Um laudo técnico identificou os problemas estruturais no Centro de Convivência Cultural de Campinas, que inclui o Teatro Luís Otávio Burnier fechado desde 2011. A reforma será dividida em três fases licitadas, com previsão de conclusão em dois anos. O custo estimado é de R$15 milhões, bem abaixo dos R$50 milhões previstos anteriormente. A Prefeitura buscará parcerias para levantar os recursos necessários.
5a Prefeitura divide em três a reforma do Convivência 11/6/13
1. http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/06/capa/campinas_e_rmc/68671-prefeitura-
divide-em-tres-a-reforma-do-convivencia.html
Prefeitura divide em três a reforma do
Convivência
Cada etapa da obra terá uma licitação; estrega está prevista para
dois anos
11/06/2013 - 12h17 | Felipe Tonon
felipe.tonon@rac.com.br
Foto: Gustavo Tilio/Especial para a AAN
O Teatro Luís Otávio Burnier está fechado desde 2011 por causa de risco de incêndio:
expectativa do governo é reabrir o espaço em 2015
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Um laudo técnico sobre as condições do Centro de Convivência Cultural (CCC), pago por
uma empresa privada, foi entregue na semana passada à Prefeitura para a recuperação
do espaço cultural. Foram avaliados o local onde funcionam o Teatro Luís Otávio Burnier,
que tem capacidade para 550 pessoas — fechado desde 2011 —; o Teatro de Arena, que
comporta 5 mil pessoas, além de três galerias de arte e a Sala Carlos Gomes. De acordo
com o secretário de Cultura de Campinas, Ney Carrasco, a estimativa é de que a reforma
do espaço cultural seja concluída em dois anos.
2. Foto: Gustavo Tilio/Especial para a AAN
Lustre do saguão principal do CCC: infiltração no teto e danos na parte elétrica revelam
abandono
O documento, uma espécie de raio X da estrutura, era a peça que faltava para se chegar a
uma estimativa de custos. Engenheiros da Secretaria de Infraestrutura estão analisando o
laudo para que uma agenda de licitações possa ser lançada e as obras de recuperação do
Convivência finalmente sejam iniciadas.
O processo de licitação será dividido em três fases: a primeira concorrência será para
realização de obras na parte elétrica, hidráulica e mecânica do teatro interno. A segunda é
para as obras do projeto estrutural, com o conserto de rachaduras e pinturas de toda a
estrutura de concreto.
Uma terceira etapa é referente exclusivamente às obras de impermeabilização da
estrutura.
Em até 90 dias será feita licitação para os projetos de reforma. Apenas depois dessa etapa
é que os possíveis custos serão discutidos.
A Prefeitura não fala em valores, mas o Correio apurou que o custo da reforma deve ficar
bem abaixo da estimativa feita no ano passado, durante o governo Pedro Serafim (PDT),
que previa investimento de R$ 50 milhões para recuperação do Convivência. Agora, fala-
se em cifras menores, da ordem de R$ 15 milhões. “Sabemos que é uma reforma grande e
o dinheiro não vai poder sair dos cofres públicos. Falar em valores agora é especulação,
mas posso garantir que será bem menos (que os R$ 50 milhões anunciados no ano
passado). Não faz sentido gastar tudo isso. Vamos fazer um teatro bem maior no Parque
Ecológico por R$ 80 milhões”, exemplificou.
Para levantar os recursos necessários para reinaugurar o Convivência, o secretário de
Cultura disse que pretende contar com o apoio da sociedade. “Vou conclamar a cidade
para salvar esse teatro. Vamos correr atrás de editais do governo estadual, federal, além
do apoio privado”, disse, citando o Teatro Castro Mendes, que contou com o apoio da
Petrobras para conclusão das obras.
O laudo técnico feito no CCC está avaliado em R$ 150 mil e foi financiado por uma
empresa de Campinas. O secretário adiantou que a parceria com empresas privadas será
uma das alternativas para a reforma do Convivência. “Vamos buscar parcerias,
patrocínios, mas não vamos privatizar o Convivência.”
“O laudo é um diagnóstico do problema, agora precisamos ir em busca das soluções”,
resumiu Carrasco, que afirma que a reforma do local já está em curso desde janeiro. “Eu
digo isso desde quando assumi a secretaria. O que temos agora é uma análise mais
profunda dos problemas. “As principais deficiências apontadas foram as infiltrações, que
3. acabaram comprometendo a estrutura e a parte elétrica do teatro, que em 2011 foi
fechado definitivamente justamente por não oferecer segurança aos frequentadores e por
haver risco de incêndio.”
A expectativa da Prefeitura é de reabrir o centro cultural em 2015. “É uma obra grande,
que demanda tempo, mas não vamos descansar um minuto enquanto não entregarmos
esse teatro”, afirmou Carrasco.