3. • Francisco de Paula Rodrigues Alves venceu as
eleições presidenciais com o apoio de Campos
Sales e dos Partidos Republicanos Paulista e
Mineiro. Grande proprietário de terras
paulista e ex-ministro da Fazenda do governo
de Prudente de Moraes,
4. • Rodrigues Alves foi eleito com respaldo da
aliança política entre as oligarquias agrárias de
São Paulo e Minas Gerais, selada pelo acordo
da Política dos Governadores.
5.
6. • O governo de Rodrigues Alves foi beneficiado
pela recuperação econômica promovida por
Campos Sales no mandato anterior. O ex-
presidente trabalhou no momento mais difícil,
no qual era preciso fazer alguns sacrifícios e
esforços para colocar a economia nacional nos
eixos.
7. • O resultado de seu empenho foi aproveitado
por Rodrigues Alves, que tendo mais dinheiro
nos cofres públicos dedicou seu governo a
recuperação dos espaços públicos que
estavam em situações de calamidade. O
dinheiro vinha dos capitais estrangeiros e do
repentino estouro da borracha amazônica no
mercado mundial.
8. A Modernização do Rio de Janeiro:
• Na época, o Rio de Janeiro era uma área
urbana decadente. O acúmulo de lixo e a
sujeira nas ruas nas zonas periféricas e
centrais atraía insetos e ratos que transmitiam
doenças fatais como a febre-amarela, a
varíola e a peste bubônica, resultando na
morte de milhares de pessoas anualmente.
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10. • O objetivo do governo era modernizar o Rio
de Janeiro, capital do país e recebeu grande
apoio do prefeito da cidade, Pereira Passos.
Mas a forma como foi realizada gerou revolta
e protestos populares, abrindo a primeira
crise política do governo de Rodrigues Alves.
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12. • A reconstrução, a limpeza e o embelezamento
da cidade foram feitos às custas das camadas
pobres da população. O governo desapropriou
sem indenizações, as casas populares
(casebres e cortiços) que foram derrubadas
para aumentar a largura das ruas, avenidas e
construções de praças públicas.
19. • A população apelidou o movimento de o
“bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de
largas e modernas avenidas com prédios de
cinco ou seis andares.
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26. • Os pobres foram expulsos para os morros e
áreas periféricas da cidade, dando origem às
favelas que existem até hoje. A valorização
das novas áreas gerou uma grande
especulação imobiliária, prejudicando
também a classe média.
27. A REVOLTA DA VACINA:
• O problema da saúde pública desencadeou
revoltas populares que, por sua vez, geraram
uma grave crise política. O combate às
doenças foi liderado pelo médico
sanitarista Osvaldo Cruz.
28. • O médico e cientista Osvaldo Cruz, que dirigira
o Instituto Manguinhos, foi nomeado pelo
presidente como diretor geral de Saúde
Pública, com a responsabilidade de combater
as epidemias de peste bubônica e febre
amarela.
30. • Em 1904 foi decretada a obrigatoriedade da
vacinação contra a varíola. Os representantes
do governo iam até a casa das pessoas para
vaciná-las à força.
34. • A população não tinha sido informada de
como seria a vacinação e por isso, não
entendiam porque estavam sendo vacinados à
força. A população, humilhada pelo poder
público autoritário e violento, não acreditava
na eficácia da vacina.
35.
36. • A população se rebelou contra a vacinação
tomando as ruas do Rio de Janeiro em
protesto no dia 10 de fevereiro. A vacinação
obrigatória foi a “ gota d’água” para que o
povo, já profundamente insatisfeito com o
“bota-abaixo” e com a miséria em que viviam,
a falta de empregos, etc, se revoltasse.
37.
38. • A raiva da população contra Oswaldo Cruz e o
governo acabou provocando a revolta que
explodiu na forma de passeatas e comícios em
praças e ruas do Rio de Janeiro, e foram se
agravando. Os mais exaltados começaram a
jogar pedras nos funcionários da Saúde
Pública nos policiais que lhes davam proteção.
39. • Mas logo em seguida começaram a tombar e
incendiar os bondes e carroças que
encontravam pela frente, muitos saquearam
as lojas instaladas ao longo do caminho que
percorriam.
40.
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42. • Em 16 de novembro, Rodrigues Alves revogou
a Lei da Vacina Obrigatória, e no dia seguinte,
com o apoio do Exército e da Marinha, a
polícia ocupou o bairro da Saúde, acabando
com a revolta. 23 pessoas morreram, 67
ficaram feridas, 945 pessoas foram presas,
quase a metade dos presos foi mandado para
o Acre.
43. • Depois que a revolta foi controlada, Rodrigues
Alves retomou o controle da cidade e a
vacinação foi reiniciada. Em pouco tempo a
varíola desapareceria do Rio de Janeiro.
44.
45. A anexação do Acre:
• Na época do governo de Rodrigues Alves, o
Acre era uma província da Bolívia, embora
habitado por nordestinos que imigraram para
a região, devido à seca e o aumento da
produção da borracha. O Brasil passou então a
reivindicar o território do Acre.
46.
47.
48. • A questão piorou quando, recusando-se a
reconhecer a autoridade boliviana, Luís Galvez
Rodrigues de Arias proclamou a República do
Acre em 1899, exigindo sua anexação ao
Brasil.
49. • Os exércitos do Brasil e da Bolívia expulsaram
Luís Galvez do Acre. Mas, em 1902, quando os
bolivianos arrendaram a área para o Bolivian
Syndicate of New York, uma nova rebelião
estourou.
50.
51.
52. • Comandados por Plácido de Castro, os
brasileiros decretaram o Estado Independente
do Acre. Em julho de 1903 Rui Barbosa foi
chamado para tentar resolver o impasse.
54. • Rui Barbosa discordou das propostas do Barão
do Rio Branco, que queria pagar pelo
território do Acre. Mas Rui julgava esse
território brasileiro por direito e por causa
disso demitiu-se do cargo.
56. • No final, o Brasil acabou comprando o Acre
dos bolivianos e dos peruanos e assinou
Tratado de Petrópolis em 1903. O Brasil
indenizaria o Bolivian Syndicate e prometeu a
construir a ferrovia Madeira-Mamoré, no
trecho das cachoeiras do rio Madeira,
57. • para permitir o escoamento e a exportação da
borracha pelos portos de Manaus e Belém.
72. • O ciclo da borracha foi o período que vai de
1879 a 1912, onde a exportação de borracha
in natura proporcionou à região norte uma
proeminência econômica e social inédita
dentro do país. Outro breve e menos
conhecido ciclo da borracha ocorreria durante
a Segunda Guerra Mundial, mas pelo curto
período de 1942 a 1945.
73. • A utilização da borracha foi desenvolvida por
causa das diversas descobertas científicas do
século XIX. No começo, o látex era utilizado na
fabricação de borrachas de apagar, seringas e
galochas (botas de chuva).
74.
75. • O cientista Charles Goodyear desenvolveu o
processo de vulcanização através do qual a
resistência e a elasticidade da borracha foram
melhoradas.
76. • Depois do desenvolvimento do método de
vulcanização, a borracha tornou-se ideal para
ser usada em automóveis, motocicletas e
bicicletas, se tornando um material
indispensável na indústria moderna. Por isso
mesmo, procura pelo produto cresceu muito e
o preço subiu.
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79.
80. • Um dos lugares mais importantes na produção
de látex é a região amazônica, onde existem
muitos seringais. Látex é a matéria-prima da
borracha natural, um líquido branco extraído
da seringueira, que ao coagular, se transforma
em borracha ao entrar em contato com o ar.
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84.
85. • Entre 1879 e 1912, o Brasil exportou mais de
30 mil toneladas de borracha. O preço do
produto aumentou depois, tanto quanto a
procura nos mercados europeu e norte-
americano. As riquezas da borracha trazem
benefícios também às cidades do norte
brasileiro, proporcionando a construção de
estradas, pontes, casas e escolas.
86. • Em 1896, Manaus é a segunda cidade
brasileira a possuir uma rede pública de
iluminação elétrica. No mesmo ano, começam
a circular pelas suas ruas os primeiros bondes
elétricos. O ciclo da borracha fez ainda com
que muitos trabalhadores, principalmente
nordestinos, migrassem para a região, pouco
povoada na época.
104. • O monopólio da borracha brasileira durou até
1910, quando holandeses e ingleses iniciaram
a plantação de seringais na Ásia (Sri Lanka,
Malásia e Indonésia) e passam a oferecer o
produto com preços mais competitivos
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107. • O látex produzido de forma intensiva nos
seringais ingleses invadiu o mercado, e no
norte do Brasil, inicia-se uma crise, gerada por
falta de visão empresarial e governamental,
além da ausência de alternativas para o
desenvolvimento regional.