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FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FA7
       CURSO GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO




 EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO
POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO
   DE CONFECÇÕES, NA CIDADE DE FORTALEZA.




              MARIA MARIETA SOUSA




                FORTALEZA - 2010
MARIA MARIETA SOUSA




 EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO
POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO
   DE CONFECÇÕES, NA CIDADE DE FORTALEZA.




                       Artigo apresentado à Faculdade 7 de
                       Setembro, como requisito parcial para
                       obtenção do Título de Bacharel em
                       Administração.

                       Orientador: Prof. Ms. Maiso Dias




               FORTALEZA - 2010
EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL
  CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO DE CONFECÇÕES, NA
                  CIDADE DE FORTALEZA.
                                                                         Maria Marieta Sousa


RESUMO

Diante da edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2009), dos 18,8
milhões à frente de empreendimentos no país, 53% são mulheres e 47% homens. Destaca-se
que é pela primeira vez que o empreendedorismo feminino supera o de homens na mesma
situação. E, diante de tal fato, resolveu-se verificar o empreendedorismo feminino em
Fortaleza, em relação às condições competitivas do mercado. Pretendeu-se com esta pesquisa,
responder o objetivo geral, analisar o potencial criativo das mulheres empreendedoras do
ramo de confecção da cidade de Fortaleza. A pesquisa realizada foi qualitativa; aplicou-se
uma entrevista e um teste de perfil a doze empresárias de confecção de Fortaleza, e concluiu-
se que a presença da mulher frente a empresas e empreendimentos comerciais tem sido
constante dentro da indústria de confecção no Ceará. A mulher que lutou para conseguir
oportunidade e igualdade perante os homens, hoje acumula arduamente os papéis de mãe,
esposa, conciliadora da família, estudante, profissional dentre outros. As empreendedoras
dinamizam suas tarefas e ultrapassam obstáculos para alcançar o êxito.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Mulher empreendedora. Potencial criativo.



ABSTRACT

Before editing search Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2009), 18.8 million ahead of
developments in the country, 53% and 47% are women and men. Highlights if that is the first
time that entrepreneurship female surpasses that of men in the same situation. And, before
such fact solved verify the female entrepreneurship in Fortaleza, on competitive market
conditions. Was intended with this research, answer the general objective, analyze the creative
potential of women entrepreneurs of branch of confection of Fortaleza. The survey was
qualitative and applied an interview and a test profile twelve entrepreneurs making Fortress,
and concluded that the presence of women front companies and business ventures has been a
constant within the manufacturing industry in Ceará. The woman who struggled to get an
opportunity and equality before men today accumulates hard clip-the mother, wife,
conciliatory family, student, professional among others. The entrepreneurs streamline your
tasks and surpass obstacles to achieving success.

Keywords: Entrepreneurship. Woman entrepreneur. Creative potential.
1. INTRODUÇÃO



            Entendia-se que os indivíduos que usavam os recursos disponíveis de forma
diferenciada eram os agentes de transformação e que obrigavam os demais agentes a se
reorganizarem e se adaptarem às novas mudanças. O agente transformador, que promovia
inovações, segundo Schumpeter (1982) era chamado de empreendedor.

            O empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando tempo
e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e
recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica pessoal
(HISRICH, 2004).

            A mulher é um fenômeno como força do mercado de trabalho neste século XXI,
pois disputa postos de trabalho quase em igualdade com os homens, sendo visível na
sociedade a participação dela nos setores econômicos, principalmente, à frente do próprio
negócio. Ao analisar a produção científica a respeito do empreendedorismo feminino, é
evidente o estágio em que se encontram as pesquisas e sua contribuição para o aumento do
conhecimento e da disseminação dos resultados sobre o assunto, excluindo de sua análise
nuances importantes relativas a aspectos culturais de certas regiões e povos ou de grupos
minoritários, como é o caso das mulheres na seara empresarial (GOMES; SANTANA;
ARAÚJO, 2009).

            O tema empreendedorismo feminino vem sendo cada vez mais discutido no Brasil
e os primeiros conceitos tiveram embasamento nas teorias do desenvolvimento econômico,
que definiam como decorrente de mudanças realizadas de forma ativa por agentes que
participavam da estrutura, deixando assim de ser interpretado como um evento econômico e
passando a ocorrer na esfera social.

            Nos últimos anos, “as mulheres vêm para o mundo dos negócios sem os
paradigmas dos homens e, portanto, com melhores chances de criar novos empreendimentos,
novos produtos e serviços, novos métodos de trabalho, novas abordagens comerciais”
(TRANJAN, 2002, p. 20). Ou seja, para o espanto de muitos homens que acreditavam que
empreender é um negócio masculino, as mulheres estão indo muito bem. E, ainda informa que
muitas empreendedoras tiveram que buscar alternativas para manter-se no mercado
4

competitivo, criar negócios em curto espaço de tempo, ter habilidade para direcionar ações e
gerar resultados práticos.

            Sabe-se que o processo de empreender abrange todas as funções, atividades e
ações relacionadas com a introdução de novos produtos, serviços, recursos materiais e novas
formas de organização. As gestoras precisam ter postura inovadora frente a uma situação de
turbulência, assumindo riscos calculados, possuindo estratégias de criatividade para inovar
dentro das organizações.

            A criatividade ocorre no contexto social e depende de processos de pensamento
que têm suas raízes mais profundas na cultura. Tanto as normas, como as tradições, os
valores, os tabus, os sistemas de incentivo e punições afetam sua expressão. Incentivar a
criatividade envolve, não apenas estimular o indivíduo, mas também afetar o seu ambiente
social e as pessoas que nele vivem. Se aqueles que circundam o indivíduo, não valorizam a
criatividade, não oferecem o ambiente de apoio necessário, não aceitam o trabalho criativo
quando este é apresentado, então é possível que os esforços criativos do indivíduo encontrem
obstáculos sérios, instransponíveis às vezes, e até tolhedores da criação (ALENCAR, 1998).

            O que mostra a edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, o GEM
2009, dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial ou com
menos de 42 meses de existência no país, 53% são mulheres e 47%, homens. Uma das
novidades do estudo é que, pela primeira vez, a proporção de mulheres empreendendo por
oportunidade supera a de homens na mesma condição. O estudo constatou que dos
empreendedores por oportunidade 53,4% são mulheres e 46,6%, homens. Em 2009, além do
Brasil, outros dois países registraram taxas mais elevadas de empreendedorismo feminino que
as dos homens: Tonga, com 61%, e Guatemala, com 54%. (GEM, 2009).

            Na contribuição para o desenvolvimento econômico, a mulher tem ocupado
espaço e vem superando de maneira desenfreada os mais diversos segmentos, inclusive com
maior preocupação com o vestuário e a aparência, aquecendo assim, o mercado da moda
feminina, fazendo com que o setor da moda se torne um fascinante setor de investimento.
Conforme informações do SINDCONFECÇÕES – Sindicato das Confecções do Estado do
Ceará, o segmento de confecções representa 60% do mercado do Estado, mostrando assim, a
grande representatividade do segmento no mercado, e o segmento de confecções vem
superando resultados ano após ano.
5

            Muitas empreendedoras têm obtido sucesso ao longo do tempo no segmento de
confecções utilizando a criatividade, métodos e técnicas de gestão e de estratégias,
importantes e essenciais pelas empreendedoras de sucesso. Entretanto, o problema desta
pesquisa é: como é desenvolvido o potencial criativo das empreendedoras no ramo de
confecção da cidade de Fortaleza? Tendo como objetivo geral: analisar o potencial criativo
das mulheres empreendedoras do ramo de confecção da cidade de Fortaleza e os objetivos
específicos: a) levantar informações a respeito do processo criativo das empreendedoras; b)
identificar fatores que contribuem para o estilo de resolver problemas das empreendedoras; c)
descrever o perfil da criatividade no ambiente de trabalho das empreendedoras.

            A seguir, será apresentada a revisão literária sobre Empreendedorismo,
Empreendedorismo Feminino e Potencial criativo nas organizações como fundamentação
teórica aos objetivos propostos deste estudo, a Metodologia da Pesquisa, os Resultados da
Pesquisa, e por fim, as Considerações Finais.



2 REFERENCIAL TEÓRICO


2.1 Empreendedorismo


            Para Dornelas (2008) o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e
processos que em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. A perfeita
implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. É importante ter
atitude, diferencial e ultrapassar obstáculos para alcançar o êxito.

            Para o termo “empreendedor” existem muitas definições, mas uma das mais
antigas e que, talvez, melhor reflita o espírito empreendedor seja a de Joseph Schumpeter
(1982), quando explica que o empreendedor é aquele que nivela a ordem econômica existente
pela introdução de novos produtos e serviços pela criação de novas formas de organização ou
pela exploração de novos recursos e materiais.

            Kirzner (1973) tem uma abordagem diferente. Para este autor, o empreendedor é
aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de
caos e turbulências, isto é, identifica oportunidades na ordem presente.
6

            Ambos, porém, são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio
identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento às informações, pois sabe
que chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.

            Para Fillion (1991) um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e
realiza visões. Ele explora as oportunidades, identifica algo prático e transforma em negócio,
busca melhorar a vida das pessoas.

            De acordo com Schumpeter (1982), o empreendedor é mais conhecido como
aquele que cria novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou
seja, é possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas.

            Então, o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio
para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de
empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao
empreendedor, como explica Dornelas (2008): a) tem iniciativa para criar um novo negócio e
paixão pelo que faz; b) utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o
ambiente social e econômico onde vive; c) aceita assumir os riscos calculados e a
possibilidade de fracassar.

2.2 Empreendedorismo Feminino

            Percebe-se a crescente participação feminina na população economicamente ativa
(PEA), e na atividade econômica, não só no Brasil, mas em diversos países do mundo. De
acordo com as estatísticas, 65% das mulheres que trabalham no Brasil estão na economia
informal e representam 42% de um total de 14 milhões de empreendedores brasileiros,
colocando o Brasil em 4º lugar entre os países com maior número de empreendedoras no
mundo (GEM, 2009).

            Verifica-se, no entanto, que há uma correlação entre empreendedorismo e
crescimento econômico, que é manifestado pelos novos e melhores serviços e produtos
oferecidos, que geram novos postos de trabalho e riqueza para a economia. É evidenciada
esta correlação em países que possuem um grande número de atividades empreendedoras que
consequentemente são países desenvolvidos, geradores de riqueza.

            No Brasil, um dos principais motivos que atraem as mulheres para o mundo
empreendedor é a necessidade de melhorar a renda familiar. Segundo dados do IBGE -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pesquisa Mensal de Emprego das seis
7

principais regiões metropolitanas brasileira, março, 2008), as mulheres possuem remuneração
30% menor do que os homens. Ratificando, assim, que a opção da mulher pelo
empreendedorismo tem sido uma saída, para melhores resultados financeiros (ANDREOLI;
BORGES, 2010).

            Machado et al (2003) informa que estudos têm demonstrado que as mulheres
abrem empresas por diferentes motivos: desejo de realização e independência, percepção de
oportunidade de mercado, dificuldades em ascender na carreira profissional em outras
empresas, necessidade de sobrevivência e como maneira de conciliar trabalho e família.

            A participação feminina modificou o mundo dos negócios e as expectativas da
sociedade em relação à qualidade do trabalho. Desde os anos 1970, observa-se a
transformação do perfil da mulher dona de casa para empreendedora. Questões relativas ao
equilíbrio entre vida profissional e pessoal das empreendedoras brasileiras foram encontradas
na pesquisa de Quental e Wetzel (2002), que constataram que ter seu próprio negócio foi
percebido pelas mulheres como uma opção de carreira que conduzia a um maior equilíbrio
entre os papeis do trabalho e da família; o empreendedorismo poderia oferecer certas
características de trabalho, como autonomia de horário flexível que, na percepção feminina,
deveriam conduzir a esse equilíbrio. As conclusões da pesquisa apontaram um aumento
significativo de conflitos trabalho-família justamente devido à liberdade e flexibilidade
encontradas pelas empreendedoras que, por terem um horário flexível de trabalho, misturaram
as atividades domésticas com profissionais. Mas, nem por isso, as mulheres se disseram
insatisfeitas com seus trabalhos.

            Lindo (2007) explica que o conflito entre trabalho e família ocorreu na metade do
século XX, quando inúmeras mães e esposas ingressaram no mercado de trabalho. O autor
afirma que as mulheres sabem equilibrar o domínio profissional e o familiar, enquanto os
homens tendem a priorizar sua carreira. As mulheres empreendedoras conseguem administrar
o seu cotidiano, preservam sua qualidade de vida e também conseguem ser responsáveis com
seus afazeres domésticos.

            Os homens que tendem a dar prioridade ao lado profissional não possuem a
facilidade de conciliar seus horários com a vida familiar, ao contrário das mulheres, que não
separam a esfera pessoal e profissional, segundo informações de Lindo (2007).

            Takashi e Graeff (2005) realizaram diversos estudos sobre a tendência do perfil
feminino em relação às estratégias adotadas: observaram que as empreendedoras preocupam-
8

se com a inovação na qualidade do produto ou serviço, criam estratégias para permanecer no
seu negócio e buscam a satisfação dos seus clientes internos e externos. As autoras relatam
que é importante ter vocação para atuar no mundo dos negócios, estabelecer possíveis
estratégias, englobar o gosto e ter facilidade para administrar determinada atividade.

            Machado (1999) demonstra que a mulher empreendedora combina características
masculinas (iniciativa, coragem, determinação), com características femininas (sensibilidade,
intuição, cooperação), que acabam por especificar um estilo próprio das empreendedoras.
Sendo esse estilo um fator que contribui para o processo de adquirir um espaço de poder e
atuar de uma maneira diferenciada. Nas organizações já se percebe que muitas mulheres já
estão assumindo cargos de destaque, por possuírem qualidades que são únicas. Uma vez que o
foco das grandes empresas está na valorização do funcionário e dos clientes, assim a mulher
consegue se sobressair em questões quanto ao relacionamento e à liderança.

2.3 Potencial criativo nas Organizações
            Percebe-se que a competitividade começou a se nivelar à capacidade das
empresas, portanto, é imprescindível passar do pensamento unicamente reativo para o
pensamento ativo, descobrindo novas e melhores formas de fazer as coisas. E, para isso, é
necessário ter criatividade.

            Observa-se também, especialmente em países desenvolvidos, uma preocupação
em expandir e aproveitar melhor o talento e o potencial presente em cada indivíduo, a par de
uma consciência crescente de que a solução para os problemas enfrentados exige muito
esforço, talento e criatividade. Consequentemente, aqueles grupos ou instituições que
souberem aproveitar o que existe de melhor em seus recursos humanos levarão uma grande
vantagem, como informa Alencar (2009).

            O pensamento criativo é uma habilidade a mais, que deve ser desenvolvida, pois,
sem dúvida, é o melhor caminho e também o mais econômico para proporcionar valor
adicional aos recursos já existentes em qualquer empresa. A criatividade dentro de uma
empresa é algo que não só pode como deve ser desenvolvida, pois as organizações bem-
sucedidas do futuro serão aquelas que já começaram a pensar de forma diferente
(MIRSHAWKA, 2003).

            Diante das informações de Mirshawka (2003), o futuro requer um pensamento
sério e criativo e as empresas vencedoras no mundo serão aquelas que derem prioridade à
criatividade.
9

           De Bono (1994) enfatiza que quando as pessoas chegam a compreender a
natureza, a lógica e a importância do pensamento criativo, passam a lhe dar a atenção que
merece. É imprescindível que as pessoas enxerguem e entendam que a criatividade tem uma
base lógica. É necessário que toda pessoa desenvolva o seu próprio sistema de informações,
permitindo-lhes inclusive viajar mentalmente em padrões assimétricos, ou então estabelecer
pontos de vista que quebrem os paradigmas existentes.

           Só aí é que se pode utilizar as ferramentas criativas, como a provocação que nos
permite desenvolver novos padrões. Essas ferramentas podem ser aprendidas por qualquer
pessoa para serem usadas nos momentos adequados.

           Uma ideia errônea sobre a criatividade é a de que seria um dom divino, privilégio
de poucos, nada se podendo fazer para desenvolvê-la ou implementá-la. O que as pesquisas
têm mostrado, entretanto, é que, através da aplicação de algumas técnicas, programas e
exercícios, é possível a qualquer indivíduo desenvolver as suas habilidades criativas,
apresentar respostas originais e alcançar soluções mais adequadas para os problemas
enfrentados (DE BONO, 1994).

           O que se observa em muitas organizações é a tendência de ignorar o potencial
para a competência, responsabilidade e produtividade, estimulando mais a dependência e a
passividade de que a iniciativa e a criatividade. Ao exercer seu potencial criador, trabalhando
e criando em qualquer campo do fazer, o homem configura a sua vida e lhe empresta um
sentido. Segundo Ostrower (1987) criar é relacionar com adequação. Este conceito aponta
para o fato de que, se para que a criatividade surja há a necessidade de que exista a
oportunidade organizacional para que os indivíduos se sirvam de seus próprios talentos e
atinjam a realização pessoal, esta criatividade, entretanto, não significa que os indivíduos
possam fazer tudo a qualquer momento e de qualquer maneira.

           Dentre os requisitos que caracterizam uma organização criativa, pode-se salientar
especialmente a presença de líderes criativos e o cultivo de um ambiente criativo. Caberia aos
líderes imprimir as condições que facilitariam a emergência das ideias criativas, promovendo
um ambiente de abertura e apoio às ideias inovadoras. Desenvolver uma cultura de apoio à
criatividade não é uma tarefa simples, requerendo, muitas vezes, um longo processo de
mudança, especialmente no caso de organizações com uma estrutura rígida e com uma longa
história de sucesso no seu percurso. Para construir um ambiente que maximize as
oportunidades para a expressão da criatividade é indispensável introduzir na empresa fortes
valores culturais que estimulem e apóiem a criatividade
10



3 METODOLOGIA

               Esta pesquisa classificou-se como bibliográfica, de natureza qualitativa, e com
estudo em algumas empresas, porquanto visa encontrar novas informações e relações para
verificação e ampliação do conhecimento disponível sobre o assunto partindo de questões e
focos de interesse amplo, envolvendo a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e
processos interativos, por contato direto da pesquisadora com a situação desejada (pela
internet), no intuito de compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da
situação em estudo (MARSHALL & ROSSMAN, 1995).

            Segundo Malhotra (2001, p. 31) “a pesquisa com dados qualitativos é a principal
metodologia utilizada nos estudos exploratórios e consiste em um método de coleta de dados
não-estruturado, baseado em amostras e cuja finalidade é promover a compreensão inicial do
conjunto do problema de pesquisa”.

            Quanto aos meios de investigação, o estudo foi desenvolvido com base em uma
pesquisa bibliográfica com consultas em material publicado em livros, revistas, jornais, dados
atuais sobre o mercado de trabalho feminino, a fim de selecionar obras e publicações que
tragam o conteúdo para obter-se uma melhor visão sobre o tema a ser desenvolvido, bem
como consultas em artigos, periódicos, textos de alunos e sites especializados que versem
sobre o tema. Contou-se também com a pesquisa-ação que segundo Vergara (2009, p. 38) “é
um tipo particular de pesquisa participante e de pesquisa aplicada que supõe intervenção
participativa na realidade social”.

            A pesquisa-ação é uma maneira de indagação autorreflexiva que envolve os
participantes em situações sociais, tendo a finalidade de beneficiar a racionalidade e a justiça
de suas próprias práticas, no seu discernimento e nas situações em que elas estejam
envolvidas. De acordo com Santos (2009, p. 195) “a pesquisa-ação obriga que o investigador
tenha estreito relacionamento com a realidade, isto é, pessoas e objetos da pesquisa”.

            A presente pesquisa foi desenvolvida nas seguintes etapas:

                1. Levantaram-se informações a respeito do processo criativo das
                    empreendedoras;

                2. Identificaram-se fatores que contribuíram para o estilo de resolver
                    problemas das empreendedoras;
11

               3. Descreveu-se o perfil da criatividade no ambiente de trabalho das
                   empreendedoras.

           Foi aplicado um pré-teste, em versão preliminar, a duas empreendedoras, que não
fizeram parte da entrevista, com o objetivo de identificar perguntas-problemas que
justifiquem modificação da redação, alteração do formato ou mesmo serem eliminadas da
versão final. Diante dos argumentos de Windelfet et al.,(2005) o pré-teste é uma fase
fundamental da pesquisa, pois possibilita ao pesquisador verificar se a tradução da escala
pode ser entendida e interpretada corretamente pelos sujeitos. Segundo pesquisadores, o pré-
teste pode, além de possibilitar ajustes e detecção de incoerências, aumentar a validade do
instrumento.

           As empreendedoras selecionadas foram de segmentos diferentes, ou seja, 04
(quatro) do segmento de moda feminina, 04 (quatro) do segmento de moda íntima e 04
(quatro) de moda praia. A escolha foi feita de forma empírica levando em consideração a
apresentação e o posicionamento dessas empresas no mercado local.

           A coleta de dados deu-se através da aplicação de um teste de perfil (quão criativo
você é?) Dornelas, (2008) e um questionário para explanar os resultados alcançados pelas
empresas do segmento de confecções da cidade de Fortaleza administradas por mulheres.

            No Quadro 01 destaca-se, de forma resumida, a estratificação das entrevistas e
seus segmentos:

                           Empresa                        Segmento
                      C; MF; MC; EBC                MODA FEMININA
                       GMI; R; VL; TF                MODA ÍNTIMA
                      CP; SM; MM; MT                     MODA PRAIA
                  Quadro 01: Perfil das empreendedoras
                  Fonte: Elaborado pela autora (2010)

           A pesquisa contou com uma amostra de 12 empreendedoras, tendo como base os
modelos abordados no referencial teórico. A técnica escolhida para amostragem não
probabilística foi a por julgamento. É uma maneira relativamente fácil, pois a seleção é feita
quando a pessoa conhece mais sobre o tema abordado (ANDERSON apud DAMASCENO,
2010).

           O teste foi aplicado para as empreendedoras com escala de importância
relacionadas para atribuição de notas de 1 a 5, onde o teste era composto por 48 questões de
12

marcar com x na nota que mais se adequava a resposta de acordo com os aspectos mais
relevantes do problema. O teste dividia-se em três tópicos: A) minha personalidade, B) meu
estilo de resolver problemas e C) meu ambiente de trabalho; cada tópico continha 16 questões.
A tabulação foi realizada da seguinte forma, de acordo com Dornelas (2008). Atribuir pontos
a cada uma das respostas seguindo as regras: todas as questões ímpares foram pontuadas de
conforme os critérios: Nunca, equivalente a 5 pontos, Raramente a 4 pontos, Às vezes a 3
pontos, Frequentemente a 2 pontos e Sempre a 1 ponto. As questões pares foram pontuadas de
forma inversa às questões ímpares, como por exemplo, Sempre equivale a 5 pontos,
Frequentemente a 4 pontos e assim sucessivamente.

            Depois de identificada a pontuação, fez-se o somatório dos pontos para cada uma
das três sessões e concluiu-se com a soma geral dos pontos das sessões para descobrir o
potencial criativo.

             Contava ainda com três questões abertas em forma de questionário. As
entrevistas foram realizadas através da internet (e-mail) e a coleta e análise dos dados
ocorreram no período de setembro e outubro de 2010.

            Foram utilizados dados primários e secundários colhidos pelo pesquisador através
de um roteiro de entrevista semiestruturado, cujo objetivo era compreender e explicar o
potencial criativo das empreendedoras.

            Assim, apresentam-se na sequência, os resultados obtidos e as análises efetuadas,
considerando os objetivos deste estudo.



4 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS



            Através de um questionário, identificou-se o potencial criativo das respondentes,
instrumento estruturado por Dornelas (2008). Este instrumento teve como objetivo a
autoavaliação do potencial criativo, sendo o questionário dividido em três temas distintos: A)
personalidade; B) estilo de resolver problemas; C) ambiente de trabalho.

            A análise dos critérios estabelecidos para identificar o potencial criativo,
constituiu-se em ponderar na escala de likert de 1 a 5 (nunca, raramente, às vezes,
frequentemente, e sempre) para cada uma das dezesseis perguntas dos três questionários. A
análise foi classificada de acordo com a pontuação, que foi dividida em três intervalos de
13

pontuação: de 16 a 37 pontos, 38 a 59 pontos e de 60 a 80 pontos, para os questionários, e
para identificar o potencial criativo, somou-se a pontuação em cada questionário e encontrou-
se a nova escala dividida em: entre 48 a 111 pontos, 112 a 176 pontos e de 177 a 240 pontos.
Sendo que para cada um quanto maior for a pontuação, mais potencial criativo a pessoa
possui.

            A respeito da personalidade das respondentes observou-se que 92% delas estão no
grupo entre 38 a 59 pontos, e 8% no grupo de 60 a 80 pontos, não havendo representantes
para o outro grupo, como se pode observar no gráfico 01.


                                   A - Personalidade
                               38 a 59 pontos    60 a 80 pontos

                                    8%

                                                   92%



              Gráfico 01 – Personalidade
              Fonte: Elaborado pela autora



            Para o entendimento de Dornelas (2008), a classificação de 38 a 59 pontos define
que a respondente tem muito potencial criativo dentro de si, mas por característica de sua
personalidade impede de se expressar. É preciso trabalhar técnicas de relaxamento e se
perguntar: “O que eu tenho a perder?”

            Assim, a categoria de 60 a 80 pontos define que a personalidade da respondente
predispõe em ser uma pessoa criativa e será um valioso recurso para os outros dentro do
processo criativo.

            Para o estilo de resolução de problemas identificou-se que no grupo de 60 a 80
pontos, são representadas por 8% das respondentes; de 38 a 59 pontos estão 92% delas (a
maioria) e no grupo de 16 a 37 pontos não houve representantes, de acordo com o gráfico 02.
14


                     B- Estilo de Resolução de Problemas
                               38 a 59 pontos         60 a 80 pontos
                                    8%

                                                        92%




              Gráfico 02 – Estilo de resolução de problemas
              Fonte: Elaborado pela autora

           No entendimento de Dornelas (2008), a classificação de 38 a 59 pontos diz que a
abordagem de resolução às vezes está sendo rígida e assim, pode resultar em decisões não-
criativas que se baseiam em soluções já testadas em problemas similares. O autor aconselha
que as empreendedoras se soltem e descubram seu potencial criativo.

           Para o grupo de 60 a 80 pontos entende-se que a respondente tem um estilo aberto
e criativo de resolver problemas, com muito a oferecer aos outros. Portanto, o autor sugere
que a respondente deveria tirar vantagem de cada oportunidade que lhe aparece para criar
espírito de questionamento e de aventura em torno de si.

           O ambiente de trabalho foi outro fator analisado a fim de identificar o potencial
criativo das mulheres, assim verificou-se que 25% estão no grupo entre 60 a 80 pontos, 67%
entre 38 a 59 pontos e 8% para o grupo de 16 a 37 pontos, como se pode observar no gráfico
03.


                              C- Ambiente de Trabalho
                    16 a 37 pontos        38 a 59 pontos      60 a 80 pontos
                                                     8%
                             25%




                                                              67%
              Gráfico 03: Ambiente de trabalho
              Fonte: Elaborado pela autora
15

            Para Dornelas (2008), entre 16 e 37 pontos seu ambiente de trabalho não encoraja
o pensamento criativo. Se os pontos das seções A (personalidade) e B (estilo de resolver
problemas) forem altos, você está certo por se sentir frustrado. O que você fará a respeito?

            Para a categoria entre 38 e 59 pontos diz-se que, às vezes, é difícil ser criativo
dentro do ambiente de trabalho. Se a respondente adquiriu uma alta pontuação para as seções
A e B, então deverá usar seu potencial para mudar o ambiente. Caso contrário, devera
adaptar-se facilmente.

            No grupo de pontuação entre 60 a 80 pontos acredita-se que a respondente
trabalha dentro de um ambiente ideal para uma pessoa criativa. Entretanto, se a pontuação nas
seções A (personalidade) e B (estilo de resolver problemas) forem baixas, a pessoa deverá
trabalhar para desenvolver seu potencial, pois ninguém vai impedi-la de contribuir com novas
ideias.

            Para finalizar, analisou-se o potencial criativo das respondentes de acordo com o
somatório dos três questionários anteriores: A) personalidade; B) estilo de resolver
problemas; C) ambiente de trabalho.

            Assim, foram novamente definidos grupos de pontuação, no qual atribui um
significado. Portanto, a representação gráfica é de 100% para o grupo de 112 a 176 pontos,
que é o grupo intermediário, não havendo representantes para os grupos de 48 a 111 pontos e
177 e 240 pontos, como mostra o gráfico 04.




                                   Potencial Criativo
                                          112 a 176 pontos


                                                    100%




              Gráfico 04: Potencial criativo
              Fonte: Elaborado pela autora

            Concluindo, o grupo de 112 a 176 pontos é definido como: possuidora de bom
potencial criativo, mas está escondido atrás de si próprio, devido ao seu ambiente
organizacional. Assim, somente você pode mudar esta situação.
16

           Diante dos dados alcançados na pesquisa, foram obtidas as respostas a todos os
objetivos específicos, encerrando-se assim a análise dos dados.



5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

           Esta pesquisa originou-se da problemática em relação ao desenvolvimento do
potencial criativo das empreendedoras no ramo de confecção da cidade de Fortaleza. E, neste
encaminhamento de ideias, dentro da amostra analisada, verificou-se que as entrevistadas são
criativas, empreendedoras e têm boa visão de futuro, com muitas inovações a longo prazo, são
empreendedoras, dinamizam suas tarefas e ultrapassam obstáculos para alcançar o êxito,
passando a ser uma questão de honra e orgulho, vencer cada empecilho que aparece no
caminho.

           Por fim, as mulheres empreendedoras conseguem encontrar alternativas face às
dificuldades, sabem controlar seu próprio destino, acreditam em sua visão, que são a essência
da inovação no mundo e que se tornaram obsoletas as antigas maneiras de fazer negócio.
Incutindo dinamismo às tarefas, desenvolvendo diferentes níveis de conhecimento, antecipam
os fatos, acrescentam ideias inovadoras, buscam oportunidades, geram empregos e colaboram
para o crescimento do mercado de trabalho.

           Comprovou-se que as mulheres entrevistadas possuem muito otimismo,
capacidade empreendedora e gostam do que fazem; aperfeiçoando e dando acabamento ao
mundo dos negócios com responsabilidade, gerenciando e ampliando a oferta de empregos,
favorecendo o crescimento econômico.

           Quanto ao primeiro objetivo específico, levantar informações a respeito do
processo criativo das empreendedoras, diante dos resultados obtidos da amostra foi
identificado que as empreendedoras têm muito potencial criativo dentro de si, precisando
trabalhar técnicas de relaxamento. Possuem sensibilidade em relação às grandes mudanças de
comportamento social e econômica e, procuram estar sempre criando para continuarem tendo
sucesso em seus negócios.

           O segundo objetivo específico seria de identificar fatores que contribuem para o
estilo de resolver problemas das empreendedoras, e de acordo com o resultado da amostra, as
entrevistadas, às vezes, diante de resolução de problemas são rígidas, tomando decisões não-
17

criativas. Não foi constatada, diante da competitividade de mercado, preocupação das
entrevistadas, mas interesse em evoluir para dar seguimento ao seu negócio.

            O terceiro objetivo específico seria descrever o perfil da criatividade no ambiente
de trabalho das empreendedoras e diante do resultado obtido na pesquisa, informa que
algumas vezes é difícil a criatividade no ambiente de trabalho, mas nada que atrapalhe o
potencial criativo. A comunicação clara e específica é o principal ingrediente para um bom
ambiente de trabalho. A equipe deve estar bem esclarecida sobre os objetivos a serem
alcançados a fim de criar um ambiente harmônico e saudável, longe dos stress e
desentendimentos.

            Apesar das limitações em relação à disponibilidade das mulheres empreendedoras
para a aplicação da entrevista, houve tempo necessário para que fosse realizada a pesquisa a
contento.

            Diante dos resultados da pesquisa, acredita-se que as informações obtidas,
viabilizam um direcionamento para as futuras empreendedoras, e sugere-se para futuras
pesquisas a possibilidade de estudos quantitativos com amostras significativas a fim de
verificar probabilisticamente quais as principais ações tomadas, tanto por homens quanto por
mulheres, para lidar com o conflito trabalho-família. A interface trabalho-família sempre se
fará presente na vida de todos, homens ou mulheres. Lidar com a incompatibilidade entre o
trabalho e a família pode ser algo extenuante para alguns e apenas uma tarefa a mais para
outros. Encontrar uma boa estratégia de ações para o assunto é o desafio.



REFERÊNCIAS



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liberação da criatividade em sala de aula. 11 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

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EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO DE CONFECÇÕES, NA CIDADE DE FORTALEZA

  • 1. FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FA7 CURSO GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO DE CONFECÇÕES, NA CIDADE DE FORTALEZA. MARIA MARIETA SOUSA FORTALEZA - 2010
  • 2. MARIA MARIETA SOUSA EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO DE CONFECÇÕES, NA CIDADE DE FORTALEZA. Artigo apresentado à Faculdade 7 de Setembro, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Ms. Maiso Dias FORTALEZA - 2010
  • 3. EMPREENDEDORISMO FEMININO: UMA ANÁLISE DO POTENCIAL CRIATIVO DAS MULHERES NO SEGMENTO DE CONFECÇÕES, NA CIDADE DE FORTALEZA. Maria Marieta Sousa RESUMO Diante da edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2009), dos 18,8 milhões à frente de empreendimentos no país, 53% são mulheres e 47% homens. Destaca-se que é pela primeira vez que o empreendedorismo feminino supera o de homens na mesma situação. E, diante de tal fato, resolveu-se verificar o empreendedorismo feminino em Fortaleza, em relação às condições competitivas do mercado. Pretendeu-se com esta pesquisa, responder o objetivo geral, analisar o potencial criativo das mulheres empreendedoras do ramo de confecção da cidade de Fortaleza. A pesquisa realizada foi qualitativa; aplicou-se uma entrevista e um teste de perfil a doze empresárias de confecção de Fortaleza, e concluiu- se que a presença da mulher frente a empresas e empreendimentos comerciais tem sido constante dentro da indústria de confecção no Ceará. A mulher que lutou para conseguir oportunidade e igualdade perante os homens, hoje acumula arduamente os papéis de mãe, esposa, conciliadora da família, estudante, profissional dentre outros. As empreendedoras dinamizam suas tarefas e ultrapassam obstáculos para alcançar o êxito. Palavras-chave: Empreendedorismo. Mulher empreendedora. Potencial criativo. ABSTRACT Before editing search Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2009), 18.8 million ahead of developments in the country, 53% and 47% are women and men. Highlights if that is the first time that entrepreneurship female surpasses that of men in the same situation. And, before such fact solved verify the female entrepreneurship in Fortaleza, on competitive market conditions. Was intended with this research, answer the general objective, analyze the creative potential of women entrepreneurs of branch of confection of Fortaleza. The survey was qualitative and applied an interview and a test profile twelve entrepreneurs making Fortress, and concluded that the presence of women front companies and business ventures has been a constant within the manufacturing industry in Ceará. The woman who struggled to get an opportunity and equality before men today accumulates hard clip-the mother, wife, conciliatory family, student, professional among others. The entrepreneurs streamline your tasks and surpass obstacles to achieving success. Keywords: Entrepreneurship. Woman entrepreneur. Creative potential.
  • 4. 1. INTRODUÇÃO Entendia-se que os indivíduos que usavam os recursos disponíveis de forma diferenciada eram os agentes de transformação e que obrigavam os demais agentes a se reorganizarem e se adaptarem às novas mudanças. O agente transformador, que promovia inovações, segundo Schumpeter (1982) era chamado de empreendedor. O empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica pessoal (HISRICH, 2004). A mulher é um fenômeno como força do mercado de trabalho neste século XXI, pois disputa postos de trabalho quase em igualdade com os homens, sendo visível na sociedade a participação dela nos setores econômicos, principalmente, à frente do próprio negócio. Ao analisar a produção científica a respeito do empreendedorismo feminino, é evidente o estágio em que se encontram as pesquisas e sua contribuição para o aumento do conhecimento e da disseminação dos resultados sobre o assunto, excluindo de sua análise nuances importantes relativas a aspectos culturais de certas regiões e povos ou de grupos minoritários, como é o caso das mulheres na seara empresarial (GOMES; SANTANA; ARAÚJO, 2009). O tema empreendedorismo feminino vem sendo cada vez mais discutido no Brasil e os primeiros conceitos tiveram embasamento nas teorias do desenvolvimento econômico, que definiam como decorrente de mudanças realizadas de forma ativa por agentes que participavam da estrutura, deixando assim de ser interpretado como um evento econômico e passando a ocorrer na esfera social. Nos últimos anos, “as mulheres vêm para o mundo dos negócios sem os paradigmas dos homens e, portanto, com melhores chances de criar novos empreendimentos, novos produtos e serviços, novos métodos de trabalho, novas abordagens comerciais” (TRANJAN, 2002, p. 20). Ou seja, para o espanto de muitos homens que acreditavam que empreender é um negócio masculino, as mulheres estão indo muito bem. E, ainda informa que muitas empreendedoras tiveram que buscar alternativas para manter-se no mercado
  • 5. 4 competitivo, criar negócios em curto espaço de tempo, ter habilidade para direcionar ações e gerar resultados práticos. Sabe-se que o processo de empreender abrange todas as funções, atividades e ações relacionadas com a introdução de novos produtos, serviços, recursos materiais e novas formas de organização. As gestoras precisam ter postura inovadora frente a uma situação de turbulência, assumindo riscos calculados, possuindo estratégias de criatividade para inovar dentro das organizações. A criatividade ocorre no contexto social e depende de processos de pensamento que têm suas raízes mais profundas na cultura. Tanto as normas, como as tradições, os valores, os tabus, os sistemas de incentivo e punições afetam sua expressão. Incentivar a criatividade envolve, não apenas estimular o indivíduo, mas também afetar o seu ambiente social e as pessoas que nele vivem. Se aqueles que circundam o indivíduo, não valorizam a criatividade, não oferecem o ambiente de apoio necessário, não aceitam o trabalho criativo quando este é apresentado, então é possível que os esforços criativos do indivíduo encontrem obstáculos sérios, instransponíveis às vezes, e até tolhedores da criação (ALENCAR, 1998). O que mostra a edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, o GEM 2009, dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência no país, 53% são mulheres e 47%, homens. Uma das novidades do estudo é que, pela primeira vez, a proporção de mulheres empreendendo por oportunidade supera a de homens na mesma condição. O estudo constatou que dos empreendedores por oportunidade 53,4% são mulheres e 46,6%, homens. Em 2009, além do Brasil, outros dois países registraram taxas mais elevadas de empreendedorismo feminino que as dos homens: Tonga, com 61%, e Guatemala, com 54%. (GEM, 2009). Na contribuição para o desenvolvimento econômico, a mulher tem ocupado espaço e vem superando de maneira desenfreada os mais diversos segmentos, inclusive com maior preocupação com o vestuário e a aparência, aquecendo assim, o mercado da moda feminina, fazendo com que o setor da moda se torne um fascinante setor de investimento. Conforme informações do SINDCONFECÇÕES – Sindicato das Confecções do Estado do Ceará, o segmento de confecções representa 60% do mercado do Estado, mostrando assim, a grande representatividade do segmento no mercado, e o segmento de confecções vem superando resultados ano após ano.
  • 6. 5 Muitas empreendedoras têm obtido sucesso ao longo do tempo no segmento de confecções utilizando a criatividade, métodos e técnicas de gestão e de estratégias, importantes e essenciais pelas empreendedoras de sucesso. Entretanto, o problema desta pesquisa é: como é desenvolvido o potencial criativo das empreendedoras no ramo de confecção da cidade de Fortaleza? Tendo como objetivo geral: analisar o potencial criativo das mulheres empreendedoras do ramo de confecção da cidade de Fortaleza e os objetivos específicos: a) levantar informações a respeito do processo criativo das empreendedoras; b) identificar fatores que contribuem para o estilo de resolver problemas das empreendedoras; c) descrever o perfil da criatividade no ambiente de trabalho das empreendedoras. A seguir, será apresentada a revisão literária sobre Empreendedorismo, Empreendedorismo Feminino e Potencial criativo nas organizações como fundamentação teórica aos objetivos propostos deste estudo, a Metodologia da Pesquisa, os Resultados da Pesquisa, e por fim, as Considerações Finais. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Empreendedorismo Para Dornelas (2008) o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. A perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. É importante ter atitude, diferencial e ultrapassar obstáculos para alcançar o êxito. Para o termo “empreendedor” existem muitas definições, mas uma das mais antigas e que, talvez, melhor reflita o espírito empreendedor seja a de Joseph Schumpeter (1982), quando explica que o empreendedor é aquele que nivela a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais. Kirzner (1973) tem uma abordagem diferente. Para este autor, o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulências, isto é, identifica oportunidades na ordem presente.
  • 7. 6 Ambos, porém, são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento às informações, pois sabe que chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. Para Fillion (1991) um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. Ele explora as oportunidades, identifica algo prático e transforma em negócio, busca melhorar a vida das pessoas. De acordo com Schumpeter (1982), o empreendedor é mais conhecido como aquele que cria novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou seja, é possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas. Então, o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor, como explica Dornelas (2008): a) tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; b) utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive; c) aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar. 2.2 Empreendedorismo Feminino Percebe-se a crescente participação feminina na população economicamente ativa (PEA), e na atividade econômica, não só no Brasil, mas em diversos países do mundo. De acordo com as estatísticas, 65% das mulheres que trabalham no Brasil estão na economia informal e representam 42% de um total de 14 milhões de empreendedores brasileiros, colocando o Brasil em 4º lugar entre os países com maior número de empreendedoras no mundo (GEM, 2009). Verifica-se, no entanto, que há uma correlação entre empreendedorismo e crescimento econômico, que é manifestado pelos novos e melhores serviços e produtos oferecidos, que geram novos postos de trabalho e riqueza para a economia. É evidenciada esta correlação em países que possuem um grande número de atividades empreendedoras que consequentemente são países desenvolvidos, geradores de riqueza. No Brasil, um dos principais motivos que atraem as mulheres para o mundo empreendedor é a necessidade de melhorar a renda familiar. Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pesquisa Mensal de Emprego das seis
  • 8. 7 principais regiões metropolitanas brasileira, março, 2008), as mulheres possuem remuneração 30% menor do que os homens. Ratificando, assim, que a opção da mulher pelo empreendedorismo tem sido uma saída, para melhores resultados financeiros (ANDREOLI; BORGES, 2010). Machado et al (2003) informa que estudos têm demonstrado que as mulheres abrem empresas por diferentes motivos: desejo de realização e independência, percepção de oportunidade de mercado, dificuldades em ascender na carreira profissional em outras empresas, necessidade de sobrevivência e como maneira de conciliar trabalho e família. A participação feminina modificou o mundo dos negócios e as expectativas da sociedade em relação à qualidade do trabalho. Desde os anos 1970, observa-se a transformação do perfil da mulher dona de casa para empreendedora. Questões relativas ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal das empreendedoras brasileiras foram encontradas na pesquisa de Quental e Wetzel (2002), que constataram que ter seu próprio negócio foi percebido pelas mulheres como uma opção de carreira que conduzia a um maior equilíbrio entre os papeis do trabalho e da família; o empreendedorismo poderia oferecer certas características de trabalho, como autonomia de horário flexível que, na percepção feminina, deveriam conduzir a esse equilíbrio. As conclusões da pesquisa apontaram um aumento significativo de conflitos trabalho-família justamente devido à liberdade e flexibilidade encontradas pelas empreendedoras que, por terem um horário flexível de trabalho, misturaram as atividades domésticas com profissionais. Mas, nem por isso, as mulheres se disseram insatisfeitas com seus trabalhos. Lindo (2007) explica que o conflito entre trabalho e família ocorreu na metade do século XX, quando inúmeras mães e esposas ingressaram no mercado de trabalho. O autor afirma que as mulheres sabem equilibrar o domínio profissional e o familiar, enquanto os homens tendem a priorizar sua carreira. As mulheres empreendedoras conseguem administrar o seu cotidiano, preservam sua qualidade de vida e também conseguem ser responsáveis com seus afazeres domésticos. Os homens que tendem a dar prioridade ao lado profissional não possuem a facilidade de conciliar seus horários com a vida familiar, ao contrário das mulheres, que não separam a esfera pessoal e profissional, segundo informações de Lindo (2007). Takashi e Graeff (2005) realizaram diversos estudos sobre a tendência do perfil feminino em relação às estratégias adotadas: observaram que as empreendedoras preocupam-
  • 9. 8 se com a inovação na qualidade do produto ou serviço, criam estratégias para permanecer no seu negócio e buscam a satisfação dos seus clientes internos e externos. As autoras relatam que é importante ter vocação para atuar no mundo dos negócios, estabelecer possíveis estratégias, englobar o gosto e ter facilidade para administrar determinada atividade. Machado (1999) demonstra que a mulher empreendedora combina características masculinas (iniciativa, coragem, determinação), com características femininas (sensibilidade, intuição, cooperação), que acabam por especificar um estilo próprio das empreendedoras. Sendo esse estilo um fator que contribui para o processo de adquirir um espaço de poder e atuar de uma maneira diferenciada. Nas organizações já se percebe que muitas mulheres já estão assumindo cargos de destaque, por possuírem qualidades que são únicas. Uma vez que o foco das grandes empresas está na valorização do funcionário e dos clientes, assim a mulher consegue se sobressair em questões quanto ao relacionamento e à liderança. 2.3 Potencial criativo nas Organizações Percebe-se que a competitividade começou a se nivelar à capacidade das empresas, portanto, é imprescindível passar do pensamento unicamente reativo para o pensamento ativo, descobrindo novas e melhores formas de fazer as coisas. E, para isso, é necessário ter criatividade. Observa-se também, especialmente em países desenvolvidos, uma preocupação em expandir e aproveitar melhor o talento e o potencial presente em cada indivíduo, a par de uma consciência crescente de que a solução para os problemas enfrentados exige muito esforço, talento e criatividade. Consequentemente, aqueles grupos ou instituições que souberem aproveitar o que existe de melhor em seus recursos humanos levarão uma grande vantagem, como informa Alencar (2009). O pensamento criativo é uma habilidade a mais, que deve ser desenvolvida, pois, sem dúvida, é o melhor caminho e também o mais econômico para proporcionar valor adicional aos recursos já existentes em qualquer empresa. A criatividade dentro de uma empresa é algo que não só pode como deve ser desenvolvida, pois as organizações bem- sucedidas do futuro serão aquelas que já começaram a pensar de forma diferente (MIRSHAWKA, 2003). Diante das informações de Mirshawka (2003), o futuro requer um pensamento sério e criativo e as empresas vencedoras no mundo serão aquelas que derem prioridade à criatividade.
  • 10. 9 De Bono (1994) enfatiza que quando as pessoas chegam a compreender a natureza, a lógica e a importância do pensamento criativo, passam a lhe dar a atenção que merece. É imprescindível que as pessoas enxerguem e entendam que a criatividade tem uma base lógica. É necessário que toda pessoa desenvolva o seu próprio sistema de informações, permitindo-lhes inclusive viajar mentalmente em padrões assimétricos, ou então estabelecer pontos de vista que quebrem os paradigmas existentes. Só aí é que se pode utilizar as ferramentas criativas, como a provocação que nos permite desenvolver novos padrões. Essas ferramentas podem ser aprendidas por qualquer pessoa para serem usadas nos momentos adequados. Uma ideia errônea sobre a criatividade é a de que seria um dom divino, privilégio de poucos, nada se podendo fazer para desenvolvê-la ou implementá-la. O que as pesquisas têm mostrado, entretanto, é que, através da aplicação de algumas técnicas, programas e exercícios, é possível a qualquer indivíduo desenvolver as suas habilidades criativas, apresentar respostas originais e alcançar soluções mais adequadas para os problemas enfrentados (DE BONO, 1994). O que se observa em muitas organizações é a tendência de ignorar o potencial para a competência, responsabilidade e produtividade, estimulando mais a dependência e a passividade de que a iniciativa e a criatividade. Ao exercer seu potencial criador, trabalhando e criando em qualquer campo do fazer, o homem configura a sua vida e lhe empresta um sentido. Segundo Ostrower (1987) criar é relacionar com adequação. Este conceito aponta para o fato de que, se para que a criatividade surja há a necessidade de que exista a oportunidade organizacional para que os indivíduos se sirvam de seus próprios talentos e atinjam a realização pessoal, esta criatividade, entretanto, não significa que os indivíduos possam fazer tudo a qualquer momento e de qualquer maneira. Dentre os requisitos que caracterizam uma organização criativa, pode-se salientar especialmente a presença de líderes criativos e o cultivo de um ambiente criativo. Caberia aos líderes imprimir as condições que facilitariam a emergência das ideias criativas, promovendo um ambiente de abertura e apoio às ideias inovadoras. Desenvolver uma cultura de apoio à criatividade não é uma tarefa simples, requerendo, muitas vezes, um longo processo de mudança, especialmente no caso de organizações com uma estrutura rígida e com uma longa história de sucesso no seu percurso. Para construir um ambiente que maximize as oportunidades para a expressão da criatividade é indispensável introduzir na empresa fortes valores culturais que estimulem e apóiem a criatividade
  • 11. 10 3 METODOLOGIA Esta pesquisa classificou-se como bibliográfica, de natureza qualitativa, e com estudo em algumas empresas, porquanto visa encontrar novas informações e relações para verificação e ampliação do conhecimento disponível sobre o assunto partindo de questões e focos de interesse amplo, envolvendo a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos, por contato direto da pesquisadora com a situação desejada (pela internet), no intuito de compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação em estudo (MARSHALL & ROSSMAN, 1995). Segundo Malhotra (2001, p. 31) “a pesquisa com dados qualitativos é a principal metodologia utilizada nos estudos exploratórios e consiste em um método de coleta de dados não-estruturado, baseado em amostras e cuja finalidade é promover a compreensão inicial do conjunto do problema de pesquisa”. Quanto aos meios de investigação, o estudo foi desenvolvido com base em uma pesquisa bibliográfica com consultas em material publicado em livros, revistas, jornais, dados atuais sobre o mercado de trabalho feminino, a fim de selecionar obras e publicações que tragam o conteúdo para obter-se uma melhor visão sobre o tema a ser desenvolvido, bem como consultas em artigos, periódicos, textos de alunos e sites especializados que versem sobre o tema. Contou-se também com a pesquisa-ação que segundo Vergara (2009, p. 38) “é um tipo particular de pesquisa participante e de pesquisa aplicada que supõe intervenção participativa na realidade social”. A pesquisa-ação é uma maneira de indagação autorreflexiva que envolve os participantes em situações sociais, tendo a finalidade de beneficiar a racionalidade e a justiça de suas próprias práticas, no seu discernimento e nas situações em que elas estejam envolvidas. De acordo com Santos (2009, p. 195) “a pesquisa-ação obriga que o investigador tenha estreito relacionamento com a realidade, isto é, pessoas e objetos da pesquisa”. A presente pesquisa foi desenvolvida nas seguintes etapas: 1. Levantaram-se informações a respeito do processo criativo das empreendedoras; 2. Identificaram-se fatores que contribuíram para o estilo de resolver problemas das empreendedoras;
  • 12. 11 3. Descreveu-se o perfil da criatividade no ambiente de trabalho das empreendedoras. Foi aplicado um pré-teste, em versão preliminar, a duas empreendedoras, que não fizeram parte da entrevista, com o objetivo de identificar perguntas-problemas que justifiquem modificação da redação, alteração do formato ou mesmo serem eliminadas da versão final. Diante dos argumentos de Windelfet et al.,(2005) o pré-teste é uma fase fundamental da pesquisa, pois possibilita ao pesquisador verificar se a tradução da escala pode ser entendida e interpretada corretamente pelos sujeitos. Segundo pesquisadores, o pré- teste pode, além de possibilitar ajustes e detecção de incoerências, aumentar a validade do instrumento. As empreendedoras selecionadas foram de segmentos diferentes, ou seja, 04 (quatro) do segmento de moda feminina, 04 (quatro) do segmento de moda íntima e 04 (quatro) de moda praia. A escolha foi feita de forma empírica levando em consideração a apresentação e o posicionamento dessas empresas no mercado local. A coleta de dados deu-se através da aplicação de um teste de perfil (quão criativo você é?) Dornelas, (2008) e um questionário para explanar os resultados alcançados pelas empresas do segmento de confecções da cidade de Fortaleza administradas por mulheres. No Quadro 01 destaca-se, de forma resumida, a estratificação das entrevistas e seus segmentos: Empresa Segmento C; MF; MC; EBC MODA FEMININA GMI; R; VL; TF MODA ÍNTIMA CP; SM; MM; MT MODA PRAIA Quadro 01: Perfil das empreendedoras Fonte: Elaborado pela autora (2010) A pesquisa contou com uma amostra de 12 empreendedoras, tendo como base os modelos abordados no referencial teórico. A técnica escolhida para amostragem não probabilística foi a por julgamento. É uma maneira relativamente fácil, pois a seleção é feita quando a pessoa conhece mais sobre o tema abordado (ANDERSON apud DAMASCENO, 2010). O teste foi aplicado para as empreendedoras com escala de importância relacionadas para atribuição de notas de 1 a 5, onde o teste era composto por 48 questões de
  • 13. 12 marcar com x na nota que mais se adequava a resposta de acordo com os aspectos mais relevantes do problema. O teste dividia-se em três tópicos: A) minha personalidade, B) meu estilo de resolver problemas e C) meu ambiente de trabalho; cada tópico continha 16 questões. A tabulação foi realizada da seguinte forma, de acordo com Dornelas (2008). Atribuir pontos a cada uma das respostas seguindo as regras: todas as questões ímpares foram pontuadas de conforme os critérios: Nunca, equivalente a 5 pontos, Raramente a 4 pontos, Às vezes a 3 pontos, Frequentemente a 2 pontos e Sempre a 1 ponto. As questões pares foram pontuadas de forma inversa às questões ímpares, como por exemplo, Sempre equivale a 5 pontos, Frequentemente a 4 pontos e assim sucessivamente. Depois de identificada a pontuação, fez-se o somatório dos pontos para cada uma das três sessões e concluiu-se com a soma geral dos pontos das sessões para descobrir o potencial criativo. Contava ainda com três questões abertas em forma de questionário. As entrevistas foram realizadas através da internet (e-mail) e a coleta e análise dos dados ocorreram no período de setembro e outubro de 2010. Foram utilizados dados primários e secundários colhidos pelo pesquisador através de um roteiro de entrevista semiestruturado, cujo objetivo era compreender e explicar o potencial criativo das empreendedoras. Assim, apresentam-se na sequência, os resultados obtidos e as análises efetuadas, considerando os objetivos deste estudo. 4 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS Através de um questionário, identificou-se o potencial criativo das respondentes, instrumento estruturado por Dornelas (2008). Este instrumento teve como objetivo a autoavaliação do potencial criativo, sendo o questionário dividido em três temas distintos: A) personalidade; B) estilo de resolver problemas; C) ambiente de trabalho. A análise dos critérios estabelecidos para identificar o potencial criativo, constituiu-se em ponderar na escala de likert de 1 a 5 (nunca, raramente, às vezes, frequentemente, e sempre) para cada uma das dezesseis perguntas dos três questionários. A análise foi classificada de acordo com a pontuação, que foi dividida em três intervalos de
  • 14. 13 pontuação: de 16 a 37 pontos, 38 a 59 pontos e de 60 a 80 pontos, para os questionários, e para identificar o potencial criativo, somou-se a pontuação em cada questionário e encontrou- se a nova escala dividida em: entre 48 a 111 pontos, 112 a 176 pontos e de 177 a 240 pontos. Sendo que para cada um quanto maior for a pontuação, mais potencial criativo a pessoa possui. A respeito da personalidade das respondentes observou-se que 92% delas estão no grupo entre 38 a 59 pontos, e 8% no grupo de 60 a 80 pontos, não havendo representantes para o outro grupo, como se pode observar no gráfico 01. A - Personalidade 38 a 59 pontos 60 a 80 pontos 8% 92% Gráfico 01 – Personalidade Fonte: Elaborado pela autora Para o entendimento de Dornelas (2008), a classificação de 38 a 59 pontos define que a respondente tem muito potencial criativo dentro de si, mas por característica de sua personalidade impede de se expressar. É preciso trabalhar técnicas de relaxamento e se perguntar: “O que eu tenho a perder?” Assim, a categoria de 60 a 80 pontos define que a personalidade da respondente predispõe em ser uma pessoa criativa e será um valioso recurso para os outros dentro do processo criativo. Para o estilo de resolução de problemas identificou-se que no grupo de 60 a 80 pontos, são representadas por 8% das respondentes; de 38 a 59 pontos estão 92% delas (a maioria) e no grupo de 16 a 37 pontos não houve representantes, de acordo com o gráfico 02.
  • 15. 14 B- Estilo de Resolução de Problemas 38 a 59 pontos 60 a 80 pontos 8% 92% Gráfico 02 – Estilo de resolução de problemas Fonte: Elaborado pela autora No entendimento de Dornelas (2008), a classificação de 38 a 59 pontos diz que a abordagem de resolução às vezes está sendo rígida e assim, pode resultar em decisões não- criativas que se baseiam em soluções já testadas em problemas similares. O autor aconselha que as empreendedoras se soltem e descubram seu potencial criativo. Para o grupo de 60 a 80 pontos entende-se que a respondente tem um estilo aberto e criativo de resolver problemas, com muito a oferecer aos outros. Portanto, o autor sugere que a respondente deveria tirar vantagem de cada oportunidade que lhe aparece para criar espírito de questionamento e de aventura em torno de si. O ambiente de trabalho foi outro fator analisado a fim de identificar o potencial criativo das mulheres, assim verificou-se que 25% estão no grupo entre 60 a 80 pontos, 67% entre 38 a 59 pontos e 8% para o grupo de 16 a 37 pontos, como se pode observar no gráfico 03. C- Ambiente de Trabalho 16 a 37 pontos 38 a 59 pontos 60 a 80 pontos 8% 25% 67% Gráfico 03: Ambiente de trabalho Fonte: Elaborado pela autora
  • 16. 15 Para Dornelas (2008), entre 16 e 37 pontos seu ambiente de trabalho não encoraja o pensamento criativo. Se os pontos das seções A (personalidade) e B (estilo de resolver problemas) forem altos, você está certo por se sentir frustrado. O que você fará a respeito? Para a categoria entre 38 e 59 pontos diz-se que, às vezes, é difícil ser criativo dentro do ambiente de trabalho. Se a respondente adquiriu uma alta pontuação para as seções A e B, então deverá usar seu potencial para mudar o ambiente. Caso contrário, devera adaptar-se facilmente. No grupo de pontuação entre 60 a 80 pontos acredita-se que a respondente trabalha dentro de um ambiente ideal para uma pessoa criativa. Entretanto, se a pontuação nas seções A (personalidade) e B (estilo de resolver problemas) forem baixas, a pessoa deverá trabalhar para desenvolver seu potencial, pois ninguém vai impedi-la de contribuir com novas ideias. Para finalizar, analisou-se o potencial criativo das respondentes de acordo com o somatório dos três questionários anteriores: A) personalidade; B) estilo de resolver problemas; C) ambiente de trabalho. Assim, foram novamente definidos grupos de pontuação, no qual atribui um significado. Portanto, a representação gráfica é de 100% para o grupo de 112 a 176 pontos, que é o grupo intermediário, não havendo representantes para os grupos de 48 a 111 pontos e 177 e 240 pontos, como mostra o gráfico 04. Potencial Criativo 112 a 176 pontos 100% Gráfico 04: Potencial criativo Fonte: Elaborado pela autora Concluindo, o grupo de 112 a 176 pontos é definido como: possuidora de bom potencial criativo, mas está escondido atrás de si próprio, devido ao seu ambiente organizacional. Assim, somente você pode mudar esta situação.
  • 17. 16 Diante dos dados alcançados na pesquisa, foram obtidas as respostas a todos os objetivos específicos, encerrando-se assim a análise dos dados. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa originou-se da problemática em relação ao desenvolvimento do potencial criativo das empreendedoras no ramo de confecção da cidade de Fortaleza. E, neste encaminhamento de ideias, dentro da amostra analisada, verificou-se que as entrevistadas são criativas, empreendedoras e têm boa visão de futuro, com muitas inovações a longo prazo, são empreendedoras, dinamizam suas tarefas e ultrapassam obstáculos para alcançar o êxito, passando a ser uma questão de honra e orgulho, vencer cada empecilho que aparece no caminho. Por fim, as mulheres empreendedoras conseguem encontrar alternativas face às dificuldades, sabem controlar seu próprio destino, acreditam em sua visão, que são a essência da inovação no mundo e que se tornaram obsoletas as antigas maneiras de fazer negócio. Incutindo dinamismo às tarefas, desenvolvendo diferentes níveis de conhecimento, antecipam os fatos, acrescentam ideias inovadoras, buscam oportunidades, geram empregos e colaboram para o crescimento do mercado de trabalho. Comprovou-se que as mulheres entrevistadas possuem muito otimismo, capacidade empreendedora e gostam do que fazem; aperfeiçoando e dando acabamento ao mundo dos negócios com responsabilidade, gerenciando e ampliando a oferta de empregos, favorecendo o crescimento econômico. Quanto ao primeiro objetivo específico, levantar informações a respeito do processo criativo das empreendedoras, diante dos resultados obtidos da amostra foi identificado que as empreendedoras têm muito potencial criativo dentro de si, precisando trabalhar técnicas de relaxamento. Possuem sensibilidade em relação às grandes mudanças de comportamento social e econômica e, procuram estar sempre criando para continuarem tendo sucesso em seus negócios. O segundo objetivo específico seria de identificar fatores que contribuem para o estilo de resolver problemas das empreendedoras, e de acordo com o resultado da amostra, as entrevistadas, às vezes, diante de resolução de problemas são rígidas, tomando decisões não-
  • 18. 17 criativas. Não foi constatada, diante da competitividade de mercado, preocupação das entrevistadas, mas interesse em evoluir para dar seguimento ao seu negócio. O terceiro objetivo específico seria descrever o perfil da criatividade no ambiente de trabalho das empreendedoras e diante do resultado obtido na pesquisa, informa que algumas vezes é difícil a criatividade no ambiente de trabalho, mas nada que atrapalhe o potencial criativo. A comunicação clara e específica é o principal ingrediente para um bom ambiente de trabalho. A equipe deve estar bem esclarecida sobre os objetivos a serem alcançados a fim de criar um ambiente harmônico e saudável, longe dos stress e desentendimentos. Apesar das limitações em relação à disponibilidade das mulheres empreendedoras para a aplicação da entrevista, houve tempo necessário para que fosse realizada a pesquisa a contento. Diante dos resultados da pesquisa, acredita-se que as informações obtidas, viabilizam um direcionamento para as futuras empreendedoras, e sugere-se para futuras pesquisas a possibilidade de estudos quantitativos com amostras significativas a fim de verificar probabilisticamente quais as principais ações tomadas, tanto por homens quanto por mulheres, para lidar com o conflito trabalho-família. A interface trabalho-família sempre se fará presente na vida de todos, homens ou mulheres. Lidar com a incompatibilidade entre o trabalho e a família pode ser algo extenuante para alguns e apenas uma tarefa a mais para outros. Encontrar uma boa estratégia de ações para o assunto é o desafio. REFERÊNCIAS ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. Como desenvolver o potencial criador: um guia para liberação da criatividade em sala de aula. 11 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. Promovendo um ambiente favorável à criatividade nas organizações. Revista de Administração da Empresa - RAE. São Paulo: FGV. v. 38, n. 2. p. 19 abr./jun. 1998. ANDERSON, David R.; SWEENEY, Denis J.; WILLIAMS, Thomas A. Estatística Aplicada à Administração e Economia. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
  • 19. 18 ANDREOLI, T.; BORGES, W. Empreendedorismo Feminino: uma análise do perfil empreendedor e das dificuldades enfrentadas por mulheres detentoras de um pequeno negócio. Disponível em: <http://www.administradores.com.br>. Acesso em: 12 ago. 2010. DAMASCENO, Luiza Débora Jucá. Empreendedorismo Feminino: um estudo das mulheres empreendedoras com modelo proposto por Dornelas. Revista Fa7, 2010 (no prelo). DE BONO, E. The use of lateral thinking. Londres: Penguin, 1994. DORNELAS. José Carlos. Empreendedorismo - Transformando Ideias em Negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008. DORNELAS. José Carlos. Empreendedorismo Corporativo – Como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. 2.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. FILION, L. J. O Planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: identifique uma visão e avalie o seu sistema de relações. RAE – Revista de Administração de Empresas, São Paulo, jul./set. 1991. p. 63-71. GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR - GEM. Empreendedorismo no Brasil – 2008. Curitiba: IBQP, 2009. GOMES, Almiralva Ferraz; SANTANA, Weslei Gusmão Piau; ARAUJO, Uajara Pessoa. Empreendedorismo Feminino: O Estado da Arte. In: ENANPAD, 33, São Paulo: ANPAD, 2009. p. 1-16, 2009. HISRICH, R. Empreendedorismo. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. HORNSBY, J. S.; KURATKO, D. F. Human Resource Management in Small Business: Critical Issues for the 1990. Journal os Small Business Management, v. 28, n. 3, p. 9-18. jul. 1990. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa mensal de emprego 2002: em quatro anos, melhora a qualidade do emprego no país – Comunicação Social 2002. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2010. KIRZNER, Israel.. Competition and Entrepreneurship, Chicago and London: The University of Chicago Press, 1973. LINDO, Maíra, et al. Vida Pessoal e Vida Profissional: Os desafios de Equilíbrio para Mulheres Empreendedoras do Rio de Janeiro. 2007. Disponível em: <http//www.anpad.org.br > Acesso em 20 fev, 2010. MACHADO, H. P. V. et al. O Proceso de Criação de Empresas por Mulheres. Revista de Administração de Empresas da Universidade de São Paulo, RAE Eletrônica. São Paulo, v. 2, n. 2, p. 06-20, Jul/Dez, 2003.
  • 20. 19 MACHADO, H. P. V. Tendências do comportamento gerencial da mulher empreendedora. In: ENANPAD. Anais… Foz do Iguaçu, 1999. MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. MARSHALL, Catherine; ROSSMAN, Gretchen B. Designing qualitative research. 2.ed. - Sage: Thousand Oaks, 1994. MIRSHAWKA JUNIOR, Victor. Qualidade da criatividade. São Paulo: DVS Editora, 2003. OSRTOWER, Faiga. Criatividade e processos de criação. 6 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1987. QUENTAL, C.; WETZEL, U. Eqquilíbrio Trabalho-Família e Empreendedorismo: a Experiência das Mulheres Brasilerias. XXVI EnANPAD. Salvador, Anais…, 2002. SANTOS, Izequias Estevam dos. Manual de Métodos e Técnicas de Pesquisa Científica. 6. ed. rev., atual. e ampl. Niterói, RJ: Impetus, 2009. SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. SHELTON, L. M. Female Entrepreneurs, Work-Family Conflict and Venture Performance: New Insights into Work-Family Interface. Journal of Small Business Management. v. 44(2), p. 285-297, Abr, 2006. TAKAHASHI, Adriana; GRAEFF, Júlia. Empreendedorismo, Gestão Feminina e Planejamento Estratégico em MPES, 2005. Uma Análise Preliminar do Perfil no Setor Educacional de Curitiba - PR. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br>. Acesso em 18 fev. 2010. TRANJAN, R. A. Elas Chegaram! Empreendedor, ano 8, n.88, p.20-21, fev. 2002. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009. WIDENFEL, B. M. et al. Translation and Cross-Cultural Adaptation of Assessment Instruments Used in Psychological Research With Children and Families. Clinical Child and Family Psychology Review, v.8, p.135 - 147, 2005.