Milhares prestigiam a tradicional
Festa do Polvilho em Ouros
Especialista em Prótese e ATM
Aparelhos fixos e removíveis
Travessa Alves de Lima, 239, Paraisópolis/MG
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Rua Pe. Lupércio P. Simões, 48
Cachoeira de Minas/MG
Fone: (35) 3472-1505
Conceição dos Ouros viveu em
festa nesse final de semana,
comemorando os 65 anos de
e m a n c i p a ç ã o p o l í t i c o -
administrativa. Durante cinco dias
aconteceram os shows gratuitos na
Praça José Maria de Souza, atraindo
milhares de turistas nas duas
principais noites, sábado, 3 e
segunda-feira, 5, com os shows de
PéricleseZéRicardoeTiago.
O objetivo principal da festa
deste ano foi valorizar os artistas
locais, o que aconteceu. Quatro
atrações da cidade se apresentaram,
as duplas Fredson e Robson, Augusto
e Alexandre, a banda Nova Mania e a
cantora Ediana Maskaro. A
programação incluiu ainda o 11º
Festival de Pratos Típicos e uma
competiçãodeMotoCross.
Veja nosso Especial (pág. 06 a 11)
Auro Oliveira
“ ”auroooliveira@yahoo.com.br
A REFORMA POLÍTICA
2COTIDIANO
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Cotidiano
JsulJornal
PREVISÃO DO TEMPO
06 DE AGOSTO DE 2013
CACHOEIRA DE MINAS
CONCEIÇÃO DOS OUROS
Em tempos de povo nas ruas, volta-se a falar em reforma política. A
presidente propõe plebiscito para discutir o assunto. Nos tribunais, alguns
juízes dizem que plebiscito não tem valor, confirmando que o Poder Judiciário
não sabe o que é democracia. Políticos que um dia foram a favor se tornam
contrários, apenas para ser contra a presidente. Mas vejamos a reforma que se
propõe.
Um ponto importante é o financiamento público exclusivo de campanhas
eleitorais. A ideia é impedir que o poder econômico interfira nas eleições. Mas
não funciona. Os políticos usarão o famoso caixa dois. É fácil. O candidato a
deputado, por exemplo, contrata em uma gráfica a impressão de 100 mil
santinhos com dinheiro legal, e a gráfica, a pedido dele, imprime 300 mil. A
diferença é paga por fora, com o dinheiro do caixa dois. Ninguém vai sair por aí
contando quantos santinhos o candidato distribuiu. Sem falar nos tradicionais
expedientesquejásãoilegais,masamplamentepraticados,comoatradicional
compradevotos.
Outros dois pontos são o fim de coligações para eleições proporcionais (de
vereadores e deputados) e o voto em listas partidárias. Também não funciona.
O objetivo dessas propostas é fortalecer os partidos políticos, e o brasileiro
médio não vota em partidos (coisa que mencionei em meu primeiro artigo no
Jsul,em03/11/2007).Deseja-seforçaralgoquenãoestánacabeçadoeleitor,o
que, a rigor, é a negação da democracia. Além disso, o voto em listas acaba por
fortalecer os caciques partidários, em prejuízo da vontade popular. Os caciques
é que escolherão quem fica com os primeiros lugares das listas, ao invés do
povo.Issovaipromoverotráficodeinfluênciadentrodospartidos.
Outrapropostaéoalinhamentodaseleiçõesmunicipaiscomasestaduaise
federais. Reduz o custo das eleições, que passam a ocorrer a cada quatro anos
(ou cinco, conforme algumas propostas) ao invés de dois. Mas as eleições dão
vida à democracia. Mesmo as eleições municipais são um momento de forçar
os deputados, governadores e presidente a se aproximarem do povo. E os
vereadores e prefeitos também o fazem por ocasião das eleições estaduais e
federais. Também promove a acomodação política. Tem ainda o inconveniente
de alongar os mandados de prefeitos e vereadores a serem eleitos em 2016
para seis anos (é a versão que está em discussão), a fim de promover o
alinhamento em 2022. Por que não encurtá-los para dois anos, a fim de alinhar
em2018?
As propostas são variadas, mas não mexem com o essencial, que é nossa
cultura política. É na mentalidade do povo que residem os problemas. Vota-se
por interesse individual, ao invés do coletivo. Vendem-se votos por uma cesta
básica (não estou falando de nenhum político em particular, mas todos
sabemos que isso é prática comum). Depois da eleição, acaba-se a democracia,
que voltará apenas na eleição seguinte. Não temos governantes democráticos,
mas ditadores eleitos (já mencionei recentemente o ex-presidente Fernando
“tenho35milhõesdevotos”Collor).
A reforma que precisamos é a que inclua a participação popular na
realização política, fora do período eleitoral. Precisamos do recall, em que os
eleitores voltam às urnas para tirar do cargo o governante que trai seus
eleitores (por exemplo, Arnold Schwarzenegger chegou ao governo da
California em um recall). Precisamos de governantes que ouçam a voz das ruas.
Maisdoquetudo,precisamosdecidadãoscríticos,quesaibamcobrar.
Não precisamos de novas leis, já temos muitas. Precisamos fazer valer as
leis existentes. Não precisamos de uma lei Maria da Penha para punir a
violência doméstica, quando já existem leis contra a violência. Não precisamos
deumaleiparadizerqueaoutraleivale.Issoéridículo.
Nossa Opinião
“ ”redacaofp@gmail.com
O “NOVO”
O mundo gira em torno da
procura por aquilo que satisfaça as
necessidades e desejos que se tem
quando o que se tem já não serve,
não satisfaz. A novidade inunda as
pessoas de sentimentos... Muitas
vezes causa espanto, em muitas
outras causa surpresa e também
esperança. Por isso viemos falar para
você de algo novo. Essa novidade é a
nossa intenção. Sim, não apenas este
jornal, mas, principalmente, a
intençãodele.
A nossa intenção é implantar um
jornal plenamente democrático em
Cachoeira de Minas, Conceição dos
Ouros e Sta. Rita, onde a voz de todos
seja ouvida e reproduzida e onde a
verdade seja fielmente relatada
através de um dedicado trabalho
jornalístico, trabalho este que requer
completaimparcialidade.
Este novo jornal está aberto a
todo tipo de manifestação, sem
distinção de preferências...
Preferências sejam elas religiosas,
políticas, sócio-econômicas,
culturais, entre tantas outras que
cabem naquilo que mais deve ser (e
muitas vezes não é) respeitado em
n o s s a s o c i e d a d e a t u a l : a
diversidade.
Como todo jornalismo de
qualidade, certamente lançaremos
críticas. Como todo aquele que
respeita e pratica a verdadeira
democracia, estaremos abertos às
respostas que virão, sendo as críticas
muito bem-vindas, consideradas e
publicadas. A intenção é provocar no
cidadão das três queridas cidades a
vontade de se expressar. Como tudo
que é novo e esperado, queremos
demonstrar a você, caro leitor, que
este jornal merece cada minuto do
tempo que você vier a gastar com ele
emumaboaleitura.
Bernardino Neto
ESPAÇO DO LEITOR
“ ”Espaço exclusivo para a publicação de cartas e e-mail’s recebidos dos nossos leitores
UM HERÓI ATUAL
(Na figura de meu pai, uma
homenagem a todos os
Pais, no seu Dia)
“Tenho o privilégio de conhecer
umherói.
Não apenas conhecê-lo, mas
ainda partilhar de seu dia-a-dia,
vivenciar suas experiências e
desfrutar de sua amizade. Quando eu
e r a a i n d a m u i t o j o v e m ,
experimentava uma sensação de
altivez enquanto, empinando o nariz
e estufando o peito, caminhava a seu
lado. Penso que, no íntimo, desejava
que ocorressem fatos inesperados,
ansiava por perigos imaginários, só
para poder enfrentá-los ao lado dele,
tamanha a segurança que me
inspirava.
Depois, cresci. Estudei pouco e
pensei ter aprendido tudo. Li alguma
coisa e assimilei como se fossem
tratados científicos. Ouvi afirmações
inconsequentes e guardei-as como
verdades absolutas. Aí então, resolvi
contestar o meu herói que, dia após
dia, foi-se tornando, aos meus olhos,
menos herói e mais falho, menos
gênioemaisultrapassado...
O tempo, todavia, continuava
sua trajetória implacável. Tal qual as
estações do ano, passei da Primavera
para o Verão. Os sonhos da infância,
qual flores primaveris, algumas vezes
tornaram-se frutos; muitas vezes
foram dizimados pelas pragas, pelo
granizo, pelas geadas dos
sofrimentos e das provações. Fui
testado e contestado; elogiado e
humilhado; fui aplaudido e
injustiçado. Acertei e errei. Vibrei
com vitórias e amarguei o gosto da
derrota.OOutonochegava.
De repente, com um susto,
acordei para a realidade: - Meu Deus,
onde ficara meu herói? Como estaria
ele?
Busquei-o aflito. Para meu tardio
remorso, lá estava ele recolhido no
seu canto, como outrora. Solitário,
tímido, calado e humilde como
sempre, sem mágoas, nem
reivindicações. A pele crestada pelo
rigor do sol inclemente; cabelos, os
poucos, alvos como neve; as mãos
cobertas de calos, resultado dos
inúmeros anos de trabalho na roça,
dispostas ainda e sempre a me
abençoar,seeuopedisse:-Abênção,
pai.
-Deusteabençoe,meufilho.
E eu me sentia deveras
abençoado. Como se aquele simples
gesto, qual torrente de água pura,
tivesse o condão de me purificar e
regenerardesdeofundodaalma.
Foi assim que reencontrei meu
antigo herói. O tempo, passando, me
fizera mudar e reavaliar minhas
concepções acerca da vida. Mas ele
lá estava, lá onde eu o deixara ao
partir, levando um coração cheio de
esperanças e a mala quase vazia de
pertences, disposto, apesar de tudo,
a enfrentar e conquistar o mundo. Lá
estava. Firme, sereno, verdadeiro,
velho e antigo como o tronco da
aroeira na mata, ou como o
penhasco à beira do oceano. Os
vendavais que a mim tinham-me
desarvorado, no correr do tempo,
também a ele tinham atingido com
igual intensidade. Só que nada
tinham podido contra o velho
rochedo. Enquanto eu buscava
minha verdade nos livros, ele vivera a
sua através dos anos. As marcas do
tempo tinham-se fixado, indeléveis,
em seu corpo e em seu espírito. Por
isso, sua sabedoria era mansa e
tranquila,maspereneeimutável.
Eis que o Inverno se aproxima...
Sei que, um dia, meu herói trocará o
aconchego do meu abraço pela
saudade que já me confrange o
coração. Mas sei também que,
quando aquele tronco desabar,
abrirá uma clareira enorme na
floresta. E eu terei um imenso
orgulho de proclamar a quem me
puderouvir:-EsseémeuPai!...”
(Meu velho e saudoso pai nos
deixou sem ter ouvido esta crônica.
Mas vocês, jovens, que ainda têm os
seus, abracem-nos, não só neste Dia
dos Pais, mas sempre que puderem,
enquanto puderem. Eu já não posso
abraçaromeu).
Albibe Faria Rezende
Cachoeira de Minas,
22/07/2013.
10/08/2013 - SÁBADO
DROGARIA DROGAREY
E DROGARIA FARMA VIDA
11/08/2013 - DOMINGO
DROGARIA FARMA VIDA
17/08/2013 - SÁBADO
DROGARIA FARMA VIDA
E DROGARIA CACHOEIRA
18/08/2013 - DOMINGO
DROGARIA CACHOEIRA
3COTIDIANOJsulJornal
Na tarde do último 17 de julho,
no Teatro Municipal de Pouso
Alegre, os alunos de Cachoeira de
Minas medalhistas da 8ª Olimpíada
Brasileira das Escolas Públicas
(OBMEP) foram homenageados
durante uma cerimônia promovida
pela Superintendência Regional de
Ensino de Pouso Alegre. Na
oportunidade receberam placas as
professoras de matemática
Adriana Aparecida Rocha Pereira e
Cibele Azevedo Faustino Leão. O
evento contou com a presença de
professores, diretores e pais de
alunos.
No total, Cachoeira de Minas
obteve, na 8ª Obmep, 14 medalhas,
sendo duas de ouro, cinco de prata
e sete de bronze. A Escola Estadual
Senador Bueno de Paiva foi
premiada com onze medalhas,
sendo cinco de prata e seis de
bronze. E a Escola Estadual Cônego
José Eugênio de Faria recebeu três
medalhas, sendo duas de ouro e
umadebronze.
Os estudantes medalhistas de
ouro participaram de um ato
simbólico, pois eles já haviam
recebido a premiação durante
cerimônia no Rio de Janeiro no mês
d e j u n h o . O s e s t u d a n t e s
receberam também um cartão em
reconhecimento pelo brilhante
desempenho.Duranteacerimônia,
a delegada de ensino da Secretaria
Cachoeirenses premiados
na Obmep 2012 são
homenageados
Regional de Educação, Mônica de
C a r v a l h o F l o r e s R i b e i r o ,
homenageou os pais dos alunos
medalhistas.
Criada em 2005, a Olimpíada
Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas (OBMEP) tem
como objetivo incentivar o estudo
de matemática nas escolas e
revelar talentos na área. Ela é uma
realização do Instituto Nacional de
Matemática Pura e Aplicada
(IMPA) e visa proporcionar aos
alunos e professores treinamento
para garantir o sucesso e a
s a t i s f a ç ã o n a s p r o v a s d e
m a t e m á t i c a . A O l i m p í a d a
BrasileiradeMatemáticaédividida
em três níveis. O primeiro é
composto por estudantes do 6º e
7º anos do ensino fundamental. No
segundo, fazem as avaliações
alunos do 8º e 9º anos do ensino
fundamental. Já o 3º nível é
composto por estudantes do
ensinomédio.
Em sua oitava edição, Minas
Gerais foi o Estado com o maior
número de ouros e também o
primeiro lugar no ranking total de
medalhas. Foram 152 ouros
conquistados, 229 pratas e 947
bronze, um total de 1.328
medalhas. Além das medalhas, os
alunos premiados participaram do
Programa de Iniciação Científica Jr
(PIC). A iniciativa tem duração de
um ano e as atividades envolvem
encontros presenciais e a
participação em um Fórum Virtual
que possibilita o contato via
internet com estudantes de todo o
país e que se interessam por
matemática. Os medalhistas que
acompanham todas as etapas do
PIC recebem a Bolsa de Iniciação
Científica Jr., concedida pelo
C o n s e l h o N a c i o n a l d e
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico.
Padre Daniel
“ ”padresantini@yahoo.com.br
Após a recente visita do Papa Francisco ao Brasil, por ocasião da Jornada
Mundial da Juventude, ao analisar seus pronunciamentos e debruçar sobre
suassimpáticas,profundaseenvolventesmensagens,tocandofundoocoração
da gente, conclui-se que sempre é possível fazer algo mais. Trazemos e
alimentamos o desejo de progredir, de ser cada vez mais nós mesmos e, ao
mesmo tempo, ser uma esperança ativa daquilo que os outros podem vir a ser
comaajudadenossoapoiofraterno.
Jamais devemos estar satisfeitos com o que já alcançamos, com o bem que
já realizamos; pelo contrário, é preciso libertar-se da tirania do “sempre foi
assim”. Seria acariciar vícios e hábitos antigos. O que sempre fizemos “desse
jeito”, a partir de hoje, podemos começar a fazer diferente e melhor. Seria
trágico contaminar-se pelo vírus da síndrome da ação adiada. Adiar uma ação
nova é colocar-se na contramão do crescimento, do amadurecimento, da
perfeição. Fazer melhor o que habitualmente fazemos é “fazer novas todas as
coisas”(cf.Ap21,5).
Segundo Dom Nelson Westrupp, bispo de Santo André, “não podemos
compactuar comamediocridadeeocomodismo.Nãopodemos concordarcom
milharesdepessoasembuscadeumafelicidadeque,aoinvésdecausaralegria
e paz interior, aumenta a insegurança, a insatisfação e a perda do sentido da
vida. Eis a razão da luta contra a corrente avassaladora do mundo incapaz de
preencher o vazio do coração humano. Há que se ousar a romper os padrões
estabelecidos e avançar para metas mais elevadas, capazes de realizar os
sonhosdaverdadeirafelicidadepropostaporDeus”.
Se a felicidade que o mundo oferece não realiza plenamente a pessoa
humana, por que não buscá-la onde ela mora? Na verdade, quem busca
realizar-se plenamente, precisa ir além de si mesmo, precisa identificar-se com
a causa de Cristo, única via para se conseguir aquele algo mais do que já se é ou
aindanão.Comefeito,“apessoaplasmadapeloamordeDeussabeofimparao
qual foi criada e vive uma relação ordenada com as coisas, livre para escolher
direcionar sua vida e todo o seu afeto e criatividade a esse fim. Ela não somente
escolhe aquilo que conduz para lá; escolhe e deseja somente o que mais a
conduz a sonhar com Jesus pela causa do Reino e a trabalhar com elepara fazer
o seu sonho concretizar-se na história” (Itaici – Revista de Espiritualidade
Inaciana, n. 92, julho/2013, Editorial, pág. 3). Se há algo que todos perseguem
comtenacidadeéserfeliz.Oqueéafelicidade?Éalgoqueaindanãopossuímos
emplenitude.Sabemosserfeliz?
Não são os “ídolos passageiros” que fazem o coração humano feliz, mas o
bemqueperduraparaalémdoespaçoedotempo.Apressa-seomundoafazer-
nos propostas de felicidade, como ofereceu a Cristo nas tentações do deserto
(cf. Lc 6, 20-26). Oculta-se nesta oferta a louca pretensão de felicidade, que
deixa o coração humano vazio e o escraviza ao domínio do puramente terreno.
O mundo com seus critérios de valores não entende a linguagem divina da
felicidade que não termina. Programa tão paradoxal só entendem os que estão
dispostos a seguir o caminho oposto, da felicidade nova. Em vez de bens que o
tempo leva, preferem tesouros que nem ladrões cobiçam nem a traça corrói (cf.
Mt 6, 19-20). Deus quer comunicar sua felicidade a nós, a fim de que possamos
transmitiraosoutrosaexperiênciaquefazemosdafelicidadedeDeusemnossa
vida.SejamosmensageirosdaMensagemmaisfelizdoEvangelho.
Os jovens foram exortados pelo papa Francisco a serem protagonistas das
mudanças sociais e construtores de um mundo melhor para todos; a não se
contentarem em ser cristãos “de sacada”, mas a descerem para o meio das
realidades, para se envolver e comprometer; a não perderem a esperança e a
não deixarem que esta lhes seja roubada. E lhes garantiu: não tenham medo,
Cristonãoosdeixasós.AIgrejaconfiaemvocês.OPapaconfiaemvocês!
OS JOVENS E A FELICIDADE
No último 11 de julho, a Escola
Municipal João Pinheiro, de Conceição
d o s O u r o s , r e a l i z o u a 1 ª
OLIMPINHEIRO, competição de
matemática,quandoalunosdo2ºao5º
anodoEnsinoFundamentalmostraram
suas habilidades com os números. O
conteúdo das provas abrangeu toda a
matériadoprimeirosemestreletivo.
A OLIMPINHEIRO, iniciativa da
escola através da equipe de direção e
da supervisora Maria Célia da Silva
Baptista, tem como objetivo principal
desenvolver o raciocínio lógico e os
conhecimentos gerais, além de
melhorar os resultados de matemática
da escola e a ampliação do número de
alunos premiados nacionalmente com
medalhas e menções honrosas na
OBMEP. As provas foram elaboradas
pela professora Fernanda Michele de
OliveiraeSilva.
Segundo a diretora Gabriela de
Sousa Lima Oliveira, a OLIMPINHEIRO
foi aplicada no mesmo modelo da
Olimpíada da Matemática das Escolas
João Pinheiro realiza
Olimpíada de Matemática
Públicas (Obmep). “As provas eram de
alternativas,masosalunosprecisavam
interpretar as perguntas”, disse a
diretora. A entrega das medalhas
aconteceu neste segundo semestre,
com premiação dos destaquespor sala
deaula.
Em 2012, dez alunos da Escola
Estadual João Ribeiro de Carvalho, de
Conceição dos Ouros, foram
premiadosna 8ª Obmep,sendo três de
ouro, três de prata e quatro de bronze.
Dastrêsmedalhasde ouro, duassãode
alunos que estudaram na Escola
Municipal João Pinheiro em 2011.
Além das medalhas, a Escola Estadual
João Ribeiro de Carvalho faturou 26
mençõeshonrosas.
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
4COTIDIANOJsulJornal
INSTALL
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Santa Bárbara passa a ter
vias monitoradas
Moradores do bairro Santa
Bárbara, na zona urbana de
Cachoeira de Minas, estão
instalandocâmerasdesegurançaem
duas ruas para tentar inibir crimes
como roubos e tráfico de drogas. As
q u a t r o c â m e r a s e s t ã o n o
cruzamento das ruas José Darci da
Costa e Vicente Ismário da Costa,
ambasnoLoteamentoSãoJosé.
Os moradores de dez casas
ratearam os custos das câmeras, que
funcionarão durante 24 horas e
atingirão uma distância de 50
metros.Asimagensserãogravadase
monitoradas pelos moradores, que
podem acessar as imagens em
qualquer computador através de
umasenhaparticular.
O morador Antônio João de
Faria afirmou que a intenção é
aumentar a segurança no local.
“Quando acontecer alguma coisa
c o m o r o u b o s n a r e g i ã o ,
entregaremos as imagens à polícia”,
explicou Antônio João. Para o
morador, a medida é uma
alternativa de prevenção contra os
furtos que tem acontecido em
CachoeiradeMinas.
Segundo o Sargento Jarbas José
da Costa, o uso da tecnologia pode
ser um grande aliado da Polícia
Militar e da sociedade na inibição da
ação de infratores. Ele disse ainda
que os moradores precisarão ter
cuidadoscomousodasimagens.“Se
houver alguma divulgação indevida,
os mesmos poderão responder
processos judiciais, inclusive por
danosmorais”,disseJarbas.
No primeiro semestre de 2013
foramregistrados21casosdecrimes
contra o patrimônio. No mesmo
período de 2012 foram registrados
26 casos. Em um ano, esse tipo de
ocorrênciadiminuiu19,2%.
A Polícia Militar alerta a
população que denuncie pessoas ou
veículos suspeitos, tráficos de
drogas ou outros crimes pelos
telefones (35) 9124-9936 (TIM),
8466-8788 (Claro) e 9985-6460
(Vivo)ouatravésdoe-mailparticular
do sargento Jarbas José da Costa
(jarbasjcosta@bol.coam.br).
Uma tradição se repete na
comunidade de São Pedro, na zona
urbana de Cachoeira de Minas. Trata-se
da fogueira em homenagem a São
Pedro,quenobairroacontecenomêsde
julho com uma missa sertaneja,
distribuição de quentão, canjica e
pipocaeoacender.Nodiadoacenderda
fogueira, que neste ano aconteceu em
28 de julho, a vizinhança se reúne com
Tradição: fogueira do Cruzeiro
moradores de outros bairros para
homenagearosanto.
A f o g u e i r a d o b a i r r o é
confeccionada em tamanho menor que
a principal, cerca de 10 metros. Ela é
feita pelos próprios moradores há seis
anos, com lenha doada pela Prefeitura
Municipal de Cachoeira de Minas. Essa
lenha é de sobras da fogueira que foi
realizadanodia29dejunho.
Após a missa celebrada pelo pároco
Daniel Rodrigues Santini, a queima da
fogueira é iniciada. A ideia da criação de
uma fogueira menor surgiu como uma
brincadeira de alguns moradores do
bairro. A confecção virou algo sério e os
moradores conseguiram até um
aviãozinho. Os quitutes e os fogos de
artificio foram adquiridos com doação
dapopulaçãodeCachoeiradeMinas.
5COTIDIANOJsulJornal
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Morre, aos 60 anos, o
ex-vereador Jamanta
Morreu no último 15 de julho, em
Pouso Alegre (MG), o ex-vereador de
Conceição dos Ouros Antonio Claret
de Castro Rosa, aos 60 anos, de
deficiência cardíaca. Jamanta, como
era carinhosamente conhecido, sofreu
em março deste ano uma convulsão
hipertensiva, mas estava sendo
acompanhado por um cardiologista e
se recuperando. Em junho deste ano,
ele iniciou um tratamento de uma
infecção urinária em Pouso Alegre. O
problema de saúde foi alastrando-se e
o ex-vereador foi internado no
Hospital das Clínicas Samuel Libânio,
em Pouso Alegre. Segundo a irmã
Maria Estela Rosa Ribeiro, Jamanta
estava lúcido e acreditava em sua
recuperação.
Durante sua internação, Jamanta
recebeu muitas manifestações de
carinho e amizade através de
telefonemas, visitas e orações. O
corpo do ex-vereador foi velado no
Centro Cultural Geraldo Rosa
(Cinema). No dia de seu enterro, 16 de
j u l h o, m i l h a re s d e p e s s o a s
participaram da missa e do cortejo. Ele
foi enterrado no Cemitério de
Conceição dos Ouros. “A cidade se
sente enlutada, o Sr. Antônio Claret
fará muita falta. Esta é uma grande
perda para o município. Fica a
saudade e a admiração pelo
profissional e a certeza de que seu
espírito vive”, comentou o prefeito
Mauricio Viana. O ex-prefeito José
Joaquim Afonso definiu Jamanta
como um homem especial. “Com seu
jeito conseguia no Poder Executivo
ajuda para suprir as necessidades do
povo mais humilde e carente. Ele era
especial e será sempre lembrado
como o homem do povo. Ouros perde
um grande homem”. A principal
filosofia do ex-vereador era o amor ao
próximo.
Biografia-Filho do polvilheiro José
Rosa Filho (Dedé Rosa) e da dona-de-
casa Maria Salomé de Castro Rosa,
Antônio Claret de Castro Rosa nasceu
em Conceição dos Ouros em 17 de
outubrode1952.Eleeraoquartofilho
de uma família de onze irmãos.
Jamanta era muito religioso e devoto
deNossaSenhoraAparecida.
Iniciou à vida política na
adolescência. Ele acompanhava o tio
Geraldo Rosa em campanhas políticas
nas zonas rural e urbana do município.
Ele adquiriu amizade com os mais
humildes e necessitados. Conhecia
todos pelo nome e sempre estava a
disposição nas horas de maior
dificuldade.
Em 1982, ele foi eleito vereador a
convitedeJoséJoaquimAfonso(Zezé).
Já com o apelido de Jamanta, ele
obteve 264 votos, o correspondente a
11% do número de eleitores. Ele
recebia todos em sua casa e intercedia
pelo povo junto ao Poder Executivo.
Vendedor de polvilho das indústrias
Mantiqueira e Cristal, Jamanta não
acumulou riquezas. Vestia de forma
simples e humildade como aos seus
amigos. Entre os amigos estavam
pessoas ricas, Governador e Deputado
e até crianças, jovens e deficientes. Ele
foi vereador por cinco mandatos,
sendo presidente nos anos de 1983-
1984 e 2009. Em 2008, ele foi eleito
com a maior aprovação nas urnas, 586
votos. Em 2012, Jamanta disputou o
cargo de vice-prefeito na chapa
encabeçada por Sebastião Ferraz
Filho,masnãoforameleitos.
Vacine seu cão
e gato até dia 24
Cães e gatos acima de três
meses devem ser vacinados
contra a raiva. Uma campanha
está sendo realizada pela
Prefeitura Municipal de
Cachoeira de Minas através da
Secretaria Municipal de Saúde e
setordeepidemiologia.Aequipe
do setor de epidemiologia está
percorrendo as áreas rurais e
urbanas de Cachoeira de Minas.
A estimativa é de que a
campanhavacine2.500animais.
Quem ainda não levou seu
animal para vacinar deve
procurar um dos postos de
vacinação, levando a caderneta
de vacinação do animal. Os
responsáveis pelos animais
devem levar os cães em coleira e
osgatosdentrodeumsaco.
A vacina dos animais
somente será realizada nos
locais programados. O Setor de
Epidemiologia não poderá
fornecer vacina para as pessoas
levarem.Oidealéqueosanimais
s e j a m l e v a d o s p e l o s
responsáveis, e não por crianças.
Os animais mais agitados e
violentosdevemserlevadoscom
afocinheira.
A doença provoca uma
paralisia progressiva no animal,
que pode ser antecedida de uma
fase de excitação – fase furiosa
–, percebida principalmente em
cães. Há uma mudança de
comportamento e o animal
passa a não reconhecer o seu
ambiente e o seu dono, foge da
luz, para de comer ou passa a
comer coisas não habituais
(madeira, metais, etc.) e para de
beber água. O som (latido,
miado) se modifica, parecendo
que o animal está rouco ou
engasgado. A partir desse
ponto, a paralisia progride até a
morte. Alguns animais não
apresentam a fase furiosa ou
esta é muito curta e não
percebida. Mais informações
sobre a doença e a campanha
podem ser obtidas através do
telefone:(35)3472-1200
Especial
6ESPECIALJsulJornal
Ouros: 65 anos de emancipação
político-administrativa
A história começa por volta do
ano de 1824, pelas mãos de Major
FélixdaMotaPaes,nascidoemLorena
- SP, quando seus familiares fixaram
residência nas proximidades do
Oratório das Dores, região que
pertencia à Freguesia de Pouso
Alegre. Ele começou as primeiras
atividades agropastoris e tornou-se
umlíderentreosmoradoresdolocal.
Félix da Motta Paes e Inácio da
Costa Rezende eram concunhados.
Entre família planejaram a construção
de uma capela nas proximidades do
Ribeirão dos Rezendes, que fica na
zona rural da atual Cachoeira de
Minas, localizado entre as duas
propriedades. Porém os planos não se
concretizaram, devido a uma
desavença.
Os moradores mais antigos da
região contam que a tal desavença
entre os fazendeiros se deu em razão
do santo escolhido para ser
homenageado. Dona Lucinda, esposa
do Major Félix queria que a capela
fosse dedicada à Nossa Senhora da
Conceição. Já Rosa Maria, esposa de
Inácio da Costa Rezende, queria que
fosse São João Batista. Assim, não
havendo acordo, Inácio construiu sua
capela nas proximidades do local
onde havia sido combinado, dando
origem a Cachoeira de Minas. Félix e
Lucinda construíram uma capela no
local chamado “Barra dos Ouros”
(região onde as águas do Ribeirão dos
Ouros encontram-se com a do Rio
Sapucaí). Em 24 de abril de 1854, o
casal ourense assinou a doação de
doze alqueires de terra para a
formação do patrimônio de Nossa
SenhoradaConceição.
Em dezembro de 1854, aconteceu
a primeira missa na capela, conduzida
pelo padre João Dias de Quadros
Aranha. Em 13 de dezembro de 1854 a
capela dedicada à Nossa Senhora da
Conceição recebeu autorização para
ministrar sacramentos e ofícios
divinos, a chamada “Provisão da
Benção da Capela”. Já em 14 de março
de 1860, Ouros foi elevada a “Distrito
da Paz”, pelo então presidente da
Província de Minas Gerais, Carlos
Carneiro de Campos. No ano de 1861,
Major Félix solicitou ao Vigário
Capitular e Governador do Bispado de
São Paulo a elevação do povoado à
“Capela Curata” (dirigida por um Cura
ou Padre). o que acabou acontecendo
no dia 29 de março de 1862. Joaquim
Tomaz de Oliveira Tito, genro do Major
Félix, foi empossado no cargo de
zeladordaCapelaedoPatrimônio.
Conceição dos Ouros - No dia 17
de dezembro de 1865, Major Félix
providenciou a avaliação das terras do
patrimônio e de seu rendimento
anual, e também a demarcação de sua
área. A elevação de Capela à Freguesia
aconteceu em 2 de janeiro de 1866 e
sua instituição canônica se deu em 26
dejunhodaqueleano.
No dia 2 de janeiro de 1866, a
Capela de Ouros passou a integrar o
Distrito de Conceição dos Ouros,
pertencente a Pouso Alegre.
Conceição dos Ouros recebeu
diversos nomes antes do atual, entre
eles: Barra dos Ouros, Capela de
Nossa Senhora da Conceição das
Cachoeiras, Capela de Nossa Senhora
da Conceição dos Ouros, Capela de
CimaeVilaOuros.
Município- A história de Ouros
passou a ser escrita após a construção
da capela em homenagem à Nossa
Senhora da Conceição. A Capela foi
sendo elevada, algumas demarcações
territoriais foram sendo realizadas e
confrontospolíticosaconteceram.
Nos anos 40, a confiança da
população ourense em conquistar sua
autonomia política tomou força,
dando início a um movimento
separatista liderado pelo Cel.
Domingos C. Rosa (vereador e chefe
político de Ouros), o cidadão ourense
João de Freitas Souza (funcionário da
Prefeitura de Paraisópolis), o padre
João Batista do Rêgo Cavalcanti (na
época, já reverendo e vigário da
Paróquia), o vereador José Maria de
Sousa,entreoutros.
A sonhada emancipação político-
administrativa aconteceu em 6 de
agosto de 1948 e foi anunciada pela
Rádio Inconfidência. O povo ourense
pode então festejar nas ruas, tomado
pela alegria dessa conquista que se
deu com o parecer favorável da
Comissão de Divisão Jurídica e
Administrativa, em Belo Horizonte. A
Lei Estadual nº 336 concedeu
efetivamente a emancipação do
município, tendo sido promulgada no
dia 27 de dezembro de 1948, com a
instalação do Município acontecendo
no dia 1º de janeiro de 1949. Em 7 de
março de 1949, foram realizadas na
casa de João Batista Ribeiro Carvalho
as primeiras eleições para prefeito e
vice-prefeito.
Em 17 de julho de 2008, a
Assembleia Legislativa de Minas
Gerais transferiu Conceição dos Ouros,
que antes pertencia à comarca de
Paraisópolis, para a comarca de
CachoeiradeMinas.
Em dezessete mandatos, doze
prefeitos comandaram a cidade.
Conceição dos Ouros é administrada
atualmente por Mauricio Euclides
Viana, do PMDB e o município possui
atualmente10.388habitantes.
(Fonte: “Salve Ouros Cidade
Querida” (Mercedes Carvalho
Campos)
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Capricho e criatividade marcam o
11º Festival de Pratos Típicos
Doces, salgados e panificação.
Pratos feitos com dedicação e com o
ingrediente principal: a mandioca e o
polvilho. O festival de pratos típicos,
realizado na última quinta-feira, 1º
de agosto, na Praça José Maria de
Souza, em Conceição dos Ouros,
reuniu em sua décima primeira
edição mais de 200 pratos com os
mais diferentes sabores e muita
criatividade na montagem dos
mesmos.
O evento é uma parceria entre a
Emater, a Prefeitura Municipal de
Conceição dos Ouros e a Associação
dos Produtores e Agroindústria e
marcou o inicio da 17ª Festa do
Polvilho.
Segundo a extensionista de bem-
estar social Aline de Oliveira Guidis, a
mudança do local do festival, do
ginásio poliesportivo para a praça,
teve como objetivo uma maior
divulgação do evento. Ela foi
inspirada em outros festivais que
acontecem na região. “Com a
realização do festival na praça, toda a
população de Conceição dos Ouros
participa. O ginásio poliesportivo
permitia apenas setecentos
participantes, entre convidados e
competidores”,afirmou.
A exposição de receitas valoriza
a mandioca e os derivados do
polvilho produzidos pela dona-de-
casa, que podem ser desde os mais
tradicionais como pão de queijo e
biscoitos, até os mais criativos como
doces,bolos,pudinsepastéis.
Uma comissão formada por
técnicos da EMATER-MG e do
Instituto Federal de Educação - IF Sul
de Minas escolheu os melhores
pratosnosquesitosdoces,salgadose
panificação. Eles foram avaliados
primeiramente nos quesitos beleza,
apresentação e originalidade. As
maiores notas passaram para o
critério degustação para serem
premiadas.
Na categoria doces, o prato
vencedor foi Trufa Beijinho de
Mandioca, feito pela Sra. Amanda
Danielle de Carvalho, de Conceição
dos Ourors. Em segundo lugar, foi
escolhido o prato Cup Kake de
Mandioca, feito pela Sra. Maria
B e a t r i z S a n t o s S o u z a , d e
Paraisópolis. E em terceiro lugar
ficou o prato Bolo de Mandioca com
Tubetes de Wafer, de Helder Ribeiro
deSouza,deConceiçãodosOuros.
No quesito salgados, Torta de
Mandioca com Talos, feito pela Sra.
Débora Amanda Pires Machado, de
Conceição dos Ouros foi o prato
escolhido. Em segundo lugar, foi
escolhido o prato Escondidinho de
Mandioca, feito pela ourense
Adelina Barbosa. E em terceiro lugar
ficou o prato Torta de Mandioca, da
Sra. Benedita Vitória Barbosa, de
ConceiçãodosOuros.
E na categoria panificação, o
prato premiado foi Pão de Mandioca
Recheado com Mussarrela, feito pela
Sra. Lucinéia Maria Barbosa, de
Conceição dos Ouros. Em segundo
lugar, foi escolhido o prato Bolo de
Mandioca, feito por Ana Lívia Prado
Romão, de Paraisópolis. E em
terceiro lugar ficou o prato
Bolachinhas de Fécula, da Sra. Bianca
Carolina Barbosa Veloso, de
Paraisópolis.
Após a premiação, os garçons
serviram os convidados com os
quitutes participantes. Os cerca de
mil convidados do festival de pratos
típicos experimentaram os mais de
200 pratos e voltaram para casa com
a certeza de que o polvilho e a
mandioca na cozinha tem muitas
utilidades e diferentes sabores. Cada
um dos pratos participantes foi
premiadocomumalembrancinhado
festival,alémdosorteiodebrindes.
História-O Festival de Pratos
Típicos “Mandioca e Polvilho” foi
realizado pela primeira vez em 2003
e surgiu como forma de homenagem
e valorização ao principal produto
agrícola do município, a mandioca e
seu derivado, o Polvilho, devido sua
importância social, econômica e
cultural, além de incentivar o
consumo por meio da diversificação
apresentada com a realização do
festival.
O primeiro festival foi realizado
em dezembro, juntamente com o 1º
Encontro da Mulher Rural e teve 70
participantes, sendo que somente
uns 25 levaram os pratos. Ele passou
a integrar a festa do polvilho em
2005. Em 2011, o festival de pratos
típicos saiu da degustação e foram
reunidos em um livro, com 11 1
receitas.
OFestivaldePratosTípicoséuma
metodologia de trabalho bastante
utilizada pela Emater como forma de
resgate e valorização da cultura local
e regional, o que configura uma ação
na área da Segurança Alimentar. “O
evento de Ouros foi inspirado no
festival do café de Ouro Fino e
Cristina, porém, adaptando a
metodologia para a realidade de
Conceição dos Ouros”, concluiu a
diretora de extensão do IF Sul de
MinasAloísiaRodriguesHirata.
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Artista plástico expõe obras em
Conceição dos Ouros
O artista plástico Dionísio Porfírio
Alves está com parte de suas obras
expostas no Centro Cultural Geraldo
Rosa (antigo cinema), em Conceição
dos Ouros, desde a última quinta-
feira, 1º de agosto. O evento
“Criação”, que já foi exposto no
espaço Memórias do Instituto
Nacional de Telecomunicações
(Inatel), reúne quadros, retratos,
auto-retratos, caricaturas e
esculturas do artista. Entre as obras
estão gravuras de personalidades
políticas, artistas e familiares. A
exposição funcionará até hoje, 6 de
agosto,comvisitaçãodas13hàs18hs.
Dionísio Porfírio Alves nasceu em
Conceição dos Ouros em 7 de
dezembro de 1972. Filho de José
Porfírio Alves e Eleonora Alves
Correia, Dionísio Alves começou a
desenhar ainda criança com lápis de
cor. O menino cresceu e a paixão pela
arte também. Ele passou a
aperfeiçoar esse dom. Dionísio Alves
estudou artes plásticas em São José
dos Campos, Caçapava e Curitiba.
Através desse dom artístico, Dionísio
Alvespassouaserprofessornaescola
municipal Vasconcelos Costa , de
Pouso Alegre. Ele já lecionou a
disciplina para um curso de
pedagogia do Instituto Federal do Sul
de Minas, realizado em Conceição
dosOuros.
As obras de Dionísio Alves
possuem um estilo impressionista e
realista, que trabalha com perfeição.
Entre seus desenhos favoritos estão
animais, paisagens e principalmente
a figura humana. “É a parte que mais
me fascina, onde posso ver a
particularidade de cada ser, onde
sempre existe beleza, onde vemos
que Deus não se repetiu em
ninguém”,disseoartista.
No ano de 2009, fez um curso
tridimensionalemSãoPauloepassou
a fazer modelagem de argila e
madeira. “Decidi fazer modelagem
em argila, porque sou apaixonado
pela anatomia humana, e a argila é
um material que me facilita muito no
processo”,frisou.
O artista faz mais de 30 trabalhos
por mês, dos mais variados tipos:
retratos, esculturas, caricaturas e
pinturas óleo sob tela, acrílica, giz
pastelentreoutros.
O a r t i s t a m a n t é m u m
relacionamento de estreita afinidade
com as crianças e procura sempre
manter o bom humor. Evangélico,
Dionísio Alves acredita no
relacionamento próximo de Deus
com seus filhos. “Ele (Deus) não vive
longe lá no céu sem se importar
comigo”,falou.
É nesse ambiente de fé e arte que
Dionísio constrói um mundo de cores
e expressões das mais variadas
formas e faz de seu hobby também o
meiodesustento.
As horas de trabalho e lazer se
misturam. Em todas elas a arte está
presente em sua vida. Apesar dos
anos de experiência, Dionísio é mais
uma prova de que a luta pelo
reconhecimento vem em passos
curtos e lentos. Ele não busca sua
valorização pessoal. “Queria algo que
me desse prazer. O restante era
consequência”, afirmou. Para o
artista, o reconhecimento é algo
difícil. “Vivemos em um país onde
nem todos tem acesso à arte, para
apreciar e interesse em conhecer”,
afirmou.
Dionísio Alves já desenhou em
praça, praia, shopping. Seu maior
sonho é conhecer novos lugares e
desenhar. “O ser humano é muito
difícil, algumas pessoas olham o
desenho e não se enxergam nele, elas
querem ser mais bonita do que elas
realmente são, então não é fácil”,
disse. Ele já inclusive trabalhou com
crianças indígenas na Aldeia Apinagé,
na Amazônia, onde ensinou
dobradura. O convite para ensinar
artes na aldeia indígena surgiu de um
amigo, que é pastor evangélico. “Eles
possuíam um dialeto próprio e não
falavam o português, mas sabiam o
que eu estava fazendo, entendiam o
que eu estava fazendo. Em missão na
Amazônia, pude observar o quanto a
realidade deles é diferente da nossa”,
finalizou.
“O artista faz mais de 30 trabalhos por mês,
dos mais variados tipos: retratos, esculturas,
caricaturas e pinturas óleo sob tela,
acrílica, giz pastel entre outros”.
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Grande festa para Conceição dos Ouros
marca aniversário de 65 anos da cidade
Conceição dos Ouros viveu em
festa nesse final de semana,
comemorando os 65 anos de
e m a n c i p a ç ã o p o l í t i c o -
administrativa. Durante cinco dias
aconteceram os shows gratuitos na
Praça José Maria de Souza, atraindo
milhares de turistas nas duas
principais noites, sábado, 3 e
segunda-feira, 5, com os shows de
PéricleseZéRicardo&Thiago.
O objetivo principal da festa
deste ano foi valorizar os artistas
locais. Quatro atrações locais se
apresentaram: as duplas Fredson &
Robson, Augusto & Alexandre, a
banda Nova Mania e a cantora
Ediana Maskaro. A programação
incluiu ainda o 11º Festival de Pratos
Típicos, que neste ano aconteceu na
praça, com a coroação da rainha,
homenagem a polvilheiros,
exposição do artista plástico
Dionísio Alves e uma competição de
MotoCross.
A praça de alimentação também
teve mudanças em sua estrutura.
Ela foi montada próxima à igreja
matriz para facilitar o comércio dos
produtos típicos como pão-de-
queijo, caldos e sucos. Neste ano, a
Prefeitura Municipal fiscalizou e
proibiu o comércio feito por
ambulantes dentro do local da festa.
Essa medida busca incentivar o
comérciolocal.Tambémfoiproibido
o transporte de bebidas em garrafas
de vidro, pelo risco de machucarem
alguém.
A festa foi aberta na quinta-
feira,1ºdeagosto,comotradicional
Festival de Pratos Típicos,
premiando os participantes nas
categorias doces, salgados e
panificação. Na sexta-feira,
aconteceu a coroação da Rainha do
Polvilho e a homenagem aos
polvilheiros, além dos shows da
dupla Augusto & Alexandre e Ediana
Maskaro. No sábado, 3 de agosto, a
Festa do Polvilho contou com um
treino de Motocross. À noite chegou
a vez do cantor Péricles embalar
ourenses e turistas com o pagode,
que incluiu antigos sucessos do
Exaltasamba. No domingo, 4 de
agosto, a programação começou
com um campeonato de Motocross.
Depois os artistas locais voltaram a
cantar na festa. Desta vez, com a
bandaNovaManiaeaduplaFredson
& Robson. Já na segunda-feira, a
duplaZéRicardo&Thiago,revelação
do momento, embalou a multidão
comosertanejouniversitário.
Encerramento- A Festa do
Polvilho é encerrada hoje, 6 de
agosto, às 16hs, com um show do
caipira Tonho Prado, da TV
Aparecida. Criado há mais de dez
anos pelo ator profissional da
cidade de Taubaté, Adriano Prado
tem feito o Brasil inteiro sorrir
através de brincadeiras e piadas
contadas pelo seu personagem
Tonho Prado, não só no Programa
Terra da Padroeira, mas também em
diversos shows que realiza pelo
Brasil. Ele é o líder de audiências no
horário, contando com um público
estimado em 90 milhões de
telespectadores por todo o Brasil. O
nome do personagem é um
homenagem a seu avô, o verdadeiro
TonhoPrado.
Ele gravou seu primeiro CD em
2006, que recebeu muitos elogios.
Em 2007 destacou-se ao conquistar
o primeiro lugar no conceituado
Festival de Marchinhas de São Luiz
do Paraitinga (SP), levando o prêmio
de melhor intérprete com a música
Flor de Primavera. Em 2008,
novamente ganhou o prêmio de
melhorintérpretedofestival.
To n h o P r a d o c o n s e g u e
apresentar um personagem sem
apelações ou palavrões e ainda por
cima cantando muito bem. Lançou
tambémumCDdepiadasgravadoao
vivo, no Teatro Metrópole, em
Taubaté, no interior de São Paulo.
Atendendo a pedidos de seu público,
Tonho Prado gravará seu DVD com a
banda.
A Festa do Polvilho é uma
realização da Prefeitura Municipal
deConceiçãodosOuros,emparceria
com a Associação dos Produtores e
AgroindústriaeaEmater.
10ESPECIAL
A Casa
de Irene
JsulJornal
Fiquei muito contente
quando um rapaz de Conceição dos
Ouros, estudante de história, veio à
minha casa para conversar sobre a
“Prima Irene”. A “Prima” como nós a
chamávamos na família dos Araújos
era uma velha senhora, Irene Tito
Vieira, e a conheci desde que passei a
frequentar o rancho do meu avô
materno Nézinho no final dos anos
1960. Descendente do fundador
Major Felix da Mota Paes, a Prima
Irene teve uma tia, Maria Tito, que foi
casada com meu bisavô, Manoel José
Araújo,ovovôManeco.Ouroseraum
lugar de passagem do vovô Maneco,
que saía a cavalo de Espírito Santo do
Pinhal onde tinha sua fazenda, rumo
a Taubaté, Mogi das Cruzes e Santos.
O Nézinho, filho mais novo de
M a n e c o , a i n d a m e n i n o ,
acompanhavaseupainessasviagens,
junto a seus onze irmãos e então
passaram pelo casarão de Felícia,
mãe de Irene, passara a ser além de
necessidade de descanso devido à
longa jornada, uma obrigação e
respeitoso obséquio. Existiam vários
outros lugares para o pouso da
família viajante, entre E.S. do Pinhal e
olitoral.
Provavelmente a tropa
pernoitava também em Pouso Alegre
e Santo Antônio do Pinhal, antes de
despencar ao Vale do Paraíba para
Taubaté, onde, com certeza eram
conhecidos e recebidos, pois
Nezinho casar-se-ia com a donzela
Eurídice Rebouças de Carvalho,
bisneta dos Barões de Jambeiro
então residentes na “Taba Eté”. Isso
teria deixado a Prima Irene com um
segredo de amor guardado por
praticamente toda a vida. Somente
após a morte do Dr. Araújo e de sua
esposa, quando velhinha e com a
cabeça já não em plena lucidez, Irene
confessara a um parente o amor que
nutria desde a mocidade pelo
garboso e honrado Dr. Araújo que
infelizmente tinha feito outra opção.
Talvez pressentindo a situação a
esposa de Araujo, Eurídice, já muito
velhinha tinha num acesso de raiva
esclerótica, esmurrado os vidros do
automóvel no qual o marido seguia
para um fim de semana em Ouros.
Ele ia deitado no banco do meio da
Kombi, forrado com um velho
colchonete de campanha, tendo ao
lado uma caixa de charutos e a
escarradeira. Ele, com 83 anos de
idade e os quatro netos por
companhia, descendo já a rampa da
garagem do Pacaembu, e a velha
gritava: − Maldita Conceição! Assim,
com o decorrer dos anos, a família
Araujo passou a chamar a cidade de
Conceição dos Ouros de “Mardita”. –
Vamos pra Mardita? – Alô, Você está
em São Paulo ou na Mardita? Um
carinhosoapelidoque“pegou”entre
os da família que, também por amor,
viu vários de seus membros
paulistanos de nascença adotarem
Ouros como terra para se viver. O
próprio genro do Dr. Araujo,
Guilherme, o Guy quando foi
agraciado com o título de Cidadão
Ourense disse a público perante a
a u d i ê n c i a q u e l o t a v a a s
dependências da Câmara Municipal:
− Eu vim aqui para pescar e acabei
sendo pescado. Guilherme e sua
esposa Lysia, ambos repousam seus
ossos em Ouros, assim como Irene,
no cemitério do outro lado da ponte
sobreoSapucaí-mirim.
Na parada dos altos do
Pinhal, próximo à atual Estação
Eugênio Lefévre, existia um casarão
onde eles pousavam, que ainda
aparece numa fotografia do local de
1929.
No seu casamento com a
tia de Irene vovô Maneco não teve
filhos, mas todos os filhos de seu
ca s a m e nto a nte r i o r fo ra m
convocados e permaneceram bem
vestidos e em respeitoso silêncio
enquanto a madrasta agonizava
numa alcova do casarão ao som de
música clássica que ela mesma
pedira. A cama em que ela faleceu,
uma marquesa de pau com a
“modernidade” de molas de aço,
decora hoje a saleta superior do
nosso quarto de dormir, ao lado do
vitral representando cena do
imaginário – surrealismo caboclo de
Araújo caçador. Uma fotografia
antiga atesta uma senhora morta na
marquesa, esticada e o corpo
alumiado por candelabros altos de
chão. Era costume fotografar os
mortosnoséculoXIX.Nesseperíodo,
a cultura europeia e clássica estava
presente nas elites brasileiras e
também na família Tito Vieira. José
Tito me presenteou, em certa
ocasião, com uma coleção de discos
de vinil, compactos simples,
intitulada “Países & Povos”, eram
dezenas de disquinhos mostrando
extratos da cultura sonora dos
principais países do globo, o que
atesta o interesse e formação
universalistadafamília.
Sempre prezei muito a
“Prima”, a que era plenamente
correspondido. Se ela ficava
sabendo que eu estava nos Ouros e
ainda não fora visita-la, logo
mandava missiva indagando: − Por
que o Paulinho ainda não veio aqui?
Ocasarãoeseusmoradoresefetivos,
a Prima Irene, seu filho José Tito e a
criada Iracema foram muito
importantes para este adolescente
que vinha amiúde da capital paulista
passar férias escolares e também
finais de semana em Conceição dos
Ouros.
Estudante de arquitetura
em meados dos anos 1970 fiz
trabalho de pesquisa sobre o casarão
de Dona Irene e costumava passar
boas horas em conversas na sua
companhia. Algumas vezes dormi no
casarão como hóspede, no velho
colchão de palha de milho que
Iracema afofava com um varejão de
bambu. Forrado apenas com algodão
cru, o colchão provocava alguma
coceira, mas era legal afundar ali o
corpo e ver por somente por uma
nesga de fresta que sobrava, o forro
alto de tábuas do casarão. Caldo de
feijão com couve ou salsinha e
macarrão, doce de casca de laranja
do próprio terreiro, bananas,
mandioca, de tudo um pouco se
produzia no pátio dos porões. O café
era cultivado e colhido no próprio
terreiro da casa, depois posto a secar
estendido na sala dos antigos
“móveis de palhinha”, espaço do
casarão que já fora também escola,
casa paroquial, cartório e várias
outras funções públicas. Depois de
torrado na bola oca de ferro no
grande fogão de lenha da cozinha, o
café era socado no pilão, e mandado
triturar em pó na padaria do seu
“Varino”, que já possuía um moedor
elétrico. Bebíamos o café da Prima
meio à contra gosto, por educação,
pois que ele era “três efes”, com
brincávamos entre nós: frio, fraco e
fedido, além de excessivamente
doce.
A Prima tinha um velho
filtro de barro na sala, sobre uma
toalhinha branca de rendas da Ilha da
Madeira. A tradição portuguesa das
rendas, de fiar e tear eram comuns
entre as distintas senhoras desde o
período colonial. Os meninos
Araújos, Paulo, Rogério, Sérgio e
Augusto,quefrequentavamacasade
Irene, estavam sempre vestidos de
calças Lee, casacos marrons de couro
e corte de cabelos à máquina zero,
ouviam rock e mascavam chicletes
Adams. D. Irene pediu aos prezados
priminhos que lhe guardassem os
chicletes já mascados e com eles
aproveitou para tapar o vazamento
do velho filtro d'água, o que
proporcionou ao salutar líquido um
leve gosto de tutu-fruti, gerando
gargalhadas gerais entre todos,
inclusive entre os moradores do
casarão. O sorriso de Iracema, “a
virgem dos lábios de mel” como
acrescentavam os jovens ao seu
primeiro nome, mostrava forte
batom vermelho e um ou dois dentes
deouro,apenas,osquelhesobravam
nabocadecacospretos.Masissonão
era nada se comparado às pernas da
“virgem” que eram puras ulcerações.
E a “danada” expunha
aquele “belo” sorriso toda vez que
algum pretendente – o Mudinho era
o principal – lhe pedia a mão em
casamento à madrinha. Irene
também se divertia com a situação,
mas nunca assentiu ao casório, pois
que não podia prescindir de tão
denodada criada para os serviços
geraisdacasa.
− Iracema, vai caçar
serviço! Bramia a velha patroa e ela
vagarosamente, arrastando uma
perna,sorrindologicamente,cruzava
o caminho aberto entre os grãos de
café que secavam no chão da grande
sala,atéabriràchaveaenormeporta
de entrada do casarão toda vez que
uma visita tocava a campainha.
Todos eram recebidos por Irene da
mesma forma, amável e educada,
fosse personalidade reconhecida ou
um simples pedinte. Por vezes, ao
irmos visitá-la, a campainha se
encontrava quebrada ou faltava
energia na cidade, o que era comum.
Então desde a praça corríamos
atravessando a rua e, apoiando um
pé na linha de declive da fachada,
num pulo homérico, era possível
enviar um grito através do janelão
envidraçado, se aberto, anunciando
a presença de visita: − Priiiima!!! E
corríamos para a porta para ouvir os
arrastados passos de Iracema ou
seria dessa vez o toque-toque rápido
e nervoso do José Tito, quando vinha
ele mesmo abrir a porta. Magérrimo,
olhos agitados entre o nariz
avantajado, camisa para dentro da
calça com cinta e sapatos pretos.
Mesuras fidalgas, cumprimentos que
demonstravam a mais fina educação
que o filho único de Irene recebera
dentro da tradição dos Barões
mineirosdocafédoséculoXIX.
No forro do casarão pó de
broca, veneno, limpeza que se fazia
necessária à miúde a fim de não dar
guarita a gambás e outros animais
mamíferos inclusive voadores ou de
penas, que gostariam de se aninhar
tanto no forro como sob os beirais de
telhas coloniais de cocha. Uma
e s c a d a d e t á b u a s d e l e i
primorosamente gastas, descia aos
porões constituídos a guisa de
alicerces com paredes de pedras
naturais empilhadas. Lá, entre velhas
correntes de agrilhoar escravos,
sapos e medos fantásticos que
povoavam o imaginário, Irene
mandava guardar tudo aquilo que
sendo inútil na ocasião, um dia
poderia vir a servir para alguma
necessidade. Foi num canto dos
porões que os meninos primos
Araújos encontraram as “chapas” de
charretes,carroças,carroções,carros
de bois com as quais a Prefeitura
Municipal lacrava os veículos que
transitavam pelas ruas e estradas
ainda de terra. Além dos porões, a
partir do grande tanque de cimento
para lavar roupas, o quintal descia
eentrefrutas,ervasecapinsnãomais
até o rio Sapucaí-mirim rumo a sua
antiga ponte de madeira, pois novos
arruamentos haviam sido traçados
restringindo esse quintal que mesmo
assim ainda era enorme, aos limites
de uma quadra. Cercas de arame
farpado com bambus desciam pelos
doisladosnoslimitesdoterreno,ena
frente junto à fachada um portão de
acesso à rua colocava no mesmo
nível o calçamento público e o pátio
dos porões. Carroças, charretes e
cavalos poderiam assim chegar ao
pátio interno para descarregar ou
carregar alguma mercadoria.
Visitantes vindos das minas ou do
litoral poderiam ter suas animálias
desarreadasali.
D o n a I r e n e , v i ú v a ,
administrava o casarão com firmeza,
recebia e mandava recados. Não é
difícil encontrar ainda hoje na cidade
quem tenha frequentado a piedosa
Sra. Irene Tito Vieira
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
11ESPECIALJsulJornal
família,quecercadadesantoselatas,
tinha a hora da missa do Santo Padre
de Aparecida do Norte que ouviam
numrádiodemadeiraounatelevisão
em branco e preto, como o único
horário em que nenhuma visita
poderia ser recebida no lar por mais
que tocasse a campainha. Uma
fachada de igreja de madeira com um
sininho de ferro na torre era enfeite,
cenário testemunho da fidelidade
religiosa da família. Um crucifixo, um
pôster do Santo Papa e a antiga
vitrola do Zé Tito em móvel de
madeira com os finos pezinhos dos
anos 1960, duas camas toscas de pau
no modelo bandeirantista, armário e
umadúziadefarrapos.
Assim a mãe octogenária
se resguardava com o filho Tito agora
em uma única peça da casa, espaço
que em si já era bem amplo, de frente
para a praça da matriz, mas sempre
longe de estadias demoradas nos
parapeitos das janelas frontais. É que
à moça de família, e também a uma
viúva, não fica bem estar na janela,
como se à venda, mas devem sempre
resguardar-se na intimidade da
morada que constitui sua parte
posterior reservada sempre e
exclusivamente aos da família. A rua
temmuitospassantes,andarilhosdas
estradas, a praça principalmente aos
sábados à noite exibia o footing com
moças rodando num sentido por
dentro e rapazes no sentido
contrário. Uma piscada, um
papelzinho de bala que se passa com
um nozinho ou dois, e o casal poderia
“rodar” junto ou passar aos bancos
centrais para consumar o flerte e
talvez até pegar na mão um do outro.
B e i j o j á e r a m e i o
escandaloso e por vezes acabava
sendo roubado. Ir atrás da igreja,
debaixo da ponte ou mesmo na Mata
da Bixiga, isso já constituía pecado
mortal a ser severamente
repreendido. O importante era que
um casal rodando de braços ou mãos
dadas, o homem não portasse nunca
a mulher pelo lado de fora da praça,
pois que isso denotaria que a
senhorita “estava à venda” e outro
rapaz poderia então flertar com ela,
mesmoestandoelaacompanhada.
O certo é que Irene,
sempre que ia à missa, fazia o trajeto
direto do casarão, cruzando
necessariamente a praça rumo à
igreja sem muitas paradas para
conversas de rua. E devia ir à missa
todos os dias, de domingo nem se
fale, não aceitando que a de sábado
à noite valesse pela de domingo,
como autorizara a instituição
religiosa. Saia comprida preta,
braços cobertos e véu sobre a
cabeça, bengala e óculos redondos
deossonaponta donariz,lávaiIrene
acompanhada da criada que segue
logo adiante servindo de “abre alas”.
Se por algum motivo plausível,
depois que já tinha a idade bem
avançada, ela não pudesse ir à santa
missa em carne e osso, mandava a
Iracema para representa-la e pedir
ao pároco que mais tarde enviasse o
sacristão a sua casa para ministrar-
lhe a comunhão. A fidelidade de
Irene e de toda a sua família (Zé Tito)
à Igreja Católica Romana era total e
irrestrita. Ela tinha veneração pelo
padre Quadros Aranha de quem
reputava a glória de haver sido nos
tempos de antigamente, hóspede
emsuacasa. Dos missais e
santinhos que povoavam o casarão
não se tem notícias, mas os livros
editados em França, o dicionário de
Tupiguarani e romances clássicos
lisboetas, esses o Zé Tito empilhou
em fogueira no pátio, sacrifício da
cultura antepassada sugerida pelo
padre Braz, ignorante do seu valor
como patrimônio histórico e cultural
representativodeumaépoca.
Quando o primo Dr. Araújo
passava estadia na cidade, por vezes
ia ela visita-lo e à distinta família no
rancho de beira-rio. Isso acontecia
principalmente antes dos anos 1970
quando Irene ainda dispunha de
idade razoável e certa facilidade para
locomover-se. Mesmo assim, antes
sempre enviava a Iracema para
anunciar sua visita próxima, com
carta de boas vindas e alguma
produção de seu quintal, doces ou
café. Numa dessas visitas à casa do
AraújoquefezIreneapósseualmoço,
e gente do interior costuma almoçar
cedo, a filha do Araújo Dona Lysia – a
quem a Prima sempre tratou de Lígia
nas cartas, ofereceu à Irene um
“guisado” que a velha senhora
sempre apreciara – os quitutes de
gente da cidade grande, como dizia –
ao que a Prima respondeu: −
Obrigada, agora não quero não, mas
trouxe aqui uma latinha..., tirando
uma velha lata vazia da bolsa que
sempretraziaatiracolo,eaceitolevar
um pouco para o José Tito que não
veio junto por algum motivo de
compromissoouindisposição.
Os aniversários do Dr.
Araújoconstituíamum evento festivo
na cidadezinha. 28 de julho! Dia de
churrascada e barris de chope.
“Criança e cachorro não precisam de
c o n v i t e ”, t i n h a m e n t r a d a
franqueada, como versava o dito
popular. Desde o dia anterior,
compadres montavam extensa
churrasqueira de tijolos de barro –
0.40cm de vão e pelo menos uns 12
metros de comprimento. E cortavam-
se também os bambus para afiar os
espetos. Garrote era sacrificado e
aindaalgunscapadosdeviamgrunhir
até receber o punhal de cabo de osso
colorido enfiado debaixo do braço. O
forno redondo à lenha fumegava,
garrafões e mais garrafões de vinho
sangue-de-boi ou aguardente que os
amigos Sebastião Lopes ou
F e r r e i r i n h a o f e r e c i a m a o
aniversariante, somados aos vários
barris, isso sempre dava em alegria e
embriaguez.Diasantesdafestança,o
Dr. Araújo percorria a cidade em via-
sacra, cumprindo as visitas aos
amigos e inúmeros compadres para
quem levava o convite para sua festa
de aniversário e lhes presenteava ele
mesmo com o abono das dívidas dos
dinheiros que costumava lhes
emprestar e que nunca esperava
receber o pagamento. Corriam
também pela cidade na época, as
“listas de adjutório”, um papel ao
maço que o pedinte tirava todo
amarrotado do bolsoe apresentava à
bondadedo doador. Era uma morada
que precisava ser construída ou
coberta de telhas, dinheiro para um
tratamento na capital, para poder
casar, em fim, o próprio doador
punha no papel o seu nome a ao lado
cifrava o donativo em dinheiro que
ofertava àquele cidadão mais pobre.
E a mão esquerda sabia
muito bem o que a mão direita dava.
A coisa funcionava como
uma competição entre os ricos, ver
quem dava mais e era o mais
poderoso e bondoso. Dr. Araújo não
fazia por menos, metia a mão no
fundo bolso de sua calça de tergal,
bolso já preparado de antemão
desde que tomava o caminho para
Minas, donde sacava um bom bolo
de notas que se acomodavam lá no
fundo, junto do saco, e folheando as
impressões tirava sempre uma
quantia capaz de deixar estupefato o
pedinte, que saía pelas ruas
contando a todo mundo sua graça
afortunada.Com isso só aumentava a
expectativa de presenças ao
churrasco de aniversário. No evento,
Dona Irene e seu fiel escudeiro, José
Tito, tinham sempre assento de
honrareservadojuntoàsmaisnobres
famílias do município. Na saída,
depois de tanto beber e comer, à
farta, como se dizia, alguns caíam ali
mesmo,emredesounogramando.
Leitões sorriam dourados e
pururucas com maças na boca em
bandejas e a fila do churrasco se fazia
em determinados momentos tão
longa, que saía da propriedade e se
estendiapelarua.Erasóterpaciência
que se acabava por sair com seu
quinhão, nem que fosse só de
linguiça, com a qual pensavam que o
Dr. Araújo amarrava mesmo seus
cachorros.
Dona Irene se levanta,
assim também seu filho Tito.
Despede-se de todos e faz sinal para
Iracema que zelosamente lhe
guardava o fardo e o guarda chuva
que por vezes servia de bengala à
idosa aparentada. A criada vai ao
churrasqueiro e abre o guarda-chuva
dentro do qual vai enfiando em roda
vários espetos de carne assada. Em
seguida ela fecha o guarda-chuva
colocando-o no ombro. Cheio
também o fardo de provisões para a
semana, segue a criada na frente à
pé, subindo a Avenida Coronel
Domingos Rosa, pois a patroa e o
primo são mandados levar de liteira,
minto,deautomóvel– peruaKombi–
até a praça da matriz onde se localiza
ocasarãodosTitoVieira.
Paulo Araújo de Almeida
Historiador e Arqueólogo
“Dona Irene e
seu fiel
escudeiro, José
Tito, tinham
sempre
assento de
honra
reservado
junto às mais
nobres famílias
do município”
CASARÃO onde morava
Dona Irene sempre foi
muito movimentado
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
13ESPORTES
Esportes
JsulJornal
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Corrida rústica
acontece em Ouros
Na manhã do último 21 de julho
foi realizada em Conceição dos Ouros
1ª edição da Corrida de Rua com a
participaçãodemaisdecempessoas,
entre crianças, jovens e adultos. A
Corrida de Rua foi promovida pela
Prefeitura Municipal de Conceição
dos Ouros através das Secretarias de
Educação e Cultura num percurso de
5 km, com saída e retorno na Praça
José Maria de Souza, passando pela
Avenida Barão do Rio Branco e pelas
ruasdobairroQuilombo.
O objetivo principal da corrida foi
incentivar a prática de novas
modalidades de esportes pelos
cidadãos ourenses e oportunizar aos
jovenspráticassaudáveis.
No masculino, a vitória foi de Luiz
Paulo Antunes, de Taubaté, com
tempo de 15’34”. A segunda
colocação ficou com Daniel da Silva
Freitas, de , com o tempo de 16’17”
Robson Dimas Vigilato, de Santa Rita
do Sapucaí, ficou na terceira
colocação, completando os 5km de
provaem16’35.
No feminino, Maria Helena de
Jesus Lima ficou na primeira
colocação, com o tempo de 18’57”,
em segundo lugar, Leone Justino da
Silva, com 20’18”. Raquel Aparecida
Pereira, de Cachoeira de Minas, fez a
prova em 21’40”, obtendo a terceira
colocação.
A prova contou com atletas de
Taubaté, Mogi Mirim, Pouso Alegre,
Santa Rita do Sapucaí, São José dos
Campos, Cachoeira de Minas,
Paraisópolis, Brasópolis, Sapucaí
Mirim, Bom Repouso, Careaçu e
Conceição dos Ouros. Foram
entregues 1200,00 para os seis
primeiros lugares, tanto masculino
como feminino. Esse dinheiro foi
doado pelo Banco Bradesco. Os
resultados da prova podem ser
c o n f e r i d o s n o b l o g
www.revezaracingadventure.blogsp
ot.com.br.
Diogo Freitas conquista
prata no mundial
dacategoria”,disse.
Além dele, Conceição dos
Ouros foi representada por
Jhonatan Willian da Silva, de 14
anos, que não conseguiu lutar na
categoria infanto juvenil B por
p r o b l e m a s t é c n i c o s d o
campeonato e por Leonardo
Kazão, de 28 anos, que obteve o
quinto lugar na categoria pesado
Diogo Freitas conquista prata
noMundialdeJiu-jitsu
O atleta de Conceição dos
Ouros, Diogo Alitto Freitas, de 30
anos, da equipe G Force,
conquistou o 2º lugar no
Campeonato Mundial de Jiu-jitsu
Esportivo, disputado no Ginásio
Mauro Pinheiro (Ibirapuera), em
São Paulo, entre os dias 18 a 21 de
junho. Diogo Alitto Freitas lutou
nacategoriafaixamarronadulto.
Na decisão da medalha de
ouro do pena, Diogo Alitto Freitas
foi derrotado por pontos para o
paraibano Wallace Reis. Diogo
Freitas abriu vantagem de dois
pontos, mas o paraibano virou o
placar nos últimos 30 segundos
de partida. Final da luta: 5 a 2 para
o atleta da Paraíba. Para o atleta
Diogo Freitas, o principal
problemaenfrentadofoiàfaltade
treino. “Enfrentamos atletas
patrocinados e com mais tempo
de preparação. Mesmo assim,
obtive um bom resultado, ficando
em segundo entre os oito atletas
branco.
O campeonato foi organizado
pela Confederação Brasileira de
Jiu-jitsu Esportivo (CBJJE) e
contou com a participação de três
mil e quinhentos atletas, de todas
as partes do continente. Eles
lutaram nas infantil e adulto,
masculino e feminino e absoluto
faixapreta.
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Acicam promove
palestra beneficente
A Associação Comercial e
Industrial de Cachoeira de Minas
realizou no último 25 de julho, no
prédio da Câmara Municipal, uma
palestra sobre o tema motivação e
auto-estima, ministrada pelo
professor Alex de Oliveira Arcanjo
Pinto. O evento contou com cerca
de 60 pessoas, entre comerciantes,
estudantes e trabalhadores de
empresas. Na oportunidade foram
arrecadados alimentos não-
perecíveis, que foram doados ao
LarSãoVicentedePaula.
O objetivo principal da palestra
foiproporumanovaestratégiapara
se obter uma maior autoconfiança
a fim do profissional superar as
metas estabelecidas pela empresa;
também desenvolver um visão
compartilhada e o aprendizado em
grupo, melhorando a convivência
entre todos, funcionários e
superioresdentrodaempresa.
O palestrante Alex de Oliveira
Arcanjo Pinto focou a motivação
pessoal, auto-estima e integração;
além do desenvolvimento da
mente,espíritoefísicoeopoderdo
pensamento positivo e otimismo.
Ta m b é m f o r a m r e a l i z a d a s
dinâmicasdereflexãoquesãoúteis
tanto para a vida profissional e
pessoaldosparticipantes.
Alex de Oliveira Arcanjo Pinto é
graduado em farmácia pelo Centro
Universitário de Itajubá (FEPI). Ele
estagiou em grandes empresas
farmacêuticas de São Paulo.
Atualmente ele é professor e
diretor de um escola e ministra
p a l e s t r a s s o b r e
empreendedorismo e liderança.
Ele curso MBA em Liderança e
Gestão Organizacional em São
Paulo(SP).
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Terça-feira, 06 de agosto de 2013
Social
Winter Rock Fest acontece
dia 17 no Literário
“Winter Rock Fest” acontece dia 17 no
Literário
Com um número considerável de
adeptos, o rock permanece em cena e
ramificado em várias vertentes. Heavy
metal, Thrash Metal, Hardcore, Metal core,
Hard Rock, todas essas vertentes fazem
parte do estilo, ganhando força com o
Winter Rock Fest, evento que tem se
tornado tradicional e colocado Cachoeira
de Minas no circuito do gênero. São cinco
bandas que possuem algumas destas
sonoridades representando as vertentes do
rock, desde os “clássicos” Hard Rock ao
mais pesado “Thrash Metal que se
apresentarão na sexta edição, que
acontece no próximo 17 de agosto, no
Clube Literário e Recreativo Cachoeirense
(CLRC).
Essa edição do Winter Rock Fest será
completa para quem procura o rock n´ Roll.
O ecletismo estará presente em cinco horas
do mais puro rock. O estilo Hard Rock será
representado com a banda Sir Zepp de
Pedralva, tocando clássicos como Pink
Floyd, Deep Purple, Rush e The Beatle. Em
seguida será a vez do trash metal com a
banda Human Hate,deLavras.Banda criada
no ano de 1989, a Human Hate é referência
no metal sul mineiro, Ela já apresentou no
extinto festival “Dynamo”, fazendo
abertura para a banda “Dorsal Atlântica”.
Inimigos Públicos, de Poços de Caldas, fará
um Tributo Metallica. Duas bandas de
CachoeiradeMinas fecham aprogramação.
ADymon’s,noestilopesado doTrashMetal,
trará uma novidadeA para a edição deste
ano, o lançamento oficial do EP “Confronto
com a Morte”, gravado em Pedralva, pelo
produtor musical Diovani Bustamante. E a
banda Transept, também de Cachoeira de
Minas, faráumTributoMegadeth.
Os ingressos antecipados do Winter
RockFest custam R$ 13,00. Eles podem
ser adquiridos na Korremark Imóveis ou
na secretaria do Clube Literário e
Recreativo Cachoeirense (CLRC). Mais
informações pelo telefone: (035) 9939-
1603ou9911-7043.