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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 3
2.1 Ichthyophthirius multifilis ........................................................................... 3
2.2 Lernaea cyprinacea .................................................................................. 4
2.3 Myxobolus cerebralis ................................................................................ 5
2.4 Argulus sp ................................................................................................. 5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 7
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 8
1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos tempos, tem aumentado consideravelmente a importância
dos estudos relacionados com parasitos e outros patógenos de organismos
aquáticos, e isto se deve ao fato destes patógenos atacarem direta ou
indiretamente o fruto de produção da atividade de piscicultura, prática está
cada vez mais crescente em nosso país. Com isso, notou-se um aumento
considerável, por parte dos criadores, no que diz respeito à redução dos
prejuízos econômicos causados por altas taxas de mortalidade de peixes e em
reduzir perdas, tais como à incidência de enfermidades que comprometem o
desenvolvimento dos animais, o tratamento dessas enfermidades que podem a
vir acometer os mesmos e, em até em caso extremo, à mortalidade destes.
Outro fator importante que também pode vir a resultar em elevadas
taxas de doenças prejudiciais a esta pratica são as altas produções intensivas
de organismos aquáticos que visam somente os ganhos monetários sem levar
em conta as condições favoráveis para o pleno crescimento e desenvolvimento
dos animais (ROBERTS & BULLOCK, 1980).Para evitar tais acontecimentos
devem ser tomados certos cuidados no que diz respeito ao manejo dos animais
para que seja possível minimizar as perdas econômicas na criação.
Assim sendo, fatores como a má qualidade da água, a redução do
oxigênio dissolvido, as alterações bruscas de temperatura, a alta densidade
populacional de peixes, o manejo inadequado ou a nutrição desequilibrada são
fatores capazes de produzir estresse nestes animais, predispondo-os a
diferentes infecções, sejam elas bacterianas, fúngicas ou parasitárias (ROCHA,
1994).
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Na piscicultura asdoenças parasitárias cada vez mais representam as
causas mais comuns e importantes de prejuízos em criações de cativeiro
(FERRAZ, 1990). Dentre essas enfermidades, numerosas infecções são
causadas por protozoários e metazoários, sendo que estas se destacam pelos
elevados índices de mortalidade (PAVANELLI, 2002). Com base no exposto, o
presente trabalho visa explanar sobre alguns dos parasitos mais importantes
para a piscicultura brasileira, sendo eles os seguintes:

2.1Ichthyophthirius multifilis
Ectoparasitos ciliados localizados na pele e nas brânquias dos peixes de
água doce. É o agente etiológico da ictiofitiríase ou “doença dos pontos
brancos”, conhecido popularmente como “ictio”. O parasito adulto, chamado de
trofonte, está presente no tecido branquial ou na pele dos hospedeiros, este
quando atinge a maturidade, sai do hospedeiro e fica no substrato dos tanques
de cultivo, recebendo então o nome de teronte, que são as formas
infectantes,que possuem forma claviformes esão ciliadas.
Os sinais da presença deste parasito são pontos brancos na superfície
do corpo, das nadadeiras e das brânquias, além de hemorragias e pode vir a
acontecer, posteriormente, uma invasão bacteriana e fúngicas nos locais de
infecção deste parasito.Ao se notarem peixes aglomerados na entrada da água
e súbito emagrecimento, estes são os sintomas característicos da doença.
Quando ataca o tecido branquial, o parasito é responsável por
considerável perda funcional do órgão. Para que seja possível a realização do
diagnóstico, o mesmo deve ser feito através da observação macroscópica dos
pontos brancos, porem também pode ser feito observando-se o trofonte com
núcleo característico em forma de ferradura.
Para que a ictiofitiríase não se prolifere dentro do ambiente é preciso
levar em conta a qualidade da água, e evitar expor o animal a um
estresse,principalmente

oscilações

térmicas

bruscas

(EWING.

1985;

VENTURA; PAPERNA, 1985).
2.2 Lernaea cyprinacea
Espécie que está sendo introduzida no Brasil junto com a importação de
carpas húngaras, disseminou-se no ambiente aquático brasileiro a partir das
criações destas espécies (PAVANELLI, 2002). Trata-se de um ectoparasita,
que tem a capacidade de acometer pequenos ciprinideos, causando ruptura e
necrose do epitélio das brânquias, o que pode levar o peixe parasitado à morte
(VARGAS, 2001).
A literatura de ROBERTS (1981) descreve o corpo deste crustáceo
como sendo bilateralmente simétrico, segmentado, provido de apêndices
articulados e cobertos por uma cutícula de quitina rígida ou semirrígida, além
de possuir um formato alongado, medindo mais de 1 cm de comprimento.
Citando estudos científicos realizados por BRANDÃO (2004), o macho
apresenta-se na vida livre, sendo apenas a fêmea capaz de parasitar o
hospedeiro.
As infestações por estes crustáceos são mais frequentes nos períodos
mais quentes do ano devido à facilidade de procriação do parasito. Uma vez
parasitados os peixes mostram-se apáticos, com hemorragias no corpo,
perdem o senso da direção e ficam aglomerados na superfície do local de
criação. Em alguns casos, o parasito pode atingir algum órgão e causar
infecções secundárias graves internamente no animai parasitado (SILVASOUZA, 2000).
Para que a diagnose do parasito seja feita, deve-se realizar uma simples
observação destes aderidos ao corpo dos peixes, principalmente na base das
nadadeiras, próximo à cavidade ocular e na cavidade bucal. Pratica esta que
pode ser feita a olho nu, já que os parasitas adultos são relativamente grandes,
ou através de uma lupa de mão para garantir eficiência (PAVANELLI, 2002).
E o tratamento poderá ser feito com cloreto de sódio 3-5% durante 1
minuto ou com Metrifonato, embora exista serias restrições ao uso deste
produto, além da adoção da quarentena para peixes oriundos de novos lotes
(PAVANELLI, 2002).
2.3 Myxobolus cerebralis
Parasitos encontrados formando cistos nas brânquias, nos órgãos
internos e na musculatura de peixes, estes provocam a “doença do rodopio”
que afeta a truta-arco-íris e salmões. Apresenta esporos arredondados,
providos de duas cápsulas polares alongadas (KENT, 2001).
Em

cada

um

desses

hospedeiros

encontram-se

esporos

com

características diferentes. O local de desenvolvimento dos esporos é a
cartilagem do hospedeiro, com preferência pelos alevinos, existindo destruição
do tecido, que é responsável pela característica principal da doença
(THOMPSON, 2002).
Estes parasitos podem se localizar na zona posterior da vértebra,
causando assim uma pressão muito grande sobre os nervos que controlam as
células pigmentares da zona da cauda, o que faz com que esta adquira uma
intensa coloração escura, e também se são encontrados alojados próximo da
cápsula auditiva dos hospedeiros o que ocasiona em distúrbios natatórios
característicos (PAVANELLI, 2002).
A principal forma pela qual ocorre a disseminação é a transferência
artificial de peixes sem os cuidados necessários. Fato este que leva a não
existência de um tratamento eficaz deste parasito, por isso para evitar o
surgimento/proliferação do mesmo são de suma importância os métodos
profiláticos, principalmente a quarentena dos alevinos, devido a que muitos
peixes são portadores assintomáticos (EIRAS, 1994; PAVANELLI, 2002).
2.4 Argulus sp
São ectoparasitos responsáveis por grandes prejuízos nas pisciculturas,
conhecidos como “piolhos de peixe”. Apresentam uma carapaça ovóide ou
foliácea, e o formato achatado como característica morfológica. Quando no
hospedeiro encontram-se alojados na superfície do corpo, das nadadeiras e
das brânquias.
Estes parasitos são capazes de mudar de hospedeiro, podendo ficar
livres por um longo período na coluna de água, facilitando assim sua
disseminação. Suas poderosas mandíbulas, equipadas com estilete usado para
perfuração são os mecanismos que conferem a este sua ação patogênica.
Ao se alimentarem estes introduzem seu estilete no tegumento dos
hospedeiros e inoculam enzimas digestivas que, além de serem tóxicas, têm
ação destruidora de tecidos, o que vem a provocar ulcerações nos peixes,
devido a isso hemorragias ocorrem com frequência nos hospedeiros, e estas
podem evoluir para lesões de maior tamanho ocasionando até mesmo a morte
do animal (EIRAS, 1994; MARTINS, 1998; PAVANELLI, 2002).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos principais fatores para a disseminação de parasitos na
piscicultura é a introdução de peixes já infectados aos tanques de realização da
atividade, além disso,outraquestão muito importante a ser observada é a água
utilizada tanto no transporte de alevinos quanto no desenvolvimento da
atividade em si, que se não for controlada rigorosamente pode conter larvas de
parasitos.
Falta de conhecimento, por parte dos produtores, das corretas técnicas
de manejo e sanidade é outro fator importante que também pode vir a
ocasionar em doenças quando não observados os tratos necessários para
cada fase do animal envolvido na atividade, porem este pequeno entrave pode
ser facilmente corrigido aplicando-se a operacionalização do programa de
educação sanitária em aquicultura, que visa auxiliar/ensinar as técnicas
necessárias para o correto manejo dos animais.
Faz-se muito importante o estabelecimento de um controle periódico da
qualidade de agua utilizada nos tanques, bem como o controle fitossanitário
dos animais alvo desta atividade. Este controle deve ser realizado por meio de
exames de amostras da água utilizada na piscicultura, o que irá possibilitar a
identificação precoce de uma possível contaminação do tanque por agentes
patogênicos, favorecendo assim o controle de relevantes enfermidades que
podem vir a afetar à criação de peixes e causar prejuízos econômicos a prática.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EIRAS, J. C. Elementos de Ictioparasitologia. Fundação Eng. António de
Almeida, Porto, 339p., 1994.
EWING, M.S.; K.M. KOCAN; S.A. EWING. Ichthyophthirius multifilis
(Cilipphora) invasion of gill epithelium.Journal of Protozoology, v. 32, p. 305310, 1985.
FERRAZ, E.; THATCHER, V.E. Camallanus acaudatus sp. n. (Nematoda:
Camallanidae) é uma descrição do macho de Camallanus tridentatus (D.,
1884) parasitas de peixes da Amazônia brasileira. Amazoniana, v. 11, n. 12, p. 135-145, 1990.
KENT, M.L.; ANDREE, K.B.; BARTHOLOMEW, J.L.; ELMATBOULI, M.;
DESSER, S.S.; DEVLIN, R.H.; FEIST, S.W.; HEDRICK, R.P.; HOFFMANN,
R.W.; KHATTRA, J.; S.L. HALLETT; LESTER, R.J.G.; LONGSHAW, M.;
PALENZEULA, O.;SIDDALL, M.E.; XIAO, C. Recent Advances in Our
Knowledge of the Myxozoa.Journal of Eukaryotic Microbiology, v. 48, n.4, p.
395–413, 2001.
MARTINS, M. L. Doenças infecciosas e parasitárias de peixes. Boletim
Técnico do centro de Aquicultura da UNESP, n. 3, 66p. 1998.
PAVANELLI, G.C.; J.C. EIRAS; R.M. TAKEMOTO. Doenças de peixes.
Profilaxia, diagnóstico e tratamento. Editora Universidade Estadual de
Maringá, 305p. 2002.
ROCHA, R.C.G.A., CECCARELLI, P. S., SANTOS NETO, J. C. Eficácia de
Diferentes Produtos Químicos no Controle de Ichthyophthirius multifilis
(Fouquet, 1876), em Alevinos de Pacu Piaractus mesopotamicus
(Holmberg, 1887). Boletim Técnico do CEPTA, Pirassununga, SP. v.7, n.1, p.1
- 8, 1994.
SILVA-SOUZA, A. T.; ALMEIDA, S. C.; MACHADO, P. M. Effect of the
infestation by Lernaea cyprinacea Linnaeus, 1758 (Copepoda, Lernaeidae) on
the

leucocytes

of

Schizodon

intermedius

Garavello

&

Britski,

1990

(Osteichthyes, Anostomidae). Revista Brasileira de Biologia, v. 60, n. 2, p.
217-220, 2000.
THOMPSON, K.G.; NEHRING, R.B.; BOWDEN, D.C.; WYGANT, T. Response
of rainbow trout Oncorhynchus mykiss to exposure to Myxobolus cerebralis
above and below a point source of infectivity in the upper Colorado River.
Diseases of Aquatic Organisms, v. 49, n. 3, p. 101-178, 2002.
VENTURA, M.T.; I. PAPERNA. Histopathology of Ichthyophthirius multifilis
infections in fishes.Journal of Fish Biology, v. 27, n.1, p. 185-203, 1985.

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Reino animalia
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A.P.Point.Protistas.ProtozoáRios2007.Grav
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Piscicultura doenças parasitárias em peixes

  • 1. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 2 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 3 2.1 Ichthyophthirius multifilis ........................................................................... 3 2.2 Lernaea cyprinacea .................................................................................. 4 2.3 Myxobolus cerebralis ................................................................................ 5 2.4 Argulus sp ................................................................................................. 5 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 7 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 8
  • 2. 1. INTRODUÇÃO Ao longo dos tempos, tem aumentado consideravelmente a importância dos estudos relacionados com parasitos e outros patógenos de organismos aquáticos, e isto se deve ao fato destes patógenos atacarem direta ou indiretamente o fruto de produção da atividade de piscicultura, prática está cada vez mais crescente em nosso país. Com isso, notou-se um aumento considerável, por parte dos criadores, no que diz respeito à redução dos prejuízos econômicos causados por altas taxas de mortalidade de peixes e em reduzir perdas, tais como à incidência de enfermidades que comprometem o desenvolvimento dos animais, o tratamento dessas enfermidades que podem a vir acometer os mesmos e, em até em caso extremo, à mortalidade destes. Outro fator importante que também pode vir a resultar em elevadas taxas de doenças prejudiciais a esta pratica são as altas produções intensivas de organismos aquáticos que visam somente os ganhos monetários sem levar em conta as condições favoráveis para o pleno crescimento e desenvolvimento dos animais (ROBERTS & BULLOCK, 1980).Para evitar tais acontecimentos devem ser tomados certos cuidados no que diz respeito ao manejo dos animais para que seja possível minimizar as perdas econômicas na criação. Assim sendo, fatores como a má qualidade da água, a redução do oxigênio dissolvido, as alterações bruscas de temperatura, a alta densidade populacional de peixes, o manejo inadequado ou a nutrição desequilibrada são fatores capazes de produzir estresse nestes animais, predispondo-os a diferentes infecções, sejam elas bacterianas, fúngicas ou parasitárias (ROCHA, 1994).
  • 3. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Na piscicultura asdoenças parasitárias cada vez mais representam as causas mais comuns e importantes de prejuízos em criações de cativeiro (FERRAZ, 1990). Dentre essas enfermidades, numerosas infecções são causadas por protozoários e metazoários, sendo que estas se destacam pelos elevados índices de mortalidade (PAVANELLI, 2002). Com base no exposto, o presente trabalho visa explanar sobre alguns dos parasitos mais importantes para a piscicultura brasileira, sendo eles os seguintes: 2.1Ichthyophthirius multifilis Ectoparasitos ciliados localizados na pele e nas brânquias dos peixes de água doce. É o agente etiológico da ictiofitiríase ou “doença dos pontos brancos”, conhecido popularmente como “ictio”. O parasito adulto, chamado de trofonte, está presente no tecido branquial ou na pele dos hospedeiros, este quando atinge a maturidade, sai do hospedeiro e fica no substrato dos tanques de cultivo, recebendo então o nome de teronte, que são as formas infectantes,que possuem forma claviformes esão ciliadas. Os sinais da presença deste parasito são pontos brancos na superfície do corpo, das nadadeiras e das brânquias, além de hemorragias e pode vir a acontecer, posteriormente, uma invasão bacteriana e fúngicas nos locais de infecção deste parasito.Ao se notarem peixes aglomerados na entrada da água e súbito emagrecimento, estes são os sintomas característicos da doença. Quando ataca o tecido branquial, o parasito é responsável por considerável perda funcional do órgão. Para que seja possível a realização do diagnóstico, o mesmo deve ser feito através da observação macroscópica dos pontos brancos, porem também pode ser feito observando-se o trofonte com núcleo característico em forma de ferradura. Para que a ictiofitiríase não se prolifere dentro do ambiente é preciso levar em conta a qualidade da água, e evitar expor o animal a um
  • 4. estresse,principalmente oscilações térmicas bruscas (EWING. 1985; VENTURA; PAPERNA, 1985). 2.2 Lernaea cyprinacea Espécie que está sendo introduzida no Brasil junto com a importação de carpas húngaras, disseminou-se no ambiente aquático brasileiro a partir das criações destas espécies (PAVANELLI, 2002). Trata-se de um ectoparasita, que tem a capacidade de acometer pequenos ciprinideos, causando ruptura e necrose do epitélio das brânquias, o que pode levar o peixe parasitado à morte (VARGAS, 2001). A literatura de ROBERTS (1981) descreve o corpo deste crustáceo como sendo bilateralmente simétrico, segmentado, provido de apêndices articulados e cobertos por uma cutícula de quitina rígida ou semirrígida, além de possuir um formato alongado, medindo mais de 1 cm de comprimento. Citando estudos científicos realizados por BRANDÃO (2004), o macho apresenta-se na vida livre, sendo apenas a fêmea capaz de parasitar o hospedeiro. As infestações por estes crustáceos são mais frequentes nos períodos mais quentes do ano devido à facilidade de procriação do parasito. Uma vez parasitados os peixes mostram-se apáticos, com hemorragias no corpo, perdem o senso da direção e ficam aglomerados na superfície do local de criação. Em alguns casos, o parasito pode atingir algum órgão e causar infecções secundárias graves internamente no animai parasitado (SILVASOUZA, 2000). Para que a diagnose do parasito seja feita, deve-se realizar uma simples observação destes aderidos ao corpo dos peixes, principalmente na base das nadadeiras, próximo à cavidade ocular e na cavidade bucal. Pratica esta que pode ser feita a olho nu, já que os parasitas adultos são relativamente grandes, ou através de uma lupa de mão para garantir eficiência (PAVANELLI, 2002). E o tratamento poderá ser feito com cloreto de sódio 3-5% durante 1 minuto ou com Metrifonato, embora exista serias restrições ao uso deste
  • 5. produto, além da adoção da quarentena para peixes oriundos de novos lotes (PAVANELLI, 2002). 2.3 Myxobolus cerebralis Parasitos encontrados formando cistos nas brânquias, nos órgãos internos e na musculatura de peixes, estes provocam a “doença do rodopio” que afeta a truta-arco-íris e salmões. Apresenta esporos arredondados, providos de duas cápsulas polares alongadas (KENT, 2001). Em cada um desses hospedeiros encontram-se esporos com características diferentes. O local de desenvolvimento dos esporos é a cartilagem do hospedeiro, com preferência pelos alevinos, existindo destruição do tecido, que é responsável pela característica principal da doença (THOMPSON, 2002). Estes parasitos podem se localizar na zona posterior da vértebra, causando assim uma pressão muito grande sobre os nervos que controlam as células pigmentares da zona da cauda, o que faz com que esta adquira uma intensa coloração escura, e também se são encontrados alojados próximo da cápsula auditiva dos hospedeiros o que ocasiona em distúrbios natatórios característicos (PAVANELLI, 2002). A principal forma pela qual ocorre a disseminação é a transferência artificial de peixes sem os cuidados necessários. Fato este que leva a não existência de um tratamento eficaz deste parasito, por isso para evitar o surgimento/proliferação do mesmo são de suma importância os métodos profiláticos, principalmente a quarentena dos alevinos, devido a que muitos peixes são portadores assintomáticos (EIRAS, 1994; PAVANELLI, 2002). 2.4 Argulus sp São ectoparasitos responsáveis por grandes prejuízos nas pisciculturas, conhecidos como “piolhos de peixe”. Apresentam uma carapaça ovóide ou foliácea, e o formato achatado como característica morfológica. Quando no hospedeiro encontram-se alojados na superfície do corpo, das nadadeiras e das brânquias.
  • 6. Estes parasitos são capazes de mudar de hospedeiro, podendo ficar livres por um longo período na coluna de água, facilitando assim sua disseminação. Suas poderosas mandíbulas, equipadas com estilete usado para perfuração são os mecanismos que conferem a este sua ação patogênica. Ao se alimentarem estes introduzem seu estilete no tegumento dos hospedeiros e inoculam enzimas digestivas que, além de serem tóxicas, têm ação destruidora de tecidos, o que vem a provocar ulcerações nos peixes, devido a isso hemorragias ocorrem com frequência nos hospedeiros, e estas podem evoluir para lesões de maior tamanho ocasionando até mesmo a morte do animal (EIRAS, 1994; MARTINS, 1998; PAVANELLI, 2002).
  • 7. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Um dos principais fatores para a disseminação de parasitos na piscicultura é a introdução de peixes já infectados aos tanques de realização da atividade, além disso,outraquestão muito importante a ser observada é a água utilizada tanto no transporte de alevinos quanto no desenvolvimento da atividade em si, que se não for controlada rigorosamente pode conter larvas de parasitos. Falta de conhecimento, por parte dos produtores, das corretas técnicas de manejo e sanidade é outro fator importante que também pode vir a ocasionar em doenças quando não observados os tratos necessários para cada fase do animal envolvido na atividade, porem este pequeno entrave pode ser facilmente corrigido aplicando-se a operacionalização do programa de educação sanitária em aquicultura, que visa auxiliar/ensinar as técnicas necessárias para o correto manejo dos animais. Faz-se muito importante o estabelecimento de um controle periódico da qualidade de agua utilizada nos tanques, bem como o controle fitossanitário dos animais alvo desta atividade. Este controle deve ser realizado por meio de exames de amostras da água utilizada na piscicultura, o que irá possibilitar a identificação precoce de uma possível contaminação do tanque por agentes patogênicos, favorecendo assim o controle de relevantes enfermidades que podem vir a afetar à criação de peixes e causar prejuízos econômicos a prática.
  • 8. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EIRAS, J. C. Elementos de Ictioparasitologia. Fundação Eng. António de Almeida, Porto, 339p., 1994. EWING, M.S.; K.M. KOCAN; S.A. EWING. Ichthyophthirius multifilis (Cilipphora) invasion of gill epithelium.Journal of Protozoology, v. 32, p. 305310, 1985. FERRAZ, E.; THATCHER, V.E. Camallanus acaudatus sp. n. (Nematoda: Camallanidae) é uma descrição do macho de Camallanus tridentatus (D., 1884) parasitas de peixes da Amazônia brasileira. Amazoniana, v. 11, n. 12, p. 135-145, 1990. KENT, M.L.; ANDREE, K.B.; BARTHOLOMEW, J.L.; ELMATBOULI, M.; DESSER, S.S.; DEVLIN, R.H.; FEIST, S.W.; HEDRICK, R.P.; HOFFMANN, R.W.; KHATTRA, J.; S.L. HALLETT; LESTER, R.J.G.; LONGSHAW, M.; PALENZEULA, O.;SIDDALL, M.E.; XIAO, C. Recent Advances in Our Knowledge of the Myxozoa.Journal of Eukaryotic Microbiology, v. 48, n.4, p. 395–413, 2001. MARTINS, M. L. Doenças infecciosas e parasitárias de peixes. Boletim Técnico do centro de Aquicultura da UNESP, n. 3, 66p. 1998. PAVANELLI, G.C.; J.C. EIRAS; R.M. TAKEMOTO. Doenças de peixes. Profilaxia, diagnóstico e tratamento. Editora Universidade Estadual de Maringá, 305p. 2002. ROCHA, R.C.G.A., CECCARELLI, P. S., SANTOS NETO, J. C. Eficácia de Diferentes Produtos Químicos no Controle de Ichthyophthirius multifilis (Fouquet, 1876), em Alevinos de Pacu Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887). Boletim Técnico do CEPTA, Pirassununga, SP. v.7, n.1, p.1 - 8, 1994.
  • 9. SILVA-SOUZA, A. T.; ALMEIDA, S. C.; MACHADO, P. M. Effect of the infestation by Lernaea cyprinacea Linnaeus, 1758 (Copepoda, Lernaeidae) on the leucocytes of Schizodon intermedius Garavello & Britski, 1990 (Osteichthyes, Anostomidae). Revista Brasileira de Biologia, v. 60, n. 2, p. 217-220, 2000. THOMPSON, K.G.; NEHRING, R.B.; BOWDEN, D.C.; WYGANT, T. Response of rainbow trout Oncorhynchus mykiss to exposure to Myxobolus cerebralis above and below a point source of infectivity in the upper Colorado River. Diseases of Aquatic Organisms, v. 49, n. 3, p. 101-178, 2002. VENTURA, M.T.; I. PAPERNA. Histopathology of Ichthyophthirius multifilis infections in fishes.Journal of Fish Biology, v. 27, n.1, p. 185-203, 1985.