1. 2. EFEITOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO
Os efeitos da massagem serão desencadeados pelos mecanorreceptores
presentes na pele; estes mecanorreceptores podem ser: terminações nervosas livres,
corpúsculos
de Paccini, corpúsculos de Meisnner, órgão tendinoso de Golgi e fuso muscular.
(Fisioterapia em
Movimento, 2001)
http://www.tre-se.
gov.br/servicos/servico_medico/saude_em_dia/efeitos_massagem/EfeitosdaMassag
emnocorpo.pdf
Efeitos Neurofisiológicos da Massagem Terapêutica.
Joelson Fachini ¹; Simone Korn ².
Artigo de conclusão de Curso Técnico de Massoterapia.
Email: joelsonfachini@gmail.com; simonekorn@gmail.com
Resumo
A massagem, por sua eficácia, garantiu uma firme posição entre outras terapias
complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência e sua evolução continuará
enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por estudantes e profissionais. Os
neuroreceptores respondem a diferentes estímulos: pressão mecânica intensa; estimulação
mecânica e térmica; substâncias químicas irritantes, que liberam substâncias químicas
pelo tecido danificado e despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo,
iniciando potenciais de ação na fibra nervosa aferente (receptores reflexos). Um erro
comum em relação à eficácia da massagem é presumir que o terapeuta deva aplicar
golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam necessárias mãos poderosas e uma
considerável força física. Neste sentido o objetivo deste levantamento bibliográfico foi de
levantar estudos com respostas neurofisiológicas dos efeitos da massagem.
Palavras Chave: neurofisiológico, massagem, receptores, reflexos, dor.
__________
Joelson Fachini ¹: Técnico em Massoterapia – Escola Técnica Fisio Vitae (2009),
Massoterapeuta – Escola SOS Corpo (1996), Acadêmico de Fisioterapia – Estácio de Sá
Simone Korn ² : Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa
Catarina (1994), Especialização em Gerontologia pela Universidade Federal de Santa
Catarina (1996), especialização em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal
de Santa Catarina (1997), especialização em Obesidade e Emagrecimento pela
Universidade Gama Filho (2007), Técnico em Massoterapia – Escola Técnica Fisio Vitae
(2009), Acadêmica de Fisioterapia-Unisul.
Introdução
A massagem contemporânea deve seu progresso não necessariamente aos pioneiros, mas
a um grande número de profissionais que a utilizam em clínicas, domicílios, hospitais e
cirurgias. Por sua eficácia, a massagem garantiu uma firme posição entre outras terapias
complementares, sendo tanto uma arte quanto uma ciência, sua evolução continuará
enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por estudantes e profissionais. A
comprovação dos efeitos emerge de diferentes fontes, sendo a mais freqüente a oferecida
pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas próprias
observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes.
2. Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é
benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências
ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos ou simplesmente
mecânicos e reflexos.
O que temos estudado é que os receptores respondem a diferentes estímulos, como: à
pressão mecânica intensa; à estimulação mecânica e térmica; a substâncias químicas
irritantes, bem como estimulação mecânica e térmica; onde substâncias químicas como
histamina, bradicinina e prostaglandinas são liberadas pelo tecido danificado e
despolarizam terminais nervosos do nociceptor próximo, iniciando potenciais de ação na
fibra nervosa aferente.
Neste sentido o objetivo deste levantamento bibliográfico foi de levantar estudos com
respostas neurofisiológicas dos efeitos da massagem. Espera-se que esse estudo possa
contribuir para a credibilidade da massagem como recurso terapêutico embasado em
referências bibliográficas, proporcionando maior confiança ao profissional.
Métodos
Este estudo de revisão bibliográfica abordou literatura entre os anos de 1998 a 2009,
encontrados nos acervos das Universidades Unisul, Estácio de Sá e UDESC e na Escola
Técnica Fisio Vitae, considerando preferencialmente autores que direcionam seus estudos
aos efeitos da massagem no organismo humano.
Discussões e Resultados
A terminologia moderna para a descrição das técnicas de massagem deriva das línguas
inglesa e francesa, onde a técnica de massagem ajusta-se a um dos seguintes nomes:
técnicas de effleurage ou deslizamento; técnicas de compressão; técnicas de massagem
linfática; técnicas de percussão; técnicas de fricção; técnicas de vibração e agitação;
técnicas de trabalho corporal. Um erro comum em relação à eficácia da massagem é
presumir que o terapeuta deva aplicar golpes fortes, firmes e pesados ou que sejam
necessárias mãos poderosas e uma considerável força física. O requisito mais importante
para uma massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo. O modo
como às mãos são usadas é tão relevante para a técnica de massagem quanto à postura
corporal. Qualquer tensão nas mãos do terapeuta pode refletir ansiedade, que será
facilmente transferida para o paciente e impedirá qualquer tentativa de induzir ao
relaxamento1.
Além do relaxamento e do apoio emocional que oferece, a massagem terapêutica é
benéfica devido à sua influência sobre diversos processos orgânicos. Essas conseqüências
ou efeitos são considerados mecânicos, neurais, químicos e fisiológicos ou simplesmente
mecânicos e reflexos. Todos esses efeitos são relevantes e, na verdade, estão inter-relacionados,
uns com os outros e com fatores emocionais subjacentes. O efeito mecânico
refere-se às influências diretas que a massagem exerce sobre os tecidos moles que estão
sendo manipulados. Entretanto, é difícil atribuir a uma manobra de massagem um efeito
que seja puramente mecânico, porque até mesmo o simples contato com a pele do
paciente estabelece uma resposta tipo reflexo neural. Uma interação
psicogênica/energética provavelmente também ocorre entre o paciente e o terapeuta como
resultado desse contato2.
Contudo, para fins de classificação, precisamos apresentar algumas técnicas como
predominantemente mecânicas, com um efeito físico direto; o alongamento e o
relaxamento dos músculos são exemplos. A melhora no fluxo sangue e linfa, bem como o
3. movimento para a frente dos conteúdos intestinais, representa outra ação mecânica. O
efeito reflexo da massagem ocorre de modo indireto. Os mecanismos neurais são
influenciados pela intervenção e pela ação manual sobre os tecidos, e a massagem é uma
forma de intervenção. O processo centra-se no inter-relacionamento dos sistemas
nervosos periférico (cutâneo) e central, seus padrões reflexos e múltiplos trajetos. O
sistema nervoso autônomo e o controle neuroendócrino também estão envolvidos. O
efeito reflexo da massagem é, talvez, mais importante que sua ação mecânica.
A comprovação dos efeitos emerge de diferentes fontes, sendo a mais frequente a
oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam em suas
próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes.
Dados sobre os efeitos também ficam disponíveis a partir de experimentos realizados em
condições laboratoriais. Os resultados e as asserções provenientes das diferentes fontes
podem diferir e, na verdade, constituem um tema de debates entusiasmados entre
profissionais, autores e pesquisadores. As opiniões sobre os possíveis efeitos da
massagem são inevitavelmente divergentes quando certos fatores não-mensuráveis são
levados em consideração, como, por exemplo, a conexão entre mente, corpo e alma, ou as
energias curativas sutis e a interação entre paciente e terapeuta3,4.
Mecanismos neurais
Conexões neurais com os tecidos periféricos: A conexão entre a manipulação do tecido
mole e a função orgânica está estreitamente relacionada com o suprimento neural nos
dermátomos e miótomos. Essas distribuições segmentais ocorrem como parte do
desenvolvimento embrionário e representam a inervação dos tecidos periféricos pelos
nervos da coluna. Em muitos casos, os ramos dos nervos da coluna inervam outros
tecidos e órgãos do corpo; por exemplo, músculos, tecidos superficiais e órgãos viscerais
com freqüência partilham nervos comuns na coluna. Como conseqüência dessa
associação, a disfunção de um órgão pode ser refletida naqueles dermátomos e miótomos
que partilham o mesmo nervo espinhal que o órgão em questão e a conexão manifesta-se
e pode ser observada como alteração nos tecidos periféricos. Essas irregularidades
também podem ocorrer como resultado de outros estressores, além da disfunção do
órgão4.
A relação entre os tecidos periféricos e os órgãos viscerais tem sido descrita por muitos
médicos e autores. A patologia das vísceras é um fator primário de contribuição para
alterações no tecido periférico - fato apontado pela primeira vez por Head (1898)5.
Alguns anos depois, o envolvimento do miótomo e a sensibilidade à dor causada pela
patologia foram descritos por Mackenzie (1917)5. Um exemplo comum é a tensão
muscular e a dor abdominal associadas à apendicite, quando a inflamação do apêndice
causa tensão na parede do músculo abdominal, junto com uma dor referida. A teoria das
condições patológicas, e sua conexão com alterações subcutâneas, foi também
apresentada por Elizabeth Dicke (1953)5. Foi postulado, ainda, que uma conexão de
reflexo ou trajeto percorre a direção inversa, da periferia às estruturas centrais.
Observaram-se também disfunções do tecido conjuntivo que causavam perturbação em
um órgão que partilhava um nervo espinhal comum.
Um estudo que se concentrou nos tecidos subcutâneos localizados em dermátomos
supridos pelos mesmos nervos espinhais que o coração revelou que disfunções nesses
tecidos periféricos levavam a sintomas no interior do coração, e as perturbações
desapareciam quando os tecidos conjuntivos periféricos eram tratados5.
4. A manipulação dos tecidos moles e, em particular, a massagem no tecido conjuntivo,
pode, portanto, induzir efeitos reflexos e benéficos aos órgãos associados. O processo
envolve diversos efeitos reflexos, como, reduzir a atividade simpática e promover a
vasodilatação; a circulação local e sistêmica, incluindo a dos gânglios parassimpáticos, é
aumentada; a melhora na circulação ajuda a promover o processo de cura, reduz o
espasmo muscular e melhora a capacidade de extensão do tecido conjuntivo; verifica-se
também um equilíbrio geral do sistema nervoso autônomo.
Os estressores, que agem como seus precursores, estão estreitamente ligados a tais
estados teciduais. O corpo está sujeito a uma série de estressores que provocam respostas
reflexas e involuntárias que envolvem os nervos sensoriais, o sistema nervoso autônomo
e os nervos motores. Esses fatores de estresse têm intensidade e freqüência variadas:
podem ser leves, intensos, episódicos ou crônicos. Como regra geral, são classificados em
quatro tipos: químicos, físicos, emocionais e congênitos4. Estressores químicos: Toxinas
resultantes de infecção aguda ou crônica; Bactérias também podem gerar substâncias
químicas tóxicas e podem penetrar no corpo por um corte, por uma queimadura, pelo
nariz ou pela pele; Doença visceral que gera toxinas, as quais atuam como irritantes,
causando ou intensificando alterações somáticas nas áreas supridas pelo mesmo segmento
da coluna; uma conexão similar pode ocorrer pelo segmento espinhal adjacente, como
acontece na apendicite, levando à dor na região abdominal; Venenos orgânicos, como
ácidos, açúcares, álcool e tabaco; Substâncias químicas simples, como drogas, aditivos e
colorantes; Desequilíbrios metabólicos, como reações alérgicas e fatores endócrinos;
esses levam a perturbações nas secreções glandulares (hormonais, digestivas, etc), que
agem sobre o sistema nervoso autônomo; Desequilíbrio nutricional, como, por exemplo,
privação de ácido ascórbico, que cria uma deficiência no tecido conjuntivo. Estressores
físicos: Trauma, causado por acidente ou tensão repetida dos músculos; Exercícios
excessivos ou inabituais; Microtrauma, provocado por tensões posturais ou ações
repetitivas; Acidente vascular cerebral - um derrame que leva à obstrução do suprimento
sangüíneo para as células do tecido; Edema; Temperatura excessivamente baixa ou alta,
causada, por exemplo, por mudanças na pressão atmosférica ou diminuição da umidade
do ar; Compressão nervosa - desalinhamentos da coluna ou compressão do nervo por
músculos; Lesões da coluna (crônicas ou agudas) e desequilíbrios estruturais; Alterações
artríticas; Atividade muscular deficiente: espasmos, espasticidade, contraturas;
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5. Alterações no posicionamento visceral, por exemplo, visceroptose. Estressores
emocionais: Estados de ansiedade, medo, raiva, etc. Fatores hereditários e congênitos:
Hemofilia; Espinha bífida5.
Os trajetos neurais envolvidos na massagem podem ser mais bem compreendidos pela
revisão de alguns aspectos do sistema nervoso. Três tipos de neurônio formam o sistema
nervoso, sendo: Neurônios aferentes (sensoriais); Neurônios eferentes (motores);
Interneurônios. São encontrados apenas no snc e formam conexões entre os neurônios
aferentes e eferentes. O sistema nervoso é dividido em duas partes: o central (snc) e o
periférico. Todos os nervos espinhais e a maioria dos nervos cranianos contêm axônios de
neurônios aferentes e eferentes e podem, portanto, ser classificados como pertencentes às
divisões aferente (sensorial) ou eferente (motora) do sistema nervoso periférico. O
aspecto eferente do sistema nervoso periférico é dividido nas partes somática e autônoma.
O sistema nervoso somático é formado de fibras nervosas (motoneurônios), que partem
da medula espinhal para inervar as células musculares esqueléticas. O sistema nervoso
autônomo inerva músculos cardíacos e lisos, as glândulas e os neurônios do trato
gastrintestinal5.
Localizados nos terminais periféricos dos neurônios aferentes (sensoriais), temos os
receptores cuja função é responder a alterações tanto do ambiente externo quanto do
interno (do próprio organismo). O estímulo, ou a energia, que ativa um receptor sensorial
pode assumir muitas formas, como tato, pressão, temperatura, luz, ondas sonoras,
moléculas químicas etc. A maioria dos receptores responde especificamente a uma forma
de estímulo; contudo, em potencial, todos podem ser ativados por diversas formas de
energia se a intensidade for suficientemente alta. Os nociceptores, por exemplo, são
estimulados por pressão, temperatura e toxinas. Alguns receptores são encontrados nos
tecidos periféricos ou na parede externa do corpo, que envolve a pele, a fáscia superficial,
os tendões e as articulações. Somente a pele contém de 7 a 135 receptores sensoriais por
centímetro quadrado. Os neurônios sensoriais conduzem informações dos receptores para
a medula espinhal, para os trajetos ascendentes dentro da coluna e, portanto, para o
cérebro (tronco cerebral, tálamo e córtex). Uma sensação descreve a consciência de um
estímulo; por exemplo, a pressão que está sendo aplicada aos tecidos. Além de revelar um
estímulo direto, a sensação também pode ser compreendida ou percebida - por exemplo, a
sensação de dor pode ser percebida como oriunda de uma infecção ou ferimento. A
estimulação de um receptor sensorial nem sempre leva a um impulso motor que emerge
do corno anterior da medula. Em alguns casos, a resposta é um feedback negativo, que
inibe os impulsos motores4,5.
Receptores cutâneos - agrupamento geral: Tipo A - Terminais nervosos livres; Tipo B
-Axônios espessos mielinizados5.
Classificação dos vários receptores5:
1. Mecanoceptores da pele - sensíveis à pressão pelo toque: Tipo “a” (adaptam-se
rapidamente ao estímulo e respondem com uma descarga de potenciais de ação;
provocam sensações de toque, movimento, vibração e cócegas); Tipo “b” (adaptam-se
lentamente ao estímulo e respondem com uma descarga prolongada enquanto o estímulo
permanece; provocam sensação de pressão).
Corpúsculos de Pacini: Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento na pele-indentação
(pressão com o dedo) ou pressão pelo toque; sensíveis à vibração.
6. 3. Corpúsculos de Ruffini e discos de Merkel: Mecanoceptores sensíveis ao deslocamento
na pele-indentação ou pressão pelo toque; sensíveis à pressão prolongada.
4. Nociceptores: Sensíveis a qualquer estímulo que possa causar dano aos tecidos;
Diferem de outros receptores porque: Emoções como o medo e a ansiedade são
experimentadas junto com a sensação física; Um estímulo doloroso pode evocar uma
fuga reflexa ou uma resposta de afastamento; Um estímulo doloroso pode evocar
alterações físicas similares àquelas causadas por medo, ansiedade e agressão; essas são
mediadas pelo sistema nervoso simpático e incluem aumento na taxa cardíaca, aumento
na pressão arterial, maior secreção de adrenalina e maior concentração de glicose
sangüínea. Os nociceptores estão localizados no terminal de pequenos neurônios
aferentes isentos de mielina ou levemente mielinizados.
5. Termoceptores - os existentes na pele são classificados de acordo com sua resposta ao
frio e ao calor: Tipo “a” (receptores de calor: Terminais nervosos livres respondem a
temperaturas entre 30 e 40°C e aumentam sua taxa de descarga durante o aquecimento);
Tipo “b” (receptores de frio: Estrutura desconhecida, estimulados por temperaturas entre
20 e 35°C e aumentam sua taxa de descarga durante o resfriamento).
Em contrapartida aos receptores temos o reflexo, cuja resposta é involuntária a um
estímulo que pode ser definido como uma mudança detectável no ambiente, como uma
alteração na temperatura ou na pressão. Os reflexos também fazem parte do mecanismo
homeostático do próprio organismo. Um trajeto ou arco do reflexo é estabelecido quando
os receptores são estimulados. Os impulsos dos receptores percorrem os neurônios
aferentes até o centro de integração no cérebro ou na coluna vertebral, e as informações
do centro de integração são enviadas ao longo dos neurônios eferentes ao tecido efetor.
Quase todas as células do corpo podem ser efetoras, porém as mais especializadas e
facilmente afetadas são as de músculos e glândulas.
O resultado de uma ação reflexa é a contração ou o relaxamento do tecido muscular. Nos
casos em que as informações eferentes do centro de integração são transmitidas no
sistema vascular, e não em uma fibra nervosa, o mensageiro é um hormônio. As
secreções glandulares são afetadas, portanto, pela contração muscular ou pela
estimulação hormonal. Os reflexos são modificados nos centros superiores; por exemplo,
a tensão emocional aumenta o reflexo patelar e exacerba a tensão muscular em geral. Os
exemplos seguintes de reflexos ilustram sua aplicação na massagem4,5: 1. O trajeto
cutâneo-visceral ou reflexo somático: A manipulação dos tecidos cutâneos moles
estimula os receptores sensoriais na derme e na fáscia subcutânea. Como resultado, os
impulsos aferentes chegam ao corno posterior da medula espinhal. Aí, realizam sinapse
com as células do corno anterior e emergem como impulsos motores, que seguem até os
gânglios simpáticos do sistema nervoso autônomo. Os impulsos motores continuam ao
longo das fibras pós-ganglionares e terminam no tecido-alvo, especificamente nos
músculos involuntários do órgão ou da glândula visceral. Um dos efeitos benéficos da
massagem é estimular essas estruturas viscerais por meio desse trajeto reflexo; 2. Reflexo
viscerocutâneo: A estimulação dos receptores no interior de uma glândula ou órgão
conduz a alterações nos tecidos cutâneos periféricos. A ativação dos receptores do órgão
pode resultar, por exemplo, em pressão, inflamação ou toxinas bacterianas. As mudanças
que ocorrem na periferia podem ser a vasoconstrição dos vasos sangüíneos superficiais,
hiperestesia e dor; 3. O reflexo visceromotor: Um reflexo visceromotor envolve as
contrações do tecido muscular, voluntárias ou esqueléticas. Resulta de um estímulo, em
7. geral doloroso, que se origina em um órgão visceral. A rigidez muscular pode, portanto,
estar relacionada com um reflexo visceromotor, além de estar associada a fatores
etiológicos mais diretos; 4. Reflexo abdominal: O toque mais leve na pele do abdome
resulta em uma contração instantânea e visível da parede do músculo abdominal. Essa
reação involuntária demonstra a sensibilidade do abdome e a necessidade de uma
abordagem suave para a masssagem nessa região; 5. O reflexo abdominocardíaco:
Consiste em uma alteração na freqüência cardíaca, em geral uma lentificação, resultante
da estimulação mecânica das vísceras abdominais. Os movimentos de massagem sobre o
abdome realizam alguma manipulação visceral e, portanto, podem também afetar o
coração.
O relaxamento conquistado com a massagem tem um efeito indireto sobre o sistema
nervoso autônomo e, em particular, sobre a divisão parassimpática. O relaxamento
profundo supostamente aumenta a estimulação parassimpática, e parece que, quanto mais
relaxado o indivíduo torna-se durante e após a massagem, maior a estimulação. Um
centro primário nesse circuito complexo é o hipotálamo, que controla a maior parte do
sistema nervoso autônomo e o integra ao sistema endócrino.
O hipotálamo faz parte do sistema límbico e responde aos impulsos recebidos de
neurônios sensoriais viscerais e somáticos. Ele também responde a emoções internas
como medo, ansiedade, expectativa e relaxamento. Alguns resultados de pesquisas têm
demonstrado a conexão reflexa entre a massagem e as ramificações
simpáticas/parassimpáticas do sistema nervoso autônomo. Já foram medidas e observadas
algumas mudanças em resposta ao toque da massagem na freqüência cardíaca, pressão
sangüínea arterial, temperatura cutânea periférica, freqüência respiratória, resposta
cutânea à corrente galvânica, diâmetro das pupilas e temperatura corporal. O contato tátil
positivo tem sido associado à estimulação do sistema imunológico. Esses são alguns
indicadores da função autônoma; outros resultados, contudo, têm sido variados e, em
alguns casos, contraditórios4, 7.
Em um estudo buscou verificar os efeitos da massagem no tecido conjuntivo sobre o
sistema nervoso autônomo, onde a massagem no tecido conjuntivo foi administrada a
adultos de meia-idade e a idosos; as variáveis monitoradas foram a temperatura cutânea, a
resposta galvânica da pele, a pressão sangüínea arterial média e a freqüência cardíaca. O
estudo não mostrou alterações significativas durante ou após a massagem. Embora
contrarie as expectativas, o resultado pode dever-se a diversos fatores. Por exemplo, os
efeitos provavelmente são mais importantes em indivíduos com perturbações patológicas,
e não em indivíduos sadios, como os que participaram do estudo. Qualquer tensão ou
ansiedade, que podem ser sentidas em um ambiente controlado, também influenciam o
resultado; nessas condições, os indivíduos podem necessitar de mais tempo para relaxar
do que os 15 minutos das sessões realizadas no experimento. Por outro lado, uma
resposta reflexa à manipulação do tecido cutâneo, como proposta pela teoria da
massagem do tecido conjuntivo, teria realmente um resultado instantâneo4.
Em outro estudo, foi descoberto que o amassamento causava um aumento imediato e
temporário na pressão sangüínea, seguido de uma diminuição. O resultado está de acordo
com o conceito de que a massagem provoca um aumento inicial no tônus muscular dos
vasos sangüíneos, seguido de fadiga e relaxamento. Outras observações não
demonstravam alteração na pressão sangüínea durante ou após tratamentos com
massagem. Um estudo mostrou uma resposta parassimpática imediata, que era indicada
8. por uma diminuição na pressão sangüínea diastólica e sistólica; foram observadas
também respostas atrasadas, algum tempo depois do tratamento, mas estas variavam de
um para outro indivíduo. Pesquisas adicionais relataram um aumento óbvio na sudorese
nos períodos de massagem. Uma vez que as ramificações simpáticas do sistema nervoso
autônomo são o único suprimento para as glândulas sudoríparas, a resposta foi
classificada como simpática. Isso, na verdade, contraria outros resultados de pesquisas e
até mesmo as observações clínicas.
Sob circunstâncias normais, não ocorre maior sudorese no paciente durante a massagem,
a menos que o paciente esteja estressado. Os efeitos da estimulação sensorial no paciente
pré-operatório foram registrados em outro estudo. Conforme relatos, o toque no paciente
cirúrgico - com técnicas como afagos nas costas das mãos - estimula os receptores
cutâneos, que, por sua vez, produzem uma resposta de relaxamento gerada pelo sistema
nervoso parassimpático.
Foi observada uma diminuição tanto na pressão sangüínea quanto na freqüência cardíaca;
um aumento na temperatura cutânea também era evidente, mesmo em pacientes
ventilados. Isso indica um aumento no fluxo sangüíneo periférico e, portanto, uma
resposta parassimpática. A vasodilatação e o aumento na temperatura cutânea podem ser
resultado da influência hormonal. Tem sido dito que a massagem influencia os mastócitos
para liberarem uma substância similar à histamina, que age sobre o sistema nervoso
autônomo. A histamina normalmente está presente no corpo e causa vasodilatação
durante o dano aos tecidos. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido
conjuntivo mostrou acentuada hiperemia e uma sensação de calor, que duravam por 6
horas ou mais após o tratamento. Essas alterações podem ser atribuídas a um efeito
parassimpático. Entretanto, as glândulas sudoríparas também eram estimuladas, o que
aponta para uma resposta simpática4,5,7.
A massagem também pode exercer alguma influência sobre alguns fatores etiológicos da
dor. Uma reação instintiva à dor é friccionar a área atingida. A sensação de alívio e o
torpor experimentados devem-se a um bloqueio dos impulsos dolorosos ao longo de sua
trajetória para o cérebro. A redução da dor ou, mais apropriadamente, da percepção da
dor, pode ser obtida pela interrupção ou modificação da transmissão de impulsos
aferentes em um de três locais: (a) na periferia; (b) na medula espinhal; e (c) nos níveis
superiores ou na área supra-espinhal do snc. Uma das várias maneiras que a massagem
ajuda na redução da dor está ligada ao impacto reflexo que ela tem sobre os trajetos
sensoriais envolvidos na transmissão da dor. A transmissão da dor começa com os
nociceptores, ou receptores da dor. Esses órgãos sensoriais localizam-se na extremidade
dos pequenos neurônios não-mielinizados ou levemente mielinizados. Eles são sensíveis
a qualquer gatilho que possa causar dano aos tecidos e, conseqüentemente, estão aptos a
responder a vários estímulos. Alguns receptores são sensíveis à pressão mecânica intensa,
outros respondem à estimulação mecânica e térmica e outros ainda respondem a
substâncias químicas irritantes, bem como à estimulação mecânica e térmica3,5.
Verificamos também a ação de substâncias irritantes e substâncias químicas pró-inflamatórias
como causadores da dor.
O dano a uma tecido pode ser causado por um estressor, como pressão, trauma ou
substância nociva, que ao ser danificado, o tecido libera substâncias químicas como
serotonina, bradicinina, histamina e prostaglandinas.
9. A liberação de certas substâncias químicas em resposta a um dano no tecido ou à
atividade metabólica foi uma teoria proposta para a ativação dos trajetos nociceptivos.
Essas substâncias químicas exercem um papel importante no processo inflamatório e
também irritam os nociceptores, despolarizando terminais nervosos do nociceptor
próximo. Ao fazerem isso, as substâncias iniciam potenciais de ação no neurônio
aferente. Além de responderem às substâncias químicas, os próprios nociceptores liberam
substâncias químicas de natureza inflamatória. A substância P é um exemplo. O aumento
no fluxo sangüíneo venoso ajuda na remoção desses agentes químicos irritantes e pró-inflamatórios
e inibe a dor no plano periférico. A massagem é muito eficaz na melhora do
fluxo sangüíneo venoso; portanto, assume papel significativo na redução da dor. Um
acúmulo de edema resulta na elevação da pressão hidrostática dentro dos tecidos
intersticiais. Se for elevada de modo significativo, a pressão pode irritar os nociceptores e
produzir dor. A massagem ajuda a drenar a linfa excessiva das áreas edemaciadas e, à
medida que a pressão sobre os nociceptores é reduzida, a dor t ambém é aliviada3,4,7.
A massagem ajuda a liberar nervos comprimidos pela eliminação da tensão muscular,
pelo alongamento dos tecidos superficiais e profundos e pelo afrouxamento das
articulações e dos ligamentos, uma vez que a dor pode ser causada por um choque nas
fibras nervosas, precipitado por contrações ou congestão na pele e na fáscia (superficial
ou profunda). As fibras nervosas também podem ser confinadas por desequilíbrios
mecânicos nas articulações e nos ligamentos associados. Músculos tensos, espásticos ou
contraídos podem ter um efeito similar sobre as fibras nervosas; por exemplo, a pressão
sobre o nervo ciático com freqüência é provocada pelo músculo piriforme tenso 1,8.
Os neurônios sensoriais são classificados pelas letras A, B ou C. Outra forma de
categorização utiliza os números romanos de I a IV, e uma terceira classificação, o
alfabeto grego: alfa, beta, gama e delta. A recepção do toque e da vibração é transmitida
ao longo das fibras da classe A (grupos I e II; alfa). Essas fibras têm um diâmetro amplo;
20 μm e 5-15 μm, respectivamente. As fibras da classe B têm um diâmetro de 3 μm e são
encontradas como nervos pré-ganglionares e autônomos. Os nociceptores transmitem
seus impulsos ao longo das fibras da classe C (grupo IV), que têm diâmetro pequeno
(0,5-1 μm) e são esparsamente mielinizados. Outros neurônios sensoriais que também
transmitem impulsos dolorosos são as fibras da classe A (grupo III; delta). Neste caso, as
fibras são mielinizadas e têm um diâmetro um pouco maior (1-7 μm) que as anteriores.
Elas respondem a um estímulo intenso e, supostamente, transmitem sensações de um
ferimento agudo (tal como uma picada) para a pele4,5.
Quando se trata de bloqueio dos impulsos dolorosos, consideramos que o diâmetro da
fibra nervosa determina a velocidade de movimentação do impulso. Conforme o diâmetro
das fibras aumenta, a resistência ao fluxo da corrente diminui. Isso significa que, quanto
maior o diâmetro da fibra nervosa, mais fácil e rápida será a condução dos impulsos.
Uma vez que algumas das fibras da classe A (grupos I e II; alfa) têm grande diâmetro,
carregam os impulsos mais rapidamente que algumas das fibras menores da classe C
(grupo IV) e de certas fibras da classe A (grupo EU; delta). A aplicação de um leve toque
à pele durante a massagem estimula as fibras maiores e mais rápidas da classe A (grupos
I e II; alfa). Os impulsos que se movimentam ao longo dessas fibras chegam à coluna
vertebral com maior rapidez e, conseqüentemente, predominam sobre os estímulos mais
lentos. Assim, elas "bloqueiam" os impulsos dolorosos que se movimentam pelas fibras
da classe C (grupo IV) e de outras fibras da classe A (grupo III; delta). O mecanismo de
10. bloqueio é encontrado na substância gelatinosa localizada na periferia do corno posterior
da coluna. Essa substância cinzenta possui um mecanismo de portal, que controla o
ingresso de todos os impulsos sensoriais que chegam e, em particular, daqueles oriundos
dos nociceptores. O bloqueio fisiológico no nível do segmento espinhal é chamado de
"mecanismo de portal da dor". Ele é obtido com muita eficiência pelo uso de métodos
como correntes interferenciais e tens, que significa Estimulação Elétrica Nervosa
Transcutânea. Em virtude desse mecanismo de portal da dor, os impulsos são
modificados e impedidos de subir pela coluna até o cérebro. A dor, portanto, tem sua
intensidade reduzida ou não é absolutamente percebida4,5.
Precursor da teoria do mecanismo de portal da dor, James Cyriax em sua técnica de
massagem por fricção transversal, esclareceu que a massagem sobre uma área de trauma
ou inflamação era usada para reduzir aderências e evitar a formação de tecido cicatricial.
Além disso, dizia-se que a técnica teria propriedades de redução da dor. A hiperemia
traumática causada pela massagem por fricção transversal ajuda a remover a substância
irritante P, provavelmente devido à liberação de histamina. Algumas pesquisas têm
refutado o papel específico dos nociceptores (órgãos terminais) e da transmissão da dor
ao longo da fibras nervosas. Já foi introduzido o conceito de intensidade, no qual a
sensação de dor é verificada quando a intensidade de um estímulo vai além de
determinado limiar. Um estímulo de determinada intensidade é percebido como "toque",
enquanto o aumento ou o prolongamento da intensidade além do limiar dá início a uma
sensação desagradável, associada com dor.
Uma teoria também aceita é a de que ambos os elementos dos mecanismos da dor estão
envolvidos: os nociceptores e os neurônios sensoriais e um estímulo de determinada
intensidade e duração9.
A massagem é, talvez, um dos métodos mais antigos para o alívio da dor. Um possível
mecanismo pelo qual a massagem causa analgesia é a perturbação do ciclo da dor. Este
pode ser descrito como uma contração muscular prolongada que leva a uma dor profunda
dentro do próprio músculo. A dor, por sua vez, resulta em uma contração reflexa do
mesmo músculo ou de músculos. Tem sido sugerido que a massagem ajuda a romper o
ciclo da dor por seus efeitos mecânicos e reflexos e pela melhora na circulação. Relaxar e
alongar o tecido muscular reduz a contração prolongada. Além disso, a dor é bloqueada
pelo mecanismo de portal da dor, que cessa contrações reflexas adicionais2,3,8.
A dor é percebida conscientemente no cérebro no plano do tálamo. Na área supra
medular, as estruturas corticais e as estruturas do tronco cerebral estão envolvidas na
liberação das substâncias químicas endorfinas e serotonina. Uma resposta significativa à
massagem é a produção e circulação desses opiáceos endógenos. Esses analgésicos
naturais são encontrados principalmente no cérebro, mas também circulam em muitas
outras partes do corpo. Um grupo de analgésicos é o das beta-endorfinas, que são
peptídeos opióides. Outro analgésico é a betalipotropina, que é uma forma de lipotropina;
este hormônio produzido pela pituitária tem como função mobilizar a gordura do tecido
adiposo. A betalipotropina contém os analgésicos endorfinas e metencefalinas; estas
substâncias supostamente inibem ou modificam a transmissão da dor em todos os três
locais: terminais periféricos dos nervos sensoriais, corno posterior da medula espinhal, e
centros superiores do sistema límbico e córtex. Ao melhorar a circulação, a massagem
pode, portanto, melhorar o transporte desses modificadores da dor. A influência da
massagem sobre os analgésicos naturais tem sido questionada em diversos relatórios de
11. pesquisas. Um estudo sobre os efeitos da massagem no tecido conjuntivo mostrou uma
elevação moderada de beta-endorfinas plasmáticas, que alcançava o nível máximo 30
minutos após o tratamento. Outras pesquisas observaram os efeitos da massagem no
tecido conjuntivo na dor crônica e grave que se desenvolvia após procedimentos
neurocirúrgicos. Este tipo de dor é chamado de dor pós-simpática, ou distrofia simpática
reflexa. Foi descoberto que a massagem se comparava muito favoravelmente a injeções
epidurais e à petidina. Um ensaio não revelou alterações nos níveis sangüíneos
periféricos de beta-endorfinas e betalipotropina após o tratamento com massagem; uma
possível explicação para isso é que o experimento foi realizado com indivíduos que não
apresentavam dor.
Outros projetos de pesquisa compararam os efeitos da massagem àqueles dos exercícios,
que comprovaram aumentar os níveis sangüíneos periféricos de beta-endorfinas e
betalipotropina4.
Devemos considerar que fatores emocionais, como expectativa, ansiedade e medo,
podem influenciar a percepção da dor. Quanto maior a tensão no indivíduo, mais forte é
sua percepção da dor; inversamente, quanto mais relaxado o sujeito, menos intensa a dor
parece ser. O estresse, portanto, pode ser considerado um fator de exacerbação da dor,
enquanto o relaxamento, como o obtido com a massagem, pode ser fundamental para a
redução da dor1, 2.
Considerações Finais
A comprovação dos efeitos da massagem emerge de diferentes fontes, sendo a mais
freqüente a oferecida pela prática dos profissionais, cujas deduções em geral se apoiam
em suas próprias observações únicas e nas respostas subjetivas dos pacientes. Porém,
encontramos diversas obras literárias, cujos autores relatam respostas embasadas em
conhecimento científico sobre os efeitos neurofisiológicos da massagem no organismo
humano. Espera-se que estas informações possam contribuir para os profissionais afins,
verificarem nos resultados de seus tratamentos efeitos não apenas subjetivos, mas de
comprovação científica, considerando também que o requisito mais importante para uma
massagem eficaz é uma boa técnica, aplicada com esforço mínimo.
Referências Bibliográficas
1. Werner R. Guia de Patologia para Massoterapeutas. 2ªed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005.
2. Clay JH, Pounds DM. Massoterapia Clínica – Integrando anatomia e tratamento. São
Paulo: Manole, 2003.
3. Domenico G, Wood EC. Técnicas de Massagem de Beard. 4ªed. São Paulo: Manole,
1998.
4. Cassar MP. Manual de Massagem Terapêutica – Um guia completo de massoterapia
para o estudante e o terapeuta. São Paulo: Manole, 2001.
5. Cohen H. Neurociência para Fisioterapeutas. São Paulo: Manole, 2006.
6. Braun MB. Introdução à Massoterapia. São Paulo: Manole, 2007.
7. Andrade CK, Clifford P. Massagem, Técnicas e Resultados. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003.
8. Hendrickson T. Massagem para Condições Ortopédicas. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004
9. Cyriax JH. Manual Ilustrado de Medicina Ortopédica de Cyriax. São Paulo: Manole,
2001.
12. http://www.artigonal.com/medicina-artigos/efeitos-neurofisiologicos-da-massagem-terapeutica-
1211608.html
Ligação do Sistema Nervoso com a Massagem
A massagem além de exercer efeitos
sobre todos os sistemas do corpo,
também atua sobre o sistema nervoso.
Os efeitos neste caso são reflexos, e o
efeito reflexo da massagem é o seu efeito
mais importante para nós.
Todas as manobras efetuadas na pele ativam o sistema nervoso periférico, que se inter-relaciona com o sistema
nervoso central, além disso, a massagem também envolve o sistema nervoso autônomo e neuro-endócrino.
Mecanismos Neurais
Nosso corpo, durante as atividades diárias, fica exposto a vários fatores que exercem um determinado estress
físico ou psíquico, e que provocam determinadas reações reflexas e involuntárias envolvendo assim o sistema
nervoso autônomo e os nervos motores.
Os chamados estressores são de quatro tipos: químicos, físicos, emocionais e congênitos.
A massagem envolve alguns efeitos reflexos, como falado anteriormente, veja alguns:
1 - Mecanismos reflexos reduzem a atividade simpática, e promovem a vasodilatação no local da massagem;
2 - Aumento da circulação local e sistêmica, incluindo a atividade dos gânglios parassimpáticos que é
aumentada;
3 - Com a melhora da circulação, ajudaremos o organismo a se recuperar, reduzir o espasmo muscular e
aumentamos tanto a amplitude articular como a elasticidade dos tecidos conjuntivos;
4 - Iremos verificar também um equilíbrio geral de todos os sistemas do organismo, especialmente sobre o
sistema nervoso simpático e parassimpático.
Agora que já temos uma noção de como a massagem funciona, a nível do sistema nervoso, vejamos como atua
sobre os neurônios que formam o sistema nervoso, que são de três tipos:
1 - Neurônios aferentes (sensoriais): transmitem as informações coletadas nos tecidos e órgãos do corpo para o
SNC,
2 - Neurônios eferentes (motores): conduzem as informações do SNC para os músculos ou glândulas corporais,
13. que irão receber e reagir segundo o impulso enviado. Os axônios e neurônios aferentes e eferentes formam os
nervos espinhais que parte da medula espinhal para todo o corpo,
3 - Interneurônios: são eles que formam as conexões entre os outros neurônios.
Na pele onde, praticamente são feitos todos os nossos trabalhos manuais, existem ainda os receptores cutâneos
que são de vários tipos, esses receptores reagem há varias sensações, e se agrupam entre 7 a 500 por cm²,
dependendo da sua localização.
Poderemos ainda dividi-los em dois grupos:
Terminais Nervosos Livres
• Não se relacionam com nenhum receptor aparente;
• Quase não possuem cobertura da bainha de mielina;
• São estimulados por sensações térmicas e dolorosas.
Axônios espessos mielinizados
• Suas terminações são bastante complexas;
• Os mecanoreceptores, que são de dois tipos;
• São sensíveis ao deslocamento cutâneo.
Principais Receptores Cutâneos
Mennel: �A pressão da massagem em direção da circulação venosa é comparável com o ato de comprimir
qualquer tubo elástico fazendo esvaziar seu conteúdo líquido�.
14. Corpúsculos de Pacine
• São mecanoreceptores sensíveis há qualquer deslocamento da pele;
• São sensíveis também a vibrações.
Corpúsculos de Ruffine e Discos de Merkel
• São mecanoreceptores sensíveis há qualquer deslocamento da pele, pressão ou toque;
• É sensível também a pressão prolongada.
Mecanoreceptores
da Pele
São de dois tipos: tipo A e tipo B, ambos são sensíveis à pressão do toque:
• Tipo A: são rapidamente adaptáveis aos estímulos externos, e podem responder com varias sensações,
respondendo com uma descarga de potencias de ação;
• Tipo B: adaptam-se lentamente ao estímulo e respondem longamente ao estímulo.
Termoreceptores
• Respondem à variação de temperatura;
• Tipo A: receptores do calor, terminais nervosos livres, que respondem a temperaturas de 30ºC a 40ºC,
aumentam a descarga dos potenciais de ação durante o aquecimento,
• Tipo B: receptores de frio, sua estrutura é desconhecida, ainda, sua estimulação ocorre entre 20ºC e 35ºC, o
potencial de ação aumenta durante o resfriamento.
Nociceptores
• Qualquer estímulo nocivo ao corpo os estimula a desencadear dor;
• São diferentes dos outros receptores, pois outros estímulos externos também podem estimulá-los;
• Medo e ansiedade podem ajudar no estimulo doloroso;
• Localizam-se em terminais de neurônios aferentes, desprovidos de mielina;
• Podem responder a pressão mecânica intensa e diferenças térmicas muito grandes.
http://www.belezain.com.br/massoterapia/sist_nerv_mass.asp
15. Massagem Clássica
História
A Massagem Sueca deriva das antigas formas de massagem aplicadas na Grécia, tendo
sido sobretudo no início do séc. XIX que esta técnica voltou às "luzes da ribalta",
tornando-se popular na Europa através do desenvolvimento dado pelo ginasta sueco Per
Henrik Ling que aliou os seus conhecimentos de ginástica à prática da massagem
aprendida na China, criando assim a técnica que ficou conhecida por Massagem Sueca. A
Massagem Sueca consiste em fazer pressão, sempre no sentido do fluxo sanguíneo, em
diferentes pontos do corpo. Recorre-se também a técnicas de fricção para melhorar o
retorno do sangue ao coração. Neste tipo de massagem costuma ser usual a aplicação de
determinados óleos de massagem ou pó de talco, para reduzir a sensação de fricção.Os
efeitos da massagem clássica podem ser divididos em: circulatórios, neuromusculares,
metabólicos e reflexos.
· Os Efeitos Neuromusculares: As manobras da massagem clássica apresentam
efeitos benéficos pós-exercícios por aumentar a circulação com eliminação mais
rápida de substâncias residuais, melhoram a nutrição das miofibrilhas e eliminam
o líquido extracelular, possibilitando um aumento na excitabilidade e
contabilidade. Bell defende o repouso intercalado com a massagem, ao invés do
repouso isolado para o alívio da fadiga muscular. Segundo os pesquisadores
Kellog e Despard, a massagem produz um aumento do músculo, tornando-o mais
firme e elástico. Entretanto Mennel não concorda que a massagem aumenta a
força muscular e salienta que a massagem não é substituída do exercício. A
massagem não aumenta a força e nem o tónus muscular. A força se desenvolve
nos músculos que estão se contraindo activamente, preferivelmente contra
resistência. Outro efeito da massagem que gera controvérsia é a acção que este
recurso promove na recuperação da musculatura após actividade física. Muitos
autores acreditam na efectividade dessa modalidade terapêutica após uma
actividade física intensa, promovendo uma recuperação muscular mais rápida,
além da diminuição da dor. Esses estudiosos acreditam que existe poucas
evidencias que sustentam essa tese.Contudo, alem da explicação fisiológica do
alivio da dor via massagem, o efeito psicológico desencadeado pelo toque, além
do efeito relaxante associado, também tem grande influencia nesse processo.
· Os Efeitos Metabólicos: A massagem não aumenta o consumo de oxigênio e
nem causa produção de acido láctico. Relatam que a massagem abdominal causa
diurese. Esta diurese é acompanhada por elevada excreção de nitrogênio, fósforo
inorgânico e cloreto de sódio. Estudiosos clínicos realizados por Kalb e Wright
em pacientes obesos revelaram que a massagem não tem efeito sobre a obesidade
generalizado ou deposito de gordura, sendo ineficaz para a redução de peso.
16. Também não se encontra fundamentação cientifica para as chamadas “massagens
modeladoras”, as quais se atribui um deslocamento de tecido gorduroso para
determinadas regiões.
As Manobras Básicas da Massagem Clássica
· Deslizamento Superficial: Consiste em movimentos deslizantes em grandes
superfícies, leves, suaves e rítmicos. A direcção das manobras é indiferente, uma
vez que a pressão exercida é insuficiente para afectar a circulação. Mantendo-se
um ritmo uniforme, assegura-se um bom relaxamento. O seu principal efeito se
faz via reflexa, produzindo uma analgésica neuromuscular. Provoca uma
diminuição da excitabilidade das terminações nervosas livres e auxilia na
regeneração da pele. Deve-se iniciar e finalizar a massagem pelo deslizamento
superficial, que tenha a função de aumentar o limiar de sensibilidade, tornando
mais agradáveis as manobras subsequentes.
· Deslizamento Profundo: É o movimento exercido com pressão suficiente para
causar efeitos mecânicos e reflexos. É indispensável que o grupo muscular a ser
submetido ao deslizamento profundo esteja relaxado e que seja observado o
sentido da drenagem venosa e linfática, favorecendo o esvaziamento venoso e
linfático, actua sobre a pele e o tecido celular subcutâneo, melhorando as
condições de circulação, nutrição e drenagem dos líquidos tecidulares. O músculo
sofre compressões alternadas no sentido da disposição de suas fibras. A pressão é
exercida é intermitente, deve-se evitar o pinçamento da pele e dos tecidos
superficiais. O seu principal efeito é mecânico, melhorando suas condições
circulatórias da musculatura, liberando as aderências, resíduos metabólicos e
aumentando a sua nutrição.
· Fricção: São movimentos circulares ou transversais. O seu principal objectivo é a
quebrar de aderências por acção mecânica nos tecidos musculares, além de sua
prevenção após traumatismos.
· Vibração: É o impulso vibratório transmitido à área a ser tratada. Técnica de
difícil execução devido à dificuldade em se manter os tecidos a uma frequência
constante de vibração. De entre os seus defeitos está a diminuição da
excitabilidade nervosa.
· Percussão: Técnica de massagem na qual os tecidos são submetidos a golpes
manuais ritmados, utilizando-se o bordo cubital da mão espalmada ou fechada.
Auxilia na drenagem postural por libertação das secreções.
Indicações da Massagem Clássica:
17. · Edema e hematoma;
· Cicatrizes aderentes;
· Tensão muscular;
· Dor e diminuição da amplitude de movimento.
Contra – Indicações da Massagem Clássica:
· Tumores benignos ou malignos;
· Doenças da pele (eczema, acne, furúnculos etc.);
· Gravidez – para massagens abdominais mais profundas;
http://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_aberto_da_massagem/Tipos_de_massagem
· Efeitos fisiológicos sobre o sistema nervoso:
Métodos diferentes de aplicação da massagem fornecerão variações sutis de input
aferente que sucessivamente podem causar vários efeitos como sedação ou estimulação.
Os receptores de dor não são facilmente adaptativos, então se substâncias químicas
prejudiciais estiverem presentes como resultado de uma lesão, os sinais de dor
provavelmente serão deflagrados e enviados para o SNC. A massagem usada
adequadamente em áreas periféricas acessíveis de dano, tem um efeito positivo na
redução da dor. Especula-se que sob essas circunstâncias a massagem pode causar
alterações na circulação local de tal maneira que cause a redução ou eliminação dessas
substâncias nocivas causando analgesia.
Indicações
· Em transtornos musculoesqueléticos em geral.
· Em distúrbios circulatórios sob recomendação médica pelo perigo de trombose
venosa.
· Em transtornos reumatológicos.
· Em cicatrizes, evitando ou reduzindo aderências.
· Após períodos de imobilização.
Contra-indicações
· Desordens da pele, como o eczema, que poderiam ser irritadas pelo aumento do calor
da região ou pelo uso dos lubrificantes.
18. · Quando infecções superficiais estiverem supurando.
· Na presença de tumores malignos.
· Na presença de cicatrizes recentes, não-curadas ou feridas abertas.
· Em áreas de equimose, embora no quarto dia a massagem é útil para o tratamento do
hematoma.
· Uso de medicação anti-coagulante.
Técnicas de massagem terapêutica
· DESLIZAMENTO
É realizado unidirecionalmente com toda a superfície palmar de uma ou das duas
mãos. É útil para dar início a uma seqüência de massagem permitindo que o paciente se
acostume com a sensação transmitida pelas mãos do terapeuta e para que o terapeuta
possa sentir os tecidos do paciente.
O deslizamento pode ser realizado lentamente, para maior relaxamento tecidual, ou
rapidamente, para efeito estimulante.
Deslizamento superficial: lento e suave – efeito relaxante.
Deslizamento profundo: lento e com uma pressão maior – efeito estimulante para a
circulação sangüínea por isso geralmente é realizado na direção do fluxo venolinfático (é
muito semelhante à effleurage).
· EFFLEURAGE
É um movimento de deslizamento lento, realizado com pressão crescente e na
direção do fluxo venolinfático (direção centrípeta). Sempre que possível o movimento
termina com uma pausa definida, em um grupo de nodos linfáticos superficiais.
É útil para facilitar a circulação e para o acabamento de uma seqüência de
massagem.
É realizada com a superfície palmar de uma ou das duas mãos, alternadamente ou
de forma simultânea, sempre de distal para proximal. Ao final de cada movimento, pode-se
deixar que as mãos retornem a sua posição inicial por meio de um deslizamento suave,
ou podem ser erguidas da superfície do corpo, retornando “pelo ar” até a posição inicial.
· PÉTRISSAGE (PRESSÃO)
Abrange diversos movimentos de massagem distintos que se caracterizam por uma
firme pressão aplicada aos tecidos.
Seus efeitos são: melhora do fluxo sangüíneo e linfático, relaxamento muscular e
analgesia.
19. Amassamento: músculos e tecidos subcutâneos são alternadamente comprimidos e
liberados. O movimento ocorre em um sentido circular. Durante a fase de pressão de cada
movimento, a mãos (ou mãos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais
profundas. Durante a fase de liberação (relaxamento), a mãos (ou mãos) desliza
suavemente até uma área adjacente, e o movimento é repetido.
Visa a mobilização das fibras musculares e de outros tecidos profundos
promovendo o funcionamento normal dos músculos.
Também tem utilidade na mobilização da tumefação crônica, sobretudo nos locais
em que esta tumefação sofreu um processo de organização e está impedindo a
movimentação das articulações e do respectivo membro.
Beliscamento: um ou mais músculos são agarrados, erguidos dos tecidos
subjacentes, comprimidos e soltos (liberados). O agarramento e a liberação são realizados
em um movimento circular, habitualmente na mesma direção das fibras musculares.
Visa aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular.
Torcedura: os tecidos são levantados com ambas as mãos e comprimidos
alternadamente entre os dedos e o polegar das mãos em oposição. As mãos movimentam-se
alternadamente ao longo do eixo longitudinal do músculo, operando transversalmente
às fibras musculares e estirando os tecidos.
Esta também é uma técnica realizada amplamente em tecido muscular, com a
finalidade de mobilização de músculos individuais ou grupos de músculos visando
aumentar a mobilidade muscular, facilitando o movimento articular.
Rolamento da pele: os tecidos subcutâneos são rolados sobre as estruturas mais
profundas visando a mobilização entre a pele e as estruturas subcutâneas facilitando o
movimento articular que possa ter ficado comprometido por uma imobilização excessiva
da pele.A
s mãos repousam completamente, lado a lado, sobre a superfície cutânea, com os
polegares esticados e afastados o mais longe possível. Os dedos estendidos arrastam os
tecidos na direção dos polegares produzindo uma prega de pele entre os dedos e os
polegares. Em seguida, os polegares comprimem os tecidos na direção dos dedos
rolando-os em torno daquela parte do corpo em um movimento ondular.
· PERCUSSÃO
Abrange vários movimentos distintos de massagem que se caracterizam por partes
variadas da mão golpeando os tecidos em uma velocidade bastante rápida.
Habitualmente, as mãos operam alternadamente, os pulsos são mantidos flexíveis, de
modo que os movimentos são leves, elásticos e estimulantes.
Palmada: as mãos em concha golpeiam rapidamente a superfície cutânea,
comprimindo o ar e provocando uma onda de vibração que penetra nos tecidos.
As palmadas são realizadas com rapidez visando estimular os tecidos. Quando
efetuadas sobre os pulmões ajudam a mobilizar secreções.
20. Pancada ou batimento: é um movimento em que as mãos fechadas golpeiam,
alternadamente, a parte do corpo, de modo que a região dorsal das falanges médias e
distais dos dedos e a região tênar e hipotênar da mão entrem em contato com os tecidos.
Os objetivos são os mesmos da palmada.
Cutilada ou acutilamento: é um movimento realizado com uma ou duas mãos, em
que o bordo ulnar golpeia a superfície da pele em rápida sucessão com o objetivo de criar
um efeito estimulante e vigoroso.
Socamento: é o movimento em que as bordas ulnares das mãos frouxamente
cerradas golpeiam alternadamente e em rápida sucessão a superfície corporal.
· VIBRAÇÃO
É uma técnica praticada com uma ou duas mãos em que um delicado movimento
de agitação ou tremor é transmitido aos tecidos pela mãos ou pela ponta dos dedos.
O objetivo é estimular o tecido muscular e liberar secreções pulmonares.
· FRICÇÃO PROFUNDA (Fricções de Cyriax)
Consistem de movimentos breves, precisamente localizados e profundamente
penetrantes realizados em uma direção circular ou transversal com o objetivo de
mobilizar tendões, ligamentos, cápsulas articulares e tecidos musculares particularmente
se estiverem presentes inflamações ou aderências crônicas.
Para que seja obtido um firme contato com a pele não são utilizados lubrificantes.
Fricção circular: é efetuada com a ponta dos dedos ou com os polegares em
movimentos circulares. Os dedos devem ser pressionados obliquamente nos tecidos, em
seguida são mobilizados em pequenos círculos se aprofundando ligeiramente a cada
círculo sucessivo. Desta forma, os tecidos superficiais são mobilizados sobre os tecidos
mais profundos. Ao ser atingida a profundidade necessária (comumente após três ou
quatro círculos), a pressão é liberada gradualmente, e os dedos são levantados e pousam
numa área adjacente.
Referências bibliográficas
DE DOMENICO, Giovanni; WOOD, Elizabeth C. Técnicas de massagem de Beard. São
Paulo: Manole, 1998.
FERRELL-TORRY, AT; GLICK, OJ. (1993). The use of therapeutic massage as a
nursing intervention to modify anxiety and the perception of cancer pain. Cancer
Nursing. 16(2) 93-101.
HOLLIS, Margaret. Massagem na fisioterapia. São Paulo: Editora Santos, 2001.
WEINBERG, RJA; KOLODNY, J. (1988) The relationship of massage and exercise to
mood enhancement. The sport Psychologist, 2, 202-11.
21. http://melhorviverbem.com/documents/massagemterapeutica.doc
3. Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura
Cuthbertson (1933) revisou a literatura existente sobre este tópico e conduziu, ele próprio,
vários
experimentos. Estes foram seus achados:
· O débito urinário fica aumentado, sobretudo após uma massagem abdominal;
· A excreção de ácidos não sofre alteração, e não há mudança no equilíbrio ácido-básico;
· As taxas de excreção para nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio são
aumentadas;
· Em pessoas normais, não há um efeitos imediato sobre o consumo basal de oxigênio, ou
na freqüência
de pulso ou pressão sangüínea;
O sistema linfático tem importância crucial na remoção de proteínas plasmáticas e outras
grandes
moléculas, depois de ter sido depositadas no líquidos intersticial. Estas moléculas são
demasiadamente grandes
6. Efeitos no Sistema Nervoso
Sempre que a pele é tocada, ou que os tecido subjacente são manipulados, são ativados
diversos
receptores sensitivos em vários tecidos.
O efeito sedativo da massagem pode ser facilmente demonstrado, e Mennel, afirmava que
“há efeitos no
sistema nervoso central bem como um efeito local no nervos receptores sensitivos e
possivelmente nos motores”.
Não é nova a idéia de promover efeitos específicos no sistema nervoso, ou de fato no
controle nervoso de
muitos órgãos e sistemas. A acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de
massagem se propõem a afetar
uma série de funções do sistema nervoso. Princípios também encontrados na reflexologia.
http://www.albertomonteiro.com.br/materiais/apostilas/apostilaprinciptroducao.pdf
Saúde: Massagem contra a ansiedade
Postado por Leonardo T. as 22:18
22. Mais do que falar da ansiedade em si, será melhor falar primeiramente da massagem, e dos seus efeitos no
organismo.
Desde sempre o toque revelou ser um aspecto muito importante para o ser humano. O toque perceptivo, o
toque afetivo, o toque curativo, todos eles envolvendo sempre emoções e sentimentos, até mesmo os mais
simples como, por exemplo, perceber uma textura através do tato, ou esfregar com as mãos uma zona do
corpo recém lesionada. São instintos puros que nos trazem a satisfação ou alívio, e mais do que esses
sentimentos alcançados, a sua procura é realizada de maneira instintiva e quase inconsciente.
Em termos de efeitos reflexos da massagem, esta age diretamente sobre todo o organismo em termos
físicos e químicos, sendo também a consequência dessa ação, efeitos químicos e fisiológicos dentro do
nosso organismo.
Isto é, age diretamente estimulando vários sistemas, como o Sistema Tegumentar (pele), Sistema
Muscular, Sistema Respiratório, Sistema Circulatório, Sistema Ósseo, Sistema Imunológico e direta bem
como indiretamente, também o Sistema Nervoso.
Efeitos Diretos e Indiretos
23. Em termos físicos, e de maneira direta, a massagem proporciona a remoção de toxinas, a irrigação
sanguínea por todo o corpo, uma melhor oxigenação do organismo devido à redução e regulação do ritmo
respiratório, uma maior maleabilidade muscular (redução da tensão muscular), e o alinhamento da fáscia
no seu devido lugar.
Em termos indiretos, a massagem tem uma grande influência sobre o Sistema Nervoso.
A pele possui milhares de terminações nervosas, as quais permitem o reconhecimento de sensações como
temperatura, dor, pressão, textura. É a pele também, que ao sentir certos estímulos (como os de uma
sessão de massagem, por exemplo) transmite determinados sinais ao cérebro que acionam a estimulação
de determinadas partes do Sistema Nervoso.
Estimulação neuro-hormonal e a redução da ansiedade
Quando em um estado de pressão constante, ou em um estado de
ansiedade quase permanente, o Sistema Nervoso Simpático encontra-se em constante atuação (devido a
mecanismos cognitivos) e é este sistema que normalmente é ativado quando de situações de ameaça,
preparando o corpo para enfrentar a ameaça, ou para fugir da mesma. Como tal, os batimentos cardíacos
aceleram, os músculos ficam tonificados, as pupilas dilatadas, o corpo transpira, entre outros traços
evidentes em um corpo que se prepara para sobreviver ao meio ambiente. Na maioria dos casos das
pessoas que se encontram a ler esta informação sobre redução de ansiedade, os sintomas não chegarão a
ser tão agudos, e refletem-se mais provavelmente em uma angústia constante, ameaça inconsciente ou
sem razão, ou qualquer outro tipo de desconforto constante.
A fisiologia da luta ou fuga, ou, melhor dizendo, sobre a ativação do Sistema Nervoso Simpático para reagir
a uma situação de luta ou fuga, é principalmente composto por dois neurotransmissores, a Adrenalina, e a
24. Noradrenalina, que estimulam o corpo de modo a este reagir com aceleramento cardíaco, respiratório,
tonificação dos músculos, pupilas dilatadas, entre outros.
Embora de difícil eliminação, e também sendo essa uma das razões pelas quais mesmo depois de a nossa
ameaça desaparecer, continuarmos com a mesma sensação de elevado alerta, a Adrenalina e a
Noradrenalina são eliminadas por outras substâncias presentes no organismo, ou, pela estimulação do
Sistema Nervoso Parassimpático.
O Sistema Nervoso Parassimpático é o que entra em funcionamento quando nos sentimos com sono,
estamos num estado de vigília, ou estamos simplesmente muito relaxados.
O Sistema Nervoso Parassimpático é, assim, uma preciosa ajuda na eliminação daquilo que constrói a
fisiologia da ansiedade.
Como é possível eliminar a ansiedade através da massagem?
A ansiedade pode ser eliminada (e na quase totalidade das pessoas, certamente o será) através da
massagem, desde que se cumpra um plano baseado em regularidade, frequência, e em que a própria
pessoa sinta que o poder para eliminar a ansiedade reside nela própria.
A maneira como a massagem atua neste plano é ativando o Sistema Nervoso Parassimpático, com alguma
frequência inicial, permitindo fazer assim com que a durabilidade dos efeitos da massagem vá sendo cada
vez maior, tornando-se depois mais regular, de modo a que o seu organismo comece a produzir por si
próprio, formas de combater ou destruir a fisiologia da ansiedade.
Em termos anímicos, o ter na sua rotina semanal algo que traga conforto, alívio, ou uma alegria, faz com
que se sinta motivado não só para o evento em si, mas também para todos os outros eventos banais ou
especiais, da sua vida. E é esse conforto, alívio, ou alegria, na sua rotina, que a massagem também lhe
oferece, sendo um complemento extremamente importante aos processos fisiológicos já acima referidos.
25. http://www.liberimago.com/2010/02/saude-massagem-contra-ansiedade.html
Efeitos fisiológicos e terapeuticos
A massagem influência sempre a circulação dos diversos tipos de tecido. Condições
patológicas que ocorrem numa determinada estrutura irão reflectir-se noutras estruturas
interferindo com a função de todo o organismo. O efeito principal da massagem consiste
em produzir estimulação mecânica dos tecidos por meio de uma pressão e estiramento
ritmicamente aplicados. A pressão comprime os tecidos moles e distorce as redes de
receptores nas terminações nervosas. Ao aumentar os lúmens dos vasos sanguíneos e
espaços dos vasos linfáticos, estas forças afectam a circulação capilar, venosa, arterial e
linfática. Alguns dos efeitos fisiológicos e terapeuticos consequentes da massagem são:
· Aumento da circulação sanguínea e linfática;
· Amento do fluxo de nutrientes;
· Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos;
· Estimulação do processo de cicatrização;
· Resolução do edema e hematomas crónicos;
· Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo;
· Alívio da dor;
· Aumento dos movimentos das articulações;
· Facilitação da actividade muscular;
· Estimulação das funções autonómicas;
· Estimulação das funções viscerais;
· Remoção das secreções pulmonares;
· Aumento da temperatura periférica da pele e do corpo;
· Estímulo sexual;
· Promoção do relaxamento local e geral.
· Mobilização da pele e dos tecidos subcutâneos
Os tipos de reacções serão sempre os mesmos mas, a intensidade e duração pode variar,
dependendo da severidade da patologia e da força do estímulo.
Tecido nervoso
O sistema nervoso é o responsável pelo desempenho da maioria das funções do controlo
do nosso corpo, em conjunto com o sistema endócrino. Enquanto que o sistema nervoso
controla as actividades rápidas do corpo (contracções musculares, fenómenos viscerais e
intensidade de secreção de algumas glândulas endócrinas) através de impulsos
26. electroquímicos, o sistema endócrino regula as funções metabólicas corporais, através da
actuação de substâncias químicashormonas.
O sistema nervoso é constituído por mais de 100 biliões de neurónios, e estes são
considerados a sua unidade funcional básica. Diferenciam-se das células dos outros tipos
de tecidos devido aos seus prolongamentos (dendrites e axónios), há ausência de
replicação e de regeneração e ainda devido á sua principal característica de sinapse entre
si. O neurónio é constituído por: um corpo celular ou soma, os dendrites e o axónio. O
corpo celular contém o núcleo da célula que é bastante volumoso, e várias estruturas
responsáveis pelo metabolismo, crescimento e reparação do neurónio, como por exemplo
retículo endoplasmático, corpúsculos de Nissl, lisossomas, mitocôndrias, aparelhos de
Golgi, etc. Os dendrites são mais curtos que os axónios sendo maioritariamente os
responsáveis pela recepção dos estímulos (sinapse axo-dendrítica), embora em alguns
casos o corpo celular e o axónio, nos nódulos de Ranvier, também possam participar
nesta recepção (sinapse axo-somática e axo-axónica respectivamente). Os axónios são os
prolongamentos mais longos existindo apenas um por neurónio. Estes podem ser, ou não,
envolvidos por uma bainha de mielina, passando a ser designados por mielínicos ou
amielínicos respectivamente. A mielina apresenta uma capacidade isoladora e assume um
importante papel nas trocas iónicas, tornando-as, assim, mais rápidas e com menos gastos
de energia. Esta bainha não é contínua ao longo do axónio, apresentando intervalos
designados por nódulos de Ranvier, sendo a este nível possível as trocas iónicas. Nas
extremidades dos axónios encontram-se os botões terminais que estão em “contacto” com
os receptores do neurónio seguinte (dendrites, corpo celular ou axónio), estabelecendo-se,
assim, uma sinapse. Existem diferentes tipos de neurónios dependendo do número de
dendrites que apresentam. Sendo assim, os que apresentam vários dendrites são
designados por neurónios multipolares e são mais frequentes, existindo também os
bipolares, que apresentam um dendrite e um axónio, e os unipolares, que apresentam um
prolongamento comum que sai do corpo celular e que depois se divide no axónio e no
dendrite. No entanto, o sistema nervoso também apresenta outro tipo de células que têm
como função principal o suporte dos neurónios, chamadas as células da nevróglia. Estas
têm a capacidade de se replicarem ao longo da vida e dividem-se no sistema nervoso
central em oligodendrócitos, astrócitos e micróglia, e no sistema nervoso periférico em
células de Schwann. Embora, as células da nevróglia não participem na condução
nervosa, apresentam outras importantes funções no tecido nervoso, como as funções
mecânicas e de suporte, preenchimento de espaços no tecido nervoso e separação de
estruturas, transporte de substâncias, isolamento eléctrico dos neurónios, regulação do
seu metabolismo e formação da bainha de mielina.
http://pt.wikibooks.org/wiki/Livro_aberto_da_massagem/Bases_te%C3%B3ricas
Ação Fisiológica da Massoterapia Neuromuscular
Segundo Leitão apud Nessi (2003), com a finalidade de se obter maior clareza do papel da massagem ou massoterapia, devemos citar uma parte do
trabalho de dois grandes fisiologistas: Best e Taylor, segundo os quais a fricção profunda causa uma dilatação capilar duradoura. Desse modo, as
trocas gasosas no interior dos músculos são realizadas com maior facilidade, permitindo que o sangue circule facilmente e com maior quantidade
de oxigênio. Devido ao maior aporte sangüíneo no interior do músculo e na superfície da pele, ocorre um aumento pequeno na temperatura e uma
conseqüente vasodilatação. Além disso, a massoterapia também desempenha papel importante nas trocas nutritivas e gasosas, entre a corrente
sangüínea e os tecidos subcutâneos, contribuindo para melhorar o funcionamento de todo o organismo.
Segundo Figueira apud Nessi (2003, p. 5), também afirma que:
Massagem é o termo usado para indicar um conjunto de manipulações sistemáticas, científicas
e corporais, podendo ser manual ou mecânica, com efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular
27. e circulatório. A massagem hoje é também uma terapia de alívio, podendo ser utilizada a
qualquer momento, desde que feita com sabedoria.
Podemos dizer que a massoterapia estimula a nutrição tecidual e muscular, impedindo que a fadiga se acumule num músculo ativando a circulação
e conseqüentemente eleva a capacidade de reabsorção dos catabólitos celulares. A massoterapia sendo empregada sobre os músculos pode ser
estimulante, se realizada por apenas 15 minutos e pode fazer com que desapareça, temporariamente o estresse muscular, o qual se manifesta
após uma jornada de trabalho e atividades da vida diária.
Ação Fisiológica da Massoterapia Sobre o Sistema Nervoso
A massoterapia sobre o sistema nervoso, dependendo da pessoa a qual está sendo submetida e pode agir de formas diferentes. Aplicada num ritmo
rápido e com intensidade leve estimula e excita, ao passo que com uma intensidade moderada à profunda num ritmo lento acalma, produz efeitos
sedativos.
Cassar (2001), afirma “o efeito reflexo sobre sistema nervoso autônomo mais freqüente da massagem é sensação geral de bem-estar”.
Com as modernas e atuais tecnologias hoje é possível saber o que ocorre a nível nervoso e endócrino quando se aplica a massoterapia sobre o
corpo humano.
Fritz (2003, p.5) afirma:
A tecnologia científica nos possibilitou descrever algumas respostas fisiológicas ao toque, tais
como as mudanças na concentração de hormônios, alteração na atividade do sistema nervoso
central e periférico e na regulação dos ritmos do corpo.
http://www.escolaciemsahb.com.br/modules/news/article.php?storyid=9
Efeitos da Massagem
A massagem produz estimulação mecânica nos tecidos, por aplicação rítmica de pressão e estiramento. A
pressão comprime os tecidos moles e estimula as redes de receptores nervosos; o estiramento aplica tensão
sobre os tecidos moles e também estimula as terminações nervosas receptoras. O uso destas duas forças
pode, através da mudança dos vasos sangüíneos e linfáticos, afetar a circulação capilar, venosa, arterial e a
circulação linfática. Pode-se estimular os esteroceptores, tanto superficiais como profundos da pele,
proprioceptores nos músculos e tendões; e interoceptores nos tecidos mais profundos do corpo. Pode-se
liberar o muco das vias respiratórias e drenar o excesso.
O modo de aplicação destas forças mecânicas é determinado pelo terapeuta de acordo com sua escolha dos
tipos de movimento de massagem (deslizamento, fricção, amassamento, percussão, compressão e vibração)
e a habilidade em regular a duração, quantidade, intensidade e ritmo do estímulo. Maiorias dos efeitos da
massagem são experiências clínicas, através de relatórios, objetivos e testemunhas; outras são
racionalização das hipóteses baseadas no conhecimento de anatomia e fisiologia, umas em estudos
laboratoriais controlados e algumas são descritas apenas como uma idéia luminosa.
Efeito da massagem no metabolismo
Muita pouca experiência recente tem sido feitas sobre o efeito da massagem no metabolismo, apesar dos
vários estudos realizados há mais de 50 anos.
Alguns estudos indicam.
I. Ocorre um aumento do débito urinário.
II. A excreção de ácido não é alterada e não ocorre nenhuma mudança no equilíbrio ácido básico no
sangue.
III. Nas pessoas normais não ocorre nenhum efeito imediato no consumo basal de oxigênio, ou na
freqüência de
pulso ou pressão arterial.
http://www.agapeholos.org/Biblio004.htm
Técnicas de Massagem de Beard - 5
Índice do Artigo
28. Técnicas de Massagem de Beard
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Efeitos Mecânicos, Fisiológicos, Psicológicos e Terapêuticos da Massagem
Segun Aderências
II - Efeitos Fisiológicos da Massagem
* Aumento da circulação sangüínea e linfática;
* Aumento do fluxo de nutrientes;
* Remoção dos produtos catabólicos e metabólicos;
* Estimulação do processo de cicatrização;
* Resolução do edema e hematoma crônico;
* Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo;
* Alivio da dor ;
* Aumento dos movimentos das articulações;
* Facilitação da atividade muscular;
* Estimulação das funções viscerais;
* Remoção das secreções pulmonares;
* Estímulo sexual;
* Promoção do relaxamento local e geral.
Segundo árabe Avicena: "o objetivo da massagem consiste em dispersar os metabólicos removendo assim a fadiga".
IV - Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura
Cuthbertson (1933) revisou a literatura existente sobre este tópico, estes foram seus achados:
* O débito urinário fica aumentado, sobretudo após a massagem abdominal;
29. * A excreção de ácidos não sofre alteração, e não há mudança no equilíbrio ácido-básico;
* As taxas de excreção para o nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio são aumentadas;
* Em pessoas normais, não há um efeito imediato sobre o consumo basal de oxigênio, ou na freqüência de pulso ou pressão sangüínea.
É importante que nos lembremos da importância crucial do sistema linfático, na remoção das proteínas plasmáticas e outras grandes
moléculas, depois de ter sido depositadas no líquido intersticial.
VII - Efeitos no Sistema Nervoso
Sempre que a pele é tocada, ou os tecidos subjacentes são manipulados, são ativados diversos receptores sensitivos em vários tecidos.
Goldberg e colaboradores (1992) estudaram e demonstraram que uma técnica de massagem mais profunda produziu uma redução mais
pronunciada na amplitude do reflexo H do que a massagem superficial. O efeito é de natureza reflexa.
O efeito sedativo da massagem geral pode ser facilmente demostrado, e Mennell, em 1945, afirmava que "há provavelmente um efeito no
sistema nervoso central, bem como um efeito local nos nervos sensitivos e, possivelmente, motores".
Não foi ainda esclarecido quais mecanismos reflexos específicos são responsáveis, e nem o grau de simplicidade ou complexidade da
ação ou ações reflexas.
Não é nova a idéia de promover efeitos específicos no sistema nervoso, ou de fato no controle nervoso de muitos órgãos e sistemas. A
acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de massagem se propõem a afetar uma série de funções do sistema nervoso.
XIV - Principais Usos da Massagem Terapêutica
Os efeitos mecânicos, fisiológicos e psicológicos da massagem dão origem aos seus efeitos terapêuticos. Estes efeitos são a base para os
usos terapêuticos.
Os principais usos são, portanto:
* Ajudar no relaxamento geral ou local;
* Aliviar a dor;
* Tratar:
- edema crônico;
- Tecido cicatricial;
- Lesões de músculos, tendões, ligamentos ou articulações;
- Hematomas;
- Constipação crônica (há pouca evidência apoiando esta indicação);
- Facilitação dos movimentos;
- Prevenção da deformidade.
XV - Contra-Indicações à Massagem
30. * Infecção aguda
- ossos (por exemplo, osteomielite)
- articulações (por exemplo, artrite séptica)
- pele (por exemplo, dermatite)
- músculo (por exemplo, miosite)
- tecido subcutâneo (po exemplo, celulite)
* Doença de pele (por exemplo, psoríase)
* Câncer ou tuberculose na área a ser tratada
* Áreas de hiperestesia grave
* Presença de corpos estranhos (areia, vidro)
* Doenças dos vasos sangüíneos (por exemplo, tromboflebite)
* A massagem pode ser ministrada, mas com grande cuidado, a pacientes que apresentem varicosidade significativa das veias, hemofilia
ou edema visível.
XVI - Precauções Gerais
A massagem é um tratamento relativamente seguro contudo a lista a seguir contém muitas precauções que devem ser observadas antes,
durante, e depois da massagem.
1. Obtenha um diagnóstico médico acurado;
2. Efetue um exame físico (clínico) apropriado;
3. Verifique cuidadosamente as possíveis contra-indicações ao tratamento;
4. Cubra, verifique o posicionamento, e apóie o paciente de forma apropriada;
5. Garanta um elevado padrão de limpeza, especialmente para as mãos (do terapeuta);
6. Efetua a massagem monitorada à resposta do paciente;
7. Avalie e documente a resposta do paciente ao tratamento
http://www.massagemterapeuticaintegral.com/index.php?option=com_content&view=article&id=48%3Atecnicas-de-massagem-de-beard&
catid=34%3Aconfusion&limitstart=4
Efeitos da Massagem 4 - Efeitos sobre a dor 4.1 Estimulação de nociceptores Receptores de dor
(nociceptores) na pele e noutros tecidos reconhecem distúrbios por estímulos mecânicos, térmicos ou
químicos e medeiam o impulso através de neurónios aferentes para o SNC (onde estímulo é percebido
como dor). Se um ponto de dor for “acariciado” ou pressionado, os impulsos são transmitidos através das
fibras A-beta. Estas, ao serem mais rápidas do que as A-delta e C, dominam o estímulo mais lento e
ganham, por assim dizer, aos concorrentes. A consequência é que a dor já não é percebida da mesma
31. forma, os impulsos de dor já não chegam ao cérebro por meio do tálamo. Este fenómeno chama-se inibição
pré-sináptica
1. Efeitos da Massagem A influência da Massagem sobre o organismo é poderosa. Estes efeitos
baseiam-se em processos que se influenciam reciprocamente. Estes efeitos diferenciam-se em
mecanismos mecânicos, bioquímicos, reflexos e imunitários. Hugo Pedrosa 2010
2. Efeitos da Massagem 1 - Efeitos mecânicos Os efeitos que surgem por meio do movimento das
mãos sobre a pele são denominados efeitos mecânicos. Efeito de Mobilização (baseia-se em dois passos) a)
Dissolução de aglutinações – por exemplo, da sedimentação de ácido hialurónico e gordura – entre as várias
camadas de tecido. b) São dissolvidas ligações cruzadas (crosslink) patológicas entre as fibras de colagénio
por meio da libertação da enzima colagenase. Crosslink – Entende-se por ligações cruzadas as alterações
estruturais insolúveis em água, condicionadas pela adaptação e formadas no caso períodos de imobilização,
que limitam nitidamente a dimensão do movimento. Hugo Pedrosa 2010
3. Efeitos da Massagem 2 - Efeitos bioquímicos 2.1 Libertação de mediadores da inflamação A
utilização de diferentes técnicas de massagem provoca a libertação de diversas proteínas. Os estímulos
mecânicos da massagem levam à activação de mastócitos que em sequência provocam a produção em
maior quantidade de histamina. Este mediador da inflamação actua sobre a parede dos capilares e
arteríolas, dilatando e aumentando a sua permeabilidade. O rubor (visível) dura cerca de 20 a 30 minutos e
é um sinal de que a libertação de histamina é um efeito a curto prazo. Hugo Pedrosa 2010
4. Efeitos da Massagem 2 - Efeitos bioquímicos 2.2 Libertação de substâncias mediadoras que inibem
a dor As endorfinas são substâncias semelhantes aos opiáceos do próprio corpo. São libertadas pelo sistema
nervoso, de forma aumentada, não apenas nos tratamentos de massagem, mas também na actividade
física. As endorfinas são conhecidas, entre outras coisas, pelo seu efeito inibidor da dor. A presença de
maiores quantidades de serotonina também tem efeito sobre a dor. O efeito inibidor da dor baseia-se no
facto da serotonina interromper a transmissão de estímulos de dor para o córtex. Hugo Pedrosa 2010
5. Efeitos da Massagem 3 - Efeitos reflexos O estímulo mecânico da massagem estimula receptores e
terminações nervosas livres nas diferentes camadas de tecido. Desta forma, o estímulo é passado para o
SNC, onde finalmente é elaborado. O resultado final é o desencadear de efeitos reflexos. 3.1 Caminhos e
zonas reflexas São conhecidas as relações entre disfunções de órgãos internos e os tecidos somáticos como
a pele, músculos, etc. Reflexo viscerocutâneo – Se um órgão interno entra em disfunção, a dor pode ser
projectada para determinada zona da pele, produzindo uma hipersensibilidade na forma de dor
http://www.slideshare.net/hugopedrosa31/efeitos-da-massagem