O documento discute três tópicos principais:
1) A importância do perdão e da misericórdia nos relacionamentos humanos. Jesus ensina que é necessário perdoar sem limites.
2) A questão da justiça divina versus a justiça humana. Embora os crimes devam ser punidos pela lei, ninguém está isento de cometer erros, e todos merecem perdão.
3) A necessidade de autoaperdão e de não se comprazerem nos próprios erros, mas sim buscar a renovação interior através
3. 4 5RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
banalidade e emprego das horas em
pequenezes habituais do comportamento.
Mais de uma vez Ele falara sobre a
emoção do amor e a bênção do perdão,
sendo porém enfático em todas elas.
O perdão é sempre melhor para
aquele que o concede.
Para que não ficasse esquecido entre
as preocupações que assaltavam os
amigos, na sua labuta diária, Ele voltava
ao tema com novas composições.
Já lhes dissera que se fazia
indispensável perdoar setenta vezes
sete vezes, o que significava perdoar
incessante, ininterruptamente...
Naquela oportunidade ímpar,
complementou o ensinamento, referindo-
se à conduta pessoal de cada criatura:
Portanto, se estiveres apresentando
a tua oferta no altar, e aí te lembrares de
que teu irmão tem alguma coisa contra
ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e
vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e
depois vem apresentar a tua oferta...
... Concilia-te depressa com o teu
adversário, enquanto estás no caminho
com ele, para que não aconteça que o
adversário te entregue ao guarda e sejas
lançado na prisão.
Em verdade, vos digo que de maneira
nenhuma saireis dali enquanto não
pagardes o último ceitil. (*)
Tratava-se da aplicação da
misericórdia nos relacionamentos, de
modo a manter-se a consciência de paz.
Nesse sentido, a compaixão em
relação aos erros alheios assumia papel
de preponderância, mas os amigos
aturdidos compreendiam que lhes era
muito difícil a mudança de conduta,
habituados ao desforço em relação
àqueles que os prejudicavam.
Assim pensando, após a exposição do
Senhor, Tiago perguntou-Lhe, recordando-
se da severidade da Lei Antiga:
Como é possível, Mestre, permitir-
se que o agressor fique impune, após a
prática do seu ato perverso?
O Iluminado olhou-o com imensa
ternura, por saber que ele era cumpridor
dos deveres, severo em relação a si
mesmo, portanto, exigente no que diz
respeito ao comportamento dos outros e
compreendeu-lhe a inquietação.
Após um breve silêncio, ante o
zimbório celeste, recamado de estrelas
que lucilavam ao longe, respondeu
benigno:
As águas do rio limpam as margens
e o leito por onde correm, transformando
e decompondo o lixo e a imundície em
rico adubo mais adiante, levados pela
correnteza.
Assim também o amor de misericórdia
transforma a agressão em bênção para a
vítima, auxiliando o inimigo a purificar-se,
ao largo do percurso evolutivo.
Quando se perdoa, isto não implica
anuência com o erro, com o crime,
com o descalabro do outro. Não se
trata de desconhecer a atitude infeliz,
mas objetiva não retaliar o outro,
não aguardar oportunidade para nele
desforçar-se.
Não devolver o mal que se sofre é o
início do ato de perdoar. Compreender,
porém, que o outro, o agressor, é infeliz,
que ele se compraz em malsinar porque é
atormentado, constitui a melhor reflexão
para o perdão radical, o perdão sem
reservas.
Ninguém tem o direito de oferecer
ao Pai suas orações e dádivas de
devotamento, se tem fechado o coração
para o seu próximo, aquele que, na sua
desdita, derrama fel sobre os outros e
cobre a senda que percorrerá no futuro
com os espinhos da própria insanidade.
Ter adversário é fenômeno normal
na trajetória de todas as criaturas, no
entanto, deve-se evitar ser-lhe também
inamistoso, igualando-se em fraqueza
moral e desdita interior. Quem assim se
comporta também sofrerá julgamento
da autoridade, a quem seja apresentada
queixa, e essa poderá exigir-lhe o
ressarcimento do mal até o último e
mínimo ultraje.
É o que ocorre com qualquer ofensor
ou ofendido magoado. É obrigado a
refazer o caminho sob a jurisdição divina,
até quitar-se de todas as mazelas e
débitos morais.
O interrogante, no entanto, insistiu:
Como então fica a justiça diante
daquele que lhe desrespeita os códigos
austeros?
O Amigo compassivo compreendeu a
inquietação do companheiro e elucidou:
A questão da justiça não pertence
ao ofendido, mas aos legisladores
que aplicarão a penalidade corretora
que se enquadre nos códigos legais. E
quando isso não ocorre, a sabedoria
divina impõe-se ao calceta, que carrega
A
s sublimes lições não paravam
de iluminar as consciências
dos discípulos interessados no
conhecimento da Verdade.
Cada momento em companhia
do Mestre amado revestia-se de um
aprendizado inolvidável.
Jamais houvera alguém que pudesse,
como Ele o fazia, cantar a beleza da
sabedoria com a linguagem singela de um
lírio alvinitente em pleno chavascal.
As Suas palavras eram como pérolas
reluzentes que formavam colares
luminosos na consciência dos ouvintes.
Ele nunca se repetia. Com as mesmas
palavras entretecia variações incomuns
em torno dos temas do cotidiano,
oferecendo soluções simples, às vezes,
profundas, com a mesma naturalidade
com que se referia ao Pai, o Seu Abba.
Ressoavam nos refolhos das almas
o canto incomparável doSermão da
Montanha, que se lhes tornara o novo
norte para o avanço no rumo da augusta
plenitude.
Cada bem-aventurança era portadora
de um novo conteúdo, como sendo a
diretriz soberana do amor em relação ao
futuro da Humanidade.
Ninguém ficava à margem, nenhum
sentimento era esquecido e a fonte de
inexaurível sabedoria continuava a fluir a
água lustral dos ensinamentos imortais.
Ele parecia ter pressa de preparar os
amigos, embora não fosse apressado.
Eram tantas as necessidades
humanas que não era possível
desperdiçar o tempo em cogitações da
4. 6 7RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
na consciência o delito, fazendo-o
ressarcir os danos com a sua cooperação
ou sofrendo os efeitos do mal que
praticou, imputando-se sofrimentos
reparadores. Ninguém consegue fugir
à consciência indefinidamente, porque
sempre há um despertar para a realidade
transcendental.
Mas, Mestre, nesse caso, todos
os crimes de qualquer porte devem
ser perdoados e esquecidos? - Instou,
inquieto,
Serenamente, Jesus retorquiu:
Não há crime imperdoável. Há,
sim, mágoas exageradas. Quem não
tem condutas reprocháveis ao longo
da existência, por mais austero seja
em relação a si mesmo, observando os
Códigos da justiça e da religião? Quantas
vezes, em momentos de infelicidade e de
ira, pessoas boas e generosas, devotadas
ao Pai e ao dever, rebelam-se e agem
incorretamente? Será justo desconhecer-
lhes toda uma trajetória de dignidade por
um momento de alucinação, de torpor
mental pela ira asselvajada que lhe
tomou a consciência?
É necessário, portanto, perdoar-se
todas as formas de agressão, entregando-
as ao amor do Pai Incomparável, a tomar
nas mãos a lei e a justiça, aplicando-
as conforme o desconforto de que se é
objeto.
Assim fazendo, torna-se digno de
também ser perdoado.
Esse é o sublime comportamento do
amor, em forma de benignidade para
com o próximo, o irmão da retaguarda
evolutiva.
Depois do silêncio que se abateu
natural, no círculo de amigos, Ele adiu
gentilmente:
Convém recordar-se, igualmente, que
todos necessitam do perdão para as suas
ações infelizes, desse modo, devendo
perdoar-se, purificar a mente, permitir-
se o direito de errar, compreendendo a
sua humanidade e fraqueza, mas não
permanecendo no deslize moral nem se
comprazendo em ficar na situação a que
foi arrojado.
O autoperdão é conquista do amor
que se renova e compreende que se
está em processo de renovação e de
autoiluminação.
Assim, portanto, rogando-se ao Pai
perdão pelos próprios delitos, amplia-se
o pensamento e alcança-se o agressor
digno de ser perdoado também.
A noite prosseguia rica de suaves
perfumes e incrustada dos diamantes
estelares, registrou a lição imorredoura do
perdão a todas as ofensas.
Amélia Rodrigues
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, no lar de
Armandine e Dominique Chéron, na manhã de 5 de junho
de 2014, em Vitry-sur-Seine, França.
(*) Mateus: 5:23 a 26. - Nota da autora espiritual.
Federação Espírita do
Estado da Bahia - 101 anos
Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) comemorou seus 101 anos de sua
fundação, no último domingo de 2016 - 25 de dezembro. O conferencista espírita
Divaldo Franco mais uma vez realizou memorável palestra, desta vez estendendo
as homenagens ao sesquicentenário de José Petitinga e aos 140 anos de Manoel
Philomeno de Miranda.
No dia 10 de fevereiro
de 2017, Divaldo Franco
estará em Barreiras, BA, para
participar da Caminha pela
Paz, organizada pelos vários
setores sociais da cidade.
E no dia 11, proferirá
palestra, que se dará no
Espaço Fortiório.
Eventos promovidos pela
União Espírita de Barreiras.
Barreiras, BA
Caminhada pela Paz
5. 8 9RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
A Federação Espírita do Estado de Goiás promoverá o 33º Congresso Espírita
daquele Estado, nos dias 25 a 28 de fevereiro de 2017, no Centro de Convenções
de Goiània. Divaldo Franco estará presente, juntamente com outros conferencistas
convidados.
A Fundação José Petitinga realiza o
Seminário Psicologia e Espiritualidade,
no dia 04 de fevereiro de 2017, às 9h, no
Fiesta Convention Center. Divaldo Franco,
Roberto Crema e Kaká Werá são os
facilitadores da atividade.
O evento com carga horária de sete
horas, tem o apoio da Federação Espírita
do Estado da Bahia (FEEB) e do Instituto
Holon.
Maiores informações pelos seguintes
contatos:
FEEB: (71) 3351-3220;
Centro Espírita Deus, Luz e Verdade:
(71) 3389-2959
COBEM: (71) 3356-0256
Instituto Holon: (71) 3351-7156 e pelo
e-mail: saudecomplenitude@gmail.com
No dia 18 de fevereiro de 2017, em São José de Mipibu, RN, acontecerá o 3º
Movimento Você e a Paz, às 17h30, na Pça. Desembargador Celso Sales, com a
presença de Divaldo Franco.
Das 7h30 às 13h, do dia 19 de fevereiro de 2017, em Natal, RN, no Centro de
Convenções de Natal (Ponta Negra), workshop com Divaldo Franco, com o tema:
Perturbações Espirituais.
Com o tema: Seja Feliz Hoje, Divaldo Franco irá à Fortaleza, CE, no
dia 17 de fevereiro de 2017, para coordenar Seinário, que acontecerá no
salãode eventos do Hotel Praia Centro, com início às 19h, sob promoção
da Federação Espírita do Estado do Ceará.
Rio Grande do Norte
Psicologia e espiritualidade
SãoJosé de Mipibu Natal
Seja feliz hoje
6. 10 11RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
Sem desconsiderarmos os casos de patologias que agem sobre os centros da motricidade de certos indivíduos, fazendo-
os ancilosados, mencionamos um gênero de perturbação obsessiva, que vem, sem dúvida, dominando companheiros
desavisados ou desassisados que, gradualmente, se aprofundam em miasmas infelizes, sem que disso se apercebam.
Referimo-nos ao que poderíamos chamar de obsessão anestesiante.
É válida a consideração pelos anestésicos, quando eles representam conquistas abençoadas do progresso do mundo,
objetivando o impedimento das dores torturantes. Entretanto, identificamos outros tipos de substâncias, trabalhadas por
psiquismos cruéis e infelicitadores que, quando assimiladas pela alma, têm o poder de detê-las na caminhada para a frente.
Variados têm sido os que se deixam conduzir pelas influências narcóticas de muitas mentes atreladas ao mal ou ao
marasmo, do Mundo Invisível, naturalmente desleixados com relação à vigilância íntima, realizando seus afazeres, quando os
realizam, como quem se desincumbe de um fardo pesado e difícil, mas não como quem participa do alevantamento espiritual
da Humanidade.
Encontram-se elementos que se acostumaram a deixar tudo para que seja feito amanhã, quando o dia de hoje pede
disposição e não adiamento.
Ninguém pode, em sanidade de consciência, afirmar que estará no corpo somático no dia seguinte. Temos aí, então, maior
razão para que não retardemos os labores que têm regime de urgência em nossa pauta de tarefas.
Diversos irmãos da Terra, portadores de enorme quota
de má vontade ou deixando as próprias mentes mergulhadas
na displicência, são envolvidos nos vapores letárgicos,
paralisantes, que impedem a continuidade dinâmica da obra
sob seus cuidados.
Há sempre uma providência que se pode procrastinar.
Surgem problemas a solucionar na esfera de renovação
do Espírito, sempre postergados, sem que os companheiros se
deem conta de que poderão estar sendo minados por fluidos
anestesiantes da vontade.
Uma vez que não puderam impedir que muitas criaturas
aceitassem e desejassem servir na Seara do Cristo, Entidades
do Além, inimigas do progresso e da luz, que não se dão por
vencidas com a primeira perda, fazem com que esses mesmos
indivíduos não se movimentem no bem, que tem caráter de
premência e que depende tão somente da boa vontade dos
lidadores. Estão no movimento do bem, mas não atuam com o
bem, o que é sempre lastimável.
Não fazemos apologia das neuroses da pressa. Não
estamos aconselhando desequilíbrios e irreflexão, seriamente
comprometedores. Estamos, isto sim, conclamando aos que
costumam meditar nas questões da alma, para que não se
permitam o amolentamento, a preguiça, a pachorra, em pleno
labor de Jesus, quando da Terra inteira se erguem gritos de
imensa necessidade de equilíbrio e de paz.
* * *
É importante cuidar do corpo, repousar, quando os
influência
PARALIZANTEA subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o
faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.
(O Livro dos Médiuns, 2.a parte, cap. XXIII, item 240, § 1.o)
7. 12 13RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
Notícias sobre Raul Teixeira
Raul prossegue com seu regime de tratamento intenso, de fonoaudiologia, de exercícios físicos, de fisioterapia, além das consultas e exames
médicos de rotina.
Tem participado, periodicamente, de alguns eventos do Movimento Espírita como convidado, momentos em que se dedica a dar os tradicionais
autógrafos das suas obras, quando recebe o carinho do público que, invariavelmente, se emociona ao perceber seu esforço em receber a todos.
Nem sempre pode atender aos inúmeros convites que surgem de toda parte, oriundos dos amigos que lhe desejam homenagear, já que sua rotina
de tratamento exige dosar as viagens.
Assim, segue Raul sua vida, com dedicação e intrepidez, frequentando a Sociedade Espírita Fraternidade - SEF, e participando da instituição
com seus aconselhamentos e orientações, resultantes da sua larga experiência. - (Foto feita durante a confraternização de trabalhadores da SEF -
16/12/2016).
Marcos Alves
(Diretor da SEF)
trabalhos imponham desgastes. É da Lei
Divina.
Se o problema é de enfermidade física
ou estafa orgânica ou mental, é justo se
providencie o devido tratamento.
O que não nos cabe fomentar ou
aplaudir é a postura dos que estão
sempre esgotados, por pouco ou nada
que façam, exigindo largos períodos de
estacionamento, e, quando se decidem
por algo fazer, demoram sem rendimento
positivo, complicam a atividade geral,
francamente embriagados por energias
anestesiantes que, ameaçadoramente,
têm tomado em seu bojo a muitos
seareiros irrefletidos, preparando-
lhes grandes tormentos de remorsos e
angústias para logo mais, quando a hora
propícia e ideal para o trabalho do bem já
houver passado.
Quando sintas que, não obstante o
repouso, não tens ânimo para as leituras
e quefazeres edificantes, ou quando a
sonolência tornar-se presença comum em
suas horas de estudo ou de necessária
atenção aos chamados do Infinito, ergue
a tua oração e roga dos Benfeitores
Celestes o socorro, a assistência de que
careças, a fim de te desviares desses
dardos morbíficos que se destinam
a retardar a ação do bem na Terra,
produzindo narcose nos combatentes
invigilantes, exatamente porque esse bem,
em última análise, é a atuação de Jesus
Cristo reafirmando o Seu amor a todos
nós, ovelhas desgarradas do Seu rebanho,
da esperança e da ação.
Camilo
(Correnteza de luz. Camilo, Cap. 24. Raul
Teixeira)
8. 14 15RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
Tem piedade dos ingratos. Eles
asfixiaram os sentimentos nobres nos
vapores da soberba.
A gratidão é o sentimento digno que
deve viger no homem que recebe
benefícios da vida.
Todos a devemos a alguém ou a muitas
pessoas que nos socorreram nos
momentos graves da existência.
A ajuda na hora certa é responsável
por tudo de bom que te venha
a acontecer, impelindo-te ao
reconhecimento perene.
Sê grato em todas as situações.
Joanna de Ângelis
(Vida feliz. Joanna de Ângelis. Cap. XXXIII. Divaldo
Franco)
Perceba que a lamentação por cansaço não muda
os quadros da sua vida.
Observe que quando você assume o mote do
desgaste, costuma-se fazer repetitivo, impondo aos
que o homenageiam com atenção algumas atitudes
diante das suas lamúrias: ou concordam com você,
para não desgostá-lo, ou silenciam, pensando no
tempo que você joga fora, reclamando sem qualquer
providência, ou se mostram indiferentes, porque nada
podem fazer por você, ou se irritam e verbalizam o
aborrecimento ou se afastam para não mais ouvir,
porque ao reclamar em demasia você se torna
inoportuno, excessivo, aborrecido.
Se o seu cansaço o preocupa, de fato, tome o
caminho mais conveniente. Caso não possa fazê-
lo por qualquer motivo, silencie, trabalhe e ore,
buscando apoio e refazimento nas Fontes benfazejas
do Reino do Espírito.
Procure Jesus e entregue a Ele o seu cansaço e o
seu descanso trabalhando sempre, já que você sabe
que toda e qualquer ocupação, que se faça útil, isso
é trabalho.
Aprenda com os Avançados Espíritos que
repousam, modificando as atividades, renovando
desse modo as alegrias da alma.
O seu cansaço excessivo pode denotar a
somatização dos seus aborrecimentos, frustrações,
desgostos, incapacidades e limitações. Pode ser
caminho para fugir de si mesmo, sem sucesso.
Por isso é que encontramos os perenes cansados
que, tendo tempo e chance para o lazer e o
relaxamento, costumam regressar sempre mais
cansados, invariavelmente, requerendo períodos cada
vez maiores para isso.
Cuide-se, trate-se, mas renove-se também, ilumine
os campos internos da alma por meio de atividades
que o enriqueçam espiritualmente, que o plenifiquem
verdadeiramente.
Evite reclamações sobre o seu estado de
esgotamento e procure as suas verdadeiras razões
para tratá-lo e viver feliz, tanto quanto a Terra pode
permitir.
Joanes
(Para uso diário. Joanes, cap. 3. Raul Teixeira)
E
ducar, em qualquer tempo, representará o legado de
orientação a fim de que os seres se transformem, burilando as
conquistas já efetuadas, ao mesmo tempo em que impulsiona às
conquistas ainda por fazer.
No lar, na forja doméstica dos caracteres, pais e mães ou
tutores, podem e devem estabelecer programas educacionais,
tranqüilos e sábios, para que homenageiem a vida terrena com a
dedicação vivenciada diante dos educandos.
Qual o educador que, em casa, nos diálogos singelos e
francos ou nos momentos de trocas de afetos com seus rebentos,
pequenos ou jovens, não lhes poderá falar da impropriedade de
se arrancar plantas das searas alheias, como flores de jardins
públicos? No primeiro caso, pelo respeito ao patrimônio privado,
no outro, pelo respeito ao que é de todos.
Não será difícil ao orientador doméstico, quando se aplica
em conhecer o comportamento dos filhos ou outros agregados
que estejam sob suas mãos, dizer-lhes o quanto é indelicado
e rude rabiscar e danificar os bancos dos veículos coletivos ou
as placas de orientação das estradas, ou ainda, pichar muros e
paredes dos prédios dos outros. No primeiro caso, pelo respeito
ao que é público, isso é, pertencente a todos, e, no outro caso,
pelo respeito devido ao trabalho alheio.
Não custa orientar para o respeito a tudo e a todos, no
empenho educacional para a formação do homem de bem,
vivendo no mundo.
Não será impossível para os pais que têm a compreensão
de que preparam seus filhos para a vida em sociedade, logo,
para a nobre atuação no seio da comunidade mais ampla, o
imperativo de mostrar aos educandos que não se atiram papéis
ou detritos vários nos domínios públicos, como ruas, praças,
calçadas, ensinando-lhes a buscar os depósitos de lixo, ainda
que se afirme que o local já está sujo. Nosso esforço educativo
estará reforçando a valorização da limpeza, da higiene. Se algum
lugar estiver sujo e nos colocarmos a aumentar a imundície, isso
indicará que o que prezamos é a sujeira.
A atuação do educador doméstico é de primordial
importância para a formação sociomoral do ser. Abdicar dessa
oportunidade será jogar por terra valioso ensejo de melhorar o
nível da nossa sociedade, a começar do nosso lar.
Pais e professores, ou qualquer pessoa amadurecida,
esclarecida, que preze o bem e o bom, mesmo sem diplomas e
titulações, é tempo de incrementar-se o processo renovador da
sua comunidade social, sem o que a vida humana, onde vocês
estiverem, sofrerá perdas muitas vezes lastimáveis, por descuido
de sua parte.
Iniciando-se no âmago do lar, deve a educação, na sua
informal atuação, construir os padrões de sanidade que todos
esperamos, e que exige apenas que tenhamos a coragem para dar
o primeiro passo.
Thereza de Brito
(Vereda familiar. Thereza de Brito, cap. 19. Raul Teixeira)
A
família é, antes de tudo, um laboratório de experiências
reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam,
programando a paz futura.
Nem é o grupo da bênção, nem o élan da desdita.
Antes é a escola de aprendizagem e redenção futura.
Irmãos que se amam, ou se detestam, pais que se
digladiam no proscênio doméstico, genitores que destacam
uns filhos em detrimento dos outros, ou filhos que agridem
ou amparam pais, são Espíritos em processo de evolução,
retornando ao palco da vida física para a encenação da
peça em que fracassaram, no passado.
A vida é incessante, e a família carnal são experiências
transitórias em programação que objetiva a família
universal.
Abençoa, desse modo, com a paciência e o perdão, o
filho ingrato e calceta.
Compreende com ternura o genitor atormentado que
te não corresponde às aspirações.
Desculpa o esposo irresponsável ou a companheira
leviana, perseverando ao seu lado, mesmo que o ser a
quem te vinculas queira ir-se adiante.
Não o retenhas com amarras de ódio ou de
ressentimento. Irá além, sim, no entanto, prossegue tu, fiel,
no posto, e amando...
Não te creias responsável direto na provação que te
abate ante o filho limitado, física ou mentalmente.
Tu e ele sois comprometidos perante os códigos
Divinos pelo pretérito espiritual.
O teu corpo lhe ofereceu os elementos com que se
apresenta, porém, foi ele, o ser espiritual, quem modelou
a roupagem na qual comparece para o compromisso
libertador.
Ante o filhinho deficiente não te inculpes. Ama-o
mais e completa-lhe as limitações com os teus recursos,
preenchendo os vazios que ele experimenta.
Suas carências são abençoados mecanismos de
crescimento eterno.
Faze por ele, hoje, o que descuidaste antes.
A vida em família é oportunidade sublime que não
deve ser descuidada ou malbaratada.
Com muita propriedade e irretorquível sabedoria,
afirmou Jesus, ao doutor da Lei: “Ninguém entrará no reino
dos céus, se não nascer de novo...
E a Doutrina Espírita estabelece com segurança:
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre — é a
lei. Fora da caridade não há salvação.”
Joanna de Ângelis
(S.O.S. Família. Espíritos diversos, cap.: 2. Divaldo Franco)
9. 16 RESENHA ESPÍRITA online RESENHA ESPÍRITA online
VISITE OS SITES:
Editora Fráter: http://editorafrater.com.br
Livraria LEAL: http://mansaodocaminho.com.br/livraria-leal/
JUSTIÇA E AMOR
“No rolar do tempo, nos cenários variados do planeta, não são
poucos os que, todos os dias, são colhidos nas malhas da lei da
causalidade, que determina que cada indivíduo dê conta das suas
construções, recebendo da vida de conformidade com ela.” (pelo
espírito Camilo)
Em homenagem ao livro de Allan Kardec O Céu e o Inferno, o
autor trata da Justiça Divina em suas mais variadas expressões,
levando-nos a meditar acerca dos porquês que nos mantêm
atados às inevitáveis lutas do mundo.
LIBERTAÇÃO DO SOFRIMENTO
A mãe Terra é um planeta de provas e de expiações em transição para mundo
de regeneração, por isso o sofrimento ainda predomina em sua programação
evolutiva.
Destarte, com conceitos, esclarecimentos e orientações incisivas, a mentora
discorre sobre o sofrimento, suas causas e consequências, suas implicações
reencarnatórias e sobre a infalível terapia que se lhe pode aplicar, com base
nos incomparáveis postulados do Evangelho e do Espiritismo.
Nestas páginas, estão reunidos 30 temas de maior interesse que, lidos com
esmero e atenção, possibilitarão ao leitor que almeja o crescimento moral e
espiritual ampliar seus conhecimentos e talvez entender os mecanismos do
sofrimento, bem como os recursos de que se dispõe para evitá-lo ou, pelo
menos, atenuá-lo.
Treina a coragem em qualquer situação, cresce sob o peso
da tua cruz de rosas e perfuma a estrada que percorres até
alcançares a culminância na vitória sobre a própria fraqueza.
Joanna de Ângelis
(Tesouros libertadores. Joanna de Ângelis, Cap. 17. Divaldo Franco)
É por meio do renascimento que Deus, sem violência, porém,
atido aos princípios de Justiça e Misericórdia perfeitas, eleva o
ser humano das agruras da carne passageira aos altos cimos da
Espiritualidade Luminosa.
Francisco de Paula Vitor
(Nossas riquezas maiores. Diversos. Cap. 20. Raul Teixeira)