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Literatura no Espírito Santo
Docente: Professora Doutora Renata de Oliveira Bomfim;
Discentes: Danielle Galvão, Guilherme Medeiros e Renan Peres Ferro;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Vida e Obra
• 1935 : Em 11 de Junho nasce, em Cachoeiro do Itapemirim, Marly de
Oliveira .
• Durante sua infância, viveu em Campos – RJ.
• No final da déc. 50: Cursou Letras Neolatinas na PUC/RJ.
• 1957: Lança seu primeiro livro, Cerco da Primavera.
• 1960: Em Roma, publica seu segundo livro, Explicação de Narciso.
• 1962: Publica A Suave Pantera.
• 1964: Casa-se com o diplomata Lauro Moreira, tendo como padrinhos de
casamento Manuel Bandeira e Clarice Lispector.
• 1967: Nasce sua primeira filha, Mônica de Oliveira Moreira. Publica A Vida
Natural / O Sangue na Veia.
• 1974: Nasce sua segunda filha, Patrícia de Oliveira Moreira.
Vida e Obra
• 1975: Publicação de Contato.
• 1980: Publicação de Invocação de Orpheu e Aliança.
• 1982: Publicação de A força da paixão / A incerteza das coisas.
• 1986: Casa-se, pela segunda vez, com o poeta João Cabral de Melo Neto.
Publica Retrato / Vertigem / Viagem a Portugal.
• 1988: Publica O Banquete.
• 1989: Publicação da Obra Poética Reunida.
• 1990: Publicação de O Deserto Jardim.
• 1997: Publicação de Antologia poética.
• 1998: Publicação de O Mar de Permeio.
• 1999: Morte de João Cabral de Melo Neto.
• 2000: Publicação de seu último livro, Uma vez, sempre.
• 2007: Faleceu em 01 de junho, sendo sepultada no mausoléu da ABL.
A Suave Pantera
Como qualquer animal,
olha as grades flutuantes.
Eis que as grades são fixas:
ela, sim, é andante.
Sob a pele, contida
- em silêncio e lisura -
a força do seu mal,
e a doçura, a doçura,
que escorre pelas pernas
e as pernas habitua
a esse modo de andar,
de ser sua, ser sua,
no perfeito equilíbrio
de sua vida aberta:
una e atenta a si mesma,
suavíssima pantera.
É suave, suave, a pantera,
mas se a quiserem tocar
sem a devida cautela,
logo a verão transformada
na fera que há dentro dela.
O dente de mais marfim
na negrura toda alerta,
e ser de princípio a fim
a pantera sem reservas,
o fervor, a força lúdica
da unha longa e descoberta,
o êxtase de sua fúria
sob o melindre que a fera,
em repouso, se a não tocam,
como que tem na singela
forma que não se alvoroça
por si só, antes parece,
na mansa, mansa e lustrosa
pelúcia com que adorna,
uma viva, intensa jóia.
Epigrama
Bom é ser árvore, vento:
sua grandeza inconsciente.
E não pensar, não temer.
Ser, apenas. Altamente.
Permanecer uno e sempre
só e alheio à própria sorte.
Com o mesmo rosto tranqüilo
diante da vida ou da morte.
ELEGIA
Teu rosto é o íntimo da hora
mais solitária e perdida,
que surge como o afastar-se
de ramos, brando, na noite.
Não choro tua partida.
Não choro tua viagem
imprevista e sem aviso.
Mas o ter chegado tarde
para o fechar-se da flor
noturna do teu sorriso.
O não saber que paisagens
enchem teus olhos de agora,
e este intervalo na vida,
esta tua larga, triste,
definitiva demora.
Sobre a Obra de Marly
“Vou apresentá-la com grande alegria: trata-se de um dos maiores expoentes de
nossa atual geração de poetas, que é rica em poesia. (...) Além de poeta, faz críticas
da maior erudição, agudeza e sensibilidade.” Clarice Lispector
“Com sua origem erudita, sua dicção clássica, sua substância filosófica, a poesia de
Marly de Oliveira é uma construção solitária na literatura brasileira. Comentando
outros livros seus, já pude ressaltar tudo isso – o que, para mim, faz dela o maior
nome feminino da poesia em língua portuguesa.” Pedro Lyra
“A aventura poética, aqui, atinge um estado único no Brasil e quiçá na língua
portuguesa: um fluir sonoro de completo mas imanifesto domínio dos apoios
fonéticos; um artesanato de formas fixas que se embebe no mais acurado
conhecimento do passado; uma temática que leva, ao mesmo passo, ao
quinhentismo e antes, e aos amanhãs e depois, pertemporizando-se”. Antonio
Houaiss
Sobre a Obra de Marly
“Na longa fala de sua importante obra, Marly vem tecendo e consagrando os seus
próprios mitos fundamentais. Desde o primeiro livro de poemas, dos 14 já escritos, ela
trabalha e retrabalha uma só iluminação central, multiplicada e projetada sobre
horizontes de significados que tanto mais se alargam quanto mais nítida, precisa e
despojada se torna sua peculiar dicção.” Mário Chamie
“Marly de Oliveira é uma jovem poeta brasileira. Quem conhece os seus versos em
português, aqueles de seu livro Cerco da Primavera, publicado em 1957, e aqueles que
compõem a sua nova coletânea Explicação de Narciso sabe que neles ela dá prova de
raros dotes de profundidade e de graça. Mais como terá feito esta jovem para
apoderar-se de nossa língua, de sua secreta musicalidade ao ponto de poder oferecer
o dom da poesia que agora ouvireis? É um milagre: a ingenuidade e a profundidade
aqui se mesclam com uma novidade talvez superior aquela que surpreende quando se
exprime na sua língua materna. É um milagre: simplesmente poesia em um italiano
iluminoso.” G. Ungaretti (alla RAI – 1960)
Giuseppe Ungaretti e Marly de Oliveira em Roma
CLARICE LISPECTOR, MARLY DE OLIVEIRA ( a noiva) e MANUEL
BANDEIRA
GRANDE OTELO E MARLY DE OLIVEIRA no lançamento de
seu livro A SUAVE PANTERA
Marly de Oliveira e João Cabral de Melo Neto
Dados bibliográficos
• http://revistamododeusar.blogspot.com.br/2016/04/marly-de-oliveira-19
35-2007.html
• SILVA, Janaína Alencar (Org.). Suave Pantera: Marly de Oliveira: vida e
obra. Vitória: Formar, 2007. 80 p.

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Literatura do ES e a poeta Marly de Oliveira

  • 1. Literatura no Espírito Santo Docente: Professora Doutora Renata de Oliveira Bomfim; Discentes: Danielle Galvão, Guilherme Medeiros e Renan Peres Ferro; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
  • 2. Vida e Obra • 1935 : Em 11 de Junho nasce, em Cachoeiro do Itapemirim, Marly de Oliveira . • Durante sua infância, viveu em Campos – RJ. • No final da déc. 50: Cursou Letras Neolatinas na PUC/RJ. • 1957: Lança seu primeiro livro, Cerco da Primavera. • 1960: Em Roma, publica seu segundo livro, Explicação de Narciso. • 1962: Publica A Suave Pantera. • 1964: Casa-se com o diplomata Lauro Moreira, tendo como padrinhos de casamento Manuel Bandeira e Clarice Lispector. • 1967: Nasce sua primeira filha, Mônica de Oliveira Moreira. Publica A Vida Natural / O Sangue na Veia. • 1974: Nasce sua segunda filha, Patrícia de Oliveira Moreira.
  • 3. Vida e Obra • 1975: Publicação de Contato. • 1980: Publicação de Invocação de Orpheu e Aliança. • 1982: Publicação de A força da paixão / A incerteza das coisas. • 1986: Casa-se, pela segunda vez, com o poeta João Cabral de Melo Neto. Publica Retrato / Vertigem / Viagem a Portugal. • 1988: Publica O Banquete. • 1989: Publicação da Obra Poética Reunida. • 1990: Publicação de O Deserto Jardim. • 1997: Publicação de Antologia poética. • 1998: Publicação de O Mar de Permeio. • 1999: Morte de João Cabral de Melo Neto. • 2000: Publicação de seu último livro, Uma vez, sempre. • 2007: Faleceu em 01 de junho, sendo sepultada no mausoléu da ABL.
  • 4. A Suave Pantera Como qualquer animal, olha as grades flutuantes. Eis que as grades são fixas: ela, sim, é andante. Sob a pele, contida - em silêncio e lisura - a força do seu mal, e a doçura, a doçura, que escorre pelas pernas e as pernas habitua a esse modo de andar, de ser sua, ser sua, no perfeito equilíbrio de sua vida aberta: una e atenta a si mesma, suavíssima pantera. É suave, suave, a pantera, mas se a quiserem tocar sem a devida cautela, logo a verão transformada na fera que há dentro dela. O dente de mais marfim na negrura toda alerta, e ser de princípio a fim a pantera sem reservas, o fervor, a força lúdica da unha longa e descoberta, o êxtase de sua fúria sob o melindre que a fera, em repouso, se a não tocam, como que tem na singela forma que não se alvoroça por si só, antes parece, na mansa, mansa e lustrosa pelúcia com que adorna, uma viva, intensa jóia.
  • 5. Epigrama Bom é ser árvore, vento: sua grandeza inconsciente. E não pensar, não temer. Ser, apenas. Altamente. Permanecer uno e sempre só e alheio à própria sorte. Com o mesmo rosto tranqüilo diante da vida ou da morte.
  • 6. ELEGIA Teu rosto é o íntimo da hora mais solitária e perdida, que surge como o afastar-se de ramos, brando, na noite. Não choro tua partida. Não choro tua viagem imprevista e sem aviso. Mas o ter chegado tarde para o fechar-se da flor noturna do teu sorriso. O não saber que paisagens enchem teus olhos de agora, e este intervalo na vida, esta tua larga, triste, definitiva demora.
  • 7. Sobre a Obra de Marly “Vou apresentá-la com grande alegria: trata-se de um dos maiores expoentes de nossa atual geração de poetas, que é rica em poesia. (...) Além de poeta, faz críticas da maior erudição, agudeza e sensibilidade.” Clarice Lispector “Com sua origem erudita, sua dicção clássica, sua substância filosófica, a poesia de Marly de Oliveira é uma construção solitária na literatura brasileira. Comentando outros livros seus, já pude ressaltar tudo isso – o que, para mim, faz dela o maior nome feminino da poesia em língua portuguesa.” Pedro Lyra “A aventura poética, aqui, atinge um estado único no Brasil e quiçá na língua portuguesa: um fluir sonoro de completo mas imanifesto domínio dos apoios fonéticos; um artesanato de formas fixas que se embebe no mais acurado conhecimento do passado; uma temática que leva, ao mesmo passo, ao quinhentismo e antes, e aos amanhãs e depois, pertemporizando-se”. Antonio Houaiss
  • 8. Sobre a Obra de Marly “Na longa fala de sua importante obra, Marly vem tecendo e consagrando os seus próprios mitos fundamentais. Desde o primeiro livro de poemas, dos 14 já escritos, ela trabalha e retrabalha uma só iluminação central, multiplicada e projetada sobre horizontes de significados que tanto mais se alargam quanto mais nítida, precisa e despojada se torna sua peculiar dicção.” Mário Chamie “Marly de Oliveira é uma jovem poeta brasileira. Quem conhece os seus versos em português, aqueles de seu livro Cerco da Primavera, publicado em 1957, e aqueles que compõem a sua nova coletânea Explicação de Narciso sabe que neles ela dá prova de raros dotes de profundidade e de graça. Mais como terá feito esta jovem para apoderar-se de nossa língua, de sua secreta musicalidade ao ponto de poder oferecer o dom da poesia que agora ouvireis? É um milagre: a ingenuidade e a profundidade aqui se mesclam com uma novidade talvez superior aquela que surpreende quando se exprime na sua língua materna. É um milagre: simplesmente poesia em um italiano iluminoso.” G. Ungaretti (alla RAI – 1960)
  • 9. Giuseppe Ungaretti e Marly de Oliveira em Roma CLARICE LISPECTOR, MARLY DE OLIVEIRA ( a noiva) e MANUEL BANDEIRA
  • 10. GRANDE OTELO E MARLY DE OLIVEIRA no lançamento de seu livro A SUAVE PANTERA Marly de Oliveira e João Cabral de Melo Neto
  • 11. Dados bibliográficos • http://revistamododeusar.blogspot.com.br/2016/04/marly-de-oliveira-19 35-2007.html • SILVA, Janaína Alencar (Org.). Suave Pantera: Marly de Oliveira: vida e obra. Vitória: Formar, 2007. 80 p.