O poema descreve as experiências do autor no Rio de Janeiro, no Ceará e no sertão nordestino, onde conheceu as dificuldades da vida no campo mas também a beleza da natureza e a força do povo sertanejo.
2. Das praias do Rio de Janeiro eu vim,
Impresso pelo sol, mar e areias sem fim.
3. Conheci então o sertão do Ceará,
Onde me estrepei no pequeno Quipá,
Amarrei muita cabra com corda de Caroá,
Dormi bem à sombra do Juazeiro,
4. Matei a fome nas bagas do Facheiro.
Comi apetitosas batatas de Imbuzeiro,
Lambuzei-me de Murici,
Como gostei de Ouricuri.
5. Matei a sede com suco do Mandacaru,
Do Xique-Xique e do saboroso Caju.
6. Aprendi que vida no sertão é dura como Angico,
Às vezes dói como estrepada de Jurema-preta,
Que sertanejo é valente e forte como Aroeira,
7. Mulher do sertão é doce como Macambira,
Mulher que braba vira chá de Catingueira.
8. No sertão as doenças não pegaram em mim,
Graças ao Pinho-brabo, Araticum e Alecrim.
Assim, aprendi a amar e respeitar o Sertão,
Onde está o coração da verdadeira Nação.
9. Imagens: Internet
Música: No rancho fundo
(Marco Pereira-Violão e Cristóvão
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