2. Anel vaginal
O anel vaginal é um método contraceptivo que
segue basicamente os mesmos princípios da
pílula anticoncepcional, sendo indicado a
mulheres que não querem utilizá-la, ou
tendem a se esquecer de fazer seu uso diário.
Isso porque ele é introduzido na região
vaginal, permanecendo ali por três semanas,
retirado (momento que ocorre a menstruação)
e substituído após uma semana de intervalo.
3. Transparente, é feito de silicone bastante
flexível, de diâmetro externo de 54 mm e
espessura de 4 mm.
Libera constantemente baixas doses de
estrógeno e progesterona, sendo estes
absorvidos pela mucosa vaginal,
impedindo a ovulação.
Também aumentam o muco dessa
região, dificultando a passagem dos
espermatozóides.
4. Além disso, diminui o fluxo menstrual
e reduz a incidência de cólicas.
Como sua absorção não se dá na
região gastrointestinal, seus efeitos
colaterais tendem a ser mais baixos.
Alguns destes são: aumento de peso,
acne, alterações de humor, dores nas
mamas, dores de cabeça, náuseas,
vaginite e expulsão natural do anel.
5. Écontraindicado a mulheres
com problemas de varizes,
epiléticas, hipertensas,
diabéticas, obesas,
imunodeprimidas, lactentes e
acima do peso.
6. Essemétodo não previne infecções
por micro-organismos causadores
de doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs).
Como qualquer outro
anticoncepcional à base de
hormônios, é recomendada a
indicação médica.
7. Não oferece incômodo e tampouco
atrapalha o ato sexual.
99,6% a 99,8%
Não oferece incômodo
e tampouco atrapalha
o ato sexual.
9. O coito interrompido é um
método contraceptivo, que pode
ser utilizado por qualquer
pessoa.
Nesse método há a
desvantagem de não haver
nenhum tipo de proteção contra
DST’s.
10. O coito interrompido é um método
contraceptivo que consiste na retirada
do pênis de dentro da vagina segundos
antes da ejaculação, para que não
ocorra a deposição de sêmen.
Não é um método contraceptivo muito
confiável, pois a ejaculação pode ser
difícil de ser controlada, sendo difícil
saber com exatidão o momento exato de
se retirar o pênis do interior da vagina.
11. Outro fato que torna esse método pouco
confiável é que antes da ejaculação as
glândulas de Cowper, também
chamadas de glândulas bulbouretrais,
liberam uma secreção para lubrificar o
pênis e neutralizar a acidez da uretra
para a passagem do espermatozóide.
Nessa secreção pode conter
espermatozóides vivos suficientes para
fecundar um óvulo.
12. A vantagem desse método
contraceptivo é que por não ser
necessário o uso de drogas ou
outras substâncias acaba sendo
uma alternativa para pessoas que
possuem crenças religiosas que
impedem o uso de outros métodos
contraceptivos, e também para
mulheres que se sentem muito mal
com o uso de pílulas
anticoncepcionais.
13. É um método que
possui mais
desvantagens do que
vantagens, e entre
as desvantagens
podemos citar:
14. Não há proteção contra DST’s (doenças
sexualmente transmissíveis);
* A secreção liberada pelo sistema genital masculino
durante “as preliminares” pode conter espermatozoides,
que uma vez em contato com a vagina poderá resultar em
gravidez;
* O homem pode não conseguir retirar o pênis de
dentro da vagina no momento certo, o que pode ocasionar
a ejaculação e provocar uma gravidez indesejada;
* Após a retirada do pênis, a mulher poderá precisar
de estímulos para que consiga alcançar o orgasmo.
15. Laqueadura
A laqueadura, também conhecida por
ligadura de trompas, é um processo
cirúrgico feito com objetivo contraceptivo,
ou seja, que impede que a mulher
engravide novamente.
Nesse procedimento, as tubas uterinas
são obstruídas, cortadas e/ou amarradas,
impedindo a descida do óvulo e subida do
espermatozóide, tendo como resultado
um índice de concepção menor que 1%.
16. Ela pode ser feita a partir de corte cirúrgico no
abdome, por laparoscopia ou via vaginal, e a
cirurgia dura, em média, quarenta minutos.
É necessário o uso de anestesias, geralmente
do tipo raquidiana, e internação de pelo menos
meio-dia.
Após a cirurgia são necessários dez dias de
repouso.
É importante que a mulher não tenha relações
sexuais por cerca de uma semana, e seja
utilizada camisinha por aproximadamente um
mês, em todas as relações.
A menstruação e suas atividades hormonais
raramente são afetadas.
17. Nosso país é campeão em laqueaduras,
apresentando cerca de 40% das mulheres, em
idade reprodutiva, esterilizadas.
O problema disso é que, em inúmeros casos, e
por “n” fatores, a mulher deseja, novamente, ter
condições de engravidar.
Assim, além de existirem poucos centros de
saúde capazes de realizar o procedimento
reverso, somente em metade dos casos podem
ser feitas tais cirurgias e nem todas com sucesso.
Além disso, esse procedimento pode ser arriscado
e, em algumas situações, inviável – sem contar
que propicia, também, a gravidez tubária.
18. Considerando o exposto, nota-se a necessidade de a
mulher analisar se, de fato, essa é a melhor forma de
evitar a contracepção.
Quanto a isso, a Lei Federal 9263, de 1996, que trata
do planejamento familiar, estabelece penalidades e
dá outras providências:
Anuncia que esse procedimento só é permitido a
mulheres maiores de vinte e cinco anos de idade ou,
pelo menos, com dois filhos vivos e/ou aquelas que
possuam doença capaz de provocar riscos à sua
saúde ou à de um possível futuro bebê -
como diabetes descompensada, histórico de
eclampsia e pressão alta.
19. Além disso, define que a solicitante assine um
documento que apresenta os riscos e as
implicações do procedimento, e só autoriza a
cirurgia pelo menos sessenta dias após a
assinatura desse termo de compromisso.
Testar outros métodos contraceptivos, como o DIU
e as pílulas orais ou injetáveis, pode ser uma
maneira de, pelo menos a priori, evitar a
laqueadura.
Em situações nas quais a reversão não é viável, ou
não houve sucesso nessa cirurgia, a mulher pode
recorrer à inseminação artificial.
21. O diafragma, um método
anticoncepcional de barreira, é
uma cúpula rasa feita de silicone
(ou látex), com bordas firmes e
flexíveis.
Cobrindo o colo do útero,
impede a passagem dos
espermatozóides, evitando a
fecundação.
22. Além de prevenir contra a
gravidez, não tem efeitos
hormonais, seu uso pode ser
interrompido a qualquer
momento, é relativamente fácil
de ser usado, pode ser colocado
em até seis horas antes da
relação sexual, não é sentido
pelo parceiro, e pode durar por
até dois anos.
23. Alguns estudos preliminares afirmam que
o diafragma pode diminuir a
manifestação de doenças como a
gonorréia, doença inflamatória pélvica
aguda e câncer de colo de útero, este por
evitar uma possível passagem do HPV
para esta região.
Porém, como a vulva e a parede vaginal
não são protegidas, a camisinha se
mostra, ainda, o único método
anticoncepcional com alta eficácia
de prevenção contra DSTs.
24. Largamente utilizado antes do advento
das pílulas anticoncepcionais, este
método se mostra seguramente eficaz
neste sentido, quando utilizado da forma
correta.
Quanto a isso, primeiramente a mulher
deve se consultar com um médico
ginecologista, a fim de verificar se há
alguma contra-indicação e, caso não
exista, receber as orientações de uso e
checar o tamanho exato do diafragma
que deverá adquirir.
25. Como usar
Escolha uma
posição confortável
(deitada, de
cócoras, etc.)
26. Dobre-o ao meio,
formando um oito, e
introduza-o na vagina,
cobrindo o colo do
útero.
27. Muitos profissionais aconselham o
uso associado com espermicidas com
o nonoxinol-9 a 5% como princípio
ativo, adicionados à cúpula antes de
sua introdução; a fim de potencializar
os efeitos contraceptivos pela morte
de espermatozóides.
Outros já indicam o uso contínuo do
diafragma, retirando-o apenas no
período menstrual e durante o banho,
para lavá-lo; sendo reintroduzido logo
depois.
28. Informações adicionais
O diafragma deve ser retirado pelo
menos seis horas após o coito, não se
estendendo por período superior a
vinte e quatro horas.
No primeiro caso, tal cuidado é para
evitar que espermatozóides, ainda
vivos, se direcionem às trompas; no
segundo, a fim de evitar infecções.
29. Após a retirada, o diafragma deve ser
lavado com água fria e sabão neutro; e
secado naturalmente, ou com auxílio de
uma toalha macia e limpa.
Depois, deve ser guardado em sua
caixinha.
Gravidez, aborto, operação do períneo
e ganho de peso acima de 5kg
requerem uma nova medição para
possível mudança de diafragma.
30. Pílula do dia seguinte
Pílula do dia seguinte é um método de
emergência que previne a gravidez.
Em virtude das altas dosagens
hormonais que tal fármaco apresenta,
o uso da pílula do dia seguinte é
indicado somente em casos de
estupro, ou quando o método
contraceptivo falhou.
31. A pílula
do dia seguinte, ao
contrário do que muitos imaginam,
não deve ser considerada um
método contraceptivo.
Issoporque se trata de um fármaco
que deve ser utilizado somente em
situações emergenciais, como
estupro, ou quando o método
habitual falhou e uma possível
gravidez não seria muito bem-
vinda.
32. Dependendo da marca, tal fármaco
pode ser comercializado em dose
única ou fracionado em duas pílulas.
Elas
devem ser tomadas em no
máximo 72 horas após o coito
desprotegido.
Quantomais rápido isto ocorrer,
menores as chances de se
engravidar.
33. Composto por alta dosagem de
hormônios, proporcional a pelo
menos meia cartela de pílulas
anticoncepcionais, tal método agirá
no organismo feminino de formas
diferentes, de acordo com a etapa
do ciclo menstrual em que a mulher
se encontra.
34. Assim, pode:
Impedir a liberação do ovócito, caso a
mulher não tenha ovulado;
Alterar a secreção vaginal, tornando
hostil o trajeto dos espermatozóides;
Alterar o endométrio (parede interna
do útero), impedindo a fixação do
ovócito já fecundado (nidação), sendo
ele eliminado juntamente com a
menstruação.
35. Como a nidação é pré-requisito para se
considerar que a gravidez foi, de fato,
consumada, a pílula do dia seguinte não
pode ser considerada abortiva.
Aliás, é válido lembrar que, caso tal
evento já tenha ocorrido, seu uso não
será capaz de impedir a gestação e,
felizmente, não causará danos ao
embrião.
36. Como possui alta dosagem hormonal, a
pílula do dia seguinte tende a desregular o
ciclo menstrual, sendo tal fato agravado
quanto mais frequente for seu uso.
Dessa forma, tanto a previsão da data da
próxima menstruação quanto o cálculo do
período fértil podem ser prejudicados,
aumentando as chances de uma possível
futura gravidez, caso não seja feito o uso
de algum método contraceptivo confiável
nas relações sexuais seguintes.
37. Ela também apresenta efeitos colaterais,
como enjôos, inchaços, cólicas,
sangramentos irregulares e até mesmo
vômitos (neste último caso, se ocorrer até
duas horas após sua ingestão, ela deve
ser ingerida novamente).
Além disso, trombose, derrame, dentre
outros problemas mais sérios, também
podem se manifestar, principalmente em
casos em que a mulher utiliza por mais de
três vezes, ao ano, tal método.
38. Para finalizar, é
necessária a pontuação
de que tal fármaco não
protege contra doenças
sexualmente
transmissíveis!
40. Os anticoncepcionais são amplamente
utilizados por uma grande quantidade de
mulheres como forma de prevenir a
gravidez e também os sintomas da TPM,
acne, endometriose, cólica
e síndrome dos ovários policísticos.
Versatilidade, praticidade e alta eficácia
são os principais fatores que levam as
mulheres, orientadas por seus médicos,
a optarem por eles.
41. Geralmente em forma de
pílulas, estas possuem
derivados sintéticos de
hormônios que impedem a
ação do LH e FSH, inibindo o
amadurecimento dos óvulos
e, consequentemente, a
ovulação.
42. Uma cartela costuma ter 21, 24 ou 28 pílulas.
No caso destes dois primeiros exemplos, a mulher
deve ingerir a primeira no início da menstruação, e
continuar seu uso, sempre no mesmo horário, até o
fim da cartela.
Após este período, deve haver uma pausa de uma
semana - ou quatro dias, no caso da cartela de 24
pílulas - retornando logo em seguida.
A menstruação ocorre no intervalo entre uma cartela
e outra.
Se tratando de 28 pílulas, estas devem ser ingeridas
sem intervalos entre cartelas sendo que, ao final de
cada uma delas, a menstruação ocorre.
43. Nocaso de se esquecer da ingestão
de uma das pílulas, em um intervalo
menor do que 12 horas, o ideal é
tomá-la assim que se lembrar.
Caso este horário seja extrapolado,
é interessante também adotar um
método de barreira, como a
camisinha, por uma semana.
44. Assim como qualquer outro fármaco, o uso da
pílula anticoncepcional só deve ser feito sob
orientação médica, principalmente
considerando que se trata de um método
hormonal, e que pode causar efeitos colaterais
indesejáveis, e até mesmo graves.
Além disso, seu uso concomitante com outros
medicamentos, ou a utilização desta por
determinados grupos de pessoas, pode
interferir na eficácia do método, ou mesmo
causar problemas de saúde.
Mulheres fumantes e usuárias de pílulas
anticoncepcionais, por exemplo, têm mais
probabilidade de sofrerem de tromboses e
embolias pulmonares.
45. Observação
A pílula
anticoncepcional não
previne doenças
sexualmente
transmissíveis.
47. A tabelinha é um método que se
baseia no cálculo dos dias em
que provavelmente estará mais
apta a engravidar, caso tenha
relações sexuais desprotegidas.
Assim, pode ser utilizada tanto
para este fim quanto para a
contracepção.
48. A mulher geralmente está fértil no meio
do ciclo menstrual, quando ocorre a
ovulação.
Para saber, com precisão, se seu ciclo é
regulado e de quantos dias ele é; o ideal
é anotar, durante seis meses, o dia do
início de cada menstruação.
Ao final, você deve contar o intervalo de
dias entre o início de duas
menstruações consecutivas. Estes
correspondem ao seu ciclo menstrual.
49. Como a grande maioria dos
ciclos variam entre 28 e 31 dias,
do 14º ao 16º dia são os dias
mais férteis.
Assim, para evitar a gravidez,
você e seu parceiro não devem
ter relações sexuais nestes dias.
51. Parareduzir a margem de erro,
o ideal é evitar relações
sexuais, ou não deixar de usar
o preservativo, quatro dias
antes e quatro dias depois da
provável data da ovulação – e
também nesse dia.
52. Como pode ser observado,
fazer tais cálculos confiando
na memória é algo muito
difícil.
Assim, recomenda-se o uso
de calendários, marcando tais
eventos, a fim de auxiliar
neste sentido.
53. Importante:
Uma vez que em adolescentes é muito raro haver a
regularização do ciclo, este método não deve ser
utilizado por eles.
Mulheres com ciclo menstrual desregulado não
devem adotar este método.
Existem mulheres que podem engravidar fora do
período fértil, mesmo durante a menstruação.
Alterações hormonais, emocionais, ou mesmo
alimentares; podem alterar o ciclo menstrual.
54. Assim, percebe-se que a tabelinha
é bastante falha, sendo
interessante somente se for
associada a outro método, como a
camisinha, diafragma, etc.
É também válido lembrar que este
método não previne a AIDS nem
outras DSTs.
55. Vasectomia
A vasectomia
seria, grosso modo,
uma “laqueadura masculina”.
A vasectomia consiste no corte
cirúrgico de parte de cada um dos
canais deferentes, impedindo
com que espermatozóides façam
parte do sêmen.
56. A vasectomia é o nome dado ao
processo de esterilização masculina,
feito cirurgicamente.
Ele seria, grosso modo, a versão
masculina da ligadura de trompas,
também chamada de laqueadura.
Para entender melhor sobre tal assunto
é necessário recordar alguns aspectos
relacionados ao sistema genital
masculino:
57. - Os gametas masculinos são
denominados espermatozóides. Eles são
produzidos nos testículos, mais
especificamente nos túbulos seminíferos.
- Após sua formação, os espermatozóides
são direcionados, pelos ductos eferentes,
até o epidídimo, adquirindo mobilidade.
- Durante o processo de ejaculação, os
ductos deferentes são as estruturas
responsáveis por levar os gametas
masculinos do epidídimo até a uretra.
58. Baseado nestas questões anatômicas
masculinas, a vasectomia consiste na
retirada de um pedaço de cada um dos
ductos deferentes, sendo amarradas, ou
cauterizadas, as suas partes
remanescentes, evitando sua
recanalização.
Assim, após tal procedimento, os
espermatozóides não farão mais parte
do sêmen.
59. Esse procedimento dura cerca de vinte
minutos e não necessita de internação
hospitalar. A anestesia é local e logo
após a cirurgia a pessoa já pode deixar
a clínica ou hospital.
É importante ressaltar que, por
aproximadamente dois meses, o casal
deve fazer o uso de algum método
contraceptivo, já que pode haver
espermatozóides remanescentes.
60. Vale lembrar que a
vasectomia não
interfere no volume do
sêmen e, tampouco, na
ereção e libido
masculina.
61. Importante
A vasectomia é um procedimento cuja
reversão, a vaso-vasostomia (ou vaso-
anastomose), é mais delicada, é
significantemente cara, e apresenta
eficácia relativamente baixa -
principalmente em se tratando de
homens que se submeteram à cirurgia
há muitos anos.
Assim, caso o homem, ou casal, opte
por ela, é importante ter ciência disso.
62. DIU – Dispositivo intra-uterino
É uma peça de plástico banhada de cobre, material
que funciona como espermicida.
O DIU é colocado dentro do útero pelo médico,
durante o período menstrual, quando o colo do útero
está mais aberto.
O dispositivo pode ficar por muitos anos no útero,
mantendo a sua eficácia, desde que tenha
acompanhamento do ginecologista.
Não protege contra DSTs, e em caso de uma
possível gravidez, pode ter efeito abortivo.
64. Laqueadura ou Ligação de Trompas
É uma intervenção cirúrgica, onde as trompas da mulher
são amarradas ou cortadas, evitando com que o óvulo e os
espermatozóides se encontrem.
É um método definitivo, ou seja, depois que a laqueadura é
feita, é impossível engravidar novamente.
Deve ser um método utilizado com muita certeza do que se
está fazendo. Muitas mulheres se arrependem anos após a
realização da esterilização, mesmo que tenham dito ter
certeza do que queriam fazer.
Só é indicado para mulheres maiores que 25 anos que já
tenham pelo menos 2 filhos.
66. O adesivo é uma forma recente de contracepção, mas
com eficácia igual a dos anticoncepcionais
orais, entre 99,3% a 99,6% (o risco de uma gravidez
fica entre 0,4% a 0,7%).
O que, talvez possa gerar dúvida entre as mulheres é
se a aderência sobre a pele é mesmo segura.
Segundo o ginecologista, Álvaro Fernando
Polisseni, "a adesividade é comprovada. Foram feitos
vários testes antes de colocar o produto no mercado.
Mulheres usaram o adesivo nos banhos diários, na
natação, em saunas e tudo ocorreu tranqüilamente",
comenta.
67. Como usar
Em uma embalagem vêm três adesivos, um
para cada semana (num total de 21 dias).
Ou seja, a mulher inicia o método no primeiro
dia de menstruação e fica com o
contraceptivo colado à pele por sete dias
consecutivos.
No fim da terceira semana, ele é retirado e a
mulher fica sete dias sem usar para que
ocorra a menstruação.
68. Existem quatro locais para aderir o
anticoncepcional: braço, paleta (costa
s), abdômen e acima dos glúteos.
Polisseni diz que a atriz Deborah Secco,
por exemplo, até já desfilou com um
adesivo colado ao braço.
"Tem gente que nem desconfia que o
adesivo é um tipo de anticoncepcional e
pensa que é moda de artista.
Acaba se tornando uma forma de
divulgar o método".
69. Quais são as vantagens?
A vantagem do anticoncepcional adesivo é que
os hormônios (estrogênio e progesterona) caem
diretamente na corrente sangüínea, ótimo para
quem possui intolerância via oral.
É mais seguro, porque não diminui sua eficácia
quando ocorre vômito e diarréia.
Como não é oral, não passa pelo fígado, não
ocasionando problemas gastro-intestinais.
70. Este método também é eficiente para as
mulheres que esquecem de tomar as pílulas.
É muito indicado paras as jovens, que
esquecem mais freqüentemente que as
mulheres adultas.
Se a mulher pára de usar o adesivo, ela
retoma a fertilidade, podendo engravidar,
diferentemente do método injetável trimestral,
em que a mulher volta a fertilidade normal
após seis meses.
O efeito contraceptivo só se faz para o mês
em que ela usar o adesivo.
71. Outrofator positivo deste método é
que ele, assim como a grande parte
das pílulas orais, é um pouco
androgênico.
Isso
significa que o contraceptivo
possui um pouco de hormônio
masculino, que favorece a libido.
É bem pouca quantidade, mas ajuda
na sexualidade da mulher.
72. E as desvantagens?
A desvantagem é que se a mulher
tem dor de cabeça ao usar pílulas orais
é bem provável que ela sinta a mesma
coisa com o adesivo. P
odem ocorrer, também, pequenos
sangramentos fora do intervalo, no início.
No mercado, existe uma única marca e o
preço é um pouco maior do que as pílulas
orais. Por isso, muitas mulheres ainda
preferem as pílulas.
73. O mecanismo de ação é o mesmo das
pílulas orais.
O transdérmico inibe a ovulação por
bloqueio no cérebro do hipotálamo-
hipofisário, a produção de muco cevical
que, no período fértil, favorece a subida dos
espermatozóides.
Além disso, modifica a motividade das
trompas e a nutrição dentro delas e
diminui o crescimento do endométrio,
parte interna do útero responsável por
acomodar o embrião.