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PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO DE ITIL, PARA O NÚCLEO DE ADMINISTRAÇÃO
DE REDES DA EMATER/RS-ASCAR.1
Juliano Silva de Oliveira 2
RESUMO
O artigo apresenta um estudo sobre ITIL, e sobre motivos para uma
adoção parcial e adaptada desta, em um futuro projeto de implementa-
ção, no núcleo de administração de redes, da EMATER/RS. Para tan-
to, fora análisado o contexto, histórico e atual, da abordagem escolhi-
da e do provedor de serviços elencado. No desenvolvimento é apre-
sentado um modelo, baseado em ITIL 2011, adaptado à realidade lo-
cal, contribuindo para a viabilização da implementação de GSTI e in-
centivando para que, outros provedores de serviços, tenham o interes-
se em abordagens semelhantes.
PALAVRAS-CHAVE
ITIL, Gerenciamento, Serviços, Melhores Práticas, Tecnologia da In-
formação
1
Este artigo apresenta alguns dos elementos estudados no Curso “Especialização em Gerenciamento de Projetos
de Tecnologia de Informação” e foi apresentado ao final do curso sob a orientação do Prof. MSc. Enzo de
Oliveira Moreira.
2
Coordenador do Núcleo de Administração de Redes da EMATER/RS-ASCAR, bacharel em Sistemas de In-
formação pela UNISC (2010).
2
1 INTRODUÇÃO
O desejo de muitos gestores é, em suas rotinas diárias, terem a oportunidade de
empregar ações que produzam resultados mais positivos para a organização. Neste sentido,
empresas que investem na maturidade de seus processos percebem a importância do gerenci-
amento dos serviços prestados e, dentre as áreas envolvidas, acabam voltando suas atenções
para os serviços providos pela tecnologia da informação (TI). Nada mais natural, concluir,
que, gerenciar melhor os serviços de TI, trás grandes benefícios para a organização.
Uma das abordagens para gerenciamento de serviços de TI (GSTI) mais difundi-
das, entre empresas e profissionais, é a Information Technology Infra-structure Library, mais
conhecida pelo acrônimo ITIL3
. Esta abordagem, é formada por um conjunto das melhores
práticas para gerenciar serviços de TI. Ela atende os mais diversos tipos e tamanhos de servi-
ços de TI ofertados, sejam grandes, média ou pequenas empresas. Mesmo diante das vanta-
gens da adoção da ITIL, em alguns casos, pode ser mais sensato uma adoção parcial, ou até
mesmo, adaptada para a realidade do provedor de serviços.
O objetivo geral deste trabalho é, estudar a abordagem ITIL e validar que, uma
adoção adaptada desta, para o Núcleo de Administração de Redes (NAR), da organização
EMATER/RS-ASCAR, mostra-se viável e pode trazer grandes benefícios em GSTI. Objeti-
vos mais espefícios podem ser enumerados como: o estudo e análise do contexto histórico e
da situação presente, da organização e do NAR; análise sobre como adaptar o gerencimento
de serviços no referido núcleo; e a elaboração do modelo de ITIL adaptado.
O estudo será desenvolvido através de pesquisas bibliográficas exploratórias; aná-
lise de trabalhos monográficos, teses e artigos de periódicos com valor ao problema apresen-
tado; análise e adaptação da literatura técnica sobre o assunto para o emprego prático propos-
to; e junto ao NAR, uma análise documental e estudo de caso através de observação partici-
pante.
Para obtenção de melhorias em GSTI, elaborar um projeto de implementação de
ITIL é o caminho natural, que pode não trazer os resultados esperados, se não for precedido
de análise quando a adapção da abordagem à organização alvo. Este trabalho limitar-se-á em
desenvolver a etapa de diagnóstico de como GSTI pode ser empregado ao NAR, de forma
eficáz e nivelado com ITIL.
3
ITIL® é uma marca registrada do Cabinet Office.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
ITIL é, segundo Mülbert (2011, p. 27), “uma biblioteca de melhores práticas para
a gestão da TI com foco no cliente e na qualidade dos serviços de TI. Ela está sistematizada
em diversos livros que compõem uma ampla base de conhecimento o qual envolve tanto as
atividades operacionais de TI quanto as mais estratégicas”.
Segue a tabela 1, com um resumo da evolução da biblioteca de GSTI:
Edição Data Responsável Observações
ITIL V1 Anos de 1980 CCTA
Através de estudo para organizar os processos da área de
Tecnologia da Informação e Comunicações do Governo
do Reino Unido, o CCTA elaborou a primeira versão do
ITIL. Esta versão teve foco maior em estrutura de pro-
cessos, e é formada por quarenta livros.
ITIL V2 2000-2006 OGC
Entre 2000 e 2006, livros com a segunda versão do ITIL
são lançados. Com uma visão mais global das melhoras
práticas de GSTI, tornou-se a abordagem mais utilizada
no mundo. Ênfase maior em Serviços de TI.
ITIL V3 2007 OGC
ITIL foi integrado a um conjunto de bibliotecas de me-
lhores práticas, sob a marca Best Management Practice,
sendo ITIL a abordagem para GSTI. ITIL V3 adotou o
conceito de ciclo de vida do serviço, dando ênfase na
integração entre TI e negócios.
ITIL 2011 2011 Cabinet Office
Biblioteca atual, não é uma nova versão, é a segunda
edição da V3, uma atualização. Foi motivada em corrigir
erros, implementar melhorias, remover inconsistências e
melhorar a clareza e estrutura do conteúdo dos cinco
livros. Passa a adotar as atualizações pelo ano de publi-
cação e não mais pelo número da versão.
Tabela 1: Evolução da ITIL
Fontes: ITIL CENTRAL, 2007; MACÊDO, 2012.
Além das instituições já citadas, outras instituições ainda participam como cre-
denciadoras oficiais, provedoras de treinamentos e institutos de exame.
ITIL tem sua última edição datada de 2011, publicada pela TSO, de propriedade
do Cabinet Office, órgão do Governo do Reino Unido, e organizada pela itSMF, composta por
cinco livros relacionados ao Ciclo de Vida do Serviço, que são: Estratégia de Serviço da
ITIL, Desenho de Serviço da ITIL, Transição de Serviço da ITIL, Operação de Serviço
da ITIL e Melhoria Contínua de Serviço da ITIL (Best Management Pratice, 2013). Al-
guns conceitos gerais sobre ITIL 2011 e seus 26 processos, definidos no livro ITIL Founda-
tion Handbook (CABINET OFFICE, 2012), serão expostos a seguir.
4
Estratégia de Serviço (ES) – Esta disciplina de ITIL tem como propósito, definir
a perspectiva, posição, planos e padrões que o provedor de serviços deve considerar para al-
cançar os objetivos de negócio da organização prestadora de serviços. A disciplina de ES pos-
sui 5 processos, que são: Gerenciamento do Portifório de Serviços; Gerenciamento Financeiro
dos Serviços de TI; Gerenciamento do Relacionamento de Negócios; Gerenciamento da Estra-
tégia de Serviços de TI; e Gerenciamento de Demanda.
Desenho de Serviço (DS) – Tem como propósito desenhar os serviços de TI, as
práticas de governança, processos e políticas, alinhados com a estratégia de serviço, de forma
a facilitar a introdução dos serviços e garantir a qualidade de entrega e satisfação do cliente e
um custo efetivo na prestação do serviço. DS possui 8 processos: Coordenação de Desenho;
Gerenciamento do Nível de Serviço; Gerenciamento do Catálogo de Serviços; Gerenciamento
da Disponibilidade; Gerenciamento da Segurança de Informação; Gerenciamento dos Forne-
cedores; Gerenciamento da Capacidade; e Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de
TI.
Transição de Serviço (TS) – O propósito da fase de TS é o de assegurar que os
novos serviços, modificados ou retirados satisfaçam as expectativas do negócio, da forma
como foram documentados pelas disciplinas de ES e DS. A disciplina de TS possui 7 proces-
sos: Planejamento e Suporte da Transição; Gerenciamento de Mudança; Gerenciamento de
Configuração e Ativos de Serviço; Gerenciamento de Liberação e Implantação; Validação e
Teste do Serviço; Avaliação da Mudança; e Gerenciamento do Conhecimento.
Operação de Serviço (OS) – Esta disciplina tem como propósito coordenar e exe-
cutar as atividades e processos necessários para fornecer e gerenciar os serviços nos níveis
acordados. OS também é responsável pelo gerenciamento contínuo da tecnologia que é usada
para entregar e suportar os serviços. OS possui 5 processos: Gerenciamento de Incidentes;
Gerenciamento de Problemas; Gerenciamento de Eventos; Gerenciamento do Cumprimento
de Requisitos; e Gerenciamento de Acesso.
Melhoria de Serviço Continuada (MSC) – O propósito da fase de MSC é alinhar
os serviços de TI com as constantes mudanças das necessidades do negócio, por meio da iden-
tificação e implementação de melhorias dos serviços. Esta disciplina visa apoiar as demais
disciplinas. MSC está sempre buscando formas de melhorar a eficácia do serviço, dos proces-
sos e dos custos. A disciplina de MSC possui o seguinte processo: Processo de Melhoria em
sete etapas.
5
Estratégia de Servi-
ço
Desenho de Serviço
Transição de Servi-
ço
Operação de Servi-
ço
Melhoria de Servi-
ço Continuada
Ger. do Portifório
de Serviços
Coordenação de
Desenho
Planejamento e
Suporte da Transi-
ção
Ger. de Incidentes
Processo de Melho-
ria em sete etapas
Ger. Financeiro dos
Serviços de TI
Ger. do Nível de
Serviço
Ger. de Mudança Ger. de Problemas
Ger. do Relaciona-
mento de Negócios
Ger. do Catálogo de
Serviços
Ger. de Configura-
ção e Ativos de
Serviço
Ger. de Eventos
Ger. da Estratégia
de Serviços de TI
Ger. Gerenciamento
da Disponibilidade
Ger. de Liberação e
Implantação
Ger. do Cumpri-
mento de Requisi-
tos
Ger. de Demanda
Ger. da Segurança
de Informação
Validação e Teste
do Serviço
Ger. de Acesso
Ger. dos Fornece-
dores
Avaliação da Mu-
dança
Ger. da Capacidade
Ger. do Conheci-
mento
Ger. da Continui-
dade dos Serviços
de TI
Tabela 2 – ITIL 2011 e seus processos
Fonte: CABINET OFFICE, 2012, p. 4, adaptado pelo autor.
Juntos, os cinco livros de ITIL, fornecem uma visão do ciclo de vida do serviço,
da sua elaboração até a sua obsolescência, mostrando como cada um dos estágios complemen-
tam-se quando unidos, conforme mostra a figura 1.
Figura 1 – Ciclo de Vida de Serviços ITIL 2011
Fonte: CABINET OFFICE, 2012, p. 4, adaptado pelo autor.
6
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CENÁRIO
O departamento estudado faz parte das instituições EMATER/RS e ASCAR, que
neste trabalho serão tratadas apenas como EMATER/RS-ASCAR, pois trabalham em conjun-
to desde 1980, quando as duas instituições firmaram um protocolo de operacionalização con-
junta, possuindo a mesma missão (RODRIGUES, 2004), que atualmente é “promover o de-
senvolvimento rural sustentável por meio de ações de assistência técnica e extensão rural,
mediante processos educativos e participativos, visando o fortalecimento da agricultura fami-
liar e suas organizações e criando condições para o pleno exercício da cidadania e a melhoria
da qualidade de vida da população gaúcha” (EMATER/RS-ASCAR, 2013).
Neste contexto, como qualquer empresa, a EMATER/RS-ASCAR possui uma ge-
rência exclusivamente dedicada para a tecnologia da informação, a GTI.
Dentro desta gerência, de acordo com a Resolução Executiva Nº 466/2012, atuam
três núcleos: Núcleo de Sistemas e Informações (NSI), Núcleo de Suporte (NSU) e Núcleo de
Administração de Redes (NAR), que tem como papel “suprir a Instituição de um sistema de
comunicação adequado às suas características físicas e necessidades de disponibilidade dos
serviços de rede; prover a segurança da informação.” E, ainda conforme a Resolução Executi-
va Nº 466/2012, o NAR tem os seguintes objetivos:
 Coordenar tecnicamente e executar as atividades relativas à segu-
rança da informação e administração de rede de comptuadores;
 Desenvolver e coordenar projetos de infra-estrutura de rede de
computadores e segurança da informação;
 Definir e implementar políticas de segurança da rede de computa-
dores;
 Definir e implementar processos e procedimentos de segurança da
informação;
 Definir e implementar processos e procedimentos de backup;
 Gerenciar o acesso à rede, à internet e ao correio eletrônico;
 Manter e gerenciar o funcionamento da infra-estrutura de rede de
computadores;
 Manter registros de atendimentos de serviços prestados;
 Acompanhar e analisar o desempenho da rede de computadores;
 Articular-se com os demais núcleos para potencializar a execução
da Missão da Gerência de Tecnologia da Informação.
Este pequeno núcleo possui um papel importante dentro da Instituição, seus obje-
tivos deixam claro alguns dos serviços que devem ser administrados, como infraestrutura de
redes, políticas de segurança, backups, acesso à internet, correio eletrônico, etc. Devido ao
crescimento da organização, outros serviços passaram a ser ofertados, mesmo não constando
7
nos objetivos iniciais do núcleo, como apoiar e manter sistema de wiki, de EAD4
, de webcon-
ferência5
, gerenciar servidor de banco de dados, de impressões, dentro outros.
Por estar envolvido em uma quantidade razoável de serviços e ativos de TI com-
plexos, vitais para o bom andamento da organização, fica cada vez mais difícil para que os
funcionários do setor tenham um bom controle sobre todas as atividades do núcleo, sobre to-
das as informações importantes e, diante destas dificuldades de gerenciamento, fica difícil
também, a manutenção do nível de serviço atual, assim como a oferta de novos serviços tor-
nam-se perigosas, pois sempre corre-se o risco da infraestrutura não suportar as novas deman-
das. Desta forma, torna-se indispensável a aplicação de uma abordagem de GS, na busca por
mapear os serviços e processos atuais, para que possam ser melhor entendidos e gerenciados,
assimo como, possibilitar a oferta de novos serviços que agreguem valor para a instituição.
4 ADOÇÃO E ADAPTAÇÃO DE ITIL
Ao longo dos anos, o papel da TI nas empresa ganha cada vez mais importância, e
com isto, cresce a responsabilidade para que os serviços providos pela área, sejam cada vez
mais eficientes e eficázes. Adotar uma abordagem para gerenciamento de serviços, ajuda a TI
a estar mais alinhada aos processos de negócio da empresa, preparando-a para prover os ser-
viços dentro dos níveis esperados. Para isso, dentro do ciclo de vida dos serviços, é preciso
lidar com pessoas, processos, parceiros e produtos, e é justamente isso que a ITIL busca.
Ela tem mais de vinte anos de existência, está consolidada no mercado, é publica,
tem o apoio de milhares de profissionais e instituições pelo mundo, foi validada em vários
cenários, é uma compilação das melhores práticas, ou seja, esta conjuntura como um todo, dá
maior segurança para todos os interessados em aplicar GSTI utilizando ITIL.
ITIL foi desenvolvida para atender todos os tamanhos de demandas, não impor-
tando o tamanho do provedor de serviços. Mesmo assim, é preciso levar-se em conta as carac-
teríticas da organização e analisar se ITIL deve ser empregada de modo completo ou parcial.
Uma aplicação completa pode ser complexa demais e conter processos não tão relevantes para
as melhorias de GSTI almejadas pelo provedor de serviços, tornando mais difícil a adoção e
prática da ITIL.
4
Educação a Distância.
5
Reunião através de plataforma web, que permite compartilhamento de apresentações, áudio, vídeo e arquivos.
8
No caso em estudo, foram analisados alguns pontos e argumentos que sugerem
uma adoção parcial e adaptada de ITIL, para uma estrutura de trabalho já estabelecida dentro
do NAR:
A) Expectativas – Uma implementação de GSTI não pode gerar expectaticas
que não serão cumpridas, assim, é importante que o modelo a ser emprega-
do, seja condizente com a realidade do setor. As expectativas sobre os resulta-
dos obtidos com a adoção de ITIL podem ser melhor gerenciadas com uma
implementação mais comedida, direcionada para o interesses do núcleo.
B) Agilidade no resultados – Aplicar ITIL de maneira completa, implica em co-
nhecer a fundo todos os livros da ITIL, ou, até mesmo, requerer uma consulto-
ria externa para a implementação, que pode tomar muito tempo. O emprego do
modelo precisa ser simples o suficiente para que todos os colaboradores do
NAR possam estar nivelados e que os resultados possam ser observados rapi-
damente, de forma a motivá-los continuar na prática da ITIL.
C) Agilidade nos processos – Em um mundo dinâmico, serviços não podem dei-
xar de serem prestados por questões burocráticas, ou processuais, é necessária
uma dose de simplicidade para que os processos sejam cada vez menos com-
plexos, dando agilidade para que ações sejam tomadas, permitindo uma
resposta mais rápida diante da dinamicidade cobrada na rotina do NAR.
D) Processos já estabelecidos – O NAR, por fazer parte de processos já estabele-
cidos, sejam da GTI ou da instituição como um todo, não pode alterar estes
mecanismos ao qual está vinculada. É necessário adaptar ITIL de forma a
acomodar estes processos institucionais.
E) Dificuldades para mudanças – Apesar de saber-se que mudanças são necessá-
rias, elas não devem ser radicais. O NAR, atualmente, dispõe de estabilidade
dos níveis de serviço providos, porém, falta uma metologia para organizar
seus processos. ITIL pode prover esta melhorias, porém, as mudanças preci-
sam ser incorporadas de maneira incremental, para que não comprometam o
nível dos serviços prestados atualmente.
F) Número de recursos humanos – Por ser um setor pequeno, o NAR dispõe de
um número de colaboradores pequeno. Com isto, vários papéis indicados
por ITIL serão empregados pelas mesmas pessoas. Sendo necessária uma
adaptação, de maneira a comportar as responsabilidades destes papéis, para o
quadro de pessoal do NAR.
9
G) Clientes – Por ser um setor que provê seviços, basicamente, para clientes in-
ternos, ou seja, para os colaboradores da instituição, ITIL pode ser implemen-
tada tendo foco neste tipo de cliente.
H) Gerenciamento financeiro – O gerenciamento financeiro do NAR é feito ao
nível da Gerência de Tecnologia da Informação, cabendo ao NAR gerenciar
solicitações de compras e dar sugestões na previsão orçamentária. Ficando de-
pendente também, da disposição financeira da instituição e do planejamento
financeiro da diretoria desta.
Com estes argumentos, foi elaborado um modelo de ITIL adaptado ao NAR. Este
modelo foi obtido através de estudo e análise da estrutura atual do núcleo, seu histórico e con-
texto dentro da organização, feito através de documentação e participação observativa.
O modelo proposto, foi denominado de ITIL 2011 NAR. Seu desenvolvimento le-
va em conta os argumentos favoráveis à adoção particial da abordagem, com o cuidado de que
o modelo final não perca aderência aos conceitos pregados por ITIL.
Figura 2 – Ciclo de Vida de Serviços ITIL 2011 NAR
Fonte: Inspirado em CABINET OFFICE, 2012, p. 4, adaptado pelo autor.
Para uma possível adoção de ITIL pelo NAR, a biblioteca de melhores práticas,
adaptada, deve tornar-se mais simples, agrupando disciplinas e processos, perdendo procesos
e recebendo novos, que tenham relação com os atuais do núcleo.
ITIL 2011 NAR é composto por quadro disciplinas: Estratégia de Serviço; De-
senho de Serviço; Transição e Operação de Serviço e Melhoria Contínua de Serviço;
10
Neste ponto, a adaptação consistiu em unir Transição e Operação de Serviço, uma
vez no núcleo, poucos serviços novos são adicionados, e, a maioria das situações com as quais
o núcleo lida, são decorrentes de Operação de Serviço. Outro ponto é que a transição pode ser
encarada como parte da operação de serviço, por isso, os processos de transição de serviço
foram mantidos.
Na disciplina de Estratégia de Serviço (ES) foi excluído o processo de Gerencia-
mento Financeiro dos Serviços de TI, pois, como relatado nas motivações para a adaptação, o
NAR não administra recursos financerios. O processo Gerenciamento do Portifório de Servi-
ços foi deslocado para a disciplina de Desenho de Serviço, tomando lugar do processo de Ge-
renciamento do Catálogo de Serviços. O processo de Gerenciamento de Demanda foi incorpo-
rado pelo processo de Gerenciamento do Relacionamento de Negócios, para que seja feita
uma relação das necessidades do cliente, juntamente com a demanda necessária. O resultado
final pode ser verificado na tabela, que também compara com a versão original de ES.
Em Desenho de Serviço (DS) o processo de Gerenciamento do Catálogo de Servi-
ços foi descartado, e recebeu o processo de Gerenciamento do Portifório de Serviços, por en-
tender que este último é o mais adequado para o gerenciamento de serviços do NAR, não sen-
do necessário dois processo com funções semelhantes. DS também perdeu os processos Coor-
denação de Desenho e Gerenciamento dos Fornecedores. O primeiro por tratar-se de um pro-
cesso mais administativo e será cumprido de maneira inerente ao outros processos de DS. O
segundo, porque o NAR trabalha com pouquíssimos fornecedores, e que normalmente estão
atrelados a algum ativo de TI, então este processo foi incorporado pelo processo de Gerenci-
amento de Configuração e Ativos de Serviço. O resultado final pode ser verificado na tabela,
que também compara com a versão original de DS.
Na disciplina de Transição e Operação de Serviço (TOS) as discplinas de Transi-
ção e Operação de serviços forma unidas. Além disto, foram criados dois novos processos:
Gerenciamento de Ordens de Serviço (OS) e Gerenciamento de Chamados (CH). OS e CH
são dois processo já existentes no NAR e que abrangem a maioria dos processos destas disci-
plinas. OS são solicitações de ação que partem da própria GTI, a OS somente pode ser regis-
trada pelo colaborador que está criando a mesma. Já os CH, são para atendimentos de solicita-
ções externas à GTI, eles podem ser criados em nome da pessoa que está que está requerendo,
para a GTI, alguma solução. O resultado final pode ser verificado na tabela, que também
compara com a versão original de TS e OS.
A disciplina de Melhoria de Serviço Continuada (MSC) permaneceu igual ao ori-
ginal, composto pelo Processo de Melhoria em sete etapas.
11
A tabela 3 mostra o mapa dos processos do ITIL 2011 NAR.
Estratégia de Servi-
ço
Desenho de Serviço Transição e Operação de Serviço
Melhoria de Servi-
ço Continuadaq
Ger. do Relaciona-
mento de Negócios
Ger. do Portifório
de Serviços
Ger. de Ordens de
Serviço
Ger. de Chamados
Processo de Melho-
ria em sete etapas
Ger. da Estratégia
de Serviços de TI
Ger. do Nível de
Serviço
Ger. de Configura-
ção e Ativos de
Serviço
Ger. Gerenciamento
do Conhecimento
Ger. Gerenciamento
da Disponibilidade
Ger. de Eventos
Ger. da Segurança
de Informação
Ger. do Cumpri-
mento de Requisi-
tos
Ger. da Capacidade Ger. de Acesso
Ger. da Continui-
dade dos Serviços
de TI
Tabela 3 – ITIL 2011 NAR e seus processos
Fonte: próprio autor.
5 CONCLUSÃO
Existem diversos modelos e abordagens que podem ser adotadas para melhorias
em GSTI, porém a escolha da filosofia a ser utilizada, precisa ser feita com muito cuidado,
análise e planejamento, pois os resultados positivos, da aderência à ITIL, serão alcançados
mediante mudanças no comportamento organizacional e na prática diária de todos os
envolvidos, e quando um gestor lida com mudanças tão significativas, ele deve observar a
melhor estratégia para implementá-las.
No cenário estudado, são necessárias mudanças que visem um melhor gerencia-
mento do setor e de seus serviços, porém, para que não haja uma ruptura brusca nos processos
atuais e também para que resultados positivos sejam alcançados mais rapidamente, uma adap-
tação de ITIL é mais interessante que uma adoção completa. Neste estudo, uma das dificulda-
des foi obter-se uma visão detalhada sobre o núcleo, de maneira a permitir a elaboração de um
modelo que atenda os objetivos do NAR, mantendo aderência à ITIL. Rompe-se esta dificul-
dade através de muita observação e participação, da rotina do núcleo. O modelo ITIL 2011
NAR está nivelado com o original, com pequenas reformulações para que encaixe-se na rotina
12
atual do NAR, deixando os colaboradores confortáveis com as mudanças, que serão gradual-
mente empregadas.
O resultado esperado é que, com um modelo adaptado exclusivamente para o
NAR, um futuro projeto de implementação de ITIL 2011 NAR tenha sucesso e que, as
melhorias aqui tratadas teoricamente, tornem-se realidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Best Management Pratice. ITIL Service Management (ITIL®). Disponível em <
http://www.best-management-practice.com/IT-Service-Management-ITIL/>. Aesso em Mar.
2013.
Cabinet Office. ITIL foundation handbook. United Kingdom: TSO (The Stationery Office).
2012.
EMATER/RS-ASCAR. Missão / Visão. Disponível em
<http://www.emater.tche.br/site/sobre/missao.php>. Acesso em mar. 2013.
EMATER/RS-ASCAR. Resolução Executiva Nº466/2012. Complementa a R.E. 433/09
adequando a estrutura organizacional da Gerência de Tecnologia da Informação. Porto
Alegre, mar. 2013.
Government Of The United Kingdom. Cabinet Office. Disponível em <
https://www.gov.uk/government/organisations/cabinet-office>. Acesso em mar. 2013.
ITIL Central. In A Nutshell: A Short History of ITIL. Disponível em <
http://itsm.fwtk.org/History.htm>. Acesso em mar. 2013.
Macêdo, Diego. Introdução a ITIL – Conceitos Básicos, História e Organizações. Diego
Macêdo – Analsta de T.I. 2012. Disponível em <
http://www.diegomacedo.com.br/introducao-a-itil-conceitos-basicos-historia-e-
organizacoes/>. Acesso em fev. 2013.
13
Mülbert, Ana Luisa; et. al. Gerenciamento de Serviços de TI pelo Modelo ITIL. 2ª ed. Ed.
Palhoça: Unisul Virtual, 2011.
Rodrigues, Paulo Ebling. Um Pouco Da História De 48 Anos Da ASCAR E A EMA-
TER/RS. ASAE/RS. 2004. Disponível em <http://www.asaers.org.br/noticias.php?id=137>.
Acesso em mar. 2013.
Wikipedia. Central Computer And Telecommunications Agency. Disponível em <
Http://En.Wikipedia.Org/Wiki/Central_Computer_And_Telecommunications_Agency>.
Acesso Em Mar. 2013.
ANEXO I - INSTITUIÇÕES RELACIONADAS NO TRABALHO
Lista de instituições relacionadas ao londo do trabalho, em ordem alfabética.
ASCAR – Associação de Associação Sulina Crédito e Assistência Rural.
Cabinet Office – Em português, Gabinete Oficial é parte do Governo do Reino Unido, que
tem como tarefa dar suporte ao primeiro-ministro e assegurar o funcionamento eficaz do go-
verno (GOVERNMENT OF THE UNITED KINGDOM, 2013).
CCTA – Central Computer and Telecommunications Agency, órgão do Governo do Reino
Unido, funcionou entre 1957 e 2000, quando foi incorporado ao OGC (WIKIPEDIA, 2013).
EMATER/RS – Associação Riograndense de Empreendimento de Assistência Técnica e Ex-
tensão Rural.
itSMF – IT Service Management Forum. Permite às organizações melhorarem os serviços
que fornecem através da promoção e troca de informações e experiências. O ITSMF organiza
congressos, encontros especiais e outros eventos sobre assuntos ligados a GSTI (MACÊDO
2012).
14
OGC – Office for Government Commerce, órgão do Governo do Reino Unido.
TSO – The Stationery Office. É a editora responsável pelos publicações do Governo do Reino
Unido.
ABSTRACT
This paper presents a study about ITIL, and reasons to a partial and
adapted adoption in a future implementation project, at EMATER/RS-
ASCAR’s network administration sector. Was analyzed the approach
chosen and the service provider’s historical and current context. Is
presented an ITIL 2011 based and adapted model, contributing to ena-
bling the service management implementation and encouraging other
service providers to have a similar interest.
KEYWORDS
ITIL, Management, Services, Best Practices, Information Technology

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Proposta de adoção adaptada do ITIL para o NAR da EMATER/RS

  • 1. PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO DE ITIL, PARA O NÚCLEO DE ADMINISTRAÇÃO DE REDES DA EMATER/RS-ASCAR.1 Juliano Silva de Oliveira 2 RESUMO O artigo apresenta um estudo sobre ITIL, e sobre motivos para uma adoção parcial e adaptada desta, em um futuro projeto de implementa- ção, no núcleo de administração de redes, da EMATER/RS. Para tan- to, fora análisado o contexto, histórico e atual, da abordagem escolhi- da e do provedor de serviços elencado. No desenvolvimento é apre- sentado um modelo, baseado em ITIL 2011, adaptado à realidade lo- cal, contribuindo para a viabilização da implementação de GSTI e in- centivando para que, outros provedores de serviços, tenham o interes- se em abordagens semelhantes. PALAVRAS-CHAVE ITIL, Gerenciamento, Serviços, Melhores Práticas, Tecnologia da In- formação 1 Este artigo apresenta alguns dos elementos estudados no Curso “Especialização em Gerenciamento de Projetos de Tecnologia de Informação” e foi apresentado ao final do curso sob a orientação do Prof. MSc. Enzo de Oliveira Moreira. 2 Coordenador do Núcleo de Administração de Redes da EMATER/RS-ASCAR, bacharel em Sistemas de In- formação pela UNISC (2010).
  • 2. 2 1 INTRODUÇÃO O desejo de muitos gestores é, em suas rotinas diárias, terem a oportunidade de empregar ações que produzam resultados mais positivos para a organização. Neste sentido, empresas que investem na maturidade de seus processos percebem a importância do gerenci- amento dos serviços prestados e, dentre as áreas envolvidas, acabam voltando suas atenções para os serviços providos pela tecnologia da informação (TI). Nada mais natural, concluir, que, gerenciar melhor os serviços de TI, trás grandes benefícios para a organização. Uma das abordagens para gerenciamento de serviços de TI (GSTI) mais difundi- das, entre empresas e profissionais, é a Information Technology Infra-structure Library, mais conhecida pelo acrônimo ITIL3 . Esta abordagem, é formada por um conjunto das melhores práticas para gerenciar serviços de TI. Ela atende os mais diversos tipos e tamanhos de servi- ços de TI ofertados, sejam grandes, média ou pequenas empresas. Mesmo diante das vanta- gens da adoção da ITIL, em alguns casos, pode ser mais sensato uma adoção parcial, ou até mesmo, adaptada para a realidade do provedor de serviços. O objetivo geral deste trabalho é, estudar a abordagem ITIL e validar que, uma adoção adaptada desta, para o Núcleo de Administração de Redes (NAR), da organização EMATER/RS-ASCAR, mostra-se viável e pode trazer grandes benefícios em GSTI. Objeti- vos mais espefícios podem ser enumerados como: o estudo e análise do contexto histórico e da situação presente, da organização e do NAR; análise sobre como adaptar o gerencimento de serviços no referido núcleo; e a elaboração do modelo de ITIL adaptado. O estudo será desenvolvido através de pesquisas bibliográficas exploratórias; aná- lise de trabalhos monográficos, teses e artigos de periódicos com valor ao problema apresen- tado; análise e adaptação da literatura técnica sobre o assunto para o emprego prático propos- to; e junto ao NAR, uma análise documental e estudo de caso através de observação partici- pante. Para obtenção de melhorias em GSTI, elaborar um projeto de implementação de ITIL é o caminho natural, que pode não trazer os resultados esperados, se não for precedido de análise quando a adapção da abordagem à organização alvo. Este trabalho limitar-se-á em desenvolver a etapa de diagnóstico de como GSTI pode ser empregado ao NAR, de forma eficáz e nivelado com ITIL. 3 ITIL® é uma marca registrada do Cabinet Office.
  • 3. 3 2 REFERENCIAL TEÓRICO ITIL é, segundo Mülbert (2011, p. 27), “uma biblioteca de melhores práticas para a gestão da TI com foco no cliente e na qualidade dos serviços de TI. Ela está sistematizada em diversos livros que compõem uma ampla base de conhecimento o qual envolve tanto as atividades operacionais de TI quanto as mais estratégicas”. Segue a tabela 1, com um resumo da evolução da biblioteca de GSTI: Edição Data Responsável Observações ITIL V1 Anos de 1980 CCTA Através de estudo para organizar os processos da área de Tecnologia da Informação e Comunicações do Governo do Reino Unido, o CCTA elaborou a primeira versão do ITIL. Esta versão teve foco maior em estrutura de pro- cessos, e é formada por quarenta livros. ITIL V2 2000-2006 OGC Entre 2000 e 2006, livros com a segunda versão do ITIL são lançados. Com uma visão mais global das melhoras práticas de GSTI, tornou-se a abordagem mais utilizada no mundo. Ênfase maior em Serviços de TI. ITIL V3 2007 OGC ITIL foi integrado a um conjunto de bibliotecas de me- lhores práticas, sob a marca Best Management Practice, sendo ITIL a abordagem para GSTI. ITIL V3 adotou o conceito de ciclo de vida do serviço, dando ênfase na integração entre TI e negócios. ITIL 2011 2011 Cabinet Office Biblioteca atual, não é uma nova versão, é a segunda edição da V3, uma atualização. Foi motivada em corrigir erros, implementar melhorias, remover inconsistências e melhorar a clareza e estrutura do conteúdo dos cinco livros. Passa a adotar as atualizações pelo ano de publi- cação e não mais pelo número da versão. Tabela 1: Evolução da ITIL Fontes: ITIL CENTRAL, 2007; MACÊDO, 2012. Além das instituições já citadas, outras instituições ainda participam como cre- denciadoras oficiais, provedoras de treinamentos e institutos de exame. ITIL tem sua última edição datada de 2011, publicada pela TSO, de propriedade do Cabinet Office, órgão do Governo do Reino Unido, e organizada pela itSMF, composta por cinco livros relacionados ao Ciclo de Vida do Serviço, que são: Estratégia de Serviço da ITIL, Desenho de Serviço da ITIL, Transição de Serviço da ITIL, Operação de Serviço da ITIL e Melhoria Contínua de Serviço da ITIL (Best Management Pratice, 2013). Al- guns conceitos gerais sobre ITIL 2011 e seus 26 processos, definidos no livro ITIL Founda- tion Handbook (CABINET OFFICE, 2012), serão expostos a seguir.
  • 4. 4 Estratégia de Serviço (ES) – Esta disciplina de ITIL tem como propósito, definir a perspectiva, posição, planos e padrões que o provedor de serviços deve considerar para al- cançar os objetivos de negócio da organização prestadora de serviços. A disciplina de ES pos- sui 5 processos, que são: Gerenciamento do Portifório de Serviços; Gerenciamento Financeiro dos Serviços de TI; Gerenciamento do Relacionamento de Negócios; Gerenciamento da Estra- tégia de Serviços de TI; e Gerenciamento de Demanda. Desenho de Serviço (DS) – Tem como propósito desenhar os serviços de TI, as práticas de governança, processos e políticas, alinhados com a estratégia de serviço, de forma a facilitar a introdução dos serviços e garantir a qualidade de entrega e satisfação do cliente e um custo efetivo na prestação do serviço. DS possui 8 processos: Coordenação de Desenho; Gerenciamento do Nível de Serviço; Gerenciamento do Catálogo de Serviços; Gerenciamento da Disponibilidade; Gerenciamento da Segurança de Informação; Gerenciamento dos Forne- cedores; Gerenciamento da Capacidade; e Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI. Transição de Serviço (TS) – O propósito da fase de TS é o de assegurar que os novos serviços, modificados ou retirados satisfaçam as expectativas do negócio, da forma como foram documentados pelas disciplinas de ES e DS. A disciplina de TS possui 7 proces- sos: Planejamento e Suporte da Transição; Gerenciamento de Mudança; Gerenciamento de Configuração e Ativos de Serviço; Gerenciamento de Liberação e Implantação; Validação e Teste do Serviço; Avaliação da Mudança; e Gerenciamento do Conhecimento. Operação de Serviço (OS) – Esta disciplina tem como propósito coordenar e exe- cutar as atividades e processos necessários para fornecer e gerenciar os serviços nos níveis acordados. OS também é responsável pelo gerenciamento contínuo da tecnologia que é usada para entregar e suportar os serviços. OS possui 5 processos: Gerenciamento de Incidentes; Gerenciamento de Problemas; Gerenciamento de Eventos; Gerenciamento do Cumprimento de Requisitos; e Gerenciamento de Acesso. Melhoria de Serviço Continuada (MSC) – O propósito da fase de MSC é alinhar os serviços de TI com as constantes mudanças das necessidades do negócio, por meio da iden- tificação e implementação de melhorias dos serviços. Esta disciplina visa apoiar as demais disciplinas. MSC está sempre buscando formas de melhorar a eficácia do serviço, dos proces- sos e dos custos. A disciplina de MSC possui o seguinte processo: Processo de Melhoria em sete etapas.
  • 5. 5 Estratégia de Servi- ço Desenho de Serviço Transição de Servi- ço Operação de Servi- ço Melhoria de Servi- ço Continuada Ger. do Portifório de Serviços Coordenação de Desenho Planejamento e Suporte da Transi- ção Ger. de Incidentes Processo de Melho- ria em sete etapas Ger. Financeiro dos Serviços de TI Ger. do Nível de Serviço Ger. de Mudança Ger. de Problemas Ger. do Relaciona- mento de Negócios Ger. do Catálogo de Serviços Ger. de Configura- ção e Ativos de Serviço Ger. de Eventos Ger. da Estratégia de Serviços de TI Ger. Gerenciamento da Disponibilidade Ger. de Liberação e Implantação Ger. do Cumpri- mento de Requisi- tos Ger. de Demanda Ger. da Segurança de Informação Validação e Teste do Serviço Ger. de Acesso Ger. dos Fornece- dores Avaliação da Mu- dança Ger. da Capacidade Ger. do Conheci- mento Ger. da Continui- dade dos Serviços de TI Tabela 2 – ITIL 2011 e seus processos Fonte: CABINET OFFICE, 2012, p. 4, adaptado pelo autor. Juntos, os cinco livros de ITIL, fornecem uma visão do ciclo de vida do serviço, da sua elaboração até a sua obsolescência, mostrando como cada um dos estágios complemen- tam-se quando unidos, conforme mostra a figura 1. Figura 1 – Ciclo de Vida de Serviços ITIL 2011 Fonte: CABINET OFFICE, 2012, p. 4, adaptado pelo autor.
  • 6. 6 3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CENÁRIO O departamento estudado faz parte das instituições EMATER/RS e ASCAR, que neste trabalho serão tratadas apenas como EMATER/RS-ASCAR, pois trabalham em conjun- to desde 1980, quando as duas instituições firmaram um protocolo de operacionalização con- junta, possuindo a mesma missão (RODRIGUES, 2004), que atualmente é “promover o de- senvolvimento rural sustentável por meio de ações de assistência técnica e extensão rural, mediante processos educativos e participativos, visando o fortalecimento da agricultura fami- liar e suas organizações e criando condições para o pleno exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida da população gaúcha” (EMATER/RS-ASCAR, 2013). Neste contexto, como qualquer empresa, a EMATER/RS-ASCAR possui uma ge- rência exclusivamente dedicada para a tecnologia da informação, a GTI. Dentro desta gerência, de acordo com a Resolução Executiva Nº 466/2012, atuam três núcleos: Núcleo de Sistemas e Informações (NSI), Núcleo de Suporte (NSU) e Núcleo de Administração de Redes (NAR), que tem como papel “suprir a Instituição de um sistema de comunicação adequado às suas características físicas e necessidades de disponibilidade dos serviços de rede; prover a segurança da informação.” E, ainda conforme a Resolução Executi- va Nº 466/2012, o NAR tem os seguintes objetivos:  Coordenar tecnicamente e executar as atividades relativas à segu- rança da informação e administração de rede de comptuadores;  Desenvolver e coordenar projetos de infra-estrutura de rede de computadores e segurança da informação;  Definir e implementar políticas de segurança da rede de computa- dores;  Definir e implementar processos e procedimentos de segurança da informação;  Definir e implementar processos e procedimentos de backup;  Gerenciar o acesso à rede, à internet e ao correio eletrônico;  Manter e gerenciar o funcionamento da infra-estrutura de rede de computadores;  Manter registros de atendimentos de serviços prestados;  Acompanhar e analisar o desempenho da rede de computadores;  Articular-se com os demais núcleos para potencializar a execução da Missão da Gerência de Tecnologia da Informação. Este pequeno núcleo possui um papel importante dentro da Instituição, seus obje- tivos deixam claro alguns dos serviços que devem ser administrados, como infraestrutura de redes, políticas de segurança, backups, acesso à internet, correio eletrônico, etc. Devido ao crescimento da organização, outros serviços passaram a ser ofertados, mesmo não constando
  • 7. 7 nos objetivos iniciais do núcleo, como apoiar e manter sistema de wiki, de EAD4 , de webcon- ferência5 , gerenciar servidor de banco de dados, de impressões, dentro outros. Por estar envolvido em uma quantidade razoável de serviços e ativos de TI com- plexos, vitais para o bom andamento da organização, fica cada vez mais difícil para que os funcionários do setor tenham um bom controle sobre todas as atividades do núcleo, sobre to- das as informações importantes e, diante destas dificuldades de gerenciamento, fica difícil também, a manutenção do nível de serviço atual, assim como a oferta de novos serviços tor- nam-se perigosas, pois sempre corre-se o risco da infraestrutura não suportar as novas deman- das. Desta forma, torna-se indispensável a aplicação de uma abordagem de GS, na busca por mapear os serviços e processos atuais, para que possam ser melhor entendidos e gerenciados, assimo como, possibilitar a oferta de novos serviços que agreguem valor para a instituição. 4 ADOÇÃO E ADAPTAÇÃO DE ITIL Ao longo dos anos, o papel da TI nas empresa ganha cada vez mais importância, e com isto, cresce a responsabilidade para que os serviços providos pela área, sejam cada vez mais eficientes e eficázes. Adotar uma abordagem para gerenciamento de serviços, ajuda a TI a estar mais alinhada aos processos de negócio da empresa, preparando-a para prover os ser- viços dentro dos níveis esperados. Para isso, dentro do ciclo de vida dos serviços, é preciso lidar com pessoas, processos, parceiros e produtos, e é justamente isso que a ITIL busca. Ela tem mais de vinte anos de existência, está consolidada no mercado, é publica, tem o apoio de milhares de profissionais e instituições pelo mundo, foi validada em vários cenários, é uma compilação das melhores práticas, ou seja, esta conjuntura como um todo, dá maior segurança para todos os interessados em aplicar GSTI utilizando ITIL. ITIL foi desenvolvida para atender todos os tamanhos de demandas, não impor- tando o tamanho do provedor de serviços. Mesmo assim, é preciso levar-se em conta as carac- teríticas da organização e analisar se ITIL deve ser empregada de modo completo ou parcial. Uma aplicação completa pode ser complexa demais e conter processos não tão relevantes para as melhorias de GSTI almejadas pelo provedor de serviços, tornando mais difícil a adoção e prática da ITIL. 4 Educação a Distância. 5 Reunião através de plataforma web, que permite compartilhamento de apresentações, áudio, vídeo e arquivos.
  • 8. 8 No caso em estudo, foram analisados alguns pontos e argumentos que sugerem uma adoção parcial e adaptada de ITIL, para uma estrutura de trabalho já estabelecida dentro do NAR: A) Expectativas – Uma implementação de GSTI não pode gerar expectaticas que não serão cumpridas, assim, é importante que o modelo a ser emprega- do, seja condizente com a realidade do setor. As expectativas sobre os resulta- dos obtidos com a adoção de ITIL podem ser melhor gerenciadas com uma implementação mais comedida, direcionada para o interesses do núcleo. B) Agilidade no resultados – Aplicar ITIL de maneira completa, implica em co- nhecer a fundo todos os livros da ITIL, ou, até mesmo, requerer uma consulto- ria externa para a implementação, que pode tomar muito tempo. O emprego do modelo precisa ser simples o suficiente para que todos os colaboradores do NAR possam estar nivelados e que os resultados possam ser observados rapi- damente, de forma a motivá-los continuar na prática da ITIL. C) Agilidade nos processos – Em um mundo dinâmico, serviços não podem dei- xar de serem prestados por questões burocráticas, ou processuais, é necessária uma dose de simplicidade para que os processos sejam cada vez menos com- plexos, dando agilidade para que ações sejam tomadas, permitindo uma resposta mais rápida diante da dinamicidade cobrada na rotina do NAR. D) Processos já estabelecidos – O NAR, por fazer parte de processos já estabele- cidos, sejam da GTI ou da instituição como um todo, não pode alterar estes mecanismos ao qual está vinculada. É necessário adaptar ITIL de forma a acomodar estes processos institucionais. E) Dificuldades para mudanças – Apesar de saber-se que mudanças são necessá- rias, elas não devem ser radicais. O NAR, atualmente, dispõe de estabilidade dos níveis de serviço providos, porém, falta uma metologia para organizar seus processos. ITIL pode prover esta melhorias, porém, as mudanças preci- sam ser incorporadas de maneira incremental, para que não comprometam o nível dos serviços prestados atualmente. F) Número de recursos humanos – Por ser um setor pequeno, o NAR dispõe de um número de colaboradores pequeno. Com isto, vários papéis indicados por ITIL serão empregados pelas mesmas pessoas. Sendo necessária uma adaptação, de maneira a comportar as responsabilidades destes papéis, para o quadro de pessoal do NAR.
  • 9. 9 G) Clientes – Por ser um setor que provê seviços, basicamente, para clientes in- ternos, ou seja, para os colaboradores da instituição, ITIL pode ser implemen- tada tendo foco neste tipo de cliente. H) Gerenciamento financeiro – O gerenciamento financeiro do NAR é feito ao nível da Gerência de Tecnologia da Informação, cabendo ao NAR gerenciar solicitações de compras e dar sugestões na previsão orçamentária. Ficando de- pendente também, da disposição financeira da instituição e do planejamento financeiro da diretoria desta. Com estes argumentos, foi elaborado um modelo de ITIL adaptado ao NAR. Este modelo foi obtido através de estudo e análise da estrutura atual do núcleo, seu histórico e con- texto dentro da organização, feito através de documentação e participação observativa. O modelo proposto, foi denominado de ITIL 2011 NAR. Seu desenvolvimento le- va em conta os argumentos favoráveis à adoção particial da abordagem, com o cuidado de que o modelo final não perca aderência aos conceitos pregados por ITIL. Figura 2 – Ciclo de Vida de Serviços ITIL 2011 NAR Fonte: Inspirado em CABINET OFFICE, 2012, p. 4, adaptado pelo autor. Para uma possível adoção de ITIL pelo NAR, a biblioteca de melhores práticas, adaptada, deve tornar-se mais simples, agrupando disciplinas e processos, perdendo procesos e recebendo novos, que tenham relação com os atuais do núcleo. ITIL 2011 NAR é composto por quadro disciplinas: Estratégia de Serviço; De- senho de Serviço; Transição e Operação de Serviço e Melhoria Contínua de Serviço;
  • 10. 10 Neste ponto, a adaptação consistiu em unir Transição e Operação de Serviço, uma vez no núcleo, poucos serviços novos são adicionados, e, a maioria das situações com as quais o núcleo lida, são decorrentes de Operação de Serviço. Outro ponto é que a transição pode ser encarada como parte da operação de serviço, por isso, os processos de transição de serviço foram mantidos. Na disciplina de Estratégia de Serviço (ES) foi excluído o processo de Gerencia- mento Financeiro dos Serviços de TI, pois, como relatado nas motivações para a adaptação, o NAR não administra recursos financerios. O processo Gerenciamento do Portifório de Servi- ços foi deslocado para a disciplina de Desenho de Serviço, tomando lugar do processo de Ge- renciamento do Catálogo de Serviços. O processo de Gerenciamento de Demanda foi incorpo- rado pelo processo de Gerenciamento do Relacionamento de Negócios, para que seja feita uma relação das necessidades do cliente, juntamente com a demanda necessária. O resultado final pode ser verificado na tabela, que também compara com a versão original de ES. Em Desenho de Serviço (DS) o processo de Gerenciamento do Catálogo de Servi- ços foi descartado, e recebeu o processo de Gerenciamento do Portifório de Serviços, por en- tender que este último é o mais adequado para o gerenciamento de serviços do NAR, não sen- do necessário dois processo com funções semelhantes. DS também perdeu os processos Coor- denação de Desenho e Gerenciamento dos Fornecedores. O primeiro por tratar-se de um pro- cesso mais administativo e será cumprido de maneira inerente ao outros processos de DS. O segundo, porque o NAR trabalha com pouquíssimos fornecedores, e que normalmente estão atrelados a algum ativo de TI, então este processo foi incorporado pelo processo de Gerenci- amento de Configuração e Ativos de Serviço. O resultado final pode ser verificado na tabela, que também compara com a versão original de DS. Na disciplina de Transição e Operação de Serviço (TOS) as discplinas de Transi- ção e Operação de serviços forma unidas. Além disto, foram criados dois novos processos: Gerenciamento de Ordens de Serviço (OS) e Gerenciamento de Chamados (CH). OS e CH são dois processo já existentes no NAR e que abrangem a maioria dos processos destas disci- plinas. OS são solicitações de ação que partem da própria GTI, a OS somente pode ser regis- trada pelo colaborador que está criando a mesma. Já os CH, são para atendimentos de solicita- ções externas à GTI, eles podem ser criados em nome da pessoa que está que está requerendo, para a GTI, alguma solução. O resultado final pode ser verificado na tabela, que também compara com a versão original de TS e OS. A disciplina de Melhoria de Serviço Continuada (MSC) permaneceu igual ao ori- ginal, composto pelo Processo de Melhoria em sete etapas.
  • 11. 11 A tabela 3 mostra o mapa dos processos do ITIL 2011 NAR. Estratégia de Servi- ço Desenho de Serviço Transição e Operação de Serviço Melhoria de Servi- ço Continuadaq Ger. do Relaciona- mento de Negócios Ger. do Portifório de Serviços Ger. de Ordens de Serviço Ger. de Chamados Processo de Melho- ria em sete etapas Ger. da Estratégia de Serviços de TI Ger. do Nível de Serviço Ger. de Configura- ção e Ativos de Serviço Ger. Gerenciamento do Conhecimento Ger. Gerenciamento da Disponibilidade Ger. de Eventos Ger. da Segurança de Informação Ger. do Cumpri- mento de Requisi- tos Ger. da Capacidade Ger. de Acesso Ger. da Continui- dade dos Serviços de TI Tabela 3 – ITIL 2011 NAR e seus processos Fonte: próprio autor. 5 CONCLUSÃO Existem diversos modelos e abordagens que podem ser adotadas para melhorias em GSTI, porém a escolha da filosofia a ser utilizada, precisa ser feita com muito cuidado, análise e planejamento, pois os resultados positivos, da aderência à ITIL, serão alcançados mediante mudanças no comportamento organizacional e na prática diária de todos os envolvidos, e quando um gestor lida com mudanças tão significativas, ele deve observar a melhor estratégia para implementá-las. No cenário estudado, são necessárias mudanças que visem um melhor gerencia- mento do setor e de seus serviços, porém, para que não haja uma ruptura brusca nos processos atuais e também para que resultados positivos sejam alcançados mais rapidamente, uma adap- tação de ITIL é mais interessante que uma adoção completa. Neste estudo, uma das dificulda- des foi obter-se uma visão detalhada sobre o núcleo, de maneira a permitir a elaboração de um modelo que atenda os objetivos do NAR, mantendo aderência à ITIL. Rompe-se esta dificul- dade através de muita observação e participação, da rotina do núcleo. O modelo ITIL 2011 NAR está nivelado com o original, com pequenas reformulações para que encaixe-se na rotina
  • 12. 12 atual do NAR, deixando os colaboradores confortáveis com as mudanças, que serão gradual- mente empregadas. O resultado esperado é que, com um modelo adaptado exclusivamente para o NAR, um futuro projeto de implementação de ITIL 2011 NAR tenha sucesso e que, as melhorias aqui tratadas teoricamente, tornem-se realidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Best Management Pratice. ITIL Service Management (ITIL®). Disponível em < http://www.best-management-practice.com/IT-Service-Management-ITIL/>. Aesso em Mar. 2013. Cabinet Office. ITIL foundation handbook. United Kingdom: TSO (The Stationery Office). 2012. EMATER/RS-ASCAR. Missão / Visão. Disponível em <http://www.emater.tche.br/site/sobre/missao.php>. Acesso em mar. 2013. EMATER/RS-ASCAR. Resolução Executiva Nº466/2012. Complementa a R.E. 433/09 adequando a estrutura organizacional da Gerência de Tecnologia da Informação. Porto Alegre, mar. 2013. Government Of The United Kingdom. Cabinet Office. Disponível em < https://www.gov.uk/government/organisations/cabinet-office>. Acesso em mar. 2013. ITIL Central. In A Nutshell: A Short History of ITIL. Disponível em < http://itsm.fwtk.org/History.htm>. Acesso em mar. 2013. Macêdo, Diego. Introdução a ITIL – Conceitos Básicos, História e Organizações. Diego Macêdo – Analsta de T.I. 2012. Disponível em < http://www.diegomacedo.com.br/introducao-a-itil-conceitos-basicos-historia-e- organizacoes/>. Acesso em fev. 2013.
  • 13. 13 Mülbert, Ana Luisa; et. al. Gerenciamento de Serviços de TI pelo Modelo ITIL. 2ª ed. Ed. Palhoça: Unisul Virtual, 2011. Rodrigues, Paulo Ebling. Um Pouco Da História De 48 Anos Da ASCAR E A EMA- TER/RS. ASAE/RS. 2004. Disponível em <http://www.asaers.org.br/noticias.php?id=137>. Acesso em mar. 2013. Wikipedia. Central Computer And Telecommunications Agency. Disponível em < Http://En.Wikipedia.Org/Wiki/Central_Computer_And_Telecommunications_Agency>. Acesso Em Mar. 2013. ANEXO I - INSTITUIÇÕES RELACIONADAS NO TRABALHO Lista de instituições relacionadas ao londo do trabalho, em ordem alfabética. ASCAR – Associação de Associação Sulina Crédito e Assistência Rural. Cabinet Office – Em português, Gabinete Oficial é parte do Governo do Reino Unido, que tem como tarefa dar suporte ao primeiro-ministro e assegurar o funcionamento eficaz do go- verno (GOVERNMENT OF THE UNITED KINGDOM, 2013). CCTA – Central Computer and Telecommunications Agency, órgão do Governo do Reino Unido, funcionou entre 1957 e 2000, quando foi incorporado ao OGC (WIKIPEDIA, 2013). EMATER/RS – Associação Riograndense de Empreendimento de Assistência Técnica e Ex- tensão Rural. itSMF – IT Service Management Forum. Permite às organizações melhorarem os serviços que fornecem através da promoção e troca de informações e experiências. O ITSMF organiza congressos, encontros especiais e outros eventos sobre assuntos ligados a GSTI (MACÊDO 2012).
  • 14. 14 OGC – Office for Government Commerce, órgão do Governo do Reino Unido. TSO – The Stationery Office. É a editora responsável pelos publicações do Governo do Reino Unido. ABSTRACT This paper presents a study about ITIL, and reasons to a partial and adapted adoption in a future implementation project, at EMATER/RS- ASCAR’s network administration sector. Was analyzed the approach chosen and the service provider’s historical and current context. Is presented an ITIL 2011 based and adapted model, contributing to ena- bling the service management implementation and encouraging other service providers to have a similar interest. KEYWORDS ITIL, Management, Services, Best Practices, Information Technology