SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
DIFERENTES FORMAS DA ÁGUA, MEDIDAS DO POTENCIAL DA ÁGUA DO SOLO E ENERGIA DE GIBBS. Tatiane Santiago  Aluna especial de Pós-graduação em Ciências  Ambientais.  Belém, 30 de Agosto 2011
POTENCIAL HÍDRICO DO SOLO - representa a diferença da energia do sistema entre o estado da água no solo e um estado padrão. - define o estado de energia no ponto considerado.  - a tendência espontânea da água no solo é assumir estados de menor potencial.  - conhecendo os potenciais da água em diferentes pontos do solo, pode-se determinar sua tendência de movimento (REICHARDT & TIMM, 2004).
O  potencial total da água no solo  é uma medida de seu estado de energia, que pode ser expresso como a soma de vários componentes: ϕ t=  ϕ matricial +  ϕ osmótico +  ϕ pressão +  ϕ gravitacional POTENCIAL MÁTRICO ( ϕ m) Diz respeito às interações entre a matriz do solo e a solução no solo, incluindo forças associadas com a adsorção e a capilaridade, responsáveis pela retenção da solução no solo (LIBARDI, 2004).
MEDIDAS DO POTENCIAL DE ÁGUA DO SOLO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Tensiômetro O tensiômetro mede a  tensão  de água ou  potencial matricial  do solo, que pode ser convertido para umidade do solo. Sendo utilizado para determinar a umidade atual e o  armazenamento de água no solo .
Para construir um tensiômetro de mercúrio são necessários: - uma mangueira espaguete (aproximadamente um diâmetro interno de 1,25 mm e externo de 3,0 mm) - uma rolha - um tubo de PVC (diâmetro interno de 30 mm) - uma cápsula porosa de cerâmica - uma cubeta com mercúrio  - uma estaca de madeira - cola Araldite.
 
É importante que o solo esteja o mais úmido possível, quando da sua instalação, a fim de que haja bom contato necessário entre a cápsula porosa e o solo. Após instalar o tensiômetro no solo, deve-se preencher todo o tubo de PVC com água destilada e retirar todo o ar do sistema pela extremidade aberta fluxando com o auxílio de uma piceta.  O tensiômetro deve ser instalado na área e na profundidade de abrangência do sistema radicular da cultura (na linha de plantio ou próximo ao caule da planta).
O princípio de funcionamento baseia-se na altura da coluna de mercúrio medida no espaguete.  Se o solo está seco o tubo perde água para o solo através da cápsula porosa, fazendo com que a coluna de mercúrio se eleve.  Se o solo estiver muito úmido, entra água no tubo pela cápsula, promovendo a redução da altura da coluna de mercúrio.
O potencial mátrico é determinado pela seguinte equação: ϕ m= -12,6H + h 1  + h 2 H = leitura da coluna de mercúrio, em mmHg, que é  transformado em altura de água pelo fator 13,6 - 1 =  12,6, que é a  ρ  Hg e da água, respectivamente; ϕ m = tensão da água no solo, em cm de água; h 1 = altura do nível de mercúrio na cuba, em relação à superfície do solo, em cm; h 2 = profundidade de instalação do tensiômetro, em cm.
A medida do potencial mátrico por tensiômetro é, em geral, limitada para valores menores que 1 atm, num intervalo de 0 a 0,85 atm (85 kPa), porém no campo cobre o principal intervalo de umidade do solo de importância em práticas agrícolas (REICHARDT & TIMM, 2004; LIBARDI, 2004). CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS KLAUS, R.; TIMM, L.C. A água em equilíbrio. In: KLAUS, R.; TIMM, L.C.  Solo, planta e atmosfera: conceitos, processos e aplicações.  Barueri, SP: Manole, 2004. cap.6, p. 87-132. LIBARDI, P.L. Medida dos potenciais da água no solo. In: LIBARDI, P.L.  Dinâmica da água no solo.  Piracicaba, SP: O Autor, 2004. cap.6, p. 121-145. LIBARDI, P.L. Métodos de medida da condutividade hidráulica dos solos. In: LIBARDI, P.L.  Dinâmica da água no solo.  Piracicaba, SP: O Autor, 2004. cap.9, p. 225-253.
OBRIGADA!
Balanço hídrico O balanço hídrico nada mais é do que a contabilização das entradas e saídas de água no sistema solo-planta.  A equação do balanço hídrico pode ser escrita como: APLICAÇÃO DO TENSIÔMETRO NO PROJETO DE PESQUISA
Drenagem interna (D) / ascensão capilar (AC) Calculada por  (ou  AC ),   sendo q z  a densidade de fluxo de água no solo (mm dia -1 ) que pode ser positiva, resultando na ascensão capilar (AC) e negativa, resultando na drenagem interna (D). Este componente na profundidade e tempo considerados será estimado pela equação de Darcy-Buchingham, isto é: q = densidade de fluxo da água no solo (mm s -1 ); K (  m ) = condutividade hidráulica K (mm s -1 ) obtida em função do potencial mátrico   m (kPa) pelo método do perfil  instantâneo * (LIBARDI, 2004);  t   = diferença de potencial total (m) obtida a partir da diferença de leitura dos tensiômetros instalados às profundidades 0,70 e 0,90 m;  Z = 0,20 m é o comprimento da camada do solo (m), entre as profundidades 0,90 e 0,70 m.
 
Variação de armazenagem (  h z ) O componente  variação de armazenagem  será determinado a partir de perfis de conteúdo de água em tempos especificados, obtidos por meio das leituras dos  tensiômetros  nas diversas profundidades e respectivas curvas de  retenção.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

1 fluxo unidimensional - 05-08-2013
1   fluxo unidimensional - 05-08-20131   fluxo unidimensional - 05-08-2013
1 fluxo unidimensional - 05-08-2013raphaelcava
 
12 agua no-solo
12  agua no-solo12  agua no-solo
12 agua no-solofatimaeng
 
Hidrologiqa permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa   permeabiliade e infiltraçãoHidrologiqa   permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa permeabiliade e infiltraçãomarciotecsoma
 
Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)
Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)
Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)Hidrologia UFC
 
Exerçicio
ExerçicioExerçicio
ExerçicioUFPR
 
Trabalho prático ley de Darcy
Trabalho prático ley de Darcy Trabalho prático ley de Darcy
Trabalho prático ley de Darcy Alceu Josias
 
1 permeabilidade-exercícios mv
1   permeabilidade-exercícios mv1   permeabilidade-exercícios mv
1 permeabilidade-exercícios mvraphaelcava
 
Agua nos solos
Agua nos solosAgua nos solos
Agua nos soloskarolpoa
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: Infiltração
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: InfiltraçãoApostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: Infiltração
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: InfiltraçãoDanilo Max
 
Aula 8 permeabilidade_dos_solos.
Aula 8 permeabilidade_dos_solos.Aula 8 permeabilidade_dos_solos.
Aula 8 permeabilidade_dos_solos.RamonQuimico
 

Mais procurados (20)

1 fluxo unidimensional - 05-08-2013
1   fluxo unidimensional - 05-08-20131   fluxo unidimensional - 05-08-2013
1 fluxo unidimensional - 05-08-2013
 
Definição..
Definição..Definição..
Definição..
 
12 agua no-solo
12  agua no-solo12  agua no-solo
12 agua no-solo
 
Hidrologiqa permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa   permeabiliade e infiltraçãoHidrologiqa   permeabiliade e infiltração
Hidrologiqa permeabiliade e infiltração
 
Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)
Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)
Evaporação e Evapotranspiração (Parte 1)
 
Bacia Hidrográfica
Bacia HidrográficaBacia Hidrográfica
Bacia Hidrográfica
 
Exerçicio
ExerçicioExerçicio
Exerçicio
 
Trabalho prático ley de Darcy
Trabalho prático ley de Darcy Trabalho prático ley de Darcy
Trabalho prático ley de Darcy
 
1 permeabilidade-exercícios mv
1   permeabilidade-exercícios mv1   permeabilidade-exercícios mv
1 permeabilidade-exercícios mv
 
Lei da darcy
Lei da darcyLei da darcy
Lei da darcy
 
Hidrologia 7
Hidrologia 7Hidrologia 7
Hidrologia 7
 
Agua nos solos
Agua nos solosAgua nos solos
Agua nos solos
 
Hidrologia 5
Hidrologia 5Hidrologia 5
Hidrologia 5
 
Hidrologia 3
Hidrologia 3Hidrologia 3
Hidrologia 3
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: Infiltração
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: InfiltraçãoApostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: Infiltração
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 6: Infiltração
 
Pluviometria
PluviometriaPluviometria
Pluviometria
 
Aula 8 permeabilidade_dos_solos.
Aula 8 permeabilidade_dos_solos.Aula 8 permeabilidade_dos_solos.
Aula 8 permeabilidade_dos_solos.
 
Ciclo hidrológico
Ciclo hidrológicoCiclo hidrológico
Ciclo hidrológico
 
Hidrologia 2
Hidrologia 2Hidrologia 2
Hidrologia 2
 
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solosUnidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
 

Destaque

Seminario soja-rocio aguilar
Seminario  soja-rocio aguilarSeminario  soja-rocio aguilar
Seminario soja-rocio aguilarMESTRADOAMBIENTAL
 
Seminario solo planta-atmosfera - suellen mestrado
Seminario solo planta-atmosfera - suellen mestradoSeminario solo planta-atmosfera - suellen mestrado
Seminario solo planta-atmosfera - suellen mestradoMESTRADOAMBIENTAL
 
Sistema agroflorestal andré rocha
Sistema agroflorestal andré rochaSistema agroflorestal andré rocha
Sistema agroflorestal andré rochaMESTRADOAMBIENTAL
 
Apresentação mestrado ciências ambiêntais uepa - manoel souza
Apresentação mestrado ciências ambiêntais   uepa - manoel souzaApresentação mestrado ciências ambiêntais   uepa - manoel souza
Apresentação mestrado ciências ambiêntais uepa - manoel souzaMESTRADOAMBIENTAL
 
Seminário processo fotossintético em plantas mac
Seminário processo fotossintético em plantas macSeminário processo fotossintético em plantas mac
Seminário processo fotossintético em plantas macMESTRADOAMBIENTAL
 
Aula 2 O Solo Como Corpo Natural
Aula 2   O Solo Como Corpo NaturalAula 2   O Solo Como Corpo Natural
Aula 2 O Solo Como Corpo Naturalkelvilyn franco
 
Parte1irrigas 1
Parte1irrigas 1Parte1irrigas 1
Parte1irrigas 1ETEEPA
 
Monitor de Irrigação - Pivô Central
Monitor de Irrigação - Pivô CentralMonitor de Irrigação - Pivô Central
Monitor de Irrigação - Pivô CentralEduardo Peixoto
 
18.ago ouro i 09.45_489_celg-d
18.ago ouro i 09.45_489_celg-d18.ago ouro i 09.45_489_celg-d
18.ago ouro i 09.45_489_celg-ditgfiles
 
Curva de retenção de água no solo
Curva de retenção de água no soloCurva de retenção de água no solo
Curva de retenção de água no soloMarcio Carneiro
 
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacaoTensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacaoRogger Wins
 
Trabalho De IrrigaçãO Pivot Central 03 3 A
Trabalho De IrrigaçãO Pivot Central  03 3 ATrabalho De IrrigaçãO Pivot Central  03 3 A
Trabalho De IrrigaçãO Pivot Central 03 3 AIF Baiano - Campus Catu
 

Destaque (20)

Esecaflor márcia
Esecaflor   márciaEsecaflor   márcia
Esecaflor márcia
 
Seminario soja-rocio aguilar
Seminario  soja-rocio aguilarSeminario  soja-rocio aguilar
Seminario soja-rocio aguilar
 
Seminario solo planta-atmosfera - suellen mestrado
Seminario solo planta-atmosfera - suellen mestradoSeminario solo planta-atmosfera - suellen mestrado
Seminario solo planta-atmosfera - suellen mestrado
 
Sistema agroflorestal andré rocha
Sistema agroflorestal andré rochaSistema agroflorestal andré rocha
Sistema agroflorestal andré rocha
 
Apresentação mestrado ciências ambiêntais uepa - manoel souza
Apresentação mestrado ciências ambiêntais   uepa - manoel souzaApresentação mestrado ciências ambiêntais   uepa - manoel souza
Apresentação mestrado ciências ambiêntais uepa - manoel souza
 
Plants c3 02
Plants c3 02Plants c3 02
Plants c3 02
 
Apresentação siglea
Apresentação sigleaApresentação siglea
Apresentação siglea
 
Fitorremediadoras lorena
Fitorremediadoras   lorenaFitorremediadoras   lorena
Fitorremediadoras lorena
 
Seminário processo fotossintético em plantas mac
Seminário processo fotossintético em plantas macSeminário processo fotossintético em plantas mac
Seminário processo fotossintético em plantas mac
 
Plantas c4
Plantas c4Plantas c4
Plantas c4
 
1831985
18319851831985
1831985
 
Aula 2 O Solo Como Corpo Natural
Aula 2   O Solo Como Corpo NaturalAula 2   O Solo Como Corpo Natural
Aula 2 O Solo Como Corpo Natural
 
Parte1irrigas 1
Parte1irrigas 1Parte1irrigas 1
Parte1irrigas 1
 
Circul14
Circul14Circul14
Circul14
 
Monitor de Irrigação - Pivô Central
Monitor de Irrigação - Pivô CentralMonitor de Irrigação - Pivô Central
Monitor de Irrigação - Pivô Central
 
Estimativa de aumento de produtividade com o uso de irrigação.
Estimativa de aumento de produtividade com o uso de irrigação. Estimativa de aumento de produtividade com o uso de irrigação.
Estimativa de aumento de produtividade com o uso de irrigação.
 
18.ago ouro i 09.45_489_celg-d
18.ago ouro i 09.45_489_celg-d18.ago ouro i 09.45_489_celg-d
18.ago ouro i 09.45_489_celg-d
 
Curva de retenção de água no solo
Curva de retenção de água no soloCurva de retenção de água no solo
Curva de retenção de água no solo
 
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacaoTensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
 
Trabalho De IrrigaçãO Pivot Central 03 3 A
Trabalho De IrrigaçãO Pivot Central  03 3 ATrabalho De IrrigaçãO Pivot Central  03 3 A
Trabalho De IrrigaçãO Pivot Central 03 3 A
 

Semelhante a Medidas do potencial da água no solo

Semelhante a Medidas do potencial da água no solo (12)

Aula completa de Hidráulica dos solos.ppt
Aula completa de Hidráulica dos solos.pptAula completa de Hidráulica dos solos.ppt
Aula completa de Hidráulica dos solos.ppt
 
Aula Hidrologia - Método Racional
Aula Hidrologia - Método RacionalAula Hidrologia - Método Racional
Aula Hidrologia - Método Racional
 
Hidrologia Aula 1
Hidrologia Aula 1Hidrologia Aula 1
Hidrologia Aula 1
 
Introducao hidrologia
Introducao hidrologiaIntroducao hidrologia
Introducao hidrologia
 
Meteorología agrícola
Meteorología agrícolaMeteorología agrícola
Meteorología agrícola
 
13aula agua subterranea
13aula agua subterranea13aula agua subterranea
13aula agua subterranea
 
Hidrogeologia
HidrogeologiaHidrogeologia
Hidrogeologia
 
Hidrologia
Hidrologia Hidrologia
Hidrologia
 
Drenagem
DrenagemDrenagem
Drenagem
 
Manejo de Irrigação
Manejo de IrrigaçãoManejo de Irrigação
Manejo de Irrigação
 
Aula de Irrigacao 3 - 4 Bimestre
Aula de Irrigacao 3 - 4 BimestreAula de Irrigacao 3 - 4 Bimestre
Aula de Irrigacao 3 - 4 Bimestre
 
Introdução a Drenagem de Pluviais
Introdução a Drenagem de PluviaisIntrodução a Drenagem de Pluviais
Introdução a Drenagem de Pluviais
 

Medidas do potencial da água no solo

  • 1. DIFERENTES FORMAS DA ÁGUA, MEDIDAS DO POTENCIAL DA ÁGUA DO SOLO E ENERGIA DE GIBBS. Tatiane Santiago Aluna especial de Pós-graduação em Ciências Ambientais. Belém, 30 de Agosto 2011
  • 2. POTENCIAL HÍDRICO DO SOLO - representa a diferença da energia do sistema entre o estado da água no solo e um estado padrão. - define o estado de energia no ponto considerado. - a tendência espontânea da água no solo é assumir estados de menor potencial. - conhecendo os potenciais da água em diferentes pontos do solo, pode-se determinar sua tendência de movimento (REICHARDT & TIMM, 2004).
  • 3. O potencial total da água no solo é uma medida de seu estado de energia, que pode ser expresso como a soma de vários componentes: ϕ t= ϕ matricial + ϕ osmótico + ϕ pressão + ϕ gravitacional POTENCIAL MÁTRICO ( ϕ m) Diz respeito às interações entre a matriz do solo e a solução no solo, incluindo forças associadas com a adsorção e a capilaridade, responsáveis pela retenção da solução no solo (LIBARDI, 2004).
  • 4.
  • 5. Tensiômetro O tensiômetro mede a tensão de água ou potencial matricial do solo, que pode ser convertido para umidade do solo. Sendo utilizado para determinar a umidade atual e o armazenamento de água no solo .
  • 6. Para construir um tensiômetro de mercúrio são necessários: - uma mangueira espaguete (aproximadamente um diâmetro interno de 1,25 mm e externo de 3,0 mm) - uma rolha - um tubo de PVC (diâmetro interno de 30 mm) - uma cápsula porosa de cerâmica - uma cubeta com mercúrio - uma estaca de madeira - cola Araldite.
  • 7.  
  • 8. É importante que o solo esteja o mais úmido possível, quando da sua instalação, a fim de que haja bom contato necessário entre a cápsula porosa e o solo. Após instalar o tensiômetro no solo, deve-se preencher todo o tubo de PVC com água destilada e retirar todo o ar do sistema pela extremidade aberta fluxando com o auxílio de uma piceta. O tensiômetro deve ser instalado na área e na profundidade de abrangência do sistema radicular da cultura (na linha de plantio ou próximo ao caule da planta).
  • 9. O princípio de funcionamento baseia-se na altura da coluna de mercúrio medida no espaguete. Se o solo está seco o tubo perde água para o solo através da cápsula porosa, fazendo com que a coluna de mercúrio se eleve. Se o solo estiver muito úmido, entra água no tubo pela cápsula, promovendo a redução da altura da coluna de mercúrio.
  • 10. O potencial mátrico é determinado pela seguinte equação: ϕ m= -12,6H + h 1 + h 2 H = leitura da coluna de mercúrio, em mmHg, que é transformado em altura de água pelo fator 13,6 - 1 = 12,6, que é a ρ Hg e da água, respectivamente; ϕ m = tensão da água no solo, em cm de água; h 1 = altura do nível de mercúrio na cuba, em relação à superfície do solo, em cm; h 2 = profundidade de instalação do tensiômetro, em cm.
  • 11. A medida do potencial mátrico por tensiômetro é, em geral, limitada para valores menores que 1 atm, num intervalo de 0 a 0,85 atm (85 kPa), porém no campo cobre o principal intervalo de umidade do solo de importância em práticas agrícolas (REICHARDT & TIMM, 2004; LIBARDI, 2004). CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 12. REFERÊNCIAS KLAUS, R.; TIMM, L.C. A água em equilíbrio. In: KLAUS, R.; TIMM, L.C. Solo, planta e atmosfera: conceitos, processos e aplicações. Barueri, SP: Manole, 2004. cap.6, p. 87-132. LIBARDI, P.L. Medida dos potenciais da água no solo. In: LIBARDI, P.L. Dinâmica da água no solo. Piracicaba, SP: O Autor, 2004. cap.6, p. 121-145. LIBARDI, P.L. Métodos de medida da condutividade hidráulica dos solos. In: LIBARDI, P.L. Dinâmica da água no solo. Piracicaba, SP: O Autor, 2004. cap.9, p. 225-253.
  • 14. Balanço hídrico O balanço hídrico nada mais é do que a contabilização das entradas e saídas de água no sistema solo-planta. A equação do balanço hídrico pode ser escrita como: APLICAÇÃO DO TENSIÔMETRO NO PROJETO DE PESQUISA
  • 15. Drenagem interna (D) / ascensão capilar (AC) Calculada por (ou AC ), sendo q z a densidade de fluxo de água no solo (mm dia -1 ) que pode ser positiva, resultando na ascensão capilar (AC) e negativa, resultando na drenagem interna (D). Este componente na profundidade e tempo considerados será estimado pela equação de Darcy-Buchingham, isto é: q = densidade de fluxo da água no solo (mm s -1 ); K (  m ) = condutividade hidráulica K (mm s -1 ) obtida em função do potencial mátrico  m (kPa) pelo método do perfil instantâneo * (LIBARDI, 2004);  t = diferença de potencial total (m) obtida a partir da diferença de leitura dos tensiômetros instalados às profundidades 0,70 e 0,90 m;  Z = 0,20 m é o comprimento da camada do solo (m), entre as profundidades 0,90 e 0,70 m.
  • 16.  
  • 17. Variação de armazenagem (  h z ) O componente variação de armazenagem será determinado a partir de perfis de conteúdo de água em tempos especificados, obtidos por meio das leituras dos tensiômetros nas diversas profundidades e respectivas curvas de retenção.