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2. EFEITOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO 
Os efeitos da massagem serão desencadeados pelos mecanorreceptores 
presentes na pele; estes mecanorreceptores podem ser: terminações nervosas livres, 
corpúsculos 
de Paccini, corpúsculos de Meisnner, órgão tendinoso de Golgi e fuso muscular. 
(Fisioterapia em 
Movimento, 2001) 
http://www.tre-se. 
gov.br/servicos/servico_medico/saude_em_dia/efeitos_massagem/EfeitosdaMassag 
emnocorpo.pdf 
Efeitos Neurofisiológicos da Massagem Terapêutica. 
Joelson Fachini ¹; Simone Korn ². 
Artigo de conclusão de Curso Técnico de Massoterapia. 
Email: joelsonfachini@gmail.com; simonekorn@gmail.com 
Resumo 
A massagem, por sua eficácia, garantiu uma firme posição entre outras terapias 
complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência e sua evolução continuará 
enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por estudantes e profissionais. Os 
neuroreceptores respondem a diferentes estímulos: pressão mecânica intensa; estimulação 
mecânica e térmica; substâncias químicas irritantes, que liberam substâncias químicas 
pelo tecido danificado e despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo, 
iniciando potenciais de ação na fibra nervosa aferente (receptores reflexos). Um erro 
comum em relação à eficácia da massagem é presumir que o terapeuta deva aplicar 
golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam necessárias mãos poderosas e uma 
considerável força física. Neste sentido o objetivo deste levantamento bibliográfico foi de 
levantar estudos com respostas neurofisiológicas dos efeitos da massagem. 
Palavras Chave: neurofisiológico, massagem, receptores, reflexos, dor. 
__________ 
Joelson Fachini ¹: Técnico em Massoterapia – Escola Técnica Fisio Vitae (2009), 
Massoterapeuta – Escola SOS Corpo (1996), Acadêmico de Fisioterapia – Estácio de Sá 
Simone Korn ² : Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa 
Catarina (1994), Especialização em Gerontologia pela Universidade Federal de Santa 
Catarina (1996), especialização em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal 
de Santa Catarina (1997), especialização em Obesidade e Emagrecimento pela 
Universidade Gama Filho (2007), Técnico em Massoterapia – Escola Técnica Fisio Vitae 
(2009), Acadêmica de Fisioterapia-Unisul. 
Introdução 
A massagem contemporânea deve seu progresso não necessariamente aos pioneiros, mas 
a um grande número de profissionais que a utilizam em clínicas, domicílios, hospitais e 
cirurgias. Por sua eficácia, a massagem garantiu uma firme posição entre outras terapias 
complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência, sua evolução continuará 
enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por estudantes e profissionais. A 
comprovação dos efeitos emerge de diferentes fontes, sendo a mais freqüente a oferecida 
pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas próprias 
observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes.
Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é 
benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências 
ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos ou simplesmente 
mecânicos e reflexos. 
O que temos estudado é que os receptores respondem a diferentes estímulos, como: à 
pressão mecânica intensa; à estimulação mecânica e térmica; a substâncias químicas 
irritantes, bem como estimulação mecânica e térmica; onde substâncias químicas como 
histamina, bradicinina e prostaglandinas são liberadas pelo tecido danificado e 
despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo, iniciando potenciais de ação na 
fibra nervosa aferente. 
Neste sentido o objetivo deste levantamento bibliográfico foi de levantar estudos com 
respostas neurofisiológicas dos efeitos da massagem. Espera-se que esse estudo possa 
contribuir para a credibilidade da massagem como recurso terapêutico embasado em 
referências bibliográficas, proporcionando maior confiança ao profissional. 
Métodos 
Este estudo de revisão bibliográfica abordou literatura entre os anos de 1998 a 2009, 
encontrados nos acervos das Universidades Unisul, Estácio de Sá e UDESC e na Escola 
Técnica Fisio Vitae, considerando preferencialmente autores que direcionam seus estudos 
aos efeitos da massagem no organismo humano. 
Discussões e Resultados 
A terminologia moderna para a descrição das técnicas de massagem deriva das línguas 
inglesa e francesa, onde a técnica de massagem ajusta-se a um dos seguintes nomes: 
técnicas de effleurage ou deslizamento; técnicas de compressão; técnicas de massagem 
linfática; técnicas de percussão; técnicas de fricção; técnicas de vibração e agitação; 
técnicas de trabalho corporal. Um erro comum em relação à eficácia da massagem é 
presumir que o terapeuta deva aplicar golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam 
necessárias mãos poderosas e uma considerável força física. O requisito mais importante 
para uma massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo. O modo 
como às mãos são usadas é tão relevante para a técnica de massagem quanto à postura 
corporal. Qualquer tensão nas mãos do terapeuta pode refletir ansiedade, que será 
facilmente transferida para o paciente e impedirá qualquer tentativa de induzir ao 
relaxamento1. 
Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é 
benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências 
ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos ou simplesmente 
mecânicos e reflexos. Todos esses efeitos são relevantes e, na verdade, estão inter-relacionados, 
uns com os outros e com fatores emocionais subjacentes. O efeito mecânico 
refere-se às influências diretas que a massagem exerce sobre os tecidos moles que estão 
sendo manipulados. Entretanto, é difícil atribuir a uma manobra de massagem um efeito 
que seja puramente mecânico, porque até mesmo o simples contato com a pele do 
paciente estabelece uma resposta tipo reflexo neural. Uma interação 
psicogênica/energética provavelmente também ocorre entre o paciente e o terapeuta como 
resultado desse contato2. 
Contudo, para fins de classificação, precisamos apresentar algumas técnicas como 
predominantemente mecânicas, com um efeito físico direto; o alongamento e o 
relaxamento dos músculos são exemplos. A melhora no fluxo sangue e linfa, bem como o
movimento para a frente dos conteúdos intestinais, representa outra ação mecânica. O 
efeito reflexo da massagem ocorre de modo indireto. Os mecanismos neurais são 
influenciados pela intervenção e pela ação manual sobre os tecidos, e a massagem é uma 
forma de intervenção. O processo centra-se no inter-relacionamento dos sistemas 
nervosos periférico (cutâneo) e central, seus padrões reflexos e múltiplos trajetos. O 
sistema nervoso autônomo e o controle neuroendócrino também estão envolvidos. O 
efeito reflexo da massagem é, talvez, mais importante que sua ação mecânica. 
A comprovação dos efeitos emerge de diferentes fontes, sendo a mais frequente a 
oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas 
próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes. 
Dados sobre os efeitos também ficam disponíveis a partir de experimentos realizados em 
condições laboratoriais. Os resultados e as asserções provenientes das diferentes fontes 
podem diferir e, na verdade, constituem um tema de debates entusiasmados entre 
profissionais, autores e pesquisadores. As opiniões sobre os possíveis efeitos da 
massagem são inevitavelmente divergentes quando certos fatores não-mensuráveis são 
levados em consideração, como, por exemplo, a conexão entre mente, corpo e alma, ou as 
energias curativas sutis e a interação entre paciente e terapeuta3,4. 
Mecanismos neurais 
Conexões neurais com os tecidos periféricos: A conexão entre a manipulação do tecido 
mole e a função orgânica está estreitamente relacionada com o suprimento neural nos 
dermátomos e miótomos. Essas distribuições segmentais ocorrem como parte do 
desenvolvimento embrionário e representam a inervação dos tecidos periféricos pelos 
nervos da coluna. Em muitos casos, os ramos dos nervos da coluna inervam outros 
tecidos e órgãos do corpo; por exemplo, músculos, tecidos superficiais e órgãos viscerais 
com freqüência partilham nervos comuns na coluna. Como conseqüência dessa 
associação, a disfunção de um órgão pode ser refletida naqueles dermátomos e miótomos 
que partilham o mesmo nervo espinhal que o órgão em questão e a conexão manifesta-se 
e pode ser observada como alteração nos tecidos periféricos. Essas irregularidades 
também podem ocorrer como resultado de outros estressores, além da disfunção do 
órgão4. 
A relação entre os tecidos periféricos e os órgãos viscerais tem sido descrita por muitos 
médicos e autores. A patologia das vísceras é um fator primário de contribuição para 
alterações no tecido periférico - fato apontado pela primeira vez por Head (1898)5. 
Alguns anos depois, o envolvimento do miótomo e a sensibilidade à dor causada pela 
patologia foram descritos por Mackenzie (1917)5. Um exemplo comum é a tensão 
muscular e a dor abdominal associadas à apendicite, quando a inflamação do apêndice 
causa tensão na parede do músculo abdominal, junto com uma dor referida. A teoria das 
condições patológicas, e sua conexão com alterações subcutâneas, foi também 
apresentada por Elizabeth Dicke (1953)5. Foi postulado, ainda, que uma conexão de 
reflexo ou trajeto percorre a direção inversa, da periferia às estruturas centrais. 
Observaram-se também disfunções do tecido conjuntivo que causavam perturbação em 
um órgão que partilhava um nervo espinhal comum. 
Um estudo que se concentrou nos tecidos subcutâneos localizados em dermátomos 
supridos pelos mesmos nervos espinhais que o coração revelou que disfunções nesses 
tecidos periféricos levavam a sintomas no interior do coração, e as perturbações 
desapareciam quando os tecidos conjuntivos periféricos eram tratados5.
A manipulação dos tecidos moles e, em particular, a massagem no tecido conjuntivo, 
pode, portanto, induzir efeitos reflexos e benéficos aos órgãos associados. O processo 
envolve diversos efeitos reflexos, como, reduzir a atividade simpática e promover a 
vasodilatação; a circulação local e sistêmica, incluindo a dos gânglios parassimpáticos, é 
aumentada; a melhora na circulação ajuda a promover o processo de cura, reduz o 
espasmo muscular e melhora a capacidade de extensão do tecido conjuntivo; verifica-se 
também um equilíbrio geral do sistema nervoso autônomo. 
Os estressores, que agem como seus precursores, estão estreitamente ligados a tais 
estados teciduais. O corpo está sujeito a uma série de estressores que provocam respostas 
reflexas e involuntárias que envolvem os nervos sensoriais, o sistema nervoso autônomo 
e os nervos motores. Esses fatores de estresse têm intensidade e freqüência variadas: 
podem ser leves, intensos, episódicos ou crônicos. Como regra geral, são classificados em 
quatro tipos: químicos, físicos, emocionais e congênitos4. Estressores químicos: Toxinas 
resultantes de infecção aguda ou crônica; Bactérias também podem gerar substâncias 
químicas tóxicas e podem penetrar no corpo por um corte, por uma queimadura, pelo 
nariz ou pela pele; Doença visceral que gera toxinas, as quais atuam como irritantes, 
causando ou intensificando alterações somáticas nas áreas supridas pelo mesmo segmento 
da coluna; uma conexão similar pode ocorrer pelo segmento espinhal adjacente, como 
acontece na apendicite, levando à dor na região abdominal; Venenos orgânicos, como 
ácidos, açúcares, álcool e tabaco; Substâncias químicas simples, como drogas, aditivos e 
colorantes; Desequilíbrios metabólicos, como reações alérgicas e fatores endócrinos; 
esses levam a perturbações nas secreções glandulares (hormonais, digestivas, etc), que 
agem sobre o sistema nervoso autônomo; Desequilíbrio nutricional, como, por exemplo, 
privação de ácido ascórbico, que cria uma deficiência no tecido conjuntivo. Estressores 
físicos: Trauma, causado por acidente ou tensão repetida dos músculos; Exercícios 
excessivos ou inabituais; Microtrauma, provocado por tensões posturais ou ações 
repetitivas; Acidente vascular cerebral - um derrame que leva à obstrução do suprimento 
sangüíneo para as células do tecido; Edema; Temperatura excessivamente baixa ou alta, 
causada, por exemplo, por mudanças na pressão atmosférica ou diminuição da umidade 
do ar; Compressão nervosa - desalinhamentos da coluna ou compressão do nervo por 
músculos; Lesões da coluna (crônicas ou agudas) e desequilíbrios estruturais; Alterações 
artríticas; Atividade muscular deficiente: espasmos, espasticidade, contraturas; 
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Alterações no posicionamento visceral, por exemplo, visceroptose. Estressores 
emocionais: Estados de ansiedade, medo, raiva, etc. Fatores hereditários e congênitos: 
Hemofilia; Espinha bífida5. 
Os trajetos neurais envolvidos na massagem podem ser mais bem compreendidos pela 
revisão de alguns aspectos do sistema nervoso. Três tipos de neurônio formam o sistema 
nervoso, sendo: Neurônios aferentes (sensoriais); Neurônios eferentes (motores); 
Interneurônios. São encontrados apenas no snc e formam conexões entre os neurônios 
aferentes e eferentes. O sistema nervoso é dividido em duas partes: o central (snc) e o 
periférico. Todos os nervos espinhais e a maioria dos nervos cranianos contêm axônios de 
neurônios aferentes e eferentes e podem, portanto, ser classificados como pertencentes às 
divisões aferente (sensorial) ou eferente (motora) do sistema nervoso periférico. O 
aspecto eferente do sistema nervoso periférico é dividido nas partes somática e autônoma. 
O sistema nervoso somático é formado de fibras nervosas (motoneurônios), que partem 
da medula espinhal para inervar as células musculares esqueléticas. O sistema nervoso 
autônomo inerva músculos cardíacos e lisos, as glândulas e os neurônios do trato 
gastrintestinal5. 
Localizados nos terminais periféricos dos neurônios aferentes (sensoriais), temos os 
receptores cuja função é responder a alterações tanto do ambiente externo quanto do 
interno (do próprio organismo). O estímulo, ou a energia, que ativa um receptor sensorial 
pode assumir muitas formas, como tato, pressão, temperatura, luz, ondas sonoras, 
moléculas químicas etc. A maioria dos receptores responde especificamente a uma forma 
de estímulo; contudo, em potencial, todos podem ser ativados por diversas formas de 
energia se a intensidade for suficientemente alta. Os nociceptores, por exemplo, são 
estimulados por pressão, temperatura e toxinas. Alguns receptores são encontrados nos 
tecidos periféricos ou na parede externa do corpo, que envolve a pele, a fáscia superficial, 
os tendões e as articulações. Somente a pele contém de 7 a 135 receptores sensoriais por 
centímetro quadrado. Os neurônios sensoriais conduzem informações dos receptores para 
a medula espinhal, para os trajetos ascendentes dentro da coluna e, portanto, para o 
cérebro (tronco cerebral, tálamo e córtex). Uma sensação descreve a consciência de um 
estímulo; por exemplo, a pressão que está sendo aplicada aos tecidos. Além de revelar um 
estímulo direto, a sensação também pode ser compreendida ou percebida - por exemplo, a 
sensação de dor pode ser percebida como oriunda de uma infecção ou ferimento. A 
estimulação de um receptor sensorial nem sempre leva a um impulso motor que emerge 
do corno anterior da medula. Em alguns casos, a resposta é um feedback negativo, que 
inibe os impulsos motores4,5. 
Receptores cutâneos - agrupamento geral: Tipo A - Terminais nervosos livres; Tipo B 
-Axônios espessos mielinizados5. 
Classificação dos vários receptores5: 
1. Mecanoceptores da pele - sensíveis à pressão pelo toque: Tipo “a” (adaptam-se 
rapidamente ao estímulo e respondem com uma descarga de potenciais de ação; 
provocam sensações de toque, movimento, vibração e cócegas); Tipo “b” (adaptam-se 
lentamente ao estímulo e respondem com uma descarga prolongada enquanto o estímulo 
permanece; provocam sensação de pressão). 
Corpúsculos de Pacini: Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento na pele-indentação 
(pressão com o dedo) ou pressão pelo toque; sensíveis à vibração.
3. Corpúsculos de Ruffini e discos de Merkel: Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento 
na pele-indentação ou pressão pelo toque; sensíveis à pressão prolongada. 
4. Nociceptores: Sensíveis a qualquer estímulo que possa causar dano aos tecidos; 
Diferem de outros receptores porque: Emoções como o medo e a ansiedade são 
experimentadas junto com a sensação física; Um estímulo doloroso pode evocar uma 
fuga reflexa ou uma resposta de afastamento; Um estímulo doloroso pode evocar 
alterações físicas similares àquelas causadas por medo, ansiedade e agressão; essas são 
mediadas pelo sistema nervoso simpático e incluem aumento na taxa cardíaca, aumento 
na pressão arterial, maior secreção de adrenalina e maior concentração de glicose 
sangüínea. Os nociceptores estão localizados no terminal de pequenos neurônios 
aferentes isentos de mielina ou levemente mielinizados. 
5. Termoceptores - os existentes na pele são classificados de acordo com sua resposta ao 
frio e ao calor: Tipo “a” (receptores de calor: Terminais nervosos livres respondem a 
temperaturas entre 30 e 40°C e aumentam sua taxa de descarga durante o aquecimento); 
Tipo “b” (receptores de frio: Estrutura desconhecida, estimulados por temperaturas entre 
20 e 35°C e aumentam sua taxa de descarga durante o resfriamento). 
Em contrapartida aos receptores temos o reflexo, cuja resposta é involuntária a um 
estímulo que pode ser definido como uma mudança detectável no ambiente, como uma 
alteração na temperatura ou na pressão. Os reflexos também fazem parte do mecanismo 
homeostático do próprio organismo. Um trajeto ou arco do reflexo é estabelecido quando 
os receptores são estimulados. Os impulsos dos receptores percorrem os neurônios 
aferentes até o centro de integração no cérebro ou na coluna vertebral, e as informações 
do centro de integração são enviadas ao longo dos neurônios eferentes ao tecido efetor. 
Quase todas as células do corpo podem ser efetoras, porém as mais especializadas e 
facilmente afetadas são as de músculos e glândulas. 
O resultado de uma ação reflexa é a contração ou o relaxamento do tecido muscular. Nos 
casos em que as informações eferentes do centro de integração são transmitidas no 
sistema vascular, e não em uma fibra nervosa, o mensageiro é um hormônio. As 
secreções glandulares são afetadas, portanto, pela contração muscular ou pela 
estimulação hormonal. Os reflexos são modificados nos centros superiores; por exemplo, 
a tensão emocional aumenta o reflexo patelar e exacerba a tensão muscular em geral. Os 
exemplos seguintes de reflexos ilustram sua aplicação na massagem4,5: 1. O trajeto 
cutâneo-visceral ou reflexo somático: A manipulação dos tecidos cutâneos moles 
estimula os receptores sensoriais na derme e na fáscia subcutânea. Como resultado, os 
impulsos aferentes chegam ao corno posterior da medula espinhal. Aí, realizam sinapse 
com as células do corno anterior e emergem como impulsos motores, que seguem até os 
gânglios simpáticos do sistema nervoso autônomo. Os impulsos motores continuam ao 
longo das fibras pós-ganglionares e terminam no tecido-alvo, especificamente nos 
músculos involuntários do órgão ou da glândula visceral. Um dos efeitos benéficos da 
massagem é estimular essas estruturas viscerais por meio desse trajeto reflexo; 2. Reflexo 
viscerocutâneo: A estimulação dos receptores no interior de uma glândula ou órgão 
conduz a alterações nos tecidos cutâneos periféricos. A ativação dos receptores do órgão 
pode resultar, por exemplo, em pressão, inflamação ou toxinas bacterianas. As mudanças 
que ocorrem na periferia podem ser a vasoconstrição dos vasos sangüíneos superficiais, 
hiperestesia e dor; 3. O reflexo visceromotor: Um reflexo visceromotor envolve as 
contrações do tecido muscular, voluntárias ou esqueléticas. Resulta de um estímulo, em
geral doloroso, que se origina em um órgão visceral. A rigidez muscular pode, portanto, 
estar relacionada com um reflexo visceromotor, além de estar associada a fatores 
etiológicos mais diretos; 4. Reflexo abdominal: O toque mais leve na pele do abdome 
resulta em uma contração instantânea e visível da parede do músculo abdominal. Essa 
reação involuntária demonstra a sensibilidade do abdome e a necessidade de uma 
abordagem suave para a masssagem nessa região; 5. O reflexo abdominocardíaco: 
Consiste em uma alteração na freqüência cardíaca, em geral uma lentificação, resultante 
da estimulação mecânica das vísceras abdominais. Os movimentos de massagem sobre o 
abdome realizam alguma manipulação visceral e, portanto, podem também afetar o 
coração. 
O relaxamento conquistado com a massagem tem um efeito indireto sobre o sistema 
nervoso autônomo e, em particular, sobre a divisão parassimpática. O relaxamento 
profundo supostamente aumenta a estimulação parassimpática, e parece que, quanto mais 
relaxado o indivíduo torna-se durante e após a massagem, maior a estimulação. Um 
centro primário nesse circuito complexo é o hipotálamo, que controla a maior parte do 
sistema nervoso autônomo e o integra ao sistema endócrino. 
O hipotálamo faz parte do sistema límbico e responde aos impulsos recebidos de 
neurônios sensoriais viscerais e somáticos. Ele também responde a emoções internas 
como medo, ansiedade, expectativa e relaxamento. Alguns resultados de pesquisas têm 
demonstrado a conexão reflexa entre a massagem e as ramificações 
simpáticas/parassimpáticas do sistema nervoso autônomo. Já foram medidas e observadas 
algumas mudanças em resposta ao toque da massagem na freqüência cardíaca, pressão 
sangüínea arterial, temperatura cutânea periférica, freqüência respiratória, resposta 
cutânea à corrente galvânica, diâmetro das pupilas e temperatura corporal. O contato tátil 
positivo tem sido associado à estimulação do sistema imunológico. Esses são alguns 
indicadores da função autônoma; outros resultados, contudo, têm sido variados e, em 
alguns casos, contraditórios4, 7. 
Em um estudo buscou verificar os efeitos da massagem no tecido conjuntivo sobre o 
sistema nervoso autônomo, onde a massagem no tecido conjuntivo foi administrada a 
adultos de meia-idade e a idosos; as variáveis monitoradas foram a temperatura cutânea, a 
resposta galvânica da pele, a pressão sangüínea arterial média e a freqüência cardíaca. O 
estudo não mostrou alterações significativas durante ou após a massagem. Embora 
contrarie as expectativas, o resultado pode dever-se a diversos fatores. Por exemplo, os 
efeitos provavelmente são mais importantes em indivíduos com perturbações patológicas, 
e não em indivíduos sadios, como os que participaram do estudo. Qualquer tensão ou 
ansiedade, que podem ser sentidas em um ambiente controlado, também influenciam o 
resultado; nessas condições, os indivíduos podem necessitar de mais tempo para relaxar 
do que os 15 minutos das sessões realizadas no experimento. Por outro lado, uma 
resposta reflexa à manipulação do tecido cutâneo, como proposta pela teoria da 
massagem do tecido conjuntivo, teria realmente um resultado instantâneo4. 
Em outro estudo, foi descoberto que o amassamento causava um aumento imediato e 
temporário na pressão sangüínea, seguido de uma diminuição. O resultado está de acordo 
com o conceito de que a massagem provoca um aumento inicial no tônus muscular dos 
vasos sangüíneos, seguido de fadiga e relaxamento. Outras observações não 
demonstravam alteração na pressão sangüínea durante ou após tratamentos com 
massagem. Um estudo mostrou uma resposta parassimpática imediata, que era indicada
por uma diminuição na pressão sangüínea diastólica e sistólica; foram observadas 
também respostas atrasadas, algum tempo depois do tratamento, mas estas variavam de 
um para outro indivíduo. Pesquisas adicionais relataram um aumento óbvio na sudorese 
nos períodos de massagem. Uma vez que as ramificações simpáticas do sistema nervoso 
autônomo são o único suprimento para as glândulas sudoríparas, a resposta foi 
classificada como simpática. Isso, na verdade, contraria outros resultados de pesquisas e 
até mesmo as observações clínicas. 
Sob circunstâncias normais, não ocorre maior sudorese no paciente durante a massagem, 
a menos que o paciente esteja estressado. Os efeitos da estimulação sensorial no paciente 
pré-operatório foram registrados em outro estudo. Conforme relatos, o toque no paciente 
cirúrgico - com técnicas como afagos nas costas das mãos - estimula os receptores 
cutâneos, que, por sua vez, produzem uma resposta de relaxamento gerada pelo sistema 
nervoso parassimpático. 
Foi observada uma diminuição tanto na pressão sangüínea quanto na freqüência cardíaca; 
um aumento na temperatura cutânea também era evidente, mesmo em pacientes 
ventilados. Isso indica um aumento no fluxo sangüíneo periférico e, portanto, uma 
resposta parassimpática. A vasodilatação e o aumento na temperatura cutânea podem ser 
resultado da influência hormonal. Tem sido dito que a massagem influencia os mastócitos 
para liberarem uma substância similar à histamina, que age sobre o sistema nervoso 
autônomo. A histamina normalmente está presente no corpo e causa vasodilatação 
durante o dano aos tecidos. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido 
conjuntivo mostrou acentuada hiperemia e uma sensação de calor, que duravam por 6 
horas ou mais após o tratamento. Essas alterações podem ser atribuídas a um efeito 
parassimpático. Entretanto, as glândulas sudoríparas também eram estimuladas, o que 
aponta para uma resposta simpática4,5,7. 
A massagem também pode exercer alguma influência sobre alguns fatores etiológicos da 
dor. Uma reação instintiva à dor é friccionar a área atingida. A sensação de alívio e o 
torpor experimentados devem-se a um bloqueio dos impulsos dolorosos ao longo de sua 
trajetória para o cérebro. A redução da dor ou, mais apropriadamente, da percepção da 
dor, pode ser obtida pela interrupção ou modificação da transmissão de impulsos 
aferentes em um de três locais: (a) na periferia; (b) na medula espinhal; e (c) nos níveis 
superiores ou na área supra-espinhal do snc. Uma das várias maneiras que a massagem 
ajuda na redução da dor está ligada ao impacto reflexo que ela tem sobre os trajetos 
sensoriais envolvidos na transmissão da dor. A transmissão da dor começa com os 
nociceptores, ou receptores da dor. Esses órgãos sensoriais localizam-se na extremidade 
dos pequenos neurônios não-mielinizados ou levemente mielinizados. Eles são sensíveis 
a qualquer gatilho que possa causar dano aos tecidos e, conseqüentemente, estão aptos a 
responder a vários estímulos. Alguns receptores são sensíveis à pressão mecânica intensa, 
outros respondem à estimulação mecânica e térmica e outros ainda respondem a 
substâncias químicas irritantes, bem como à estimulação mecânica e térmica3,5. 
Verificamos também a ação de substâncias irritantes e substâncias químicas pró-inflamatórias 
como causadores da dor. 
O dano a uma tecido pode ser causado por um estressor, como pressão, trauma ou 
substância nociva, que ao ser danificado, o tecido libera substâncias químicas como 
serotonina, bradicinina, histamina e prostaglandinas.
A liberação de certas substâncias químicas em resposta a um dano no tecido ou à 
atividade metabólica foi uma teoria proposta para a ativação dos trajetos nociceptivos. 
Essas substâncias químicas exercem um papel importante no processo inflamatório e 
também irritam os nociceptores, despolarizando terminais nervosos do nociceptor 
próximo. Ao fazerem isso, as substâncias iniciam potenciais de ação no neurônio 
aferente. Além de responderem às substâncias químicas, os próprios nociceptores liberam 
substâncias químicas de natureza inflamatória. A substância P é um exemplo. O aumento 
no fluxo sangüíneo venoso ajuda na remoção desses agentes químicos irritantes e pró-inflamatórios 
e inibe a dor no plano periférico. A massagem é muito eficaz na melhora do 
fluxo sangüíneo venoso; portanto, assume papel significativo na redução da dor. Um 
acúmulo de edema resulta na elevação da pressão hidrostática dentro dos tecidos 
intersticiais. Se for elevada de modo significativo, a pressão pode irritar os nociceptores e 
produzir dor. A massagem ajuda a drenar a linfa excessiva das áreas edemaciadas e, à 
medida que a pressão sobre os nociceptores é reduzida, a dor t ambém é aliviada3,4,7. 
A massagem ajuda a liberar nervos comprimidos pela eliminação da tensão muscular, 
pelo alongamento dos tecidos superficiais e profundos e pelo afrouxamento das 
articulações e dos ligamentos, uma vez que a dor pode ser causada por um choque nas 
fibras nervosas, precipitado por contrações ou congestão na pele e na fáscia (superficial 
ou profunda). As fibras nervosas também podem ser confinadas por desequilíbrios 
mecânicos nas articulações e nos ligamentos associados. Músculos tensos, espásticos ou 
contraídos podem ter um efeito similar sobre as fibras nervosas; por exemplo, a pressão 
sobre o nervo ciático com freqüência é provocada pelo músculo piriforme tenso 1,8. 
Os neurônios sensoriais são classificados pelas letras A, B ou C. Outra forma de 
categorização utiliza os números romanos de I a IV, e uma terceira classificação, o 
alfabeto grego: alfa, beta, gama e delta. A recepção do toque e da vibração é transmitida 
ao longo das fibras da classe A (grupos I e II; alfa). Essas fibras têm um diâmetro amplo; 
20 μm e 5-15 μm, respectivamente. As fibras da classe B têm um diâmetro de 3 μm e são 
encontradas como nervos pré-ganglionares e autônomos. Os nociceptores transmitem 
seus impulsos ao longo das fibras da classe C (grupo IV), que têm diâmetro pequeno 
(0,5-1 μm) e são esparsamente mielinizados. Outros neurônios sensoriais que também 
transmitem impulsos dolorosos são as fibras da classe A (grupo III; delta). Neste caso, as 
fibras são mielinizadas e têm um diâmetro um pouco maior (1-7 μm) que as anteriores. 
Elas respondem a um estímulo intenso e, supostamente, transmitem sensações de um 
ferimento agudo (tal como uma picada) para a pele4,5. 
Quando se trata de bloqueio dos impulsos dolorosos, consideramos que o diâmetro da 
fibra nervosa determina a velocidade de movimentação do impulso. Conforme o diâmetro 
das fibras aumenta, a resistência ao fluxo da corrente diminui. Isso significa que, quanto 
maior o diâmetro da fibra nervosa, mais fácil e rápida será a condução dos impulsos. 
Uma vez que algumas das fibras da classe A (grupos I e II; alfa) têm grande diâmetro, 
carregam os impulsos mais rapidamente que algumas das fibras menores da classe C 
(grupo IV) e de certas fibras da classe A (grupo EU; delta). A aplicação de um leve toque 
à pele durante a massagem estimula as fibras maiores e mais rápidas da classe A (grupos 
I e II; alfa). Os impulsos que se movimentam ao longo dessas fibras chegam à coluna 
vertebral com maior rapidez e, conseqüentemente, predominam sobre os estímulos mais 
lentos. Assim, elas "bloqueiam" os impulsos dolorosos que se movimentam pelas fibras 
da classe C (grupo IV) e de outras fibras da classe A (grupo III; delta). O mecanismo de
bloqueio é encontrado na substância gelatinosa localizada na periferia do corno posterior 
da coluna. Essa substância cinzenta possui um mecanismo de portal, que controla o 
ingresso de todos os impulsos sensoriais que chegam e, em particular, daqueles oriundos 
dos nociceptores. O bloqueio fisiológico no nível do segmento espinhal é chamado de 
"mecanismo de portal da dor". Ele é obtido com muita eficiência pelo uso de métodos 
como correntes interferenciais e tens, que significa Estimulação Elétrica Nervosa 
Transcutânea. Em virtude desse mecanismo de portal da dor, os impulsos são 
modificados e impedidos de subir pela coluna até o cérebro. A dor, portanto, tem sua 
intensidade reduzida ou não é absolutamente percebida4,5. 
Precursor da teoria do mecanismo de portal da dor, James Cyriax em sua técnica de 
massagem por fricção transversal, esclareceu que a massagem sobre uma área de trauma 
ou inflamação era usada para reduzir aderências e evitar a formação de tecido cicatricial. 
Além disso, dizia-se que a técnica teria propriedades de redução da dor. A hiperemia 
traumática causada pela massagem por fricção transversal ajuda a remover a substância 
irritante P, provavelmente devido à liberação de histamina. Algumas pesquisas têm 
refutado o papel específico dos nociceptores (órgãos terminais) e da transmissão da dor 
ao longo da fibras nervosas. Já foi introduzido o conceito de intensidade, no qual a 
sensação de dor é verificada quando a intensidade de um estímulo vai além de 
determinado limiar. Um estímulo de determinada intensidade é percebido como "toque", 
enquanto o aumento ou o prolongamento da intensidade além do limiar dá início a uma 
sensação desagradável, associada com dor. 
Uma teoria também aceita é a de que ambos os elementos dos mecanismos da dor estão 
envolvidos: os nociceptores e os neurônios sensoriais e um estímulo de determinada 
intensidade e duração9. 
A massagem é, talvez, um dos métodos mais antigos para o alívio da dor. Um possível 
mecanismo pelo qual a massagem causa analgesia é a perturbação do ciclo da dor. Este 
pode ser descrito como uma contração muscular prolongada que leva a uma dor profunda 
dentro do próprio músculo. A dor, por sua vez, resulta em uma contração reflexa do 
mesmo músculo ou de músculos. Tem sido sugerido que a massagem ajuda a romper o 
ciclo da dor por seus efeitos mecânicos e reflexos e pela melhora na circulação. Relaxar e 
alongar o tecido muscular reduz a contração prolongada. Além disso, a dor é bloqueada 
pelo mecanismo de portal da dor, que cessa contrações reflexas adicionais2,3,8. 
A dor é percebida conscientemente no cérebro no plano do tálamo. Na área supra 
medular, as estruturas corticais e as estruturas do tronco cerebral estão envolvidas na 
liberação das substâncias químicas endorfinas e serotonina. Uma resposta significativa à 
massagem é a produção e circulação desses opiáceos endógenos. Esses analgésicos 
naturais são encontrados principalmente no cérebro, mas também circulam em muitas 
outras partes do corpo. Um grupo de analgésicos é o das beta-endorfinas, que são 
peptídeos opióides. Outro analgésico é a betalipotropina, que é uma forma de lipotropina; 
este hormônio produzido pela pituitária tem como função mobilizar a gordura do tecido 
adiposo. A betalipotropina contém os analgésicos endorfinas e metencefalinas; estas 
substâncias supostamente inibem ou modificam a transmissão da dor em todos os três 
locais: terminais periféricos dos nervos sensoriais, corno posterior da medula espinhal, e 
centros superiores do sistema límbico e córtex. Ao melhorar a circulação, a massagem 
pode, portanto, melhorar o transporte desses modificadores da dor. A influência da 
massagem sobre os analgésicos naturais tem sido questionada em diversos relatórios de
pesquisas. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido conjuntivo mostrou uma 
elevação moderada de beta-endorfinas plasmáticas, que alcançava o nível máximo 30 
minutos após o tratamento. Outras pesquisas observaram os efeitos da massagem no 
tecido conjuntivo na dor crônica e grave que se desenvolvia após procedimentos 
neurocirúrgicos. Este tipo de dor é chamado de dor pós-simpática, ou distrofia simpática 
reflexa. Foi descoberto que a massagem se comparava muito favoravelmente a injeções 
epidurais e à petidina. Um ensaio não revelou alterações nos níveis sangüíneos 
periféricos de beta-endorfinas e betalipotropina após o tratamento com massagem; uma 
possível explicação para isso é que o experimento foi realizado com indivíduos que não 
apresentavam dor. 
Outros projetos de pesquisa compararam os efeitos da massagem àqueles dos exercícios, 
que comprovaram aumentar os níveis sangüíneos periféricos de beta-endorfinas e 
betalipotropina4. 
Devemos considerar que fatores emocionais, como expectativa, ansiedade e medo, 
podem influenciar a percepção da dor. Quanto maior a tensão no indivíduo, mais forte é 
sua percepção da dor; inversamente, quanto mais relaxado o sujeito, menos intensa a dor 
parece ser. O estresse, portanto, pode ser considerado um fator de exacerbação da dor, 
enquanto o relaxamento, como o obtido com a massagem, pode ser fundamental para a 
redução da dor1, 2. 
Considerações Finais 
A comprovação dos efeitos da massagem emerge de diferentes fontes, sendo a mais 
freqüente a oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam 
em suas próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes. Porém, 
encontramos diversas obras literárias, cujos autores relatam respostas embasadas em 
conhecimento científico sobre os efeitos neurofisiológicos da massagem no organismo 
humano. Espera-se que estas informações possam contribuir para os profissionais afins, 
verificarem nos resultados de seus tratamentos efeitos não apenas subjetivos, mas de 
comprovação científica, considerando também que o requisito mais importante para uma 
massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo. 
Referências Bibliográficas 
1. Werner R. Guia de Patologia para Massoterapeutas. 2ªed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2005. 
2. Clay JH, Pounds DM. Massoterapia Clínica – Integrando anatomia e tratamento. São 
Paulo: Manole, 2003. 
3. Domenico G, Wood EC. Técnicas de Massagem de Beard. 4ªed. São Paulo: Manole, 
1998. 
4. Cassar MP. Manual de Massagem Terapêutica – Um guia completo de massoterapia 
para o estudante e o terapeuta. São Paulo: Manole, 2001. 
5. Cohen H. Neurociência para Fisioterapeutas. São Paulo: Manole, 2006. 
6. Braun MB. Introdução à Massoterapia. São Paulo: Manole, 2007. 
7. Andrade CK, Clifford P. Massagem, Técnicas e Resultados. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2003. 
8. Hendrickson T. Massagem para Condições Ortopédicas. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2004 
9. Cyriax JH. Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax. São Paulo: Manole, 
2001.
http://www.artigonal.com/medicina-artigos/efeitos-neurofisiologicos-da-massagem-terapeutica- 
1211608.html 
Ligação do Sistema Nervoso com a Massagem 
A massagem além de exercer efeitos 
sobre todos os sistemas do corpo, 
também atua sobre o sistema nervoso. 
Os efeitos neste caso são reflexos, e o 
efeito reflexo da massagem é o seu efeito 
mais importante para nós. 
Todas as manobras efetuadas na pele ativam o sistema nervoso periférico, que se inter-relaciona com o sistema 
nervoso central, além disso, a massagem também envolve o sistema nervoso autônomo e neuro-endócrino. 
Mecanismos Neurais 
Nosso corpo, durante as atividades diárias, fica exposto a vários fatores que exercem um determinado estress 
físico ou psíquico, e que provocam determinadas reações reflexas e involuntárias envolvendo assim o sistema 
nervoso autônomo e os nervos motores. 
Os chamados estressores são de quatro tipos: químicos, físicos, emocionais e congênitos. 
A massagem envolve alguns efeitos reflexos, como falado anteriormente, veja alguns: 
1 - Mecanismos reflexos reduzem a atividade simpática, e promovem a vasodilatação no local da massagem; 
2 - Aumento da circulação local e sistêmica, incluindo a atividade dos gânglios parassimpáticos que é 
aumentada; 
3 - Com a melhora da circulação, ajudaremos o organismo a se recuperar, reduzir o espasmo muscular e 
aumentamos tanto a amplitude articular como a elasticidade dos tecidos conjuntivos; 
4 - Iremos verificar também um equilíbrio geral de todos os sistemas do organismo, especialmente sobre o 
sistema nervoso simpático e parassimpático. 
Agora que já temos uma noção de como a massagem funciona, a nível do sistema nervoso, vejamos como atua 
sobre os neurônios que formam o sistema nervoso, que são de três tipos: 
1 - Neurônios aferentes (sensoriais): transmitem as informações coletadas nos tecidos e órgãos do corpo para o 
SNC, 
2 - Neurônios eferentes (motores): conduzem as informações do SNC para os músculos ou glândulas corporais,
que irão receber e reagir segundo o impulso enviado. Os axônios e neurônios aferentes e eferentes formam os 
nervos espinhais que parte da medula espinhal para todo o corpo, 
3 - Interneurônios: são eles que formam as conexões entre os outros neurônios. 
Na pele onde, praticamente são feitos todos os nossos trabalhos manuais, existem ainda os receptores cutâneos 
que são de vários tipos, esses receptores reagem há varias sensações, e se agrupam entre 7 a 500 por cm², 
dependendo da sua localização. 
Poderemos ainda dividi-los em dois grupos: 
Terminais Nervosos Livres 
• Não se relacionam com nenhum receptor aparente; 
• Quase não possuem cobertura da bainha de mielina; 
• São estimulados por sensações térmicas e dolorosas. 
Axônios espessos mielinizados 
• Suas terminações são bastante complexas; 
• Os mecanoreceptores, que são de dois tipos; 
• São sensíveis ao deslocamento cutâneo. 
Principais Receptores Cutâneos 
Mennel: �A pressão da massagem em direção da circulação venosa é comparável com o ato de comprimir 
qualquer tubo elástico fazendo esvaziar seu conteúdo líquido�.
Corpúsculos de Pacine 
• São mecanoreceptores sensíveis há qualquer deslocamento da pele; 
• São sensíveis também a vibrações. 
Corpúsculos de Ruffine e Discos de Merkel 
• São mecanoreceptores sensíveis há qualquer deslocamento da pele, pressão ou toque; 
• É sensível também a pressão prolongada. 
Mecanoreceptores 
da Pele 
São de dois tipos: tipo A e tipo B, ambos são sensíveis à pressão do toque: 
• Tipo A: são rapidamente adaptáveis aos estímulos externos, e podem responder com varias sensações, 
respondendo com uma descarga de potencias de ação; 
• Tipo B: adaptam-se lentamente ao estímulo e respondem longamente ao estímulo. 
Termoreceptores 
• Respondem à variação de temperatura; 
• Tipo A: receptores do calor, terminais nervosos livres, que respondem a temperaturas de 30ºC a 40ºC, 
aumentam a descarga dos potenciais de ação durante o aquecimento, 
• Tipo B: receptores de frio, sua estrutura é desconhecida, ainda, sua estimulação ocorre entre 20ºC e 35ºC, o 
potencial de ação aumenta durante o resfriamento. 
Nociceptores 
• Qualquer estímulo nocivo ao corpo os estimula a desencadear dor; 
• São diferentes dos outros receptores, pois outros estímulos externos também podem estimulá-los; 
• Medo e ansiedade podem ajudar no estimulo doloroso; 
• Localizam-se em terminais de neurônios aferentes, desprovidos de mielina; 
• Podem responder a pressão mecânica intensa e diferenças térmicas muito grandes. 
http://www.belezain.com.br/massoterapia/sist_nerv_mass.asp
Massagem Clássica 
História 
A Massagem Sueca deriva das antigas formas de massagem aplicadas na Grécia, tendo 
sido sobretudo no início do séc. XIX que esta técnica voltou às "luzes da ribalta", 
tornando-se popular na Europa através do desenvolvimento dado pelo ginasta sueco Per 
Henrik Ling que aliou os seus conhecimentos de ginástica à prática da massagem 
aprendida na China, criando assim a técnica que ficou conhecida por Massagem Sueca. A 
Massagem Sueca consiste em fazer pressão, sempre no sentido do fluxo sanguíneo, em 
diferentes pontos do corpo. Recorre-se também a técnicas de fricção para melhorar o 
retorno do sangue ao coração. Neste tipo de massagem costuma ser usual a aplicação de 
determinados óleos de massagem ou pó de talco, para reduzir a sensação de fricção.Os 
efeitos da massagem clássica podem ser divididos em: circulatórios, neuromusculares, 
metabólicos e reflexos. 
· Os Efeitos Neuromusculares: As manobras da massagem clássica apresentam 
efeitos benéficos pós-exercícios por aumentar a circulação com eliminação mais 
rápida de substâncias residuais, melhoram a nutrição das miofibrilhas e eliminam 
o líquido extracelular, possibilitando um aumento na excitabilidade e 
contabilidade. Bell defende o repouso intercalado com a massagem, ao invés do 
repouso isolado para o alívio da fadiga muscular. Segundo os pesquisadores 
Kellog e Despard, a massagem produz um aumento do músculo, tornando-o mais 
firme e elástico. Entretanto Mennel não concorda que a massagem aumenta a 
força muscular e salienta que a massagem não é substituída do exercício. A 
massagem não aumenta a força e nem o tónus muscular. A força se desenvolve 
nos músculos que estão se contraindo activamente, preferivelmente contra 
resistência. Outro efeito da massagem que gera controvérsia é a acção que este 
recurso promove na recuperação da musculatura após actividade física. Muitos 
autores acreditam na efectividade dessa modalidade terapêutica após uma 
actividade física intensa, promovendo uma recuperação muscular mais rápida, 
além da diminuição da dor. Esses estudiosos acreditam que existe poucas 
evidencias que sustentam essa tese.Contudo, alem da explicação fisiológica do 
alivio da dor via massagem, o efeito psicológico desencadeado pelo toque, além 
do efeito relaxante associado, também tem grande influencia nesse processo. 
· Os Efeitos Metabólicos: A massagem não aumenta o consumo de oxigênio e 
nem causa produção de acido láctico. Relatam que a massagem abdominal causa 
diurese. Esta diurese é acompanhada por elevada excreção de nitrogênio, fósforo 
inorgânico e cloreto de sódio. Estudiosos clínicos realizados por Kalb e Wright 
em pacientes obesos revelaram que a massagem não tem efeito sobre a obesidade 
generalizado ou deposito de gordura, sendo ineficaz para a redução de peso.
Também não se encontra fundamentação cientifica para as chamadas “massagens 
modeladoras”, as quais se atribui um deslocamento de tecido gorduroso para 
determinadas regiões. 
As Manobras Básicas da Massagem Clássica 
· Deslizamento Superficial: Consiste em movimentos deslizantes em grandes 
superfícies, leves, suaves e rítmicos. A direcção das manobras é indiferente, uma 
vez que a pressão exercida é insuficiente para afectar a circulação. Mantendo-se 
um ritmo uniforme, assegura-se um bom relaxamento. O seu principal efeito se 
faz via reflexa, produzindo uma analgésica neuromuscular. Provoca uma 
diminuição da excitabilidade das terminações nervosas livres e auxilia na 
regeneração da pele. Deve-se iniciar e finalizar a massagem pelo deslizamento 
superficial, que tenha a função de aumentar o limiar de sensibilidade, tornando 
mais agradáveis as manobras subsequentes. 
· Deslizamento Profundo: É o movimento exercido com pressão suficiente para 
causar efeitos mecânicos e reflexos. É indispensável que o grupo muscular a ser 
submetido ao deslizamento profundo esteja relaxado e que seja observado o 
sentido da drenagem venosa e linfática, favorecendo o esvaziamento venoso e 
linfático, actua sobre a pele e o tecido celular subcutâneo, melhorando as 
condições de circulação, nutrição e drenagem dos líquidos tecidulares. O músculo 
sofre compressões alternadas no sentido da disposição de suas fibras. A pressão é 
exercida é intermitente, deve-se evitar o pinçamento da pele e dos tecidos 
superficiais. O seu principal efeito é mecânico, melhorando suas condições 
circulatórias da musculatura, liberando as aderências, resíduos metabólicos e 
aumentando a sua nutrição. 
· Fricção: São movimentos circulares ou transversais. O seu principal objectivo é a 
quebrar de aderências por acção mecânica nos tecidos musculares, além de sua 
prevenção após traumatismos. 
· Vibração: É o impulso vibratório transmitido à área a ser tratada. Técnica de 
difícil execução devido à dificuldade em se manter os tecidos a uma frequência 
constante de vibração. De entre os seus defeitos está a diminuição da 
excitabilidade nervosa. 
· Percussão: Técnica de massagem na qual os tecidos são submetidos a golpes 
manuais ritmados, utilizando-se o bordo cubital da mão espalmada ou fechada. 
Auxilia na drenagem postural por libertação das secreções. 
Indicações da Massagem Clássica:
· Edema e hematoma; 
· Cicatrizes aderentes; 
· Tensão muscular; 
· Dor e diminuição da amplitude de movimento. 
Contra – Indicações da Massagem Clássica: 
· Tumores benignos ou malignos; 
· Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos etc.); 
· Gravidez – para massagens abdominais mais profundas; 
http://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_aberto_da_massagem/Tipos_de_massagem 
· Efeitos fisiológicos sobre o sistema nervoso: 
Métodos diferentes de aplicação da massagem fornecerão variações sutis de input 
aferente que sucessivamente podem causar vários efeitos como sedação ou estimulação. 
Os receptores de dor não são facilmente adaptativos, então se substâncias químicas 
prejudiciais estiverem presentes como resultado de uma lesão, os sinais de dor 
provavelmente serão deflagrados e enviados para o SNC. A massagem usada 
adequadamente em áreas periféricas acessíveis de dano, tem um efeito positivo na 
redução da dor. Especula-se que sob essas circunstâncias a massagem pode causar 
alterações na circulação local de tal maneira que cause a redução ou eliminação dessas 
substâncias nocivas causando analgesia. 
Indicações 
· Em transtornos musculoesqueléticos em geral. 
· Em distúrbios circulatórios sob recomendação médica pelo perigo de trombose 
venosa. 
· Em transtornos reumatológicos. 
· Em cicatrizes, evitando ou reduzindo aderências. 
· Após períodos de imobilização. 
Contra-indicações 
· Desordens da pele, como o eczema, que poderiam ser irritadas pelo aumento do calor 
da região ou pelo uso dos lubrificantes.
· Quando infecções superficiais estiverem supurando. 
· Na presença de tumores malignos. 
· Na presença de cicatrizes recentes, não-curadas ou feridas abertas. 
· Em áreas de equimose, embora no quarto dia a massagem é útil para o tratamento do 
hematoma. 
· Uso de medicação anti-coagulante. 
Técnicas de massagem terapêutica 
· DESLIZAMENTO 
É realizado unidirecionalmente com toda a superfície palmar de uma ou das duas 
mãos. É útil para dar início a uma seqüência de massagem permitindo que o paciente se 
acostume com a sensação transmitida pelas mãos do terapeuta e para que o terapeuta 
possa sentir os tecidos do paciente. 
O deslizamento pode ser realizado lentamente, para maior relaxamento tecidual, ou 
rapidamente, para efeito estimulante. 
Deslizamento superficial: lento e suave – efeito relaxante. 
Deslizamento profundo: lento e com uma pressão maior – efeito estimulante para a 
circulação sangüínea por isso geralmente é realizado na direção do fluxo venolinfático (é 
muito semelhante à effleurage). 
· EFFLEURAGE 
É um movimento de deslizamento lento, realizado com pressão crescente e na 
direção do fluxo venolinfático (direção centrípeta). Sempre que possível o movimento 
termina com uma pausa definida, em um grupo de nodos linfáticos superficiais. 
É útil para facilitar a circulação e para o acabamento de uma seqüência de 
massagem. 
É realizada com a superfície palmar de uma ou das duas mãos, alternadamente ou 
de forma simultânea, sempre de distal para proximal. Ao final de cada movimento, pode-se 
deixar que as mãos retornem a sua posição inicial por meio de um deslizamento suave, 
ou podem ser erguidas da superfície do corpo, retornando “pelo ar” até a posição inicial. 
· PÉTRISSAGE (PRESSÃO) 
Abrange diversos movimentos de massagem distintos que se caracterizam por uma 
firme pressão aplicada aos tecidos. 
Seus efeitos são: melhora do fluxo sangüíneo e linfático, relaxamento muscular e 
analgesia.
Amassamento: músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente comprimidos e 
liberados. O movimento ocorre em um sentido circular. Durante a fase de pressão de cada 
movimento, a mãos (ou mãos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais 
profundas. Durante a fase de liberação (relaxamento), a mãos (ou mãos) desliza 
suavemente até uma área adjacente, e o movimento é repetido. 
Visa a mobilização das fibras musculares e de outros tecidos profundos 
promovendo o funcionamento normal dos músculos. 
Também tem utilidade na mobilização da tumefação crônica, sobretudo nos locais 
em que esta tumefação sofreu um processo de organização e está impedindo a 
movimentação das articulações e do respectivo membro. 
Beliscamento: um ou mais músculos são agarrados, erguidos dos tecidos 
subjacentes, comprimidos e soltos (liberados). O agarramento e a liberação são realizados 
em um movimento circular, habitualmente na mesma direção das fibras musculares. 
Visa aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular. 
Torcedura: os tecidos são levantados com ambas as mãos e comprimidos 
alternadamente entre os dedos e o polegar das mãos em oposição. As mãos movimentam-se 
alternadamente ao longo do eixo longitudinal do músculo, operando transversalmente 
às fibras musculares e estirando os tecidos. 
Esta também é uma técnica realizada amplamente em tecido muscular, com a 
finalidade de mobilização de músculos individuais ou grupos de músculos visando 
aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular. 
Rolamento da pele: os tecidos subcutâneos são rolados sobre as estruturas mais 
profundas visando a mobilização entre a pele e as estruturas subcutâneas facilitando o 
movimento articular que possa ter ficado comprometido por uma imobilização excessiva 
da pele.A 
s mãos repousam completamente, lado a lado, sobre a superfície cutânea, com os 
polegares esticados e afastados o mais longe possível. Os dedos estendidos arrastam os 
tecidos na direção dos polegares produzindo uma prega de pele entre os dedos e os 
polegares. Em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos 
rolando-os em torno daquela parte do corpo em um movimento ondular. 
· PERCUSSÃO 
Abrange vários movimentos distintos de massagem que se caracterizam por partes 
variadas da mão golpeando os tecidos em uma velocidade bastante rápida. 
Habitualmente, as mãos operam alternadamente, os pulsos são mantidos flexíveis, de 
modo que os movimentos são leves, elásticos e estimulantes. 
Palmada: as mãos em concha golpeiam rapidamente a superfície cutânea, 
comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração que penetra nos tecidos. 
As palmadas são realizadas com rapidez visando estimular os tecidos. Quando 
efetuadas sobre os pulmões ajudam a mobilizar secreções.
Pancada ou batimento: é um movimento em que as mãos fechadas golpeiam, 
alternadamente, a parte do corpo, de modo que a região dorsal das falanges médias e 
distais dos dedos e a região tênar e hipotênar da mão entrem em contato com os tecidos. 
Os objetivos são os mesmos da palmada. 
Cutilada ou acutilamento: é um movimento realizado com uma ou duas mãos, em 
que o bordo ulnar golpeia a superfície da pele em rápida sucessão com o objetivo de criar 
um efeito estimulante e vigoroso. 
Socamento: é o movimento em que as bordas ulnares das mãos frouxamente 
cerradas golpeiam alternadamente e em rápida sucessão a superfície corporal. 
· VIBRAÇÃO 
É uma técnica praticada com uma ou duas mãos em que um delicado movimento 
de agitação ou tremor é transmitido aos tecidos pela mãos ou pela ponta dos dedos. 
O objetivo é estimular o tecido muscular e liberar secreções pulmonares. 
· FRICÇÃO PROFUNDA (Fricções de Cyriax) 
Consistem de movimentos breves, precisamente localizados e profundamente 
penetrantes realizados em uma direção circular ou transversal com o objetivo de 
mobilizar tendões, ligamentos, cápsulas articulares e tecidos musculares particularmente 
se estiverem presentes inflamações ou aderências crônicas. 
Para que seja obtido um firme contato com a pele não são utilizados lubrificantes. 
Fricção circular: é efetuada com a ponta dos dedos ou com os polegares em 
movimentos circulares. Os dedos devem ser pressionados obliquamente nos tecidos, em 
seguida são mobilizados em pequenos círculos se aprofundando ligeiramente a cada 
círculo sucessivo. Desta forma, os tecidos superficiais são mobilizados sobre os tecidos 
mais profundos. Ao ser atingida a profundidade necessária (comumente após três ou 
quatro círculos), a pressão é liberada gradualmente, e os dedos são levantados e pousam 
numa área adjacente. 
Referências bibliográficas 
DE DOMENICO, Giovanni; WOOD, Elizabeth C. Técnicas de massagem de Beard. São 
Paulo: Manole, 1998. 
FERRELL-TORRY, AT; GLICK, OJ. (1993). The use of therapeutic massage as a 
nursing intervention to modify anxiety and the perception of cancer pain. Cancer 
Nursing. 16(2) 93-101. 
HOLLIS, Margaret. Massagem na fisioterapia. São Paulo: Editora Santos, 2001. 
WEINBERG, RJA; KOLODNY, J. (1988) The relationship of massage and exercise to 
mood enhancement. The sport Psychologist, 2, 202-11.
http://melhorviverbem.com/documents/massagemterapeutica.doc 
3. Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura 
Cuthbertson (1933) revisou a literatura existente sobre este tópico e conduziu, ele próprio, 
vários 
experimentos. Estes foram seus achados: 
· O débito urinário fica aumentado, sobretudo após uma massagem abdominal; 
· A excreção de ácidos não sofre alteração, e não há mudança no equilíbrio ácido-básico; 
· As taxas de excreção para nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio são 
aumentadas; 
· Em pessoas normais, não há um efeitos imediato sobre o consumo basal de oxigênio, ou 
na freqüência 
de pulso ou pressão sangüínea; 
O sistema linfático tem importância crucial na remoção de proteínas plasmáticas e outras 
grandes 
moléculas, depois de ter sido depositadas no líquidos intersticial. Estas moléculas são 
demasiadamente grandes 
6. Efeitos no Sistema Nervoso 
Sempre que a pele é tocada, ou que os tecido subjacente são manipulados, são ativados 
diversos 
receptores sensitivos em vários tecidos. 
O efeito sedativo da massagem pode ser facilmente demonstrado, e Mennel, afirmava que 
“há efeitos no 
sistema nervoso central bem como um efeito local no nervos receptores sensitivos e 
possivelmente nos motores”. 
Não é nova a idéia de promover efeitos específicos no sistema nervoso, ou de fato no 
controle nervoso de 
muitos órgãos e sistemas. A acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de 
massagem se propõem a afetar 
uma série de funções do sistema nervoso. Princípios também encontrados na reflexologia. 
http://www.albertomonteiro.com.br/materiais/apostilas/apostilaprinciptroducao.pdf 
Saúde: Massagem contra a ansiedade 
Postado por Leonardo T. as 22:18
Mais do que falar da ansiedade em si, será melhor falar primeiramente da massagem, e dos seus efeitos no 
organismo. 
Desde sempre o toque revelou ser um aspecto muito importante para o ser humano. O toque perceptivo, o 
toque afetivo, o toque curativo, todos eles envolvendo sempre emoções e sentimentos, até mesmo os mais 
simples como, por exemplo, perceber uma textura através do tato, ou esfregar com as mãos uma zona do 
corpo recém lesionada. São instintos puros que nos trazem a satisfação ou alívio, e mais do que esses 
sentimentos alcançados, a sua procura é realizada de maneira instintiva e quase inconsciente. 
Em termos de efeitos reflexos da massagem, esta age diretamente sobre todo o organismo em termos 
físicos e químicos, sendo também a consequência dessa ação, efeitos químicos e fisiológicos dentro do 
nosso organismo. 
Isto é, age diretamente estimulando vários sistemas, como o Sistema Tegumentar (pele), Sistema 
Muscular, Sistema Respiratório, Sistema Circulatório, Sistema Ósseo, Sistema Imunológico e direta bem 
como indiretamente, também o Sistema Nervoso. 
Efeitos Diretos e Indiretos
Em termos físicos, e de maneira direta, a massagem proporciona a remoção de toxinas, a irrigação 
sanguínea por todo o corpo, uma melhor oxigenação do organismo devido à redução e regulação do ritmo 
respiratório, uma maior maleabilidade muscular (redução da tensão muscular), e o alinhamento da fáscia 
no seu devido lugar. 
Em termos indiretos, a massagem tem uma grande influência sobre o Sistema Nervoso. 
A pele possui milhares de terminações nervosas, as quais permitem o reconhecimento de sensações como 
temperatura, dor, pressão, textura. É a pele também, que ao sentir certos estímulos (como os de uma 
sessão de massagem, por exemplo) transmite determinados sinais ao cérebro que acionam a estimulação 
de determinadas partes do Sistema Nervoso. 
Estimulação neuro-hormonal e a redução da ansiedade 
Quando em um estado de pressão constante, ou em um estado de 
ansiedade quase permanente, o Sistema Nervoso Simpático encontra-se em constante atuação (devido a 
mecanismos cognitivos) e é este sistema que normalmente é ativado quando de situações de ameaça, 
preparando o corpo para enfrentar a ameaça, ou para fugir da mesma. Como tal, os batimentos cardíacos 
aceleram, os músculos ficam tonificados, as pupilas dilatadas, o corpo transpira, entre outros traços 
evidentes em um corpo que se prepara para sobreviver ao meio ambiente. Na maioria dos casos das 
pessoas que se encontram a ler esta informação sobre redução de ansiedade, os sintomas não chegarão a 
ser tão agudos, e refletem-se mais provavelmente em uma angústia constante, ameaça inconsciente ou 
sem razão, ou qualquer outro tipo de desconforto constante. 
A fisiologia da luta ou fuga, ou, melhor dizendo, sobre a ativação do Sistema Nervoso Simpático para reagir 
a uma situação de luta ou fuga, é principalmente composto por dois neurotransmissores, a Adrenalina, e a
Noradrenalina, que estimulam o corpo de modo a este reagir com aceleramento cardíaco, respiratório, 
tonificação dos músculos, pupilas dilatadas, entre outros. 
Embora de difícil eliminação, e também sendo essa uma das razões pelas quais mesmo depois de a nossa 
ameaça desaparecer, continuarmos com a mesma sensação de elevado alerta, a Adrenalina e a 
Noradrenalina são eliminadas por outras substâncias presentes no organismo, ou, pela estimulação do 
Sistema Nervoso Parassimpático. 
O Sistema Nervoso Parassimpático é o que entra em funcionamento quando nos sentimos com sono, 
estamos num estado de vigília, ou estamos simplesmente muito relaxados. 
O Sistema Nervoso Parassimpático é, assim, uma preciosa ajuda na eliminação daquilo que constrói a 
fisiologia da ansiedade. 
Como é possível eliminar a ansiedade através da massagem? 
A ansiedade pode ser eliminada (e na quase totalidade das pessoas, certamente o será) através da 
massagem, desde que se cumpra um plano baseado em regularidade, frequência, e em que a própria 
pessoa sinta que o poder para eliminar a ansiedade reside nela própria. 
A maneira como a massagem atua neste plano é ativando o Sistema Nervoso Parassimpático, com alguma 
frequência inicial, permitindo fazer assim com que a durabilidade dos efeitos da massagem vá sendo cada 
vez maior, tornando-se depois mais regular, de modo a que o seu organismo comece a produzir por si 
próprio, formas de combater ou destruir a fisiologia da ansiedade. 
Em termos anímicos, o ter na sua rotina semanal algo que traga conforto, alívio, ou uma alegria, faz com 
que se sinta motivado não só para o evento em si, mas também para todos os outros eventos banais ou 
especiais, da sua vida. E é esse conforto, alívio, ou alegria, na sua rotina, que a massagem também lhe 
oferece, sendo um complemento extremamente importante aos processos fisiológicos já acima referidos.
http://www.liberimago.com/2010/02/saude-massagem-contra-ansiedade.html 
Efeitos fisiológicos e terapeuticos 
A massagem influência sempre a circulação dos diversos tipos de tecido. Condições 
patológicas que ocorrem numa determinada estrutura irão reflectir-se noutras estruturas 
interferindo com a função de todo o organismo. O efeito principal da massagem consiste 
em produzir estimulação mecânica dos tecidos por meio de uma pressão e estiramento 
ritmicamente aplicados. A pressão comprime os tecidos moles e distorce as redes de 
receptores nas terminações nervosas. Ao aumentar os lúmens dos vasos sanguíneos e 
espaços dos vasos linfáticos, estas forças afectam a circulação capilar, venosa, arterial e 
linfática. Alguns dos efeitos fisiológicos e terapeuticos consequentes da massagem são: 
· Aumento da circulação sanguínea e linfática; 
· Amento do fluxo de nutrientes; 
· Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos; 
· Estimulação do processo de cicatrização; 
· Resolução do edema e hematomas crónicos; 
· Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo; 
· Alívio da dor; 
· Aumento dos movimentos das articulações; 
· Facilitação da actividade muscular; 
· Estimulação das funções autonómicas; 
· Estimulação das funções viscerais; 
· Remoção das secreções pulmonares; 
· Aumento da temperatura periférica da pele e do corpo; 
· Estímulo sexual; 
· Promoção do relaxamento local e geral. 
· Mobilização da pele e dos tecidos subcutâneos 
Os tipos de reacções serão sempre os mesmos mas, a intensidade e duração pode variar, 
dependendo da severidade da patologia e da força do estímulo. 
Tecido nervoso 
O sistema nervoso é o responsável pelo desempenho da maioria das funções do controlo 
do nosso corpo, em conjunto com o sistema endócrino. Enquanto que o sistema nervoso 
controla as actividades rápidas do corpo (contracções musculares, fenómenos viscerais e 
intensidade de secreção de algumas glândulas endócrinas) através de impulsos
electroquímicos, o sistema endócrino regula as funções metabólicas corporais, através da 
actuação de substâncias químicashormonas. 
O sistema nervoso é constituído por mais de 100 biliões de neurónios, e estes são 
considerados a sua unidade funcional básica. Diferenciam-se das células dos outros tipos 
de tecidos devido aos seus prolongamentos (dendrites e axónios), há ausência de 
replicação e de regeneração e ainda devido á sua principal característica de sinapse entre 
si. O neurónio é constituído por: um corpo celular ou soma, os dendrites e o axónio. O 
corpo celular contém o núcleo da célula que é bastante volumoso, e várias estruturas 
responsáveis pelo metabolismo, crescimento e reparação do neurónio, como por exemplo 
retículo endoplasmático, corpúsculos de Nissl, lisossomas, mitocôndrias, aparelhos de 
Golgi, etc. Os dendrites são mais curtos que os axónios sendo maioritariamente os 
responsáveis pela recepção dos estímulos (sinapse axo-dendrítica), embora em alguns 
casos o corpo celular e o axónio, nos nódulos de Ranvier, também possam participar 
nesta recepção (sinapse axo-somática e axo-axónica respectivamente). Os axónios são os 
prolongamentos mais longos existindo apenas um por neurónio. Estes podem ser, ou não, 
envolvidos por uma bainha de mielina, passando a ser designados por mielínicos ou 
amielínicos respectivamente. A mielina apresenta uma capacidade isoladora e assume um 
importante papel nas trocas iónicas, tornando-as, assim, mais rápidas e com menos gastos 
de energia. Esta bainha não é contínua ao longo do axónio, apresentando intervalos 
designados por nódulos de Ranvier, sendo a este nível possível as trocas iónicas. Nas 
extremidades dos axónios encontram-se os botões terminais que estão em “contacto” com 
os receptores do neurónio seguinte (dendrites, corpo celular ou axónio), estabelecendo-se, 
assim, uma sinapse. Existem diferentes tipos de neurónios dependendo do número de 
dendrites que apresentam. Sendo assim, os que apresentam vários dendrites são 
designados por neurónios multipolares e são mais frequentes, existindo também os 
bipolares, que apresentam um dendrite e um axónio, e os unipolares, que apresentam um 
prolongamento comum que sai do corpo celular e que depois se divide no axónio e no 
dendrite. No entanto, o sistema nervoso também apresenta outro tipo de células que têm 
como função principal o suporte dos neurónios, chamadas as células da nevróglia. Estas 
têm a capacidade de se replicarem ao longo da vida e dividem-se no sistema nervoso 
central em oligodendrócitos, astrócitos e micróglia, e no sistema nervoso periférico em 
células de Schwann. Embora, as células da nevróglia não participem na condução 
nervosa, apresentam outras importantes funções no tecido nervoso, como as funções 
mecânicas e de suporte, preenchimento de espaços no tecido nervoso e separação de 
estruturas, transporte de substâncias, isolamento eléctrico dos neurónios, regulação do 
seu metabolismo e formação da bainha de mielina. 
http://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_aberto_da_massagem/Bases_te%C3%B3ricas 
Ação Fisiológica da Massoterapia Neuromuscular 
Segundo Leitão apud Nessi (2003), com a finalidade de se obter maior clareza do papel da massagem ou massoterapia, devemos citar uma parte do 
trabalho de dois grandes fisiologistas: Best e Taylor, segundo os quais a fricção profunda causa uma dilatação capilar duradoura. Desse modo, as 
trocas gasosas no interior dos músculos são realizadas com maior facilidade, permitindo que o sangue circule facilmente e com maior quantidade 
de oxigênio. Devido ao maior aporte sangüíneo no interior do músculo e na superfície da pele, ocorre um aumento pequeno na temperatura e uma 
conseqüente vasodilatação. Além disso, a massoterapia também desempenha papel importante nas trocas nutritivas e gasosas, entre a corrente 
sangüínea e os tecidos subcutâneos, contribuindo para melhorar o funcionamento de todo o organismo. 
Segundo Figueira apud Nessi (2003, p. 5), também afirma que: 
Massagem é o termo usado para indicar um conjunto de manipulações sistemáticas, científicas 
e corporais, podendo ser manual ou mecânica, com efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular
e circulatório. A massagem hoje é também uma terapia de alívio, podendo ser utilizada a 
qualquer momento, desde que feita com sabedoria. 
Podemos dizer que a massoterapia estimula a nutrição tecidual e muscular, impedindo que a fadiga se acumule num músculo ativando a circulação 
e conseqüentemente eleva a capacidade de reabsorção dos catabólitos celulares. A massoterapia sendo empregada sobre os músculos pode ser 
estimulante, se realizada por apenas 15 minutos e pode fazer com que desapareça, temporariamente o estresse muscular, o qual se manifesta 
após uma jornada de trabalho e atividades da vida diária. 
Ação Fisiológica da Massoterapia Sobre o Sistema Nervoso 
A massoterapia sobre o sistema nervoso, dependendo da pessoa a qual está sendo submetida e pode agir de formas diferentes. Aplicada num ritmo 
rápido e com intensidade leve estimula e excita, ao passo que com uma intensidade moderada à profunda num ritmo lento acalma, produz efeitos 
sedativos. 
Cassar (2001), afirma “o efeito reflexo sobre sistema nervoso autônomo mais freqüente da massagem é sensação geral de bem-estar”. 
Com as modernas e atuais tecnologias hoje é possível saber o que ocorre a nível nervoso e endócrino quando se aplica a massoterapia sobre o 
corpo humano. 
Fritz (2003, p.5) afirma: 
A tecnologia científica nos possibilitou descrever algumas respostas fisiológicas ao toque, tais 
como as mudanças na concentração de hormônios, alteração na atividade do sistema nervoso 
central e periférico e na regulação dos ritmos do corpo. 
http://www.escolaciemsahb.com.br/modules/news/article.php?storyid=9 
Efeitos da Massagem 
A massagem produz estimulação mecânica nos tecidos, por aplicação rítmica de pressão e estiramento. A 
pressão comprime os tecidos moles e estimula as redes de receptores nervosos; o estiramento aplica tensão 
sobre os tecidos moles e também estimula as terminações nervosas receptoras. O uso destas duas forças 
pode, através da mudança dos vasos sangüíneos e linfáticos, afetar a circulação capilar, venosa, arterial e a 
circulação linfática. Pode-se estimular os esteroceptores, tanto superficiais como profundos da pele, 
proprioceptores nos músculos e tendões; e interoceptores nos tecidos mais profundos do corpo. Pode-se 
liberar o muco das vias respiratórias e drenar o excesso. 
O modo de aplicação destas forças mecânicas é determinado pelo terapeuta de acordo com sua escolha dos 
tipos de movimento de massagem (deslizamento, fricção, amassamento, percussão, compressão e vibração) 
e a habilidade em regular a duração, quantidade, intensidade e ritmo do estímulo. Maiorias dos efeitos da 
massagem são experiências clínicas, através de relatórios, objetivos e testemunhas; outras são 
racionalização das hipóteses baseadas no conhecimento de anatomia e fisiologia, umas em estudos 
laboratoriais controlados e algumas são descritas apenas como uma idéia luminosa. 
Efeito da massagem no metabolismo 
Muita pouca experiência recente tem sido feitas sobre o efeito da massagem no metabolismo, apesar dos 
vários estudos realizados há mais de 50 anos. 
Alguns estudos indicam. 
I. Ocorre um aumento do débito urinário. 
II. A excreção de ácido não é alterada e não ocorre nenhuma mudança no equilíbrio ácido básico no 
sangue. 
III. Nas pessoas normais não ocorre nenhum efeito imediato no consumo basal de oxigênio, ou na 
freqüência de 
pulso ou pressão arterial. 
http://www.agapeholos.org/Biblio004.htm 
Técnicas de Massagem de Beard - 5 
Índice do Artigo
Técnicas de Massagem de Beard 
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Todas as Páginas 
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Efeitos Mecânicos, Fisiológicos, Psicológicos e Terapêuticos da Massagem 
Segun Aderências 
II - Efeitos Fisiológicos da Massagem 
* Aumento da circulação sangüínea e linfática; 
* Aumento do fluxo de nutrientes; 
* Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos; 
* Estimulação do processo de cicatrização; 
* Resolução do edema e hematoma crônico; 
* Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo; 
* Alivio da dor ; 
* Aumento dos movimentos das articulações; 
* Facilitação da atividade muscular; 
* Estimulação das funções viscerais; 
* Remoção das secreções pulmonares; 
* Estímulo sexual; 
* Promoção do relaxamento local e geral. 
Segundo árabe Avicena: "o objetivo da massagem consiste em dispersar os metabólicos removendo assim a fadiga". 
IV - Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura 
Cuthbertson (1933) revisou a literatura existente sobre este tópico, estes foram seus achados: 
* O débito urinário fica aumentado, sobretudo após a massagem abdominal;
* A excreção de ácidos não sofre alteração, e não há mudança no equilíbrio ácido-básico; 
* As taxas de excreção para o nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio são aumentadas; 
* Em pessoas normais, não há um efeito imediato sobre o consumo basal de oxigênio, ou na freqüência de pulso ou pressão sangüínea. 
É importante que nos lembremos da importância crucial do sistema linfático, na remoção das proteínas plasmáticas e outras grandes 
moléculas, depois de ter sido depositadas no líquido intersticial. 
VII - Efeitos no Sistema Nervoso 
Sempre que a pele é tocada, ou os tecidos subjacentes são manipulados, são ativados diversos receptores sensitivos em vários tecidos. 
Goldberg e colaboradores (1992) estudaram e demonstraram que uma técnica de massagem mais profunda produziu uma redução mais 
pronunciada na amplitude do reflexo H do que a massagem superficial. O efeito é de natureza reflexa. 
O efeito sedativo da massagem geral pode ser facilmente demostrado, e Mennell, em 1945, afirmava que "há provavelmente um efeito no 
sistema nervoso central, bem como um efeito local nos nervos sensitivos e, possivelmente, motores". 
Não foi ainda esclarecido quais mecanismos reflexos específicos são responsáveis, e nem o grau de simplicidade ou complexidade da 
ação ou ações reflexas. 
Não é nova a idéia de promover efeitos específicos no sistema nervoso, ou de fato no controle nervoso de muitos órgãos e sistemas. A 
acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de massagem se propõem a afetar uma série de funções do sistema nervoso. 
XIV - Principais Usos da Massagem Terapêutica 
Os efeitos mecânicos, fisiológicos e psicológicos da massagem dão origem aos seus efeitos terapêuticos. Estes efeitos são a base para os 
usos terapêuticos. 
Os principais usos são, portanto: 
* Ajudar no relaxamento geral ou local; 
* Aliviar a dor; 
* Tratar: 
- edema crônico; 
- Tecido cicatricial; 
- Lesões de músculos, tendões, ligamentos ou articulações; 
- Hematomas; 
- Constipação crônica (há pouca evidência apoiando esta indicação); 
- Facilitação dos movimentos; 
- Prevenção da deformidade. 
XV - Contra-Indicações à Massagem
* Infecção aguda 
- ossos (por exemplo, osteomielite) 
- articulações (por exemplo, artrite séptica) 
- pele (por exemplo, dermatite) 
- músculo (por exemplo, miosite) 
- tecido subcutâneo (po exemplo, celulite) 
* Doença de pele (por exemplo, psoríase) 
* Câncer ou tuberculose na área a ser tratada 
* Áreas de hiperestesia grave 
* Presença de corpos estranhos (areia, vidro) 
* Doenças dos vasos sangüíneos (por exemplo, tromboflebite) 
* A massagem pode ser ministrada, mas com grande cuidado, a pacientes que apresentem varicosidade significativa das veias, hemofilia 
ou edema visível. 
XVI - Precauções Gerais 
A massagem é um tratamento relativamente seguro contudo a lista a seguir contém muitas precauções que devem ser observadas antes, 
durante, e depois da massagem. 
1. Obtenha um diagnóstico médico acurado; 
2. Efetue um exame físico (clínico) apropriado; 
3. Verifique cuidadosamente as possíveis contra-indicações ao tratamento; 
4. Cubra, verifique o posicionamento, e apóie o paciente de forma apropriada; 
5. Garanta um elevado padrão de limpeza, especialmente para as mãos (do terapeuta); 
6. Efetua a massagem monitorada à resposta do paciente; 
7. Avalie e documente a resposta do paciente ao tratamento 
http://www.massagemterapeuticaintegral.com/index.php?option=com_content&view=article&id=48%3Atecnicas-de-massagem-de-beard& 
catid=34%3Aconfusion&limitstart=4 
Efeitos da Massagem 4 - Efeitos sobre a dor 4.1 Estimulação de nociceptores Receptores de dor 
(nociceptores) na pele e noutros tecidos reconhecem distúrbios por estímulos mecânicos, térmicos ou 
químicos e medeiam o impulso através de neurónios aferentes para o SNC (onde estímulo é percebido 
como dor). Se um ponto de dor for “acariciado” ou pressionado, os impulsos são transmitidos através das 
fibras A-beta. Estas, ao serem mais rápidas do que as A-delta e C, dominam o estímulo mais lento e 
ganham, por assim dizer, aos concorrentes. A consequência é que a dor já não é percebida da mesma
forma, os impulsos de dor já não chegam ao cérebro por meio do tálamo. Este fenómeno chama-se inibição 
pré-sináptica 
1. Efeitos da Massagem A influência da Massagem sobre o organismo é poderosa. Estes efeitos 
baseiam-se em processos que se influenciam reciprocamente. Estes efeitos diferenciam-se em 
mecanismos mecânicos, bioquímicos, reflexos e imunitários. Hugo Pedrosa 2010 
2. Efeitos da Massagem 1 - Efeitos mecânicos Os efeitos que surgem por meio do movimento das 
mãos sobre a pele são denominados efeitos mecânicos. Efeito de Mobilização (baseia-se em dois passos) a) 
Dissolução de aglutinações – por exemplo, da sedimentação de ácido hialurónico e gordura – entre as várias 
camadas de tecido. b) São dissolvidas ligações cruzadas (crosslink) patológicas entre as fibras de colagénio 
por meio da libertação da enzima colagenase. Crosslink – Entende-se por ligações cruzadas as alterações 
estruturais insolúveis em água, condicionadas pela adaptação e formadas no caso períodos de imobilização, 
que limitam nitidamente a dimensão do movimento. Hugo Pedrosa 2010 
3. Efeitos da Massagem 2 - Efeitos bioquímicos 2.1 Libertação de mediadores da inflamação A 
utilização de diferentes técnicas de massagem provoca a libertação de diversas proteínas. Os estímulos 
mecânicos da massagem levam à activação de mastócitos que em sequência provocam a produção em 
maior quantidade de histamina. Este mediador da inflamação actua sobre a parede dos capilares e 
arteríolas, dilatando e aumentando a sua permeabilidade. O rubor (visível) dura cerca de 20 a 30 minutos e 
é um sinal de que a libertação de histamina é um efeito a curto prazo. Hugo Pedrosa 2010 
4. Efeitos da Massagem 2 - Efeitos bioquímicos 2.2 Libertação de substâncias mediadoras que inibem 
a dor As endorfinas são substâncias semelhantes aos opiáceos do próprio corpo. São libertadas pelo sistema 
nervoso, de forma aumentada, não apenas nos tratamentos de massagem, mas também na actividade 
física. As endorfinas são conhecidas, entre outras coisas, pelo seu efeito inibidor da dor. A presença de 
maiores quantidades de serotonina também tem efeito sobre a dor. O efeito inibidor da dor baseia-se no 
facto da serotonina interromper a transmissão de estímulos de dor para o córtex. Hugo Pedrosa 2010 
5. Efeitos da Massagem 3 - Efeitos reflexos O estímulo mecânico da massagem estimula receptores e 
terminações nervosas livres nas diferentes camadas de tecido. Desta forma, o estímulo é passado para o 
SNC, onde finalmente é elaborado. O resultado final é o desencadear de efeitos reflexos. 3.1 Caminhos e 
zonas reflexas São conhecidas as relações entre disfunções de órgãos internos e os tecidos somáticos como 
a pele, músculos, etc. Reflexo viscerocutâneo – Se um órgão interno entra em disfunção, a dor pode ser 
projectada para determinada zona da pele, produzindo uma hipersensibilidade na forma de dor 
http://www.slideshare.net/hugopedrosa31/efeitos-da-massagem
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Efeitos neurofisiológicos massagem

  • 1. 2. EFEITOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO Os efeitos da massagem serão desencadeados pelos mecanorreceptores presentes na pele; estes mecanorreceptores podem ser: terminações nervosas livres, corpúsculos de Paccini, corpúsculos de Meisnner, órgão tendinoso de Golgi e fuso muscular. (Fisioterapia em Movimento, 2001) http://www.tre-se. gov.br/servicos/servico_medico/saude_em_dia/efeitos_massagem/EfeitosdaMassag emnocorpo.pdf Efeitos Neurofisiológicos da Massagem Terapêutica. Joelson Fachini ¹; Simone Korn ². Artigo de conclusão de Curso Técnico de Massoterapia. Email: joelsonfachini@gmail.com; simonekorn@gmail.com Resumo A massagem, por sua eficácia, garantiu uma firme posição entre outras terapias complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência e sua evolução continuará enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por estudantes e profissionais. Os neuroreceptores respondem a diferentes estímulos: pressão mecânica intensa; estimulação mecânica e térmica; substâncias químicas irritantes, que liberam substâncias químicas pelo tecido danificado e despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo, iniciando potenciais de ação na fibra nervosa aferente (receptores reflexos). Um erro comum em relação à eficácia da massagem é presumir que o terapeuta deva aplicar golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam necessárias mãos poderosas e uma considerável força física. Neste sentido o objetivo deste levantamento bibliográfico foi de levantar estudos com respostas neurofisiológicas dos efeitos da massagem. Palavras Chave: neurofisiológico, massagem, receptores, reflexos, dor. __________ Joelson Fachini ¹: Técnico em Massoterapia – Escola Técnica Fisio Vitae (2009), Massoterapeuta – Escola SOS Corpo (1996), Acadêmico de Fisioterapia – Estácio de Sá Simone Korn ² : Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1994), Especialização em Gerontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996), especialização em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal de Santa Catarina (1997), especialização em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Gama Filho (2007), Técnico em Massoterapia – Escola Técnica Fisio Vitae (2009), Acadêmica de Fisioterapia-Unisul. Introdução A massagem contemporânea deve seu progresso não necessariamente aos pioneiros, mas a um grande número de profissionais que a utilizam em clínicas, domicílios, hospitais e cirurgias. Por sua eficácia, a massagem garantiu uma firme posição entre outras terapias complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência, sua evolução continuará enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por estudantes e profissionais. A comprovação dos efeitos emerge de diferentes fontes, sendo a mais freqüente a oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes.
  • 2. Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos ou simplesmente mecânicos e reflexos. O que temos estudado é que os receptores respondem a diferentes estímulos, como: à pressão mecânica intensa; à estimulação mecânica e térmica; a substâncias químicas irritantes, bem como estimulação mecânica e térmica; onde substâncias químicas como histamina, bradicinina e prostaglandinas são liberadas pelo tecido danificado e despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo, iniciando potenciais de ação na fibra nervosa aferente. Neste sentido o objetivo deste levantamento bibliográfico foi de levantar estudos com respostas neurofisiológicas dos efeitos da massagem. Espera-se que esse estudo possa contribuir para a credibilidade da massagem como recurso terapêutico embasado em referências bibliográficas, proporcionando maior confiança ao profissional. Métodos Este estudo de revisão bibliográfica abordou literatura entre os anos de 1998 a 2009, encontrados nos acervos das Universidades Unisul, Estácio de Sá e UDESC e na Escola Técnica Fisio Vitae, considerando preferencialmente autores que direcionam seus estudos aos efeitos da massagem no organismo humano. Discussões e Resultados A terminologia moderna para a descrição das técnicas de massagem deriva das línguas inglesa e francesa, onde a técnica de massagem ajusta-se a um dos seguintes nomes: técnicas de effleurage ou deslizamento; técnicas de compressão; técnicas de massagem linfática; técnicas de percussão; técnicas de fricção; técnicas de vibração e agitação; técnicas de trabalho corporal. Um erro comum em relação à eficácia da massagem é presumir que o terapeuta deva aplicar golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam necessárias mãos poderosas e uma considerável força física. O requisito mais importante para uma massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo. O modo como às mãos são usadas é tão relevante para a técnica de massagem quanto à postura corporal. Qualquer tensão nas mãos do terapeuta pode refletir ansiedade, que será facilmente transferida para o paciente e impedirá qualquer tentativa de induzir ao relaxamento1. Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos ou simplesmente mecânicos e reflexos. Todos esses efeitos são relevantes e, na verdade, estão inter-relacionados, uns com os outros e com fatores emocionais subjacentes. O efeito mecânico refere-se às influências diretas que a massagem exerce sobre os tecidos moles que estão sendo manipulados. Entretanto, é difícil atribuir a uma manobra de massagem um efeito que seja puramente mecânico, porque até mesmo o simples contato com a pele do paciente estabelece uma resposta tipo reflexo neural. Uma interação psicogênica/energética provavelmente também ocorre entre o paciente e o terapeuta como resultado desse contato2. Contudo, para fins de classificação, precisamos apresentar algumas técnicas como predominantemente mecânicas, com um efeito físico direto; o alongamento e o relaxamento dos músculos são exemplos. A melhora no fluxo sangue e linfa, bem como o
  • 3. movimento para a frente dos conteúdos intestinais, representa outra ação mecânica. O efeito reflexo da massagem ocorre de modo indireto. Os mecanismos neurais são influenciados pela intervenção e pela ação manual sobre os tecidos, e a massagem é uma forma de intervenção. O processo centra-se no inter-relacionamento dos sistemas nervosos periférico (cutâneo) e central, seus padrões reflexos e múltiplos trajetos. O sistema nervoso autônomo e o controle neuroendócrino também estão envolvidos. O efeito reflexo da massagem é, talvez, mais importante que sua ação mecânica. A comprovação dos efeitos emerge de diferentes fontes, sendo a mais frequente a oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes. Dados sobre os efeitos também ficam disponíveis a partir de experimentos realizados em condições laboratoriais. Os resultados e as asserções provenientes das diferentes fontes podem diferir e, na verdade, constituem um tema de debates entusiasmados entre profissionais, autores e pesquisadores. As opiniões sobre os possíveis efeitos da massagem são inevitavelmente divergentes quando certos fatores não-mensuráveis são levados em consideração, como, por exemplo, a conexão entre mente, corpo e alma, ou as energias curativas sutis e a interação entre paciente e terapeuta3,4. Mecanismos neurais Conexões neurais com os tecidos periféricos: A conexão entre a manipulação do tecido mole e a função orgânica está estreitamente relacionada com o suprimento neural nos dermátomos e miótomos. Essas distribuições segmentais ocorrem como parte do desenvolvimento embrionário e representam a inervação dos tecidos periféricos pelos nervos da coluna. Em muitos casos, os ramos dos nervos da coluna inervam outros tecidos e órgãos do corpo; por exemplo, músculos, tecidos superficiais e órgãos viscerais com freqüência partilham nervos comuns na coluna. Como conseqüência dessa associação, a disfunção de um órgão pode ser refletida naqueles dermátomos e miótomos que partilham o mesmo nervo espinhal que o órgão em questão e a conexão manifesta-se e pode ser observada como alteração nos tecidos periféricos. Essas irregularidades também podem ocorrer como resultado de outros estressores, além da disfunção do órgão4. A relação entre os tecidos periféricos e os órgãos viscerais tem sido descrita por muitos médicos e autores. A patologia das vísceras é um fator primário de contribuição para alterações no tecido periférico - fato apontado pela primeira vez por Head (1898)5. Alguns anos depois, o envolvimento do miótomo e a sensibilidade à dor causada pela patologia foram descritos por Mackenzie (1917)5. Um exemplo comum é a tensão muscular e a dor abdominal associadas à apendicite, quando a inflamação do apêndice causa tensão na parede do músculo abdominal, junto com uma dor referida. A teoria das condições patológicas, e sua conexão com alterações subcutâneas, foi também apresentada por Elizabeth Dicke (1953)5. Foi postulado, ainda, que uma conexão de reflexo ou trajeto percorre a direção inversa, da periferia às estruturas centrais. Observaram-se também disfunções do tecido conjuntivo que causavam perturbação em um órgão que partilhava um nervo espinhal comum. Um estudo que se concentrou nos tecidos subcutâneos localizados em dermátomos supridos pelos mesmos nervos espinhais que o coração revelou que disfunções nesses tecidos periféricos levavam a sintomas no interior do coração, e as perturbações desapareciam quando os tecidos conjuntivos periféricos eram tratados5.
  • 4. A manipulação dos tecidos moles e, em particular, a massagem no tecido conjuntivo, pode, portanto, induzir efeitos reflexos e benéficos aos órgãos associados. O processo envolve diversos efeitos reflexos, como, reduzir a atividade simpática e promover a vasodilatação; a circulação local e sistêmica, incluindo a dos gânglios parassimpáticos, é aumentada; a melhora na circulação ajuda a promover o processo de cura, reduz o espasmo muscular e melhora a capacidade de extensão do tecido conjuntivo; verifica-se também um equilíbrio geral do sistema nervoso autônomo. Os estressores, que agem como seus precursores, estão estreitamente ligados a tais estados teciduais. O corpo está sujeito a uma série de estressores que provocam respostas reflexas e involuntárias que envolvem os nervos sensoriais, o sistema nervoso autônomo e os nervos motores. Esses fatores de estresse têm intensidade e freqüência variadas: podem ser leves, intensos, episódicos ou crônicos. Como regra geral, são classificados em quatro tipos: químicos, físicos, emocionais e congênitos4. Estressores químicos: Toxinas resultantes de infecção aguda ou crônica; Bactérias também podem gerar substâncias químicas tóxicas e podem penetrar no corpo por um corte, por uma queimadura, pelo nariz ou pela pele; Doença visceral que gera toxinas, as quais atuam como irritantes, causando ou intensificando alterações somáticas nas áreas supridas pelo mesmo segmento da coluna; uma conexão similar pode ocorrer pelo segmento espinhal adjacente, como acontece na apendicite, levando à dor na região abdominal; Venenos orgânicos, como ácidos, açúcares, álcool e tabaco; Substâncias químicas simples, como drogas, aditivos e colorantes; Desequilíbrios metabólicos, como reações alérgicas e fatores endócrinos; esses levam a perturbações nas secreções glandulares (hormonais, digestivas, etc), que agem sobre o sistema nervoso autônomo; Desequilíbrio nutricional, como, por exemplo, privação de ácido ascórbico, que cria uma deficiência no tecido conjuntivo. Estressores físicos: Trauma, causado por acidente ou tensão repetida dos músculos; Exercícios excessivos ou inabituais; Microtrauma, provocado por tensões posturais ou ações repetitivas; Acidente vascular cerebral - um derrame que leva à obstrução do suprimento sangüíneo para as células do tecido; Edema; Temperatura excessivamente baixa ou alta, causada, por exemplo, por mudanças na pressão atmosférica ou diminuição da umidade do ar; Compressão nervosa - desalinhamentos da coluna ou compressão do nervo por músculos; Lesões da coluna (crônicas ou agudas) e desequilíbrios estruturais; Alterações artríticas; Atividade muscular deficiente: espasmos, espasticidade, contraturas; Anúncios Google
  • 5. Alterações no posicionamento visceral, por exemplo, visceroptose. Estressores emocionais: Estados de ansiedade, medo, raiva, etc. Fatores hereditários e congênitos: Hemofilia; Espinha bífida5. Os trajetos neurais envolvidos na massagem podem ser mais bem compreendidos pela revisão de alguns aspectos do sistema nervoso. Três tipos de neurônio formam o sistema nervoso, sendo: Neurônios aferentes (sensoriais); Neurônios eferentes (motores); Interneurônios. São encontrados apenas no snc e formam conexões entre os neurônios aferentes e eferentes. O sistema nervoso é dividido em duas partes: o central (snc) e o periférico. Todos os nervos espinhais e a maioria dos nervos cranianos contêm axônios de neurônios aferentes e eferentes e podem, portanto, ser classificados como pertencentes às divisões aferente (sensorial) ou eferente (motora) do sistema nervoso periférico. O aspecto eferente do sistema nervoso periférico é dividido nas partes somática e autônoma. O sistema nervoso somático é formado de fibras nervosas (motoneurônios), que partem da medula espinhal para inervar as células musculares esqueléticas. O sistema nervoso autônomo inerva músculos cardíacos e lisos, as glândulas e os neurônios do trato gastrintestinal5. Localizados nos terminais periféricos dos neurônios aferentes (sensoriais), temos os receptores cuja função é responder a alterações tanto do ambiente externo quanto do interno (do próprio organismo). O estímulo, ou a energia, que ativa um receptor sensorial pode assumir muitas formas, como tato, pressão, temperatura, luz, ondas sonoras, moléculas químicas etc. A maioria dos receptores responde especificamente a uma forma de estímulo; contudo, em potencial, todos podem ser ativados por diversas formas de energia se a intensidade for suficientemente alta. Os nociceptores, por exemplo, são estimulados por pressão, temperatura e toxinas. Alguns receptores são encontrados nos tecidos periféricos ou na parede externa do corpo, que envolve a pele, a fáscia superficial, os tendões e as articulações. Somente a pele contém de 7 a 135 receptores sensoriais por centímetro quadrado. Os neurônios sensoriais conduzem informações dos receptores para a medula espinhal, para os trajetos ascendentes dentro da coluna e, portanto, para o cérebro (tronco cerebral, tálamo e córtex). Uma sensação descreve a consciência de um estímulo; por exemplo, a pressão que está sendo aplicada aos tecidos. Além de revelar um estímulo direto, a sensação também pode ser compreendida ou percebida - por exemplo, a sensação de dor pode ser percebida como oriunda de uma infecção ou ferimento. A estimulação de um receptor sensorial nem sempre leva a um impulso motor que emerge do corno anterior da medula. Em alguns casos, a resposta é um feedback negativo, que inibe os impulsos motores4,5. Receptores cutâneos - agrupamento geral: Tipo A - Terminais nervosos livres; Tipo B -Axônios espessos mielinizados5. Classificação dos vários receptores5: 1. Mecanoceptores da pele - sensíveis à pressão pelo toque: Tipo “a” (adaptam-se rapidamente ao estímulo e respondem com uma descarga de potenciais de ação; provocam sensações de toque, movimento, vibração e cócegas); Tipo “b” (adaptam-se lentamente ao estímulo e respondem com uma descarga prolongada enquanto o estímulo permanece; provocam sensação de pressão). Corpúsculos de Pacini: Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento na pele-indentação (pressão com o dedo) ou pressão pelo toque; sensíveis à vibração.
  • 6. 3. Corpúsculos de Ruffini e discos de Merkel: Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento na pele-indentação ou pressão pelo toque; sensíveis à pressão prolongada. 4. Nociceptores: Sensíveis a qualquer estímulo que possa causar dano aos tecidos; Diferem de outros receptores porque: Emoções como o medo e a ansiedade são experimentadas junto com a sensação física; Um estímulo doloroso pode evocar uma fuga reflexa ou uma resposta de afastamento; Um estímulo doloroso pode evocar alterações físicas similares àquelas causadas por medo, ansiedade e agressão; essas são mediadas pelo sistema nervoso simpático e incluem aumento na taxa cardíaca, aumento na pressão arterial, maior secreção de adrenalina e maior concentração de glicose sangüínea. Os nociceptores estão localizados no terminal de pequenos neurônios aferentes isentos de mielina ou levemente mielinizados. 5. Termoceptores - os existentes na pele são classificados de acordo com sua resposta ao frio e ao calor: Tipo “a” (receptores de calor: Terminais nervosos livres respondem a temperaturas entre 30 e 40°C e aumentam sua taxa de descarga durante o aquecimento); Tipo “b” (receptores de frio: Estrutura desconhecida, estimulados por temperaturas entre 20 e 35°C e aumentam sua taxa de descarga durante o resfriamento). Em contrapartida aos receptores temos o reflexo, cuja resposta é involuntária a um estímulo que pode ser definido como uma mudança detectável no ambiente, como uma alteração na temperatura ou na pressão. Os reflexos também fazem parte do mecanismo homeostático do próprio organismo. Um trajeto ou arco do reflexo é estabelecido quando os receptores são estimulados. Os impulsos dos receptores percorrem os neurônios aferentes até o centro de integração no cérebro ou na coluna vertebral, e as informações do centro de integração são enviadas ao longo dos neurônios eferentes ao tecido efetor. Quase todas as células do corpo podem ser efetoras, porém as mais especializadas e facilmente afetadas são as de músculos e glândulas. O resultado de uma ação reflexa é a contração ou o relaxamento do tecido muscular. Nos casos em que as informações eferentes do centro de integração são transmitidas no sistema vascular, e não em uma fibra nervosa, o mensageiro é um hormônio. As secreções glandulares são afetadas, portanto, pela contração muscular ou pela estimulação hormonal. Os reflexos são modificados nos centros superiores; por exemplo, a tensão emocional aumenta o reflexo patelar e exacerba a tensão muscular em geral. Os exemplos seguintes de reflexos ilustram sua aplicação na massagem4,5: 1. O trajeto cutâneo-visceral ou reflexo somático: A manipulação dos tecidos cutâneos moles estimula os receptores sensoriais na derme e na fáscia subcutânea. Como resultado, os impulsos aferentes chegam ao corno posterior da medula espinhal. Aí, realizam sinapse com as células do corno anterior e emergem como impulsos motores, que seguem até os gânglios simpáticos do sistema nervoso autônomo. Os impulsos motores continuam ao longo das fibras pós-ganglionares e terminam no tecido-alvo, especificamente nos músculos involuntários do órgão ou da glândula visceral. Um dos efeitos benéficos da massagem é estimular essas estruturas viscerais por meio desse trajeto reflexo; 2. Reflexo viscerocutâneo: A estimulação dos receptores no interior de uma glândula ou órgão conduz a alterações nos tecidos cutâneos periféricos. A ativação dos receptores do órgão pode resultar, por exemplo, em pressão, inflamação ou toxinas bacterianas. As mudanças que ocorrem na periferia podem ser a vasoconstrição dos vasos sangüíneos superficiais, hiperestesia e dor; 3. O reflexo visceromotor: Um reflexo visceromotor envolve as contrações do tecido muscular, voluntárias ou esqueléticas. Resulta de um estímulo, em
  • 7. geral doloroso, que se origina em um órgão visceral. A rigidez muscular pode, portanto, estar relacionada com um reflexo visceromotor, além de estar associada a fatores etiológicos mais diretos; 4. Reflexo abdominal: O toque mais leve na pele do abdome resulta em uma contração instantânea e visível da parede do músculo abdominal. Essa reação involuntária demonstra a sensibilidade do abdome e a necessidade de uma abordagem suave para a masssagem nessa região; 5. O reflexo abdominocardíaco: Consiste em uma alteração na freqüência cardíaca, em geral uma lentificação, resultante da estimulação mecânica das vísceras abdominais. Os movimentos de massagem sobre o abdome realizam alguma manipulação visceral e, portanto, podem também afetar o coração. O relaxamento conquistado com a massagem tem um efeito indireto sobre o sistema nervoso autônomo e, em particular, sobre a divisão parassimpática. O relaxamento profundo supostamente aumenta a estimulação parassimpática, e parece que, quanto mais relaxado o indivíduo torna-se durante e após a massagem, maior a estimulação. Um centro primário nesse circuito complexo é o hipotálamo, que controla a maior parte do sistema nervoso autônomo e o integra ao sistema endócrino. O hipotálamo faz parte do sistema límbico e responde aos impulsos recebidos de neurônios sensoriais viscerais e somáticos. Ele também responde a emoções internas como medo, ansiedade, expectativa e relaxamento. Alguns resultados de pesquisas têm demonstrado a conexão reflexa entre a massagem e as ramificações simpáticas/parassimpáticas do sistema nervoso autônomo. Já foram medidas e observadas algumas mudanças em resposta ao toque da massagem na freqüência cardíaca, pressão sangüínea arterial, temperatura cutânea periférica, freqüência respiratória, resposta cutânea à corrente galvânica, diâmetro das pupilas e temperatura corporal. O contato tátil positivo tem sido associado à estimulação do sistema imunológico. Esses são alguns indicadores da função autônoma; outros resultados, contudo, têm sido variados e, em alguns casos, contraditórios4, 7. Em um estudo buscou verificar os efeitos da massagem no tecido conjuntivo sobre o sistema nervoso autônomo, onde a massagem no tecido conjuntivo foi administrada a adultos de meia-idade e a idosos; as variáveis monitoradas foram a temperatura cutânea, a resposta galvânica da pele, a pressão sangüínea arterial média e a freqüência cardíaca. O estudo não mostrou alterações significativas durante ou após a massagem. Embora contrarie as expectativas, o resultado pode dever-se a diversos fatores. Por exemplo, os efeitos provavelmente são mais importantes em indivíduos com perturbações patológicas, e não em indivíduos sadios, como os que participaram do estudo. Qualquer tensão ou ansiedade, que podem ser sentidas em um ambiente controlado, também influenciam o resultado; nessas condições, os indivíduos podem necessitar de mais tempo para relaxar do que os 15 minutos das sessões realizadas no experimento. Por outro lado, uma resposta reflexa à manipulação do tecido cutâneo, como proposta pela teoria da massagem do tecido conjuntivo, teria realmente um resultado instantâneo4. Em outro estudo, foi descoberto que o amassamento causava um aumento imediato e temporário na pressão sangüínea, seguido de uma diminuição. O resultado está de acordo com o conceito de que a massagem provoca um aumento inicial no tônus muscular dos vasos sangüíneos, seguido de fadiga e relaxamento. Outras observações não demonstravam alteração na pressão sangüínea durante ou após tratamentos com massagem. Um estudo mostrou uma resposta parassimpática imediata, que era indicada
  • 8. por uma diminuição na pressão sangüínea diastólica e sistólica; foram observadas também respostas atrasadas, algum tempo depois do tratamento, mas estas variavam de um para outro indivíduo. Pesquisas adicionais relataram um aumento óbvio na sudorese nos períodos de massagem. Uma vez que as ramificações simpáticas do sistema nervoso autônomo são o único suprimento para as glândulas sudoríparas, a resposta foi classificada como simpática. Isso, na verdade, contraria outros resultados de pesquisas e até mesmo as observações clínicas. Sob circunstâncias normais, não ocorre maior sudorese no paciente durante a massagem, a menos que o paciente esteja estressado. Os efeitos da estimulação sensorial no paciente pré-operatório foram registrados em outro estudo. Conforme relatos, o toque no paciente cirúrgico - com técnicas como afagos nas costas das mãos - estimula os receptores cutâneos, que, por sua vez, produzem uma resposta de relaxamento gerada pelo sistema nervoso parassimpático. Foi observada uma diminuição tanto na pressão sangüínea quanto na freqüência cardíaca; um aumento na temperatura cutânea também era evidente, mesmo em pacientes ventilados. Isso indica um aumento no fluxo sangüíneo periférico e, portanto, uma resposta parassimpática. A vasodilatação e o aumento na temperatura cutânea podem ser resultado da influência hormonal. Tem sido dito que a massagem influencia os mastócitos para liberarem uma substância similar à histamina, que age sobre o sistema nervoso autônomo. A histamina normalmente está presente no corpo e causa vasodilatação durante o dano aos tecidos. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido conjuntivo mostrou acentuada hiperemia e uma sensação de calor, que duravam por 6 horas ou mais após o tratamento. Essas alterações podem ser atribuídas a um efeito parassimpático. Entretanto, as glândulas sudoríparas também eram estimuladas, o que aponta para uma resposta simpática4,5,7. A massagem também pode exercer alguma influência sobre alguns fatores etiológicos da dor. Uma reação instintiva à dor é friccionar a área atingida. A sensação de alívio e o torpor experimentados devem-se a um bloqueio dos impulsos dolorosos ao longo de sua trajetória para o cérebro. A redução da dor ou, mais apropriadamente, da percepção da dor, pode ser obtida pela interrupção ou modificação da transmissão de impulsos aferentes em um de três locais: (a) na periferia; (b) na medula espinhal; e (c) nos níveis superiores ou na área supra-espinhal do snc. Uma das várias maneiras que a massagem ajuda na redução da dor está ligada ao impacto reflexo que ela tem sobre os trajetos sensoriais envolvidos na transmissão da dor. A transmissão da dor começa com os nociceptores, ou receptores da dor. Esses órgãos sensoriais localizam-se na extremidade dos pequenos neurônios não-mielinizados ou levemente mielinizados. Eles são sensíveis a qualquer gatilho que possa causar dano aos tecidos e, conseqüentemente, estão aptos a responder a vários estímulos. Alguns receptores são sensíveis à pressão mecânica intensa, outros respondem à estimulação mecânica e térmica e outros ainda respondem a substâncias químicas irritantes, bem como à estimulação mecânica e térmica3,5. Verificamos também a ação de substâncias irritantes e substâncias químicas pró-inflamatórias como causadores da dor. O dano a uma tecido pode ser causado por um estressor, como pressão, trauma ou substância nociva, que ao ser danificado, o tecido libera substâncias químicas como serotonina, bradicinina, histamina e prostaglandinas.
  • 9. A liberação de certas substâncias químicas em resposta a um dano no tecido ou à atividade metabólica foi uma teoria proposta para a ativação dos trajetos nociceptivos. Essas substâncias químicas exercem um papel importante no processo inflamatório e também irritam os nociceptores, despolarizando terminais nervosos do nociceptor próximo. Ao fazerem isso, as substâncias iniciam potenciais de ação no neurônio aferente. Além de responderem às substâncias químicas, os próprios nociceptores liberam substâncias químicas de natureza inflamatória. A substância P é um exemplo. O aumento no fluxo sangüíneo venoso ajuda na remoção desses agentes químicos irritantes e pró-inflamatórios e inibe a dor no plano periférico. A massagem é muito eficaz na melhora do fluxo sangüíneo venoso; portanto, assume papel significativo na redução da dor. Um acúmulo de edema resulta na elevação da pressão hidrostática dentro dos tecidos intersticiais. Se for elevada de modo significativo, a pressão pode irritar os nociceptores e produzir dor. A massagem ajuda a drenar a linfa excessiva das áreas edemaciadas e, à medida que a pressão sobre os nociceptores é reduzida, a dor t ambém é aliviada3,4,7. A massagem ajuda a liberar nervos comprimidos pela eliminação da tensão muscular, pelo alongamento dos tecidos superficiais e profundos e pelo afrouxamento das articulações e dos ligamentos, uma vez que a dor pode ser causada por um choque nas fibras nervosas, precipitado por contrações ou congestão na pele e na fáscia (superficial ou profunda). As fibras nervosas também podem ser confinadas por desequilíbrios mecânicos nas articulações e nos ligamentos associados. Músculos tensos, espásticos ou contraídos podem ter um efeito similar sobre as fibras nervosas; por exemplo, a pressão sobre o nervo ciático com freqüência é provocada pelo músculo piriforme tenso 1,8. Os neurônios sensoriais são classificados pelas letras A, B ou C. Outra forma de categorização utiliza os números romanos de I a IV, e uma terceira classificação, o alfabeto grego: alfa, beta, gama e delta. A recepção do toque e da vibração é transmitida ao longo das fibras da classe A (grupos I e II; alfa). Essas fibras têm um diâmetro amplo; 20 μm e 5-15 μm, respectivamente. As fibras da classe B têm um diâmetro de 3 μm e são encontradas como nervos pré-ganglionares e autônomos. Os nociceptores transmitem seus impulsos ao longo das fibras da classe C (grupo IV), que têm diâmetro pequeno (0,5-1 μm) e são esparsamente mielinizados. Outros neurônios sensoriais que também transmitem impulsos dolorosos são as fibras da classe A (grupo III; delta). Neste caso, as fibras são mielinizadas e têm um diâmetro um pouco maior (1-7 μm) que as anteriores. Elas respondem a um estímulo intenso e, supostamente, transmitem sensações de um ferimento agudo (tal como uma picada) para a pele4,5. Quando se trata de bloqueio dos impulsos dolorosos, consideramos que o diâmetro da fibra nervosa determina a velocidade de movimentação do impulso. Conforme o diâmetro das fibras aumenta, a resistência ao fluxo da corrente diminui. Isso significa que, quanto maior o diâmetro da fibra nervosa, mais fácil e rápida será a condução dos impulsos. Uma vez que algumas das fibras da classe A (grupos I e II; alfa) têm grande diâmetro, carregam os impulsos mais rapidamente que algumas das fibras menores da classe C (grupo IV) e de certas fibras da classe A (grupo EU; delta). A aplicação de um leve toque à pele durante a massagem estimula as fibras maiores e mais rápidas da classe A (grupos I e II; alfa). Os impulsos que se movimentam ao longo dessas fibras chegam à coluna vertebral com maior rapidez e, conseqüentemente, predominam sobre os estímulos mais lentos. Assim, elas "bloqueiam" os impulsos dolorosos que se movimentam pelas fibras da classe C (grupo IV) e de outras fibras da classe A (grupo III; delta). O mecanismo de
  • 10. bloqueio é encontrado na substância gelatinosa localizada na periferia do corno posterior da coluna. Essa substância cinzenta possui um mecanismo de portal, que controla o ingresso de todos os impulsos sensoriais que chegam e, em particular, daqueles oriundos dos nociceptores. O bloqueio fisiológico no nível do segmento espinhal é chamado de "mecanismo de portal da dor". Ele é obtido com muita eficiência pelo uso de métodos como correntes interferenciais e tens, que significa Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea. Em virtude desse mecanismo de portal da dor, os impulsos são modificados e impedidos de subir pela coluna até o cérebro. A dor, portanto, tem sua intensidade reduzida ou não é absolutamente percebida4,5. Precursor da teoria do mecanismo de portal da dor, James Cyriax em sua técnica de massagem por fricção transversal, esclareceu que a massagem sobre uma área de trauma ou inflamação era usada para reduzir aderências e evitar a formação de tecido cicatricial. Além disso, dizia-se que a técnica teria propriedades de redução da dor. A hiperemia traumática causada pela massagem por fricção transversal ajuda a remover a substância irritante P, provavelmente devido à liberação de histamina. Algumas pesquisas têm refutado o papel específico dos nociceptores (órgãos terminais) e da transmissão da dor ao longo da fibras nervosas. Já foi introduzido o conceito de intensidade, no qual a sensação de dor é verificada quando a intensidade de um estímulo vai além de determinado limiar. Um estímulo de determinada intensidade é percebido como "toque", enquanto o aumento ou o prolongamento da intensidade além do limiar dá início a uma sensação desagradável, associada com dor. Uma teoria também aceita é a de que ambos os elementos dos mecanismos da dor estão envolvidos: os nociceptores e os neurônios sensoriais e um estímulo de determinada intensidade e duração9. A massagem é, talvez, um dos métodos mais antigos para o alívio da dor. Um possível mecanismo pelo qual a massagem causa analgesia é a perturbação do ciclo da dor. Este pode ser descrito como uma contração muscular prolongada que leva a uma dor profunda dentro do próprio músculo. A dor, por sua vez, resulta em uma contração reflexa do mesmo músculo ou de músculos. Tem sido sugerido que a massagem ajuda a romper o ciclo da dor por seus efeitos mecânicos e reflexos e pela melhora na circulação. Relaxar e alongar o tecido muscular reduz a contração prolongada. Além disso, a dor é bloqueada pelo mecanismo de portal da dor, que cessa contrações reflexas adicionais2,3,8. A dor é percebida conscientemente no cérebro no plano do tálamo. Na área supra medular, as estruturas corticais e as estruturas do tronco cerebral estão envolvidas na liberação das substâncias químicas endorfinas e serotonina. Uma resposta significativa à massagem é a produção e circulação desses opiáceos endógenos. Esses analgésicos naturais são encontrados principalmente no cérebro, mas também circulam em muitas outras partes do corpo. Um grupo de analgésicos é o das beta-endorfinas, que são peptídeos opióides. Outro analgésico é a betalipotropina, que é uma forma de lipotropina; este hormônio produzido pela pituitária tem como função mobilizar a gordura do tecido adiposo. A betalipotropina contém os analgésicos endorfinas e metencefalinas; estas substâncias supostamente inibem ou modificam a transmissão da dor em todos os três locais: terminais periféricos dos nervos sensoriais, corno posterior da medula espinhal, e centros superiores do sistema límbico e córtex. Ao melhorar a circulação, a massagem pode, portanto, melhorar o transporte desses modificadores da dor. A influência da massagem sobre os analgésicos naturais tem sido questionada em diversos relatórios de
  • 11. pesquisas. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido conjuntivo mostrou uma elevação moderada de beta-endorfinas plasmáticas, que alcançava o nível máximo 30 minutos após o tratamento. Outras pesquisas observaram os efeitos da massagem no tecido conjuntivo na dor crônica e grave que se desenvolvia após procedimentos neurocirúrgicos. Este tipo de dor é chamado de dor pós-simpática, ou distrofia simpática reflexa. Foi descoberto que a massagem se comparava muito favoravelmente a injeções epidurais e à petidina. Um ensaio não revelou alterações nos níveis sangüíneos periféricos de beta-endorfinas e betalipotropina após o tratamento com massagem; uma possível explicação para isso é que o experimento foi realizado com indivíduos que não apresentavam dor. Outros projetos de pesquisa compararam os efeitos da massagem àqueles dos exercícios, que comprovaram aumentar os níveis sangüíneos periféricos de beta-endorfinas e betalipotropina4. Devemos considerar que fatores emocionais, como expectativa, ansiedade e medo, podem influenciar a percepção da dor. Quanto maior a tensão no indivíduo, mais forte é sua percepção da dor; inversamente, quanto mais relaxado o sujeito, menos intensa a dor parece ser. O estresse, portanto, pode ser considerado um fator de exacerbação da dor, enquanto o relaxamento, como o obtido com a massagem, pode ser fundamental para a redução da dor1, 2. Considerações Finais A comprovação dos efeitos da massagem emerge de diferentes fontes, sendo a mais freqüente a oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes. Porém, encontramos diversas obras literárias, cujos autores relatam respostas embasadas em conhecimento científico sobre os efeitos neurofisiológicos da massagem no organismo humano. Espera-se que estas informações possam contribuir para os profissionais afins, verificarem nos resultados de seus tratamentos efeitos não apenas subjetivos, mas de comprovação científica, considerando também que o requisito mais importante para uma massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo. Referências Bibliográficas 1. Werner R. Guia de Patologia para Massoterapeutas. 2ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 2. Clay JH, Pounds DM. Massoterapia Clínica – Integrando anatomia e tratamento. São Paulo: Manole, 2003. 3. Domenico G, Wood EC. Técnicas de Massagem de Beard. 4ªed. São Paulo: Manole, 1998. 4. Cassar MP. Manual de Massagem Terapêutica – Um guia completo de massoterapia para o estudante e o terapeuta. São Paulo: Manole, 2001. 5. Cohen H. Neurociência para Fisioterapeutas. São Paulo: Manole, 2006. 6. Braun MB. Introdução à Massoterapia. São Paulo: Manole, 2007. 7. Andrade CK, Clifford P. Massagem, Técnicas e Resultados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 8. Hendrickson T. Massagem para Condições Ortopédicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 9. Cyriax JH. Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax. São Paulo: Manole, 2001.
  • 12. http://www.artigonal.com/medicina-artigos/efeitos-neurofisiologicos-da-massagem-terapeutica- 1211608.html Ligação do Sistema Nervoso com a Massagem A massagem além de exercer efeitos sobre todos os sistemas do corpo, também atua sobre o sistema nervoso. Os efeitos neste caso são reflexos, e o efeito reflexo da massagem é o seu efeito mais importante para nós. Todas as manobras efetuadas na pele ativam o sistema nervoso periférico, que se inter-relaciona com o sistema nervoso central, além disso, a massagem também envolve o sistema nervoso autônomo e neuro-endócrino. Mecanismos Neurais Nosso corpo, durante as atividades diárias, fica exposto a vários fatores que exercem um determinado estress físico ou psíquico, e que provocam determinadas reações reflexas e involuntárias envolvendo assim o sistema nervoso autônomo e os nervos motores. Os chamados estressores são de quatro tipos: químicos, físicos, emocionais e congênitos. A massagem envolve alguns efeitos reflexos, como falado anteriormente, veja alguns: 1 - Mecanismos reflexos reduzem a atividade simpática, e promovem a vasodilatação no local da massagem; 2 - Aumento da circulação local e sistêmica, incluindo a atividade dos gânglios parassimpáticos que é aumentada; 3 - Com a melhora da circulação, ajudaremos o organismo a se recuperar, reduzir o espasmo muscular e aumentamos tanto a amplitude articular como a elasticidade dos tecidos conjuntivos; 4 - Iremos verificar também um equilíbrio geral de todos os sistemas do organismo, especialmente sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático. Agora que já temos uma noção de como a massagem funciona, a nível do sistema nervoso, vejamos como atua sobre os neurônios que formam o sistema nervoso, que são de três tipos: 1 - Neurônios aferentes (sensoriais): transmitem as informações coletadas nos tecidos e órgãos do corpo para o SNC, 2 - Neurônios eferentes (motores): conduzem as informações do SNC para os músculos ou glândulas corporais,
  • 13. que irão receber e reagir segundo o impulso enviado. Os axônios e neurônios aferentes e eferentes formam os nervos espinhais que parte da medula espinhal para todo o corpo, 3 - Interneurônios: são eles que formam as conexões entre os outros neurônios. Na pele onde, praticamente são feitos todos os nossos trabalhos manuais, existem ainda os receptores cutâneos que são de vários tipos, esses receptores reagem há varias sensações, e se agrupam entre 7 a 500 por cm², dependendo da sua localização. Poderemos ainda dividi-los em dois grupos: Terminais Nervosos Livres • Não se relacionam com nenhum receptor aparente; • Quase não possuem cobertura da bainha de mielina; • São estimulados por sensações térmicas e dolorosas. Axônios espessos mielinizados • Suas terminações são bastante complexas; • Os mecanoreceptores, que são de dois tipos; • São sensíveis ao deslocamento cutâneo. Principais Receptores Cutâneos Mennel: �A pressão da massagem em direção da circulação venosa é comparável com o ato de comprimir qualquer tubo elástico fazendo esvaziar seu conteúdo líquido�.
  • 14. Corpúsculos de Pacine • São mecanoreceptores sensíveis há qualquer deslocamento da pele; • São sensíveis também a vibrações. Corpúsculos de Ruffine e Discos de Merkel • São mecanoreceptores sensíveis há qualquer deslocamento da pele, pressão ou toque; • É sensível também a pressão prolongada. Mecanoreceptores da Pele São de dois tipos: tipo A e tipo B, ambos são sensíveis à pressão do toque: • Tipo A: são rapidamente adaptáveis aos estímulos externos, e podem responder com varias sensações, respondendo com uma descarga de potencias de ação; • Tipo B: adaptam-se lentamente ao estímulo e respondem longamente ao estímulo. Termoreceptores • Respondem à variação de temperatura; • Tipo A: receptores do calor, terminais nervosos livres, que respondem a temperaturas de 30ºC a 40ºC, aumentam a descarga dos potenciais de ação durante o aquecimento, • Tipo B: receptores de frio, sua estrutura é desconhecida, ainda, sua estimulação ocorre entre 20ºC e 35ºC, o potencial de ação aumenta durante o resfriamento. Nociceptores • Qualquer estímulo nocivo ao corpo os estimula a desencadear dor; • São diferentes dos outros receptores, pois outros estímulos externos também podem estimulá-los; • Medo e ansiedade podem ajudar no estimulo doloroso; • Localizam-se em terminais de neurônios aferentes, desprovidos de mielina; • Podem responder a pressão mecânica intensa e diferenças térmicas muito grandes. http://www.belezain.com.br/massoterapia/sist_nerv_mass.asp
  • 15. Massagem Clássica História A Massagem Sueca deriva das antigas formas de massagem aplicadas na Grécia, tendo sido sobretudo no início do séc. XIX que esta técnica voltou às "luzes da ribalta", tornando-se popular na Europa através do desenvolvimento dado pelo ginasta sueco Per Henrik Ling que aliou os seus conhecimentos de ginástica à prática da massagem aprendida na China, criando assim a técnica que ficou conhecida por Massagem Sueca. A Massagem Sueca consiste em fazer pressão, sempre no sentido do fluxo sanguíneo, em diferentes pontos do corpo. Recorre-se também a técnicas de fricção para melhorar o retorno do sangue ao coração. Neste tipo de massagem costuma ser usual a aplicação de determinados óleos de massagem ou pó de talco, para reduzir a sensação de fricção.Os efeitos da massagem clássica podem ser divididos em: circulatórios, neuromusculares, metabólicos e reflexos. · Os Efeitos Neuromusculares: As manobras da massagem clássica apresentam efeitos benéficos pós-exercícios por aumentar a circulação com eliminação mais rápida de substâncias residuais, melhoram a nutrição das miofibrilhas e eliminam o líquido extracelular, possibilitando um aumento na excitabilidade e contabilidade. Bell defende o repouso intercalado com a massagem, ao invés do repouso isolado para o alívio da fadiga muscular. Segundo os pesquisadores Kellog e Despard, a massagem produz um aumento do músculo, tornando-o mais firme e elástico. Entretanto Mennel não concorda que a massagem aumenta a força muscular e salienta que a massagem não é substituída do exercício. A massagem não aumenta a força e nem o tónus muscular. A força se desenvolve nos músculos que estão se contraindo activamente, preferivelmente contra resistência. Outro efeito da massagem que gera controvérsia é a acção que este recurso promove na recuperação da musculatura após actividade física. Muitos autores acreditam na efectividade dessa modalidade terapêutica após uma actividade física intensa, promovendo uma recuperação muscular mais rápida, além da diminuição da dor. Esses estudiosos acreditam que existe poucas evidencias que sustentam essa tese.Contudo, alem da explicação fisiológica do alivio da dor via massagem, o efeito psicológico desencadeado pelo toque, além do efeito relaxante associado, também tem grande influencia nesse processo. · Os Efeitos Metabólicos: A massagem não aumenta o consumo de oxigênio e nem causa produção de acido láctico. Relatam que a massagem abdominal causa diurese. Esta diurese é acompanhada por elevada excreção de nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio. Estudiosos clínicos realizados por Kalb e Wright em pacientes obesos revelaram que a massagem não tem efeito sobre a obesidade generalizado ou deposito de gordura, sendo ineficaz para a redução de peso.
  • 16. Também não se encontra fundamentação cientifica para as chamadas “massagens modeladoras”, as quais se atribui um deslocamento de tecido gorduroso para determinadas regiões. As Manobras Básicas da Massagem Clássica · Deslizamento Superficial: Consiste em movimentos deslizantes em grandes superfícies, leves, suaves e rítmicos. A direcção das manobras é indiferente, uma vez que a pressão exercida é insuficiente para afectar a circulação. Mantendo-se um ritmo uniforme, assegura-se um bom relaxamento. O seu principal efeito se faz via reflexa, produzindo uma analgésica neuromuscular. Provoca uma diminuição da excitabilidade das terminações nervosas livres e auxilia na regeneração da pele. Deve-se iniciar e finalizar a massagem pelo deslizamento superficial, que tenha a função de aumentar o limiar de sensibilidade, tornando mais agradáveis as manobras subsequentes. · Deslizamento Profundo: É o movimento exercido com pressão suficiente para causar efeitos mecânicos e reflexos. É indispensável que o grupo muscular a ser submetido ao deslizamento profundo esteja relaxado e que seja observado o sentido da drenagem venosa e linfática, favorecendo o esvaziamento venoso e linfático, actua sobre a pele e o tecido celular subcutâneo, melhorando as condições de circulação, nutrição e drenagem dos líquidos tecidulares. O músculo sofre compressões alternadas no sentido da disposição de suas fibras. A pressão é exercida é intermitente, deve-se evitar o pinçamento da pele e dos tecidos superficiais. O seu principal efeito é mecânico, melhorando suas condições circulatórias da musculatura, liberando as aderências, resíduos metabólicos e aumentando a sua nutrição. · Fricção: São movimentos circulares ou transversais. O seu principal objectivo é a quebrar de aderências por acção mecânica nos tecidos musculares, além de sua prevenção após traumatismos. · Vibração: É o impulso vibratório transmitido à área a ser tratada. Técnica de difícil execução devido à dificuldade em se manter os tecidos a uma frequência constante de vibração. De entre os seus defeitos está a diminuição da excitabilidade nervosa. · Percussão: Técnica de massagem na qual os tecidos são submetidos a golpes manuais ritmados, utilizando-se o bordo cubital da mão espalmada ou fechada. Auxilia na drenagem postural por libertação das secreções. Indicações da Massagem Clássica:
  • 17. · Edema e hematoma; · Cicatrizes aderentes; · Tensão muscular; · Dor e diminuição da amplitude de movimento. Contra – Indicações da Massagem Clássica: · Tumores benignos ou malignos; · Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos etc.); · Gravidez – para massagens abdominais mais profundas; http://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_aberto_da_massagem/Tipos_de_massagem · Efeitos fisiológicos sobre o sistema nervoso: Métodos diferentes de aplicação da massagem fornecerão variações sutis de input aferente que sucessivamente podem causar vários efeitos como sedação ou estimulação. Os receptores de dor não são facilmente adaptativos, então se substâncias químicas prejudiciais estiverem presentes como resultado de uma lesão, os sinais de dor provavelmente serão deflagrados e enviados para o SNC. A massagem usada adequadamente em áreas periféricas acessíveis de dano, tem um efeito positivo na redução da dor. Especula-se que sob essas circunstâncias a massagem pode causar alterações na circulação local de tal maneira que cause a redução ou eliminação dessas substâncias nocivas causando analgesia. Indicações · Em transtornos musculoesqueléticos em geral. · Em distúrbios circulatórios sob recomendação médica pelo perigo de trombose venosa. · Em transtornos reumatológicos. · Em cicatrizes, evitando ou reduzindo aderências. · Após períodos de imobilização. Contra-indicações · Desordens da pele, como o eczema, que poderiam ser irritadas pelo aumento do calor da região ou pelo uso dos lubrificantes.
  • 18. · Quando infecções superficiais estiverem supurando. · Na presença de tumores malignos. · Na presença de cicatrizes recentes, não-curadas ou feridas abertas. · Em áreas de equimose, embora no quarto dia a massagem é útil para o tratamento do hematoma. · Uso de medicação anti-coagulante. Técnicas de massagem terapêutica · DESLIZAMENTO É realizado unidirecionalmente com toda a superfície palmar de uma ou das duas mãos. É útil para dar início a uma seqüência de massagem permitindo que o paciente se acostume com a sensação transmitida pelas mãos do terapeuta e para que o terapeuta possa sentir os tecidos do paciente. O deslizamento pode ser realizado lentamente, para maior relaxamento tecidual, ou rapidamente, para efeito estimulante. Deslizamento superficial: lento e suave – efeito relaxante. Deslizamento profundo: lento e com uma pressão maior – efeito estimulante para a circulação sangüínea por isso geralmente é realizado na direção do fluxo venolinfático (é muito semelhante à effleurage). · EFFLEURAGE É um movimento de deslizamento lento, realizado com pressão crescente e na direção do fluxo venolinfático (direção centrípeta). Sempre que possível o movimento termina com uma pausa definida, em um grupo de nodos linfáticos superficiais. É útil para facilitar a circulação e para o acabamento de uma seqüência de massagem. É realizada com a superfície palmar de uma ou das duas mãos, alternadamente ou de forma simultânea, sempre de distal para proximal. Ao final de cada movimento, pode-se deixar que as mãos retornem a sua posição inicial por meio de um deslizamento suave, ou podem ser erguidas da superfície do corpo, retornando “pelo ar” até a posição inicial. · PÉTRISSAGE (PRESSÃO) Abrange diversos movimentos de massagem distintos que se caracterizam por uma firme pressão aplicada aos tecidos. Seus efeitos são: melhora do fluxo sangüíneo e linfático, relaxamento muscular e analgesia.
  • 19. Amassamento: músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente comprimidos e liberados. O movimento ocorre em um sentido circular. Durante a fase de pressão de cada movimento, a mãos (ou mãos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais profundas. Durante a fase de liberação (relaxamento), a mãos (ou mãos) desliza suavemente até uma área adjacente, e o movimento é repetido. Visa a mobilização das fibras musculares e de outros tecidos profundos promovendo o funcionamento normal dos músculos. Também tem utilidade na mobilização da tumefação crônica, sobretudo nos locais em que esta tumefação sofreu um processo de organização e está impedindo a movimentação das articulações e do respectivo membro. Beliscamento: um ou mais músculos são agarrados, erguidos dos tecidos subjacentes, comprimidos e soltos (liberados). O agarramento e a liberação são realizados em um movimento circular, habitualmente na mesma direção das fibras musculares. Visa aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular. Torcedura: os tecidos são levantados com ambas as mãos e comprimidos alternadamente entre os dedos e o polegar das mãos em oposição. As mãos movimentam-se alternadamente ao longo do eixo longitudinal do músculo, operando transversalmente às fibras musculares e estirando os tecidos. Esta também é uma técnica realizada amplamente em tecido muscular, com a finalidade de mobilização de músculos individuais ou grupos de músculos visando aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular. Rolamento da pele: os tecidos subcutâneos são rolados sobre as estruturas mais profundas visando a mobilização entre a pele e as estruturas subcutâneas facilitando o movimento articular que possa ter ficado comprometido por uma imobilização excessiva da pele.A s mãos repousam completamente, lado a lado, sobre a superfície cutânea, com os polegares esticados e afastados o mais longe possível. Os dedos estendidos arrastam os tecidos na direção dos polegares produzindo uma prega de pele entre os dedos e os polegares. Em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos rolando-os em torno daquela parte do corpo em um movimento ondular. · PERCUSSÃO Abrange vários movimentos distintos de massagem que se caracterizam por partes variadas da mão golpeando os tecidos em uma velocidade bastante rápida. Habitualmente, as mãos operam alternadamente, os pulsos são mantidos flexíveis, de modo que os movimentos são leves, elásticos e estimulantes. Palmada: as mãos em concha golpeiam rapidamente a superfície cutânea, comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração que penetra nos tecidos. As palmadas são realizadas com rapidez visando estimular os tecidos. Quando efetuadas sobre os pulmões ajudam a mobilizar secreções.
  • 20. Pancada ou batimento: é um movimento em que as mãos fechadas golpeiam, alternadamente, a parte do corpo, de modo que a região dorsal das falanges médias e distais dos dedos e a região tênar e hipotênar da mão entrem em contato com os tecidos. Os objetivos são os mesmos da palmada. Cutilada ou acutilamento: é um movimento realizado com uma ou duas mãos, em que o bordo ulnar golpeia a superfície da pele em rápida sucessão com o objetivo de criar um efeito estimulante e vigoroso. Socamento: é o movimento em que as bordas ulnares das mãos frouxamente cerradas golpeiam alternadamente e em rápida sucessão a superfície corporal. · VIBRAÇÃO É uma técnica praticada com uma ou duas mãos em que um delicado movimento de agitação ou tremor é transmitido aos tecidos pela mãos ou pela ponta dos dedos. O objetivo é estimular o tecido muscular e liberar secreções pulmonares. · FRICÇÃO PROFUNDA (Fricções de Cyriax) Consistem de movimentos breves, precisamente localizados e profundamente penetrantes realizados em uma direção circular ou transversal com o objetivo de mobilizar tendões, ligamentos, cápsulas articulares e tecidos musculares particularmente se estiverem presentes inflamações ou aderências crônicas. Para que seja obtido um firme contato com a pele não são utilizados lubrificantes. Fricção circular: é efetuada com a ponta dos dedos ou com os polegares em movimentos circulares. Os dedos devem ser pressionados obliquamente nos tecidos, em seguida são mobilizados em pequenos círculos se aprofundando ligeiramente a cada círculo sucessivo. Desta forma, os tecidos superficiais são mobilizados sobre os tecidos mais profundos. Ao ser atingida a profundidade necessária (comumente após três ou quatro círculos), a pressão é liberada gradualmente, e os dedos são levantados e pousam numa área adjacente. Referências bibliográficas DE DOMENICO, Giovanni; WOOD, Elizabeth C. Técnicas de massagem de Beard. São Paulo: Manole, 1998. FERRELL-TORRY, AT; GLICK, OJ. (1993). The use of therapeutic massage as a nursing intervention to modify anxiety and the perception of cancer pain. Cancer Nursing. 16(2) 93-101. HOLLIS, Margaret. Massagem na fisioterapia. São Paulo: Editora Santos, 2001. WEINBERG, RJA; KOLODNY, J. (1988) The relationship of massage and exercise to mood enhancement. The sport Psychologist, 2, 202-11.
  • 21. http://melhorviverbem.com/documents/massagemterapeutica.doc 3. Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura Cuthbertson (1933) revisou a literatura existente sobre este tópico e conduziu, ele próprio, vários experimentos. Estes foram seus achados: · O débito urinário fica aumentado, sobretudo após uma massagem abdominal; · A excreção de ácidos não sofre alteração, e não há mudança no equilíbrio ácido-básico; · As taxas de excreção para nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio são aumentadas; · Em pessoas normais, não há um efeitos imediato sobre o consumo basal de oxigênio, ou na freqüência de pulso ou pressão sangüínea; O sistema linfático tem importância crucial na remoção de proteínas plasmáticas e outras grandes moléculas, depois de ter sido depositadas no líquidos intersticial. Estas moléculas são demasiadamente grandes 6. Efeitos no Sistema Nervoso Sempre que a pele é tocada, ou que os tecido subjacente são manipulados, são ativados diversos receptores sensitivos em vários tecidos. O efeito sedativo da massagem pode ser facilmente demonstrado, e Mennel, afirmava que “há efeitos no sistema nervoso central bem como um efeito local no nervos receptores sensitivos e possivelmente nos motores”. Não é nova a idéia de promover efeitos específicos no sistema nervoso, ou de fato no controle nervoso de muitos órgãos e sistemas. A acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de massagem se propõem a afetar uma série de funções do sistema nervoso. Princípios também encontrados na reflexologia. http://www.albertomonteiro.com.br/materiais/apostilas/apostilaprinciptroducao.pdf Saúde: Massagem contra a ansiedade Postado por Leonardo T. as 22:18
  • 22. Mais do que falar da ansiedade em si, será melhor falar primeiramente da massagem, e dos seus efeitos no organismo. Desde sempre o toque revelou ser um aspecto muito importante para o ser humano. O toque perceptivo, o toque afetivo, o toque curativo, todos eles envolvendo sempre emoções e sentimentos, até mesmo os mais simples como, por exemplo, perceber uma textura através do tato, ou esfregar com as mãos uma zona do corpo recém lesionada. São instintos puros que nos trazem a satisfação ou alívio, e mais do que esses sentimentos alcançados, a sua procura é realizada de maneira instintiva e quase inconsciente. Em termos de efeitos reflexos da massagem, esta age diretamente sobre todo o organismo em termos físicos e químicos, sendo também a consequência dessa ação, efeitos químicos e fisiológicos dentro do nosso organismo. Isto é, age diretamente estimulando vários sistemas, como o Sistema Tegumentar (pele), Sistema Muscular, Sistema Respiratório, Sistema Circulatório, Sistema Ósseo, Sistema Imunológico e direta bem como indiretamente, também o Sistema Nervoso. Efeitos Diretos e Indiretos
  • 23. Em termos físicos, e de maneira direta, a massagem proporciona a remoção de toxinas, a irrigação sanguínea por todo o corpo, uma melhor oxigenação do organismo devido à redução e regulação do ritmo respiratório, uma maior maleabilidade muscular (redução da tensão muscular), e o alinhamento da fáscia no seu devido lugar. Em termos indiretos, a massagem tem uma grande influência sobre o Sistema Nervoso. A pele possui milhares de terminações nervosas, as quais permitem o reconhecimento de sensações como temperatura, dor, pressão, textura. É a pele também, que ao sentir certos estímulos (como os de uma sessão de massagem, por exemplo) transmite determinados sinais ao cérebro que acionam a estimulação de determinadas partes do Sistema Nervoso. Estimulação neuro-hormonal e a redução da ansiedade Quando em um estado de pressão constante, ou em um estado de ansiedade quase permanente, o Sistema Nervoso Simpático encontra-se em constante atuação (devido a mecanismos cognitivos) e é este sistema que normalmente é ativado quando de situações de ameaça, preparando o corpo para enfrentar a ameaça, ou para fugir da mesma. Como tal, os batimentos cardíacos aceleram, os músculos ficam tonificados, as pupilas dilatadas, o corpo transpira, entre outros traços evidentes em um corpo que se prepara para sobreviver ao meio ambiente. Na maioria dos casos das pessoas que se encontram a ler esta informação sobre redução de ansiedade, os sintomas não chegarão a ser tão agudos, e refletem-se mais provavelmente em uma angústia constante, ameaça inconsciente ou sem razão, ou qualquer outro tipo de desconforto constante. A fisiologia da luta ou fuga, ou, melhor dizendo, sobre a ativação do Sistema Nervoso Simpático para reagir a uma situação de luta ou fuga, é principalmente composto por dois neurotransmissores, a Adrenalina, e a
  • 24. Noradrenalina, que estimulam o corpo de modo a este reagir com aceleramento cardíaco, respiratório, tonificação dos músculos, pupilas dilatadas, entre outros. Embora de difícil eliminação, e também sendo essa uma das razões pelas quais mesmo depois de a nossa ameaça desaparecer, continuarmos com a mesma sensação de elevado alerta, a Adrenalina e a Noradrenalina são eliminadas por outras substâncias presentes no organismo, ou, pela estimulação do Sistema Nervoso Parassimpático. O Sistema Nervoso Parassimpático é o que entra em funcionamento quando nos sentimos com sono, estamos num estado de vigília, ou estamos simplesmente muito relaxados. O Sistema Nervoso Parassimpático é, assim, uma preciosa ajuda na eliminação daquilo que constrói a fisiologia da ansiedade. Como é possível eliminar a ansiedade através da massagem? A ansiedade pode ser eliminada (e na quase totalidade das pessoas, certamente o será) através da massagem, desde que se cumpra um plano baseado em regularidade, frequência, e em que a própria pessoa sinta que o poder para eliminar a ansiedade reside nela própria. A maneira como a massagem atua neste plano é ativando o Sistema Nervoso Parassimpático, com alguma frequência inicial, permitindo fazer assim com que a durabilidade dos efeitos da massagem vá sendo cada vez maior, tornando-se depois mais regular, de modo a que o seu organismo comece a produzir por si próprio, formas de combater ou destruir a fisiologia da ansiedade. Em termos anímicos, o ter na sua rotina semanal algo que traga conforto, alívio, ou uma alegria, faz com que se sinta motivado não só para o evento em si, mas também para todos os outros eventos banais ou especiais, da sua vida. E é esse conforto, alívio, ou alegria, na sua rotina, que a massagem também lhe oferece, sendo um complemento extremamente importante aos processos fisiológicos já acima referidos.
  • 25. http://www.liberimago.com/2010/02/saude-massagem-contra-ansiedade.html Efeitos fisiológicos e terapeuticos A massagem influência sempre a circulação dos diversos tipos de tecido. Condições patológicas que ocorrem numa determinada estrutura irão reflectir-se noutras estruturas interferindo com a função de todo o organismo. O efeito principal da massagem consiste em produzir estimulação mecânica dos tecidos por meio de uma pressão e estiramento ritmicamente aplicados. A pressão comprime os tecidos moles e distorce as redes de receptores nas terminações nervosas. Ao aumentar os lúmens dos vasos sanguíneos e espaços dos vasos linfáticos, estas forças afectam a circulação capilar, venosa, arterial e linfática. Alguns dos efeitos fisiológicos e terapeuticos consequentes da massagem são: · Aumento da circulação sanguínea e linfática; · Amento do fluxo de nutrientes; · Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos; · Estimulação do processo de cicatrização; · Resolução do edema e hematomas crónicos; · Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo; · Alívio da dor; · Aumento dos movimentos das articulações; · Facilitação da actividade muscular; · Estimulação das funções autonómicas; · Estimulação das funções viscerais; · Remoção das secreções pulmonares; · Aumento da temperatura periférica da pele e do corpo; · Estímulo sexual; · Promoção do relaxamento local e geral. · Mobilização da pele e dos tecidos subcutâneos Os tipos de reacções serão sempre os mesmos mas, a intensidade e duração pode variar, dependendo da severidade da patologia e da força do estímulo. Tecido nervoso O sistema nervoso é o responsável pelo desempenho da maioria das funções do controlo do nosso corpo, em conjunto com o sistema endócrino. Enquanto que o sistema nervoso controla as actividades rápidas do corpo (contracções musculares, fenómenos viscerais e intensidade de secreção de algumas glândulas endócrinas) através de impulsos
  • 26. electroquímicos, o sistema endócrino regula as funções metabólicas corporais, através da actuação de substâncias químicashormonas. O sistema nervoso é constituído por mais de 100 biliões de neurónios, e estes são considerados a sua unidade funcional básica. Diferenciam-se das células dos outros tipos de tecidos devido aos seus prolongamentos (dendrites e axónios), há ausência de replicação e de regeneração e ainda devido á sua principal característica de sinapse entre si. O neurónio é constituído por: um corpo celular ou soma, os dendrites e o axónio. O corpo celular contém o núcleo da célula que é bastante volumoso, e várias estruturas responsáveis pelo metabolismo, crescimento e reparação do neurónio, como por exemplo retículo endoplasmático, corpúsculos de Nissl, lisossomas, mitocôndrias, aparelhos de Golgi, etc. Os dendrites são mais curtos que os axónios sendo maioritariamente os responsáveis pela recepção dos estímulos (sinapse axo-dendrítica), embora em alguns casos o corpo celular e o axónio, nos nódulos de Ranvier, também possam participar nesta recepção (sinapse axo-somática e axo-axónica respectivamente). Os axónios são os prolongamentos mais longos existindo apenas um por neurónio. Estes podem ser, ou não, envolvidos por uma bainha de mielina, passando a ser designados por mielínicos ou amielínicos respectivamente. A mielina apresenta uma capacidade isoladora e assume um importante papel nas trocas iónicas, tornando-as, assim, mais rápidas e com menos gastos de energia. Esta bainha não é contínua ao longo do axónio, apresentando intervalos designados por nódulos de Ranvier, sendo a este nível possível as trocas iónicas. Nas extremidades dos axónios encontram-se os botões terminais que estão em “contacto” com os receptores do neurónio seguinte (dendrites, corpo celular ou axónio), estabelecendo-se, assim, uma sinapse. Existem diferentes tipos de neurónios dependendo do número de dendrites que apresentam. Sendo assim, os que apresentam vários dendrites são designados por neurónios multipolares e são mais frequentes, existindo também os bipolares, que apresentam um dendrite e um axónio, e os unipolares, que apresentam um prolongamento comum que sai do corpo celular e que depois se divide no axónio e no dendrite. No entanto, o sistema nervoso também apresenta outro tipo de células que têm como função principal o suporte dos neurónios, chamadas as células da nevróglia. Estas têm a capacidade de se replicarem ao longo da vida e dividem-se no sistema nervoso central em oligodendrócitos, astrócitos e micróglia, e no sistema nervoso periférico em células de Schwann. Embora, as células da nevróglia não participem na condução nervosa, apresentam outras importantes funções no tecido nervoso, como as funções mecânicas e de suporte, preenchimento de espaços no tecido nervoso e separação de estruturas, transporte de substâncias, isolamento eléctrico dos neurónios, regulação do seu metabolismo e formação da bainha de mielina. http://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_aberto_da_massagem/Bases_te%C3%B3ricas Ação Fisiológica da Massoterapia Neuromuscular Segundo Leitão apud Nessi (2003), com a finalidade de se obter maior clareza do papel da massagem ou massoterapia, devemos citar uma parte do trabalho de dois grandes fisiologistas: Best e Taylor, segundo os quais a fricção profunda causa uma dilatação capilar duradoura. Desse modo, as trocas gasosas no interior dos músculos são realizadas com maior facilidade, permitindo que o sangue circule facilmente e com maior quantidade de oxigênio. Devido ao maior aporte sangüíneo no interior do músculo e na superfície da pele, ocorre um aumento pequeno na temperatura e uma conseqüente vasodilatação. Além disso, a massoterapia também desempenha papel importante nas trocas nutritivas e gasosas, entre a corrente sangüínea e os tecidos subcutâneos, contribuindo para melhorar o funcionamento de todo o organismo. Segundo Figueira apud Nessi (2003, p. 5), também afirma que: Massagem é o termo usado para indicar um conjunto de manipulações sistemáticas, científicas e corporais, podendo ser manual ou mecânica, com efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular
  • 27. e circulatório. A massagem hoje é também uma terapia de alívio, podendo ser utilizada a qualquer momento, desde que feita com sabedoria. Podemos dizer que a massoterapia estimula a nutrição tecidual e muscular, impedindo que a fadiga se acumule num músculo ativando a circulação e conseqüentemente eleva a capacidade de reabsorção dos catabólitos celulares. A massoterapia sendo empregada sobre os músculos pode ser estimulante, se realizada por apenas 15 minutos e pode fazer com que desapareça, temporariamente o estresse muscular, o qual se manifesta após uma jornada de trabalho e atividades da vida diária. Ação Fisiológica da Massoterapia Sobre o Sistema Nervoso A massoterapia sobre o sistema nervoso, dependendo da pessoa a qual está sendo submetida e pode agir de formas diferentes. Aplicada num ritmo rápido e com intensidade leve estimula e excita, ao passo que com uma intensidade moderada à profunda num ritmo lento acalma, produz efeitos sedativos. Cassar (2001), afirma “o efeito reflexo sobre sistema nervoso autônomo mais freqüente da massagem é sensação geral de bem-estar”. Com as modernas e atuais tecnologias hoje é possível saber o que ocorre a nível nervoso e endócrino quando se aplica a massoterapia sobre o corpo humano. Fritz (2003, p.5) afirma: A tecnologia científica nos possibilitou descrever algumas respostas fisiológicas ao toque, tais como as mudanças na concentração de hormônios, alteração na atividade do sistema nervoso central e periférico e na regulação dos ritmos do corpo. http://www.escolaciemsahb.com.br/modules/news/article.php?storyid=9 Efeitos da Massagem A massagem produz estimulação mecânica nos tecidos, por aplicação rítmica de pressão e estiramento. A pressão comprime os tecidos moles e estimula as redes de receptores nervosos; o estiramento aplica tensão sobre os tecidos moles e também estimula as terminações nervosas receptoras. O uso destas duas forças pode, através da mudança dos vasos sangüíneos e linfáticos, afetar a circulação capilar, venosa, arterial e a circulação linfática. Pode-se estimular os esteroceptores, tanto superficiais como profundos da pele, proprioceptores nos músculos e tendões; e interoceptores nos tecidos mais profundos do corpo. Pode-se liberar o muco das vias respiratórias e drenar o excesso. O modo de aplicação destas forças mecânicas é determinado pelo terapeuta de acordo com sua escolha dos tipos de movimento de massagem (deslizamento, fricção, amassamento, percussão, compressão e vibração) e a habilidade em regular a duração, quantidade, intensidade e ritmo do estímulo. Maiorias dos efeitos da massagem são experiências clínicas, através de relatórios, objetivos e testemunhas; outras são racionalização das hipóteses baseadas no conhecimento de anatomia e fisiologia, umas em estudos laboratoriais controlados e algumas são descritas apenas como uma idéia luminosa. Efeito da massagem no metabolismo Muita pouca experiência recente tem sido feitas sobre o efeito da massagem no metabolismo, apesar dos vários estudos realizados há mais de 50 anos. Alguns estudos indicam. I. Ocorre um aumento do débito urinário. II. A excreção de ácido não é alterada e não ocorre nenhuma mudança no equilíbrio ácido básico no sangue. III. Nas pessoas normais não ocorre nenhum efeito imediato no consumo basal de oxigênio, ou na freqüência de pulso ou pressão arterial. http://www.agapeholos.org/Biblio004.htm Técnicas de Massagem de Beard - 5 Índice do Artigo
  • 28. Técnicas de Massagem de Beard 2 3 4 5 6 7 Todas as Páginas Página 5 de 7 Efeitos Mecânicos, Fisiológicos, Psicológicos e Terapêuticos da Massagem Segun Aderências II - Efeitos Fisiológicos da Massagem * Aumento da circulação sangüínea e linfática; * Aumento do fluxo de nutrientes; * Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos; * Estimulação do processo de cicatrização; * Resolução do edema e hematoma crônico; * Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo; * Alivio da dor ; * Aumento dos movimentos das articulações; * Facilitação da atividade muscular; * Estimulação das funções viscerais; * Remoção das secreções pulmonares; * Estímulo sexual; * Promoção do relaxamento local e geral. Segundo árabe Avicena: "o objetivo da massagem consiste em dispersar os metabólicos removendo assim a fadiga". IV - Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura Cuthbertson (1933) revisou a literatura existente sobre este tópico, estes foram seus achados: * O débito urinário fica aumentado, sobretudo após a massagem abdominal;
  • 29. * A excreção de ácidos não sofre alteração, e não há mudança no equilíbrio ácido-básico; * As taxas de excreção para o nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio são aumentadas; * Em pessoas normais, não há um efeito imediato sobre o consumo basal de oxigênio, ou na freqüência de pulso ou pressão sangüínea. É importante que nos lembremos da importância crucial do sistema linfático, na remoção das proteínas plasmáticas e outras grandes moléculas, depois de ter sido depositadas no líquido intersticial. VII - Efeitos no Sistema Nervoso Sempre que a pele é tocada, ou os tecidos subjacentes são manipulados, são ativados diversos receptores sensitivos em vários tecidos. Goldberg e colaboradores (1992) estudaram e demonstraram que uma técnica de massagem mais profunda produziu uma redução mais pronunciada na amplitude do reflexo H do que a massagem superficial. O efeito é de natureza reflexa. O efeito sedativo da massagem geral pode ser facilmente demostrado, e Mennell, em 1945, afirmava que "há provavelmente um efeito no sistema nervoso central, bem como um efeito local nos nervos sensitivos e, possivelmente, motores". Não foi ainda esclarecido quais mecanismos reflexos específicos são responsáveis, e nem o grau de simplicidade ou complexidade da ação ou ações reflexas. Não é nova a idéia de promover efeitos específicos no sistema nervoso, ou de fato no controle nervoso de muitos órgãos e sistemas. A acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de massagem se propõem a afetar uma série de funções do sistema nervoso. XIV - Principais Usos da Massagem Terapêutica Os efeitos mecânicos, fisiológicos e psicológicos da massagem dão origem aos seus efeitos terapêuticos. Estes efeitos são a base para os usos terapêuticos. Os principais usos são, portanto: * Ajudar no relaxamento geral ou local; * Aliviar a dor; * Tratar: - edema crônico; - Tecido cicatricial; - Lesões de músculos, tendões, ligamentos ou articulações; - Hematomas; - Constipação crônica (há pouca evidência apoiando esta indicação); - Facilitação dos movimentos; - Prevenção da deformidade. XV - Contra-Indicações à Massagem
  • 30. * Infecção aguda - ossos (por exemplo, osteomielite) - articulações (por exemplo, artrite séptica) - pele (por exemplo, dermatite) - músculo (por exemplo, miosite) - tecido subcutâneo (po exemplo, celulite) * Doença de pele (por exemplo, psoríase) * Câncer ou tuberculose na área a ser tratada * Áreas de hiperestesia grave * Presença de corpos estranhos (areia, vidro) * Doenças dos vasos sangüíneos (por exemplo, tromboflebite) * A massagem pode ser ministrada, mas com grande cuidado, a pacientes que apresentem varicosidade significativa das veias, hemofilia ou edema visível. XVI - Precauções Gerais A massagem é um tratamento relativamente seguro contudo a lista a seguir contém muitas precauções que devem ser observadas antes, durante, e depois da massagem. 1. Obtenha um diagnóstico médico acurado; 2. Efetue um exame físico (clínico) apropriado; 3. Verifique cuidadosamente as possíveis contra-indicações ao tratamento; 4. Cubra, verifique o posicionamento, e apóie o paciente de forma apropriada; 5. Garanta um elevado padrão de limpeza, especialmente para as mãos (do terapeuta); 6. Efetua a massagem monitorada à resposta do paciente; 7. Avalie e documente a resposta do paciente ao tratamento http://www.massagemterapeuticaintegral.com/index.php?option=com_content&view=article&id=48%3Atecnicas-de-massagem-de-beard& catid=34%3Aconfusion&limitstart=4 Efeitos da Massagem 4 - Efeitos sobre a dor 4.1 Estimulação de nociceptores Receptores de dor (nociceptores) na pele e noutros tecidos reconhecem distúrbios por estímulos mecânicos, térmicos ou químicos e medeiam o impulso através de neurónios aferentes para o SNC (onde estímulo é percebido como dor). Se um ponto de dor for “acariciado” ou pressionado, os impulsos são transmitidos através das fibras A-beta. Estas, ao serem mais rápidas do que as A-delta e C, dominam o estímulo mais lento e ganham, por assim dizer, aos concorrentes. A consequência é que a dor já não é percebida da mesma
  • 31. forma, os impulsos de dor já não chegam ao cérebro por meio do tálamo. Este fenómeno chama-se inibição pré-sináptica 1. Efeitos da Massagem A influência da Massagem sobre o organismo é poderosa. Estes efeitos baseiam-se em processos que se influenciam reciprocamente. Estes efeitos diferenciam-se em mecanismos mecânicos, bioquímicos, reflexos e imunitários. Hugo Pedrosa 2010 2. Efeitos da Massagem 1 - Efeitos mecânicos Os efeitos que surgem por meio do movimento das mãos sobre a pele são denominados efeitos mecânicos. Efeito de Mobilização (baseia-se em dois passos) a) Dissolução de aglutinações – por exemplo, da sedimentação de ácido hialurónico e gordura – entre as várias camadas de tecido. b) São dissolvidas ligações cruzadas (crosslink) patológicas entre as fibras de colagénio por meio da libertação da enzima colagenase. Crosslink – Entende-se por ligações cruzadas as alterações estruturais insolúveis em água, condicionadas pela adaptação e formadas no caso períodos de imobilização, que limitam nitidamente a dimensão do movimento. Hugo Pedrosa 2010 3. Efeitos da Massagem 2 - Efeitos bioquímicos 2.1 Libertação de mediadores da inflamação A utilização de diferentes técnicas de massagem provoca a libertação de diversas proteínas. Os estímulos mecânicos da massagem levam à activação de mastócitos que em sequência provocam a produção em maior quantidade de histamina. Este mediador da inflamação actua sobre a parede dos capilares e arteríolas, dilatando e aumentando a sua permeabilidade. O rubor (visível) dura cerca de 20 a 30 minutos e é um sinal de que a libertação de histamina é um efeito a curto prazo. Hugo Pedrosa 2010 4. Efeitos da Massagem 2 - Efeitos bioquímicos 2.2 Libertação de substâncias mediadoras que inibem a dor As endorfinas são substâncias semelhantes aos opiáceos do próprio corpo. São libertadas pelo sistema nervoso, de forma aumentada, não apenas nos tratamentos de massagem, mas também na actividade física. As endorfinas são conhecidas, entre outras coisas, pelo seu efeito inibidor da dor. A presença de maiores quantidades de serotonina também tem efeito sobre a dor. O efeito inibidor da dor baseia-se no facto da serotonina interromper a transmissão de estímulos de dor para o córtex. Hugo Pedrosa 2010 5. Efeitos da Massagem 3 - Efeitos reflexos O estímulo mecânico da massagem estimula receptores e terminações nervosas livres nas diferentes camadas de tecido. Desta forma, o estímulo é passado para o SNC, onde finalmente é elaborado. O resultado final é o desencadear de efeitos reflexos. 3.1 Caminhos e zonas reflexas São conhecidas as relações entre disfunções de órgãos internos e os tecidos somáticos como a pele, músculos, etc. Reflexo viscerocutâneo – Se um órgão interno entra em disfunção, a dor pode ser projectada para determinada zona da pele, produzindo uma hipersensibilidade na forma de dor http://www.slideshare.net/hugopedrosa31/efeitos-da-massagem