O documento discute os conceitos básicos de cartografia, incluindo tipos de cartas e mapas, elementos de representação como planimetria, altimetria, escalas e projeções. Também explica o processo de elaboração de cartas geográficas, envolvendo planejamento, levantamentos, compilação e impressão.
1. CARTOGRAFIA GERAL
Carta, Mapa, Planta
Datum SAD69 e Sirgas
Projeção UTM
Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo - CIM
Cartografia Sistemática Brasileira
Interpretação das Cartas Topográficas
Os Três Nortes, Declinação Magnética
2. Cartografia
A Cartografia apresenta-se como o conjunto de
estudos e operações científicas, técnicas e
artísticas que, tendo por base os resultados de
observações diretas ou da análise de documentação,
se voltam para a elaboração de mapas e cartas.
3. Cartografia
Escala
relação entre as dimensões de um elemento
representado no mapa para as respectivas
dimensões no terreno
Escala Numérica
Ex.: 1: 500
maior o valor de N = menor a escala
Escala Gráfica
50 1 0 1 5 2 0 m5 m
N
E
1
=
4. Cartas e Mapas
Classificação
Geral
• Cadastral – até 1:25.000
• Topográfica – de 1:25.000 até 1:250.000
• Geográfica – 1:1.000.000 e menores
Temática
Especial
5. Cartas e Mapas
Geral
São documentos cartográficos elaborados sem um
fim específico. A finalidade é fornecer ao usuário
uma base cartográfica com possibilidades de
aplicações generalizadas, de acordo com a precisão
geométrica e tolerâncias permitidas pela escala.
Apresentam os acidentes naturais e artificiais e
servem, também, de base para os demais tipos de
cartas.
6. Cartas e Mapas
Cadastral
Representação em escala grande, geralmente planimétrica e
com maior nível de detalhamento, apresentando grande
precisão geométrica. Normalmente é utilizada para representar
cidades e regiões metropolitanas, nas quais a densidade de
edificações e arruamento é grande.
As escalas mais usuais na representação cadastral, são:
1:1.000, 1:2.000, 1:5.000, 1:10.000 e 1:15.000.
Mapa de localidade
Denominação utilizada na Base Territorial dos Censos para
identificar o conjunto de plantas em escala cadastral, que
compõe o mapeamento de uma localidade (região
metropolitana, cidade ou vila).
7. Cartas e Mapas
Topográfica
Carta elaborada a partir de levantamentos
aerofotogramétricos e geodésicos ou compilada de
outras cartas topográficas em escalas maiores. Inclui
os acidentes naturais e artificiais, em que os
elementos planimétricos (sistema viário, obras, etc) e
altimétricos (relevo através de curvas de nível,
pontos, etc) são geometricamente bem
representados.
8. Cartas e Mapas
Topográfica
1:25.000
Áreas específicas com forte densidade demográfica. Planejamento sócio-
econômico e ante-projetos de engenharia. Cobertura nacional: 1,01%..
1:50.000
Como a anterior, planejamento sócio-econômico e ante-projetos de
engenharia. Cobertura nacional: 13,9% (principalmente Sul e Sudeste).
1:100.000
Áreas com notável ocupação, priorizadas para os investimentos
governamentais. Cobertura nacional: 75,39%.
1:250.000
Subsidia o planejamento regional, auxilia na elaboração de estudos e projetos
ambientais. Cobertura nacional: 80,72%.
Mapa Municipal
Um dos principais produtos cartográficos do IBGE. Representação cartográfica
de um município. Para fins de planejamento e gestão territorial.
9. Geográfica
Carta em que os detalhes planimétricos e altimétricos são generalizados,
os quais oferecem uma precisão de acordo com a escala de publicação. A
representação planimétrica é feita através de símbolos que ampliam muito
os objetos correspondentes.
A representação altimétrica é feita através de curvas de nível, cuja
equidistância apenas dá uma idéia geral do relevo. São elaboradas na
escala 1:500.000 e menores.
Mapeamento das Unidades Territoriais: Representa, a partir do
mapeamento topográfico, o espaço territorial brasileiro através de mapas
elaborados especificamente para cada unidade territorial do país.
Produtos gerados:
Mapas do Brasil (1:2.500.000, 1:5.000.000,etc)
Mapas regionais (escalas geográficas diversas)
Mapas estaduais (escalas geográficas e topográficas diversas)
Cartas e Mapas
10. Temática
São cartas, mapas ou plantas em qualquer escala, destinadas a um
tema específico, necessária às pesquisas sócio-econômicas, de
recursos naturais e estudos ambientais. A representação temática,
distintamente da geral, exprime conhecimentos particulares para uso
geral.
Principais produtos:
- Cartogramas temáticos das áreas social, econômica, territorial, etc.
- Cartas do levantamento de recursos naturais.
- Mapas da série Brasil 1:5.000.000 (Escolar, Geomorfológico,
Vegetação, Unidades de Relevo, Unidades de Conservação
Federais).
- Atlas nacional, regional, estadual.
Cartas e Mapas
11. Especial
São cartas, mapas ou plantas para grandes grupos de
usuários muito distintos entre si, e cada um deles,
concebido para atender a uma determinada faixa técnica
ou científica.
São documentos muito específicos e sumamente técnicos
que se destinam à representação de fatos, dados ou
fenômenos típicos. Por exemplo: cartas náuticas,
aeronáuticas, para fins militares, mapa magnético,
astronômico, meteorológico e outros.
Cartas e Mapas
13. Elementos de Representação
Altimetria
Relevo
Curvas de Nível
• Principais características
• Formas topográficas
• Rede de drenagem
Eqüidistância
Cores Hipsométricas
Relevo Sombreado
Perfil Topográfico
• Escalas
• Desenho
19. Planimetria
Áreas Especiais
Parque Nacional, Estadual ou Municipal
Reservas Ecológicas e Biológicas
Estações Ecológicas
Reservas Florestais ou Reservas de Recursos
Áreas de Relevante Interesse Ecológico
Áreas de Proteção Ambiental
Áreas de Preservação Permanentes
Monumentos Naturais e Culturais
Áreas, Colônias, Reservas, Parques e Terras
Indígenas
25. Altimetria
Curvas de nível
Principais características
• Tendem a ser paralelas entre si.
• Todos os pontos de uma curva de nível se
encontram na mesma elevação
• Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si
mesma.
• As curvas de nível nunca se cruzam, podendo
se tocar em saltos d’agua ou despenhadeiros.
26. Altimetria
Curvas de Nível (cont.)
• Em regra geral, cruzam os
cursos dágua em forma de
“V” com o vértice apontando
para a nascente.
• Formam um “M” acima das
confluências fluviais.
• Em geral, formam um “U”
nas elevações, cuja base
aponta para o pé da
elevação.
27. Altimetria
Curvas de Nível
Formas Topográficas
A natureza da topografia do terreno determina as
formas das curvas de nível. Assim, estas devem
expressar com toda fidelidade o tipo do terreno a
ser representado.
As curvas de nível vão indicar se o terreno é plano,
ondulado, montanhoso ou se o mesmo é liso,
íngreme ou de declive suave.
29. Altimetria
Rede de Drenagem
A rede de drenagem controla a forma geral da
topografia do terreno e serve de base para o
traçado das curvas de nível. Deste modo,
antes de se efetuar a traçado dessas curvas,
deve-se desenhar todo o sistema de
drenagem da região, para que possa
representar as mesmas.
30. Altimetria
Rede de drenagem
Rio: Curso d’água natural.
Talvegue: Canal de maior profundidade ao longo de um
curso d’água.
Vale: Forma topográfica constituída e drenada por um curso
d’água.
Bacia Hidrográfica: Conjunto de terras drenadas por um rio
principal e seus afluentes.
Divisor de Águas: Linha que passa pelos pontos mais
elevados do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles,
dividindo as águas de um e outro curso d’água. Linha de
cumeeira que separa as bacias.
Lago: Depressão do relevo coberta de água.
31. Altimetria
Rede de Drenagem
Morro: Elevação natural do terreno com altura até 300
metros aproximadamente.
Montanha: Grande elevação natural do terreno, com altura
superior a 300 metros, constituída por uma ou mais
elevações.
Serra: Cadeia de montanhas. Muitas vezes possui um nome
geral para todo o conjunto e nomes locais para alguns
trechos.
Encosta ou Vertente: Declividade apresentada pelo morro,
montanha ou serra.
Pico: Ponto mais elevado de um morro, montanha ou serra.
32. Altimetria
Eqüidistância
Na representação cartográfica, sistematicamente, a eqúidistância
entre uma determinada curva e outra tem que ser constante.
Eqüidistância é o espaçamento, ou seja, a distância vertical entre
as curvas de nível. Essa eqüidistância varia de acordo com a escal
da carta com o relevo e com a precisão do levantamento.
Só deve haver, numa mesma escala, duas alterações quanto à
eqüidistância. A primeira é quando, numa área
predominantemente plana, por exemplo a Amazônia, precisa-se
ressaltar pequenas altitudes, que ali são de grande importância.
Estas são as curvas auxiliares. No segundo caso, quando o
detalhe é muito escarpado, deixa-se de representar uma curva ou
outra porque além de sobrecarregar a área dificulta a leitura.
34. Altimetria
Eqüidistância
A curva mestra é a 5a curva
dentro da eqüidistância
normal.
Eqüidistância não significa a
distância de uma curva em
relação à outra, e sim a
altitude entre elas, o
desnível entre as curvas.
35. Altimetria
Cores Hipsométricas
Nos mapas em escalas pequenas, além
das curvas de nível, adotam-se, para
facilitar o conhecimento geral do relevo,
faixas de determinadas altitudes em
diferentes cores, como o verde, amarelo,
laranja, sépia, rosa e branco.
Para as cores batimétricas usa-se o azul,
cujas tonalidades crescem no sentido da
profundidade.
36. Altimetria
Relevo Sombreado
O sombreado, executado diretamente em função das curvas
de nível, é uma modalidade de representação do relevo.
É executado, geralmente, à pistola e nanquim e é constituído
de sombras contínuas sobre certas vertentes dando a
impressão de saliências iluminadas e reentrâncias não
iluminadas.
Para executar-se o relevo sombreado, imagina-se uma fonte
luminosa à noroeste, fazendo um ângulo de 45o com o plano
da carta, de forma que as sombras sobre as vertentes fiquem
voltadas para sudeste.
38. Altimetria
Perfil Topográfico
É a representação cartográfica de uma seção vertical da superfície terrestre.
Escalas
Tanto a escala horizontal como a vertical serão escolhidas em função do uso
que se fará do perfil e da possibilidade de representá-lo (tamanho do papel
disponínel).
Desenho
Em um papel milimetrado traça-se uma linha básica e transfere-se com
precisão os sinais para esta linha.
Levantam-se perpendiculares no princípio e no fim dessa linha e determina-se
uma escala vertical.
Quer seguindo-se as linhas verticais do milimetrado, quer levantando-se
perpendiculares dos sinais da linha-base, marca-se a posição de cada ponto
correspondente na escala vertical. Em seguida todos os pontos serão unidos
com uma linha, evitando-se traços retos.
40. CARTA (Características):
representação plana dos aspectos naturais e artificiais da
Terra;
escala média ou grande;
desdobramento em folhas articuladas de maneira
sistemática;
destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e
localização de pontos.
Elaboração de Cartas
41. Fases do Processo Cartográfico
Planejamento
Levantamentos
Compilação
Impressão
Interpretação ou utilização
Elaboração de Cartas
42. Fase de Planejamento - definição de
procedimentos, materiais, equipamentos, simbologia
e cores empregados na fase de elaboração
Novo produto ou atualização de um produtor
existente
Definir a finalidade (o usuário)
• geral ou temático
• sistema de projeção
• escala adequada
Fase de Levantamentos dos Dados
Topográfico
Aerofotogrametria
Sensoriamento Remoto
Elaboração de Cartas
43. Fase de Compilação dos Dados
Inventário da Documentação
• Documentos Básicos (cartas náuticas, mapas
municipais, etc)
• Documentos Informativos (guias rodoviários,
cadastro de cidades e vilas)
Pasta de Informações Cartográficas (PIC)
documentação relativa às atividades e
procedimentos adotados durante as fases do
trabalho.
Produção do Original
Impressão (analógico) distribuição no formato
digital
Interpretação
Elaboração de Cartas
44. Leitura de uma Carta
interna (por meio da legenda)
externa (título, escala, coordenadas geográfica,
sistema de projeção, etc.)
Normas Técnicas da Cartografia Nacional
(Decreto N° 89.917 - 1994)
Título correspondente ao topônimo da região
Índice de Nomenclatura
Legenda com símbolos e convenções cartográficas
Escala numérica
Articulação da folha
Ano da edição (data da compilação)
Elaboração de Cartas
45. 1 - Órgão responsável e Escala
2 - Título
3 - Índice de nomenclatura
4 - Legenda
5 - Articulação e Localização da Folha na região
6 - Sistema de Projeção, datum, distância entre curvas de nível e informações adicionais
7 - Hidrografia e Vegetação
8 - Divisão Administrativa
9 - Declinação Magnética e Convergência Meridiana
1 2 3
4 5
6
7 8 9
46. Qual a Forma da Terra?
Representação Cartográfica
47. A Evolução da Representação do Universo
A façanha de medir o tamanho da terra foi realizada em
primeiro lugar por Eratóstenes, nascido em Cirene em 276
a.C, atual Líbia. Ele se dedicou a várias áreas do
conhecimento: geografia, matemática, geometria, filosofia,
poesia etc. Entre seus maiores feitos está a determinação do
raio da Terra.
Representação Cartográfica
48. Representação Cartográfica
S u p e r f í c ie d a
T e r r a
a
b
a = s e m i- e ix o m a io r
b = s e m i- e ix o m e n o r
E l ip s ó i d e d e
R e v o lu ç ã o
E l í p s e
49. Elipsóide
Figura matemática mais adequada à representação da forma
da Terra em função da simplificação dos cálculos e da boa
aproximação relativa à sua forma real.
Geóide
Figura definida como a superfície eqüipotencial do campo de
gravidade da Terra que melhor se aproxima do nível médio dos
mares, supostos homogêneos e em repouso.
Embora melhor descreva a forma física da Terra, o geóide se
caracteriza por grande complexidade em função da distribuição
irregular de massas no interior da Terra e, conseqüentemente, por
difícil representação matemática, o que leva à adoção do
elipsóide como forma matemática da Terra, devido à
simplificação decorrente de seu uso.
Representação Cartográfica
51. DATUM
Um datum caracteriza-se por uma superfície de referência posicionada em
relação a Terra.
Os mapas mais antigos do Brasil adotavam o datum planimétrico Córrego
Alegre, que utiliza o elipsóide de Hayford. Mais recentemente passou a ser
utilizado como referência o datum SAD-69 que utiliza o elipsóide de
referência 1967.
Existe também o datum vertical ou altimétrico, que se refere à superfície de
referência usada para definir as altitudes de pontos da superfície terrestre.
Na prática a determinação do datum vertical envolve um marégrafo ou uma
rede de marégrafos para a medição do nível médio dos mares. No Brasil o
ponto de referência para o datum vertical é o marégrafo de Imbituba, em Santa
Catarina.
Representação Cartográfica
52. DATUM
"Datum", em cartografia refere-se ao modelo matemático teórico
da representação da superfície da Terra ao nível do mar utilizado
pelos cartógrafos numa dada carta ou mapa.
Dado existirem vários datum em utilização simultânea, na
legenda das cartas está indicado qual o datum utilizado. De uma
forma muito simplificada, datum providencia o ponto de
referência a partir do qual a representação gráfica dos paralelos e
meridianos, e consequentemente do todo o resto que for
desenhado na carta, está relacionado e é proporcionado.
Tipo de DATUM: SAD69; AstroChua; Corrego Alegre; Indian;
NAD27; NAD83; Spherical; WGS84 e SIRGAS 2000.
Representação Cartográfica
53. ⇒ O sistemas geodésicos buscam uma melhor
correlação entre geóide e elipsóide
Datum planimétrico - referência para os levantamentos
• constituído pelos seguintes parâmetros:
– semi-eixo maior
– semi-eixo menor (achatamento)
– componentes de um vetor de translação (x,y,z)
Datum Altimétrico - origem das altitudes
• determinado pelo nível médio dos mares
Sistema Geodésico
54. A) Córrego Alegre
Datum Planimétrico - Córrego Alegre
Elipsóide Internacional de Rayford
B) SAD-69
Datum Planimétrico - Chuá (Minas Gerais)
Elipsóide UGGI67 (União Geodésica e Geofísica Internacional de
1967)
C) SIRGAS 2000 (resolução 25/02/2005)
Datum Planimétrico - Chuá (Minas Gerais)
Elipsóide UGGI67 (União Geodésica e Geofísica Internacional de
1967)
Sistemas Geodésicos no Brasil
57. DECRETO Nº 89.817, DE 20 DE JUNHO DE 1984.
Estabelece as Instruções Reguladoras das Normas
Técnicas da Cartografia Nacional.
Sistema Geodésico Brasileiro
60. ANEXO DA Resolução 01/2005
“.....
A definição do sistema geodésico de referência acompanha, em cada fase da história, o estado da arte
dos métodos e técnicas então disponíveis. Com o advento dos sistemas globais de navegação (i.e.
posicionamento) por satélites (GNSS – Global Navigation Satellite Systems), tornou-se mandatória a
adoção de um novo sistema de referência, geocêntrico, compatível com a precisão dos métodos de
posicionamento correspondentes e também com os sistemas adotados no restante do globo terrestre.
Com esta finalidade, fica estabelecido como novo sistema de referência geodésico para o SGB e
para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN) o Sistema de Referência Geocêntrico para as
Américas (SIRGAS), em sua realização do ano de 2000 (SIRGAS2000). Para o SGB, o
SIRGAS2000 poderá ser utilizado em concomitância com o sistema SAD 69. Para o Sistema
Cartográfico Nacional (SCN), o SIRGAS2000 também poderá ser utilizado em concomitância com
os sistemas SAD 69 e Córrego Alegre, conforme os parâmetros definidos nesta Resolução. A
coexistência entre estes sistemas tem por finalidade oferecer à sociedade um período de transição
antes da adoção do SIRGAS2000 em caráter exclusivo. Neste período de transição, não superior a
dez anos, os usuários deverão adequar e ajustar suas bases de dados, métodos e procedimentos ao
novo sistema......”
Sistema Geodésico Brasileiro
62. permitir a localização precisa de qualquer ponto sobre sua
superfície, bem como orientar a confecção de cartas.
⇒Sistema de Coordenadas Geográficas
formada por paralelos e meridianos (linhas de
referência) que cobrem o globo terrestre.
Coordenadas : latitude (φ) e longitude (λ)
Sistemas de Coordenadas
63. ⇒ SISTEMA DE COORDENADAS GEOCÊNTRICO
• Sistema Cartesiano tridimensional com origem no centro da Terra
• Coordenadas (X, Y , Z)
• Sistema importante para a transformação entre coordenadas e datum
Sistemas de Coordenadas
64. ⇒ SISTEMA DE COORDENADAS PLANAS
Trata-se de um sistema simples, de relação direta com o sistema de
coordenadas cartesianas, que substitui o uso de um par de
coordenadas (x,y) por uma direção e uma distância para posicionar
cada ponto no plano de coordenadas.
Sistemas de Coordenadas
65. ⇒ SISTEMA DE COORDENADAS DE IMAGENS
Possui origem no canto superior esquerdo da imagem e eixo
orientados na direção das colunas e linhas
• Valores inteiros de colunas e linhas e dependem da resolução
espacial da imagem
Sistemas de Coordenadas
67. Quais as formas para a representação cartográfica da Terra?
Globos geográficos
Modo mais fiel para representação
Cartas
Representação plana da superfície - apresenta
distorções
Não existe uma carta perfeita
Projeção Cartográfica
Consiste em um traçado sistemático de linhas em uma
superfície plana, destinado à representação de latitude
e longitude.
Portanto é a base para construção de cartas.
Representação Cartográfica
68. Projeção Cartográfica
A confecção de um mapa normalmente começa a partir da
redução da superfície Terra para a superfície de projeção, como é
o caso de um globo.
A transformação de uma superfície esférica em uma superfície
plana, recebe a denominação de projeção cartográfica.
Na cartografia digital podemos representar a superfície terrestre na escala 1/1,
ou seja, as dimensões reais.
69. Princípios das Projeções Cartográficas
Superfície para a projeção da rede geográfica:
⇒ Plana
⇒ Cilíndrica
⇒ Cônica
⇒Projeção dos paralelos e meridianos
na parte interna do cilindro e do cone
⇒ Figura plana (desenvolvida)
Superfície de Projeção
Projeção Cartográfica
70. A) Propriedades geométricas conservadas:
Conforme (ortomóficas ou isogonais) => conserva ângulos
Equivalentes (ou isométricas) => conserva área
Eqüidistantes => conserva a distância em certas direções
Classificação das Projeções:
Nas representações de pequenas extensões de terras as
deformações devido a curvatura terrestre podem ser
negligenciadas, e neste caso temos as Representações
Topográficas ou Plantas Topográficas, podendo então extrair
informações a respeito das grandezas geométricas Distâncias,
Áreas e Ângulos sem deformações.
Projeção Cartográfica
71. A) Propriedades geométricas conservadas:
Conforme (ortomóficas ou isogonais) => conserva ângulos
Equivalentes (ou isométricas) => conserva área
Eqüidistantes => conserva a distância em certas direções
B) Quanto ao método de construção
Geométricas => princípio de projeção geométrica
Analíticas => projeções são construídas através de leis
matemáticas
Classificação das Projeções:
Projeção Cartográfica
72. C) Quanto à posição da superfície de projeção
Superfície plana
Superfície Cônica
Superfície Cilíndrica
P N P N P N
P o la r E q u a to r ia l O b líq u a
P N P N
T r a n s v e r s a l O b líq u a
P N
N o r m a l
P N
O b líq u aT r a n s v e r s a l
P N
D ir e ta
P N
Projeção Cartográfica
73. D) Quanto ao tipo de contato coma superfície de
projeção
− Tangente
• plano ⇒ representa um ponto
• cilindro e cone ⇒ representa uma linha
− Secante
• plano ⇒ representa uma linha
• cilindro e cone ⇒
representa duas linhas
74. Diferentes
Caminhos que
pode seguir para
confeccionar uma
carta.
Superfície Terrestre
Superfície de
Referência
Superfície de
Projeção
Plano
Projeção Cartográfica
82. PROJEÇÃO UTM
Universal Transversa de Mercator
ORIGEM: Século 18, mas só foi utilizada praticamente após a 1ª Guerra
Mundial pelo Exército Americano.
Universal: é devido à utilização do elipsóide de Hayford (1924), que era
conhecido como elipsóide Universal, como modelo matemático de
representação do globo terrestre.
Transversa: é o nome dado a posição ortogonal do eixo do cilindro em
relação ao eixo menor do elipsóide.
Mercator: (1512-1594), holandês, considerado pai da cartografia. Foi o
idealizador da projeção que apresenta os paralelos como retas
horizontais e os meridianos como retas verticais.
83. CARACTERÍSTICA DA PROJEÇÃO UTM
Como o globo terrestre pode ser aproximado a uma circunferência (360°),
uma divisão em sessenta fusos verticais faz com que cada fuso tenha 6° de
largura em longitude.
84.
85. Tem por objetivo minimizar e controlar as distorções a um
nível tolerável, representando o globo num sistema
ortogonal (importante para levantamentos topográficos e
demais trabalhos).
• É a que mais se emprega em mapeamento, trabalhos
científicos, planejamento, projetos básicos de engenharia,
etc.
PROJEÇÃO UTM
87. O sistema prevê a adoção de 60 cilindros transversos, que são
rotacionados de maneira que cada um cubra um fuso de 6º de
longitude, a partir do Antimeridiano de Greenwich.
PROJEÇÃO UTM
88.
89. O Quadriculado UTM é
diferente das
transformadas dos
meridianos e paralelos;
As coordenadas são
limitadas a 80º N e 84º
S; Coordenadas UTM
são representadas sem
o milhar.
PROJEÇÃO UTM
90. Além da divisão em fusos (numerados de 1 a 60) com 6º de
longitude, a projeção UTM pode ser dividida em zonas de 8º de
latitude, sendo identificadas de sul para norte pelas letras do
alfabeto (A até Z).
PROJEÇÃO UTM
No caso do Brasil, o
seu território é
coberto
pelas regiões UTM
que vão do fuso 18 até
o 25 e das zonas H até
o N.
94. Os fusos UTM recebem um número como denominação
contado a partir do anti-meridiano 180°(meridiano oposto
ao Meridiano de Greenwich). O primeiro fuso recebe o
número 1 e assim consecutivamente no sentido leste até o
fuso 60.
CARACTERÍSTICAS DA PROJEÇÃO UTM
95. No sentido Norte-Sul, a divisão é feita em segmentos de 8°. A nomenclatura é usada somente
entre os paralelos 84° N e 80° S, começando a 80° S, com a letra C até a letra X. As letras I e O
são omitidas porque podem ser confundidos com números. A distorção nos pólos é muito
grande na projeção UTM.
CARACTERÍSTICAS DA PROJEÇÃO UTM
96. A cada fuso é associado um sistema
cartesiano métrico de referência, atribuindo
à origem do sistema as coordenadas
500.000 m, para contagem de coordenadas
perpendiculares ao Equador
(coordenada X), e 10.000.000 m ou 0 m,
para contagem de coordenadas
perpendiculares ao meridiano
central, para os hemisférios Sul e Norte
respectivamente (coordenada Y). Isto
elimina a possibilidade
de ocorrência de valores negativos de
coordenadas.
100. NORTE GEOGRÁFICO, NORTE MAGNÉTICO E NORTE DE QUADRÍCULA
O sistema de coordenadas geodésicas ou o UTM permite o posicionamento
de qualquer ponto sobre a superfície da Terra, no entanto é comum se desejar
posicionamento relativo de direção nos casos de navegação. Assim,
ficam definidos três vetores associados a cada ponto:
101. Norte Geográfico (NG) ou Norte Verdadeiro (NV), é aquele indicado por
qualquer meridiano geográfico, ou seja, na direção do eixo de rotação do
planeta.
Norte Magnético (NM) – apresenta a direção do polo norte magnético,
aquela indicada pela agulha imantada de uma bússola.
O Norte de Quadrícula (NQ) é aquele representado nas cartas topográficas
seguindo-se, no sentido sul-norte, a direção das quadrículas apresentadas pelas
mesmas.
102. OBS.: Devido à significativa variação da ordem de minutos de arco anualmente
deste pólo ao longo dos anos, torna-se necessária a correção do valor constantes
da carta/mapa para a data do posicionamento desejado.
O ângulo formado pelos Nortes Geográfico e Magnético, expresso em graus,
denomina-se de Declinação Magnética.
A Declinação Magnética possui grandes variações em diferentes partes do
globo terrestre, em função, entre outros fenômenos, da posição relativa entre os
polos geográficos e magnético.
NORTE GEOGRÁFICO, NORTE MAGNÉTICO E NORTE DE QUADRÍCULA
E DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
103. DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
As cartas topográficas devem apresentar a variação anual deste
ângulo em suas margens a fim de que se possa saber, no caso de
uso de uma bússola, a real direção a ser seguida.
104. CÁLCULO DA DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
Na figura ao lado, a declinação
magnética é igual a: 13° 11’.
Conforme consta na carta, a
declinação magnética em 1989,
cresce 7,7’ ao ano. Para o ano de
2000, teríamos uma variação de 7,7’
x 11 anos, ou seja 84,7’ ou 1° 24,7’.
Para o ano de 2009 qual declinação magnética teríamos,
levando em consideração esta mesma carta?
7,7’ x 20 anos = 154’ ou 2° 34’ somando-se aos graus da carta
temos:
105. A CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA BRASILEIRA
CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO
MILIONÉSIMO - CIM
Fornece subsídios para a execução de estudos e análises de aspectos gerais e
estratégicos, no nível continental. Sua abrangência é nacional, contemplando
um conjunto de 46 cartas.
É uma representação de toda a superfície terrestre, na projeção cônica
conforme de LAMBERT (com 2 paralelos padrão) na escala de 1:1.000.000.
106. CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO
MILIONÉSIMO - CIM
Índice de Nomenclatura
A distribuição geográfica das folhas ao
Milionésimo foi obtida com a divisão do
planeta (representado aqui por um modelo
esférico) em 60 fusos de amplitude 6º,
numerados a partir do fuso 180º W - 174º
W no sentido Oeste-Leste.
Cada um destes fusos por sua vez estão
divididos a partir da linha do Equador em
21 zonas de 4º de amplitude para o Norte e
com o mesmo número para o Sul.
107. CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO
MILIONÉSIMO - CIM
A divisão em fusos aqui apresentada é a mesma adotada nas especificações do
sistema UTM. Na verdade, o estabelecimento daquelas especificações é
pautado nas características da CIM.
Cada uma das folhas ao Milionésimo pode ser acessada por um conjunto de
três caracteres:
1º) letra N ou S - indica se a folha está localizada ao Norte ou a Sul do
Equador.
2º) letras A até U - cada uma destas letras se associa a um intervalo de 4º
de latitude se desenvolvendo a Norte e a Sul do Equador e se prestam a
indicação da latitude limite da folha (3).
3º) números de 1 a 60 - indicam o número de cada fuso que contém a
folha.
109. ÍNDICE DE NOMENCLATURA E ARTICULAÇÃO DE
FOLHAS
Este índice tem origem nas folhas ao Milionésimo, e se aplica a denominação de
todas as folhas de cartas do mapeamento sistemático (escalas de 1:1.000.000 a
1:25.000).
Para escalas maiores que 1:25.000 ainda não existem normas que
regulamentem o código de nomenclatura. O que ocorre na maioria das vezes é
que os órgãos produtores de cartas ou plantas nessas escalas adotam seu
próprio sistema de articulação de folhas, o que dificulta a interligação de
documentos produzidos por fontes diferentes.
Existem dois sistemas de articulação de folhas que foram propostos por
órgãos envolvidos com a produção de documentos cartográficos em escalas
grandes:
110. O primeiro, proposto e adotado pela Diretoria de Eletrônica e Proteção ao vôo
(e também adotado pela COCAR), se desenvolve a partir de uma folha na
escala 1:100.000 até uma folha na escala 1:500.
ÍNDICE DE NOMENCLATURA E ARTICULAÇÃO DE
FOLHAS
O segundo, elaborado pela Comissão Nacional de Região Metropolitana e
Política Urbana, tem sido adotado por vários órgãos responsáveis pela
Cartografia Regional e Urbana de seus estados. Seu desenvolvimento se dá a
partir de uma folha na escala 1:25.000 até uma folha na escala 1:1.000.
122. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKKER, M. P. R. Cartografia: Noções Básicas. Rio de Janeiro, Marinha do Brasil, 1965.
DUARTE, P.A. - Escala: fundamentos. 2a. Ed., Série Didática, Florianópolis, Ed. da UFSC, 1983.
DUARTE, P.A. Cartografia Básica. 2a. Ed., Série Didática, Florianópolis, Editora UFSC, 1988.
DUARTE, P.A. Fundamentos de Cartografia. Série Didática, Florianópolis, Editora da UFSC, 1994.
JOLY, F. A Cartografia. São Paulo, Ed. Papirus, 1990.
JORDAN - Tratado General de Topografia, Tomos 1 e 2, Editora Gustavo Gili S/A, Barcelona, 1957.
LIBAULT, A. - Histoire de la Cartographie, Paris.
LIBAULT, A. - Geocartografia. Companhia Editora Nacional e Editora da USP, São Paulo, 1975. 388 p.
OLIVEIRA, C. - Curso de Cartografia Moderna. Rio de Janeiro, FIBGE, 1988.
OLIVEIRA, C. - Dicionário Cartográfico. 2a. Ed., Rio de Janeiro, FIBGE, 1983.
RAIZ, E. - Cartografia Geral - Editora Científica, Rio de Janeiro, 1969, 414 p.
ROBINSON, A.H.; SALE, R.D. - Elements of Cartography, Wiley, International Edition, New York, London,
1960, 108 p
SOUKUP, J. Ensaios Cartográficos. São Paulo, 1966.
TEIXEIRA, A.L.A. & GERARDI, L.H.O. Cartografia Assistida por Computador. Orientação. São Paulo,
(7):57-69, 1986.