou execução de uma campanha de comunicação. Na fase inicial, por exemplo, quando
se pretende definir os objetivos, a pesquisa será utilizada para auxiliar nas decisões sobre o que se vai
dizer. A pesquisa de comunicação pode ajudar em outras circunstâncias como:
definição dos objetivos de comunicação;:::
definição do público-alvo;:::
definição da forma da mensagem;:::
definição do meio e veículo de comunicação;:::
avaliação dos resultados da campanha (após a veiculação da mensagem).:::
Vale ressaltar que as agências de comunicação que não possuem um departamento específico
de pesquisa, assim como muitas empresas em outras áreas, podem contratar os serviços oferecidos
pelos institutos de pesquisas – organizações especializadas em todos os passos do processo de pesquisa
(conforme sua estrutura, é claro) e que auxiliam no suprimento de informações atualizadas a essas
empresas que não dispõem de analistas, especialistas e estatísticos.
Criação
É a área que mais caracteriza a publicidade e os publicitários. Embora já tenhamos identificado
outros departamentos onde se pode construir a publicidade e a propaganda, a criação ainda é o
sinônimo dos publicitários.
Essa é a fase do surgimento das ideias, as peças publicitárias, os slogans, as imagens das ilustrações,
dos textos, enfim, de todas as formas de comunicação unificadas com o intuito de construir a mensagem
que irá atingir o público-alvo de modo a persuadi-lo eficazmente.
Esse departamento é composto, normalmente, pelo: diretor de arte, responsável pela criação das
imagens, ilustrações, cores e design dos anúncios, o layout etc.; e pelo redator, que possui a função de
produzir o texto dos anúncios (emotivo ou racional), os slogans etc.
48 | Agência de publicidade
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49|Agência de publicidade
Esses profissionais formam a chamada dupla de criação, uma estrutura tradicional utilizada pela
maioria das agências, mas que está passando por uma transformação recente (assim como a agência
inteira)e migrando para os grupos de criação, ou seja, mais de duas pessoas responsáveis pela produção
das peças publicitárias. Sempre apoiadas pelo briefing, essa área conta ainda com mais um profissional,
o diretor de criação, responsável direto pela supervisão e aprovação do material produzido.
Modelo básico de um departamento de criação:
Diretor de criação
Redator
Diretor de arte
Departamento
de criação
O processo criativo – deixe a mente solta para produzir
O potencial criativo é inerente ao ser humano, é produto de sua inteligência. A inteligência por sua vez é a faculdade de
conhecer, aprender e compreender o mundo que nos rodeia. O conhecimento e a compreensão advêm da informação
e da observação. (LUPETTI, 2003, p. 68)
Walt Disney disse, certa vez, que criatividade é como ginástica: quanto mais se exercita, mais
forte fica.
Um determinado estímulo produz uma ideia. Um outro, ou uma combinação de estímulos pode produzir outras ideias,
e assim sucessivamente. É o processo de associação de ideias. O processo criativo busca estabelecer, essencialmente,
essa associação de duas ou mais impressões antigas para produzir uma ideia nova. (SANT’ANNA, 1998, p. 150)
Todos nós somos criativos (mesmo aqueles que não acham isso) e essa afirmação é facilmente
comprovada: se pararmos por um instante e buscarmos, em nossa memória, a história de nossas vidas,
encontraremos uma conversa com amigos, ou em um almoço de família ou um outro ambiente qual-
quer, uma frase ou uma ação inspirada que nos ajudou a resolver um problema.
Podemos entender de uma maneira simples que a criatividade é encontrar novos caminhos que
liguem elementos já conhecidos e, quanto mais elementos conhecermos, menor é o caminho que os
interliga. Exemplo: quanto mais informações se absorvem sobre um determinado produto, ou serviço,
mais fácil se torna o processo criativo, uma vez que identificando esses elementos que os compõem
(cor, embalagem, pontos positivos, valor da marca etc.) mais fácil fica de acharmos algo que mereça
destaque para ser divulgado por meio de uma imagem ou slogan.
Conforme Gustavo Lourenço S. Neto (2008),
James Webb Youn, um dos primeiros redatores de propaganda do mundo, em seu livro A Technique for Produeing Ideas
(Técnicas para a Produção de Ideias), havia definido as várias etapas do processo criativo: preparação, incubação, ilumi-
nação e elaboração. Don Fabun dividiu-as de maneira semelhante:
Desejo – a pessoa deve, por qualquer razão, querer criar algo original. Isso é o que ele chama de atitude de trabalho.:::
Preparação – ou acumulação de dados, visa“tornar familiar o estranho”.:::
Manipulação – é uma tentativa de síntese, de juntar conceitos aparentemente não relacionados, ou“tornar estranho:::
o familiar”.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
mais informações www.iesde.com.br
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Publicidade e propaganda

  • 1. Márcio Carbaca Gonçalez publicidadeepropaganda PropagandaPropagandaPropaganda &&& Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-3105-4 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 2. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 3. Márcio Carbaca Gonçalez Publicidade e Propaganda IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012 Edição revisada Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 4. © 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ __________________________________________________________________________________ G623p Gonçalez, Márcio Carbaca Publicidade e propaganda / Márcio Carbaca Gonçalez. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. 96p. : 28 cm Inclui bibliografia ISBN 978-85-387-3105-4 1. Publicidade. 2. Propaganda. I. Título. 12-6951. CDD: 659 CDU: 659.1 24.09.12 11.10.12 039402 __________________________________________________________________________________ Capa: IESDE Brasil S.A. Imagem da capa: Shutterstock IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Todos os direitos reservados. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 5. Sumário Propaganda e publicidade | 7 Conceitos e definições | 7 Meios e veículos de comunicação | 8 Publicidade e Propaganda | 9 História da publicidade no Brasil | 10 O mundo da publicidade | 23 Quem faz a publicidade? | 24 A publicidade contemporânea | 25 Comunicação | 25 Comunicação mercadológica | 27 Marketing | 28 O modelo AIDA | 30 Agência de publicidade | 37 O que é uma agência de publicidade? | 37 Funções, cargos e atividades | 38 Atendimento | 40 Briefing | 41 Planejamento | 43 Pesquisa | 46 Tipos e métodos de pesquisa | 47 Criação | 48 Exemplos de criação | 51 Mídia | 52 Produção | 54 Atividades e produtos da publicidade e propaganda | 59 Como se faz uma campanha publicitária | 59 Peças publicitárias | 61 Ações publicitárias, promocionais ou promoção de vendas | 63 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 6. Publicidade, propaganda e os meios de comunicação | 64 Televisão | 65 Rádio | 67 Jornal | 68 Revista | 68 Cinema | 69 Internet | 69 Novas mídias | 69 Outdoor | 70 Mídia exterior | 71 O futuro da comunicação mercadológica | 77 A função da publicidade na nova comunicação | 77 Admirável publicidade nova | 79 A ética na publicidade e propaganda | 86 Referências | 93 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 7. A disciplina de Publicidade e Propaganda apresenta, para o curso Tecnológico de Processos Gerenciais, as ferramentas oferecidas por essa área que irá auxiliar o futuro profissional a desenvolver estratégias cria- tivas e eficientes para o mercado. A proposta é uma viagem pelo mundo do “faz de conta” da Publicidade quecontribuiráparaacompreensãodousodessaeficazatividade.Nesse lugar, não pode haver mentiras, apenas o estudo de produtos, marcas e serviços onde se exalta o que é belo desses elementos. Para tanto, a disciplina foi organizada em cinco aulas que têm início com um pouco de história sobre o tema, a conceitualização, exemplos, a questão ética, astécnicasdesenvolvidas,osprofissionaisquedesenvolvemapublicida- de, os resultados e as tendências dessa área. Em uma época não muito longe, quando se falava em publicidade, ficava sempre a imagem de um comercial de TV ou um anúncio de revista. Atualmente, o conceito se torna mais amplo, surge a comunicação integrada com o mercado, novas ferramentas e novos públicos. Adisciplinaéfocadanoobjetivodequevocêpossaternelamaisumarefe- rência para enriquecer sua formação profissional, crítica e de alta capaci- tação, para atuar em mercados cada vez mais exigentes e competitivos. Para finalizar, gostaria de dizer que a publicidade e a propaganda compõem um caminho longo e sem uma receita rápida de sucesso. A fórmula também não é simples: muitos lápis mordidos, borrachas gas- tas, papéis amassados, lixeiras cheias (não esqueçam da reciclagem), olharesdistantes,conversascomummonitor,brigascomoteclado,com o pobre do mouse, muita leitura, revisão, revisão, revisão e... o surgimen- to de uma ideia! Muito sucesso na sua caminhada! Márcio Carbaca Gonçalez Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 8. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 9. Propaganda e publicidade Márcio Carbaca Gonçalez* Conceitos e definições Ferramentas importantes no contexto da comunicação, a publicidade e a propaganda se caracte- rizam principalmente pela persuasão, ou o ato de convencer com argumentos (verdadeiros ou não), as pessoas sobre qualquer assunto. Embora entendidos como um mesmo conceito, e muitas vezes usados como sinônimos, publicidade e propaganda não significam a mesma coisa. A propaganda pode ser definida como ações de atividades ideológicas que tendem a influenciar o homem, com objetivo político, cívico ou religioso. É o ato de propagar ideias, princípios e teorias sem o fator comercial. Deriva do latim moderno propagare, e significa “para ser espalhado”, ou “enterrar o rebento de uma planta no solo”. Propagare, por sua vez, origina-se de pangere, que quer dizer enter- rar, mergulhar, plantar. A terminologia Propaganda surge em 1622, quando o papa Gregório XV funda a Congregatio Propaganda Fide (Congregação para a Propagação da Fé), uma comissão de Cardeais que tinha como objetivos fundar seminários formadores de missionários que difundissem a religião católi- ca, e supervisionar a propagação do Cristianismo pelo mundo. Ou seja, a propaganda é uma atividade voltada para promover um sistema ideológico, como doutrinas religiosas ou princípios políticos. Já a publicidade deriva de público (do latim publicus) e é conceituada como a arte de tornar público, divulgar um fato ou uma ideia, já com objetivos comerciais, uma vez que pode despertar o desejo de compra, levando-o à ação. É um conjunto de técnicas de ação coletiva com o propósito de tornar conhecido um produto, um serviço, uma marca, promovendo assim uma atividade comercial. É mais ampla que a propaganda e engloba todas as formas de comunicação, tornando-se uma técnica comercial de comunicação de massa. * Pós-graduando em Docência no Ensino Superior, na Universidade Cidade de S.Paulo (UNICID). Graduado em Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Cidade de S. Paulo (UNICID). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 10. Para uma visualização mais simples, vamos usar como referência um trecho do texto originalmente intitulado A Dialética Conceitual da Publicidade e Propaganda, desenvolvido pelos professores Neusa Demartini Gomes, Analaura Corradi e Luiz Fernando Cury, um trabalho científico e didático de excelente nível que enfoca três elementos que identificam e diferenciam os conceitos e condicionam a publicidade e a propaganda: Publicidade Propaganda Capacidade informativa Capacidade informativa Força persuasiva Força persuasiva Caráter comercial Caráter ideológico Condicionantes técnicos da Publicidade Ter um produto ou um serviço para oferecer ao mercado, em tal quantidade que sua promoção::: justifique o uso dos meios massivos. Planejar, criar, produzir um anúncio ou um conjunto de anúncios, denominado campanha.::: Esse anúncio ou campanha deve ser veiculado, isto é, inserida em meios de comunicação,::: pagos por um patrocinador. Condicionantes técnicos da Propaganda Ter uma ideia ou uma doutrina a oferecer ao público ou a um indivíduo, em tal quantidade que::: sua promoção justifique o uso dos meios massivos. Planejar, criar e produzir a informação persuasiva que se quer difundir com o intento de reforçar::: ou modificar comportamentos ideológicos religiosos, políticos ou mesmo filosóficos. Essa informação de caráter persuasivo deve ser veiculada, isto é, inserida em meios de comu-::: nicação, não necessariamente em forma de anúncios. Mas (e aqui aparece a diferença básica da Publicidade), pode vir sem identificação do promotor e não ocupando um espaço formal como é o da Publicidade. Meios e veículos de comunicação Antes de prosseguirmos com a publicidade e propaganda, é necessário definirmos também o conceito dos meios e veículos de comunicação essenciais para o desenvolvimento das ações dos processos comunicacionais e que provocam sempre uma certa confusão nas aulas. 8 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 11. 9|Propaganda e publicidade Podemos entender meios de comunicação como ferramentas e instrumentos utilizados para a transmissão e recepção de informações (como por exemplo, as mensagens publicitárias). É o jornal, a revista, a televisão, o rádio, a internet, o telefone, entre outros. Veículos de comunicação são as empresas individuais responsáveis por trabalhar com os meios de comunicação, com as emissoras de rádio ou TV, editoras de jornais, revistas, exibidoras de outdoor etc. Publicidade e Propaganda Um pouquinho de história... Iniciamos aqui uma rápida viagem pela história onde iremos identificar as primeiras ações pu- blicitárias e de propaganda e suas evoluções até os dias atuais, de acordo com alguns dos escritores, professores e publicitários brasileiros. De uma maneira bem simples, podemos entender que a publicidade nasceu quando“alguém disse a alguém que tinha alguma coisa a oferecer”, fosse um produto, fosse um serviço. O fato é que há vários registros identificando ações publicitárias no decorrer da história. Há relatos que contam sobre uma tabuleta na China, datada aproximadamente de 3 000 a.C., que indicava a casa de um alfaiate. (MARTINS, 2002) Uma outra parada na viagem pela história e chegamos à Roma Antiga, onde as paredes das casas que ficavam de frente para as ruas de maior movimento eram disputadíssimas para os anúncios. (SAMPAIO, 1999) A civilização registra vários momentos em que se usou essa técnica de comunicação para reforçar (antigos) ou criar (novos) hábitos de consumo. Porém, a propaganda que conhecemos, começou a tomar forma mesmo com a igreja católica, como vimos anteriormente, com a criação de uma congregação religiosa para propagar a fé no mundo. Após esse período, a propaganda consegue um novo avanço considerável, no aspecto eficiência, somente depois da Primeira Guerra Mundial, quando o alemão Paul Joseph Goebbles desenvolve um produto de sucesso chamado Adolf Hitler. Doutor em humanidades, Goebbles estudou o comportamento e, principalmente, a sociedade alemã da época, conhecendo assim as necessidades e ansiedade do povo, desenvolvendo técnicas de convencimento individuais e coletivas, que trabalhadas com ações psicológicas, tornou Hitler convincente. Muito do que Goebbles criou foi melhorado, estudado e incorporado à comunicação, especial- mente à comunicação de massa. O autor Zeca Martins descreve em seu livro Propaganda é Isso Aí, um terceiro salto na evolução da propaganda: [...] como terceiro salto histórico, temos o incansável e constante desenvolvimento dos meios de comunicação, particu- larmentedoseletrônicos,apartirdofinaldadécadade50[...]possibilitandoosurgimentoquasediáriodenovastécnicas e manifestações estéticas no mundo da Propaganda [...]. (MARTINS, 2004, p. 280) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 12. Já a publicidade toma a forma que conhecemos no final do século XIX com a Revolução Industrial. A produção em série, a aglomeração em grandes centros urbanos fez necessária uma divulgação organi- zada de tudo o que era oferecido. Assim como na propaganda, o surgimento dos meios de comunicação, e seu desenvolvimento técnico, contribuíram para o avanço da publicidade. História da publicidade no Brasil Podemos começar a história da publicidade no Brasil de acordo com a definição do escritor, professor e publicitário Ricardo Ramos que aponta como a primeira publicidade feita em terra brasileira a carta descrita pelo capitão-mor Pero Vaz de Caminha, na qual relatava ao rei de Portugal Dom Manuel as maravilhas e encantos da nova descoberta. Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem [...]. (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel) Após essa ação publicitária sobre o exuberante produto denominado Ilha de Santa Cruz, a publici- dade no Brasil permaneceu por 300 anos quase que exclusivamente oral com pequenas exceções feitas em relação a novas capelas, possíveis trocas de mercadorias, entre outros. A publicidade e a propaganda que conhecemos atualmente começam a surgir no início do século XIX, mais precisamente em 27 de novembro de 1807, quando o príncipe-regente D. João embarca para o Brasil com a família real, com toda sua corte, juízes, ministros, membros do alto Clero, militares, entre outros; além de todo tesouro português, um dia antes das tropas de Napoleão Bonaparte ocuparem a cidade de Lisboa. Pintura de Francisco Bartolozzi, embarque no porto de Belém em novembro de 1807, Rio de Janeiro, Museu Histórico Nacional. Com a vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 7 de março de 1808, a nova sede da monarquiaportuguesalogocomeçaasemodificarcomoshábitosecostumesdeseusnovosmoradores. D. João abre os portos brasileiros para o comércio exterior, cria as primeiras instituições de ensino supe- rior, o Banco do Brasil, o Jardim Botânico, o Teatro Real, a Escola Médica e a Imprensa Régia. Com isso, 10 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 13. 11|Propaganda e publicidade ainda no mesmo ano, funda-se o primeiro jornal, dando início à imprensa brasileira. A Gazeta do Rio de Janeiro começa a circular em 10 de Setembro de 1808 e foi por meio dela que se publicou o nosso primeiro anúncio publicitário, já bem próximo dos moldes que utilizamos hoje. Foi sobre imóveis e assim dizia: Annuncio 02: Outros exemplos de Annuncios: “Annuncio. Vende-se hum bom cavallo mestre de andar em Carrinho quem o pertender comprar procure Fran- cisco Borges Mendes morador na esquina do Beco de João Baptista por cima de huma venda. Avisa-se o Público que Terça feira próxima haverá Gazeta extraordinária nº 13.” “Escravo Fugido. Fugio há 2 mezes da fasenda de Francisco de Moraes Campos, da frequezia do Belém, município de Jundiahy, província de S. Paulo, um escravo de nome Lourenço, de nação com os signaes seguintes: idade 30annosmaisoumenos,estaturaregular,rostocomprido,bonitodefeiçãocabellosgrenhos,narizatilado, boca e beiços mais que regulares, sendo o beiço inferior mais grosso e vermelho, boa dentadura, cor re- tinta, pouca barba, fino de corpo, tem a coroa da cabeça pellada de carregar objectos, pernas finas, pés palhetas e pisa fora, é muito ladino, é roceiro e muito bom tropeiro. Gratifica-se bem a quem pegar o dito escravo e paga-se todas as despesas que tiver feito até a occasião da entrega.” Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 14. “Quem quiser cobrir o lanço (lance) de 100$000 réis, que já se dá pela Pescaria exclusiva da Alagoa (lagoa) denominada de Rodrigo de Freitas, dirija-se à casa do Tesoureiro do Cofre de Pólvora” Os primeiros anúncios apresentavam referências a vendas de escravos e de imóveis, divulgação de datas de leilões, ofertas de atividades de profissionais liberais. Houve, em um certo momento, uma publicidade excessiva voltada ao ensino, como professores oferecendo seus serviços acadêmicos de língua francesa, portuguesa e economia. Antes da Gazeta do Rio de Janeiro, a publicidade, de uma maneira rudimentar era apresentada por meio de cartazes e painéis pintados e escritos à mão, além de alguns folhetos avulsos. Cada um delestevehistóriaevidaspróprias,porémojornalacabamesmopordominaracomunicaçãopublicitária no século XIX e início do século XX. A publicidade brasileira ganha mais um veículo em 1.º de junho 1821, com o surgimento do Diário do Rio de Janeiro, que se intitulava como um jornal de anúncios. O objetivo de seus criadores era a faci- litação de transações comerciais, são os primeiros diários que sobrevivem de anunciantes e sua edição ocorreu até o ano de 1878. Pode ser considerado hoje o modelo que conhecemos como classificados, uma vez que suas divulgações se caracterizavam por poucas ilustrações e textos extensos. Mas não era apenas no Rio de Janeiro que a publicidade brasileira dava seus primeiros passos. Em 7 de novembro de 1825, Antonino José de Miranda Falcão lançava, no Recife, o Diário de Pernambuco, tam- bém apresentado como um jornal de anúncios, o mais antigo jornal em circulação na América Latina. O comércio descobre a publicidade. Nele, anunciavam-se escravos, leilões, descreviam-se habi- lidades como retratistas e floristas, fabricantes de carruagens, vasos para jardins, urinóis em todos os tamanhos, entre outros produtos e serviços, ou seja, características dos classificados modernos. O final do século XIX é caracterizado por uma nova fase na publicidade brasileira, começam a surgir as primeiras ilustrações. Os classificados mudam e ganham vinhetas à guisa de ilustração, crescem no tamanho, no espacejamento necessário à composição de quadrinhas ou versos de metro mais longos e até a rima entra nos anúncios vindo a tornar-se uma ferramenta definitiva. Em 1908, o produto que mais se utilizava da publicidade eram os remédios. A empresa que fabricava o xarope contra tosse Bromilum realizava um concurso de cartazes para a divulgação do seu produto. Participava dele, entre outros poetas conhecidos, Olavo Bilac, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e autor do Hino da Bandeira Nacional. O início do século XX também apresenta uma outra ferramenta muito importante para a publicidade brasileira: o surgimento das revistas – chamadas de semanários ilustrados. 12 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 15. 13|Propaganda e publicidade Primeiras agências Foi criada por Volney Palmer, em Boston, no ano de 1841, a primeira agência de Publicidade e Propaganda. No início, Palmer abre um pequeno escritório para trabalhar como agente de um jornal, vendendo espaços publicitários. É a primeira agência a cobrar a taxa de 25% de comissão pela venda, o que antes era feito apenas por corretores de propaganda. No Brasil, nasce em 1913 a empresa de anúncios casa paulistana Castaldi & Bennaton que se desenvolve rapidamente e acaba evoluindo para se tornar a primeira agência de publicidade do país, no ano seguinte, com o nome de Eclética. Ao final da Primeira Guerra Mundial, a cidade de São Paulo já contava com outras agências em atividades publicitárias como a Moderna e a Pettinati. Apesar da guerra, o país apresentava um bom desenvolvimento industrial e isso atraiu novas empresas dos Estados Unidos e Europa, além do surgimento de novas fábricas e empreendimentos nacionais. O quadro a seguir exemplifica melhor essa nova fase do país: Ano Evento 1910 Cândido Fontoura consegue o registro do “Biotônico Fontoura”. 1911 A empresa farmacêutica Bayer inicia suas atividades no Brasil. 1913 A Shell inicia suas atividades no Brasil. 1915 A Texaco inicia suas atividades no Brasil. 1915 O Citibank inicia suas operações no Brasil. 1916 Ford se instala no Brasil. 1919 A companhia química Rhodia se instala no Brasil. 1921 Inauguração da primeira unidade da Nestlé no Brasil. 1922 Começam a funcionar as primeiras emissoras de rádio no Brasil. 1922 Realiza-se em São Paulo a Semana da Arte Moderna. Ano Agências de Publicidade 1914 Surge em São Paulo a primeira agência de propaganda: a Eclética. 1919 Cria-se a agência de propaganda Moderna. 1920 Fundação da Agência Pettinati de Publicidade. 1921 Inauguração da primeira unidade da Nestlé no Brasil. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 16. Divulgação. Em consequência da chegada das empresas multinacionais e do avanço na economia, em um rápido período, surgem também as primeiras agências de publicidade internacionais trazendo renovação e melhoria na tecnologia e em todas as áreas envolvidas com publicidade de modo geral, confeccionando uma nova estética e um impulso na qualidade das produções. Trata-se da Ayer, que vem a convite da Ford e da J. Walter Thompson, a mais antiga agência operando no país até hoje. Com o avanço profissional e tecnológico da década de 20, iniciam-se as primeiras grandes campanhas de empresas multinacionais. Bayer, Ford, Shell destacam-se juntamente com as brasileiras Antarctica, Mappin e Casas Pernambucanas. A publicidade fala No final da década de 20, a publicidade brasileira passaria ainda por uma nova transformação. Novas ferramentas de comunicação passam a fazer parte do dia a dia do país. Aparecem os outdoors, os painéis de estrada, os anúncios de jornais e revistas se tornam mais técnicos e sofisticados e, embora ainda com equipamentos rudimentares, surge o rádio. Oficialmente inaugurado em 7 de setembro de 1922, ano em que se comemorava o primeiro centenário da Independência do Brasil, o rádio transmite, às 21hs daquele dia, o discurso do então PresidentedaRepúblicaEpitácioPessoaqueestavaacompanhadopeloreidaBélgica,AlbertoI.Abrirama Exposição do Centenário no Rio de Janeiro. O discurso de abertura foi transmitido para Niterói, Petrópolis e São Paulo, por meio de receptores instalados nessas regiões e uma antena posicionada no alto do Corcovado. Invenção creditada ao cientista e inventor italiano Guglielmo Marconi, o rádio cresce rapidamente no país, porém no início de suas transmissões, não oferecia nenhuma atividade comercial. A publici- dade na rádio, que na época ficou conhecida como “reclame”, era proibida e só viria a ser utilizada em 1º de março de 1931, por meio do Decreto 21.111, que limitava os anúncios em, no máximo, 10% da programação das emissoras. Nesse mesmo ano, o governo federal passa a conceder para a iniciativa privada a exploração do sinal de rádio. As empresas e agências passam a trabalhar com a voz na publicidade e chegam a criar os primeiros programas que são patrocinados por grandes empresas, como o Repórter Esso. Há dados imprecisos sobre a autoria dos primeiros jingles brasileiros, mas podemos citar alguns pioneiros nos uso dessa ferramenta, como Gilberto Martins que gravou em vinil para a Colgate Palmolive; Ademar Casé que criou o seguinte anúncio para o pão Bragança: Oh! Padeiro desta rua / Tenha sempre na lembrança / Não me traga outro pão Que não seja o pão Bragança. 14 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 17. 15|Propaganda e publicidade E o hit do carnaval composto por Bastos Tigre e Ary Barroso, a marchinha “Chopp em Garrafa”, divulgava o início do engarrafamento de Brahma Chopp. O jingle ajudou a Brahma a alcançar a produção de 30 milhões de litros de cerveja. O Brahma Chopp em garrafa / Querido em todo o Brasil / Corre longe, a banca abafa / É igualzinho ao do barril. Chopp em garrafa / Tem justa fama / É o mesmo Chopp / Chopp da Brahma. Com a publicidade falando e até cantando, a década de 30 é marcada por um alto investimento das empresas, chegando a 65% do seu capital, aplicados na forma de patrocínio de programas e anúncios. A Segunda Guerra Mundial fez a publicidade oscilar e viver bons e maus momentos no Brasil. Houve um decréscimo nas atividades publicitárias, criando até uma pequena crise, mas com uma recu- peração rápida. O fim da guerra encontrou um país em boa situação econômica com o setor industrial em período de expansão, atraindo milhares de pessoas para as grandes cidades. As empresas, por meio da propaganda, as enxergavam como novos consumidores potenciais e o pós-guerra consolidou, no país, uma sociedade de consumo. Nasce a televisão brasileira Em 18 de setembro de 1950, Assis Chateaubriand idealiza e inaugura a TV Tupi em São Paulo. Instalando alguns aparelhos no Jockey Club, na Praça da República e no MASP (Museu de Arte de São Paulo)apopulaçãopôdeveraaberturadastransmissõestelevisivasnopaís,queficouporcontadasatrizes Yara Lins, que foi convidada especialmente para dizer o prefixo da emissora – PRF-3, Lolita Rodrigues e o apresentador Homero Silva. Logo os programas começam a tomar formas e conteúdos e a televisão impulsiona mais ainda a publicidade que, mesmo não tendo especialistas em filmes, acaba criando mais um meio para a divulgação das empresas e seus produtos e serviços. A novidade era o carro-chefe dos anúncios que aproveitavam a atenção que todos estavam dando aos movimentos testemunhais e, prin- cipalmente, às demonstrações. Os comerciais eram ao vivo ou com slides e, naquele tempo, as garotas- -propaganda eram os principais destaques da publicidade na televisão. Um pouco mais de uma década, a TV se transforma e passa a ser o principal meio de comunicação no país, como cita Pyr Marcondes: [...] a TV (são várias as redes nacionais, agora) se transforma no grande veículo de comunicação e cultura, uma cultura diversa da acadêmica, que receberia o nome de cultura de massa, de massa, porque não mais difundia para poucos, nos bancos da escola, mas para muitos, de forma homogênea e nivelada pela média [...]. (RAMOS; MARCONDES, 1995, p.184) Regulamentação da publicidade no Brasil É aprovada em 18 de junho de 1965, a Lei 4.680 que define a remuneração-base das agências publicitárias em 20% (antes se trabalhava com uma referência aproximada de 17%). A publicidade expande-se de vez como um setor de negócios e encontra uma sociedade consumista consolidada, tendo como aliados o fortalecimento dos crediários e a multiplicação dos produtos como veículos, alimentos, eletrodomésticos e também o desenvolvimento da indústria cultural. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 18. Mesmo durante o período em que o país estava sob o poder dos militares (a ditadura militar de 1964 a 1984), o setor crescia sem grandes problemas ou conflitos. As décadas seguintes foram marcadas com uma característica única da publicidade – a criatividade. A criação vive seus anos de ouro e a publicidade brasileira começa a ser conhecida internacio- nalmente. Surgem os primeiros prêmios, o reconhecimento e ouvimos, pela primeira vez, nomes como Washington Olivetto, Duailibi, Petit, Zaragoza, Nizan Guanaes, entre outros. Porém, mesmo com a admiração de outros países e com um, até então, bom relacionamento com os militares, o final da década de 70 marca um novo capítulo na história dessa profissão: o surgi- mento do Conar. O governo federal estava pensando em“censurar previamente”a propaganda criando um depar- tamento que controlasse a publicidade com o objetivo de não permitir que nenhum tipo de anúncio fosse veiculado sem que antes passasse por sua análise e autorização. Divulgação. Diante dessa ameaça, o setor apresentou, como contraproposta, um código que teria a função dedefenderosinteressesdomercadopublicitário,doconsumidoredezelarpelaliberdadedeexpressão comercial. A ideia foi aprovada e em 1978 era fundado o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, uma ONG encarregada de fazer valer o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. É ele que analisa e decide, baseado em reclamações e queixas de pessoas físicas ou jurídicas, se uma propaganda está respeitando e se enquadrando em um código de ética acordado pelos gru- pos de comunicação, anunciantes e agências de publicidade. Se o conselho decidir que determinada propaganda não respeita o código ético, ela pode sofrer modificações ou até mesmo ser proibida de ser veiculada. Opaíssetornaasegundanaçãocommaispremwiaçõespublicitárias,aagênciaExclamPropaganda, de Curitiba, criava o slogan que tomaria conta do país: Diretas já; mas a publicidade sofre algumas derrotas no cenário nacional, como a perda de força e poder para os anunciantes. Os últimos anos do século XX são marcados por uma nova configuração econômica e tecnológica. A globalização e a internet invadem o cenário mundial e trazem o fenômeno da velocidade nas trans- formações e um público consumidor exigente, que quer ser chamado agora de cliente, exigindo assim profissionais cada vez mais qualificados para atuarem em todos os setores e a publicidade não foge disso. 16 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 19. 17|Propaganda e publicidade As agências e seus profissionais já sabem que não se vive mais apenas de criação e campanhas publicitárias e estão no processo de transformação, acompanhando o fenômeno da comunicação integrada. Texto complementar Nem propaganda, nem marketing... (PUBLIO, 2008) É preciso admitir: o universo da propaganda mudou. Até agora, aqueles que ingressavam na carreira publicitária eram atraídos pelo charme de trabalhar na área de criação de agências estreladas, no departamento comercial de empresas poderosas ou no setor de marketing de grandes veículos e anunciantes. A nova realidade, no entanto, aponta para caminhos recém-criados dentro da comunicação integrada. Os profissionais que acabam de sair das escolas ingressam em atividades que até bem pouco tempo inexistiam no mercado. São produtores, organizadores de eventos, webmasters, consultores e uma infinidade de outras atribuições oferecidas a partir de um mergulho no mundo virtual. Os números comprovam a nova atmosfera que envolve a propaganda. Uma pesquisa regular feita pelo Cintegra, departamento da ESPM responsável por monitorar a integração de seus ex-alunos no mercado de trabalho, revela que 75% dos recém-formados em Comunicações Sociais e 82% dos quesaíramdocursodeAdministraçãodeEmpresasestãoempregados,sóqueamaiorparteassumiu funções antes inexistentes no setor. Apenas 12% estão em agências de propaganda. O mercado exige versatilidade dos profissionais. Essa diversificação de destino dos formandos em Comunicações Sociais e Administração de Empresas vem acompanhada de uma série de novas palavras e terminologias que integram o cotidiano do profissional do futuro, como nativos digitais, instant messengers, video on demand, DVR´s, TiVo, marketing viral, SMS, games, mobile marketing, blog, iPod, Digital Trust Zone, moeda so- cial, web-entertainment etc. Para atender a essa nova postura da indústria da comunicação, não basta apenas o trabalho das agências de propaganda. É necessário integração multiempresarial e setorial, onde é irrelevante se a condução das operações será da agência ou do cliente. O que se procura são soluções inovadoras, não importa de onde elas venham. O cliente quer resultado. As ideias espetaculares são bem-vindas desde que tragam benefícios concretos. Essa nova tendência já é uma realidade no consagrado festival de publicidade de Cannes. Antes conhecido por ser uma passarela de egos, vaidades e prêmios voltados para a criação de comerciais geniais, o evento mostrou na sua última edição uma diversidade de atividades voltadas Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 20. para o mundo da comunicação. Só para se ter uma ideia desse universo multifacetado, os 4 995 co- merciais exibidos na mostra representavam apenas 22,6% do total de peças que estavam em busca do Leão de Ouro. O restante do material, que também estava em busca de reconhecimento interna- cional, foi diluído em inúmeras categorias. A propaganda hoje é uma profissão igual a muitas outras. Só que agora vive um momento de inquietação. O mercado ainda se adapta às novas ferramentas que as novas tecnologias oferecem aos profissionais do setor. O desafio de dominar os recém-criados instrumentos, além de transfor- má-los em peças criativas, faz da carreira um passaporte para um futuro brilhante. Eu, etiqueta Carlos Drummond de Andrade Eu, etiqueta Em minha calça está grudado um nome Que não é meu de batismo ou de cartório Um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida Que jamais pus na boca, nessa vida, Em minha camiseta, a marca de cigarro Que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido De alguma coisa não provada Por este provador de longa idade. Meu lenço, meu lençol, meu chaveiro, Minha gravata e cinto e escova e pente, Meu copo, minha xícara, Minha toalha de banho e sabonete, Meu isso, meu aquilo, Desde a cabeça ao bico dos sapatos, São mensagens, Letras falantes, Gritos visuais, Ordens de uso, abuso, reincidências, Costume, hábito, premência, Indispensabilidade, E fazem de mim homem-anúncio itinerante, Escravo da matéria anunciada. Estou, estou na moda. É duro andar na moda, ainda que a moda Seja negar minha identidade, Trocá-la por mil, açambarcando Todas as marcas registradas, Todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser Eu que antes era e me sabia Tão diverso de outros, tão mim mesmo, Ser pensante sentinte e solitário Com outros seres diversos e conscientes De sua humana, invencível condição. Agora sou anúncio Ora vulgar ora bizarro Em língua nacional ou em qualquer língua (Qualquer principalmente.) E nisto me comprazo, tiro glória De minha anulação. Não sou – vê lá – anúncio contratado. Eu é que mimosamente pago Para anunciar, para vender Em bares, festas, praias, piscinas, E bem à vista exibo esta etiqueta Global no corpo que desiste 18 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 21. 19|Propaganda e publicidade De ser veste e sandália de uma essência Tão viva, independente, Que moda ou suborno algum a compromete. Onde terei jogado fora Meu gosto e capacidade de escolher, Minhas idiossincrasias tão pessoais, Tão minhas que no rosto se espelhavam E cada gesto, cada olhar, Cada vinco da roupa. Sou gravado de forma universal, Seio da estamparia, não de casa, Da vitrine me tiram, recolocam, Objeto pulsante mas objeto Que se oferece como signo de outros Objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso De ser não eu, mas artigo industrial, Peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. Eu sou a coisa, coisamente. Atividades 1. Defina o que é publicidade e o que é propaganda. 2. Qual a diferença entre meio e veículo de comunicação? Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 22. 3. A criatividade tem um maior destaque na publicidade brasileira a partir de qual década? a) Década de 30. b) Década de 50. c) Década de 70. d) Década de 20. 4. O que é o Conar? Ampliando o conhecimento Para saber mais da Publicidade e Propaganda, suas definições e suas histórias, podem ser consul- tadas as obras a seguir. 200 Anos de Propagandas no Brasil: do reclame ao cyber-anúncio. Autores: Ricardo Ramos e Pyr Marcondes Editora: Meio & Mensagem Divulgação. Divulgação. Propaganda é isso aí Autor: Zeca Martins Editora: Atlas 20 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 23. 21|Propaganda e publicidade Gabarito 1. Propaganda pode ser definida como ações de atividades ideológicas que tendem a influenciar o homem, com objetivo político, cívico ou religioso. É o ato de propagar ideias, princípios e teorias sem o fator comercial. A publicidade é conceituada como a arte de tornar público, divulgar um fato ou uma ideia já com objetivos comerciais, uma vez que pode despertar o desejo de compra, levando-o à ação. É um conjunto de técnicas de ação coletiva com o propósito de tornar conhecido um produto, um serviço, uma marca, promovendo assim uma atividade comercial. 2. A diferença é que meios de comunicação são ferramentas e instrumentos utilizados para a trans- missão e recepção de informações (como por exemplo, as mensagens publicitárias). É o jornal, a revista, a televisão, o rádio, a internet, o telefone, entre outros. Já os veículos de comunicação são as empresas individuais responsáveis por trabalhar com os meios de comunicação, como as emis- soras de rádio ou TV, editoras de jornais, revistas, exibidoras de outdoor etc. 3. C 4. Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, uma ONG encarregada de fazer valer o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. É ele que analisa e decide, baseado em reclamações e queixas de pessoas físicas ou jurídicas, se uma propaganda está respeitando e se enquadrando em um código de ética acordado pelos grupos de comunicação, anunciantes e agências de publicidade. Se o conselho decidir que determinada propaganda não respeita o código ético, ela pode sofrer modificações ou até mesmo ser proibida de ser veiculada. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 24. 22 | Propaganda e publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 25. O mundo da publicidade Pense em uma marca. Qualquer uma! Pense um pouco mais sobre ela. É quase certeza de que o pensamento que você teve veio acompanhado de uma frase marcante, uma imagem, um comercial ou mesmo um personagem simpático que sempre está ao lado da marca ou produto que você acabou de lembrar. Isso é a publicidade trabalhando. Todos os dias somos “apresentados” a uma vasta gama de publicidades, que tem como objetivo cativar e influenciar o consumidor nas suas razões e escolhas. Isso se faz abertamente, sem esconder ou disfarçar nomes e intenções, uma vez que se busca um meio de tornar conhecido um produto, um serviço ou uma empresa, tendo como objetivo despertar o desejo, ou até criar prestígio pelo que está sendo anunciado. Para isso, a publicidade pode ser caracterizada em dois tipos: Publicidade com objetivos promocionais::: – é a ação de divulgar produtos e serviços apre- sentando seus atributos e benefícios com o intuito de torná-los conhecidos para os consumi- dores. Ressalta os aspectos positivos e as qualidades, influenciando na decisão de compra, tendo como componente principal a persuasão. Sedutora, engraçada, bonita, e informativa, leva os consumidores a desejar o produto que está sendo oferecido, ou a descobrirem como é necessário adquiri-lo. Exemplos: publicidade com forte teor apelativo e informações explícitas, como a divulgação de um fogão e seu preço baixo (condições de pagamento e prazos), nas CasasBahia,ouumapublicidadequeutilizeumalinguagemmaishumorísticaepoéticacriando uma situação em que apresente o produto como o responsável pela sensação de bem-estar como:“Não é assim uma Brastemp”. Publicidade institucional::: – é a divulgação e valorização de marcas e empresas. Busca apre- sentar a filosofia, metas, objetivos e ações das organizações, tentando obter uma simpatia e construir uma boa imagem para os consumidores, embora também possa assumir caracterís- ticas no sentido promocional. Uma outra característica desse tipo de publicidade é consolidar a empresa e sua marca no mercado solidificando sua posição por meio da afirmação de suas qualidades. Divulgação de ações sociais, de apoio à cultura, ao esporte ou mesmo atividades de caráter beneficente, é o que caracteriza a publicidade institucional. Exemplo: O apoio da empresa Azaleia no desenvolvimento do projeto Criança Esperança da rede Globo e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 26. Independente do tipo de publicidade que se utilize, a sua informação é persuasiva e baseada nas motivações do público a quem se dirige. Apresenta de forma clara uma intenção comercial e com isso busca conduzir uma ação de compra. A publicidade é parcial e intencional. Diferente das informações jornalísticas, que devem ser impar- ciaisedescreverosfatoseacontecimentosreais,nãosepreocupandocomosfatorespositivosenegativos, a publicidade cria sua própria informação e no período que mais lhe interessar. Há uma dedicação em divulgar características e qualidades dos produtos, serviços ou empresas que diferem dos concorrentes. Sua intencionalidade então é comercial, já que procura sempre induzir a uma ação de compra. Quem faz a publicidade? A publicidade é composta basicamente por três elementos que podem criar e realizar um processo publicitário para atingir o consumidor final. São eles: O anunciante Também conhecido como cliente, anunciante ou empresa anunciante, é quem produz algo e precisa divulgá-lo, seja um serviço ou um produto. Podem ser bens de consumo, serviços, associações e até mesmo o governo (federal, estadual e municipal). O primeiro (federal) tem o dever e o direito de utilizar a comunicação para informar a utilização dos recursos oriundos da população. Os veículos de comunicação São empresas que administram os meios de comunicação (televisão, jornal, revista, rádio etc.), e por isso são as grandes responsáveis pela transmissão da mensagem do anunciante ao consumidor, ou seja, o canal por onde a publicidade flui em direção ao consumidor, o qual pode – ou não – interessar- -se por ela. Exemplos de veículos de comunicação: Revista Veja. Rede Globo de Televisão. Provedora de Internet Uol. Rádio Band News. Sport TV (público específico). Jornal Valor Econômico. (Disponível em: <http://mundodasmarcas.blogspot.com>.) 24 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 27. 25|O mundo da publicidade O profissional em publicidade Como nenhum consumidor tem a obrigação de entender e se identificar com a mensagem que o anunciante expôs, é fundamental torná-la interessante e atraente. O anunciante recorre ao publici- tário (isso é claro, quando ele não possuir profissionais ou departamentos que possam executar essas ações), ou às agências de publicidade, empresas especializadas em planejamento e processos comuni- cacionais. Também fica a cargo de uma agência identificar a quantidade e os tipos de pessoas que pre- cisam ser atingidas e selecionar os melhores veículos a serem utilizados para atingir esse público. A publicidade contemporânea Atualmente é impossível falar em publicidade sem fazer referências ao marketing. São duas áreas que estão interligadas e que se complementam com o objetivo de desenvolver a divulgação e vendas dos produtos e serviços de uma empresa. É importante enfatizar que a publicidade se enquadra, na empresa, como parte do marketing e que a publicidade também é parte da comunicação mercadológica. Por isso, antes de entrarmos no estudo mais específico da publicidade, é preciso contextualizar a importância da comunicação, assim como a conceitualização do marketing. Comunicação É um processo que envolve um emissor e um receptor com uma mensagem dirigida que, por sua vez, é realizada por meio de signos ou símbolos. O receptor é quem irá receber e interpretar a mensagem. Se conseguir compreender os sinais emitidos (gestos, palavras etc.), entendemos que a comunicação foi boa. Emissor Mensagem Receptor Esse processo envolve três elementos (emissor, receptor e mensagem) e é baseado no modelo aristotélico apresentado no seu livro AArteRetóricaeaArtePoética, escrito pelo filósofo grego Aristóteles cerca de 300 anos a.C. Portanto,comunicaçãoétodamanifestaçãoexistenteentreohomem,seusemelhanteeomeioambiente.Dependendo do ponto de vista do observador, a comunicação pode adquirir diferentes significados. Os sinais – gestos, palavras, fotografias, rituais, poemas, propaganda, sinal de mão, voz, são comunicações produzidas, emitidas e respondidas por seres humanos. (LUPETTI, 2003. p.78) De Aristóteles até os dias atuais, outros modelos de teorias surgiram com o objetivo de desenvolver melhor o processo de comunicação. Entende-se que para melhorar esse processo básico e deixá-lo mais prático e detalhado, entram em cena outros elementos: canais, decodificador, ruído e feedback. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 28. Dessa maneira, o processo de comunicação é composto pelos seguintes elementos: Emissor::: – quem cria e quer transmitir o código, a mensagem. Código::: – é a mensagem que deseja ser transmitida. Canal::: – meios que serão utilizadas para a transmissão da mensagem. Ruído::: – algum fator que possa impedir a compreensão da mensagem. Exemplo: pode ser um simples chiado ou barulho externo, uma má impressão de textos ou um entendimento distor- cido da mensagem. Receptor::: – é quem estava destinado a receber a mensagem. Decodificação::: – é o receptor compreendendo a mensagem transmitida pelo emissor. Feedback::: – é o retorno. A resposta do receptor para o emissor. Exemplo do processo de comunicação: Emissor DecodificaçãoCódigo ReceptorCanal Ruído Feedback Exemplo do processo de comunicação acadêmico: Professor Compreensão da matéria Matéria AlunoVídeoaula/ livros – qualidade ruim do vídeo; – problemas de impressão do livro; – não compreensão da matéria. Respostas coerentes em trabalhos e avaliações 26 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 29. 27|O mundo da publicidade Exemplo do processo de comunicação na publicidade: Anunciante Compreensão do anúncio Divulgar produto (anúncio) Público- -alvo Meios de comunicação (tv, rádio etc.) – ruídos no rádio; – imagens distorcidas; – não compreensão do anúncio. Efetuar a compra do produto divulgado Nesse último exemplo, processo de comunicação na publicidade, tanto as empresas anunciantes, quanto a agência de publicidade desejam que os receptores (público-alvo), deem um feedback, comprando o produto ou serviço. Se esse público não entender corretamente a mensagem publicitária, ele dará um retorno à organização que talvez não seja o esperado pela empresa. Há ainda um risco do ruído de comunicação, que pode assumir proporções sérias, como, por exemplo, o não entendimento do anúncio e da mensagem divulgada, criar uma percepção de que o produto que está sendo oferecido pertence ao concorrente. Comunicação mercadológica Uma das vertentes da comunicação é a comunicação mercadológica que pode ser compreendida como ações desenvolvidas no sentido empresarial de comunicar-se mais com o mercado onde atua, reforçando as imagens de marcas, produtos e serviços tendo o propósito evidente de aumento em vendas e receita. Para alcançar tal objetivo, as empresas utilizam o chamado mix de comunicação, que é composto entre tantas ferramentas estratégias de atendimento ao cliente, criação de um ambiente de relaciona- mento, estratégias de marketing e o esforço publicitário. A função da comunicação mercadológica é traduzir, em argumentos concretos, os objetivos de marketing por meio de mensagens persuasivas, ou seja, da publicidade (GOMES, 2003, p. 37). A comunicação mercadológica também é projetada para ser persuasiva, por isso a publicidade é tão importante para conseguir um efeito calculado nas atitudes e/ou no comportamento do público visado. Faz-se também pela venda pessoal, promoção de vendas, merchandising, relações públicas, embalagens e marketing. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 30. Marketing A origem das atividades entendidas como marketing, no modelo que conhecemos, nasce na época da Revolução Industrial, com as necessidades básicas dos fabricantes de assegurar os meios (matéria- -prima, mão de obra e capital) para a produção de bens e artigos mais padronizados, mesmo que com a qualidade muito baixa, o consumidor enfrenta o problema de escolher suas compras. O termo marketing surge nos Estados Unidos no início do século XX. Em 1930, as universidades norte-americanas já ofereciam os primeiros cursos, focando principalmente a pesquisa de mercado e as técnicas de distribuição e vendas. É nesta década que a capacidade de produção das fábricas começaram a aumentar considera- velmente, havendo, em alguns casos, a superação da demanda. A concorrência ganha força e o que passava a ser visto era o desenvolvimento de técnicas mais agressivas e novos métodos de vendas de promoção com o objetivo de atrair compradores, ou seja, o marketing surge na necessidade de admi- nistrar e estudar o mercado e com a nova realidade oriunda da Revolução Industrial. Nesse cenário, o marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica, pois inicialmente sua preocu- pação era puramente de logística e produtividade para a maximização dos lucros. Essa realidade ficou inalterada até meados da década de 40 ou com o fim da Segunda Guerra Mundial quando houve o crescimento da concorrência, causando o fenônemo da cultura de vender a qualquer preço, uma tentativa de conquistar os compradores da época. No Brasil, o marketing chega nos anos 50, mais precisamente em 1954, trazido pelas empresas multinacionais que aqui se instalavam. Nesse mesmo período, surgem autores e especialistas que tentam teorizar o conceito e seus atributos. Um exemplo é Jeromy McCarthy, que elabora e anuncia uma concepção teórica intitulada de Fatores Controláveis do Marketing, ou simplesmente os 4 Ps, que passa a ser popularizado nos anos 60 e 70 por outro especialista, Philip Kotler. Constituem os 4 Ps: Produto::: – características, marca, embalagem, design etc.; Preço::: – formas de pagamento, descontos, crediários etc.; Praça::: – ponto de venda; Promoção::: – incluem-se aqui as atividades de publicidade, promoção de vendas, entre outros. Com o fim da era industrial, o mundo entra na nova era da informação. Surgem outras teorias e estudos sobre a área para contextualizar, agregar ou atualizar concepções anteriores. Um exemplo disso é a proposta idealizada por Robert F. Lauterborn, na década de 90, que substitui a gerência de produtos pela gerência de mercados, onde o centro do marketing não era mais o produto e sim o mercado e, principalmente, o cliente. Surge então a teoria dos 4 Cs: Consumidores (clientes)::: – necessidades de desejos; Custo::: – para satisfazer o consumidor; Conveniências::: – para poder comprar; Comunicação::: – ferramentas da comunicação. 28 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 31. 29|O mundo da publicidade Dessa forma a equivalência seria: 4 Cs 4 Ps Consumidor Produtos Custo Preço Conveniência Praça Comunicação Promoção Um pouco antes, no início da década de 80, o livro Em Busca da Excelência, de Tom Peters e Bob Waterman, tem o foco completamente voltado para o cliente. O avanço tecnológico também acaba influenciando no marketing (assim como fez em muitos outros setores). Há uma atenção maior com os serviços de atendimento ao consumidor e a preocupação de administrar uma gestão de relacionamento com os clientes em larga escala. Cliente esse que já entende o seu valor, exige qualidade e não quer mais ser chamado apenas de consumidor. Comparando os mercados, temos o seguinte cenário: Passado Atualmente Pouca variedade de produtos. Muita variedade de produtos. Procura maior que a oferta. Oferta maior que a procura. Consumidores pouco exigentes. Consumidores muito exigentes. Pouco risco nas decisões. Risco elevado nas decisões. Muitas oportunidades, poucas ameaças. Poucas oportunidades, muitas ameaças. O bom profissional de marketing tinha “instinto”, senso de negócios. O bom profissional de marketing coleta informações, planeja, executa e controla o processo de marketing/ vendas. Porém, na prática empresarial, com frequência existe uma confusão entre “marketing” e outros termos, tais como“comercialização”,“distribuição”,“imagem”e, principalmente,“vendas”. O termo marke- ting é bem mais abrangente, e os outros são, cada um, uma parte de todo o sistema de marketing. No Brasil, o termo marketing causou grandes dúvidas no gênero de que uma palavra tão nitida- mente estrangeira, além de longa, pudesse ser difundida no país, e iniciou-se uma busca intensa a um nome mais adequado para traduzir seu conceito e conteúdo. A expressão“comercialização”não foi bem aceita e caiu em desuso por designar apenas uma parte do sistema de marketing. “Mercadização” e “mercadologia” também foram propostas para definir e traduzir o termo e embora a última até tenha uma boa adequação, uma vez que se refere ao estudo do mercado, acabou sendo por um certo tempo utilizada, tornando-se a terminologia Marketing. Conceito de marketing Ao longo dos anos, o marketing evolui de uma“orientação para o produto”, para uma“orientação para o mercado e para o cliente”. O comitê de definições da Associação Americana de Marketing (AMA), Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 32. fundada em 1930 com o objetivo de congregar profissionais para o desenvolvimento das atividades desse setor, conceitua marketing como“função organizacional e um conjunto de processos de criação, comunicação, e entregar valor para os clientes e para gerenciar os relacionamentos com os clientes de forma a beneficiar a organização e os seus intervenientes”. Porém, outras definições foram apresentadas por especialistas do setor que entendem que o conceito da AMA não incorporava um elemento essencial para uma organização comercial, o lucro. Uma outra definição é citada por um dos especialistas mais respeitados pelos profissionais no Brasil, Philip Kotler que diz: “Marketing é o processo social e empresarial pelo qual os indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio da troca de produtos e criação de valor, com outros”(KOTLER, 1980 p. 42). Outra definição pode ser dada por Raimar Richers, que conceitua marketing como:“Marketing é a intenção de entender e atender o mercado”(RICHERS, 1981, p. 5). Recentemente, a própria AMA redefiniu o conceito de marketing para: “Marketing é a atividade, conjunto de instituições, bem como o processo de criação, comunicação, entrega e troca de ofertas que tenham valor para os clientes, parceiros e sociedade em geral”. O modelo AIDA Apesar de diversos estudiosos creditarem a E.K. Strong o modelo AIDA, por tê-lo publicado em 1925 na sua obra Teorias de Vendas (Theories of Selling), o criador dessa teoria foi Elmo Lewis em 1898 (fato confirmado pelo próprio Strong). AIDA é um modelo que tenta explicar como se dá o funcionamento do comportamento humano em relação à aquisição de um produto ou serviço. A AIDA conseguiu determinar uma série de etapas que descrevem o processo que um consumidor de um determinado produto passa antes de concretizar a venda. Após a teoria de Lewis, vários outros modelos surgiram para tentar explicar o que leva o consu- midor a adquirir um produto. Mas todas elas têm a venda como objetivo final. Há relatos que dizem que o próprio Lewis, ao criar sua teoria, estava mais interessado no comportamento do vendedor do que do consumidor em si. O intuito era elaborar um“guia”que orientasse esse vendedor para ajudá-lo a efetuar uma venda. Dessa forma, compõe o modelo AIDA, baseando-se no pressuposto de que, para convencer alguém à compra e para o entendimento do comportamento do consumidor, é preciso introduzir as seguintes etapas: A – Atenção; I – Interesse; D – Desejo; A – Ação. 30 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 33. 31|O mundo da publicidade Segundo essa concepção, um anúncio publicitário, por exemplo, deve chamar a atenção, despertar o interesse, provocar um desejo e desencadear uma ação. Porém, teorias mais recentes, introduziram um conceito moderno de marketing no modelo e com isso, o processo não finaliza apenas na venda, mas sim na“satisfação do consumidor”, ou o que faria esse consumidor voltar a comprar o produto que o satisfaz. Com isso, muitas empresas passaram a acrescentar o“S”de satisfação, modificando a nomencla- tura para AIDAS, ou: A – Atenção; I – Interesse; D – Desejo; A – Ação; S – Satisfação. Um pouco diferente do modelo AIDA, em 1961, Russel Colley apresentou um artigo intitulado “Definindo os objetivos da Propaganda”, no qual oferecia uma escala hierárquica, com os passos que os consumidores passam antes da ação da compra, ou seja, o modelo “ACCA” (do inglês Awareness, Comprehension, Conviction e Action) que prevê o processo de compra. Utilizado como base nas criações publicitárias, seu composto é: A – Awareness (desconhecimento) – primeiro contato com o produto ou anúncio. C – Comprehension (compreensão) – compreensão do produto e de suas características e quali- dades. C – Conviction (convicção) – convicção sobre os reais benefícios do produto, além dos motivos emocionais. A – Action (ação) – compra efetiva do produto. Texto complementar Maslow e a hierarquia de necessidades (TUPINIQUIM; FREITAS, 2008) Os especialistas já se voltavam para o consumidor, mas ainda buscando sua demanda com argumentos de venda e ferramentas meramente promocionais. Nos idos de 1943, tivemos a primeira apresentação de um importante estudo, de autoria de Abraham Harold Maslow, intitulado “Motivation and Personality”, publicado na US Psychological Review, que trouxe à luz uma brilhante conceituação: a hierarquia de necessidades humanas, Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 34. depois editado e lançado pela Harper & Row, no ano de 1954. Maslow nasceu em Nova York, em 1908, e morreu na Califórnia em 1970, e foi um dos fundadores da psicologia humanista. Propôs Maslow que existem necessidades básicas e que elas podem ser dispostas numa hierarquia de importância e prioridade: as necessidades fisiológicas (fome, sede, abrigo), de segurança (sobrevivência física), as de relacionamento (a aceitação pelo meio e o sentido de importância), as de estima e status (relevância, domínio, reputação, prestígio) e, por fim, as de autorrealização (desejo de conhecer, compreender, sistematizar, organizar e construir um sistema de valores). Estabeleceu ainda que as primeiras necessidades (fisiológicas) dominam o comportamento da pessoa até que sejam satisfeitas, em seguida a segunda torna-se preponderante até que seja satis- feita, e nessa ordem até a última. A necessidade mais básica a qualquer ser humano é a da alimentação. Como já dissemos, é uma necessidade fisiológica. Os mecanismos geradores das sensações de fome e sede, nada mais são do que sinalizações crí- ticas do organismo quando privado de alimentos sólidos ou líquidos. Quando ativados tais mecanis- mos e presentes tais sensações, temos estabelecida a necessidade da alimentação, a mais poderosa entre todas as necessidades. Enquanto não suprida essa privação, ou satisfeita essa necessidade, o ser humano simplesmente não se dispõe a priorizar mais nenhuma outra ação. Diante da fome ou da sede, mal conseguimos raciocinar de forma coerente e objetiva, bloqueando ou adiando iniciativas para a satisfação de quaisquer outras necessidades. Podemos incluir ainda aqui, no rol das necessidades fisiológicas, a necessidade do sono. Há ciclos biologicamente predeterminados, o nosso organismo precisa de uma parada técnica para concluir o complexo procedimento de processar e transformar os alimentos ingeridos, melhor oxigenar células, distender e relaxar músculos, fazer fluir para o sangue novos suprimentos de proteínas, vitaminas, cálcio, amido etc., estocar reservas, fazer a sua faxina interna. Pois bem, os mecanismos que regem essa ação disparam comandos que vão freando a nossa disposição para a atividade, induzindo ao repouso, provocando o sono, e são percebidos pela sen- sação do cansaço. A privação do descanso gera a necessidade do sono. Podemos até resistir por algum tempo, isso variando de pessoa para pessoa, mas haverá uma hora que qualquer um de nós “cairá de sono”literalmente. A menos que esteja com fome ou sede. Temos ainda a necessidade fisiológica de abrigo. Basicamente, tememos o ataque de animais ferozeseaexposiçãocontinuadaaosol,tantoquantotememosaschuvas,osvendavais,astrovoadas, os raios, furacões, e toda a sorte de intempéries da natureza. Todavia, tememos também o ataque de outras pessoas. Desde as primeiras horas da humanidade, já tinha o homem procurado abrigar-se em cavernas, depois em tendas e choupanas, até evoluir para edificações com o uso de rochas talhadas e desen- volver logo após a técnica de moldar blocos feitos à base de terra, palhas e água, levados a fornos em fôrmas. Assim é que a privação de defesas contra a natureza e seus agentes, e assim também contra outros seres humanos agressores, gera a necessidade de abrigo. A menos que se esteja com fome, sede ou sono. 32 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 35. 33|O mundo da publicidade Mas passemos agora para a necessidade de segurança, de sobrevivência física. Que reação causaríamos numa cobra venenosa se empunhássemos e aproximássemos de sua boca uma arma carregada, pronta para disparar contra ela? Obviamente que apenas o bote e a picada fatal, mais nada. E qual seria a nossa reação se essa mesma arma estivesse voltada para qualquer um de nós? Certamente que de medo e pavor, para dizer o mínimo. Mas qual seria a diferença? A diferença está em que o ser humano é o único ser vivo que tem consciência da morte. Com a evolução da espécie humana, aprendemos quais são todos os perigos que podem nos expor à morte. Guerras, disputas, rixas, brigas, armas de fogo, instrumentos cortantes ou perfurantes, lugares perigososesituaçõesdeconflito,pessoassuspeitas,acidentes,quedas,lesões,vícios,sujeiras,doenças, envelhecimento, fraqueza, fadiga etc. A privação de vida organizada, em paz, harmonia, com cuidados e hábitos saudáveis, gera a necessidade de segurança. A menos que estejamos com fome, sede, sono ou desabrigados. Adiante temos definida a necessidade de relacionamento. O ser humano vive em grupos, em sociedade. É o único ser vivo que estabelece laços com os seus semelhantes e os nomeia. José é uma pessoa em si mesmo, mas também é filho de João e Maria, neto paterno de Artur e Izilda, neto materno de Celso e Nair, irmão deValquíria e Márcia, sobrinho de Athaide, Neuza e Alencar, primo de Paulo, Nestor, Romeu e Túlio. É vizinho de Neide e Francisco, amigo de Valdir, Marcos, Nestor e Rosinha, é morador da Rua Trajano, Bairro de Vila Verde, torcedor do time local, ex-aluno da Escola Luz do Saber, funcionário da fábrica Silva & Irmãos, marido de Sofia, genro de Adelaide e Nicanor, pai de Sabrina, Getúlio e Jonas. Como o ser humano teme a solidão, o abandono, o esquecimento, a expectativa de privação do convívio em sociedade gera a necessidade de relacionamento, num nível de plena aceitação pelo seu meio social. Daí a perseverar em ser querido como filho, neto, irmão, sobrinho, primo, marido, genro e pai, reconhecido como bom vizinho, torcedor do time vitorioso, aluno exemplar, funcionário modelo, amigo leal etc. Desde que não esteja com fome, sede, desabrigado ou com a vida em risco. Subsequentemente, temos que a privação de estima e status gera a necessidade de relevância, domínio,reputaçãoeprestígio.Éexatamenteembuscadeestimaestatusqueagimosaoprocurarmos nos destacar em qualquer ramo de atividade ou meio de convívio social. Obter uma promoção, assumir uma posição de comando incumbir-se de responsabilidades, evoluir acima da média, ser sempre convidado e bem-vindo, prestar auxílio e socorro, ser lembrado para conselhos e orienta- ções, ser reputado por decisões sensatas e corretas, granjear respeito e notoriedade. A não ser que se esteja diante de fome, sede, sono, desabrigo, insegurança e isolamento. Mas avancemos para a necessidade de autorrealização. Ela decorre da busca pessoal e individual do ser humano pelo constante enlarguecimento do seu conhecimento, pela sua capacidade de plena compreensão do mundo à sua volta, agindo segundo um conjunto de valores que pôde experimentar e aceitar para si, organizando então a sua vida com parâmetros que lhe permitem avaliar e determinar metas e objetivos a realizar com sucesso. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 36. É claro que, desde que não esteja faminto, sedento, insone, ao relento, inseguro, abandonado e desprezado. Então pare e reflita: o reconhecimento e a determinação de tais necessidades humanas, e assim também do seu ordenamento hierárquico, ditado pela preponderância entre elas, serve a qual finalidade mercadológica? Ora, vejam que com o seu brilhante estudo da hierarquia de necessidades, Maslow proporcio- nou-nos um sistema capaz de identificar e ordenar as necessidades que os consumidores estejam buscando satisfazer ao pretender adquirir produtos. Sabemos agora que toda necessidade decorre de uma privação, e demanda por satisfação, então podemos pesquisar, desenvolver, produzir e ofertar produtos que possam suprir com eficácia tal demanda. Atividades 1. De acordo com o composto do processo de comunicação, explique o que é um ruído. 2. Dos elementos que compõem a publicidade, dê a definição do que é um anunciante. 3. Os 4 Ps se referem a quais elementos? a) Produto, publicidade, propaganda e preço. b) Produto, praticidade, publicidade e preço. c) Produto, preço, praça e promoção. d) Produto, praça, publicidade e planejamento. 34 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 37. 35|O mundo da publicidade 4. Explique o modelo AIDA. Ampliando o conhecimento Comunicação em Marketing Autor: José Benedito Pinho Editora: Papirus Fundamentos de Marketing Autores: Darci Bastas e Luís Carlos S de Sá Editora: FGV Divulgação. Divulgação. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 38. Gabarito 1. Algum fator que possa impedir a compreensão da mensagem. Exemplo: pode ser de um simples chiado ou barulho externo, uma má impressão de textos ou um entendimento distorcido da mensagem. 2. Também conhecido como cliente, anunciante ou empresa anunciante. É quem produz algo e precisa divulgá-lo, seja um serviço ou um produto. Pode ser bens de consumo, serviços, associa- ções e até mesmo o governo (federal, estadual e municipal). O primeiro (federal) tem o dever e o direito de utilizar a comunicação para informar a utilização dos recursos oriundos da população. 3. C 4. AIDA é um modelo que tenta explicar como se dá o funcionamento do comportamento humano em relação à aquisição de um produto ou serviço. A AIDA conseguiu determinar uma série de eta- pas que descrevem o processo que um consumidor de um determinado produto passa antes de concretizar a venda. É composto pela Atenção, Interesse, Desejo e a Ação de compra. 36 | O mundo da publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 39. Agência de publicidade O que é uma agência de publicidade? Com o pioneirismo da agência Eclética, 1913-1914, iniciou-se a configuração de empresas respon- sáveis em trabalhar com as ferramentas publicidade e propaganda na sociedade brasileira. Podemos definir atualmente uma agência de publicidade como uma organização comercial independente, compostaporsetorestécnicosecriativos,comoobjetivodeidealizareproduzirapublicidadeidentificando os meios e veículos de comunicação que mais caracterizam os clientes das empresas anunciantes. Hoje, as grandes características de uma agência de publicidade são: criar mensagens publicitárias que irão divulgar os produtos, serviços e/ou marcas das empresas::: anunciantes, tendo como princípio exaltar os fatores positivos e maquiar (evitar) a exibição dos pontos negativos. Isso não se trata de desonestidade e sim, uma maneira de mostrar ao público um lado mais atraente; produzir e materializar as ideias propostas e aprovadas;::: exercer a função de estabelecer um canal entre uma empresa anunciante, uma empresa meio::: (veículos de comunicação) com o intuito de atingir o consumidor final. Não podemos esquecer que a publicidade é uma ação de persuasão, não de vendas. Ela deve atrair a atenção do consumidor para a existência das marcas de empresas, assim como seus respectivos produtos e serviços. Tem que ser bonita, despertar o desejo e, aí sim, a vontade de comprar. Para que o ato da compra de determinado produto ou serviço se concretize, outras variáveis de marketing deverão fazer sua parte, como por exemplo, preço e distribuição. Como as agências de publicidade passam por um processo de transformação que teve início na década de 90, o pensamento agora é aumentar a gama de serviços oferecidos, reestruturando-se para atender os novos segmentos assumindo o papel de agência de comunicação. Comesseintuito,anovaagênciapodeauxiliarnoplanejamentoenaimplementaçãodocomposto de comunicação em um esforço integrado com a organização e continuar construindo a imagem de parceiras do anunciante. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 40. Há, no Brasil, a Associação Brasileira de Agência de Publicidade (ABAP), que representa os inte- resses das agências de publicidade associadas junto à indústria da comunicação, poderes constituídos, mercado e sociedade. Sua fundação ocorreu em 1.º de agosto de 1949 e, segundo dados da ABAP, as agências associadas a ela representam 75% de todo o investimento publicitário brasileiro em mídia, movimentando cerca de 2 800 profissionais e 3 900 clientes: é a maior entidade do setor na América Latina. Funções, cargos e atividades É comum encontrar inúmeras variações nos cargos e funções que compõem uma agência, dificul- tando uma padronização de estrutura e funcionamento dessas organizações. Fatores como tamanho da empresa, orçamento e atividades oferecidas contribuem mais ainda para uma caracterização que acom- panha a identidade de cada agência. Porém, é possível visualizar um organograma básico e ordenar, de uma maneira genérica, os departamentos e os cargos que contribuirão para a produção publicitária e de comunicação, auxiliando também o entendimento do fluxograma dessas agências. Antes de entrarmos em uma agência, vale ressaltar os conceitos de organograma e fluxograma. Organograma É uma forma gráfica de representar como se organiza uma empresa ou instituição, exibindo as relações entre cargos, grupos e funcionários. Como característica de um bom organograma, podemos exemplificar uma melhor visualização das responsabilidades de cada pessoa em uma empresa. Exemplo gráfico de um organograma básico em uma agência de publicidade: Presidente Pesquisa Atendimento Planejamento Criação Mídia Produção 38 | Agência de publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 41. 39|Agência de publicidade Fluxograma É uma representação simbólica que descreve a sequência das fases de um processo, ou seja, um gráfico que mostra todo o caminho que se faz dentro de uma empresa até o produto final, permitindo visualizar o processo como um todo. Um fluxograma ilustra, de forma descomplicada, a transição de informações entre os elementos que compõem um produto final. Exemplo simplificado de fluxograma em uma agência: Cliente informa dados para o atendimento.1. Atendimento desenvolve um2. briefing. Planejamento transforma dados em informação.3. Criação se baseia nas informações e “conversa”4. com Mídia e Produção. Criação fala com atendimento sobre a ideia.5. Atendimento apresenta para o cliente.6. Empresa anunciante Atendimento Planejamento Criação Mídia Produção Para que uma agência possa oferecer seus serviços com qualidade, cada uma adota um orga- nograma e um fluxograma que lhe parece mais adequado, tendo sempre como referência a principal atividade oferecida. Entretanto, mesmo apresentando uma variação considerável de uma agência para outra, ainda é possível identificar dois grupos comuns entre elas: principal e complementar. O grupo principal é aquele que oferece as funções essenciais de uma agência. É composto pelas áreas de: Diretoria / Gerência / Presidência;::: Pesquisa;::: Atendimento;::: Planejamento;::: Criação;::: Mídia;::: Produção.::: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 42. O grupo complementar é responsável por funções e atividades igualmente importantes, porém, em agências de menor porte, podem ser exercidas pelos setores básicos. Compõem esse setor: Assessoria de imprensa;::: Relações Públicas;::: Promoção;::: Tráfego;::: Produção Gráfica;::: Rádio e TV (RTV);::: Fotografia (estúdio e laboratórios);::: Departamento jurídico;::: Departamento de informática.::: O autor Flávio Ferrari identifica que esse cenário não é definitivo e haverá alterações consideráveis. Segundo ele: À medida que sofisticamos a estrutura, vão surgindo setores independentes que irão dedicar um tempo maior a essas tarefas, melhorando a qualidade final do serviço prestado. As recentes alterações no cenário mundial da comunicação começam a se refletir nessa estrutura tradicional. As agências ainda não encontraram o caminho definitivo, mas a tendência é para o redesenho da estrutura, com maior ênfase para informação e informatização. (FERRARI, 1996, p.14) Atendimento É o responsável pela captação de novas empresas anunciantes, manutenção da carteira de clientes, ligação entre a agência e esses públicos. Também conhecido como Contato ou Executivo de Contas (na linguagem técnica das agências, conta é sinônimo de clientes), esse profissional deve ter o conhecimento de marketing, comunicação, publicidade e, principalmente, relações públicas, boa cultura e boa imagem pessoal, já que depende dele a entrada de novas empresas anunciantes. Por ser o elo entre a agência e o cliente, compete ao atendimento a difícil missão de satisfazer os dois lados, ou seja, deve estar preparado para defender os interesses do cliente junto à agência e defender os interesses da agência junto ao cliente. Além das atividades externas, como visitas periódicas aos clientes (para captação ou manutenção) e apresentação da campanha em suas diversas etapas para aprovação, o atendimento também exerce 40 | Agência de publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 43. 41|Agência de publicidade funções internas, como a participação das reuniões de planejamento sobre o projeto do cliente, a atuali- zação das informações para os demais profissionais da agência e supervisão (na ausência de um tráfego) do fluxograma das atividades desenvolvidas na produção da campanha. O quadro a seguir resume um pouco mais as atividades exercidas pelo atendimento publicitário: Cargo Funções Atendimento captação de novos clientes;::: manutenção da carteira de clientes;::: negociar os interesses de clientes e agência;::: ser a ligação entre as duas empresas;::: repassar aos demais profissionais da agência as informações do cliente;::: participar das reuniões de planejamento;::: elaborar o::: briefing. Esta última função que aparece no quadro merece uma atenção especial. O profissional de atendi- mento é quem deve elaborar o briefing do cliente, ou seja, criar um documento base no qual irão constar todas as informações referentes à empresa anunciante e diagnosticar as necessidades e desejos. Briefing Palavra de origem inglesa que significa resumo, to brief = resumir. É um documento, pasta, ou arquivo que contém todas as informações referentes ao cliente para que possa ser elaborada a campanha publicitária ou de comunicação. É o começo de tudo e um dos passos mais importantes para o sucesso de uma campanha. Todos os departamentos de uma agência trabalham tendo como base o briefing e as informações contidas nele. Além de receber os dados fornecidos pelo anunciante, o atendimento realiza uma pesquisa de mercado para atribuir outras informações no documento, evitando com isso possuir apenas as referências e os dados do cliente. A finalidade de um briefing é passar um diagnóstico correto e as orientações necessárias para que se possa desenvolver uma proposta de solução do problema, ajustada aos objetivos de comunicação e de marketing, tendo como resultado uma campanha correta e que consiga manter a imagem e a filo- sofia da empresa na mensagem. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 44. Briefing – Roteiro Empresa Razão Social. Nome Fantasia. Histórico. Localização (matriz e filiais). Organograma. Imagem da marca. Produto Nome. Linhas de produtos. Preços do produto. Ciclo de vida. Embalagem (tipos, pesos, conteúdos etc.). Composição industrial / matérias-primas. Pontos positivos do produto. Pontos negativos. Características únicas do produto. Mercado Concorrentes diretos. Concorrentes indiretos. Tamanho do mercado. Sazonalidade. Ameaças e oportunidades de mercado. Como é distribuído o produto? Canais de distribuição. Consumidor Quem é o consumidor do produto? Quem é o público-alvo? Hábitos e atitudes dos consumidores. Influências culturais e ambientais. Razões de compras racionais ou emocionais? Comunicação e Pesquisa Campanhas publicitárias e pesquisas já realizadas. Objetivo de comunicação. Objetivo de marketing. Conteúdo básico da comunicação. O que a campanha deve transmitir? Meios de Comunicação Meios. Veículos. Período de veiculação. Verba Quanto será investido em comunicação? 42 | Agência de publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 45. 43|Agência de publicidade Planejamento Só existem duas maneiras de se fazer alguma coisa: agindo impulsivamente ou planejando a ação. Agir impulsivamente é reagir. É responder a um estímulo de forma espontânea e impensada. É atuar de forma reflexa. Se você não estiver se comportando rigorosamente de acordo com a definição anterior, então estará planejando. (FERRARI, 1996, p.14) Qualquer atitude que o homem realiza sem um preparo é uma atividade aleatória que, normal- mente, leva o indivíduo e as empresas a resultados não esperados, altamente emocionantes e, muitas vezes, a situações piores que as já existentes. O jeito então é planejar! Ou seja, construir um conjunto de ações coordenadas, integradas e intencionaisparacontrolarvariáveismercadológicasqueenvolvemoambientedaempresa,ouminimizar o máximo possível as ações das variáveis não controláveis, uma vez que o planejamento possibilita a tomada de decisões de forma antecipada. De forma geral, um bom planejamento oferece vantagens como: possibilitar um maior controle sobre as ações e o ambiente em que se atua;::: permitir uma visão antecipada de problemas e conflitos, e com isso auxiliar em uma rápida::: resolução; propiciar uma margem maior de acerto nas tomadas de decisões.::: Planejamento na agência No caso da publicidade e da propaganda de uma agência integrada de comunicação, o profis- sional dessa área está incumbido de planejar a campanha de comunicação dos clientes, definindo suas diretrizes e até a divisão da verba destinada pelo cliente (mídia, produção etc.). Trabalha intensamente ao lado de todos os setores, mais especificamente com atendimento, planejamento e pesquisa, tendo como o briefing sua bíblia sagrada. É o responsável direto pela elabo- ração das campanhas, uma vez que sua missão é atender os objetivos da empresa anunciante e não apenas produzir e transmitir mensagens humorísticas, apelativas ou bonitas. A arte do planejamento publicitário consiste basicamente em seis atividades importantes: analisar o problema mercadológico do cliente;::: propor soluções no âmbito da comunicação (tarefa exercida com participação de outras áreas::: da agência); identificar os objetivos a serem atingidos;::: desenvolver as estratégias de como alcançar esses objetivos;::: ter o controle da execução das tarefas;::: avaliar os resultados.::: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 46. O processo de planejamento de uma campanha publicitária inicia-se pela leitura e interpretação do briefing e de uma análise da situação (diagnóstico) com o atendimento. As conclusões dessa fase acontecem no momento em que se identificam os pontos mais importantes, alcançando também a identificação e a confirmação dos objetivos, assim como os problemas e as possíveis oportunidades. Vale uma explicação nesse ponto sobre a diferença entre objetivo de marketing, objetivo de comunicação e objetivo de campanha, assimilando uma diferença entre esses itens. Objetivo A terminologia “objetivo” diz respeito a um ponto a ser atingido, que se quer atingir. Um alvo, um rumo, uma meta qualificável e quantificável. Normalmente são definidos pelo tempo, como curto, médio e longo prazo. Por exemplo: Meu objetivo a médio prazo é concluir o curso universitário.Também é necessário que haja uma referência, uma medida para comprovar se tal esforço foi positivo e se con- seguiu atingir o que se pretendia. Objetivo de marketing O objetivo de marketing é uma estratégia que visa colocar a organização numa posição de mercado e cumprir de maneira eficaz e objetiva a sua missão. Na maioria das vezes, ela é determinada pela empresa anunciante, e aparece como um item no briefing. Por exemplo: aumentar a participação do produto no mercado em x%; ou aumentar em y% os pontos de venda da empresa; posicionar o produto como o melhor do mercado; introduzir o produto no mercado internacional em um ano etc. Objetivo de Comunicação Comunicar a ideia para atingir os objetivos de marketing, motivando o público com fatos, buscando uma melhor definição do que se pretende dizer. Em resumo, é o instrumento que permite transformar as orientações dos objetivos de marketing em ações de comunicação concretas e eficazes. Por exemplo: fazer com que o consumidor mude de outras marcas para a marca da empresa; divulgar novos pontos de venda; combater os argumentos da concorrência; criar o conhecimento do produto e fixar a marca etc. Objetivo de Campanha Definido pela agência, o objetivo de campanha busca apresentar por meio das mensagens publicitárias os fatores positivos e os diferenciais da empresa ou produto/serviço que oferece. Exemplo: se o objetivo de marketing (definido pela empresa anunciante) é de introduzir o produto no mercado internacional em um ano, o objetivo de comunicação é criar o conhecimento do produto e fixar a marca. 44 | Agência de publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 47. 45|Agência de publicidade Como consequência, o objetivo de campanha é criar uma identidade com o novo produto e mostrar quem é a empresa e como ela age. Com base nessas atividades, é aconselhável que o planejamento não deva ser elaborado por apenas um profissional, e sim por uma equipe. Por isso, planejar toda uma campanha de comunicação requer um esforço de toda equipe de trabalho, criação, mídia, atendimento, pesquisa, diretoria, coordenados pelo departamento de planejamento. Plano de ação Uma ferramenta fundamental para o profissional de planejamento é a construção de um plano de ação. É composto de tarefas e atividades que devem ser efetuadas a partir das definições obtidas nas reuniões realizadas com todos os grupos da agência que estão construindo a campanha do cliente. Num plano de ação, as providências são devidamente priorizadas e listadas por ordem cronológica e devem apresentar os seguintes itens: o que precisa ser feito (detalhado ação por ação);::: quem deve fazer;::: prazo (quando se inicia e se finaliza);::: onde e como será produzido;::: o que se espera como resultado;::: análise e revisão do material.::: Quanto custará? A verba disponível pelo cliente afeta todo o projeto e deve ser discutida na elabo- ração do briefing. Se a intenção é criar um relacionamento sincero, verdadeiro e duradouro, a questão do orçamento disponível deve ser discutida logo nas primeiras reuniões com o cliente, afinal, de nada adian- tará uma campanha exuberante e grandiosa se não houver dinheiro para investir. A seguir temos um exemplo simples de um plano de ação: CLIENTE: CAMPANHA: PLANO DE AÇÃO: O que fazer Quem deve fazer Início / Término Local Como Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 48. Pesquisa É importante pesquisar Responda: Qual é o elemento primordial para a sobrevivência de qualquer empresa atualmente? Independente do tamanho que tenha o mercado atual, toda empresa que ofereça produto ou serviço para se manter ativa em seu segmento necessita de informação. Simplesmente precisa-se ter noção de tudo um pouco (e de preferência em tempo real, no exato momento em que acontece), seja sobre produto, mercado, cliente, concorrência, novidades, problemas, oportunidades etc. Com base nesse cenário mercadológico, o departamento de pesquisa ganha grande destaque nas organizações, uma vez que é o responsável pela obtenção das informações. A pesquisa tem início com a necessidade de se obter uma informação É errado pensar que uma pesquisa se resume naquelas ações em que algumas pessoas uniformi- zadas, ou munidas de um crachá de identificação nos abordam nas ruas com um questionário em mãos pedindo nossa atenção por alguns minutos. Não! A técnica da pesquisa é algo muito mais extenso e, como já sabemos, importantíssima para as empresas contemporâneas. Consiste de todas as atividades que capacitam uma organização a obter a informação necessária para tomar decisões sobre seu ambiente, seu mix de marketing, comunicação e seus consumidores atuais e potenciais. É a identificação e coleta de dados que são analisados e transformados em informação de forma sistemática e objetiva que acabam contribuindo para o campo do conhecimento. Oatendimentoutilizaaferramentadepesquisaduranteaelaboraçãodobriefing,porémaagência que possui um departamento específico da área tem uma vantagem considerável em relação às concorrentes, uma vez que é abastecida com informações novas e constantes mantendo-se atualizada e fortalecendo o grau de conhecimento de todos os seus profissionais. Durante o planejamento de uma campanha de comunicação, é de extrema importância estar “antenado” com o mercado (concorrência, preço etc.) e com os consumidores (grau de satisfação, ima- gem da marca) das empresas anunciantes para que todas as tomadas de decisões possam ser coerentes e próximas da realidade. A atualização constante das pesquisas e uma análise cuidadosa das informações contidas no briefing possibilitam a identificação de dois itens fundamentais para uma campanha: o real problema e as opor- tunidades. Problemas São situações que contribuem de forma negativa para o desempenho do produto ou serviço e que podem prejudicar também o desenvolvimento da campanha. Existem problemas que podem ser 46 | Agência de publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 49. 47|Agência de publicidade solucionados rapidamente pela empresa (como embalagem, distribuição etc.), problemas que precisam de uma ação unificada de comunicação e marketing (melhoria da imagem da empresa, qualificação da marca etc.) e situações em que não se consegue o controle total e que exige uma adaptação a elas – o chamado macroambiente (ambiente político, econômico, tecnológico etc). Oportunidades São os pontos positivos, as vantagens, as características particulares de um produto ou serviço, que ainda não foram exploradas (ou foi pouco explorada) e que poderão contribuir muito para o desenvolvimento da campanha, o desempenho do produto e a identificação da empresa perante seu público. Tipos e métodos de pesquisa A pesquisa é um componente cada vez mais importante de uma campanha de comunicação, seja nas etapas iniciais, nos estágios de revisão, ou mesmo identificando as mudanças do mercado. Quer seja na rotina ou na solução de um problema, o conhecimento desses mercados de atuação e as atitudes do consumidor são a base para o planejamento. Basicamente, a pesquisa de comunicação trabalha com dois tipos de pesquisa: a qualitativa e a quantitativa. Pesquisa qualitativa A pesquisa qualitativa é um conjunto de técnicas utilizadas em comunicação pelas quais são obtidos dados de um número relativamente pequeno de respondentes dependendo da escala com que se trabalha. Isso já é um diferencial em relação à pesquisa quantitativa, na qual um grande número de respondentes fornece os dados que são analisados estatisticamente. O questionário aplicado na técnica qualitativa possui perguntas abertas, ou seja, o entrevistado tem liberdade para se expressar, enriquecendo e “qualificando” as informações obtidas. A vantagem oferecida é a fácil identificação de impulsos afetivos, emotivos e as motivações subconscientes. As pesquisas qualitativas são exploratórias e estimulam os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. Todo o processo da pesquisa qualitativa pode ser aplicado de duas maneiras: Direta::: – o pesquisador revela abertamente os objetivos da pesquisa. Indireta::: – o verdadeiro objetivo é mantido em segredo, seja ao afirmar um objetivo falso ou omitindo qualquer referência a ele, porém ao final da pesquisa deve ser esclarecido e explicado o motivo porque houve essa ação. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 50. Pesquisa quantitativa A pesquisa de comunicação quantitativa é um método de pesquisa social que utiliza técnicas estatísticas e normalmente implica a não construção de inquéritos por questionário. Utiliza-se perguntas fechadas, ou seja, oferece opções de respostas e são aplicadas para grande quantidade de entrevistados, por isso é considerada a mais adequada para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes, pois utiliza instrumentos estruturados. Permite resultados mais concretos e, consequentemente, menos passíveis de erros de interpre- tação. Em muitos casos gera índices que podem ser comparados ao longo do tempo, permitindo traçar um histórico da informação. Aplicação da pesquisa nas diferentes fases da campanha Utilizando o método qualitativo e quantitativo, é possível obter informações em qualquer fase de construção ou execução de uma campanha de comunicação. Na fase inicial, por exemplo, quando se pretende definir os objetivos, a pesquisa será utilizada para auxiliar nas decisões sobre o que se vai dizer. A pesquisa de comunicação pode ajudar em outras circunstâncias como: definição dos objetivos de comunicação;::: definição do público-alvo;::: definição da forma da mensagem;::: definição do meio e veículo de comunicação;::: avaliação dos resultados da campanha (após a veiculação da mensagem).::: Vale ressaltar que as agências de comunicação que não possuem um departamento específico de pesquisa, assim como muitas empresas em outras áreas, podem contratar os serviços oferecidos pelos institutos de pesquisas – organizações especializadas em todos os passos do processo de pesquisa (conforme sua estrutura, é claro) e que auxiliam no suprimento de informações atualizadas a essas empresas que não dispõem de analistas, especialistas e estatísticos. Criação É a área que mais caracteriza a publicidade e os publicitários. Embora já tenhamos identificado outros departamentos onde se pode construir a publicidade e a propaganda, a criação ainda é o sinônimo dos publicitários. Essa é a fase do surgimento das ideias, as peças publicitárias, os slogans, as imagens das ilustrações, dos textos, enfim, de todas as formas de comunicação unificadas com o intuito de construir a mensagem que irá atingir o público-alvo de modo a persuadi-lo eficazmente. Esse departamento é composto, normalmente, pelo: diretor de arte, responsável pela criação das imagens, ilustrações, cores e design dos anúncios, o layout etc.; e pelo redator, que possui a função de produzir o texto dos anúncios (emotivo ou racional), os slogans etc. 48 | Agência de publicidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
  • 51. 49|Agência de publicidade Esses profissionais formam a chamada dupla de criação, uma estrutura tradicional utilizada pela maioria das agências, mas que está passando por uma transformação recente (assim como a agência inteira)e migrando para os grupos de criação, ou seja, mais de duas pessoas responsáveis pela produção das peças publicitárias. Sempre apoiadas pelo briefing, essa área conta ainda com mais um profissional, o diretor de criação, responsável direto pela supervisão e aprovação do material produzido. Modelo básico de um departamento de criação: Diretor de criação Redator Diretor de arte Departamento de criação O processo criativo – deixe a mente solta para produzir O potencial criativo é inerente ao ser humano, é produto de sua inteligência. A inteligência por sua vez é a faculdade de conhecer, aprender e compreender o mundo que nos rodeia. O conhecimento e a compreensão advêm da informação e da observação. (LUPETTI, 2003, p. 68) Walt Disney disse, certa vez, que criatividade é como ginástica: quanto mais se exercita, mais forte fica. Um determinado estímulo produz uma ideia. Um outro, ou uma combinação de estímulos pode produzir outras ideias, e assim sucessivamente. É o processo de associação de ideias. O processo criativo busca estabelecer, essencialmente, essa associação de duas ou mais impressões antigas para produzir uma ideia nova. (SANT’ANNA, 1998, p. 150) Todos nós somos criativos (mesmo aqueles que não acham isso) e essa afirmação é facilmente comprovada: se pararmos por um instante e buscarmos, em nossa memória, a história de nossas vidas, encontraremos uma conversa com amigos, ou em um almoço de família ou um outro ambiente qual- quer, uma frase ou uma ação inspirada que nos ajudou a resolver um problema. Podemos entender de uma maneira simples que a criatividade é encontrar novos caminhos que liguem elementos já conhecidos e, quanto mais elementos conhecermos, menor é o caminho que os interliga. Exemplo: quanto mais informações se absorvem sobre um determinado produto, ou serviço, mais fácil se torna o processo criativo, uma vez que identificando esses elementos que os compõem (cor, embalagem, pontos positivos, valor da marca etc.) mais fácil fica de acharmos algo que mereça destaque para ser divulgado por meio de uma imagem ou slogan. Conforme Gustavo Lourenço S. Neto (2008), James Webb Youn, um dos primeiros redatores de propaganda do mundo, em seu livro A Technique for Produeing Ideas (Técnicas para a Produção de Ideias), havia definido as várias etapas do processo criativo: preparação, incubação, ilumi- nação e elaboração. Don Fabun dividiu-as de maneira semelhante: Desejo – a pessoa deve, por qualquer razão, querer criar algo original. Isso é o que ele chama de atitude de trabalho.::: Preparação – ou acumulação de dados, visa“tornar familiar o estranho”.::: Manipulação – é uma tentativa de síntese, de juntar conceitos aparentemente não relacionados, ou“tornar estranho::: o familiar”. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br