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CULTURAS REGIONAIS.pptx

  1. CULTURAS REGIONAIS Engª Agrônoma Milena Almeida
  2. Região agrícola do Norte • Futuro centro de crescimento do agronegócio brasileiro. • A região Norte é uma das regiões agrícolas que tem se destacado por receber as principais frentes de expansão, vindas do Nordeste e do Centro-Oeste, como MaToPiBaPa (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Pará) • As atividades mais praticadas nessa região ainda são de caráter extensivo e de busca por tecnologia, o que o torna um mercado promissor e de crescimento acelerado. Tem destaque na soja em expansão e em outros produtos, que passam a competir com o extrativismo vegetal que existe na região. Em Rondônia, a produção de soja, milho e de gado abastece o território nacional. Já em Roraima, são produzidos bananas, laranjas e peixe, que são destinados ao mercado urbano de Manaus.
  3. Agronegócio Paraense • O agronegócio contribui em média 21% para a composição do PIB dos municípios, representando a base econômica de grande parte deles e fonte de ocupação para parcela substantiva da população. O campo absorve cerca de 1.500.292 milhões de pessoas, o que corresponde e 42,68% dos trabalhadores no estado do Pará. • O Pará é líder na produção nacional de açaí, abacaxi, cacau, dendê, mandioca e pimenta do reino. Também destaca-se na produção de limão, banana e coco, ocupando, respectivamente, o 2º, 3º e 4º lugar no ranking nacional.
  4. Agronegócio Paraense • Na pecuária, o Pará ocupa o 4º lugar no ranking nacional, com um rebanho de aproximadamente 22 milhões de cabeças (IBGE, 2017), incluindo o rebanho bubalino (cerca de 513 mil cabeças), o maior do País, concentrado principalmente no arquipélago Marajoara. • O Pará destaca-se ainda na Avicultura, Apicultura, Florestas Plantadas e produção de Grãos.
  5. Relevo do Pará • O relevo do Pará tem três influências: o planalto norte-amazônico, a planície amazônica e o planalto sul-amazônico. • No planalto norte-amazônico estão localizados terrenos cristalinos e as serras de Acarí e Tumucumaque. • A planície Amazônica é caracterizada por uma faixa sedimentar alongada e estreita. Nessa região corre o rio Amazonas. • E no planalto sul-amazônico está a serra dos Carajás. São retirados do local 35 milhões de toneladas de minério ao ano. Os principais produtos são: manganês, ouro, cobre, bauxita e ferro, que são exportados para Alemanha, Espanha, França e Itália, além de outros.
  6. Clima do Pará • O clima do Pará é de influência equatorial. As temperaturas permanecem entre 24º C e 26º C ao longo do ano.
  7. Hidrografia do Pará • A bacia hidrográfica do Pará chega a 1,2 milhão de km2, cuja grande maioria da extensão pertence ao rio Amazonas. • Os principais afluentes do Amazonas nessa região são Tapajós, Xingu, Tocantins, Trombetas, Maicuru, Paru e Jari.
  8. Ilha de Marajó • Maior ilha flúvio-marítima do mundo, é cercada pelos rios Amazonas, Tocantis e pelo oceano Atlântico. • Tem cerca de 50 mil km2. É nesse local que pode ser observado o fenômeno da Pororoca no Pará, o encontro das águas do rio Amazonas com o oceano Atlântico. A ilha de Marajó já foi habitada por diversos grupos indígenas, como os Aruã e Tapajós.
  9. SISTEMA DE CULTIVO DO AÇAIZEIRO • Nativo da Amazônia brasileira, o açaizeiro tem o estado do Pará como principal centro de dispersão natural desta palmácea, que é adaptada às condições elevadas de temperatura, precipitação pluviométrica e umidade relativa do ar. O açaizeiro se destaca pela sua abundância e por produzir importante alimento para as populações locais, além de ser a principal fonte de matéria-prima para a agroindústria. • Dos frutos do açaizeiro é extraído o vinho, polpa ou simplesmente açaí. Com o açaí são fabricados sorvetes, licores, doces, néctares e geléias, podendo ser aproveitado, também, para a extração de corantes e antocianina.
  10. SISTEMA DE CULTIVO DO AÇAIZEIRO • O caroço, do qual a borra é utilizada na produção de cosméticos; as fibras em móveis, placas acústicas, xaxim, compensados, indústria automobilística, entre outros; os caroços limpos são utilizados na industrialização de produtos A4, como na torrefação de café, panificação, extração de óleo comestível, fitoterápicos e ração animal, além de uso na geração de vapor, carvão vegetal e adubo orgânico. • A polpa representa 15% e é aproveitada, de forma tradicional, no consumo alimentar, sorvetes e outros produtos derivados.
  11. CONDIÇÕES DE CULTIVO: • - Distribuição regular de chuvas, (índice pluviométrico anual entre 1.000 mm e 2.500 mm, com nítida estação de estiagem) necessita de irrigação. - Umidade satisfatória no solo ou várzeas.
  12. VARIEDADES: • definidas por tamanho, coloração e produtividade: • - BRS Pai d’Égua (recomendada por serem plantas produtivas e menor peso de fruto, apresentaram maior produção de frutos na entressafra); - BRS Pará; - Açaí-branco, açai-roxo/comum, açaí-açu, açaí- chumbinho, açaí-tinga e açaí-sangue-de-boi.
  13. PROPAGAÇÃO: • - Sementes (mais rápida e eficiente); - Seleção de plantas-matrizes para sementes: plantas com produção de frutos superior a 5 latas/touceira e com rendimento de 8L ou mais de polpa/lata com 14-15kg de frutos. - Imersão em água a 40ºC por 20min; - Sementes recalcitrantes, semear o quanto antes para não perderem vigor; - Germinação em média de 30 dias.
  14. SELEÇÃO DE SEMENTES E MUDAS • (segundo a Comissão Estadual de Sementes e Mudas do Pará) • - Apresentar altura uniforme, aspecto vigoroso, cor e folhagem harmônicas; - Possuir, cinco folhas fisiologicamente ativas (maduras), pecíolos longos e as folhas mais velhas com folíolos separados. O coleto deve apresentar a espessura da base maior que a da extremidade das mudas; - 4 a 8 meses de idade, a partir da emergência das plântulas; - Altura de 40 a 60 cm, medidos a partir do colo da planta; - Sistema radicular bem desenvolvido e ter suas extremidades aparadas quando ultrapassar o torrão; - Isentas de pragas e moléstias (Regulamento da Defesa Sanitária Vegetal); - Comercialização das mudas somente será permitida em torrões, acondicionadas em sacos de plástico, sanfonados e perfurados, ou equivalentes, com, no mínimo, 15 cm de largura e 25 cm de altura.
  15. PLANTIO: • - 1kg de sementes = 600 sementes; - Plantar 1000 sementes (1,7kg de sementes) por hectare, com espaçamento 5 x 5m (400 mudas/hectare); - Espaçamento de 5 x 5 m para plantas sem perfilhos ou, 6 x 4 m com manejo de 3 a 4 estipes por touceira; - Linhas de plantio no sentido nascente-poente; - Covas de 40 x 40 x 40 cm;
  16. ASSOCIAÇÃO/CONSÓRCIOS com outras culturas: • Espécies anuais: caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), milho (Zea mays L.) (e mandioca ou macaxeira) – durante o 1o ano. Espécies semiperenes: maracujazeiro (Passiflora edulis Sims.), bananeira (Musa spp.), mamoeiro (Carica papaya L.) e abacaxizeiro (Ananas comosus (L.) Merril) – até o 3o ano. • Espécies perenes: cupuaçuzeiro, cacaueiro (Theobroma cacao L.) e cafeeiro (Coffea spp.). Os arranjos espaciais das culturas consorciadas podem permitir o plantio de 20 a 25 essências florestais por hectare, contribuindo para recuperar, preservar e valorizar o ecossistema. As espécies consorciadas devem ter épocas diferentes de produção. Considerando a necessidade da geração de receitas, essas espécies deverão ter a sua produção distribuída durante todo o ano.
  17. CALAGEM: • Amostras de solo 90 dias antes do plantio para definição da calagem, com saturação por base de 60%; Realizar calagem 2 meses antes do plantio.
  18. ADUBAÇÃO: • COVA: Adubação 200 g de superfosfato triplo ou 400 g de Arad mais 10 kg de cama de frango misturados com a terra mais escura tirada da superfície e distribuir no fundo da cova. 1º ano: 800 g de 13-11-21 + 10 kg de cama de frango + 30 g de bórax ou parcelar em 4 x 200 g de 13-11-21; 2º ano: 1 kg de 11-13-21 + 10 kg de cama de frango + 30 g de bórax ou parcelar em 4 x 250 g de 11-13-21; 3º ano: 1,5 kg de 13-11-21+ 10 kg de cama de frango + 30 g de bórax ou parcelar em 4 x 375 g de 13-11-21; 4º ano: 2 kg de 13-11-21 + 10 kg de cama de frango + 30 g de bórax ou parcelar em 4 x 500 g de 13-11-21; 5º ano: 2,5 kg de 13-11-21 + 30 kg de cama de frango + 30 g de bórax ou parcelar em 4 x 625 g de 11-13-21 6º ano em diante: manter a mesma adubação do ano anterior 4 x 625 g de 11-13- 21.
  19. MANEJO: • Fase inicial: coroamento/capina/roçagem baixa em torno das touceiras; Cobertura viva: a partir do 1º ano, nas entrelinhas, plantas da família das leguminosas, resistentes a roçagem ou tombamento. • 2º ano em diante: limpeza da área; raleamento da vegetação (retirar plantas sem interesse e que reduzem luminosidade); desbaste das touceiras (manter 3 estipes); manutenção do açaizal (retirada de plantas ou partes danificadas); obtenção de mudas.
  20. IRRIGAÇÃO: • - 0 a 1 ano 1: 40 Litros/touceira, tendo de 1 a 2 estipes/touceira; - 2 e 3 anos: 60 Litros/touceira, tendo 2 a 3 estipes/touceira; - A partir de 3 anos: 120 Litros/touceira, tendo 3 a 4 estipes/touceira.
  21. PRAGAS: • - Pulgão-preto-do-coqueiro. Controle: Separar mudas sadias e retirar manualmente os insetos com pano umedecido. - Mosca-branca. Sintomas: planta amarelada, debilitada e depois clorótica. Controle: mesmas propostas para o pulgão-preto. - Formiga-saúva/tanajura. Sintomas: cortam folíolos no viveiro, desfolhamento parcial ou total. Controle: construir viveiro longe das matas ou destruir colônia de formigas. - Bicudo/Broca-do-coqueiro. Sintomas: planta com porte reduzido, folhas curtas e amareladas, pecíolo bronzeado, redução do número de folhas, redução ou ausência de cachos, inflorescências abortadas, estipe com furos enegrecidos. Controle: uso de armadilhas de garrafa plástica com iscas.
  22. PRAGAS: • - Cochonilha escama vírgula. Sintomas: fixa-se na nervura principal, planta com folhas amareladas e cloróticas. - Gafanhoto do coqueiro/tucurão. Sintomas: redução no desenvolvimento da planta, atraso da fase produtiva. Controle: iscas rasteiras junto às palmeiras. - Lagarta-verde-do-coqueiro. Sintomas: limbo foliar esgarçado, seco com cor amarronzada. Controle: retirada manual no viveiro. - Brassolis/lagarta-das-folhas. Sintomas: folhas com somente nervura central dos folíolos e ráquila. Controle: verificar se nas colônias existem lagartas parasitadas pelo fungo Beauveria bassiana ou B. brongniartii, constatada por lagartas mortas e esbranquiçadas. Macerar estas lagartas em solução ou calda e pulverizar nas colônias.
  23. COLHEITA: • - Produção de frutos com 3 a 4 anos de idade; - Florescimento durante todos os meses, com pico em fevereiro e julho; - Maturação do fruto em 5 a 6 meses; - Produção por touceira dependente da fertilidade e umidade do solo, da luminosidade também; - Frutos maduros possuem cor roxa-escura ou preto, sendo exceção o açaí-branco, com coloração verde.
  24. Procedimentos de colheita: • O colhedor escala o estipe com auxílio de uma peconha e corta o cacho. O cacho é depositado no solo sobre lona ou toalha de plástico. Um escalador habilidoso é capaz de passar de um estipe para outro, em uma mesma touceira, sem descer ao solo, coletando, em função do peso, de 3 a 5 cachos em uma única escalada. Um bom escalador é capaz de colher de 150 a 200 kg de frutos numa jornada de trabalho de 6 horas. A Embrapa Amazônia Oriental testou, com sucesso, um equipamento na colheita de cachos de pupunheira
  25. PÓS-COLHEITA: • - Debulha sobre lona plástica ou em caixas plásticas/cestos de fibra vegetal; - Seleção visual dos frutos de acordo com a coloração: Vitrin (roxo a verde-escura, não é próprio para colheita), Paró/Parau (cor roxo- escura intensa com brilho na casa, não é o ponto ideal de colheita) e Tuíra (cor roxo-escura intensa, recoberta com camada de pó branco- cinza, estágio adequado para colheita). E eliminação de frutos atacados por insetos, doenças ou animais e daqueles contaminados por material fecal de aves. Armazenar em local exclusivo para estocagem do açaí. Ao final e início de safra, limpar o local;
  26. PROCESSAMENTO: • - Fruto extremamente perecível, deve ser despolpado em 24h após colheita. - Recepção dos frutos: pesar e encaminhar para o processo de seleção; - Seleção visual e manual dos frutos em mesas com peneiras, cujas dimensões possam reter os frutos, deixando passar as impurezas menores, como os restos, terra, frutos chochos etc; - Pré-lavagem: imersos em água para a retirada das sujidades aderidas aos frutos; - Amolecimento e lavagem: facilita processo de despolpamento. Água à temperatura ambiente ou 40ºC a 60ºC. O tempo varia de 10 a 60 minutos. A 3ª lavagem é com água clorada (20 ppm a 50 ppm de cloro ativo), por 20 a 40 minutos. A solução de cloro para a lavagem não deve ser utilizada para várias bateladas. Na 4ª lavagem, o excesso de cloro é retirado por por aspersão com água potável;
  27. PROCESSAMENTO: • - Despolpamento e refino: remoção da polpa do açaí, utilizando máquinas despolpadeiras/batedeiras, construídas em aço inoxidável, modelo vertical, que procede ao despolpamento de bateladas de frutos de açaizeiro com a adição de água. O processo tem início com a alimentação da batedeira com os frutos, acionamento das palhetas, cujo movimento circular proporciona atrito com os frutos, seguido da adição de água. O produto processado desce passando por uma peneira de malha fina, e o açaí é depositado em bacias de aço inoxidável. Os caroços e a borra são removidos pela abertura lateral. - A polpa extraída do açaí divide-se em tipo A (grosso) muito densa, tipo B (médio ou regular) densa, e tipo C (fino) pouco densa. O produto embalado é conduzido a um túnel de congelamento rápido, regulado a -40 ºC.
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