Tcc - O lúdico na aprendizagem escolar

Centro de Educação
Departamento de Educação
Curso de Pedagogia
O LÚDICO NA APRENDIZAGEM ESCOLAR
Joelson Honorato dos Santos Silva
Orientadora: Profª Ms. Teresa Cristina Vasconcelos
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
GERAL:
Analisar como a ludicidade é incorporada no
cotidiano de uma sala de aula com alunos de
1º e 2° anos.
ESPECÍFICOS:
• Identificar a concepção de ludicidade da
professora e dos alunos;
• Identificar atividades lúdicas no cotidiano
da sala de aula;
• Verificar formas de incorporação da
ludicidade no cotidiano da sala de aula.
REFERENCIAL TEÓRICO
CLÁSSICOS
ESTUDIOSOS DA
ATUALIDADE
• Comenius
• Rousseau
• Froebel
• Piaget
• Vygotsky
• Ariès (1981)
• Aranha (2006)
• Cordazzo e Vieira (2007)
• Oliveira (2010)
• Kishimoto (2010).
CAMINHO METODOLÓGICO DA PESQUISA
A abordagem
O campo e os sujeitos da pesquisa
Instrumentos para a coleta de dados
TEORIZANDO A LUDICIDADE
A HISTÓRIA DO LÚDICO NA ESCOLA
ANTIGUIDADE
• O primeiro a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico foi Platão;
• Para os romanos, o jogo era visto como um valioso meio de exercitação de
conhecimentos, habilidades e atitudes;
IDADE MÉDIA
• O jogo visto como atividade criminosa;
• Século XIV - o jogo foi incorporado no processo de formação das crianças.
IDADE MODERNA
• Escolas jesuítas do século XVI - importância do jogo e dos exercícios na
formação dos seus alunos;
• Século XVII – Comenius: escola com espaço para brincar e andar;
• Século XVIII - popularização dos jogos educativos, antes restritos à nobreza;
- Rousseau: educação ajustada à natureza das crianças.
A HISTÓRIA DO LÚDICO NA ESCOLA
IDADE CONTEMPORÂNEA
Século XVIII
Froebel: o jogo como parte essencial do trabalho pedagógico;
Século XIX
Experiências que introduzem o jogo com o intuito de facilitar tarefas do ensino;
Século XX
- Freinet, Montessori, Decroly, Dewey; Piaget;
- Vygotsky: brincadeira de “faz de conta” como importante elemento no
desenvolvimento da criança.
A importância do lúdico na aprendizagem das crianças
• O brincar é uma das formas privilegiadas de as crianças se
expressarem, descobrirem, explorarem e darem significado ao
mundo.
• É importante que a criança seja estimulada com brinquedos, jogos e
brincadeiras adequadas à sua idade, mas consciente de que
aprender pressupõe um esforço cognitivo e requer força de vontade,
disciplina, concentração e dedicação.
Concepção de brincar
Abbott (2006): “existem tantas definições do brincar quanto
existem maneiras de brincar... e nenhuma definição abrangerá
todas as ideias, percepções, experiências e expectativas que cada
um de nós tem em relação à palavra”;
Nossa concepção
Adotamos o termo brincar em sentido amplo, que engloba todas
as formas de atividade de natureza lúdica realizadas pela criança,
incluindo, portanto, o jogo e a brincadeira.
Jogos e brincadeiras de ontem
Em outros tempos, o brinquedo era a peça do processo de produção
que ligava pais e filhos. Madeira, ossos, tecidos, sementes, pedras,
palha e argila eram os materiais usados para sua construção.
Existe uma verdadeira variedade de brinquedos populares que podem
ser confeccionados pelas crianças na escola. Dentre eles podemos
destacar: brinquedos de lata, de caixas de fósforos, de barro, de
madeira, de cabaça e as bonecas dos mais variados materiais; estes
brinquedos expressam a realidade do nosso cotidiano e seus modelos
ficam por conta de quem os cria.
Jogos e brincadeiras de hoje
O processo de industrialização abriu espaços para que houvesse uma
enorme produção de jogos e brinquedos;
Videogame, computador, televisão, celulares, dentre outros, têm tirado
o prazer de brincar das crianças, na rua ou no sítio, ao ar livre com os
colegas, para ficarem em casa diante de objetos eletrônicos;
O que estamos defendendo não é o fato de que os jogos eletrônicos não
sejam apropriados e/ou desnecessários para as crianças e jovens; “[...] a
criança precisa ser estimulada, incentivada a brincar pelo adulto, que
também deve interagir durante a brincadeira, pois estes instrumentos
tecnológicos, muitas vezes, tornam-se mais atrativos para a criança”.
O LÚDICO NO CURRRÍCULO ESCOLAR
A criança, ao entrar no Ensino Fundamental tem em média
seis anos, está saindo da Educação Infantil e, por isso, ainda
necessita de atividades lúdicas, ou seja, brincar, atividade que
lhe é prazerosa. Reiteramos que a escola, no exercício de suas
funções, deve contemplar em seus currículos este importante
aspecto da vida das crianças, o lúdico nas suas diversas
manifestações.
O LÚDICO NO CURRRÍCULO ESCOLAR
Ciências Naturais Matemática
• o lúdico encontra-se na
observação e na
experimentação efetiva das
atividades, no que diz respeito
às atitudes científicas.
• Os jogos são fontes de
significados e, portanto,
possibilitam compreensão,
geram satisfação, formam
hábitos que se estruturam
num sistema.
O LÚDICO NO CURRRÍCULO ESCOLAR
Língua Portuguesa História e da Geografia
• livros de contos, romances,
poesias, enciclopédias,
dicionários, jornais, revistas
(infantis, em quadrinhos, de
palavras cruzadas e outros
jogos), livros de consulta das
diversas áreas do
conhecimento, almanaques,
revistas de literatura de cordel,
textos gravados em áudio e em
vídeo, entre outros.
• as pesquisas devem favorecer,
troca de informação,
socialização de ideias...
domínios linguísticos, escritos,
orais, iconográficos,
cartográficos e pictóricos, tendo
estes três últimos um caráter
lúdico, no caso dos anos iniciais
dos anos do ensino
fundamental, ao problematizar
diferentes espaços consolidados
em diferentes paisagens, lugares
e territórios.
O LÚDICO NA SALA DE AULA:
UM OLHAR SOBRE A REALIDADE
Do ponto de vista da professora
• Concepção de atividade lúdica:
Bom, para mim atividade lúdica é você ensinar aos
seus alunos de forma mais dinâmica, através de
brincadeiras e jogos que levem os alunos a
aprender brincando.
• O seu conceito chega a se aproximar do de Platão
que, segundo Lima (2008, p.13), “defendia o jogo
como um meio de aprendizagem mais prazeroso e
significativo, de maneira que, inclusive, os
conteúdos das disciplinas poderiam ser assimilados
por meio de atividades lúdicas”.
• Utilização dessas atividades nas aulas:
Sempre que posso, sim, por que os alunos se
interessam mais pelo conteúdo.
• Esta fala mostra uma contradição, uma vez que,
se os alunos se interessam mais pelo conteúdo
quando a professora utiliza atividades lúdicas, é
de se esperar que estas sejam propostas
sistematicamente. Entendemos que a expressão
“sempre que posso” pode indicar que ela faz uso
do lúdico esporadicamente e sem planejamento,
ou seja, de modo improvisado.
Inserção de brincadeiras nos planos de aula, para o ensino
dos conteúdos:
Não.
Apesar da contradição dessa resposta em relação às
anteriores, ela confirma o que vimos, pois, ao consultarmos
o Caderno de Planos da professora, em busca de propostas
de atividades lúdicas, não encontramos nenhuma.
Do ponto de vista dos alunos
• Sobre o que é brincar: obtivemos respostas
variadas. Isto nos remete a Abbott (2006, p.96)
que afirma que “existem tantas definições do
brincar quanto existem maneiras de brincar... e
nenhuma definição abrangerá todas as ideias,
percepções, experiências e expectativas que cada
um de nós tem em relação à palavra”.
• Das oito crianças entrevistadas, três responderam a esta
pergunta relacionando o brincar a brinquedos e brincadeiras,
como: avião (de papel), bola, jogar bola, boneca, pular corda
e uma rosa (referindo-se a uma brincadeira de roda).
Essas brincadeiras levam a criança a construir circunstâncias
imaginárias em que são levadas a viajar em um mundo
fantasioso onde a ocasião é definida pelo significado
constituído pela brincadeira.
• Nas demais brincadeiras citadas pelas crianças,
percebemos o forte apelo aos jogos de
movimento e de regras. O movimento é o
principal elemento no crescimento e no
desenvolvimento da criança (BUENO 1998,
apud SANTOS et al, 2009).
• Duas outras crianças responderam a questão relacionando o
brincar a sentimentos, como emoção e alegria. Destacamos
uma fala que nos chamou a atenção:
A: A gente forma muita amizade. Forma muitas novas
brincadeiras. E também... e também... (pensativa, olhando
para os lados) ... e também a gente conhece muitas
brincadeiras que a gente não sabe.
As brincadeiras e jogos envolvem a descoberta e a exploração de
capacidades físicas e ajudam a expressar emoções, afetos e
sentimentos como alegria, medo, raiva, vergonha, prazer etc.
• Ao serem indagadas se a professora já tinha realizado brincadeiras
na sala de aula, uma ficou calada. Das sete que responderam, uma
disse que Não, e outra respondeu que não lembrava, balançando a
cabeça. Uma criança lembrava de outras professoras que brincavam
na sala de aula.
• Em um grupo de oito crianças, com 6 ou 7 anos de idade, apenas a
metade afirma que a professora já realizou alguma brincadeira em
sala de aula. E o relato delas nos leva a inferir que são brincadeiras
utilizadas apenas a título de passatempo. Essa nossa inferência
deve-se ao fato de não haver alusão a essas ou outras brincadeiras
no caderno de Planos de Aulas da professora, nem nos nossos
registros no Diário de Campo, já que não presenciamos nenhuma
atividade lúdica durante nossa permanência naquela sala de aula.
Atividades lúdicas no cotidiano da sala de aula
•Defendemos aqui a necessidade de haver um trabalho
voltado para o lúdico em sala de aula, uma vez que este
pode propiciar entendimento dos conteúdos estudados, de
forma prazerosa. Além disso, consideramos muito
importante que a transição da educação infantil para o
ensino fundamental não se apresente à criança pelo
distanciamento dos brinquedos e brincadeiras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise dos dados coletados nos levou a considerar que,
infelizmente, na sala de aula observada, não há a incorporação do
lúdico, seja em relação às atividades com objetivos de aprendizagem
de conteúdos cognitivos, procedimentais ou atitudinais, seja em
relação ao desenvolvimento das crianças, em sua totalidade.
Teoria e prática evidenciam que a brincadeira infantil contribui de
maneira significativa para a formação do sujeito
O jogo e a brincadeira são necessidade e direito da criança. Faz-se
necessário, portanto, que os educadores repensem os modelos
teóricos e sua práxis em sala de aula, incorporando o lúdico como
estratégia de ensino, objetivando uma aprendizagem realmente
significativa para a criança.
OBRIGADO!
e-mail: joelson.hss@hotmail.com
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  • 1. Centro de Educação Departamento de Educação Curso de Pedagogia O LÚDICO NA APRENDIZAGEM ESCOLAR Joelson Honorato dos Santos Silva Orientadora: Profª Ms. Teresa Cristina Vasconcelos
  • 3. OBJETIVOS GERAL: Analisar como a ludicidade é incorporada no cotidiano de uma sala de aula com alunos de 1º e 2° anos. ESPECÍFICOS: • Identificar a concepção de ludicidade da professora e dos alunos; • Identificar atividades lúdicas no cotidiano da sala de aula; • Verificar formas de incorporação da ludicidade no cotidiano da sala de aula.
  • 4. REFERENCIAL TEÓRICO CLÁSSICOS ESTUDIOSOS DA ATUALIDADE • Comenius • Rousseau • Froebel • Piaget • Vygotsky • Ariès (1981) • Aranha (2006) • Cordazzo e Vieira (2007) • Oliveira (2010) • Kishimoto (2010).
  • 5. CAMINHO METODOLÓGICO DA PESQUISA A abordagem O campo e os sujeitos da pesquisa Instrumentos para a coleta de dados
  • 7. A HISTÓRIA DO LÚDICO NA ESCOLA ANTIGUIDADE • O primeiro a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico foi Platão; • Para os romanos, o jogo era visto como um valioso meio de exercitação de conhecimentos, habilidades e atitudes; IDADE MÉDIA • O jogo visto como atividade criminosa; • Século XIV - o jogo foi incorporado no processo de formação das crianças. IDADE MODERNA • Escolas jesuítas do século XVI - importância do jogo e dos exercícios na formação dos seus alunos; • Século XVII – Comenius: escola com espaço para brincar e andar; • Século XVIII - popularização dos jogos educativos, antes restritos à nobreza; - Rousseau: educação ajustada à natureza das crianças.
  • 8. A HISTÓRIA DO LÚDICO NA ESCOLA IDADE CONTEMPORÂNEA Século XVIII Froebel: o jogo como parte essencial do trabalho pedagógico; Século XIX Experiências que introduzem o jogo com o intuito de facilitar tarefas do ensino; Século XX - Freinet, Montessori, Decroly, Dewey; Piaget; - Vygotsky: brincadeira de “faz de conta” como importante elemento no desenvolvimento da criança.
  • 9. A importância do lúdico na aprendizagem das crianças • O brincar é uma das formas privilegiadas de as crianças se expressarem, descobrirem, explorarem e darem significado ao mundo. • É importante que a criança seja estimulada com brinquedos, jogos e brincadeiras adequadas à sua idade, mas consciente de que aprender pressupõe um esforço cognitivo e requer força de vontade, disciplina, concentração e dedicação.
  • 10. Concepção de brincar Abbott (2006): “existem tantas definições do brincar quanto existem maneiras de brincar... e nenhuma definição abrangerá todas as ideias, percepções, experiências e expectativas que cada um de nós tem em relação à palavra”; Nossa concepção Adotamos o termo brincar em sentido amplo, que engloba todas as formas de atividade de natureza lúdica realizadas pela criança, incluindo, portanto, o jogo e a brincadeira.
  • 11. Jogos e brincadeiras de ontem Em outros tempos, o brinquedo era a peça do processo de produção que ligava pais e filhos. Madeira, ossos, tecidos, sementes, pedras, palha e argila eram os materiais usados para sua construção. Existe uma verdadeira variedade de brinquedos populares que podem ser confeccionados pelas crianças na escola. Dentre eles podemos destacar: brinquedos de lata, de caixas de fósforos, de barro, de madeira, de cabaça e as bonecas dos mais variados materiais; estes brinquedos expressam a realidade do nosso cotidiano e seus modelos ficam por conta de quem os cria.
  • 12. Jogos e brincadeiras de hoje O processo de industrialização abriu espaços para que houvesse uma enorme produção de jogos e brinquedos; Videogame, computador, televisão, celulares, dentre outros, têm tirado o prazer de brincar das crianças, na rua ou no sítio, ao ar livre com os colegas, para ficarem em casa diante de objetos eletrônicos; O que estamos defendendo não é o fato de que os jogos eletrônicos não sejam apropriados e/ou desnecessários para as crianças e jovens; “[...] a criança precisa ser estimulada, incentivada a brincar pelo adulto, que também deve interagir durante a brincadeira, pois estes instrumentos tecnológicos, muitas vezes, tornam-se mais atrativos para a criança”.
  • 13. O LÚDICO NO CURRRÍCULO ESCOLAR A criança, ao entrar no Ensino Fundamental tem em média seis anos, está saindo da Educação Infantil e, por isso, ainda necessita de atividades lúdicas, ou seja, brincar, atividade que lhe é prazerosa. Reiteramos que a escola, no exercício de suas funções, deve contemplar em seus currículos este importante aspecto da vida das crianças, o lúdico nas suas diversas manifestações.
  • 14. O LÚDICO NO CURRRÍCULO ESCOLAR Ciências Naturais Matemática • o lúdico encontra-se na observação e na experimentação efetiva das atividades, no que diz respeito às atitudes científicas. • Os jogos são fontes de significados e, portanto, possibilitam compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam num sistema.
  • 15. O LÚDICO NO CURRRÍCULO ESCOLAR Língua Portuguesa História e da Geografia • livros de contos, romances, poesias, enciclopédias, dicionários, jornais, revistas (infantis, em quadrinhos, de palavras cruzadas e outros jogos), livros de consulta das diversas áreas do conhecimento, almanaques, revistas de literatura de cordel, textos gravados em áudio e em vídeo, entre outros. • as pesquisas devem favorecer, troca de informação, socialização de ideias... domínios linguísticos, escritos, orais, iconográficos, cartográficos e pictóricos, tendo estes três últimos um caráter lúdico, no caso dos anos iniciais dos anos do ensino fundamental, ao problematizar diferentes espaços consolidados em diferentes paisagens, lugares e territórios.
  • 16. O LÚDICO NA SALA DE AULA: UM OLHAR SOBRE A REALIDADE
  • 17. Do ponto de vista da professora
  • 18. • Concepção de atividade lúdica: Bom, para mim atividade lúdica é você ensinar aos seus alunos de forma mais dinâmica, através de brincadeiras e jogos que levem os alunos a aprender brincando. • O seu conceito chega a se aproximar do de Platão que, segundo Lima (2008, p.13), “defendia o jogo como um meio de aprendizagem mais prazeroso e significativo, de maneira que, inclusive, os conteúdos das disciplinas poderiam ser assimilados por meio de atividades lúdicas”.
  • 19. • Utilização dessas atividades nas aulas: Sempre que posso, sim, por que os alunos se interessam mais pelo conteúdo. • Esta fala mostra uma contradição, uma vez que, se os alunos se interessam mais pelo conteúdo quando a professora utiliza atividades lúdicas, é de se esperar que estas sejam propostas sistematicamente. Entendemos que a expressão “sempre que posso” pode indicar que ela faz uso do lúdico esporadicamente e sem planejamento, ou seja, de modo improvisado.
  • 20. Inserção de brincadeiras nos planos de aula, para o ensino dos conteúdos: Não. Apesar da contradição dessa resposta em relação às anteriores, ela confirma o que vimos, pois, ao consultarmos o Caderno de Planos da professora, em busca de propostas de atividades lúdicas, não encontramos nenhuma.
  • 21. Do ponto de vista dos alunos
  • 22. • Sobre o que é brincar: obtivemos respostas variadas. Isto nos remete a Abbott (2006, p.96) que afirma que “existem tantas definições do brincar quanto existem maneiras de brincar... e nenhuma definição abrangerá todas as ideias, percepções, experiências e expectativas que cada um de nós tem em relação à palavra”.
  • 23. • Das oito crianças entrevistadas, três responderam a esta pergunta relacionando o brincar a brinquedos e brincadeiras, como: avião (de papel), bola, jogar bola, boneca, pular corda e uma rosa (referindo-se a uma brincadeira de roda). Essas brincadeiras levam a criança a construir circunstâncias imaginárias em que são levadas a viajar em um mundo fantasioso onde a ocasião é definida pelo significado constituído pela brincadeira.
  • 24. • Nas demais brincadeiras citadas pelas crianças, percebemos o forte apelo aos jogos de movimento e de regras. O movimento é o principal elemento no crescimento e no desenvolvimento da criança (BUENO 1998, apud SANTOS et al, 2009).
  • 25. • Duas outras crianças responderam a questão relacionando o brincar a sentimentos, como emoção e alegria. Destacamos uma fala que nos chamou a atenção: A: A gente forma muita amizade. Forma muitas novas brincadeiras. E também... e também... (pensativa, olhando para os lados) ... e também a gente conhece muitas brincadeiras que a gente não sabe. As brincadeiras e jogos envolvem a descoberta e a exploração de capacidades físicas e ajudam a expressar emoções, afetos e sentimentos como alegria, medo, raiva, vergonha, prazer etc.
  • 26. • Ao serem indagadas se a professora já tinha realizado brincadeiras na sala de aula, uma ficou calada. Das sete que responderam, uma disse que Não, e outra respondeu que não lembrava, balançando a cabeça. Uma criança lembrava de outras professoras que brincavam na sala de aula. • Em um grupo de oito crianças, com 6 ou 7 anos de idade, apenas a metade afirma que a professora já realizou alguma brincadeira em sala de aula. E o relato delas nos leva a inferir que são brincadeiras utilizadas apenas a título de passatempo. Essa nossa inferência deve-se ao fato de não haver alusão a essas ou outras brincadeiras no caderno de Planos de Aulas da professora, nem nos nossos registros no Diário de Campo, já que não presenciamos nenhuma atividade lúdica durante nossa permanência naquela sala de aula.
  • 27. Atividades lúdicas no cotidiano da sala de aula •Defendemos aqui a necessidade de haver um trabalho voltado para o lúdico em sala de aula, uma vez que este pode propiciar entendimento dos conteúdos estudados, de forma prazerosa. Além disso, consideramos muito importante que a transição da educação infantil para o ensino fundamental não se apresente à criança pelo distanciamento dos brinquedos e brincadeiras.
  • 28. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise dos dados coletados nos levou a considerar que, infelizmente, na sala de aula observada, não há a incorporação do lúdico, seja em relação às atividades com objetivos de aprendizagem de conteúdos cognitivos, procedimentais ou atitudinais, seja em relação ao desenvolvimento das crianças, em sua totalidade. Teoria e prática evidenciam que a brincadeira infantil contribui de maneira significativa para a formação do sujeito O jogo e a brincadeira são necessidade e direito da criança. Faz-se necessário, portanto, que os educadores repensem os modelos teóricos e sua práxis em sala de aula, incorporando o lúdico como estratégia de ensino, objetivando uma aprendizagem realmente significativa para a criança.