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OLIVEIRA
Doenças
GAFA
A gafa é a doença da oliveira mais
importante em Portugal, principalmente
por a variedade Galega ser extremamente
sensível.
Esta doença é causada por duas espécies
de fungos do género Colletotrichum: C.
acutatum e C. gloeosporioides.
Tradicionalmente, os ataques da gafa
localizaram-se especialmente nas
azeitonas
Mas em graves epidemias, também se
observaram defoliações intensas em
ramos com azeitonas afectadas.
Lesões necróticas iniciais em frutos afectados
Lesão necrótica, apodrecimento e mumificado,
causados por Colletotrichum sp
Defoliação intensa e azeitonas mumificadas causadas pelos
ataques conjuntos de gafa, olho-de-pavão e cercosporiose
Biologia
Em condições normais as infecções
ocorrem entre 15-25ºC, com um óptimo
em 23ºC.
A esta temperatura os sintomas
característicos aparecem em 2-3 dias.
A disseminação deste fungo dá-se,
principalmente, através da chuva.
Geralmente, os ataques ocorrem
durante as primeiras chuvas de final
de Verão, antes do Inverno.
Se as chuvas continuam, produzemse infecções secundárias importantes.
Geralmente, os ataques ocorrem
durante as primeiras chuvas de final
de Verão, antes do Inverno.
Se as chuvas continuam, produzemse infecções secundárias importantes.
Observa-se geralmente uma elevada
correlação entre a doença e os
ataques de mosca da azeitona.
Sintomatologia

Inicialmente formam-se nas
azeitonas manchas mais ou menos
circulares de cor castanha, isoladas,
que crescem e podem chegar a unirse.
O normal é que os ataques comecem
pelo ápice do fruto, zona onde se
acumula a água da chuva.
Ao evoluir a doença origina um
apodrecimento parcial ou total da
azeitona que se seca, enruga e
mumifica
Aspecto de azeitonas mumificadas
Prejuízos
A azeitona afectada desprende-se da
árvore prematuramente, diminuindo
a produção, que pode ter bastante
importância.
Por outro lado, e mais importante, os
azeites obtidos de azeitonas afectadas
são de inferior qualidade, visto
alterar-se a sua acidez e
características organolépticas (cheiro
e sabor).
Meios de luta
Devido à importância que tem a
elevada humidade relativa para o
desenvolvimento da doença,
recomendam-se as medidas de luta
cultural que favoreçam o arejamento
da copa.
A eliminação de azeitonas
mumificadas após a colheita e até a
plantação de variedades resistentes
em zonas mais propícias ao
desenvolvimento do fungo, são
medidas a ter em conta no combate
contra a gafa.
A aplicação simples de fungicidas
cúpricos ou misturados com
fungicidas orgânicos é o meio de luta
mais utilizado.
Uma vez que são tratamentos
preventivos, recomenda-se molhar
bem os frutos antes das chuvas
outonais.
Este tratamento tem acção
simultânea contra o olho-de-pavão.
OLHO-DE-PAVÃO
O olho-de-pavão é uma doença com
alguma importância em Portugal,
principalmente devido à sua
incidência nalgumas variedades,
como é o caso da Cobrançosa.
O agente causador da doença é o
fungo Spilocaea oleagina.
Biologia
É muito variável a biologia do fungo
em diferentes regiões e anos,
dependendo o seu desenvolvimento
de muitos factores como a humidade,
temperatura, chuva e práticas
culturais.
A sua germinação produz-se entre 2-3 e
28-34ºC, com um óptimo entre 1621ºC.
A germinação é favorecida pela
elevada humidade relativa e o tempo
médio necessário para germinar
diminui com o aumento da temperatura.
Aspecto de uma oliveira atacada por olho-de-pavão
Depois da germinação estabelece-se
a infecção, pelo que necessita de
água livre ou atmosfera saturada,
durante pelo menos 14 horas.
Sintomatologia

O olho-de-pavão produz lesões no
limbo da folha e ocasionalmente no
pecíolo, pedúnculo e fruto.
Nas folhas aparecem manchas
circulares de diferentes tamanhos,
desde 2 a 10 mm de diâmetro.
A sua coloração é variável, desde
castanho, amarelo e verde
Quando afecta o pecíolo e o
pedúnculo, observam-se manchas
castanhas alargadas.
No caso do fungo afectar as
azeitonas, estas enrugam e
deformam-se ao terminar o
crescimento da zona afectada.
Folhas de oliveira com manchas típicas provocadas pelo olhode-pavão
Prejuízos
Como consequência das lesões
produzidas pelo olho-de-pavão
produz-se uma importante caída de
folhas, o que se manifesta claramente
sobretudo em ramos inferiores que
podem ficar completamente
desfoliados.
Isto leva a debilitamento da árvore,
perda de produção e perda de gemas
axilares, que provocam um
desenvolvimento muito lento e em
árvores jovens comprometem a sua
formação.
Também pode afectar pedúnculos e
frutos.
No primeiro caso, a azeitona cai
prematuramente para o chão
produzindo perdas na colheita ou na
qualidade do azeite.
No caso de afectar o fruto, atrasa a
maturação e diminui a quantidade e
qualidade do azeite produzido
Meios de luta
As medidas de luta cultural que
favoreçam o arejamento da copa e
reduzam a condensação da humidade
nas oliveiras são de extraordinária
importância, pois o olho-de-pavão
necessita de elevada humidade relativa
para o seu desenvolvimento.
Assim, devem efectuar-se podas
selectivas e devem eleger-se densidades
de plantação que evitem copas densas
ou muito próximas.
Devem também evitar-se aplicações
exageradas de fertilizações azotadas e
orgânicas e drenar terrenos
excessivamente húmidos.
A luta química inclui a aplicação
foliar de tratamentos preventivos
antes do começo da estação de
infecção principal, a qual coincide
com a de maior crescimento dos
gomos da oliveira, como por
exemplo antes da floração na
Primavera ou no Outono.
Dado o carácter preventivo dos
tratamentos é necessário molhar muito
bem toda a copa da árvore com calda
fungicida, preferencialmente os ramos
baixos e interiores, pois é ai que a
doença se desenvolve mais
frequentemente.
A frequência dos tratamentos depende
da persistência do produto utilizado e
da duração das condições ambientais
favoráveis à infecção.
Entre os fungicidas utilizados
destacam-se os produtos cúpricos
(sulfato de cobre, hidróxido de cobre e
oxicloreto de cobre).
A frequência dos tratamentos depende
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  • 2. GAFA A gafa é a doença da oliveira mais importante em Portugal, principalmente por a variedade Galega ser extremamente sensível. Esta doença é causada por duas espécies de fungos do género Colletotrichum: C. acutatum e C. gloeosporioides.
  • 3. Tradicionalmente, os ataques da gafa localizaram-se especialmente nas azeitonas Mas em graves epidemias, também se observaram defoliações intensas em ramos com azeitonas afectadas.
  • 4. Lesões necróticas iniciais em frutos afectados
  • 5. Lesão necrótica, apodrecimento e mumificado, causados por Colletotrichum sp
  • 6. Defoliação intensa e azeitonas mumificadas causadas pelos ataques conjuntos de gafa, olho-de-pavão e cercosporiose
  • 7. Biologia Em condições normais as infecções ocorrem entre 15-25ºC, com um óptimo em 23ºC. A esta temperatura os sintomas característicos aparecem em 2-3 dias. A disseminação deste fungo dá-se, principalmente, através da chuva.
  • 8. Geralmente, os ataques ocorrem durante as primeiras chuvas de final de Verão, antes do Inverno. Se as chuvas continuam, produzemse infecções secundárias importantes.
  • 9. Geralmente, os ataques ocorrem durante as primeiras chuvas de final de Verão, antes do Inverno. Se as chuvas continuam, produzemse infecções secundárias importantes. Observa-se geralmente uma elevada correlação entre a doença e os ataques de mosca da azeitona.
  • 10. Sintomatologia Inicialmente formam-se nas azeitonas manchas mais ou menos circulares de cor castanha, isoladas, que crescem e podem chegar a unirse.
  • 11. O normal é que os ataques comecem pelo ápice do fruto, zona onde se acumula a água da chuva. Ao evoluir a doença origina um apodrecimento parcial ou total da azeitona que se seca, enruga e mumifica
  • 12. Aspecto de azeitonas mumificadas
  • 13. Prejuízos A azeitona afectada desprende-se da árvore prematuramente, diminuindo a produção, que pode ter bastante importância.
  • 14. Por outro lado, e mais importante, os azeites obtidos de azeitonas afectadas são de inferior qualidade, visto alterar-se a sua acidez e características organolépticas (cheiro e sabor).
  • 15. Meios de luta Devido à importância que tem a elevada humidade relativa para o desenvolvimento da doença, recomendam-se as medidas de luta cultural que favoreçam o arejamento da copa.
  • 16. A eliminação de azeitonas mumificadas após a colheita e até a plantação de variedades resistentes em zonas mais propícias ao desenvolvimento do fungo, são medidas a ter em conta no combate contra a gafa.
  • 17. A aplicação simples de fungicidas cúpricos ou misturados com fungicidas orgânicos é o meio de luta mais utilizado.
  • 18. Uma vez que são tratamentos preventivos, recomenda-se molhar bem os frutos antes das chuvas outonais. Este tratamento tem acção simultânea contra o olho-de-pavão.
  • 19. OLHO-DE-PAVÃO O olho-de-pavão é uma doença com alguma importância em Portugal, principalmente devido à sua incidência nalgumas variedades, como é o caso da Cobrançosa. O agente causador da doença é o fungo Spilocaea oleagina.
  • 20. Biologia É muito variável a biologia do fungo em diferentes regiões e anos, dependendo o seu desenvolvimento de muitos factores como a humidade, temperatura, chuva e práticas culturais.
  • 21. A sua germinação produz-se entre 2-3 e 28-34ºC, com um óptimo entre 1621ºC. A germinação é favorecida pela elevada humidade relativa e o tempo médio necessário para germinar diminui com o aumento da temperatura.
  • 22. Aspecto de uma oliveira atacada por olho-de-pavão
  • 23. Depois da germinação estabelece-se a infecção, pelo que necessita de água livre ou atmosfera saturada, durante pelo menos 14 horas.
  • 24. Sintomatologia O olho-de-pavão produz lesões no limbo da folha e ocasionalmente no pecíolo, pedúnculo e fruto.
  • 25. Nas folhas aparecem manchas circulares de diferentes tamanhos, desde 2 a 10 mm de diâmetro. A sua coloração é variável, desde castanho, amarelo e verde
  • 26. Quando afecta o pecíolo e o pedúnculo, observam-se manchas castanhas alargadas. No caso do fungo afectar as azeitonas, estas enrugam e deformam-se ao terminar o crescimento da zona afectada.
  • 27. Folhas de oliveira com manchas típicas provocadas pelo olhode-pavão
  • 28. Prejuízos Como consequência das lesões produzidas pelo olho-de-pavão produz-se uma importante caída de folhas, o que se manifesta claramente sobretudo em ramos inferiores que podem ficar completamente desfoliados.
  • 29. Isto leva a debilitamento da árvore, perda de produção e perda de gemas axilares, que provocam um desenvolvimento muito lento e em árvores jovens comprometem a sua formação.
  • 30. Também pode afectar pedúnculos e frutos. No primeiro caso, a azeitona cai prematuramente para o chão produzindo perdas na colheita ou na qualidade do azeite. No caso de afectar o fruto, atrasa a maturação e diminui a quantidade e qualidade do azeite produzido
  • 31. Meios de luta As medidas de luta cultural que favoreçam o arejamento da copa e reduzam a condensação da humidade nas oliveiras são de extraordinária importância, pois o olho-de-pavão necessita de elevada humidade relativa para o seu desenvolvimento.
  • 32. Assim, devem efectuar-se podas selectivas e devem eleger-se densidades de plantação que evitem copas densas ou muito próximas. Devem também evitar-se aplicações exageradas de fertilizações azotadas e orgânicas e drenar terrenos excessivamente húmidos.
  • 33. A luta química inclui a aplicação foliar de tratamentos preventivos antes do começo da estação de infecção principal, a qual coincide com a de maior crescimento dos gomos da oliveira, como por exemplo antes da floração na Primavera ou no Outono.
  • 34. Dado o carácter preventivo dos tratamentos é necessário molhar muito bem toda a copa da árvore com calda fungicida, preferencialmente os ramos baixos e interiores, pois é ai que a doença se desenvolve mais frequentemente.
  • 35. A frequência dos tratamentos depende da persistência do produto utilizado e da duração das condições ambientais favoráveis à infecção. Entre os fungicidas utilizados destacam-se os produtos cúpricos (sulfato de cobre, hidróxido de cobre e oxicloreto de cobre).
  • 36. A frequência dos tratamentos depende da persistência do produto utilizado e da duração das condições ambientais favoráveis à infecção. Entre os fungicidas utilizados destacam-se os produtos cúpricos (sulfato de cobre, hidróxido de cobre e oxicloreto de cobre).