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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

     Faculdade de Educação – História da Educação –




                 NÍSIA FLORESTA

CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA




                        Alunos:

                    Cibele Capaverde

                      Davi Vergara

                    Fernanda Almeida



             Prof: Simone Valdete dos Santos

               POA 5 de novembro de 2012
Nísia Floresta.
Sua vida:
        Dionísia Gonçalves Pinto Nasceu em 12 de outubro de 1810, na cidade de Papari
no Rio Grande do Norte, cidade a qual recebeu seu nome depois de sua morte, viveu
ainda em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.
         Casou-se aos 13 anos com um proprietário de terras pouco letrado, porem
abandonou o marido alguns meses depois e voltou para casa dos pais. Aos 17 anos Nísia
perdeu seu pai, e passou a viver com um estudante de direito, com quem mais tarde teve
dois filhos.
         Em 1832 Nísia passou a viver em Porto Alegre, seu esposo faleceu ficando
assim viúva aos 23 anos e com dois filhos, Nísia continuou morando em Porto Alegre
por 4 anos, ela lecionava e fez amizade com Anita Garibaldi, em 1835 estourou a
revolução farroupilha, Nísia ainda permaneceu na cidade por mais dois anos, mas a
situação se tornou insuportável, obrigando então a se mudar com a família, passou a
viver na corte, onde fundou o colégio Augusto, dedicado a educação feminina. Após
morar no RJ sua filha adoeceu e Nísia foi morar na Europa por indicação médica.


Contribuições para a educação brasileira:
        Artigos, poemas, romances, novelas didático-moralistas. A obra de Nísia
Floresta é composta por diferentes categorias literárias, que incluem, ainda, narrativas
de viagem e a publicação de um discurso seu.
        Nísia Floresta escreveu 15 livros que abordam não apenas a situação da mulher
no século XIX, mas contendo ainda as temáticas abolicionistas, indianistas e
nacionalistas.
        O principal foco da militância de Nísia Floresta sempre foi a defesa dos direitos
femininos, principalmente a defesa do direito ao acesso à educação. Foi essencialmente
a esta luta que ela dedicou sua vida e seu trabalho, como educadora e escritora. Mas,
apesar de não propor uma revolução imediata nos costumes, Nísia fundou um colégio
voltado exclusivamente para a educação feminina, e sua proposta pedagógica inovadora
permitia às meninas o aprendizado de ciências, até então reservado apenas aos meninos.
Dentre as inovações, destacamos o ensino do latim, francês, italiano e inglês, com suas
respectivas gramáticas e literaturas; o estudo da Geografia e História do Brasil; a prática
de Educação Física e a limitação do número de alunas por turma, como forma de
garantir a qualidade de ensino.
        Defendia a abolição dos escravos e, por meio da poesia denunciava: "Feliz na
minha cabana,/ sombreada de palmeiras, /eu vivia em terra da África,/ minha terra tão
fagueira./ Lá deixei mulher e filhos, /meu trabalho e meu porvir, /a esses bens me
arrancaram/ para um mal senhor seguir!"
        Na obra "Lagrimas de Caeté", traduz o ponto de vista do índio consciente de sua
derrota histórica e inconformado com a opressão do invasor, ou seja, a degradação do
índio no Brasil: "Quem em nome do piedoso céu vieram poesia tirarmos estes bens que
o céu nos dera, as esposas, a filha, a paz roubar-nos! Trazendo d'além-mar as leis, os
vícios, nossas leis e costumes postergaram!".

1º obra: Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens (LIVRO)

1ª edição: Recife – Typographia Fidedigma, 1832.
2ª edição: Porto Alegre – Typographia de V. F. de Andrade, 1833.
3ª edição: Rio de Janeiro – [ ], 1839.



2° obra: Conselhos à Minha Filha (LIVRO)

1ª edição Rio de Janeiro – Typographia de J. S. Cabral, 1842.
2ª edição (com 40 pensamentos em versos): Rio de Janeiro – Typographia de F. de
Paula Brito, 1845.



3º obra: Fany ou o Modelo das Donzelas (NOVELA)

Trecho de “Fany ou o Modelo das Donzelas”, em que Nísia Floresta faz uma descrição de
Porto Alegre:


“A capital de S. Pedro do Sul está situada em uma risonha e agradável colina à margem
oriental do Rio Jacuí. O habitante de Porto Alegre goza do ponto de vista o mais encantador e
que pode despertar no homem a idéia sublime do Criador. De um lado vêem-se as águas
dormentes do vasto rio lambendo as fraldas da colina, e trazendo ao porto embarcações
carregadas de diversas mercadorias de outras províncias do Império e de diferentes nações do
mundo; de outro avistam-se férteis campinas, semeadas aqui e ali de uma multidão prodigiosa
de flores, cujas diferentes cores, formando o mais agradável contraste, trazem à imaginação o
quadro que se nos traça desse Éden feliz, onde a soberana Bondade de Deus colocou o primeiro
homem; quadro que é completado pela simplicidade e lhaneza dos excelentes habitantes desses
campos, que hora descrevo. Chácaras, onde abundam saborosos frutos da Europa, se oferecem
aos olhos do contemplador, que se extasia à vista da simetria com que ali brotam as roseiras e
os cravos de todas as qualidades sem exigirem difícil cultura. As frentes da maior parte dessas
chácaras, coroadas de rosas e como que situadas por entre o azul do céu e o verde das
montanhas, apresentam no delicioso Outubro um panorama digno do pincel de Rafael!”.

4º obra: Daciz ou a Jovem Completa (NOVELA)

Rio de Janeiro – Typographia de F. de Paula Brito, 1847.

5º obra: Discurso que às suas Educandas Dirigiu Nísia Floresta Brasileira Augusta

Rio de Janeiro – Typographia Imparcial de F. de Paula Brito, 1847.
6º obra: A Lágrima de um Caeté (POEMAS)

1ª edição: Rio de Janeiro – Typographia de L. A. F. Menezes, 1849.
2ª edição: Rio de Janeiro – Typographia de L. A. F. Menezes, 1849.



7º obra: Dedicação de uma Amiga (LIVRO EM DOIS VOLUMES)

Niterói – Typographia Fluminense de Lopes & Cia, 1850.

8º obra: Opúsculo Humanitário (COLETANEA DE 62 ARTIGOS)

Rio de Janeiro – Typographia de M. A. da Silva Lima, 1853.

9° obra: Páginas de uma Vida Obscura – Um Passeio ao Aqueduto da Carioca – Pranto
Filial (Livro de três artigos)

Rio de Janeiro – Typographia de N. Lobo Vianna, 1854.

10° obra: Itineraire d’un Voyage en Allemagne (Itinerário de uma Viagem à Alemanha)
(RELATO)

Paris – Firmin Diderot Frères et Cie, 1857.

2° obra: Consigli a Mia Figlia (Conselhos à Minha Filha) (LIVRO)

1ª edição: Firenze – Stamperia Sulle Logge del Grano, 1858.
2ª edição: Mandovi – 1859.

É a tradução para o italiano de “Conselhos à Minha Filha”, feita pela própria autora. A partir da
segunda edição, no ano seguinte, o livro se tornou leitura recomendada em diversas escolas
italianas.

11° obra: Scintille d’un’Anima Brasiliana (Cintilações de uma Alma Brasileira)

Firenze – Tipografia Barbera, Bianchi & C. 1859.

Reúne, em italiano, cinco ensaios de Nísia Floresta: “Il Brasile” (O Brasil), “L'Abisso sotto i
Fiori della Civilità” (O Abismo sob as Flores da Civilização), “La Donna” (A Mulher),
“Viaggio Magnetico” (Viagem Magnética) e “Una Passeggiata al Giardino di Lussemburgo”
(Um Passeio ao Jardim de Luxemburgo).

2º obra: Conseils a Ma Fille (Conselhos à Minha Filha)

Firenze – Le Monnier, 1859.

É a versão francesa de “Conselhos à Minha Filha”, traduzido a partir da versão italiana, por
Braye Debuysé.

12° obra: Le Lagrime d’un Caeté (A Lágrima de um Caeté)
Firenze – Le Monnier, 1860.

Traduzido pelo escritor italiano Ettore Marcucci, bastante respeitado por seus contemporâneos,
o livro traz um prefácio elogioso à autora, além de 41 notas que explicam o vocabulário do
poema e o relacionam com Dante, Ariosto e a Bíblia.

13° obra: Trois Ans en Italie, Suivis d’un Voyage en Grèce (Três Anos na Itália, Seguidos
de uma Viagem à Grécia) – 1º volume

Paris – Libraire E. Dentu, 1864.

14° obra: Woman (A Mulher)

London – Printed by G.Parker, Little St. Andrew Street, Upper. St. Martin's Lane, 1865.

15° Fragments d’un Ouvrage Inédit: Notes Biographiques (Fragmentos de uma Obra
Inédita: Notas Biográficas)

Paris – A.Chérié Editeur, 1878.

É o último livro de Nísia Floresta publicado em vida. Traz principalmente informações sobre
seu irmão, Joaquim Pinto Brasil, mas também muitos dados autobiográficos.

Colaboração em jornais

Passeio ao Aqueduto da Carioca
Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 15 de julho de 1855, páginas 68, 69 e 70.

Páginas de uma Vida Obscura
Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 14 de março, 31 de janeiro, 15 de abril, 30 de
abril, 15 de maio, 31 de maio, 15 de junho e 30 de junho, de 1855.

Um Improviso, na Manhã de 1º do Corrente, ao Distinto Literato e Grande Poeta
António Feliciano de Castilho
Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 30 de abril 1855, página 157.

O Pranto Filial
Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 31 de março de 1856, páginas 141 e 142.

Edições póstumas

Sete Cartas Inéditas de Auguste Comte a Nísia Floresta
Rio de Janeiro – Centro do Apostolado do Brasil, 1888.

Cartas de Auguste Comte a Nísia Floresta (texto original e tradução)
Jornal “A República”, Natal, em 8, 19, 24 e 28 de janeiro e 4 e 6 de fevereiro de 1903.

Auguste Comte et Mme. Nísia Brasileira: Correspondance
Paris – Libraire Albert Blanchard, 1929.
Fanny ou o Modelo das Donzelas
Livro “Mulheres Farroupilhas”, de Fernando Osório
Porto Alegre – Editora Globo, 1935.

A Lágrima de um Caeté
Revista das Academias de Letras, com apresentação de Modesto de Abreu
Rio de Janeiro – Janeiro de 1938.

Itinerário de uma Viagem à Alemanha
Tradução de Francisco das Chagas Pereira
Natal – Editora Universitária da UFRN, 1982.

Opúsculo Humanitário
Introdução e notas de Peggy Sharpe-Valadares e posfácio de Constância Lima Duarte
São Paulo – Cortez Editora, 1989.

Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens
4ª edição (com apresentação, notas e posfácio de Constância Lima Duarte): São Paulo – Cortez
Editora, 1989.

A Lágrima de um Caeté
Estudo e notas de Constância Lima Duarte
Natal – Fundação José Augusto, 1997.

Cintilações de uma Alma Brasileira – edição bilíngüe
Tradução de Michelle Vartulli, Zahidé L. Muzart e Suzana B. Funck e apresentação e notas
biográficas de Constância Lima Duarte.
Florianópolis – Editora Mulheres/Edunisc, 1997.

Itinerário de uma Viagem à Alemanha – 2ª edição
Tradução de Francisco das Chagas Pereira e estudo e notas biográficas de Constância Lima
Duarte
Florianópolis – Editora Mulheres/Edunisc, 1998.

Três Anos na Itália, Seguidos de Uma Viagem à Grécia – 1º volume
Tradução de Francisco das Chagas Pereira e apresentação de Constância Lima Duarte
Natal – Editora da UFRN, 1999.

Fragmentos de uma Obra Inédita: Notas Biográficas
Tradução de Nathalie Bernardo da Câmara e apresentação de Constância Lima Duarte
Brasília – Editora UnB, 2001.

Cartas de Nísia Floresta & Auguste Comte
Tradução de Miguel Lemos e Paula Berison e organização e notas de Constância Lima Duarte
Florianópolis – Editora Mulheres/Edunisc, 2002.
Bibliografia:



      http://www.outrostempos.uema.br/artigos%20em%20pdf/Luciana_Martins.pdf

          http://www.projetomemoria.art.br/NisiaFloresta/pro_kit_pedago.html

            http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1478.html

todos acessos em 05.11.2012

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  • 1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Educação – História da Educação – NÍSIA FLORESTA CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA Alunos: Cibele Capaverde Davi Vergara Fernanda Almeida Prof: Simone Valdete dos Santos POA 5 de novembro de 2012
  • 2. Nísia Floresta. Sua vida: Dionísia Gonçalves Pinto Nasceu em 12 de outubro de 1810, na cidade de Papari no Rio Grande do Norte, cidade a qual recebeu seu nome depois de sua morte, viveu ainda em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Casou-se aos 13 anos com um proprietário de terras pouco letrado, porem abandonou o marido alguns meses depois e voltou para casa dos pais. Aos 17 anos Nísia perdeu seu pai, e passou a viver com um estudante de direito, com quem mais tarde teve dois filhos. Em 1832 Nísia passou a viver em Porto Alegre, seu esposo faleceu ficando assim viúva aos 23 anos e com dois filhos, Nísia continuou morando em Porto Alegre por 4 anos, ela lecionava e fez amizade com Anita Garibaldi, em 1835 estourou a revolução farroupilha, Nísia ainda permaneceu na cidade por mais dois anos, mas a situação se tornou insuportável, obrigando então a se mudar com a família, passou a viver na corte, onde fundou o colégio Augusto, dedicado a educação feminina. Após morar no RJ sua filha adoeceu e Nísia foi morar na Europa por indicação médica. Contribuições para a educação brasileira: Artigos, poemas, romances, novelas didático-moralistas. A obra de Nísia Floresta é composta por diferentes categorias literárias, que incluem, ainda, narrativas de viagem e a publicação de um discurso seu. Nísia Floresta escreveu 15 livros que abordam não apenas a situação da mulher no século XIX, mas contendo ainda as temáticas abolicionistas, indianistas e nacionalistas. O principal foco da militância de Nísia Floresta sempre foi a defesa dos direitos femininos, principalmente a defesa do direito ao acesso à educação. Foi essencialmente a esta luta que ela dedicou sua vida e seu trabalho, como educadora e escritora. Mas, apesar de não propor uma revolução imediata nos costumes, Nísia fundou um colégio voltado exclusivamente para a educação feminina, e sua proposta pedagógica inovadora permitia às meninas o aprendizado de ciências, até então reservado apenas aos meninos. Dentre as inovações, destacamos o ensino do latim, francês, italiano e inglês, com suas respectivas gramáticas e literaturas; o estudo da Geografia e História do Brasil; a prática de Educação Física e a limitação do número de alunas por turma, como forma de garantir a qualidade de ensino. Defendia a abolição dos escravos e, por meio da poesia denunciava: "Feliz na minha cabana,/ sombreada de palmeiras, /eu vivia em terra da África,/ minha terra tão fagueira./ Lá deixei mulher e filhos, /meu trabalho e meu porvir, /a esses bens me arrancaram/ para um mal senhor seguir!" Na obra "Lagrimas de Caeté", traduz o ponto de vista do índio consciente de sua derrota histórica e inconformado com a opressão do invasor, ou seja, a degradação do índio no Brasil: "Quem em nome do piedoso céu vieram poesia tirarmos estes bens que
  • 3. o céu nos dera, as esposas, a filha, a paz roubar-nos! Trazendo d'além-mar as leis, os vícios, nossas leis e costumes postergaram!". 1º obra: Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens (LIVRO) 1ª edição: Recife – Typographia Fidedigma, 1832. 2ª edição: Porto Alegre – Typographia de V. F. de Andrade, 1833. 3ª edição: Rio de Janeiro – [ ], 1839. 2° obra: Conselhos à Minha Filha (LIVRO) 1ª edição Rio de Janeiro – Typographia de J. S. Cabral, 1842. 2ª edição (com 40 pensamentos em versos): Rio de Janeiro – Typographia de F. de Paula Brito, 1845. 3º obra: Fany ou o Modelo das Donzelas (NOVELA) Trecho de “Fany ou o Modelo das Donzelas”, em que Nísia Floresta faz uma descrição de Porto Alegre: “A capital de S. Pedro do Sul está situada em uma risonha e agradável colina à margem oriental do Rio Jacuí. O habitante de Porto Alegre goza do ponto de vista o mais encantador e que pode despertar no homem a idéia sublime do Criador. De um lado vêem-se as águas dormentes do vasto rio lambendo as fraldas da colina, e trazendo ao porto embarcações carregadas de diversas mercadorias de outras províncias do Império e de diferentes nações do mundo; de outro avistam-se férteis campinas, semeadas aqui e ali de uma multidão prodigiosa de flores, cujas diferentes cores, formando o mais agradável contraste, trazem à imaginação o quadro que se nos traça desse Éden feliz, onde a soberana Bondade de Deus colocou o primeiro homem; quadro que é completado pela simplicidade e lhaneza dos excelentes habitantes desses campos, que hora descrevo. Chácaras, onde abundam saborosos frutos da Europa, se oferecem aos olhos do contemplador, que se extasia à vista da simetria com que ali brotam as roseiras e os cravos de todas as qualidades sem exigirem difícil cultura. As frentes da maior parte dessas chácaras, coroadas de rosas e como que situadas por entre o azul do céu e o verde das montanhas, apresentam no delicioso Outubro um panorama digno do pincel de Rafael!”. 4º obra: Daciz ou a Jovem Completa (NOVELA) Rio de Janeiro – Typographia de F. de Paula Brito, 1847. 5º obra: Discurso que às suas Educandas Dirigiu Nísia Floresta Brasileira Augusta Rio de Janeiro – Typographia Imparcial de F. de Paula Brito, 1847.
  • 4. 6º obra: A Lágrima de um Caeté (POEMAS) 1ª edição: Rio de Janeiro – Typographia de L. A. F. Menezes, 1849. 2ª edição: Rio de Janeiro – Typographia de L. A. F. Menezes, 1849. 7º obra: Dedicação de uma Amiga (LIVRO EM DOIS VOLUMES) Niterói – Typographia Fluminense de Lopes & Cia, 1850. 8º obra: Opúsculo Humanitário (COLETANEA DE 62 ARTIGOS) Rio de Janeiro – Typographia de M. A. da Silva Lima, 1853. 9° obra: Páginas de uma Vida Obscura – Um Passeio ao Aqueduto da Carioca – Pranto Filial (Livro de três artigos) Rio de Janeiro – Typographia de N. Lobo Vianna, 1854. 10° obra: Itineraire d’un Voyage en Allemagne (Itinerário de uma Viagem à Alemanha) (RELATO) Paris – Firmin Diderot Frères et Cie, 1857. 2° obra: Consigli a Mia Figlia (Conselhos à Minha Filha) (LIVRO) 1ª edição: Firenze – Stamperia Sulle Logge del Grano, 1858. 2ª edição: Mandovi – 1859. É a tradução para o italiano de “Conselhos à Minha Filha”, feita pela própria autora. A partir da segunda edição, no ano seguinte, o livro se tornou leitura recomendada em diversas escolas italianas. 11° obra: Scintille d’un’Anima Brasiliana (Cintilações de uma Alma Brasileira) Firenze – Tipografia Barbera, Bianchi & C. 1859. Reúne, em italiano, cinco ensaios de Nísia Floresta: “Il Brasile” (O Brasil), “L'Abisso sotto i Fiori della Civilità” (O Abismo sob as Flores da Civilização), “La Donna” (A Mulher), “Viaggio Magnetico” (Viagem Magnética) e “Una Passeggiata al Giardino di Lussemburgo” (Um Passeio ao Jardim de Luxemburgo). 2º obra: Conseils a Ma Fille (Conselhos à Minha Filha) Firenze – Le Monnier, 1859. É a versão francesa de “Conselhos à Minha Filha”, traduzido a partir da versão italiana, por Braye Debuysé. 12° obra: Le Lagrime d’un Caeté (A Lágrima de um Caeté)
  • 5. Firenze – Le Monnier, 1860. Traduzido pelo escritor italiano Ettore Marcucci, bastante respeitado por seus contemporâneos, o livro traz um prefácio elogioso à autora, além de 41 notas que explicam o vocabulário do poema e o relacionam com Dante, Ariosto e a Bíblia. 13° obra: Trois Ans en Italie, Suivis d’un Voyage en Grèce (Três Anos na Itália, Seguidos de uma Viagem à Grécia) – 1º volume Paris – Libraire E. Dentu, 1864. 14° obra: Woman (A Mulher) London – Printed by G.Parker, Little St. Andrew Street, Upper. St. Martin's Lane, 1865. 15° Fragments d’un Ouvrage Inédit: Notes Biographiques (Fragmentos de uma Obra Inédita: Notas Biográficas) Paris – A.Chérié Editeur, 1878. É o último livro de Nísia Floresta publicado em vida. Traz principalmente informações sobre seu irmão, Joaquim Pinto Brasil, mas também muitos dados autobiográficos. Colaboração em jornais Passeio ao Aqueduto da Carioca Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 15 de julho de 1855, páginas 68, 69 e 70. Páginas de uma Vida Obscura Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 14 de março, 31 de janeiro, 15 de abril, 30 de abril, 15 de maio, 31 de maio, 15 de junho e 30 de junho, de 1855. Um Improviso, na Manhã de 1º do Corrente, ao Distinto Literato e Grande Poeta António Feliciano de Castilho Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 30 de abril 1855, página 157. O Pranto Filial Jornal “O Brasil Ilustrado”, Rio de Janeiro, em 31 de março de 1856, páginas 141 e 142. Edições póstumas Sete Cartas Inéditas de Auguste Comte a Nísia Floresta Rio de Janeiro – Centro do Apostolado do Brasil, 1888. Cartas de Auguste Comte a Nísia Floresta (texto original e tradução) Jornal “A República”, Natal, em 8, 19, 24 e 28 de janeiro e 4 e 6 de fevereiro de 1903. Auguste Comte et Mme. Nísia Brasileira: Correspondance Paris – Libraire Albert Blanchard, 1929.
  • 6. Fanny ou o Modelo das Donzelas Livro “Mulheres Farroupilhas”, de Fernando Osório Porto Alegre – Editora Globo, 1935. A Lágrima de um Caeté Revista das Academias de Letras, com apresentação de Modesto de Abreu Rio de Janeiro – Janeiro de 1938. Itinerário de uma Viagem à Alemanha Tradução de Francisco das Chagas Pereira Natal – Editora Universitária da UFRN, 1982. Opúsculo Humanitário Introdução e notas de Peggy Sharpe-Valadares e posfácio de Constância Lima Duarte São Paulo – Cortez Editora, 1989. Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens 4ª edição (com apresentação, notas e posfácio de Constância Lima Duarte): São Paulo – Cortez Editora, 1989. A Lágrima de um Caeté Estudo e notas de Constância Lima Duarte Natal – Fundação José Augusto, 1997. Cintilações de uma Alma Brasileira – edição bilíngüe Tradução de Michelle Vartulli, Zahidé L. Muzart e Suzana B. Funck e apresentação e notas biográficas de Constância Lima Duarte. Florianópolis – Editora Mulheres/Edunisc, 1997. Itinerário de uma Viagem à Alemanha – 2ª edição Tradução de Francisco das Chagas Pereira e estudo e notas biográficas de Constância Lima Duarte Florianópolis – Editora Mulheres/Edunisc, 1998. Três Anos na Itália, Seguidos de Uma Viagem à Grécia – 1º volume Tradução de Francisco das Chagas Pereira e apresentação de Constância Lima Duarte Natal – Editora da UFRN, 1999. Fragmentos de uma Obra Inédita: Notas Biográficas Tradução de Nathalie Bernardo da Câmara e apresentação de Constância Lima Duarte Brasília – Editora UnB, 2001. Cartas de Nísia Floresta & Auguste Comte Tradução de Miguel Lemos e Paula Berison e organização e notas de Constância Lima Duarte Florianópolis – Editora Mulheres/Edunisc, 2002.
  • 7. Bibliografia: http://www.outrostempos.uema.br/artigos%20em%20pdf/Luciana_Martins.pdf http://www.projetomemoria.art.br/NisiaFloresta/pro_kit_pedago.html http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1478.html todos acessos em 05.11.2012