O documento discute o significado da festa de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos. Ele compara a situação dos apóstolos com medo com a situação atual da Igreja, e argumenta que precisamos do dom da paz e da força do Espírito Santo para cumprir a missão de anunciar o Evangelho, assim como os apóstolos fizeram.
1. Espírito de Deus enviai dos céus um raio de luz!
Reverendíssimo padre Anderson, caros irmãos e irmãs!
Há 50 dias celebrávamos a Páscoa, a ressureição, de Cristo
Jesus. Hoje celebramos o cumprimento da promessa do Pai de
enviar sobre os apóstolos a força do alto, a força que é o Espírito
Santo.
A liturgia que hoje celebramos nos revela que os apóstolos se
encontravam todos reunidos no mesmo lugar, mas com medo dos
judeus. Nós hoje estamos, meus irmãos, como aquela Igreja
primitiva: seguindo Jesus, mas com medo, com receio, com
dificuldade, com temores, incertezas e inseguranças. O que
podemos fazer para seguir o Senhor em meio a tantas
fraquezas e dificuldades da nossa parte e da nossa natureza tão
frágil e pecadora? Se olharmos para o horizonte, nossa vontade,
muitas vezes, é de desanimar. Se olharmos uns para os outros,
muitas vezes, estamos cansados, sem alento, por isso muitos
desanimam e muitos perdem a esperança, porque querem apenas
soluções humanas rápidas e práticas para compreender a vontade
de Deus e segui-lo.
2. É nessa realidade de medo que Jesus entra e se põe no meio de
seus discípulos e oferece o primeiro de seus dons, a PAZ. Os
discípulos reconhecem Jesus depois que Ele lhes oferece o dom
da paz e mostra suas chagas. Na certeza de que estavam diante
do Senhor, seus corações se alegram e, mais uma vez, Jesus lhes
oferece a paz como o primeiro de seus dons. Paz que, depois, os
discípulos irão reconhecer ser necessário possuir para
continuarem a missão, pois ela é o próprio Jesus. Quão marcado
nosso mundo está sem essa Paz, guerras, disputas políticas,
famílias se destruindo, entre muitos outros.
Depois que Jesus se apresenta e é reconhecido, sopra sobre os
discípulos o Espírito Santo, para que, na sua força, possam ir em
missão e anunciar o Evangelho do Reino. É na força do Espírito
que eles serão testemunhas, sem medo e em paz. Com a força do
Espírito são revigorados e fortalecidos para o trabalho missionário.
Caros irmãos todos nós recebemos o dom do Espírito Santo, o
meu ou o seu dom não é melhor do que o do próximo, TODOS
SÃO IMPORTANTES, um completa e ajuda o outro.
Por fim, Jesus dá aos discípulos o poder de perdoar os pecados:
“A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a
quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. Na força do
Espírito eles terão condições de expulsar o mal do coração das
pessoas. Cheios do Espírito Santo terão autoridade para isso, pois
o Espírito do Ressuscitado destrói tudo que impede a pessoa de
ser cheia da graça de Deus. A confissão não é algo desesperador
que machuca, que destrói, mas é a limpeza que fazemos em
nossa alma, retiramos tudo aquilo que não presta para seguir
Jesus.
Na festa do derramamento do Espírito Santo, o Pentecostes, sobre
toda a Igreja somos chamados a renovar sua presença em nós,
deixando que esse raio de Luz aqueça nossos corações para que,
aliviados, fortalecidos e revigorados possamos levar a mensagem
da Boa Nova a todas as pessoas.
Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda face renovai.
Sejais vós nossa alegria!
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!