Este documento discute a educação sexual em meio escolar e fornece informações sobre o desenvolvimento sexual humano ao longo das diferentes fases da vida, desde o útero até a adolescência. Ele também aborda conceitos como gênero e estereótipos de gênero, e propõe abordagens interdisciplinares e dinâmicas de grupo para discutir esses temas.
6. AINDA NO ÚTERO…
• O sistema de resposta sexual começa-se a
desenvolver nos fetos do sexo masculino em meados
do período de gestação;
• A resposta eréctil começa a aparecer mais ou
menos às 16 semanas;
• Pensa-se que a capacidade de lubrificação nos fetos
do sexo feminino se inicia também nesta altura
(embora não seja imediatamente observável).
7. DO NASCIMENTO AO 2.º ANO
• Importância das figuras de apego nos processos de
vinculação;
• Actividades rítmicas de satisfação oral – mamar,
chupar no dedo – que podem ser entendidas como
actividades eróticas não genitais;
• Exploração de diferentes partes do corpo, incluindo
os genitais.
8. DOS 2 AOS 6 ANOS
• Entre os 2 e os 4 anos – controlo esfincteriano;
• Mostram o corpo e encaram o corpo do outro de
forma espontânea;
• Curiosidade pelo corpo da mãe e do pai e pelas
diferenças anatómicas entre os dois sexos;
• É a fase dos “porquês”;
• Sentem curiosidade em relação à sua origem;
• Por volta dos 6 anos inicia-se o processo natural de
construção do pudor.
9. DOS 6 AOS 12 ANOS
• Jogos sexuais infantis – exploração do corpo;
• Jogo do “faz-de-conta” – continuam a fazer a
exploração sexual;
• Mantém-se a curiosidade;
• Constituem grupos do mesmo sexo;
• Iniciam a selecção de amizades;
• Utilizam palavras relativas à sexualidade, mesmo sem
lhes conhecerem o sentido;
• Apaixonam-se frequentemente por pessoas mais
velhas (estrelas de cinema, jogadores de futebol, etc.).
10. ADOLESCÊNCIA
• Alterações pubertárias;
• O grupo assume um lugar privilegiado;
• Identidade, autonomia pessoal;
• Fantasias eróticas;
• Descoberta do próprio corpo – masturbação;
• Petting;
• Início da actividade sexual.
11. GÉNERO
A expressão “sexo” é uma designação
biológica: sexo masculino e feminino. Quando
nascemos somos “meninos” ou “meninas”.
É utilizada para mencionar e comparar os
indivíduos com base na respectiva pertença a
uma das duas categorias demográficas possíveis,
em virtude das suas características biológicas:
sexo masculino e sexo feminino (Deaux, 1985,
citado por Vieira, 2006).
12. GÉNERO
A expressão “género” é o papel que a sociedade
atribui ao sexo masculino e feminino. É o que a
sociedade espera do rapaz e da rapariga, por
terem nascido com o sexo masculino e feminino.
Tem a ver com crenças que definem o que é
masculinidade e feminilidade, bem como com
expectativas criadas pelos próprios pais à volta
do que será e fará o seu filho se for rapaz ou
rapariga (Pereira e Freitas, 2001).
“Era uma vez outra Maria”
Diferenças de género
13. ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO
São representações
generalizadas e socialmente
valorizadas acerca do que os
homens e as mulheres
devem ser (traços de
género) e fazer (papéis de
género).
14. PROVÉRBIOS
“À mulher roca e ao marido espada.”
“Mulher ao volante, perigo constante.”
“A casa é das mulheres e a rua é dos homens.”
“Do homem a praça, da mulher a casa.”
“Mulher sem marido, barco sem leme.”
“Homem com fala de mulher nem Diabo o quer.”
“Vinho, mulheres e tabaco põem o homem fraco.”
“Homem velho e mulher nova, ou corno ou cova.”
19. DINÂMICAS DE GRUPO
Papel do moderador:
• Facilitar o desenrolar da dinâmica, mais do que
orientar;
• Evitar dar conselhos;
• Evitar intervir com exposições teóricas;
• Criar um clima de confiança total entre os
elementos do grupo;
• Observar (Elementos líder? Elementos
isolados? Rejeição? Dificuldades do grupo ou
individuais).
20. TÉCNICAS EM EDUCAÇÃO SEXUAL
Técnicas de informação;
Técnicas de clarificação e debate de opiniões,
valores e atitudes;
Técnicas de treino de competências;
Técnicas de descontracção.
21. PALAVRAS NEUTRAS
Técnica de clarificação e debate de opiniões, valores e atitudes