SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
Resultado da pesquisa sobre especificação de requisito tradicional versus ágil
Robson Freitas
robson.freitas@outlook.com
www.linkedin.com/in/robsonlsfreitas
Skype: robsonfreitas.com.br
Prezados,
Conforme prometido, segue o resultado da pesquisa.
A pesquisa foi feita em um questionário semiestruturado com 16 perguntas (vide
APENDICE I) elaborado na ferramenta Survio (www.survio.com.br) e foi distribuído nas redes
sociais (Linkedin, Facebook, Twitrer e blogs) por meio do endereço eletrônico
(https://www.survio.com/survey/d/tradicional-x-agil) para profissionais com experiência com
os dois tipos de requisitos.
A coleta dos dados foi feita na própria ferramenta Survio, que disponibiliza de forma
automática os resultados, depois tabelados em excel e construídos os gráficos com os
indicadores. A pesquisa deve duração de 14 dias, entre 28/07/2016 e 10/08/2016, com 62
amostras válidas respondidas em quase todas as regiões do Brasil.
Perfil dos Pesquisados
Foi estabelecido cinco perguntas referente ao perfil do entrevistado para obtenção do
nível de conhecimento e experiência. Para isso, identificamos as seguintes características: sexo,
grau de escolaridade, tempo de experiência, faixa etária e região onde trabalha.
Dos 62 entrevistados 85,48% são do sexo masculino e 14,52% do sexo feminino
conforme apresentado no gráfico 1.
Gráfico 1. Percentual do sexo dos pesquisados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Com relação ao grau de escolaridade, 50% são pós-graduados e 16,13% mestres,
conforme mostra o gráfico 2. Podemos perceber que entre os pesquisados 72,58% possuem no
mínimo, pós-graduação, ou seja, o grau de conhecimento é bastante elevado.
Gráfico 2. Grau de escolaridade dos pesquisados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Dos participantes, 59,68% têm mais de 10 anos de experiência e 20,97% entre 7 e 10
anos, conforme gráfico 3. Portanto, 80,65% possuem no mínimo 7 anos de experiência sendo
22 desenvolvedores de software e 28 exercendo outras funções; esse indicador demonstra o alto
índice de qualidade com relação as respostas obtidas. O gráfico 4 compara o tempo de
experiência entre a função do desenvolvedor e outras funções.
Gráfico 3. Tempo de experiência dos pesquisados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Gráfico 4. Tempo de experiência entre desenvolvedor e outras funções.
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Com relação a faixa etária, 58,06% têm entre 31 e 40 anos de idade e 22,58% acima de
50 anos conforme o gráfico 5, isso demonstra um nível alto de maturidade das amostras
pesquisadas. Referente as regiões do Brasil, 43,55% trabalham na região Sudeste, 25,81% na
região Sul e 24,19% na região nordeste como mostra o gráfico 6.
Gráfico 5. Faixa etária dos pesquisados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Gráfico 6. Região de trabalho dos pesquisados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Análise Qualitativa
Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Com
relação ao requisito, como você classifica a quantidade de ocorrência dos itens abaixo? As
variáveis analisadas foram: requisito desnecessário, requisito limitado, requisito conflitante
com outro requisito, requisito não funcional, interpretação imprecisa do requisito e estimativas
próximas da precisão.
Com relação a variável requisito desnecessário, combinamos duas categorias e
coletamos a seguintes situações: entre “nunca” e “raramente”, o resultado foi de 17,8% para
tradicional e 59,7% para ágil; já as categorias “as vezes” e “muitas vezes”, foi de 77,42% para
tradicional e 40,32% para ágil, conforme verificado no gráfico 7. Podemos entender que o ágil
produz menos requisitos desnecessários.
Gráfico 7. Requisito desnecessário.
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Para a variável requisito limitado encontramos um certo equilíbrio nas categorias e não
achamos relevantes as diferenças apresentadas no resultado do gráfico 8.
Gráfico 8. Requisito Limitado
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Com relação a variável requisito conflitante com outro requisito, verificamos uma
diferença considerável, pois 20,97% julgaram a categoria “raramente” para requisito tradicional
e 41,94% “raramente” para ágil. Já a categoria “muitas vezes”, obteve 41,94% para tradicional
e 17,74% para ágil, gráfico 9. Entendemos que o ágil produz um menor índice de requisitos
conflitantes frente ao tradicional.
Gráfico 9. Requisito Conflitante com outro Requisito
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Já a variável requisito não funcional, 37,10% julgaram a categoria “muitas vezes” para
tradicional e 17,74% para ágil, conforme gráfico 10. Esse indicador estabelece que o tradicional
é bem mais elaborado nessa variável.
Gráfico 10. Requisito não funcional
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Com relação a interpretação imprecisa do requisito, chegamos à conclusão que o ágil
oferece um suporte melhor, mesmo recebendo 37,10% para a categoria “as vezes”, recebeu
também 32,26% para “raramente”. Já o tradicional ficou com 46,77% para “muitas vezes”. O
gráfico 11 demonstra o resultado dessas categorias.
Gráfico 11. Interpretação Imprecisa do Requisito
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Para a variável estimativas próximas da precisão, verificamos uma diferença
considerável, pois 33,87% consideraram a categoria “raramente” para tradicional e 12,90%
“raramente” para ágil. Para a categoria “muitas vezes”, 27,42% tradicional e 51,61% para ágil,
conforme gráfico 12. Entendemos que as estimativas do requisito ágil são mais confiantes
perante a tradicional.
Gráfico 12. Estimativas Próximas da Precisão
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Como você
avalia a interação com o cliente quando o requisito é utilizado? As variáveis analisadas foram:
retorno do cliente sobre requisitos equivocados, comunicação com o cliente, negociação do
requisito com o cliente e requisito alinhado com os objetivos do cliente.
Para a variável retorno do cliente sobre requisitos equivocados, combinamos as
categorias “razoável” e “muita” sendo que 45,16% julgaram para tradicional e 70,97% para
ágil, conforme gráfico 13. Ficou claramente evidenciado que o ágil estabelece um retorno maior
do cliente sobre requisitos equivocados.
Gráfico 13. Retorno do Cliente sobre Requisitos Equivocados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Com relação a variável comunicação com o cliente, ficou visivelmente evidenciado no
gráfico 14 que o requisito ágil estabelece uma força muito discrepante frente ao tradicional,
uma vez que 61,29% julgaram a categoria “muita” para o ágil, enquanto o tradicional ficou com
11,29%.
Gráfico 14. Comunicação com o Cliente
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
A variável negociação do requisito com o cliente, combinamos duas categorias e
coletamos a seguintes situações: entre “muito pouca” e “pouca”, o resultado foi de 45,16% para
tradicional e 9,68% para ágil; já a categoria “muita”, foi de 20,97% para tradicional e 53,23%
para ágil, conforme verificado no gráfico 15. Esses indicadores estabelecem que essa variável
é muito pobre com relação ao requisito tradicional e muito rica no ágil.
Gráfico 15. Negociação do Requisito com o Cliente
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
A análise da variável: requisito alinhado com os objetivos do cliente, foi observado
indicadores interessantes para as categorias “razoável” e “muita”, enquanto a primeira teve
performance melhor para o tradicional a segunda teve para o ágil, como mostra o gráfico 16.
Combinando as duas categorias, ficamos com 72,58% para tradicional e 85,48% para ágil.
Apesar de um pequeno desempenho para o ágil, resolvemos considerar um equilíbrio da
variável.
Gráfico 16. Requisito alinhado com o Objetivo do Cliente
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: De acordo
com sua experiência em requisito, qual grau de intensidade ele proporciona aos itens abaixo?
As variáveis analisadas foram: requisito testável, requisitos padronizados, suporte a
documentação e requisitos que auxiliam a atingir tecnicamente a implementação.
Já a variável requisito testável, concluímos que o ágil estabelece uma diferença
considerável frente ao tradicional, uma vez que combinamos as categorias “bom” e “excelente”
e 48,38% ficou com o tradicional e 79,96% para ágil, de acordo com o gráfico 17.
Gráfico 17. Requisito Testável
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Para a variável requisitos padronizados, observamos que na categoria “fraco” e
“excelente” o ágil foi superior, já na categoria “razoável” e “bom” o tradicional foi superior.
Combinando as categorias “fraca” com a “razoável” e as categorias “bom” com a “excelente”
obtivemos um equilíbrio, uma vez que a primeira combinação estabeleceu 45,16% para
tradicional e 48,38% para ágil e a segunda combinação, 54,83% para tradicional e 50% para
ágil, de acordo com o gráfico 18.
Gráfico 18. Requisitos Padronizados
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Para a variável suporte a documentação, foi verificado que a categoria “fraco”
estabeleceu 9,68% para o tradicional e 29,03% para o ágil. Já a combinação das categorias
“bom” com a categoria “excelente” estabeleceu 62,91% para a tradicional e 41,94% para ágil,
conforme gráfico 19. Logo, o requisito tradicional estabelece melhor suporte para a
documentação.
Gráfico 19. Suporte a Documentação
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Já a variável requisitos que auxiliam a atingir tecnicamente a implementação, o ágil foi
um pouco superior que o tradicional. Combinamos as categorias “bom” com a categoria
“excelente” e 40,32% ficou para tradicional e 62,91% para ágil, de acordo com o gráfico 20.
Gráfico 20. Requisitos que Auxiliam a Atingir Tecnicamente a Implementação
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Como você
avalia o auxílio do requisito dos itens abaixo? As variáveis analisadas foram: colaboração e
participação dos envolvidos, produtividade do desenvolvimento e entendimento do negócio.
Com relação a variável colaboração e participação dos envolvidos, combinamos dois
pares de categorias e coletamos os seguintes indicadores: entre “ruim” e “regular”, o resultado
foi de 67,75% para tradicional e 12,9% para ágil; já a combinação das categorias “bom” e
“muito bom”, foi de 30,64% para tradicional e 87,10% para ágil, conforme verificado no gráfico
21. Com isso, o ágil oferece melhor colaboração frente ao tradicional.
Gráfico 21. Colaboração e Participação dos Envolvidos
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Para a variável produtividade do desenvolvimento, ficou claro que o ágil oferece
desempenho muito superior perante o tradicional, visto que a combinação das variáveis “bom”
e “muito bom” determinou 29,03% para tradicional e 83,87% para ágil, conforme gráfico 22.
Gráfico 22. Produtividade do Desenvolvimento
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Para a variável entendimento do negócio, ficou claro que o ágil oferece um desempenho
melhor perante o tradicional, visto que a combinação das variáveis “bom” e “muito bom”
determinou 48,38% para a tradicional e 74,19% para a ágil, de acordo com o gráfico 23.
Gráfico 23. Entendimento do Negócio
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Qual grau
de satisfação com os requisitos trabalhados? De acordo com o gráfico 24, ficou claro que o ágil
oferece uma satisfação melhor perante o tradicional, visto que a combinação das variáveis
“satisfeito” e “muito satisfeito” determinou 48,39% para a tradicional e 75,81% para a ágil.
Gráfico 24. Grau de Satisfação
Fonte: Dados do pesquisador. 2016
Conclusão
A especificação de requisito constitui o suporte para construção do software, que pode
ser desenvolvido com especificação tradicional ou ágil. Desenvolver um sistema sem um
entendimento completo dos requisitos provavelmente não vai atender todas as necessidades dos
usuários. O estudo foi voltado para estabelecer qual das especificações dá um suporte melhor
para o desenvolvimento eficaz do software.
A comparação das variáveis entre o requisito ágil e o tradicional indicaram que o
requisito ágil produz menos requisitos desnecessários, gera índice de requisitos conflitantes
menores, oferece melhor suporte a interpretação imprecisa do requisito, as estimativas são mais
confiantes, determina um retorno maior do cliente sobre requisitos equivocados, concede
melhor colaboração e participação dos envolvidos, produz melhor sustentação nos testes e
oferece desempenho superior no entendimento do negócio. Já o requisito tradicional oferece
melhor suporte ao requisito não funcional e sustentação soberana a documentação.
O estudo permitiu verificar a total hegemonia do ágil com relação as variáveis de
produtividade do desenvolvimento, comunicação e negociação com o cliente, além de
demonstrar que os profissionais pesquisados estão mais satisfeitos trabalhando com o requisito
ágil.
Após essas análises identificamos que o requisito ágil fornece um melhor alicerce para
o desenvolvimento eficaz do software frente ao requisito tradicional.
A pesquisa foi direcionada apenas aos requisitos, não levamos em consideração o tipo
de projeto, cultura da empresa e a equipe de trabalho em que eles estariam inseridos. Essa
associação pode ser considerada como referência para um trabalho futuro.
APENDICE I - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE REQUISITO TRADICIONAL X
ÁGIL
Resultado da pesquisa sobre especificação de requisito tradicional versus ágil
Resultado da pesquisa sobre especificação de requisito tradicional versus ágil

Mais conteúdo relacionado

Resultado da pesquisa sobre especificação de requisito tradicional versus ágil

  • 1. Resultado da pesquisa sobre especificação de requisito tradicional versus ágil Robson Freitas robson.freitas@outlook.com www.linkedin.com/in/robsonlsfreitas Skype: robsonfreitas.com.br Prezados, Conforme prometido, segue o resultado da pesquisa. A pesquisa foi feita em um questionário semiestruturado com 16 perguntas (vide APENDICE I) elaborado na ferramenta Survio (www.survio.com.br) e foi distribuído nas redes sociais (Linkedin, Facebook, Twitrer e blogs) por meio do endereço eletrônico (https://www.survio.com/survey/d/tradicional-x-agil) para profissionais com experiência com os dois tipos de requisitos. A coleta dos dados foi feita na própria ferramenta Survio, que disponibiliza de forma automática os resultados, depois tabelados em excel e construídos os gráficos com os indicadores. A pesquisa deve duração de 14 dias, entre 28/07/2016 e 10/08/2016, com 62 amostras válidas respondidas em quase todas as regiões do Brasil. Perfil dos Pesquisados Foi estabelecido cinco perguntas referente ao perfil do entrevistado para obtenção do nível de conhecimento e experiência. Para isso, identificamos as seguintes características: sexo, grau de escolaridade, tempo de experiência, faixa etária e região onde trabalha. Dos 62 entrevistados 85,48% são do sexo masculino e 14,52% do sexo feminino conforme apresentado no gráfico 1. Gráfico 1. Percentual do sexo dos pesquisados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Com relação ao grau de escolaridade, 50% são pós-graduados e 16,13% mestres, conforme mostra o gráfico 2. Podemos perceber que entre os pesquisados 72,58% possuem no mínimo, pós-graduação, ou seja, o grau de conhecimento é bastante elevado.
  • 2. Gráfico 2. Grau de escolaridade dos pesquisados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Dos participantes, 59,68% têm mais de 10 anos de experiência e 20,97% entre 7 e 10 anos, conforme gráfico 3. Portanto, 80,65% possuem no mínimo 7 anos de experiência sendo 22 desenvolvedores de software e 28 exercendo outras funções; esse indicador demonstra o alto índice de qualidade com relação as respostas obtidas. O gráfico 4 compara o tempo de experiência entre a função do desenvolvedor e outras funções. Gráfico 3. Tempo de experiência dos pesquisados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Gráfico 4. Tempo de experiência entre desenvolvedor e outras funções. Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Com relação a faixa etária, 58,06% têm entre 31 e 40 anos de idade e 22,58% acima de 50 anos conforme o gráfico 5, isso demonstra um nível alto de maturidade das amostras pesquisadas. Referente as regiões do Brasil, 43,55% trabalham na região Sudeste, 25,81% na região Sul e 24,19% na região nordeste como mostra o gráfico 6.
  • 3. Gráfico 5. Faixa etária dos pesquisados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Gráfico 6. Região de trabalho dos pesquisados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Análise Qualitativa Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Com relação ao requisito, como você classifica a quantidade de ocorrência dos itens abaixo? As variáveis analisadas foram: requisito desnecessário, requisito limitado, requisito conflitante com outro requisito, requisito não funcional, interpretação imprecisa do requisito e estimativas próximas da precisão. Com relação a variável requisito desnecessário, combinamos duas categorias e coletamos a seguintes situações: entre “nunca” e “raramente”, o resultado foi de 17,8% para tradicional e 59,7% para ágil; já as categorias “as vezes” e “muitas vezes”, foi de 77,42% para tradicional e 40,32% para ágil, conforme verificado no gráfico 7. Podemos entender que o ágil produz menos requisitos desnecessários. Gráfico 7. Requisito desnecessário. Fonte: Dados do pesquisador. 2016
  • 4. Para a variável requisito limitado encontramos um certo equilíbrio nas categorias e não achamos relevantes as diferenças apresentadas no resultado do gráfico 8. Gráfico 8. Requisito Limitado Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Com relação a variável requisito conflitante com outro requisito, verificamos uma diferença considerável, pois 20,97% julgaram a categoria “raramente” para requisito tradicional e 41,94% “raramente” para ágil. Já a categoria “muitas vezes”, obteve 41,94% para tradicional e 17,74% para ágil, gráfico 9. Entendemos que o ágil produz um menor índice de requisitos conflitantes frente ao tradicional. Gráfico 9. Requisito Conflitante com outro Requisito Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Já a variável requisito não funcional, 37,10% julgaram a categoria “muitas vezes” para tradicional e 17,74% para ágil, conforme gráfico 10. Esse indicador estabelece que o tradicional é bem mais elaborado nessa variável.
  • 5. Gráfico 10. Requisito não funcional Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Com relação a interpretação imprecisa do requisito, chegamos à conclusão que o ágil oferece um suporte melhor, mesmo recebendo 37,10% para a categoria “as vezes”, recebeu também 32,26% para “raramente”. Já o tradicional ficou com 46,77% para “muitas vezes”. O gráfico 11 demonstra o resultado dessas categorias. Gráfico 11. Interpretação Imprecisa do Requisito Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Para a variável estimativas próximas da precisão, verificamos uma diferença considerável, pois 33,87% consideraram a categoria “raramente” para tradicional e 12,90% “raramente” para ágil. Para a categoria “muitas vezes”, 27,42% tradicional e 51,61% para ágil, conforme gráfico 12. Entendemos que as estimativas do requisito ágil são mais confiantes perante a tradicional.
  • 6. Gráfico 12. Estimativas Próximas da Precisão Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Como você avalia a interação com o cliente quando o requisito é utilizado? As variáveis analisadas foram: retorno do cliente sobre requisitos equivocados, comunicação com o cliente, negociação do requisito com o cliente e requisito alinhado com os objetivos do cliente. Para a variável retorno do cliente sobre requisitos equivocados, combinamos as categorias “razoável” e “muita” sendo que 45,16% julgaram para tradicional e 70,97% para ágil, conforme gráfico 13. Ficou claramente evidenciado que o ágil estabelece um retorno maior do cliente sobre requisitos equivocados. Gráfico 13. Retorno do Cliente sobre Requisitos Equivocados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Com relação a variável comunicação com o cliente, ficou visivelmente evidenciado no gráfico 14 que o requisito ágil estabelece uma força muito discrepante frente ao tradicional, uma vez que 61,29% julgaram a categoria “muita” para o ágil, enquanto o tradicional ficou com 11,29%.
  • 7. Gráfico 14. Comunicação com o Cliente Fonte: Dados do pesquisador. 2016 A variável negociação do requisito com o cliente, combinamos duas categorias e coletamos a seguintes situações: entre “muito pouca” e “pouca”, o resultado foi de 45,16% para tradicional e 9,68% para ágil; já a categoria “muita”, foi de 20,97% para tradicional e 53,23% para ágil, conforme verificado no gráfico 15. Esses indicadores estabelecem que essa variável é muito pobre com relação ao requisito tradicional e muito rica no ágil. Gráfico 15. Negociação do Requisito com o Cliente Fonte: Dados do pesquisador. 2016 A análise da variável: requisito alinhado com os objetivos do cliente, foi observado indicadores interessantes para as categorias “razoável” e “muita”, enquanto a primeira teve performance melhor para o tradicional a segunda teve para o ágil, como mostra o gráfico 16. Combinando as duas categorias, ficamos com 72,58% para tradicional e 85,48% para ágil. Apesar de um pequeno desempenho para o ágil, resolvemos considerar um equilíbrio da variável.
  • 8. Gráfico 16. Requisito alinhado com o Objetivo do Cliente Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: De acordo com sua experiência em requisito, qual grau de intensidade ele proporciona aos itens abaixo? As variáveis analisadas foram: requisito testável, requisitos padronizados, suporte a documentação e requisitos que auxiliam a atingir tecnicamente a implementação. Já a variável requisito testável, concluímos que o ágil estabelece uma diferença considerável frente ao tradicional, uma vez que combinamos as categorias “bom” e “excelente” e 48,38% ficou com o tradicional e 79,96% para ágil, de acordo com o gráfico 17. Gráfico 17. Requisito Testável Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Para a variável requisitos padronizados, observamos que na categoria “fraco” e “excelente” o ágil foi superior, já na categoria “razoável” e “bom” o tradicional foi superior. Combinando as categorias “fraca” com a “razoável” e as categorias “bom” com a “excelente” obtivemos um equilíbrio, uma vez que a primeira combinação estabeleceu 45,16% para tradicional e 48,38% para ágil e a segunda combinação, 54,83% para tradicional e 50% para ágil, de acordo com o gráfico 18.
  • 9. Gráfico 18. Requisitos Padronizados Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Para a variável suporte a documentação, foi verificado que a categoria “fraco” estabeleceu 9,68% para o tradicional e 29,03% para o ágil. Já a combinação das categorias “bom” com a categoria “excelente” estabeleceu 62,91% para a tradicional e 41,94% para ágil, conforme gráfico 19. Logo, o requisito tradicional estabelece melhor suporte para a documentação. Gráfico 19. Suporte a Documentação Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Já a variável requisitos que auxiliam a atingir tecnicamente a implementação, o ágil foi um pouco superior que o tradicional. Combinamos as categorias “bom” com a categoria “excelente” e 40,32% ficou para tradicional e 62,91% para ágil, de acordo com o gráfico 20. Gráfico 20. Requisitos que Auxiliam a Atingir Tecnicamente a Implementação Fonte: Dados do pesquisador. 2016
  • 10. Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Como você avalia o auxílio do requisito dos itens abaixo? As variáveis analisadas foram: colaboração e participação dos envolvidos, produtividade do desenvolvimento e entendimento do negócio. Com relação a variável colaboração e participação dos envolvidos, combinamos dois pares de categorias e coletamos os seguintes indicadores: entre “ruim” e “regular”, o resultado foi de 67,75% para tradicional e 12,9% para ágil; já a combinação das categorias “bom” e “muito bom”, foi de 30,64% para tradicional e 87,10% para ágil, conforme verificado no gráfico 21. Com isso, o ágil oferece melhor colaboração frente ao tradicional. Gráfico 21. Colaboração e Participação dos Envolvidos Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Para a variável produtividade do desenvolvimento, ficou claro que o ágil oferece desempenho muito superior perante o tradicional, visto que a combinação das variáveis “bom” e “muito bom” determinou 29,03% para tradicional e 83,87% para ágil, conforme gráfico 22. Gráfico 22. Produtividade do Desenvolvimento Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Para a variável entendimento do negócio, ficou claro que o ágil oferece um desempenho melhor perante o tradicional, visto que a combinação das variáveis “bom” e “muito bom” determinou 48,38% para a tradicional e 74,19% para a ágil, de acordo com o gráfico 23.
  • 11. Gráfico 23. Entendimento do Negócio Fonte: Dados do pesquisador. 2016 Foi questionado tanto para requisito tradicional quanto para ágil a pergunta: Qual grau de satisfação com os requisitos trabalhados? De acordo com o gráfico 24, ficou claro que o ágil oferece uma satisfação melhor perante o tradicional, visto que a combinação das variáveis “satisfeito” e “muito satisfeito” determinou 48,39% para a tradicional e 75,81% para a ágil. Gráfico 24. Grau de Satisfação Fonte: Dados do pesquisador. 2016
  • 12. Conclusão A especificação de requisito constitui o suporte para construção do software, que pode ser desenvolvido com especificação tradicional ou ágil. Desenvolver um sistema sem um entendimento completo dos requisitos provavelmente não vai atender todas as necessidades dos usuários. O estudo foi voltado para estabelecer qual das especificações dá um suporte melhor para o desenvolvimento eficaz do software. A comparação das variáveis entre o requisito ágil e o tradicional indicaram que o requisito ágil produz menos requisitos desnecessários, gera índice de requisitos conflitantes menores, oferece melhor suporte a interpretação imprecisa do requisito, as estimativas são mais confiantes, determina um retorno maior do cliente sobre requisitos equivocados, concede melhor colaboração e participação dos envolvidos, produz melhor sustentação nos testes e oferece desempenho superior no entendimento do negócio. Já o requisito tradicional oferece melhor suporte ao requisito não funcional e sustentação soberana a documentação. O estudo permitiu verificar a total hegemonia do ágil com relação as variáveis de produtividade do desenvolvimento, comunicação e negociação com o cliente, além de demonstrar que os profissionais pesquisados estão mais satisfeitos trabalhando com o requisito ágil. Após essas análises identificamos que o requisito ágil fornece um melhor alicerce para o desenvolvimento eficaz do software frente ao requisito tradicional. A pesquisa foi direcionada apenas aos requisitos, não levamos em consideração o tipo de projeto, cultura da empresa e a equipe de trabalho em que eles estariam inseridos. Essa associação pode ser considerada como referência para um trabalho futuro.
  • 13. APENDICE I - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE REQUISITO TRADICIONAL X ÁGIL