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Reabilitação Sustentável
             para Lisboa
                  Escola Básica EB1
                          Anos 80




                         Com o apoio do programa
                         EEA Grants
ÍNDICE

                                                                                                1   Apresentação                                                                               06


                                                                                                2 Enquadramento Legal da Reabilitação Energética de Edifícios                                  08


                                                                                                    2.1   PNAEE - Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética                         09

                                                                                                    2.2   SCE - Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior de
                                                                                                          Edifícios                                                                            09

                                                                                                    2.3   RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios             11

                                                                                                    2.4   ITED - Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios                             12

FICHA TÉCNICA
                                                                                                3   Introdução ao Edifício                                                                     14
Título
Reabilitação Sustentável para Lisboa - Escola Básica EB1, Benfica, anos 80, Lisboa
                                                                                                4 Trabalho Desenvolvido                                                                        22
Edição
Desenvolvido pela Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia - Ambiente de Lisboa no âmbito
do projecto Reabilitação Sustentável para Lisboa                                                5 Resultados                                                                                   26
Financiamento
EEA Grants - Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu - Fundo ONG                           5.1   Matriz energética do edifício                                                        28
- Componente Ambiente
ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações                                                        5.2   Simulação da matriz energética do edifício                                           28
EDP - Energias de Portugal, SA
REN - Redes Energéticas Nacionais, SGPS, SA                                                         5.3   Oportunidades de intervenção                                                         29

Autores                                                                                             5.4   Análise custo - benefício                                                            40
Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia-Ambiente de Lisboa
Edifícios Saudáveis Consultores
                                                                                                6 Síntese e Conclusões                                                                         46
Fotografias
Lisboa E-Nova
Edifícios Saudáveis Consultores

Design Gráfico e Produção
Lisboa E-Nova
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Tiragem
500 exemplares

Agradecimentos
A todos os especialistas e instituições que contribuíram para os conteúdos deste documento.

Informação Adicional
Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia - Ambiente de Lisboa
Rua dos Fanqueiros, n.oº 38, 1.oºº, 1100-231 Lisboa
Tel. +351 218 847 010; Fax +351 218 847 029
www.lisboaenova.org; info@lisboaenova.org




                                                                                                                                                                                                5
1
    Apresentação   Apresentação


                   A reabilitação de edifícios constitui uma área com          to dos Sistemas Energéticos de Climatização dos
                   enorme potencial de intervenção e de grande                 Edifícios (RSECE) e o Decreto-Lei 80/2006, que
                   relevância para a cidade de Lisboa, que procura             aprova o Regulamento das Características de
                   sistematizar e dinamizar o seu processo de                  Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
                   qualificação do meio edificado.
                                                                               As boas práticas identificadas e apresentadas
                   Neste contexto, e com o objectivo de liderar                nesta publicação permitirão aos proprietários
                   através de boas práticas, a Lisboa E-Nova, com              de edifícios similares, adoptar medidas que
                   o apoio financeiro do programa EEA-Grants,                  promovam a melhoria da eficiência energética
                   da ANACOM, EDP e REN, promoveu o projecto                   e consequente redução da factura energética
                   Reabilitação Sustentável para Lisboa.                       do seu edifício, aumentando simultaneamente
                                                                               as condições de conforto e salubridade dos seus
                   Em colaboração com várias entidades, nomeada-               ocupantes.
                   mente a Câmara Municipal de Lisboa, a ADENE
                   - Agência para a Energia, a Gebalis EEM - Gestão
                   dos Bairros Municipais de Lisboa, o IGESPAR -
                   Instituto de Gestão do Património Arquitectónico
                   e Arqueológico, o IHRU - Instituto de Habitação
                   e Reabilitação Urbana e o programa MIT Portugal
                   - Sistemas Sustentáveis de Energia, foram
                   analisados    quatro     edifícios    municipais,     de
                   tipologias características do parque edificado de
                   Lisboa, no sentido de definir a matriz energética
                   destes edifícios e identificar as oportunidades
                   de intervenção que permitem melhorar o desem-
                   penho energético deste património.


                   Este   trabalho     surge      no      contexto       dos
                   regulamentos publicados a 4 de Abril de
                   2006, que regulam o desempenho energético-
                   ambiental     dos      edifícios,    designadamente
                   o Decreto-Lei 78/2006 que aprova o Sistema
                   Nacional     de   Certificação      Energética    e   da
                   Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE),
                   o Decreto-Lei 79/2006 que aprova o Regulamen-



                                                                                                                              7
2                                                                      Enquadramento legal
    Enquadramento legal
    da reabilitação energética de edifícios
                                                                       da reabilitação energética de edifícios

    2.1	   PNAEE - Plano Nacional de Acção                             2.1 PNAEE - Plano Nacional                           Este programa considera, também, a renovação
    	      para a Eficiência Energética                                de Acção para a Eficiência Energética                do parque escolar, ainda que não tenham sido
                                                                       Resolução do Conselho de Ministros n.o 80/2008,      traçados objectivos concretos no PNAEE.
    2.2	   SCE - Sistema Nacional de Certificação Energética           20 de Maio
    	      e da Qualidade do Ar Interior de Edifícios

                                                                       No contexto do PNAEE foram definidas várias
    2.3	   RCCTE - Regulamento das Características                                                                          2.2 SCE - Sistema de Certificação
    	      de Conforto Térmico de Edifícios                            acções com vista a promover o aumento da
                                                                                                                            Energética e da Qualidade
                                                                       optimização do desempenho energético de
                                                                                                                            do Ar Interior de Edifícios
    2.4	   RMUEL - Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação   edifícios de serviços, nomeadamente de escolas.
                                                                                                                            Decreto-Lei n.o 78/2006, 6 de Abril
    	      de Lisboa
                                                                                                                            O Sistema Nacional de Certificação Energética de
    2.5	   ITED - Infra-Estruturas de Telecomunicações
    	      em Edifícios                                                                                                     Edifícios veio estabelecer que todos os edifícios,
                                                                                                                            incluindo os existentes, envolvidos num processo
                                                                                                                            de transacção comercial de arrendamento ou
                                                                                                                            venda do imóvel, são obrigados a cumprir o SCE.
                                                                                                                            Os proprietários destes edifícios/fracções devem
                                                                                                                            apresentar o certificado energético e da qualidade
                                                                                                                            do ar interior do edifício/fracção correspondente,
                                                                                                                            de modo a concretizar a operação comercial.


                                                                       A área Residencial e Serviços integra a medida       Os edifícios existentes não têm imposição de
                                                                       3.2.2 - Eficiência nos Serviços que apresenta como   classe mínima nem obrigatoriedade de instalação
                                                                       um dos objectivos a promoção da instalação de        de sistemas solares térmicos.
                                                                       sistemas solares térmicos e de micro-geração em
                                                                       escolas.                                             Na Figura 01 é apresentada um exemplo de
                                                                                                                            certificado energético para uma fracção de
                                                                       No programa 5.1 Eficiência Energética no Estado,     serviços que cumpra o RSECE.
                                                                       a área dos edifícios contempla vários objectivos,
                                                                       nomeadamente aplicáveis ao parque escolar
                                                                       público.


                                                                       A medida 5.1.1.4 prevê a instalação de sistemas
                                                                       de micro-geração em 50% do parque escolar
                                                                       num total de 2500 escolas públicas onde este
                                                                       investimento tenha viabilidade. Prevê-se, assim,
                                                                       instalar uma capacidade total de 15MW, até 2015.


                                                                                                                                                                            9
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA




                                                                                                        2.3 RSECE - Regulamento                                  6 em 6 anos, e a inspecções às caldeiras
                                                                                                        dos Sistemas Energéticos                                 e sistemas de ar condicionado. A verificação
                                                                                                        de Climatização em Edifícios                             dos    requisitos      do   RSECE       passa     pela
                                                                                                        Decreto-Lei n.oº 79/2006, 6 de Abril
                                                                                                                                                                 caracterização da envolvente, pela limitação
                                                                                                                                                                 da potência a instalar ao nível dos sistemas
                                                                                                        Uma grande reabilitação constitui uma boa
                                                                                                                                                                 energéticos, pela identificação de medidas de
                                                                                                        oportunidade para intervir no edifício ao nível dos
                                                                                                                                                                 melhoria, desenvolvimento de um plano de
                                                                                                        diversos aspectos que podem influenciar o seu
                                                                                                                                                                 manutenção obrigatório e manutenção dos
                                                                                                        desempenho energético, como a sua envolvente, as
                                                                                                                                                                 requisitos de qualidade do ar interior (taxa de
                                                                                                        instalações mecânicas de climatização e os demais
                                                                                                                                                                 renovação do ar e concentração de poluentes);
                                                                                                        sistemas energéticos.

                                                                                                                                                              De acordo com este decreto, em escolas, o valor
                                                                                                        O RSECE veio estabelecer requisitos de qualidade
                                                                                                                                                              limite para os consumos globais específicos em
                                                                                                        do ar interior e desempenho energético em
                                                                                                                                                              edifícios existentes é de 15kgep/m2. ano.
                                                                                                        edifícios de serviços novos e/ou reabilitados com
                                                                                                        mais de 1.000m2 ou potência de climatização
                                                                                                                                                              Relativamente        à   qualidade    do   ar     interior,
                                                                                                        superior a 25kW. Nestes edifícios, a eficiência
                                                                                                                                                              a avaliação é realizada ao nível de parâmetros
                                                                                                        dos sistemas de climatização e iluminação é um
                                                                                                                                                              químicos (partículas em suspensão, dióxido
                                                                                                        dos principais critérios na atribuição da classe
                                                                                                                                                              de carbono, monóxido de carbono, ozono,
                                                                                                        energética (Fonte: ADENE, 2008).
                                                                                                                                                              formaldaído e compostos orgânicos voláteis),
                                                                                                                                                              parâmetros microbiológicos (bactérias, fungos,
                                                                                                        O RSECE foi aprovado com os seguintes
                                                                                                                                                              radão)    e   parâmetros       físicos     (temperatura
                                                                                                        objectivos :
                                                                                                                                                              e humidade relativa).
                                                                                                        •	 Definir as condições de conforto térmico e de
                                                                                                           higiene nos diferentes espaços dos edifícios,      Tabela 01 Valores limite de concentração de poluentes
                                                                                                                                                              em edifícios de serviços (Fonte: RSECE, 2006)
                                                                                                           de acordo com as respectivas funções;
                                                                                                                                                                                              Concentração limite
                                                                                                        •	 Melhorar a eficiência energética global dos                 Parâmetro
                                                                                                                                                                                                em sala de aula
                                                                                                           edifícios, promovendo a sua limitação para            TVOCs (compostos
                                                                                                                                                                                                    0.6 mg/m3
                                                                                                           padrões aceitáveis, em edifícios novos ou             orgânicos voláteis)

                                                                                                           existentes;                                         CO2 (dióxido de carbono)            1.800 mg/m3

                                                                                                                                                                       O3 (ozono)                   0.2 mg/m3
                                                                                                        •	 Impor regras de eficiência aos sistemas de               CO (monóxido
                                                                                                                                                                                                   4,4 mg/m3
                                                                                                           climatização, que permitam melhorar o seu                 de carbono)

                                                                                                           desempenho energético e garantir os meios               PM10 (particulas
                                                                                                                                                                                                   0,11 mg/m3
                                                                                                                                                                   em suspensão)
                                                                                                           para a manutenção de uma boa qualidade
                                                                                                                                                                 HCHO (formaldeído)                 0.1 mg/m3
                                                                                                           do ar interior, a nível do projecto, instalação
                                                                                                                                                                       Bactérias                   428 UFC/m3
                                                                                                           e funcionamento/manutenção;
                                                                                                                                                                        Fungos                     500 UFC/m3
                                                                                                        •	 Estes edifícios ficam sujeitos à realização                                           400 Bq/m3
                                                                                                                                                                        Radão
                                                                                                                                                                                              (quando aplicável)
                                                                                                           de auditorias energéticas obrigatórias de
       Figura 01 Exemplo de um certificado energético para edifícios de serviços (Fonte: ADENE, 2008)                                                                  Legionella                  100 UFC/m3



10   Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                               11
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA




2.4 ITED - Infra-estruturas                                Urge, assim, considerar nas intervenções de
                                                                                                               Tabela 02 Redes de cabos a instalar em edifícios escolares (Fonte: Manual ITED – Especificações Técnicas das Infra-
                                                                                                               estruturas de Telecomunicações em Edifícios)
de telecomunicações em edifícios                           reabilitação energética a adequação destes
                                                                                                                                                       EDIFÍCIOS ESCOLARES: REDES DE CABOS - PRESCRIÇÕES MÍNIMAS
                                                           edifícios às novas normas das infra-estruturas de
O sucesso das intervenções de reabilitação                                                                                                                                            Cabos Coaxiais
                                                           telecomunicações.                                                                     Pares de cobre
                                                                                                                                                                                            CATV
                                                                                                                                                                                                                              Fibra Óptica
energética e a avaliação dos efectivos resultados
                                                                                                                                                   Categoria 6                                                                     OS1
dos investimentos realizados só é validável                                                                          Ligações entre                                                       TCD-C-H
                                                           Neste contexto importa ainda referir os critérios              PD
                                                                                                                                            UTP 4 Pares - 1 cabo por PD
                                                                                                                                                                                     CATV - 1 cabo por PD
                                                                                                                                                                                                                         1 cabo de 4 fibras por PD
através da monitorização e aferição das reduções                                                                                              Garantia da Classe E                                                               OF-300
                                                           definidos no ITED relativamente às redes de
conseguidas ao nível dos consumos energéticos.                                                                                                     Categoria 6
                                                           cabos e de tubagens a instalar, obrigatoriamente,    Ligações a partir
                                                                                                                                            UTP 4 Pares - 1 cabo por TT
                                                                                                                                                                                         TCD-C-H
                                                                                                                                                                                                                         A definir pelo projectista
É nesta base que se define o conceito de smart                                                                      dos PD                    Garantia da Classe E
                                                                                                                                                                                     CATV - 1 cabo por TT
                                                           em edifícios escolares (Tabela 02 e 03).
cities, ou seja, uma cidade que utiliza de forma
                                                                                                                •	    A rede de pares de cobre, a rede de fibra óptica e a rede de CATV seguem, obrigatoriamente, a topologia de distribuição
inovadora as novas tecnologias de informação                                                                          em estrela, para jusante dos PD considerados.
                                                                                                                •	    O projecto da rede de cabos a partir dos PD, onde se inclui a definição do número de tomadas, está dependente
e comunicação, potenciando o desenvolvimento
                                                                                                                      das necessidades do cliente.
de   um     ambiente      urbano     mais     inclusivo,                                                        •	    Recomenda-se a existência de uma tomada de PC e CC por divisão, onde se incluem as salas de aula, laboratórios, salas
                                                                                                                      de reuniões, refeitórios e bares.
diversificado e sustentável.
                                                                                                                •	    Recomenda-se a instalação de 1 rede de distribuição de MATV.


Os novos regulamentos ITED - Especificações
Técnicas      das     Infra-estruturas      de     Tele-
comunicações em Edifícios, em vigor desde
Janeiro de 2010, foram revistos e reforçam
a qualidade das infra-estruturas de comunicações
e a sua consistência técnica, tornando obrigatória                                                             Tabela 03 Redes de tubagens a instalar nos edifícios escolares (Fonte: Manual ITED – Especificações Técnicas das Infra-
                                                                                                               estruturas de Telecomunicações em Edifícios)
a adaptação dos edifícios às Redes de Nova
                                                                                                                                                  EDIFÍCIOS ESCOLARES: REDES DE CABOS - PRESCRIÇÕES MÍNIMAS
Geração, de elevada longevidade e capacidade
de adaptação sustentada.                                                                                                                                                          Cabos Coaxiais
                                                                                                                                         Pares de cobre                                                                     Fibra Óptica
                                                                                                                                                                                        CATV

                                                                                                                              1 tubo de ∅40mm, ou equivalente             1 tubo de ∅40mm, ou equivalente       1 tubo de ∅40mm, ou equivalente
Numa sociedade cada vez mais consciente
                                                                                                                              •	 1 PD (bastidor) em cada piso comum às tecnologias.
e dinâmica, é essencial dotar os edifícios de                                                                   Ligações      •	 Caso a área seja superior a 1000m2, devem ser instalados PD adicionais (dimensões mínimas a
sistemas de gestão inteligentes que tirem                                                                       entre PD         definir pelo projectista).
                                                                                                                              •	 Em cada ponto de distribuição deve existir energia eléctrica.
partido de serviços inovadores, de entre os
                                                                                                                              •	 PAT: 2 tubos de ∅40mm, ou equivalente.
quais importa destacar não só os associados
                                                                                                                Ligações      •	 A tubagem é partilhada por todos os tipos de cabos.
à segurança de pessoas e bens, mas também ao
                                                                                                                 a partir     •	 Utiliza-se tubo de ∅20mm, ou equivalente.
conforto, economia e qualidade de vida. Neste                                                                    dos PD       •	 Deve considerar-se uma distância máxima de 90m entre o último PD e as TT (cablagem horizontal).
último parâmetro são claramente identificáveis                                                                 •	     Em qualquer situação, o dimensionamento das condutas deve ser efectuado através das fórmulas respectivas.
os serviços associados à utilização de energias
renováveis,     à    regulação       automática       de
temperatura e humidade, ao ajuste automático
de iluminação natural e artificial, e ao telecontrolo
e controlo à distância, entre outros.




12   Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                                                              13
3                            Introdução ao Edifício
    Introdução ao Edifício



                             A   Escola    Básica     n.ºo   52,   pertencente   ao         de informática, uma sala de professores e uma
                             Agrupamento de Escolas Pedro de Santarém,                      pequena biblioteca. A escola tem um grande pátio
                             foi edificada em 1981, dentro do conceito da                   exterior, com campo de jogos onde os alunos
                             escola tipo P3, característica da época. Esta nova             praticam actividades livres.
                             tipologia de escola caracterizava-se por funcionar
                             em regime de “área aberta”, sem paredes a isolar
                             as salas de aula. Terminada esta experiência,
                             professores      e   educadores,       não   achando
                             funcional este sistema por causa do ruido,
                             pediram que as salas fossem isoladas, o que foi
                             feito com paredes pré-fabricadas de alumínio,
                             vidro e madeira.
                                                                                            Figura 02 Vista geral do edifício.
                             Ao nível da organização espacial do edifício,
                             é uma escola com 4 núcleos, integrando cada                    O edifício em análise situa-se na Rua Jorge
                             um deles três salas de aula por cada ano de                    Barradas em Benfica, numa zona envolvida por
                             escolaridade, zonas de trabalho numa área                      prédios de habitação e conta com uma área total
                             comum e respectivas instalações sanitárias.                    de 9000 m2. A área de implantação da escola
                             Possui, ainda, um polivalente, uma cozinha com                 é de 894m2, distribuídos por dois pisos, cada com
                             refeitório, um gabinete administrativo, uma sala               uma área útil de 1413 m2 (Tabela 04).


                             Tabela 04 Caracterização do edifício


                                   Área de implantação [m2]                                              894
                                    Área de construção [m ]  2
                                                                                                         1413
                                           N.o de pisos                                                    2
                                          Pé direito [m]                                                  2,7
                                                                                 Palas resultantes do avanço da placa de fibrocimento,
                                    Palas de sombreamento
                                                                                        colocadas na cota máxima dos edifícios




                                           Orientação




                                                                                                                                           15
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA



Tabela 05 Caracterização dos elementos construtivos opacos
                                                                                                                                                               O edifício foi caracterizado de acordo com            Os consumos energéticos mais relevantes no
                                       Descrição (elementos relevantes)                    Coeficiente global de transmissão
        Elemento
                                                  (ext → int)                                      de calor [W/m.2 oC]
                                                                                                                                             Notas             o levantamento realizado durante a visita ao local.   edifício são:
                          Tinta clara
                          + reboco exterior (e = 20 mm)                                                                                                                                                              •	 iluminação;
                          + tijolo furado (e = 70 mm)                                                                                                          Na    ausência dos dados necessários foram
      Parede exterior     + caixa de ar (e = 80 mm)                                                     U= 1,40
                                                                                                                                                                                                                     •	 equipamentos nas salas de aula;
                          + tijolo furado (e = 110 mm)                                                                                                         assumidos os padrões definidos no RSECE,
                          + reboco interior (e = 20 mm)
                          + tinta clara
                                                                                                                                                               nomeadamente na definição dos perfis de               •	 equipamentos de cozinha;
                          Placa de Fibrocimento,
                          + caixa de ar (e = 100 mm)                                                                                                           utilização do edifício. Para o cálculo das
                          + camada de betão leve de regularização
                                                                                                        Uinv= 1,30                                                                                                   •	 sistema de aquecimento de água sanitária;
                          + laje aligeirada (e = 150 mm),                                               Uver= 1,20                    Tipologia de acordo      necessidades energéticas foram identificados
                          + reboco interior (e = 20 mm)                                                                              com o projecto e com                                                            •	 aquecedores eléctricos (efeito de “Joule”).
                                                                                                                                            a visita.          os equipamentos tipo.
                          Tinta clara
                          + camada de betão leve de regularização                                       Uinv= 1,65
           Laje
                          + laje aligeirada (e = 150 mm),                                               Uver= 1,50                         Os valores
        (cobertura)
                          + reboco interior (e = 20 mm)                                                                              de “U” foram definidos
                          Placa de Fibrocimento,                                                                                     com base nas proprie-
                          + caixa de ar (e = 100 mm)                                                                                  dades dos materiais
                          + camada de betão leve de regularização                                       Uinv= 1,10                         do ITE 50.
                          + laje aligeirada (e = 150 mm),                                               Uver= 1,00
                          + reboco interior (e = 20 mm)
                          + placa de cortiça (e = 10 mm)

                          Tela impermeabilizante
                          + laje de betão (e = 150 mm)                                                  U= 3,15
           Laje           + ladrilho (e = 8 mm)
       (piso térreo)      Tela impermeabilizante
                          + laje de betão (e = 150 mm)                                                  U= 1,80
                          + taco (e = 15 mm)

 ITE50: Pina dos Santos, C. e Matias, L. (2006) Coeficientes de Transmissão Térmica de Elementos da Envolvente dos Edifícios, LNEC




Tabela 06 Caracterização dos elementos construtivos transparentes
                                       Descrição (elementos relevantes)                    Coeficiente global de transmissão
         Elemento                                                                                                                            Notas
                                                  (ext → int)                                      de calor [W/m.2 oC]

                                                                                                                                     Valor de catálogo para
       Tipo de vidro                    Vidro simples incolor (e = 6 mm)                            U = 5,7 W/m2 oC                    um vidro simples
                                                                                                                                            de 6 mm.

        Caixilharia                                 Alumínio                                        k = 230 W/m2ºoC                             -

                                                                                                                                     Classe desconhecida.
          Classe                                                                           Taxa de renovação de ar por hora
                                                    Classe 1                                                                         Assumida a pior classe
     de permeabilidade                                                                                 (RPH) =1
                                                                                                                                         da EN 12207.

                                          Palas resultantes do avanço
      Sombreamento
                              da placa de fibrocimento, colocadas na cota máxima                           -                                    -
         exterior
                                                  dos edifícios

                                                                                                                                       Valor do factor solar
                                                                                                                                      definido com base no
 Sombreamento interior                Cortinas ligeiramente transparentes                         Factor Solar = 0,36
                                                                                                                                     RCCTE para o conjunto
                                                                                                                                      envidraçado+cortina.
                                                                                                                                                               Figura 03 Envolvente da escola                        Figura 04 Ginásio da escola




                                                                                                                                        Módulo de envid-
                                                                                                                                      raçados que se pode
         Imagem
                                                                                                                                       observar em várias
                                                                                                                                           fachadas.




 EN 12207: Norma Europeia 12207 - Janelas e portas - Permeabilidade ao ar - Classificação
 ITE 28: SANTOS, C. A. Pina dos; PAIVA, J. A. Vasconcelos (2004), Caracterização térmica de.Paredes de Alvenaria. LNEC




16     Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                                                                            17
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA




Iluminação                                                                                                                           Equipamentos

Ao nível da iluminação verificou-se a existência                                                                                     Ao nível dos equipamentos, a escola dispõem
de lâmpadas fluorescentes tubulares T8; com                                                                                          de    computadores      na   sala   de   informática
uma potência média instalada de 10W por m2,                                                                                          e em algumas salas de aula, de equipamentos
com balastros electromagnéticos. O período                                                                                           audiovisuais    no      ginásio,    computadores,
de funcionamento foi definido de acordo com                                   Figura 05 Luminária nas salas de aula                  impressora e fax na sala dos professores
perfil de funcionamento para edifícios escolares                                                                                     e equipamentos associados à confecção de
identificado no RSECE, ou seja, 1990 horas                                                                                           refeições na cozinha.
anuais. (Gráfico 01).
                                                                                                                                     A potência instalada, e o número de horas de

Pagina 19                                                                                                                            funcionamento dos equipamentos existentes,
                                                                                                                                     foram assumidos de acordo com as indicações
                      100
                                                                                                                                     do RSECE relativas ao perfil de utilização de
                      90
                                                                                                                                     equipamentos em escolas. Nas salas de aula
                      80
                                                                                                                                     e salas de informática foram assumidas potên-
                       70
                                                                                                                                     cias de 5W/m2 e 105 W/m2 respectivamente e um
     % Ilumunação




                      60              Segunda a Sexta                                                                                horário de funcionamento de 1993 horas/ano.
                       50

                       40                                                                                                            Na cozinha a potência especificada pelo RSECE
                                                                                                                                     é de 250 W/m2 para equipamentos e 8 W/m2
                       30
                                                                                                                                     para o sistema de ventilação. São assumidas
                       20
                                                                                                                                     1560 horas de funcionamento anuais.
                       10

                        0                                                                                                            Quer a preparação de refeições, como a pre-
                                     1h
                             2h 2h

                             3h 3h
                             4h s 4h
                             5h 5h
                             6h 6h
                             7h 7h

                             8h 8h

                                as h
                              h 10h



                                       h

                                       h

                                a h
                                a h

                                 a h
                                a h

                                a h
                               a h


                                a 1h
                             h 2h

                                as h
                                       h
                              h 0h
                            11h 11h
                            9h s 9




                           12 s 12

                           13 s 13
                           14 s 14
                           15 s 15

                           16 s 16
                           17 s 17
                          18 s 18

                                     9




                                     3
                                    24
                                                                                                                                     paração de águas quentes sanitárias são feitas
                          21 as 2
                                  as




                         23 s 2
                         22 s 2
                         19 s 1
                         20 s 2
                                  as




                                  as
                                  as
                                  as




                                 as


                                 as




                                as
                                  a




                                 a




                                 a

                                 a
                                a
                       0h




                                a
                            1h




                              h

                              h




                              h
                              h
                              h


                              h

                              h




                             h
                             h




                                                                                                                                     a partir de gás natural. Com base nas facturas
                             h
                          10




                                                                          Horas                                                      disponíveis foi possível identificar um consumo
Gráfico 01 Perfis de carga para a iluminação em “Estabelecimentos de Ensino” (Fonte: RSECE, 2006)                                    anual de gás natural de 31 MWh. Desagregando,
                                                                                                                                     equitativamente, este consumo por ambas
Localmente foram identificadas as potências de                                                                                       as utilizações concluí-se que a fracção destinada
iluminação instaladas na cozinha e no refeitório,                                                                                    à    produção   de   águas    quentes     sanitárias,
respectivamente de 12W/m2 e 10W/m2.                                                                                                  utilizando um esquentador convencional com
                                                                                                                                     rendimento médio anual de 87%, é responsável
Os perfis de funcionamento foram definidos de                                                                                        pela produção de 1400 L/água quente.dia
acordo com as indicações do RSECE relativas                                                                                          (considerando uma temperatura de aquecimento
ao perfil de utilização do sistema de iluminação                                                                                     de 65oºC, ou seja um diferencial médio de
em estabelecimentos escolares, ou seja, 1560                                                                                         temperatura de 45oº), o que representa menos
horas de funcionamento na cozinha e 1823 horas                                                                                       de 10% do consumo de água da escola.
de funcionamento no refeitório.                                               Figura 06 Perspectiva do refeitório à hora de almoço                                                           Figura 07 Perspectiva da cozinha


18                  Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                         19
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA




Climatização dos espaços                                                Ocupação

O edifício em análise não contempla sistemas                            Os níveis de ocupação efectiva das salas de aula
de ventilação e dispõe apenas de aquecedores                            e demais espaços foram aferidos durante a visita
eléctricos por efeito de Joule em alguns dos                            ao local, tal como apresentado na Tabela 07.
espaços.
                                                                        Os perfis de ocupação assumidos são os defi-
                                                                        nidos pelo RSECE e apresentados no Gráfico 02


                                                                        Tabela 07 Perfil de ocupação


                                                                                Zona         m2/pessoa        Total

                                                                            Salas de Aula        2             324
                                                                              Refeitório          1            117
                                                                                 Sala
                                                                                                 2             10
                                                                            de informática
                                                                               Outros            10            45




                100

                90

                80

                 70

                60                Segunda a Sexta
 % Ocupação




                 50

                 40

                 30

                 20

                 10

                  0
                      1h
                           2h

                                    3h 3h
                                    4h s 4h
                                    5h 5h
                                    6h 6h
                                    7h 7h

                                    8h 8h

                                       as h
                                     h 10h



                                              h

                                              h

                                       a h
                                       a h

                                        a h
                                       a h

                                       a h
                                      a h


                                       a 1h
                                    h 2h

                                       as h
                                              h
                                     h 0h
                                   11h 11h
                                   9h s 9




                                  12 s 12

                                  13 s 13
                                  14 s 14
                                  15 s 15

                                  16 s 16
                                  17 s 17
                                 18 s 18

                                            9




                                            3
                                           24
                                 21 as 2
                   as




                                23 s 2
                                22 s 2
                                19 s 1
                                20 s 2
                             as




                                         as
                                         as
                        as




                                        as


                                        as




                                       as
                                         a




                                        a




                                        a

                                        a
                                       a
                 0h




                                       a
                           2h
                      1h




                                     h

                                     h




                                     h
                                     h
                                     h


                                     h

                                     h




                                    h
                                    h
                                    h
                                 10




                                                                    Horas
Gráfico 02 Perfis de carga para a ocupação em “Estabelecimentos de Ensino” (Fonte: RSECE, 2006)



20            Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1
4                           Trabalho Desenvolvido
    Trabalho Desenvolvido
                                                                                      Aquecimento e ventilação dos espaços

                                                                                      O edifício em análise não contempla sistemas
                                                                                      de aquecimento centralizado nem sistemas de
                            A análise do desempenho                                   ventilação mecânicos que assegurem a nece-
                            energético do edifício foi                                ssária taxa de renovação do ar nas salas de aulas
                            desenvolvida através da                                   e demais espaços.
                            sua simulação energética                     EnergyPlus

                            detalhada recorrendo ao                                   Para os efeitos deste trabalho, tendo em
                            software Energy Plus, versão 2.2.                         consideração que o objectivo é simular as
                                                                                      condições de funcionamento de um edifício
                            Trata-se   de    um    programa     de       simulação    facilmente extrapoláveis para edifícios similares,
                            energética detalhada em edifícios, vocacionado            considerou-se a existência de um sistema
                            para a modelação de sistemas de aquecimento,              de   aquecimento     central   responsável    pelo
                            arrefecimento, iluminação, ventilação e outros            aquecimento de toda a área da escola e de um
                            fluxos energéticos. Permite estimar os consumos           sistema de ventilação mecânica.
                            energéticos através da simulação dos ganhos
                            energéticos do edifício tendo em consideração             O sistema de aquecimento considera a existência
                            os elementos construtivos, os equipamentos                de uma caldeira a gás natural, com distribuição
                            que comandam o seu funcionamento, a sua                   de água quente por radiadores convectores
                            localização e a influência dos agentes externos.          instalados pelos diferentes espaços. Assume-se
                                                                                      que este sistema é responsável pela manutenção
                            Paralelamente à simulação energética, foram               da temperatura do ar dos espaços a 20oºC ao
                            consultadas as facturas de energia, electricidade         longo da estação de aquecimento das 8 às 20h.
                            e gás natural do edifício, o que permitiu aferir os
                            resultados da simulação relativamente à situação
                            real, validando os resultados do modelo.




                            Figura 08 Modelo de simulação, vista geral                Figura 09 Esquema de sistema de aquecimento central
                                                                                      (Fonte: www.tt-lda.pt)


                                                                                                                                      23
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA




Para o sistema de ventilação mecânica foram                                                                               Em termos de custos, valores de conversão
assumidas as seguintes características:                                                                                   e emissões, foram utilizados os valores que
                                                                                                                          constam na Tabela 09.
•	 Admissão:          grelhas      auto-reguláveis         de
     fachada, localizadas na zona de influência
     dos radiadores, para minimizar situações de
     desconforto devido a correntes de ar frio,

•	 Extracção: ventiladores mecânicos com uma
     potência específica de 1,7 kW/m3.s, conforme                                                                         Tabela 09 Valores de conversão energética, emissões e custos de energia
     indicado na ASHRAE 90.1.
                                                                                                                           Descrição                                          Preço                   Unidade              Fonte

                                                                                                                           Custo da electricidade                              0,114                  [€/kWh]       Facturas EDP, 2009
Este sistema dá resposta às necessidades de
                                                                                                                                                                                                                   Facturas Galp Energia,
                                                                                                                           Custo do gás natural                               0,068                   [€/kWh]
ar exterior de cada divisão, de acordo com                                                                                                                                                                                 2009

a Tabela 08.                                                                                                               Conversão da electricidade em energia primária     0,290                 [kgep/kWh]         RCCTE, 2006

                                                                                                                           Conversão do gás natural em energia primária       0,086                 [kgep/kWh]         RCCTE, 2006

Não foi simulada a existência de um sistema                                                                                Factor de emissão da electricidade                 0,470                 [kg CO2/kWh]     Portaria 63/2008

                                                                                                                           Factor de emissão do gás natural                   0,202                 [kg CO2/kWh]   Instituto do Ambiente
de arrefecimento dos espaços, por exemplo ar
condicionado, uma vez que a escola se encontra
sem actividades lectivas durante o período de
Verão (aproximadamente entre 15 de Junho
e 15 de Setembro), o que faz com que este seja
um investimento muito elevado para o reduzido
período de funcionamento.



Tabela 08 Necessidades de ar exterior de algumas zonas


                                                Ocupação        Ar exterior [m3/h.   Potência de
        Espaço              Área [m2]                                                               Notas
                                                [pessoas]           pessoas]         admissão [W]

      Salas de aula             51,8                 27                30                   383

       Refeitório               116,6                117               35                   1934
                                                                                                    Potência específica
                                                                                                      de 1,7 kW/m3.s
        Ginásio                 116,6                12                30                   170
                                                                                                                                       N




                                                                                                                                           →
        Cozinha                 45,3                 5                 30                   70

                                                                                                                          Figura 10 Modelo de simulação, pormenor da fachada tardoz




24     Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                                                 25
5                                                       Resultados
    Resultados


    5.1	   Matriz energética do edifício
                                                        Os resultados do trabalho desenvolvido são
    5.2	   Simulação da matriz energética do edifício
                                                        apresentados em quatro fases:

    5.3	   Oportunidades de intervenção
                                                        •	 Matriz energética do edifício;
    5.4	   Análise custo - benefício
                                                        •	 Simulação da matriz energética do edifício;


                                                        •	 Oportunidades de intervenção;


                                                        •	 Análise custo - benefício.




                                                                                                         27
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA



                                                                                                                                                                                                                                8000
5.1 Matriz energética do edifício                                                                                 5.2 Simulação da matriz energética




                                                                                                                                                                                 Consumo anual de energia primária [kgep/ano]
                                                                                                                  do edifício                                                                                                   7000
Os dados de facturação real foram obtidos junto
                                                                                                                                                                                                                                6000
do parceiro do projecto EDP, mediante a devida                                                                    A matriz energética do edifício consiste na
autorização por parte da CML.                                                                                     desagregação dos consumos totais de energia do                                                                5000

                                                                                                                  edifício pelas diferentes formas de energia final                                                             4000
Tabela 10 Matriz Energética: Simulação vs Valores reais                                                           (electricidade e gás) e pelas diferentes utilizações                                                          3000
                                                              Simulação      Facturas
 Tipologia
                                                             [MWh/ano]      [MWh/ano]
                                                                                              Diferença           (aquecimento de água sanitária, iluminação,
                                                                                                                                                                                                                                2000
 Electricidade                                                   46,7          59,7             22%               electrodomésticos, etc.) (Gráfico 04 e 05).
                                                                                                                                                                                                                                1000
 Gás Natural                                                     70,1           31              129%
                                                                                                                                                    AQS 7%
                                                                                                                        Preparação                                                                                                 0
                                                                                                                        de refeições 7%                             Iluminação                                                                                                                Envolvente   Ar exterior
A diferença entre os consumos simulados                                                                                                                             39%
                                                                                                                                                                                                                                       Iluminação      Equip.        Equip.      Ventilação         Aquecimento           Prep. de     AQS
e os reais deve-se ao factor real de utilização da                                                                Aquecimento                                                                                                                        (Escolares)   (Cozinha)                                             refeições
iluminação, superior ao nominal estabelecido                                                                      - Ar exterior 13%
                                                                                                                                                                                                                                                         Energia eléctrica                                       Gás Natural
no RSECE e que serviu de base à simulação,
                                                                                                                  Aquecimento                                                    Gráfico 05 Matriz energética do edifício - desagregação dos valores absolutos de energia primária por tipologia
e                          à                          não    consideração       dos        aquecedores            - Envolvente 4%                                                de consumo

eléctricos                                                  de   efeito    Joule      na     simulação.
                                                                                                                       Ventilação 10%                                            5.3 Oportunidades de Intervenção                                                                        Isolamento exterior de fachadas, cobertura
A diferença nos consumos de gás natural reflecte
                                                                                                                                                             Equipamentos                                                                                                                e pavimentos
                                                                                                                                Equipamentos
a simulação do sistema de aquecimento central                                                                                                                (Escolares) 17%
                                                                                                                                (Cozinha) 3%                                     As                                             oportunidades       de   intervenção         foram       O isolamento térmico de edifícios é fundamental
(Gráfico 03).
                                                                                                                  Gráfico 04 Matriz energética do edifício: valores              analisadas ao nível da envolvente do edifício,                                                          para garantir o conforto térmico durante todo
                                                                                                                  relativos de energia primária
                                                                                                                                                                                 da instalação de tecnologias de aproveitamento                                                          o ano, uma vez que este material tem como
                                                                                                                                                                                 de energias renováveis, e da substituição de                                                            principal característica atenuar as diferenças
                                                                                                                                                                                 equipamentos e sistemas de iluminação.                                                                  climáticas sentidas no interior e exterior dos
                                                                                                                                                                                                                                                                                         edifícios. Para além do conforto e da redução
                                                       35
     Utilização anual de energia final [MWh/ano]




                                                                                                                                                                                 Ao nível da envolvente do edifício foi estudada                                                         de custos com equipamentos de aquecimento/
                                                      30                                                                                                                         a aplicação de isolamento térmico nas paredes,                                                          arrefecimento e consumos de energia, um bom
                                                      25                                                                                                                         coberturas e pavimentos e a reabilitação dos vãos                                                       isolamento das paredes exteriores, coberturas
                                                                                                                                                                                 envidraçados.                                                                                           e pavimentos conduz a uma diminuição de
                                                      20
                                                                                                                                                                                                                                                                                         perdas de calor para o exterior no Inverno e reduz
                                                       15                                                                                                                        Na integração de tecnologias de aproveitamento                                                          os ganhos de calor no Verão.
                                                       10                                                                                                                        de energias renováveis foi avaliada a adopção de
                                                                                                                                                                                 painéis solares térmicos para a produção de águas                                                       A aplicação de isolamento térmico pode fazer-se
                                                        5
                                                                                                                                                                                 quentes sanitárias e de painéis fotovoltaicos para                                                      pelo interior e pelo exterior. No entanto, a melhor
                                                        0                                                                                                                        produção de electricidade.                                                                              opção em termos de manutenção da inércia
                                                                                                                       Envolvente     Ar exterior
                                                                                                                                                                                                                                                                                         térmica do edifício e de manutenção das áreas no
                                                            Iluminação      Equip.            Equip.      Ventilação        Aquecimento                Prep. de       AQS
                                                                          (Escolares)       (Cozinha)                                                 refeições                  Na substituição de equipamentos e sistemas de                                                           interior do edifício, é o isolamento pelo exterior.

                                                                             Energia eléctrica                                              Gás Natural                          iluminação existentes foi considerada a aquisição
                                                                                                                                                                                 de equipamentos mais eficientes do ponto de                                                             Na    escolha     dos    materiais    de    isolamento
Gráfico 03 Valores da simulação dos consumos energéticos em energia final                                                                                                        vista do consumo energético.                                                                            a utilizar, deve ser considerado o coeficiente


28                                                 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                                                                                                       29
REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA




de     transmissão      térmica    U   (W/m2.C),     uma     •	 Colocação de rede de fibra de vidro entre                      Em edifícios existentes, a aplicação de isolamento               energética prioritária, quer face aos benefícios
medida da quantidade de calor, por unidade                        o isolamento e o acabamento, pois é este                     térmico pelo exterior deve ser feita com sistemas                imediatos      em      termos      da     diminuição            das
de tempo, que atravessa uma superfície de                         elemento que confere resistência mecânica ao                 compósitos do tipo ETICS (da designação inglesa                  necessidades energéticas, quer por se tratar
área unitária desse elemento da envolvente                        isolamento, e                                                External Thermal Insulation Composite Systems),                  de uma das medidas mais simples e menos
por unidade de diferença de temperatura entre                                                                                  uma vez que as soluções de preenchimento da                      dispendiosas. Para além disso, uma intervenção
                                                             •	 Acabamento com tinta arenosa do tipo reboco
os ambientes que ele separa (Fonte: RCCTE,                                                                                     caixa de ar com isolamento que apenas se aplica                  numa cobertura, realizada para resolver um
                                                                  desumidificante com elevada transpirabilidade
2006). Em materiais isolantes, este indicador                                                                                  a edifícios novos.                                               problema      de     impermeabilização,            facilmente
                                                                  e hidrorepelência, que permita ao edifício
é tanto melhor quanto mais baixo for o seu valor.                                                                                                                                               poderá ser “alargada” para incluir a aplicação
                                                                  respirar e manter a impermeabilidade à água.
                                                                                                                               No caso em concreto foi analisada a utilização de                de isolamento térmico nessa mesma cobertura,
Para além das propriedades térmicas, dependendo                                                                                placas de poliestireno expandido extrudido, EPS,                 sendo o sobrecusto desta solução praticamente
da aplicação, deve ser considerada a durabilidade                                                                              de 20, 30, 40, 60 e 100 mm. De acordo com o ITE                  equivalente ao custo do material.
dos materiais, a compressibilidade, a estabilidade                                                                             50, a condutibilidade térmica do EPS é de 0.040
dimensional,       o    comportamento          à    água,                                                                      W/m.K, um dos valores mais baixos de entre os                    A solução estudada para coberturas horizontais
o comportamento mecânico e a permeabilidade                                                                                    materiais avaliados no manual (Figura 12).                       foi a da aplicação de poliestireno expandido
ao vapor.                                                                                                                                                                                       extrudido por cima da camada de regularização
                                                                                                                                    ext.                                       int..
                                                                                                                                                                                                (placas de 20, 30, 40, 60 e 100 mm), tal como
Em alternativa, sobretudo do ponto de vista da                                                                                                                                  1               esquematizado na Figura 13.
natureza dos materiais constituintes, é possivel                                                                                                                                2
a utilização do aglomerado negro de cortiça                                                                                                                                                         ext.                                                    1
como camada de isolamento por se tratar de                                                                                                                                                                                                                  2
                                                                                                                                                                                3
um material de origem natural com excelentes                                                                                                                                                                                                                6
propriedades térmicas.                                                                                                                                                          4                                                                           3
                                                                                                                                                                                5
                                                                                                                                                                                                                                                            4
A solução a adoptar para o isolamento térmico                                                                                                                                   6
                                                                                                                                                                                                                                                            5
                                                                                                                                                                                7                   int.
de fachadas é particularmente importante uma
                                                                                                                                1   Revestimento exterior aderente (reboco, pedra,...)
vez que a exposição do isolamento a elementos
                                                                                                                                2   Pano exterior de alvenaria (de tijolo, de blocos ou de
erosivos é muito elevada. Como tal, a solução                                                                                       pedra) ou parede de betão
                                                                                                                                                                                                    ext.                                                    1
técnica a instalar deve salvaguardar quatro                                                                                     3   Estribo de ligação dos panos

aspectos essenciais:                                                                                                            4   Espaço de ar com drenagem                                                                                               6
                                                                                                                                5   Pano interior de alvenaria (de tijolo ou de blocos ou de                                                                2
•	 Camada de adesivo integral na placa de                                                                                           pedra) ou parede de betão
                                                                                                                                6   Revestimento interior (reboco, estuque, placa de gesso,
                                                                                                                                                                                                                                                            4
     isolamento, que assegure a impossibilidade                                                                                                                                                     int.
                                                                                                                                    de madeira, pedra,...)
     de existirem fenestrações entre o reboco                                                                                   7   Isolamento térmico
                                                                                                                                                                                                1    Protecção exterior da cobertura (autoprotecção)
                                                              1    Camada de reboco pré preparado;
     e o painel;                                                                                                                                                                                2    Sistema de impermeabilização
                                                              2    Adesivo integral;                                           Figura 12 Parede dupla com isolante térmico compósito
                                                                                                                               exterior (Fonte: baseado no ITE50)                               3    Camada de forma (betão leve, emed = 0,10m)
•	 Fixação adicional dos painéis com cavilhas                 3    Painel isolante e aplicação de cavilhas de polipropileno;
                                                                                                                                                                                                4    Estrutura resistente (laje maciça ou aligeirada, chapa
                                                              4    Barramento em duas demãos, armado com rede em                                                                                     metálica nervurada)
     em polipropileno, que assegura a estabilidade                 fibra de vidro;
                                                                                                                               A cobertura é o elemento construtivo do                          5    Revestimento interior (reboco, estuque, pintura,...)
     dos painéis, reforçando a acção do adesivo               5    1aª demão de primário e acabamento
                                                                                                                               edifício sujeito às maiores amplitudes térmicas.                 6    Isolante térmico (suporte de impermeabilização)
     integral;                                                6    2aª demão de acabamento
                                                                                                                               O    isolamento       térmico       de    uma        cobertura   Figura 13 Cobertura horizontal com isolamento
                                                             Figura 11 Perspectiva da aplicação de isolamento térmico                                                                           térmico aplicado sobre a camada de regularização
                                                             pelo exterior (Fonte: MAPEL, 2010)                                é considerado uma intervenção de eficiência                      (Fonte: ITE 50)


30     Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1                                                                                                                                                                                                       31
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Manual de Reabilitação Sustentável para Lisboa - Escola EB1 (Anos 80)

  • 1. Reabilitação Sustentável para Lisboa Escola Básica EB1 Anos 80 Com o apoio do programa EEA Grants
  • 2.
  • 3. ÍNDICE 1 Apresentação 06 2 Enquadramento Legal da Reabilitação Energética de Edifícios 08 2.1 PNAEE - Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética 09 2.2 SCE - Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior de Edifícios 09 2.3 RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios 11 2.4 ITED - Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios 12 FICHA TÉCNICA 3 Introdução ao Edifício 14 Título Reabilitação Sustentável para Lisboa - Escola Básica EB1, Benfica, anos 80, Lisboa 4 Trabalho Desenvolvido 22 Edição Desenvolvido pela Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia - Ambiente de Lisboa no âmbito do projecto Reabilitação Sustentável para Lisboa 5 Resultados 26 Financiamento EEA Grants - Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu - Fundo ONG 5.1 Matriz energética do edifício 28 - Componente Ambiente ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações 5.2 Simulação da matriz energética do edifício 28 EDP - Energias de Portugal, SA REN - Redes Energéticas Nacionais, SGPS, SA 5.3 Oportunidades de intervenção 29 Autores 5.4 Análise custo - benefício 40 Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia-Ambiente de Lisboa Edifícios Saudáveis Consultores 6 Síntese e Conclusões 46 Fotografias Lisboa E-Nova Edifícios Saudáveis Consultores Design Gráfico e Produção Lisboa E-Nova AddSolutions Tiragem 500 exemplares Agradecimentos A todos os especialistas e instituições que contribuíram para os conteúdos deste documento. Informação Adicional Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia - Ambiente de Lisboa Rua dos Fanqueiros, n.oº 38, 1.oºº, 1100-231 Lisboa Tel. +351 218 847 010; Fax +351 218 847 029 www.lisboaenova.org; info@lisboaenova.org 5
  • 4. 1 Apresentação Apresentação A reabilitação de edifícios constitui uma área com to dos Sistemas Energéticos de Climatização dos enorme potencial de intervenção e de grande Edifícios (RSECE) e o Decreto-Lei 80/2006, que relevância para a cidade de Lisboa, que procura aprova o Regulamento das Características de sistematizar e dinamizar o seu processo de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE). qualificação do meio edificado. As boas práticas identificadas e apresentadas Neste contexto, e com o objectivo de liderar nesta publicação permitirão aos proprietários através de boas práticas, a Lisboa E-Nova, com de edifícios similares, adoptar medidas que o apoio financeiro do programa EEA-Grants, promovam a melhoria da eficiência energética da ANACOM, EDP e REN, promoveu o projecto e consequente redução da factura energética Reabilitação Sustentável para Lisboa. do seu edifício, aumentando simultaneamente as condições de conforto e salubridade dos seus Em colaboração com várias entidades, nomeada- ocupantes. mente a Câmara Municipal de Lisboa, a ADENE - Agência para a Energia, a Gebalis EEM - Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa, o IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, o IHRU - Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana e o programa MIT Portugal - Sistemas Sustentáveis de Energia, foram analisados quatro edifícios municipais, de tipologias características do parque edificado de Lisboa, no sentido de definir a matriz energética destes edifícios e identificar as oportunidades de intervenção que permitem melhorar o desem- penho energético deste património. Este trabalho surge no contexto dos regulamentos publicados a 4 de Abril de 2006, que regulam o desempenho energético- ambiental dos edifícios, designadamente o Decreto-Lei 78/2006 que aprova o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE), o Decreto-Lei 79/2006 que aprova o Regulamen- 7
  • 5. 2 Enquadramento legal Enquadramento legal da reabilitação energética de edifícios da reabilitação energética de edifícios 2.1 PNAEE - Plano Nacional de Acção 2.1 PNAEE - Plano Nacional Este programa considera, também, a renovação para a Eficiência Energética de Acção para a Eficiência Energética do parque escolar, ainda que não tenham sido Resolução do Conselho de Ministros n.o 80/2008, traçados objectivos concretos no PNAEE. 2.2 SCE - Sistema Nacional de Certificação Energética 20 de Maio e da Qualidade do Ar Interior de Edifícios No contexto do PNAEE foram definidas várias 2.3 RCCTE - Regulamento das Características 2.2 SCE - Sistema de Certificação de Conforto Térmico de Edifícios acções com vista a promover o aumento da Energética e da Qualidade optimização do desempenho energético de do Ar Interior de Edifícios 2.4 RMUEL - Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação edifícios de serviços, nomeadamente de escolas. Decreto-Lei n.o 78/2006, 6 de Abril de Lisboa O Sistema Nacional de Certificação Energética de 2.5 ITED - Infra-Estruturas de Telecomunicações em Edifícios Edifícios veio estabelecer que todos os edifícios, incluindo os existentes, envolvidos num processo de transacção comercial de arrendamento ou venda do imóvel, são obrigados a cumprir o SCE. Os proprietários destes edifícios/fracções devem apresentar o certificado energético e da qualidade do ar interior do edifício/fracção correspondente, de modo a concretizar a operação comercial. A área Residencial e Serviços integra a medida Os edifícios existentes não têm imposição de 3.2.2 - Eficiência nos Serviços que apresenta como classe mínima nem obrigatoriedade de instalação um dos objectivos a promoção da instalação de de sistemas solares térmicos. sistemas solares térmicos e de micro-geração em escolas. Na Figura 01 é apresentada um exemplo de certificado energético para uma fracção de No programa 5.1 Eficiência Energética no Estado, serviços que cumpra o RSECE. a área dos edifícios contempla vários objectivos, nomeadamente aplicáveis ao parque escolar público. A medida 5.1.1.4 prevê a instalação de sistemas de micro-geração em 50% do parque escolar num total de 2500 escolas públicas onde este investimento tenha viabilidade. Prevê-se, assim, instalar uma capacidade total de 15MW, até 2015. 9
  • 6. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA 2.3 RSECE - Regulamento 6 em 6 anos, e a inspecções às caldeiras dos Sistemas Energéticos e sistemas de ar condicionado. A verificação de Climatização em Edifícios dos requisitos do RSECE passa pela Decreto-Lei n.oº 79/2006, 6 de Abril caracterização da envolvente, pela limitação da potência a instalar ao nível dos sistemas Uma grande reabilitação constitui uma boa energéticos, pela identificação de medidas de oportunidade para intervir no edifício ao nível dos melhoria, desenvolvimento de um plano de diversos aspectos que podem influenciar o seu manutenção obrigatório e manutenção dos desempenho energético, como a sua envolvente, as requisitos de qualidade do ar interior (taxa de instalações mecânicas de climatização e os demais renovação do ar e concentração de poluentes); sistemas energéticos. De acordo com este decreto, em escolas, o valor O RSECE veio estabelecer requisitos de qualidade limite para os consumos globais específicos em do ar interior e desempenho energético em edifícios existentes é de 15kgep/m2. ano. edifícios de serviços novos e/ou reabilitados com mais de 1.000m2 ou potência de climatização Relativamente à qualidade do ar interior, superior a 25kW. Nestes edifícios, a eficiência a avaliação é realizada ao nível de parâmetros dos sistemas de climatização e iluminação é um químicos (partículas em suspensão, dióxido dos principais critérios na atribuição da classe de carbono, monóxido de carbono, ozono, energética (Fonte: ADENE, 2008). formaldaído e compostos orgânicos voláteis), parâmetros microbiológicos (bactérias, fungos, O RSECE foi aprovado com os seguintes radão) e parâmetros físicos (temperatura objectivos : e humidade relativa). • Definir as condições de conforto térmico e de higiene nos diferentes espaços dos edifícios, Tabela 01 Valores limite de concentração de poluentes em edifícios de serviços (Fonte: RSECE, 2006) de acordo com as respectivas funções; Concentração limite • Melhorar a eficiência energética global dos Parâmetro em sala de aula edifícios, promovendo a sua limitação para TVOCs (compostos 0.6 mg/m3 padrões aceitáveis, em edifícios novos ou orgânicos voláteis) existentes; CO2 (dióxido de carbono) 1.800 mg/m3 O3 (ozono) 0.2 mg/m3 • Impor regras de eficiência aos sistemas de CO (monóxido 4,4 mg/m3 climatização, que permitam melhorar o seu de carbono) desempenho energético e garantir os meios PM10 (particulas 0,11 mg/m3 em suspensão) para a manutenção de uma boa qualidade HCHO (formaldeído) 0.1 mg/m3 do ar interior, a nível do projecto, instalação Bactérias 428 UFC/m3 e funcionamento/manutenção; Fungos 500 UFC/m3 • Estes edifícios ficam sujeitos à realização 400 Bq/m3 Radão (quando aplicável) de auditorias energéticas obrigatórias de Figura 01 Exemplo de um certificado energético para edifícios de serviços (Fonte: ADENE, 2008) Legionella 100 UFC/m3 10 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 11
  • 7. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA 2.4 ITED - Infra-estruturas Urge, assim, considerar nas intervenções de Tabela 02 Redes de cabos a instalar em edifícios escolares (Fonte: Manual ITED – Especificações Técnicas das Infra- estruturas de Telecomunicações em Edifícios) de telecomunicações em edifícios reabilitação energética a adequação destes EDIFÍCIOS ESCOLARES: REDES DE CABOS - PRESCRIÇÕES MÍNIMAS edifícios às novas normas das infra-estruturas de O sucesso das intervenções de reabilitação Cabos Coaxiais telecomunicações. Pares de cobre CATV Fibra Óptica energética e a avaliação dos efectivos resultados Categoria 6 OS1 dos investimentos realizados só é validável Ligações entre TCD-C-H Neste contexto importa ainda referir os critérios PD UTP 4 Pares - 1 cabo por PD CATV - 1 cabo por PD 1 cabo de 4 fibras por PD através da monitorização e aferição das reduções Garantia da Classe E OF-300 definidos no ITED relativamente às redes de conseguidas ao nível dos consumos energéticos. Categoria 6 cabos e de tubagens a instalar, obrigatoriamente, Ligações a partir UTP 4 Pares - 1 cabo por TT TCD-C-H A definir pelo projectista É nesta base que se define o conceito de smart dos PD Garantia da Classe E CATV - 1 cabo por TT em edifícios escolares (Tabela 02 e 03). cities, ou seja, uma cidade que utiliza de forma • A rede de pares de cobre, a rede de fibra óptica e a rede de CATV seguem, obrigatoriamente, a topologia de distribuição inovadora as novas tecnologias de informação em estrela, para jusante dos PD considerados. • O projecto da rede de cabos a partir dos PD, onde se inclui a definição do número de tomadas, está dependente e comunicação, potenciando o desenvolvimento das necessidades do cliente. de um ambiente urbano mais inclusivo, • Recomenda-se a existência de uma tomada de PC e CC por divisão, onde se incluem as salas de aula, laboratórios, salas de reuniões, refeitórios e bares. diversificado e sustentável. • Recomenda-se a instalação de 1 rede de distribuição de MATV. Os novos regulamentos ITED - Especificações Técnicas das Infra-estruturas de Tele- comunicações em Edifícios, em vigor desde Janeiro de 2010, foram revistos e reforçam a qualidade das infra-estruturas de comunicações e a sua consistência técnica, tornando obrigatória Tabela 03 Redes de tubagens a instalar nos edifícios escolares (Fonte: Manual ITED – Especificações Técnicas das Infra- estruturas de Telecomunicações em Edifícios) a adaptação dos edifícios às Redes de Nova EDIFÍCIOS ESCOLARES: REDES DE CABOS - PRESCRIÇÕES MÍNIMAS Geração, de elevada longevidade e capacidade de adaptação sustentada. Cabos Coaxiais Pares de cobre Fibra Óptica CATV 1 tubo de ∅40mm, ou equivalente 1 tubo de ∅40mm, ou equivalente 1 tubo de ∅40mm, ou equivalente Numa sociedade cada vez mais consciente • 1 PD (bastidor) em cada piso comum às tecnologias. e dinâmica, é essencial dotar os edifícios de Ligações • Caso a área seja superior a 1000m2, devem ser instalados PD adicionais (dimensões mínimas a sistemas de gestão inteligentes que tirem entre PD definir pelo projectista). • Em cada ponto de distribuição deve existir energia eléctrica. partido de serviços inovadores, de entre os • PAT: 2 tubos de ∅40mm, ou equivalente. quais importa destacar não só os associados Ligações • A tubagem é partilhada por todos os tipos de cabos. à segurança de pessoas e bens, mas também ao a partir • Utiliza-se tubo de ∅20mm, ou equivalente. conforto, economia e qualidade de vida. Neste dos PD • Deve considerar-se uma distância máxima de 90m entre o último PD e as TT (cablagem horizontal). último parâmetro são claramente identificáveis • Em qualquer situação, o dimensionamento das condutas deve ser efectuado através das fórmulas respectivas. os serviços associados à utilização de energias renováveis, à regulação automática de temperatura e humidade, ao ajuste automático de iluminação natural e artificial, e ao telecontrolo e controlo à distância, entre outros. 12 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 13
  • 8. 3 Introdução ao Edifício Introdução ao Edifício A Escola Básica n.ºo 52, pertencente ao de informática, uma sala de professores e uma Agrupamento de Escolas Pedro de Santarém, pequena biblioteca. A escola tem um grande pátio foi edificada em 1981, dentro do conceito da exterior, com campo de jogos onde os alunos escola tipo P3, característica da época. Esta nova praticam actividades livres. tipologia de escola caracterizava-se por funcionar em regime de “área aberta”, sem paredes a isolar as salas de aula. Terminada esta experiência, professores e educadores, não achando funcional este sistema por causa do ruido, pediram que as salas fossem isoladas, o que foi feito com paredes pré-fabricadas de alumínio, vidro e madeira. Figura 02 Vista geral do edifício. Ao nível da organização espacial do edifício, é uma escola com 4 núcleos, integrando cada O edifício em análise situa-se na Rua Jorge um deles três salas de aula por cada ano de Barradas em Benfica, numa zona envolvida por escolaridade, zonas de trabalho numa área prédios de habitação e conta com uma área total comum e respectivas instalações sanitárias. de 9000 m2. A área de implantação da escola Possui, ainda, um polivalente, uma cozinha com é de 894m2, distribuídos por dois pisos, cada com refeitório, um gabinete administrativo, uma sala uma área útil de 1413 m2 (Tabela 04). Tabela 04 Caracterização do edifício Área de implantação [m2] 894 Área de construção [m ] 2 1413 N.o de pisos 2 Pé direito [m] 2,7 Palas resultantes do avanço da placa de fibrocimento, Palas de sombreamento colocadas na cota máxima dos edifícios Orientação 15
  • 9. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA Tabela 05 Caracterização dos elementos construtivos opacos O edifício foi caracterizado de acordo com Os consumos energéticos mais relevantes no Descrição (elementos relevantes) Coeficiente global de transmissão Elemento (ext → int) de calor [W/m.2 oC] Notas o levantamento realizado durante a visita ao local. edifício são: Tinta clara + reboco exterior (e = 20 mm) • iluminação; + tijolo furado (e = 70 mm) Na ausência dos dados necessários foram Parede exterior + caixa de ar (e = 80 mm) U= 1,40 • equipamentos nas salas de aula; + tijolo furado (e = 110 mm) assumidos os padrões definidos no RSECE, + reboco interior (e = 20 mm) + tinta clara nomeadamente na definição dos perfis de • equipamentos de cozinha; Placa de Fibrocimento, + caixa de ar (e = 100 mm) utilização do edifício. Para o cálculo das + camada de betão leve de regularização Uinv= 1,30 • sistema de aquecimento de água sanitária; + laje aligeirada (e = 150 mm), Uver= 1,20 Tipologia de acordo necessidades energéticas foram identificados + reboco interior (e = 20 mm) com o projecto e com • aquecedores eléctricos (efeito de “Joule”). a visita. os equipamentos tipo. Tinta clara + camada de betão leve de regularização Uinv= 1,65 Laje + laje aligeirada (e = 150 mm), Uver= 1,50 Os valores (cobertura) + reboco interior (e = 20 mm) de “U” foram definidos Placa de Fibrocimento, com base nas proprie- + caixa de ar (e = 100 mm) dades dos materiais + camada de betão leve de regularização Uinv= 1,10 do ITE 50. + laje aligeirada (e = 150 mm), Uver= 1,00 + reboco interior (e = 20 mm) + placa de cortiça (e = 10 mm) Tela impermeabilizante + laje de betão (e = 150 mm) U= 3,15 Laje + ladrilho (e = 8 mm) (piso térreo) Tela impermeabilizante + laje de betão (e = 150 mm) U= 1,80 + taco (e = 15 mm) ITE50: Pina dos Santos, C. e Matias, L. (2006) Coeficientes de Transmissão Térmica de Elementos da Envolvente dos Edifícios, LNEC Tabela 06 Caracterização dos elementos construtivos transparentes Descrição (elementos relevantes) Coeficiente global de transmissão Elemento Notas (ext → int) de calor [W/m.2 oC] Valor de catálogo para Tipo de vidro Vidro simples incolor (e = 6 mm) U = 5,7 W/m2 oC um vidro simples de 6 mm. Caixilharia Alumínio k = 230 W/m2ºoC - Classe desconhecida. Classe Taxa de renovação de ar por hora Classe 1 Assumida a pior classe de permeabilidade (RPH) =1 da EN 12207. Palas resultantes do avanço Sombreamento da placa de fibrocimento, colocadas na cota máxima - - exterior dos edifícios Valor do factor solar definido com base no Sombreamento interior Cortinas ligeiramente transparentes Factor Solar = 0,36 RCCTE para o conjunto envidraçado+cortina. Figura 03 Envolvente da escola Figura 04 Ginásio da escola Módulo de envid- raçados que se pode Imagem observar em várias fachadas. EN 12207: Norma Europeia 12207 - Janelas e portas - Permeabilidade ao ar - Classificação ITE 28: SANTOS, C. A. Pina dos; PAIVA, J. A. Vasconcelos (2004), Caracterização térmica de.Paredes de Alvenaria. LNEC 16 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 17
  • 10. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA Iluminação Equipamentos Ao nível da iluminação verificou-se a existência Ao nível dos equipamentos, a escola dispõem de lâmpadas fluorescentes tubulares T8; com de computadores na sala de informática uma potência média instalada de 10W por m2, e em algumas salas de aula, de equipamentos com balastros electromagnéticos. O período audiovisuais no ginásio, computadores, de funcionamento foi definido de acordo com Figura 05 Luminária nas salas de aula impressora e fax na sala dos professores perfil de funcionamento para edifícios escolares e equipamentos associados à confecção de identificado no RSECE, ou seja, 1990 horas refeições na cozinha. anuais. (Gráfico 01). A potência instalada, e o número de horas de Pagina 19 funcionamento dos equipamentos existentes, foram assumidos de acordo com as indicações 100 do RSECE relativas ao perfil de utilização de 90 equipamentos em escolas. Nas salas de aula 80 e salas de informática foram assumidas potên- 70 cias de 5W/m2 e 105 W/m2 respectivamente e um % Ilumunação 60 Segunda a Sexta horário de funcionamento de 1993 horas/ano. 50 40 Na cozinha a potência especificada pelo RSECE é de 250 W/m2 para equipamentos e 8 W/m2 30 para o sistema de ventilação. São assumidas 20 1560 horas de funcionamento anuais. 10 0 Quer a preparação de refeições, como a pre- 1h 2h 2h 3h 3h 4h s 4h 5h 5h 6h 6h 7h 7h 8h 8h as h h 10h h h a h a h a h a h a h a h a 1h h 2h as h h h 0h 11h 11h 9h s 9 12 s 12 13 s 13 14 s 14 15 s 15 16 s 16 17 s 17 18 s 18 9 3 24 paração de águas quentes sanitárias são feitas 21 as 2 as 23 s 2 22 s 2 19 s 1 20 s 2 as as as as as as as a a a a a 0h a 1h h h h h h h h h h a partir de gás natural. Com base nas facturas h 10 Horas disponíveis foi possível identificar um consumo Gráfico 01 Perfis de carga para a iluminação em “Estabelecimentos de Ensino” (Fonte: RSECE, 2006) anual de gás natural de 31 MWh. Desagregando, equitativamente, este consumo por ambas Localmente foram identificadas as potências de as utilizações concluí-se que a fracção destinada iluminação instaladas na cozinha e no refeitório, à produção de águas quentes sanitárias, respectivamente de 12W/m2 e 10W/m2. utilizando um esquentador convencional com rendimento médio anual de 87%, é responsável Os perfis de funcionamento foram definidos de pela produção de 1400 L/água quente.dia acordo com as indicações do RSECE relativas (considerando uma temperatura de aquecimento ao perfil de utilização do sistema de iluminação de 65oºC, ou seja um diferencial médio de em estabelecimentos escolares, ou seja, 1560 temperatura de 45oº), o que representa menos horas de funcionamento na cozinha e 1823 horas de 10% do consumo de água da escola. de funcionamento no refeitório. Figura 06 Perspectiva do refeitório à hora de almoço Figura 07 Perspectiva da cozinha 18 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 19
  • 11. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA Climatização dos espaços Ocupação O edifício em análise não contempla sistemas Os níveis de ocupação efectiva das salas de aula de ventilação e dispõe apenas de aquecedores e demais espaços foram aferidos durante a visita eléctricos por efeito de Joule em alguns dos ao local, tal como apresentado na Tabela 07. espaços. Os perfis de ocupação assumidos são os defi- nidos pelo RSECE e apresentados no Gráfico 02 Tabela 07 Perfil de ocupação Zona m2/pessoa Total Salas de Aula 2 324 Refeitório 1 117 Sala 2 10 de informática Outros 10 45 100 90 80 70 60 Segunda a Sexta % Ocupação 50 40 30 20 10 0 1h 2h 3h 3h 4h s 4h 5h 5h 6h 6h 7h 7h 8h 8h as h h 10h h h a h a h a h a h a h a h a 1h h 2h as h h h 0h 11h 11h 9h s 9 12 s 12 13 s 13 14 s 14 15 s 15 16 s 16 17 s 17 18 s 18 9 3 24 21 as 2 as 23 s 2 22 s 2 19 s 1 20 s 2 as as as as as as as a a a a a 0h a 2h 1h h h h h h h h h h h 10 Horas Gráfico 02 Perfis de carga para a ocupação em “Estabelecimentos de Ensino” (Fonte: RSECE, 2006) 20 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1
  • 12. 4 Trabalho Desenvolvido Trabalho Desenvolvido Aquecimento e ventilação dos espaços O edifício em análise não contempla sistemas de aquecimento centralizado nem sistemas de A análise do desempenho ventilação mecânicos que assegurem a nece- energético do edifício foi ssária taxa de renovação do ar nas salas de aulas desenvolvida através da e demais espaços. sua simulação energética EnergyPlus detalhada recorrendo ao Para os efeitos deste trabalho, tendo em software Energy Plus, versão 2.2. consideração que o objectivo é simular as condições de funcionamento de um edifício Trata-se de um programa de simulação facilmente extrapoláveis para edifícios similares, energética detalhada em edifícios, vocacionado considerou-se a existência de um sistema para a modelação de sistemas de aquecimento, de aquecimento central responsável pelo arrefecimento, iluminação, ventilação e outros aquecimento de toda a área da escola e de um fluxos energéticos. Permite estimar os consumos sistema de ventilação mecânica. energéticos através da simulação dos ganhos energéticos do edifício tendo em consideração O sistema de aquecimento considera a existência os elementos construtivos, os equipamentos de uma caldeira a gás natural, com distribuição que comandam o seu funcionamento, a sua de água quente por radiadores convectores localização e a influência dos agentes externos. instalados pelos diferentes espaços. Assume-se que este sistema é responsável pela manutenção Paralelamente à simulação energética, foram da temperatura do ar dos espaços a 20oºC ao consultadas as facturas de energia, electricidade longo da estação de aquecimento das 8 às 20h. e gás natural do edifício, o que permitiu aferir os resultados da simulação relativamente à situação real, validando os resultados do modelo. Figura 08 Modelo de simulação, vista geral Figura 09 Esquema de sistema de aquecimento central (Fonte: www.tt-lda.pt) 23
  • 13. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA Para o sistema de ventilação mecânica foram Em termos de custos, valores de conversão assumidas as seguintes características: e emissões, foram utilizados os valores que constam na Tabela 09. • Admissão: grelhas auto-reguláveis de fachada, localizadas na zona de influência dos radiadores, para minimizar situações de desconforto devido a correntes de ar frio, • Extracção: ventiladores mecânicos com uma potência específica de 1,7 kW/m3.s, conforme Tabela 09 Valores de conversão energética, emissões e custos de energia indicado na ASHRAE 90.1. Descrição Preço Unidade Fonte Custo da electricidade 0,114 [€/kWh] Facturas EDP, 2009 Este sistema dá resposta às necessidades de Facturas Galp Energia, Custo do gás natural 0,068 [€/kWh] ar exterior de cada divisão, de acordo com 2009 a Tabela 08. Conversão da electricidade em energia primária 0,290 [kgep/kWh] RCCTE, 2006 Conversão do gás natural em energia primária 0,086 [kgep/kWh] RCCTE, 2006 Não foi simulada a existência de um sistema Factor de emissão da electricidade 0,470 [kg CO2/kWh] Portaria 63/2008 Factor de emissão do gás natural 0,202 [kg CO2/kWh] Instituto do Ambiente de arrefecimento dos espaços, por exemplo ar condicionado, uma vez que a escola se encontra sem actividades lectivas durante o período de Verão (aproximadamente entre 15 de Junho e 15 de Setembro), o que faz com que este seja um investimento muito elevado para o reduzido período de funcionamento. Tabela 08 Necessidades de ar exterior de algumas zonas Ocupação Ar exterior [m3/h. Potência de Espaço Área [m2] Notas [pessoas] pessoas] admissão [W] Salas de aula 51,8 27 30 383 Refeitório 116,6 117 35 1934 Potência específica de 1,7 kW/m3.s Ginásio 116,6 12 30 170 N → Cozinha 45,3 5 30 70 Figura 10 Modelo de simulação, pormenor da fachada tardoz 24 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 25
  • 14. 5 Resultados Resultados 5.1 Matriz energética do edifício Os resultados do trabalho desenvolvido são 5.2 Simulação da matriz energética do edifício apresentados em quatro fases: 5.3 Oportunidades de intervenção • Matriz energética do edifício; 5.4 Análise custo - benefício • Simulação da matriz energética do edifício; • Oportunidades de intervenção; • Análise custo - benefício. 27
  • 15. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA 8000 5.1 Matriz energética do edifício 5.2 Simulação da matriz energética Consumo anual de energia primária [kgep/ano] do edifício 7000 Os dados de facturação real foram obtidos junto 6000 do parceiro do projecto EDP, mediante a devida A matriz energética do edifício consiste na autorização por parte da CML. desagregação dos consumos totais de energia do 5000 edifício pelas diferentes formas de energia final 4000 Tabela 10 Matriz Energética: Simulação vs Valores reais (electricidade e gás) e pelas diferentes utilizações 3000 Simulação Facturas Tipologia [MWh/ano] [MWh/ano] Diferença (aquecimento de água sanitária, iluminação, 2000 Electricidade 46,7 59,7 22% electrodomésticos, etc.) (Gráfico 04 e 05). 1000 Gás Natural 70,1 31 129% AQS 7% Preparação 0 de refeições 7% Iluminação Envolvente Ar exterior A diferença entre os consumos simulados 39% Iluminação Equip. Equip. Ventilação Aquecimento Prep. de AQS e os reais deve-se ao factor real de utilização da Aquecimento (Escolares) (Cozinha) refeições iluminação, superior ao nominal estabelecido - Ar exterior 13% Energia eléctrica Gás Natural no RSECE e que serviu de base à simulação, Aquecimento Gráfico 05 Matriz energética do edifício - desagregação dos valores absolutos de energia primária por tipologia e à não consideração dos aquecedores - Envolvente 4% de consumo eléctricos de efeito Joule na simulação. Ventilação 10% 5.3 Oportunidades de Intervenção Isolamento exterior de fachadas, cobertura A diferença nos consumos de gás natural reflecte Equipamentos e pavimentos Equipamentos a simulação do sistema de aquecimento central (Escolares) 17% (Cozinha) 3% As oportunidades de intervenção foram O isolamento térmico de edifícios é fundamental (Gráfico 03). Gráfico 04 Matriz energética do edifício: valores analisadas ao nível da envolvente do edifício, para garantir o conforto térmico durante todo relativos de energia primária da instalação de tecnologias de aproveitamento o ano, uma vez que este material tem como de energias renováveis, e da substituição de principal característica atenuar as diferenças equipamentos e sistemas de iluminação. climáticas sentidas no interior e exterior dos edifícios. Para além do conforto e da redução 35 Utilização anual de energia final [MWh/ano] Ao nível da envolvente do edifício foi estudada de custos com equipamentos de aquecimento/ 30 a aplicação de isolamento térmico nas paredes, arrefecimento e consumos de energia, um bom 25 coberturas e pavimentos e a reabilitação dos vãos isolamento das paredes exteriores, coberturas envidraçados. e pavimentos conduz a uma diminuição de 20 perdas de calor para o exterior no Inverno e reduz 15 Na integração de tecnologias de aproveitamento os ganhos de calor no Verão. 10 de energias renováveis foi avaliada a adopção de painéis solares térmicos para a produção de águas A aplicação de isolamento térmico pode fazer-se 5 quentes sanitárias e de painéis fotovoltaicos para pelo interior e pelo exterior. No entanto, a melhor 0 produção de electricidade. opção em termos de manutenção da inércia Envolvente Ar exterior térmica do edifício e de manutenção das áreas no Iluminação Equip. Equip. Ventilação Aquecimento Prep. de AQS (Escolares) (Cozinha) refeições Na substituição de equipamentos e sistemas de interior do edifício, é o isolamento pelo exterior. Energia eléctrica Gás Natural iluminação existentes foi considerada a aquisição de equipamentos mais eficientes do ponto de Na escolha dos materiais de isolamento Gráfico 03 Valores da simulação dos consumos energéticos em energia final vista do consumo energético. a utilizar, deve ser considerado o coeficiente 28 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 29
  • 16. REABILITAÇÃO SUSTENTÁVEL PARA LISBOA de transmissão térmica U (W/m2.C), uma • Colocação de rede de fibra de vidro entre Em edifícios existentes, a aplicação de isolamento energética prioritária, quer face aos benefícios medida da quantidade de calor, por unidade o isolamento e o acabamento, pois é este térmico pelo exterior deve ser feita com sistemas imediatos em termos da diminuição das de tempo, que atravessa uma superfície de elemento que confere resistência mecânica ao compósitos do tipo ETICS (da designação inglesa necessidades energéticas, quer por se tratar área unitária desse elemento da envolvente isolamento, e External Thermal Insulation Composite Systems), de uma das medidas mais simples e menos por unidade de diferença de temperatura entre uma vez que as soluções de preenchimento da dispendiosas. Para além disso, uma intervenção • Acabamento com tinta arenosa do tipo reboco os ambientes que ele separa (Fonte: RCCTE, caixa de ar com isolamento que apenas se aplica numa cobertura, realizada para resolver um desumidificante com elevada transpirabilidade 2006). Em materiais isolantes, este indicador a edifícios novos. problema de impermeabilização, facilmente e hidrorepelência, que permita ao edifício é tanto melhor quanto mais baixo for o seu valor. poderá ser “alargada” para incluir a aplicação respirar e manter a impermeabilidade à água. No caso em concreto foi analisada a utilização de de isolamento térmico nessa mesma cobertura, Para além das propriedades térmicas, dependendo placas de poliestireno expandido extrudido, EPS, sendo o sobrecusto desta solução praticamente da aplicação, deve ser considerada a durabilidade de 20, 30, 40, 60 e 100 mm. De acordo com o ITE equivalente ao custo do material. dos materiais, a compressibilidade, a estabilidade 50, a condutibilidade térmica do EPS é de 0.040 dimensional, o comportamento à água, W/m.K, um dos valores mais baixos de entre os A solução estudada para coberturas horizontais o comportamento mecânico e a permeabilidade materiais avaliados no manual (Figura 12). foi a da aplicação de poliestireno expandido ao vapor. extrudido por cima da camada de regularização ext. int.. (placas de 20, 30, 40, 60 e 100 mm), tal como Em alternativa, sobretudo do ponto de vista da 1 esquematizado na Figura 13. natureza dos materiais constituintes, é possivel 2 a utilização do aglomerado negro de cortiça ext. 1 como camada de isolamento por se tratar de 2 3 um material de origem natural com excelentes 6 propriedades térmicas. 4 3 5 4 A solução a adoptar para o isolamento térmico 6 5 7 int. de fachadas é particularmente importante uma 1 Revestimento exterior aderente (reboco, pedra,...) vez que a exposição do isolamento a elementos 2 Pano exterior de alvenaria (de tijolo, de blocos ou de erosivos é muito elevada. Como tal, a solução pedra) ou parede de betão ext. 1 técnica a instalar deve salvaguardar quatro 3 Estribo de ligação dos panos aspectos essenciais: 4 Espaço de ar com drenagem 6 5 Pano interior de alvenaria (de tijolo ou de blocos ou de 2 • Camada de adesivo integral na placa de pedra) ou parede de betão 6 Revestimento interior (reboco, estuque, placa de gesso, 4 isolamento, que assegure a impossibilidade int. de madeira, pedra,...) de existirem fenestrações entre o reboco 7 Isolamento térmico 1 Protecção exterior da cobertura (autoprotecção) 1 Camada de reboco pré preparado; e o painel; 2 Sistema de impermeabilização 2 Adesivo integral; Figura 12 Parede dupla com isolante térmico compósito exterior (Fonte: baseado no ITE50) 3 Camada de forma (betão leve, emed = 0,10m) • Fixação adicional dos painéis com cavilhas 3 Painel isolante e aplicação de cavilhas de polipropileno; 4 Estrutura resistente (laje maciça ou aligeirada, chapa 4 Barramento em duas demãos, armado com rede em metálica nervurada) em polipropileno, que assegura a estabilidade fibra de vidro; A cobertura é o elemento construtivo do 5 Revestimento interior (reboco, estuque, pintura,...) dos painéis, reforçando a acção do adesivo 5 1aª demão de primário e acabamento edifício sujeito às maiores amplitudes térmicas. 6 Isolante térmico (suporte de impermeabilização) integral; 6 2aª demão de acabamento O isolamento térmico de uma cobertura Figura 13 Cobertura horizontal com isolamento Figura 11 Perspectiva da aplicação de isolamento térmico térmico aplicado sobre a camada de regularização pelo exterior (Fonte: MAPEL, 2010) é considerado uma intervenção de eficiência (Fonte: ITE 50) 30 Edifício de Habitação Municipal | Escola Básica EB1 31