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DII e Hepatotoxicidade
medicamentosa: quando se
preocupar? Como abordar?
Liliana Mendes
Doutora em Gastroenterologia USP – SP
Supervisora do PRM de Hepatologia do HBDF
Brasília - DF
Clube do Intestino
10 de março de 2020
• Palestras técnico científicas para a SBH e FBG e
eventos patrocinados pelas indústrias
• Participação como convidado em eventos médicos
de Hepatologia e Gastroenterologia
• Organização de eventos médicos de Hepatologia
patrocinados pelas industrias
Declaração de conflito de interesse em
relação a hepatite C
Resolução RDC 96/2008 da ANVISA
Por que a pergunta?
DILI ocorreu em:
1:120 pacientes em uso de infliximabe
1:270 pacientes em uso de Adalimumabe
1:430 pacientes em uso de Ertanecept
DILI Network Database 2003 -2011:
Infliximabe n: 26
Ertanecept n: 4
Adalimumabe n:4
 10% de mortalidade nos casos de elevação intensa
de ALT e icterícia
Kaplowitz N. Nat Rev Drug Discov 2005, 4: 489-499
Hepatotoxicidade - Introdução
 Estima-se que cerca de 30% pos portadores de DII
terão elevação de enzimas hepáticas durante a doença
Am J Gastroenterol 2007; 102: 344-350
o paciente com hepatotoxicidade
NO AMBULATÓRIO DE DII
Injuria grave
Icterícia
Fator V < 50%
ou INR > 1,5
Hepatite
subfulminante
Encefalopatia
(> 15 dias após a
ictericia)
Hepatite fulminante
Encefalopatia
(< 15 dias após a
ictericia)
• Possibilidade de SURGIR hepatopatia auto-imune
(CEP,CBP, HAI) APÓS GATILHO DA DROGA
 marcadores x imunossupressão
• Alcool? (segurança< 20g/dia) cerveja 5-6%
vinho 12-13%
destilado 40-50%
• Como é o figado basal? Esteatose ?
• Sorologia para hepatite B x reativação x vacina
o paciente com hepatotoxicidade
NO AMBULATÓRIO DE DII
Hepatotoxicidade - Mecanismos
Toxicidade
mitocondrial
Inibição do Bile Salt Export
Pump BSEP e Transportadores
de drogas
Injuria imune
Perda do gradiente
De íons
Depleção de
glutationa
Inibição da
Regeneração celular
Canaliculos
Biliares
Membrana
sinusoide
Metabolitos reativos
a proteinas desestruturadas
Ligados
Intrinseca
- Presumivel
- Período de latência (horas a dias)
- Consistente em modelos humanos
e animais
- ALT AST: 8 a 500 x acima do normal
- FA menos elevada
- Geralmente a droga é retirada do
uso clínico
Acetaminofen – ex classico
Idiossincrasia
- Não presumivel
- Período de latência (1-3 m)
- Especie específica não reprodutível
em modelos animais
- Doses > 50 mg/d são mais provaveis
de causar DILI comparado com doses
< 10 mg/d
Tipos de lesão - Hepatotoxicidade
Drug
Induced
Liver
Injury
Liverdetox database
http://livertox.nih.gov
Drug Induced Liver Injury Network,
http://www.dilin.org
Fontana RJ et al. Gastroenterology. 2014;147(1):96-108
Genético
• Etnia e Sexo
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medicamentos e clareamento
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Volume 27, Number 4, pp. 430-440© 2016
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Classificação de Hepatotoxicidade
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AACN Advanced Critical CareVolume 27, Number 4, pp. 430-440 2016
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Toxicologic Pathology, 2005, 33: 155-164
Hepatotoxicidade – RUCAM
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ESCORE
Muito provável > 8
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ANTI-inflamatório
Hepatotoxicidade pela Mesalamina
• enzimas mais incomuns do que com placebo ou sulfassalazina.
• Relatos isolados de lesão hepática aguda e crônica com icterícia
• Lesão hepática clinicamente aparente: 3,2 casos por milhão de
prescrições.
 padrões de lesão:
elevações assintomáticas e leves de ALT,
lesão hepática colestática > hepatocelular idiossincrática após 1 a 6
meses de tratamento e sem hipersensibilidade
• A maioria com icterícia tem gravidade leve a moderada e desaparece
rapidamente após a interrupção.
• hipersensibilidade: corticosteroides parecem acelerar a recuperação.
• Sem relatos convincentes de lesão hepática aguda fatal, hepatite
crônica ou síndrome do desaparecimento do ducto biliar atribuível à
mesalamina. http://livertox.nih.gov
ANTI-TNF
Hepatotoxicidade por Adalimumabe
• Lesão hepatocelular transitória:
Baixa taxa de elevação de aminotransferases assintomáticas
3 meses após inicio e raramente exige modificação da dose.
ALT acima de 3 vezes o LSN em
1 a 3,5% adalimumabe vs 0,9 a 1,8% dos controles.
Raro: lesão hepática clinicamente aparente
Resolução com a interrupção do adalimumabe
• HAI like  pode requerer corticóides
• Reativação de hepatite B
http://livertox.nih.gov
ANTI-TNF
Hepatotoxicidade pelo Infliximabe
1. Hepatocelular transitória: Assintomática!!!
Elevações das aminotransferases, após 2-5 infusões
Raro: necessidade de interrupção
alteração nos exames desaparece 4-12 semanas após interrupção.
2. Lesão hepatocelular + marcadores autoimunes:
FAN e anti-ML sem condições autoimunes clinicamente aparentes
Após > 6 meses de tratamento e anictéricas
Biópsia hepática: alterações típicas da HAI
Melhora com a interrupção e início dos corticosteróides
Pode necessitar de transplante hepático.
http://livertox.nih.gov
3. forma colestática :
Surge alguns dias até 24 semanas após o início da terapia
Sintomas: icterícia e prurido
Biópsia hepática: colestase com inflamação leve
Curso pode ser prolongado, geralmente é autolimitado.
4. Reativação de hepatite B
ANTI-TNF
Hepatotoxicidade pelo Infliximabe
http://livertox.nih.gov
ANTI-TNF
Hepatotoxicidade por Certolizumabe
http://livertox.nih.gov
1. Hepatocelular transitória:
Elevações assintomáticas das aminotransferases,
raramente exigem alteração de dose
2. HAI Like
surge após > 3 meses de uso
3. Reativação de hepatite B
Hepatotoxicidade por ANTI-TNF
COMO ABORDAR?
Não existe consenso.
Após iniciar tratamento, monitorar enzimas
hepáticas periodicamente
Maioria das elevações de enzimas resolvem
espontâneamente com a continuação do anti-TNF
Descontinuar tratamento se transaminases > 3x LSN OU
se sinais de alarme (icterícia, alargamento de INR)
Shelton E at al. Aliment Pharmacol Ther 2015; 41: 972-979
World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
COMO ABORDAR?
• Paciente masculino de 27 anos sera abordado para
tratamento de DII com ertanecept.
• Não tem co-morbidades, sem álcool, sem uso de chás ou
ervas
• Bioquimica e função hepatica preservadas.
• Sorologia : Anti-HBc+ HBsAg- AntiHBs+
• Como proceder?
• Mecanismo de Lesão:
Não está claro. Dados escassos
• Reativação de hepatite B:
Geralmente surge após o término
da terapia imunossupressora ou entre os ciclos
ANTI INTEGRINA
Vedolizumabe
http://livertox.nih.gov
• Elevação discreta das enzimas, sem lesão hepática clinicamente
aparente
• Aumentos moderados de ALT (0,5% a 1,4% durante a terapia).
• Elevações autolimitadas e resolvidas mesmo com a continuação
da terapia cíclica e não foram mais frequentes do que o placebo.
• Experiência com seu uso foi limitada.
• Reativação da hepatite B em suscetíveis. Casos têm sido leves,
autolimitados e assintomáticos sem mesmo elevações da ALT.
ANTI IL USTEKINUMABE
http://livertox.nih.gov
LESÃO AGUDA: até 3 meses após introdução
- natureza hepatocelular ou colestática
- Sintomas clinicos podem ocorrer (febre, rash ou linfadenopatia,
hepatomegalia, linfocitose atípica)
LESÃO A LONGO PRAZO : HNR  hipertensão portal
HNR na DII
sob uso de tiopurinas
37 casos em 11 centros franceses
Risco cumulativo
0.5% em 5 anos
1.25% em 10 anos
 peliose, doença veno-oclusiva são descritas
Tiopurinas
AZATIOPRINA E 6 -MP
World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
Maioria resolve espontaneamente
ou após redução de dose
90% vs 3.6%
Troca de AZA por 6-MP reduz hepatotoxicidade? Pode ser
tentado...
Fracionar dose de 6-MP em duas vezes ao dia...
Coadministrar allopurinol ?
5-ASA diario reduz niveis de 6-MP ...
(sugere que salicilatos podem reduzir o risco
de hepatotoxicidade por AZA/6MP)
MANEJO da Hepatotoxicidade por AZA/6-MP
World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
Hepatotoxicidade por METOTREXATE
15% - 50% sob baixa dose crônica de MTX desenvolverão elevação
de transaminases, geralmente leve e limitada
Em 20 Bx hepáticas
(dose cumulativa de 2633 mg )
Enzimas hepaticas elevadas em 30% dos casos com
Baixa incidência de fibrose
Kalb Reet al, J Am Acad Dermatol 2009; 60: 824-837
Visser K et al. WJH|www.wjgnet.com 623 May 8, 2017|Volume 9|Issue 13|
MANEJO da Hepatotoxicidade por METOTREXATE
Exames laboratoriais a cada 2 semanas por 6-8 semanas e depois a cada 2-3 meses
Biópsia hepática: não rotineiramente durante no uso do MTX, INDEPENDENTE da
dose cumulativa. Realizada se alteração persistente das transaminases (sem
resposta após redução da dose) e se altas doses cumulativas, com outros fatores de
risco
 Tratamento interrompido  fibrose grave ou cirrose
Em estudo caso-controle : 518 pacientes  MTX por várias Doenças
44 pacientes (8,5%)  FibroScan e/ou FibroTest sugerindo fibrose hepática grave.
Análise multivariada, fatores associados à Marcadores de fibrose hepática:
IMC > 28 kg / m2
e alto consumo de álcool.
Nem longa duração do MTX e doses cumulativas foram associadas
com elevados resultados FibroScan ou FibroTest .
World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
Conclusões
• A hepatotoxicidade na DII geralmente é leve,
autolimitada e responde à redução de doses ou
suspensão do tratamento.
• Sinal alerta se icterícia, ALT > 3x os VN sem
resposta às condutas e INR alargado.
• Atenção à sorologia B para prevenir reativação e
vacinar os com sorologia negativa.
mendesliliana2@gmail.com
Obrigado
Grupo de Intestino de Brasília
Dr. José Augusto puxando a faixa
Dra. Adelia Carmen

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Liliana Mendes Hepatotoxicidade na DII

  • 1. DII e Hepatotoxicidade medicamentosa: quando se preocupar? Como abordar? Liliana Mendes Doutora em Gastroenterologia USP – SP Supervisora do PRM de Hepatologia do HBDF Brasília - DF Clube do Intestino 10 de março de 2020
  • 2. • Palestras técnico científicas para a SBH e FBG e eventos patrocinados pelas indústrias • Participação como convidado em eventos médicos de Hepatologia e Gastroenterologia • Organização de eventos médicos de Hepatologia patrocinados pelas industrias Declaração de conflito de interesse em relação a hepatite C Resolução RDC 96/2008 da ANVISA
  • 3. Por que a pergunta? DILI ocorreu em: 1:120 pacientes em uso de infliximabe 1:270 pacientes em uso de Adalimumabe 1:430 pacientes em uso de Ertanecept DILI Network Database 2003 -2011: Infliximabe n: 26 Ertanecept n: 4 Adalimumabe n:4
  • 4.  10% de mortalidade nos casos de elevação intensa de ALT e icterícia Kaplowitz N. Nat Rev Drug Discov 2005, 4: 489-499 Hepatotoxicidade - Introdução  Estima-se que cerca de 30% pos portadores de DII terão elevação de enzimas hepáticas durante a doença Am J Gastroenterol 2007; 102: 344-350
  • 5. o paciente com hepatotoxicidade NO AMBULATÓRIO DE DII Injuria grave Icterícia Fator V < 50% ou INR > 1,5 Hepatite subfulminante Encefalopatia (> 15 dias após a ictericia) Hepatite fulminante Encefalopatia (< 15 dias após a ictericia)
  • 6. • Possibilidade de SURGIR hepatopatia auto-imune (CEP,CBP, HAI) APÓS GATILHO DA DROGA  marcadores x imunossupressão • Alcool? (segurança< 20g/dia) cerveja 5-6% vinho 12-13% destilado 40-50% • Como é o figado basal? Esteatose ? • Sorologia para hepatite B x reativação x vacina o paciente com hepatotoxicidade NO AMBULATÓRIO DE DII
  • 7. Hepatotoxicidade - Mecanismos Toxicidade mitocondrial Inibição do Bile Salt Export Pump BSEP e Transportadores de drogas Injuria imune Perda do gradiente De íons Depleção de glutationa Inibição da Regeneração celular Canaliculos Biliares Membrana sinusoide Metabolitos reativos a proteinas desestruturadas Ligados
  • 8. Intrinseca - Presumivel - Período de latência (horas a dias) - Consistente em modelos humanos e animais - ALT AST: 8 a 500 x acima do normal - FA menos elevada - Geralmente a droga é retirada do uso clínico Acetaminofen – ex classico Idiossincrasia - Não presumivel - Período de latência (1-3 m) - Especie específica não reprodutível em modelos animais - Doses > 50 mg/d são mais provaveis de causar DILI comparado com doses < 10 mg/d Tipos de lesão - Hepatotoxicidade Drug Induced Liver Injury Liverdetox database http://livertox.nih.gov Drug Induced Liver Injury Network, http://www.dilin.org Fontana RJ et al. Gastroenterology. 2014;147(1):96-108
  • 9. Genético • Etnia e Sexo • Comorbidade • alelos HLA • Polimorfismos • variações mitocondriais Metabólicos • Alteração no transporte de medicamentos e clareamento • Erros do processo de desintoxicação • Inibições enzimáticas • idade Fatores do Composto • Peso molecular • dose • Estrutura química • Lipofilicidade AACN Advanced Critical Care Volume 27, Number 4, pp. 430-440© 2016 Fatores do hospedeiro Fatores ambientais • co-infecção viral • Produtos de estresse mitocondrial • Co-prescrição de imunomoduladores • Consumo de álcool Hepatotoxicidade
  • 10. Hepatotoxicidade – Critério cronológico Quando suspeitar? • Intervalo entre o início do tratamento e injúria hepática : 1 semana a 3 meses • Regressão das anormalidades hepáticas após o desmame do tratamento • Recidiva após administração acidental da droga
  • 11. Hepatotoxicidade – Critério clínico Quando suspeitar? Afastar: - Hepatopatia prévia - Abuso de álcool - Hepatites virais hepatotrópicas e não hepatotrópicas - Obstrução biliar - Hepatopatias autoimunes ou metabólicas
  • 12. ALT >2N ou ALT > 5 FA FA > 2N ou ALT < 2 FA ALT : 2-5 FA HEPATOCELULAR COLESTÁTICA MISTA Classificação de Hepatotoxicidade De Acordo Com Laboratório International Consensus Meeting 1990
  • 13. AACN Advanced Critical CareVolume 27, Number 4, pp. 430-440 2016 Enzimas hepáticas anormais Historia com revisão de suplementos, chás e medicamentos Calcular valor R=> AST ou ALT : FA (VMN) R > 5 Hepatocelular R entre 2- 5 Mista R < 2 colestase 1a. Linha Excluir hepatites virais por VHA, VHB< VHC, HAI, US abdome 2a. Linha Excluir dç wilson, outros virus (VHE, CMV, EB) Considerar biópsia hepática 1a. imagem US abdome 2a. Linha CPRNM – CPRE Auto anticorpos para CBP Considerar biópsia hepática Exclusão de lesões não medicamentosas Uso do Liver Tox Julgar possibilidade de medicamentos (DILI) Consultar expert
  • 14. Hepatotoxicidade - fenótipos Hepatite aguda Colestase aguda Hepatite Crônica Padrão misto ou atípico de hepatite Doença veno-oclusiva Esteatose microvesicular Fibrose/cirrose NASH padrão Droga Bussulfan, ciclofosfamida Acido valproico Metotrexate Amiodarona, tamoxifen Fenitoína, sulfonamida IECA, amoxi/clavulanato, eritomicinaInfliximabe mais raro, AZA Acetaminofen, isoniazida, ritonavirInfliximabe, Adalimumabe, Certolizumabe, Ustekinumabe, AZA Diclofenaco, metildopa, nitrofurantoina Azatioprina
  • 15. Toxicologic Pathology, 2005, 33: 155-164 Hepatotoxicidade – RUCAM Russel Uclaf Causality Assestment Method RUCAM tempo EScore Tempo do inicio de ALT> 2x VN apos inicio da droga 5-90 dias < 15 dias após parar +2 +1 > 50% de queda de ALT após parar a droga < 8 dias < 30 dias +3 +2 Rastreio negativo para hepatites e US normal +2 Hepatotoxicidade na bula +2 Sem medicações concomitantes Com medicações concomitantes 0 -1 a -3 Re-exposição positiva +3 Alcool ou gestação +1 Idade > 55 anos +1 ESCORE Muito provável > 8 Provável 6-8 Possível 3-5 Improvável 1-2 Excluído < 0
  • 16. ANTI-inflamatório Hepatotoxicidade pela Mesalamina • enzimas mais incomuns do que com placebo ou sulfassalazina. • Relatos isolados de lesão hepática aguda e crônica com icterícia • Lesão hepática clinicamente aparente: 3,2 casos por milhão de prescrições.  padrões de lesão: elevações assintomáticas e leves de ALT, lesão hepática colestática > hepatocelular idiossincrática após 1 a 6 meses de tratamento e sem hipersensibilidade • A maioria com icterícia tem gravidade leve a moderada e desaparece rapidamente após a interrupção. • hipersensibilidade: corticosteroides parecem acelerar a recuperação. • Sem relatos convincentes de lesão hepática aguda fatal, hepatite crônica ou síndrome do desaparecimento do ducto biliar atribuível à mesalamina. http://livertox.nih.gov
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. ANTI-TNF Hepatotoxicidade por Adalimumabe • Lesão hepatocelular transitória: Baixa taxa de elevação de aminotransferases assintomáticas 3 meses após inicio e raramente exige modificação da dose. ALT acima de 3 vezes o LSN em 1 a 3,5% adalimumabe vs 0,9 a 1,8% dos controles. Raro: lesão hepática clinicamente aparente Resolução com a interrupção do adalimumabe • HAI like  pode requerer corticóides • Reativação de hepatite B http://livertox.nih.gov
  • 22. ANTI-TNF Hepatotoxicidade pelo Infliximabe 1. Hepatocelular transitória: Assintomática!!! Elevações das aminotransferases, após 2-5 infusões Raro: necessidade de interrupção alteração nos exames desaparece 4-12 semanas após interrupção. 2. Lesão hepatocelular + marcadores autoimunes: FAN e anti-ML sem condições autoimunes clinicamente aparentes Após > 6 meses de tratamento e anictéricas Biópsia hepática: alterações típicas da HAI Melhora com a interrupção e início dos corticosteróides Pode necessitar de transplante hepático. http://livertox.nih.gov
  • 23. 3. forma colestática : Surge alguns dias até 24 semanas após o início da terapia Sintomas: icterícia e prurido Biópsia hepática: colestase com inflamação leve Curso pode ser prolongado, geralmente é autolimitado. 4. Reativação de hepatite B ANTI-TNF Hepatotoxicidade pelo Infliximabe http://livertox.nih.gov
  • 24. ANTI-TNF Hepatotoxicidade por Certolizumabe http://livertox.nih.gov 1. Hepatocelular transitória: Elevações assintomáticas das aminotransferases, raramente exigem alteração de dose 2. HAI Like surge após > 3 meses de uso 3. Reativação de hepatite B
  • 25. Hepatotoxicidade por ANTI-TNF COMO ABORDAR? Não existe consenso. Após iniciar tratamento, monitorar enzimas hepáticas periodicamente Maioria das elevações de enzimas resolvem espontâneamente com a continuação do anti-TNF Descontinuar tratamento se transaminases > 3x LSN OU se sinais de alarme (icterícia, alargamento de INR) Shelton E at al. Aliment Pharmacol Ther 2015; 41: 972-979 World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
  • 26. COMO ABORDAR? • Paciente masculino de 27 anos sera abordado para tratamento de DII com ertanecept. • Não tem co-morbidades, sem álcool, sem uso de chás ou ervas • Bioquimica e função hepatica preservadas. • Sorologia : Anti-HBc+ HBsAg- AntiHBs+ • Como proceder?
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. • Mecanismo de Lesão: Não está claro. Dados escassos • Reativação de hepatite B: Geralmente surge após o término da terapia imunossupressora ou entre os ciclos ANTI INTEGRINA Vedolizumabe http://livertox.nih.gov
  • 31. • Elevação discreta das enzimas, sem lesão hepática clinicamente aparente • Aumentos moderados de ALT (0,5% a 1,4% durante a terapia). • Elevações autolimitadas e resolvidas mesmo com a continuação da terapia cíclica e não foram mais frequentes do que o placebo. • Experiência com seu uso foi limitada. • Reativação da hepatite B em suscetíveis. Casos têm sido leves, autolimitados e assintomáticos sem mesmo elevações da ALT. ANTI IL USTEKINUMABE http://livertox.nih.gov
  • 32. LESÃO AGUDA: até 3 meses após introdução - natureza hepatocelular ou colestática - Sintomas clinicos podem ocorrer (febre, rash ou linfadenopatia, hepatomegalia, linfocitose atípica) LESÃO A LONGO PRAZO : HNR  hipertensão portal HNR na DII sob uso de tiopurinas 37 casos em 11 centros franceses Risco cumulativo 0.5% em 5 anos 1.25% em 10 anos  peliose, doença veno-oclusiva são descritas Tiopurinas AZATIOPRINA E 6 -MP World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
  • 33. Maioria resolve espontaneamente ou após redução de dose 90% vs 3.6% Troca de AZA por 6-MP reduz hepatotoxicidade? Pode ser tentado... Fracionar dose de 6-MP em duas vezes ao dia... Coadministrar allopurinol ? 5-ASA diario reduz niveis de 6-MP ... (sugere que salicilatos podem reduzir o risco de hepatotoxicidade por AZA/6MP) MANEJO da Hepatotoxicidade por AZA/6-MP World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
  • 34. Hepatotoxicidade por METOTREXATE 15% - 50% sob baixa dose crônica de MTX desenvolverão elevação de transaminases, geralmente leve e limitada Em 20 Bx hepáticas (dose cumulativa de 2633 mg ) Enzimas hepaticas elevadas em 30% dos casos com Baixa incidência de fibrose Kalb Reet al, J Am Acad Dermatol 2009; 60: 824-837 Visser K et al. WJH|www.wjgnet.com 623 May 8, 2017|Volume 9|Issue 13|
  • 35. MANEJO da Hepatotoxicidade por METOTREXATE Exames laboratoriais a cada 2 semanas por 6-8 semanas e depois a cada 2-3 meses Biópsia hepática: não rotineiramente durante no uso do MTX, INDEPENDENTE da dose cumulativa. Realizada se alteração persistente das transaminases (sem resposta após redução da dose) e se altas doses cumulativas, com outros fatores de risco  Tratamento interrompido  fibrose grave ou cirrose Em estudo caso-controle : 518 pacientes  MTX por várias Doenças 44 pacientes (8,5%)  FibroScan e/ou FibroTest sugerindo fibrose hepática grave. Análise multivariada, fatores associados à Marcadores de fibrose hepática: IMC > 28 kg / m2 e alto consumo de álcool. Nem longa duração do MTX e doses cumulativas foram associadas com elevados resultados FibroScan ou FibroTest . World J Hepatol 2017 May 8; 9(13): 613-626
  • 36. Conclusões • A hepatotoxicidade na DII geralmente é leve, autolimitada e responde à redução de doses ou suspensão do tratamento. • Sinal alerta se icterícia, ALT > 3x os VN sem resposta às condutas e INR alargado. • Atenção à sorologia B para prevenir reativação e vacinar os com sorologia negativa.
  • 37. mendesliliana2@gmail.com Obrigado Grupo de Intestino de Brasília Dr. José Augusto puxando a faixa Dra. Adelia Carmen

Notas do Editor

  1. Falar aqui da DILI cronica qd FA elevada > 2 meses
  2. (erupção, febre, eosinofilia).
  3. This drug is a xanthine oxidase inhibitor, an enzyme which metabolizes 6-MP. Xanthine oxidase inhibition leads to increase 6-TGN level by improving drug availability. Since more 6-MP is available for conversion to 6-TGN, a lower dose of thiopurines is sufficient and may avoid toxicity. Safety and effectiveness of longterm allopurinol-thiopurine maintenance treatment in IBD patients has been proven whatever the initial adverse event with increased 6-TGN and decreased 6-MMP con­centrations[49,50]. In a pilot study of 11 patients with acute thiopurine hepatotoxicity secondarily treated with allopurinol co-therapy with low-dose AZA or MP, 82% of the patients remained in long-term remission with normal liver tests[51]. A larger study in 25 patients showed similar
  4. 65, 75, 78 data suggest that transient elastography should be useful mainly in heavy drinkers or patients with NAFLD risk factors treated with MTX.
  5. Estes Os dados sugerem que a elastografia transitória deve ser útil principalmente em bebedores pesados ​​ou pacientes com risco de DHGNA fatores tratados com MTX.