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A Teoria Organizacional Adaptada ao Jornalismo

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  1. 1. Teorias do Jornalismo Teoria do Espelho: A mais antiga que foi inspirada no Positivismo de Auguste Comte, onde as pessoas acreditavam e defendiam a ideia de objetividade no jornalismo. Essa corrente vê o jornalista como um comunicador desinteressado e que conta a verdade sempre, "doa a quem doer". Para o senso comum, é até hoje a concepção dominante no jornalismo ocidental Para eles, o jornalista não deixará que suas paixões políticas e toda a sua formação cultural interfiram na comunicação. Isso significa que nem mesmo a sua forma de ver o mundo, com seus conceitos de bom e mal, irão prejudicar a reportagem ou notícia Ela parte da formação da sociedade capitalista democrática, onde a imparcialidade sempre foi vista como fundamental para a livre circulação da informação, vista como um direito do cidadão. Daí o princípio histórico do jornalismo em ser imparcial, se conter aos fatos e sem distorcer a verdade Contestações: Mas, estudos recentes de mídia e jornalismo mostram ser impossível que os jornalistas consigam, de fato, reproduzir a verdade como um todo. Isso porque a “verdade” pode variar de acordo com o conjunto de crenças culturais e valores sociais em que se encontra Será que a verdade para um muçulmano é a mesma para um cristão? A verdade para um capitalista é a mesma para um socialista? Será que a forma de ver o mundo para um trabalhador é a mesma para um empresário? A resposta é NÃO
  2. 2. Teoria da Ação Pessoal ou Teoria do Gatekeeper: Verificando o termo Gatekeeper (Guardião do Portal) percebe-se que a teoria repousa sobre o processo de produção e seleção de notícias, partindo da ação do profissional da área: o jornalista – especificamente na função de editor, pois a figura do Gatekeeper mostra um agente que decide o que se transformará em fato ou acontecimento noticiado, ou se será descartado A Teoria do Gatekeeper é uma das primeiras na literatura do jornalismo e, seus contornos, foram traçados em 1950 por David M. White. Ele concluiu que o processo de escolha é subjetivo, apesar dos pressupostos de objetividade do jornalismo. E que o editor, em última instancia, representa um funil que seleciona as notícias, decidindo arbitrariamente o que será (ou não) publicado Críticas à Teoria do Gatekeeper: As críticas dos estudiosos recaem na visão limitada em querer analisar todo o jornalismo simplesmente a partir da figura do editor ou jornalista. Isso porque, dessa forma as análises do Gatekeeper não consideram fatores externos que influenciam nas decisões do profissional Para White, a questão organizacional, a linha editorial, o público alvo, audiência, concorrência entre outros fatores importantes ficaram de fora. Exemplo: a semelhança dos produtos jornalísticos, como os jornais impressos ou os telejornais que possuem quase o mesmo leque de cobertura noticiosa, com os mesmos assuntos
  3. 3. A Teoria Organizacional Adaptada ao Jornalismo A Teoria Organizacional teve origem no estudo da Administração e da Psicologia, embora ela só tenha sido adaptada para o Jornalismo em 1995. Considerando que o Jornalismo é um mercado e as notícias são seus produtos, faz-se é necessária a organização das empresas jornalísticas A hierarquização dos cargos nas empresas jornalísticas também acontece nos outros meios de comunicação, de forma a organizar, como o próprio nome da teoria diz Existem 2 tipos níveis que influenciam na produção de notícias de acordo esta teoria: 1) Ao nível organizacional com fatores como o desejo do lucro, a escolha de fontes, o acontecimento, a competição entre editores e editorias, recursos humanos e materiais, a hierarquia, organização e burocracia interna e interação com as fontes interferem na produção da matéria 2) Ao nível extra organizacional, as notícias sofrem influência sobre fatores como audiência e mercado, a relação estabelecida entre jornalista e fonte, assim como a preferência aos canais de rotina
  4. 4. De forma sociológica, é possível refletir que o jornalista se torna um membro da redação e, portanto, dependente das influências políticas do meio editorial e empresarial do seu veículo de comunicação Conforme especialistas, 6 fatores são apontados pela Teoria Organizacional como relevantes na promoção do conformismo do jornalista com a política editorial da organização: (1) A autoridade institucional e as sanções; (2) Os sentimentos de obrigações e de estima para com os superiores; (3) As aspirações de mobilidade; (4) A ausência de grupos de lealdade em conflito; (5) O prazer da atividade; (6) As notícias como valores As autoridades podem influenciar o trabalho jornalístico e, para isso, basta saber que o jornalista está sempre respondendo a algum superior hierárquico e ao próprio dono da empresa Por outro lado, se o profissional não seguir as orientações editoriais pode sofrer sanções e perder o próprio emprego, devido à falta de regulação da área por algum órgão governamental
  5. 5. Muito criticados, o Sensacionalismo e o Imediatismo são praticados na Teoria Organizacional devido à competição entre as empresas de comunicação, visando maior destaque, maior lucro, o furo jornalístico e maior quantidade de informações Dessa forma, acaba perdendo-se a qualidade da informação segundo critérios jornalísticos e pensando nos critérios mercadológicos. Pensando pelo lado da competição entre os veículos de comunicação, o Sensacionalismo e o Imediatismo geram a publicação de notícias com enfoques diferentes e por meio da investigação de diferentes fontes Mas, a competição extrapola os níveis jornalísticos e acaba tornando-se pessoal entre os profissionais da área que, influenciados por estas competições, novamente são afetados pela subjetividade A Teoria Organizacional dá importância para a cultura organizacional e não para a cultura profissional e, dessa forma, observa-se um claro conflito entre diferentes empresas jornalísticas do televisivo (Rede Globo e Rede Record) Além da competição jornalística, influenciados pela hierarquia e pela própria identidade como equipe, os jornalistas acabam se colocando em situações bem constrangedoras
  6. 6. Por meio dessa concorrência entre empresas, os jornalistas podem inclusive publicar informações superficiais, sem o devido apuramento, o que relacionaria esta teoria com a Teoria da Nova História Mesmo existindo diferenças entre as Teorias da Nova História e a Organizacional é importante entender cada uma dessas teorias. O modelo reprodutivo é evidente na Organizacional, modelo este criticado na Nova História, a qual acredita que o jornalista deve ir além da reprodução das notícias, entender e refletir os seus contextos e pré- formações dos acontecimentos Conhecer as 2 teorias e estudá-las é melhor do que conhecer somente 1 das 2. O que uma tem de incompleta, a outra pode complementar, mas nenhuma delas é completa o suficiente para explicar o jornalismo, pois as notícias e suas origens são mais complexas do que são tratadas em nosso cotidiano e na prática jornalística Assemelhando-se às indústrias, as redações jornalísticas estão divididas em diferentes cargos e funções, mas a preocupação permanece na facilidade de reprodução de informações, que se mal apuradas podem causar uma série de prejuízos a sociedade Portanto, é preciso deixar de lado a competição pelo furo jornalístico e começar a se preocupar mais com a qualidade das informações
  7. 7. A Teoria da Ação Política no Jornalismo Tem foco a relação entre jornalismo, sociedade e interesses político-partidários. O estudo se dedica às implicações políticas e sociais da atividade jornalística, o papel social das notícias e a capacidade do 4º Poder em corresponder às expectativas em si Alguns estudiosos entendem que a mídia está a serviço de interesse políticos e que notícia é aquilo que vende. Eles acreditam que os media reforçaram o “establishment” (poder estabelecido), graças à ação dos donos dos meios e dos anúncios e que o jornalismo funciona como um modelo de propaganda Razões Para a Subordinação do Jornalismo aos Interesses Capitalistas: Propriedades dos media; Lucratividade; Oficialismo; Punições; Ideologia anticomunista dominante entre jornalistas, à época Para esses estudiosos existem limites aos estudos das teorias esquerdistas, tais como: (a) Desconsidera certa autonomia do jornalista; (b) Atribui fortes laços entre donos das empresas e os jornalistas. As Teorias da Ação Política pressupõem que as notícias são como são, porque os interesses políticos e ideológicos assim as determinam (c) Para a Teoria da Ação Política de direita, é o Estado que determina as notícias. Para a Teoria da Ação Política de esquerda, elas são determinadas pelos interesses ideológicos capitalistas. Para esta teoria as notícias servem como instrumento para se chegar a determinados interesses
  8. 8. Existem 2 Versões da Teoria da Ação Política: “Esquerda”: As notícias servem como instrumento para manter a ordem capitalista. Aqui os teóricos “esquerdistas” defendem a ideia de que as notícias são produzidas para sustentar socialmente o mundo capitalista. Falam muito em teorias relacionadas à manipulação da visão que temos de “realidade” e acusam a mídia de agir parcialmente; ou seja, a favor dos interesses capitalistas “Direita”: As notícias são utilizadas para questionar o sistema. Os teóricos “direitistas” se defendem dizendo que as notícias não estão a serviço do sistema capitalista, mas na contramão desse sistema, questionando-o. Essa teoria reflete a Teoria do Espelho na medida em que propõe o estudo das distorções contidas nas notícias. Dessa forma, a notícia aqui é encarada como reflexo/ reprodução da realidade Para os esquerdistas da Teoria Instrumentalista as notícias são parte da publicidade que sustenta o sistema capitalista. Valores como individualismo, competição e consumo aparecem cotidianamente consolidados nas páginas dos jornais e telas da TV Um dos mais importantes teóricos dessa escola (Noam Chomsky) afirmou que: “a fabricação de ilusões necessárias para a gestão social é tão velha como a história e, uma nova tecnologia como a TV, é muito útil porque produz o efeito de isolar as pessoas”
  9. 9. Conhecido como um crítico ferrenho dos estudos sobre a manipulação e do consenso fabricado, Noam Chomsky afirma que a imprensa está subordinada aos interesses da elite política e econômica dos EUA Já os “direitistas defendem a ideia de que os jornalistas formam uma classe social específica e distorcem as notícias com o objetivo exatamente inverso: veicular ideias anticapitalistas” Para reforçar a ideia esquerdista, seguem os 4 fatores que explicam a submissão do jornalismo aos interesses capitalistas: (a) Estrutura da imprensa jornalística; (b) Sua natureza capitalista; (c) Dependência do jornalista às fontes governamentais e empresariais; (d) Ações punitivas dos superiores Padrões Considerados Relativos à Manipulação da Imprensa: (a) Fragmentação: o real é fragmentado e dividido em fatos desconectados para evitar a consciência crítica do contexto; (b) Indução: combinação de artifícios para induzir o público a enxergar uma realidade conveniente para determinado veículo; (c) Global: ilusão de apresentar a realidade de forma completa, total, acabada; (d) Inversão: após a descontextualização, há a troca de lugares e importância dos fatos
  10. 10. Teoria Construcionista Na Teoria Construcionista a notícia é vista como construção social; ou seja, esta ajuda a construir a própria realidade Esta teoria, adaptada ao jornalismo em 1970, opõe-se à Teoria do Espelho, por causa: Da impossibilidade de estabelecer uma diferença entre realidade e os meios noticiosos que devem refletir essa realidade; (b) da inexistência de uma linguagem neutral; da influência de fatores organizacionais, orçamentais; (c) da imprevisibilidade dos acontecimentos Nessa teoria, a notícia é considerada uma construção não ficcional, embora muitos profissionais da área ainda achem que, considerá-la uma estória ou narrativa, tira o valor de realidade A notícia deixa de ser um simples relato e passa a ser considerada como uma construção, pois podem apresentar diferentes enfoques ou versões de um mesmo fato

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