2. 1. A paciência é outra forma de Deus expressar a sua bondade para com os
homens.
2. Há vários termos usados na bíblia que são sinônimos de paciência:
• Deus é longânimo e a longanimidade também é uma expressão de sua
bondade: (Sl 103.8; Ex 34.6; 1Pe 3.20; 2Pe 3.15)
• Deus é tardio em irar-se e essa atitude também é uma expressão de sua
Bondade ( Ne 9.17; Sl 145.8; Jl2.13; Jn 4:2; Na 1.3)
DEFINIÇÃO
O poder de controle que Deus exerce sobre si mesmo, fazendo com que Ele
mesmo seja indulgente com o ímpio e que se detenha por algum tempo em
castigá-lo. Essa paciência é revelada no adiamento do juízo merecido sobre o
pecador. Ele se ira, mas tem poder sobre sua própria ira. Ele se domina
porque um dos seus atributos é o poder. Nm 14: 16-19.
3. É UM ATRIBUTO ESSENCIAL DE DEUS
1. As Escrituras dizem “Deus da paciência” Rm 15:5
2. É uma de suas perfeições e Ele não pode ser o que é sem sua paciência.
3. Deus é o autor da paciência da qual os homens são beneficiários.
4. Na paciência Ele serve de modelo para nós. Cl 3.2; Ef 5.1
5. Quando nos sentimos desejosos de expressar a nossa ira contra alguém
que nos feriu lembremo-nos do que diz Ef 4:32 – 5.1 “Antes sede uns
para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”
4. OS OBJETIVOS DA PACIÊNCIA DE DEUS
1. Porque Ele tem desejo em salvar o ímpio. O desejo da salvação que Deus
sente pelos ímpios está expresso na sua Paciência para com eles.
Vejamos duas passagens que tratam dessa questão:
• Rm 2:4 – Paulo usa duas palavras para paciência: tolerância e
longanimidade.
• Quando Deus é tolerante isso indica que Ele temporária e aparentemente
‘ignora” o que os pecadores estão fazendo, dando-lhes oportunidade de
arrependimento.
• Quando Deus é longânimo isso indica que sua paciência é muito
prolongada, aguardando com paciência o tempo da restauração dos
pecadores.
5. • Paulo associa essas duas palavras com a Bondade de Deus. Essa é a razão da sua
tolerância e longanimidade e manifesta-se em arrependimento pelos pecadores.
• Se Deus não mostrasse a sua Bondade em forma de paciência, há muito
teríamos sido destruídos.
2. A segunda passagem é: 2Pe 3:9 – Nos vv anteriores Pedro estava tratando da
zombaria dos ímpios a respeito das promessas de Deus que não são cumpridas
(v.3-7) Então ele argumenta que Deus nunca retarda as suas promessas, nem
se demora no cumprimento delas.
3. E a razão Dele não emitir juízo imediatamente sobre os homens é sua
longanimidade.
4. que tem o propósito de salvação dos seus, porque ele não quer que nenhum
deles pereça.
5. Portanto a bondade de Deus, que é manifesta em paciência, causa em nós o
arrependimento para a salvação.
6. DEUS É PACIENTE PARA COM OS ÍMPIOS IMPENITENTES
1. Antes a paciência de Deus era para os ímpios que não eram salvos,
porém Deus deseja salvá-los. E este tipo de ímpio é aquele que não
deseja e não serão salvos. Rm 9.22
2. Qual é o limite dessa paciência? Deus é paciente até que Ele resolva
mostrar a sua ira que é a execução de Sua justiça.
3. Para essas pessoas, que são chamadas de “vasos da ira”, Deus mostra a
sua paciência.
4. É por essa razão que vemos pessoas “ímpias” que parecem “intocadas” a
despeito de seus muitos pecados.
7. 1. Elas são semelhantes àquelas mencionadas no Sl 73, a quem Davi invejou
por instantes.
2. A razão delas ficarem temporariamente “impunes” é a longanimidade de
Deus, mas essa longanimidade tem um fim, não porque Deus perca a sua
paciência, mas porque Ele resolve manifestar a Sua justiça em ira.
3. Alguns chamam essa paciência prolongada com os ímpios de
“misericórdia temporária”.
8. DEUS É PACIENTE COM SEUS FILHOS
1. Os cristãos, a despeito de serem redimidos por Cristo, não estão ainda
redimidos completamente. Eles ainda pecam.
2. E como Deus os trata? Como Deus os trata em sua Fraqueza? Como Deus
os trata diante de seus fracassos?
3. 2 Pe 3.15 – Deus é paciente com os crentes quando os trata menos
rigorosamente do que deviam ser tratados. Deus os castiga menos do
que seus pecados merecem.
9. 1. Foi o que Esdras disse: Ed 9.13b
2. “tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas
iniquidades, e ainda nos deixaste este remanescente”
3. Na verdade a paciência de Deus para com seus filhos deve ser chamada
preferivelmente de misericórdia, porque acaba por suspender
definitivamente a punição.
4. Deus é tão paciente para conosco que nunca mais põe a sua punição
sobre nós.
5. é por isso que Pedro vai atribuir a nossa salvação à paciência de Deus.
10. Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece
1. A paciência de Deus nos oferece a oportunidade de nos
arrepender e fazer a vontade dele.
2. Não devemos deixar esta oportunidade escapar, e jamais
devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão
para pecar mais.
3. Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que
todos se arrependam (2 Pedro 3:9). "Por essa razão, pois,
amados, esperando estas coisas, empenhai_vos por serdes
achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, e tende
por salvação a longanimidade de nosso Senhor..." (2 Pedro
3:14-15).
11. 1. A paciência de Deus pede a volta do pecador. Isaías ensinou
este princípio há 2.700 anos, quando falou ao povo de Judá:
"Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai_o
enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo,
os seus pensamentos; converta_se ao SENHOR, que se
compadecerá dele, e volte_se para o nosso Deus, porque é rico
em perdoar" (Isaías 55:6-7).
2. Deus está disposto a perdoar, mas ele não força ninguém a se
arrepender.
12. A paciência de Deus tem limite
1. Embora muitas pessoas agem como se a paciência de Deus não
tivesse limites, a Bíblia mostra que haverá um ponto final na
longanimidade do Senhor.
2. Deus colocou um ponto final nos dias de Noé: "...o SENHOR fechou
a porta" (Gênesis 7:16).
3. Na vida de cada pessoa, a morte marca o fim da oportunidade de se
arrepender e receber o benefício da misericórdia de Deus.
4. A pessoa que morre despreparada não terá outra chance (Lucas
12:20-21; 16:24). Hebreus 9:27 nos assegura que o julgamento vem
depois da morte.
5. Seremos julgados pelas coisas feitas no nosso único corpo (2
Coríntios 5:10).
13. 1. Doutrinas de purgatório e reencarnação, que oferecem uma
outra oportunidade para se arrepender ou se aperfeiçoar após a
morte são doutrinas falsas que contradizem as Escrituras.
2. Quando Jesus voltar, todas as pessoas serão chamadas ao
julgamento, para receber ou a vida ou a morte eterna (João
5:28-29).
14. A MANIFESTAÇÃO DA PACIÊNCIA DE DEUS
1. Deus é obrigado pela sua própria natureza e essência a punir os
pecadores e a derramar a sua ira, porque o pecado transgride
sua lei.
2. A lei sendo violada exige a manifestação da justiça e reclama
punição;
3. Porém a manifestação da justiça punitiva de Deus não lhe traz
deleite. Gn 6:5-7;
4. A sua paciência é, portanto o retardamento da manifestação de
ira.
5. Isso Ele faz de vários modos: Livro pag 280.
15. EXEMPLOS DA PACIÊNCIA DE DEUS
1. Pag 284
APLICAÇÃO
1. Devemos pedir a Deus paciência
a) Não há coisa mais desagradável do que viver neste mundo afetado
pela ira e pela amargura.
b) São obras da carne que são produtos da ausência do atributo divino
(comunicável) que deveríamos nos apropriar pela fé.
c) Não podemos dar lugar a ira, mas temos que andar no Espírito e
jamais satisfazer como diz Gl 5.16 a concupiscência da carne.
d) Para isso é necessário que produzamos o fruto do Espírito que inclui
a paciência. Gl 5.22. e uma das manifestações desse fruto é a
longanimidade.
16. 2. Devemos exercitar a paciência
a) A paciência não é uma virtude opcional para o cristão. Ela é
ordenada por Deus de modo que nenhum cristão deve deixar de
praticá-la. Cl 3:12
b) Deus nos diz que devemos ser pacientes e diz qual deve ser a nossa
motivação para isso: o fato de sermos “eleitos de Deus”.
c) Efésios 4:1-2
d) A paciência é absolutamente necessária para suportarmos os outros
como prova de nosso amor por eles. 1Tm 1:16
e) O exercício da paciência é fundamental e inescapável em nós como
eleitos de Deus que somos.
f) Mostremos, pois, paciência, a fim de que Deus seja glorificado
também nesse aspecto de nossa vida.