2. TICs
Novas formas de agrupamento social;
Novos comportamentos;
Desenvolvimento de novas culturas;
Lugares inspirados no mundo físico
Ausentes da materialidade
Facetas identitárias; Interações em virtualidade
lugares virtuais; Mediados
territórios virtuais; pela
comunidades virtuais;
práticas sociais. internet
FENÔMENOS EMERGENTES:
novas maneiras de interpretação.
3. SQ U ISA Isso fez com que....
PE Necessidade de novas metodologias...
Adaptações de metodologias para o ambiente virtual.
A Internet como artefato cultural e não apenas um meio técnico.
(Turkle, 1997; Hamman, 1998; Hine, 2000)
Como entender a cultura, o
sujeito, os valores e os novos
grupos formados no universo
virtual?
Buscou-se ajuda na ETNOGRAFIA...
“Pesquisar A aldeia NA aldeia...”
4. A Netnografia
Apropriações dos estudos etnográficos para a Cibercultura.
Existem diferenças...não é uma simples transposição de métodos.
...NETNOGRAFIA
Intenção de abordar as mesmas
características do método etnográfico
(ou seja, estudos de práticas sociais, de
artefatos que instituem cultura), com a
atenção para o estudo de práticas, interações,
usos e apropriações de meios por grupos e
comunidades situadas no universo virtual.
5. A Netnografia
Surgiu pelo interesse em estudar práticas sociais virtuais.
NET + ETHNOGRAPHY
Etnografia Online
Etnografia Virtual
Netnografia
CIBERESPAÇO
Analisa marcadores verbais e não verbais na Internet;
Caráter qualitativo;
Inserção na realidade em análise.
6. PA
QUE:
RTE DE ça não é a
A Netnografia
de mudan s usos e
...o agente i, e sim o
tecno logia em s e sentido ao
as cons tr uções d .
re dor dela
As relações sociais mudaram...
Não precisam sair de casa;
As pessoas criam coisas na Internet;
Grupos, amigos, namoros virtuais;
Existência de lugares virtuais para a sociabilidade;
Pessoas interagem pela Internet.
7. Mas...e onde aplicar a netnografia?
Interações sociais na Internet
-‐ Troca de capital social;
-‐ Formação de laços sociais;
-‐ Formação de comunidades;
-‐ Formação de Redes Sociais;
-‐ Relacionamentos sociais;
-‐ Comportamento social.
“...uma etnografia da Internet pode olhar em detalhes
para as formas pelas quais a tecnologia é
experenciada em uso”.
(HINE, 2000)
8. O que ela exige? Kozinets;
Hine;
Ardevol;
•Compreensão da linguagem do grupo; Amaral;
•Saber usar a Internet; Sá;
•Paciência do pesquisador; Fragoso;
•Rigor metodológico; Recuero;
•A participação no grupo; Montardo;
•Observação participante; ....
•Aplicação de técnicas para coleta de dados.
Não possu
Permite co i “receitas”!!!
m que se o
os sujeitos bserve
Permite um de análise;
a descrição
dos fenôm densa
enos obser
Busca ler o vados;
texto e o
contexto p
resente na
Internet;
9. Netnografia
Procedimentos básicos de metodologia específicos da transposição da
etnografia para a netnografia.
Entreé Cultural
Coleta e análise dos dados;
Ética de pesquisa;
Feedback;
Checagem de informações com os membros do grupo.
Checagem de dados com
os membros do grupo.
Informação Pública X Privada?
Preparação do Uso consensual da
trabalho de campo; informação?
Captura de dados
Tópicos para análise; Identificação do pesquisador Provenientes das
Que comunidades? e da pesquisa. interações: e-mail,
Confidencialidade, anonimato. retorno da pesquisa
TRÊS TIPOS DE DADOS
- dados copiados e coletados diretamento dos integrantes;
- informações provenientes da observação do pesquisador;
- Dados provenientes de entrevistas/conversas. (Kozinets, 2002)
10. Mas onde posso aplicar a Netnografia?
Em qualquer ambiente virtual
que possua pessoas
interagindo, construindo
“culturas” e produzindo
significações sociais.
Construção de um avatar/perfil;
Experimentação e observação do ambiente;
Interação com sujeitos do ambiente;
Participação dos eventos do grupo do ambiente.
Posições do pesquisador:
* investigador;
* observador;
* interagente;
* descobridor.
11. DA CULTURAL Pesquisador como INVESTIGADOR
ENTRA
ANÁLISE DOCUMENTAL
•Como funciona?
Coleta de dados •Para que serve?
•Quando foi criado?
sobre o ambiente •Há quanto tempo existe?
sobre o grupo •Histórias sobre.
históricos, notícias... •Quem faz parte?
pesquisas •Quantos fazem parte?
dados informais... •Como está organizado?
Conhecer o local e o grupo •Hábitos dos moradores.
Teorias são essenciais para a pesquisa. aporte teórico
(POPPER, 1975)
autoetnografia
(AMARAL, 2009)
13. Coleta e Análise Coleta e
Análise d
os dados
Coleta de dados através de:
•Entrevistas formais
•Entrevistas informais
•Questionários
•Formulários
•Observações e anotações
Análise
de
dados:
•A
par'r
da
coleta
•Depois
da
coleta
Técnicas...
Downloads/cópia
arquivos/dia/hora/
14. Coleta e Análise Coleta e
Análise d
os dados
Pesquisador se torna membro do local
Observação sistemática Imersão do pesquisador na realidade cultural
Investigação Interpretativa
“viver com e como
um determinado
grupo social”
Desvendar e decompor
padrões de comportamento
social e cultural
INDISPENSÁVEL O
CONTEXTO
15. Coleta e
Do sujeito... Análise d
os dados
Visual (avatar)
Descrições (perfil, nicks)
Interações (rastros) O que observar? forma linguagem
padrões de comportamento
expressões características
identidade visual
16. Coleta e
Análise d
Pesquisador como OBSERVADOR os dados
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Entrada a campo - passa a “fazer parte”
•Fazer parte do grupo (KOZINETS, 2007)
-‐ Entrar nas normas estipuladas;
-‐ Participar dos “eventos”;
-‐ Criar uma IDENTIDADE (nick, avatar, perfil...);
-‐ Formação de laços sociais.
17. Coleta e
Análise d
os dados
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Existe uma intervençãotanto napesquisadorcom suas interpretações.
do comunidade como
18. Coleta e
Análise d
os dados
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
O Diário de Campo.
Anotações (salvar arquivos);
Descrever com detalhes o lugar, as
pessoas e como elas interagem tanto
entre elas como com o local.
Visualização da organização do ambiente.
Visualização das interações sociais.
Rotina;
Conversas informais;
Fatos que acontecem;
19. Pesquisador como INTERAGENTE
Coleta e
Análise d
os dados
ENTREVISTAS
PESQUISADOR: ao participar do grupo, automaticamente interfere no meio.
conhecimento e competência comunicativa do meio.
NESTE MOMENTO: interações mais claras, com diferente abordagem.
• Construção das perguntas;
• “Questões base”;
• Parte de uma conversa.
Busca informações não adquiridas na observação
participantes
20. Coleta e
Análise d
os dados
ENTREVISTASTextualidade
Interpretação exige conhecimento da forma de linguagem
• O tipo de linguagem é usado para suprir “deficiência” de expressões físicas
que contribuem no processo de comunicação.
•Otimização do tempo.
:*
21. Coleta e
Análise d
os dados
ENTREVISTAS da
conversa
Ritmo
[09:29] 1SER: O que você leva em consideração para adicionar •
Lag
;
uma pessoas na sua rede social?
[09:32] NMarininha: eu vejo se ela é bonita, legal...sei lah...
•
Cair
conexão;
[09:32] NMarininha: vejo se ela eh a fim de fala cmgo e tal :) •
Atenção
pessoal;
[09:33] NMarininha: mas se for um mala eu jah bloqueio na h!
[09:33] 1SER: Você já teve algum amigo virtual que fez questão •
“linguagem
cortada”;
de conhecer pessoalmente? •
Exige
paciência
;
* NMarininha is offline
* NMarinha is online •
Respostas
“curtas”;
[09:39] NMarininha: ai, caí! Iauhaiuhaiuhaiuha. sorry!
•
Respostas
adequadas
para
as
perguntas.
22. Coleta e
Análise d
os dados
ENTREVISTAS O
Contexto
•Pedir dedicação;
• Pessoas falam com mais de uma pessoa
ao mesmo tempo;
• Laços fortes .
dificuldades
vantagens
-‐Anonimato;
-‐Não compartilhar do mesmo espaço
físico; MAIS CONFORTO
-‐Entrevistado no próprio território.
23. Pesquisador como DESCOBRIDOR
Coleta e
Análise d
os dados
ANÁLISE DOS DADOS
Realizada após finalizar todas as etapas metodológicas
Confere conservação de informações de um grupo em determinado
momento no ciberespaço.
(Braga, 2006),
24. das
agem
chec s
ack e açõe
Feedb nform
i
Checagem das informações com os sujeitos....
Oferece credibilidade e legitimidade
Material “sensível”... Faixa etária, informações “delicadas”....
O retorno com os resultados...
Envio da pesquisa à comunidade.
27. Princípios básicos da Netnografia
1. Presença do etnógrafo no campo de pesquisa (Internet);
2. Visualização do ciberespaço como campo de pesquisa;
3. Considerar as interações como dinâmicas;
4. Toda forma de interação é relevante;
5. Compreender dinâmica do campo;
6. Observar limites entre online e offline (bem como suas conexões);
7. Deslocamento do entendimento de tempo e espaço;
8. Não é imparcial;
9. Precisa-se de tempo e dedicação do pesquisador;
10. Necessita da imersão do pesquisador na interação virtual;
11. Informantes presentes ou não;
12. É uma apropriação da etnografia para o ciberespaço.
28. DIFICULDADES
Problemas com a conexão
Assincronicidade das conversas
Divisão da atenção
“verdade absoluta” e
experimentos puros???”
(JAPIASSU, NORIS, 2006)
Necessário ter pontos de referência
Netnógrafo assume posição de pesquisador
Lidar com a subjetividade dos dados
29. DIFICULDADES
Como limitar o espaço
virtual?
•Descrição do campo
(espaço) As relações sociais estariam
limitadas neste único lugar?
Com quem eu falo?
•Descrição das pessoas
(habitantes) Como perceber a
hierarquia das relações
sociais?
30. ATENÇÃO ESPECIAL
Como olhar?
manter postura inicial de estranhamento do pesquisador em relação ao objeto;
considerar a subjetividade;
considerar os dados resultantes como interpretações de segunda e terceira mão;
considerar o relato etnográfico como sendo de textualidade múltipla.
Mantém premissas básicas de etnografia.
O pesquisador quando vestido de
netnógrafo, se transforma num
experimentador do campo,
engajado na utilização do objeto
pesquisado enquanto o pesquisa
(KOZINETS, 2007).
REFLETIR SOBRE:
O papel do pesquisador no contexto...
AUTOETNOGRAFIA
32. ATENÇÃO ESPECIAL
A
posição
do
etnógrafo:
a. “Envolver-‐se”
mas
não
envolver-‐se?
b. Cuidado
para
não
influenciar?
33. ATENÇÃO ESPECIAL
...Para
os
preconceitos
pessoais.
Livrar-‐se
deles!
34. Questões éticas Imagens dos avatares
Gravação de conversas
Coletas de informações de Fóruns
Observação de comportamentos virtuais
Identificação do pesquisador
Identificação da pesquisa
Solicitação de permissões (AMARAL, NATAL e VIANA, 2009).
Anonimato do sujeito virtual
Checagem dos dados com os próprios membros da comunidade (KOZINETS, 2002)
35. Questões éticas
IdenGficar-‐se
“concretamente”
ou
não
na
etnografia
virtual?
a. Altera
a
forma
dos
sujeitos
interagirem?
b. Observar
e
interagir
sem
deixar
explícito?
c. Somente
na
entrevista?
36. Questões éticas
A
idenGdade
virtual
do
pesquisador
a. Construir
uma
iden'dade
que
facilite
a
interação
inicial?
b. Desculpa
para
iniciar
uma
conversa?
pensar
sobre
a
sua
presença!!!
Gênero/Tempo/Disponibilidade
Não se pode esquecer que, uma vez estabelecido o contato entre pesquisador e sujeitos,
estabelece-se também uma relação de poder que vai influenciar os achados da pesquisa.
38. ESTUDO DE CASO
Netnografia no Second Life
Identificar os motivos para a criação de representações de
ambientes concretos nos espaços do aplicativo multiusuário online
Second Life
39. Netnografia no Second Life
Identificar os motivos para a criação de representações
de ambientes concretos nos espaços do aplicativo
multiusuário online Second Life
Identificar ambientes/sistemas capazes de criação de lugares;
41. Netnografia no Second Life
Identificar ambientes/sistemas capazes de criação
de lugares;
Seleção das ilhas...
Representação de lugares genéricos
Representação de lugares específicos
Representação de lugares mistos
NETNOGRAFIA
42. Netnografia no Second Life
1. ANÁLISE DOCUMENTAL
* Pesquisas sobre o SL e as ilhas;
* Artigos sobre usos e apropriações destes locais;
BAGAGEM TEÓRICA SOBRE O ASSUNTO.
Dados sobre os aplicativos;
Usos iniciais propostos;
Pesquisa em sites;
Pesquisa no próprio site.
43. Netnografia no Second Life
2. OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Observação da estrutura
Ir a festas, lugares e rituais do MUVE;
Presença de representações?
Observação “DO local NO local”;
Verificar criadores do local;
Tipos de lugares referidos (praias, cidades...);
Nomeclaturas, descrições;
Grau de fidelidade do lugar.
Observação das dinâmicas sociais, dos usos e apropriações
Práticas sociais;
Observar de forma “distante”;
Identidades;
Organização dos usuários;
Indicações das motivações pela busca do lugar virtual;
Conteúdo trocado.
44. Netnografia no Second Life
3. ENTREVISTAS
Semi-estruturadas;
CRIADORES DOS LUGARES
USUÁRIOS DOS LUGARES
Criadores das ilhas analisadas – 3
Criadores de ilhas aleatórias – 3
Residentes das ilhas analisadas – 6
Usuários de ilhas aleatórias – 6
Entrevistas 1h30
Horários variados
Arbitrárias
Seguiam roteiro
45. Netnografia no Second Life
Análise Documental 4. TRIANGULAÇÃO
[11:12]
W.Z.:
essa
ilha
eh
onde
eu
moro
[11:12]
W.Z.:
representa
minha
casa
-‐
tenho vários aos quais
eu faço parte e me
Observações Entrevistas identifico.
(...)
criei
a
ilha
pq
sou
Carioca
da
gema....
Identidade
Pertencimento
O
lugar
no
ciberespaço
não
apenas
é
visível,
como
também
anuncia
simbolismos
ligados
ao
território,
estando
diretamente
associado
à
necessidade
dos
sujeitos
de
expressarem
a
sua
idenQdade
cultural
em
“outros
espaços”,
diferentes
do
espaço
geográfico,
porém
fortemente
atrelados
a
ele.
46. Metodologias devem se adequar ao meio; A Netnografia
Reconhecer possíveis limitações;
Rigor metodológico;
Observa-se aspectos da comunidade.
Vivência em campo;
Narrativa personalizada;
Utilização e combinação flexível de múltiplas técnicas de pesquisa;
Compromisso de longo prazo;
Indução a partir do acúmulo de informações.
(FRAGOSO, RECUERO e AMARAL, 2011)
47. A Netnografia
A netnografia, assim, é uma forma de abordar o
conhecimento científico que está em constante
adaptação, utilizando-se de métodos e procedimentos já
desenvolvidos como formas de inspiração a fim de
rearranjar e organizar modelos metodológicos que
transcrevam e dialoguem de forma mais adequada ao
modo de constituir a epistemologia, em especial, na
comunicação mediada pela Internet.
48. REBECA RECUERO REBS
www.rebs.com.br
@rebecarebs
Obrigada pela atenção.
rebeca.recuero.rebs@gmail.com
A NETNOGRAFIA