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WHAT DO WE KNOW ABOUT
CAPITAL STRUCTURE? SOME
EVIDENCE FROM
INTERNATIONAL DATA
RAGHURAM G. RAJAN E LUIGI ZINGALES – THE JOURNAL OF FINANCE, 1995
TEORIA FINANCEIRA – GRUPO 2
GABRIELA MOSMANN
LÍVIA LINHARES
OBJETIVOS
• Após muitas publicações posteriores de Modigliani e Miller, o que sabemos sobre
escolha de estrutura de capital?
◦ Trabalhos anteriores: difícil determinar se as correlações são espúrias e as teorias
que suportam.
◦ Artigo veio para preencher este gap.
• Estabelecer se a estrutura de capital em outros países está relacionada a fatores
similares aos que influenciam os EUA.
• Verificar os motivos que determinam a estrutura de Capital nas diversas empresas
dos países do G-7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e
Canadá).
ESTRUTURA DO ARTIGO
• Parte I: descrição dos dados;
• Parte II: cálculo da alavancagem em cada país depois de implementar os ajustes
contábeis necessários;
• Parte III: visão geral das principais diferenças institucionais entre os países do G-7 e
análise de como estes se relacionam com diferenças de alavancagem;
• Parte IV: estudo comparativo dos determinantes transversais da estrutura de
capital e tentativa de racionalizar as regularidades observadas;
• Parte V: conclusão.
DESCRIÇÃO DOS DADOS
• Banco de Dados (Global Vantage): dados contábeis e os preços das ações mensais para
cerca de 8.000 empresas de 31 países desde 1982;
◦ A Global Vantage começou a colher dados em 1987, a partir desse ano são inclusos
todas as companhias presents no Morgan Stanley Capital International Index, no
Financial Times Actuaries World Index ou no local market index
• Análise no período de 1882 a 1991, enfatizada após 1987;
• Utilização de empresas não-financeiras e apenas com balanços consolidados
publicados;
• A amostra utilizada cobriu entre 30 e 70% das empresas listadas em cada país e
representam mais de 50% do mercado de cada país;
• Autor cita possíveis viéses nos dados.
COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM
E FINANCIAMENTO
• Comparação realizada:
a) Balanço;
b) Medidas de alavancagem;
c) Ajustes de alavancagem para diferenças na contabilidade;
d) Verificações adicionais para robustez;
e) Comparação com resultados na literatura prévia;
f) O fluxo de financiamento ao nível agregado.
• Nem todos os países exigiam que as empresas relatem balanços consolidados;
• A avaliação dos ativos podem diferir substancialmente entre os países;
• Diferenças relacionadas com o que está incluído e o que está excluído de um balanço em
diferentes países.
COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM
E FINANCIAMENTO
• Diversas medidas de alavancagem:
◦ Débitos/Valor da empresa;
◦ Passivo/Ativo: não indica se a empresa corre risco de default;
◦ Débitos/Ativos: não incorpora o fato de que há alguns ativos que não são
compensados por passivos;
◦ Débitos/Ativos net (ativos – contas a pagar e outros passivos): pode ser afetado
por fatores que nada tem a ver com endividamento;
◦ Débitos/Patrimônio Liquido: melhor definição.
• Ajustes de alavancagem para diferenças na contabilidade.
COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM
E FINANCIAMENTO
• Comparação com resultados na literatura prévia;
 Outros estudos concluem que as empresas no Japão e na Europa Continental são
mais alavancado do que as empresas americanas.
• Possíveis fontes de diferença dos resultados:
◦ As medidas utilizadas no artigo diferem das anteriores;
◦ Os ajustes realizados para corrigir as diferenças na contabilidade não eram possíveis
com os dados anteriores;
◦ A amostra das grandes empresas difere das amostras utilizadas em trabalhos
anteriores;
◦ É possível que as estruturas de capital nos diferentes países mudaram ao longo do
tempo.
COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM
E FINANCIAMENTO
• A razão para alargar a
análise é que os dados
sobre a estrutura de
capital não distinguem
entre patrimônio
construído através de
lucros acumulados e
patrimônio obtidos por
meio de ofertas de
ações.
DIFERENÇAS INSTITUCIONAIS E
ALAVANCAGEM
• Seção dividida em:
a) O efeito de impostos na alavancagem agregada;
b) Lei de falência;
c) Banks vs Markets;
d) Propriedade e controle.
• O objetivo da seção não é para resolver a questão de se as diferenças institucionais
são responsáveis por diferenças na estrutura de capital corporativo agregado, mas
sim levantar questões que precisam ser abordadas por pesquisas futuras.
• A Tabela V relata o
benefício fiscal relativo da
dívida em relação aos lucros
e dividendos retidos a partir
de 1990, sob diferentes
suposições sobre a taxa de
imposto pessoal do
destinatário. O benefício
fiscal relativo da dívida é
muito sensível a essas
premissas.
• Em suma, ela mostra a
importância não só de
incluir impostos pessoais no
cálculo do benefício fiscal da
dívida, mas também de
incluir o "direito" impostos
pessoais.
BANKS VERSUS MARKETS
Ao contrário dos estudos
anteriores, não parecem
encontrar nenhuma
diferença sistemática entre
o nível de alavancagem
nos países orientados para
o banco chamados (Japão,
Alemanha, França e Itália)
e nos países chamados
orientadas para o mercado
(Estados Unidos, Reino
Unido e Canadá).
A diferença entre países
orientados por bancos ou
por mercado está muito
mais na escolha entre
empréstimos públicos
(ações) ou privados
(bancários) do que no
valor da alavancagem.
EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS
• Seção dividida em:
a) Os fatores correlacionados com a alavancagem,
b) Fatores correlacionados nos EUA,
c) Correlações transversais em dados internacionais,
d) O que esta atrás desses fatores?
• Estudos anteriores sobre as empresas norte-americanas estabeleceram que a estrutura
de capital é correlacionada transversalmente com certos fatores.
• O objetivo da seção é verificar se essas correlações continuam para as empresas norte-
americanas no conjunto de dados, verificar se estas relações existem em outros países e
tentar estabelecer o porquê de cada fator ter a correlação com a alavancagem que é
documentada.
EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS
• Os fatores correlacionados com a alavancagem.
• De acordo com Harris e Raviv (1991), o consenso é que alavancagem aumenta com
ativos fixos, benefícios fiscais não geradores de dívidas, oportunidades de
investimentos e tamanho da empresa. Decresce com a volatilidade, despesas de
publicidade, probabilidade de falência, lucratividade e exclusividade do produto.
• O estudo focou em tangibilidade dos ativos, oportunidade de investimentos,
tamanho da empresa e lucratividade.
OS FATORES CORRELACIONADOS
NOS EUA
EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS
• Correlações transversais em dados internacionais.
• São delimitados padrões internacionais para uma análise conjunta, com foco nas exceções:
◦ A relação de market-to-book possui um coeficiente negativo em todos os países;
◦ Tangibilidade é sempre positivamente correlacionada com endividamento em todos os
países;
◦ A proporção entre mercado/contábil tem um coeficiente negativo em todos os países;
◦ Tamanho é positivamente correlacionado com endividamento, exceto na Alemanha;
◦ Lucratividade é negativamente correlacionada com endividamento, exceto na Alemanha.
• No geral, os fatores encontrados para ser correlacionados com alavancagem nos Estados Unidos
parecem estar correlacionadas de forma semelhante em outros países também.
• A relação entre as teorias e as proxies empíricas é, na melhor das hipóteses, fraca. Portanto,
antes de concluir que as teorias existentes têm um poder significativo para explicar a estrutura
de capital, devemos examinar essas correlações com mais cuidado.
EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS
• O que esta atrás desses fatores?
a) Tangibilidade;
b) Market-to-Book;
c) Tamanho;
d) Rentabilidade.
CONCLUSÃO
• A um nível agregado, a alavancagem é mais semelhante nos países do G-7 que se
pensava, e as diferenças que existem não são facilmente explicada pelas diferenças
institucionais.
• Os fatores identificados relacionados à alavancagem nos EUA tem similaridade também
nos outros países.
• No entanto, um exame mais profundo sugere que os fundamentos teóricos das
correlações observadas ainda estão longe de ser resolvido
• O artigo sugere 2 linhas para futuras pesquisas: estreitar a relação entre modelos
teóricos especificações empíricas destes modelos e um estudo mais profundo dos
efeitos das diferenças institucionais.

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What do we know about capital structure

  • 1. WHAT DO WE KNOW ABOUT CAPITAL STRUCTURE? SOME EVIDENCE FROM INTERNATIONAL DATA RAGHURAM G. RAJAN E LUIGI ZINGALES – THE JOURNAL OF FINANCE, 1995 TEORIA FINANCEIRA – GRUPO 2 GABRIELA MOSMANN LÍVIA LINHARES
  • 2. OBJETIVOS • Após muitas publicações posteriores de Modigliani e Miller, o que sabemos sobre escolha de estrutura de capital? ◦ Trabalhos anteriores: difícil determinar se as correlações são espúrias e as teorias que suportam. ◦ Artigo veio para preencher este gap. • Estabelecer se a estrutura de capital em outros países está relacionada a fatores similares aos que influenciam os EUA. • Verificar os motivos que determinam a estrutura de Capital nas diversas empresas dos países do G-7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá).
  • 3. ESTRUTURA DO ARTIGO • Parte I: descrição dos dados; • Parte II: cálculo da alavancagem em cada país depois de implementar os ajustes contábeis necessários; • Parte III: visão geral das principais diferenças institucionais entre os países do G-7 e análise de como estes se relacionam com diferenças de alavancagem; • Parte IV: estudo comparativo dos determinantes transversais da estrutura de capital e tentativa de racionalizar as regularidades observadas; • Parte V: conclusão.
  • 4. DESCRIÇÃO DOS DADOS • Banco de Dados (Global Vantage): dados contábeis e os preços das ações mensais para cerca de 8.000 empresas de 31 países desde 1982; ◦ A Global Vantage começou a colher dados em 1987, a partir desse ano são inclusos todas as companhias presents no Morgan Stanley Capital International Index, no Financial Times Actuaries World Index ou no local market index • Análise no período de 1882 a 1991, enfatizada após 1987; • Utilização de empresas não-financeiras e apenas com balanços consolidados publicados; • A amostra utilizada cobriu entre 30 e 70% das empresas listadas em cada país e representam mais de 50% do mercado de cada país; • Autor cita possíveis viéses nos dados.
  • 5.
  • 6. COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM E FINANCIAMENTO • Comparação realizada: a) Balanço; b) Medidas de alavancagem; c) Ajustes de alavancagem para diferenças na contabilidade; d) Verificações adicionais para robustez; e) Comparação com resultados na literatura prévia; f) O fluxo de financiamento ao nível agregado. • Nem todos os países exigiam que as empresas relatem balanços consolidados; • A avaliação dos ativos podem diferir substancialmente entre os países; • Diferenças relacionadas com o que está incluído e o que está excluído de um balanço em diferentes países.
  • 7.
  • 8. COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM E FINANCIAMENTO • Diversas medidas de alavancagem: ◦ Débitos/Valor da empresa; ◦ Passivo/Ativo: não indica se a empresa corre risco de default; ◦ Débitos/Ativos: não incorpora o fato de que há alguns ativos que não são compensados por passivos; ◦ Débitos/Ativos net (ativos – contas a pagar e outros passivos): pode ser afetado por fatores que nada tem a ver com endividamento; ◦ Débitos/Patrimônio Liquido: melhor definição. • Ajustes de alavancagem para diferenças na contabilidade.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM E FINANCIAMENTO • Comparação com resultados na literatura prévia;  Outros estudos concluem que as empresas no Japão e na Europa Continental são mais alavancado do que as empresas americanas. • Possíveis fontes de diferença dos resultados: ◦ As medidas utilizadas no artigo diferem das anteriores; ◦ Os ajustes realizados para corrigir as diferenças na contabilidade não eram possíveis com os dados anteriores; ◦ A amostra das grandes empresas difere das amostras utilizadas em trabalhos anteriores; ◦ É possível que as estruturas de capital nos diferentes países mudaram ao longo do tempo.
  • 13. COMPARAÇÕES DE ALAVANCAGEM E FINANCIAMENTO • A razão para alargar a análise é que os dados sobre a estrutura de capital não distinguem entre patrimônio construído através de lucros acumulados e patrimônio obtidos por meio de ofertas de ações.
  • 14. DIFERENÇAS INSTITUCIONAIS E ALAVANCAGEM • Seção dividida em: a) O efeito de impostos na alavancagem agregada; b) Lei de falência; c) Banks vs Markets; d) Propriedade e controle. • O objetivo da seção não é para resolver a questão de se as diferenças institucionais são responsáveis por diferenças na estrutura de capital corporativo agregado, mas sim levantar questões que precisam ser abordadas por pesquisas futuras.
  • 15. • A Tabela V relata o benefício fiscal relativo da dívida em relação aos lucros e dividendos retidos a partir de 1990, sob diferentes suposições sobre a taxa de imposto pessoal do destinatário. O benefício fiscal relativo da dívida é muito sensível a essas premissas. • Em suma, ela mostra a importância não só de incluir impostos pessoais no cálculo do benefício fiscal da dívida, mas também de incluir o "direito" impostos pessoais.
  • 16.
  • 17. BANKS VERSUS MARKETS Ao contrário dos estudos anteriores, não parecem encontrar nenhuma diferença sistemática entre o nível de alavancagem nos países orientados para o banco chamados (Japão, Alemanha, França e Itália) e nos países chamados orientadas para o mercado (Estados Unidos, Reino Unido e Canadá). A diferença entre países orientados por bancos ou por mercado está muito mais na escolha entre empréstimos públicos (ações) ou privados (bancários) do que no valor da alavancagem.
  • 18. EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS • Seção dividida em: a) Os fatores correlacionados com a alavancagem, b) Fatores correlacionados nos EUA, c) Correlações transversais em dados internacionais, d) O que esta atrás desses fatores? • Estudos anteriores sobre as empresas norte-americanas estabeleceram que a estrutura de capital é correlacionada transversalmente com certos fatores. • O objetivo da seção é verificar se essas correlações continuam para as empresas norte- americanas no conjunto de dados, verificar se estas relações existem em outros países e tentar estabelecer o porquê de cada fator ter a correlação com a alavancagem que é documentada.
  • 19. EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS • Os fatores correlacionados com a alavancagem. • De acordo com Harris e Raviv (1991), o consenso é que alavancagem aumenta com ativos fixos, benefícios fiscais não geradores de dívidas, oportunidades de investimentos e tamanho da empresa. Decresce com a volatilidade, despesas de publicidade, probabilidade de falência, lucratividade e exclusividade do produto. • O estudo focou em tangibilidade dos ativos, oportunidade de investimentos, tamanho da empresa e lucratividade.
  • 21. EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS • Correlações transversais em dados internacionais. • São delimitados padrões internacionais para uma análise conjunta, com foco nas exceções: ◦ A relação de market-to-book possui um coeficiente negativo em todos os países; ◦ Tangibilidade é sempre positivamente correlacionada com endividamento em todos os países; ◦ A proporção entre mercado/contábil tem um coeficiente negativo em todos os países; ◦ Tamanho é positivamente correlacionado com endividamento, exceto na Alemanha; ◦ Lucratividade é negativamente correlacionada com endividamento, exceto na Alemanha. • No geral, os fatores encontrados para ser correlacionados com alavancagem nos Estados Unidos parecem estar correlacionadas de forma semelhante em outros países também. • A relação entre as teorias e as proxies empíricas é, na melhor das hipóteses, fraca. Portanto, antes de concluir que as teorias existentes têm um poder significativo para explicar a estrutura de capital, devemos examinar essas correlações com mais cuidado.
  • 22. EVIDÊNCIAS TRANSVERSAIS • O que esta atrás desses fatores? a) Tangibilidade; b) Market-to-Book; c) Tamanho; d) Rentabilidade.
  • 23. CONCLUSÃO • A um nível agregado, a alavancagem é mais semelhante nos países do G-7 que se pensava, e as diferenças que existem não são facilmente explicada pelas diferenças institucionais. • Os fatores identificados relacionados à alavancagem nos EUA tem similaridade também nos outros países. • No entanto, um exame mais profundo sugere que os fundamentos teóricos das correlações observadas ainda estão longe de ser resolvido • O artigo sugere 2 linhas para futuras pesquisas: estreitar a relação entre modelos teóricos especificações empíricas destes modelos e um estudo mais profundo dos efeitos das diferenças institucionais.