DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

CLARICE GRAZIELLE
TOUROS, RN
2015
Vale salientar que a elaboração das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Quilombola segue as orientações das Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Básica.
A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida
em unidades educacionais inscritas em suas
terras e cultura, requerendo pedagogia própria
em respeito à especificidade étnico-cultural de
cada comunidade e formação específica de seu
quadro docente, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os
princípios que orientam a Educação Básica
brasileira. Na estruturação e no funcionamento
das escolas quilombolas, deve ser reconhecida
e valorizada sua diversidade cultural. (p. 42)
É importante explicar que a educação
quilombola orienta-se também pelas
deliberações da Conferência Nacional de
Educação (CONAE, 2010). De acordo com o
documento final da conferência, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios
deverão:
a) Garantir a elaboração de uma legislação específica
para a educação quilombola, com a participação do
movimento negro quilombola, assegurando o direito
à preservação de suas manifestações culturais e à
sustentabilidade de seu território tradicional.
b) Assegurar que a alimentação e a infraestrutura
escolar quilombola respeitem a cultura alimentar do
grupo, observando o cuidado com o meio ambiente e
a geografia local.
c) Promover a formação específica e diferenciada
(inicial e continuada) aos/às profissionais das escolas
quilombolas, propiciando a elaboração de materiais
didático-pedagógicos contextualizados com a
identidade étnico-racial do grupo.
d) Garantir a participação de representantes
quilombolas na composição dos conselhos referentes
à educação, nos três entes federados.
e) Instituir um programa específico de licenciatura
para quilombolas, para garantir a valorização e a
preservação cultural dessas comunidades étnicas.
f) Garantir aos professores/as quilombolas a sua
formação em serviço e, quando for o caso,
concomitantemente com a sua própria
escolarização.
g) Instituir o Plano Nacional de Educação
Quilombola, visando à valorização plena das
culturas das comunidades quilombolas, à
afirmação e manutenção de sua diversidade étnica.
h) Assegurar que a atividade docente nas escolas
quilombolas seja exercida preferencialmente por
professores/as oriundos/as das comunidades
quilombolas. (C0NAE, 2010, p. 131-132)
Além disso, de acordo com o art. 68 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal de 1988 e com o Decreto nº
6.040/2007, que institui a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais, os quilombolas
reproduzem sua existência nos territórios tradicionais,
os quais são considerados como aqueles onde vivem
comunidades quilombolas, povos indígenas,
seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco
babaçu, ribeirinhos, faxinalenses1 e comunidades de
fundo de pasto, dentre outros, e necessários à
reprodução cultural, social e econômica dos povos e
comunidades tradicionais, territórios esses utilizados
de forma permanente ou temporária.
De acordo com O’Dwyer (1995), a Associação Brasileira de
Antropologia (ABA) passa a ter, a partir de 1994, uma
compreensão mais ampliada de quilombo. Segundo a autora:
ontemporaneamente, quilombo não se refere a resíduos ou
resquícios arqueológicos de ocupação temporal ou de
comprovação biológica. Não se trata de grupos isolados ou de
população estritamente homogênea, nem sempre foram
constituídos a partir de movimentos insurrecionais ou rebelados.
Sobretudo consistem em grupos que desenvolveram práticas
cotidianas de resistência na manutenção e na reprodução de seus
modos de vida característicos e na consolidação de território
próprio. A identidade desses grupos não se define por tamanho e
número de membros, mas pela experiência vivida e as versões
compartilhadas de sua trajetória comum e da continuidade como
grupo. Neste sentido, constituem grupos étnicos conceitualmente
definidos pela antropologia como um tipo organizacional que
confere pertencimento por meio de normas e meios empregados
para indicar afiliação ou exclusão.
 (O’DWYER, 1995, p. 2)
O conceito de quilombo incorpora também as
comunidades quilombolas que ocupam áreas urbanas,
ultrapassando a ideia de que essas se restringem ao meio
rural. Diferentemente dos quilombos de resistência à
escravatura ou de rompimento com o regime dominante,
como o de Palmares, que se situavam em locais distantes
das sedes de províncias, com visão estratégica para se
proteger das invasões dos adeptos da Coroa, existiram
os chamados “quilombos urbanos”, que se localizavam
bem próximos das cidades, com casas de pau a pique,
construídas com barro e pequenos troncos de árvores.
Plantadas em clareiras na mata, as casas eram rodeadas
pela criação de cabras, galinhas, porcos e animais de
estimação.
O número de comunidades quilombolas no Brasil é
elevado, mas ainda não existe levantamento
extensivo. Sabe-se que há quilombos em quase
todos os Estados da Federação, mas não se tem
conhecimento de existirem em Brasília, no Acre e
em Roraima. Segundo dados da SECADI/MEC, os
Estados com maior número de quilombos são:
Maranhão, com 318; Bahia, com 308; Minas Gerais,
com 115; Pernambuco, com 93, e Pará, com 85. No
entanto, é válido esclarecer que, em alguns Estados
como o Maranhão, foram registradas mais de 400
comunidades no levantamento realizado, em 1988,
pelo Projeto Vida de Negro, do Centro de Cultura
Negra do Maranhão (CCN/MA).
 Dos direitos destacados pelos quilombolas
durante as audiências públicas, poderíamos
sintetizar aqueles considerados uma
constante na vivência e na luta política das
comunidades quilombolas atuais: o direito às
identidades étnico-raciais, à terra, ao
território e à educação.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
1 de 14

Recomendados

Educação quilombola por
Educação quilombolaEducação quilombola
Educação quilombolaFabiana Paula
2K visualizações20 slides
Educacao Quilombola por
Educacao QuilombolaEducacao Quilombola
Educacao Quilombolaculturaafro
12.4K visualizações42 slides
Educação Quilombora - Profª Me Dila Carvalho por
Educação Quilombora - Profª Me Dila CarvalhoEducação Quilombora - Profª Me Dila Carvalho
Educação Quilombora - Profª Me Dila CarvalhoGrupo Educação, Mídias e Comunidade Surda
2.1K visualizações11 slides
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva por
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectivaLeis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectiva
Leis 10.639 03 e 11.645-08 - retrospectivaAlexandre da Rosa
10.7K visualizações23 slides
Documento Curricular Referencial da Bahia - DCRB por
Documento Curricular Referencial da Bahia - DCRBDocumento Curricular Referencial da Bahia - DCRB
Documento Curricular Referencial da Bahia - DCRBJosy Abner Santana
3.3K visualizações87 slides
Dia Da Consciência Negra por
Dia Da Consciência NegraDia Da Consciência Negra
Dia Da Consciência NegraPaulo Medeiros
29.5K visualizações16 slides

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS por
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAISRELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAISLudmila Moura
4.8K visualizações31 slides
Educação Escolar Indígena por
Educação Escolar IndígenaEducação Escolar Indígena
Educação Escolar IndígenaMarinaMarcos
6.9K visualizações57 slides
Dia da consciência negra por
Dia da consciência negraDia da consciência negra
Dia da consciência negraMarcelo Fernandes
15.4K visualizações32 slides
Dcn educação escolar indígena por
Dcn educação escolar indígenaDcn educação escolar indígena
Dcn educação escolar indígenamarcaocampos
6.1K visualizações13 slides
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil" por
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"
Power Point "Racismo e Desigualdades Raciais no Brasil"ANDI - Comunicação e Direitos
39.9K visualizações21 slides
COTAS RACIAIS por
COTAS RACIAISCOTAS RACIAIS
COTAS RACIAISGUILHERME FRANÇA
4.2K visualizações19 slides

Mais procurados(20)

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS por Ludmila Moura
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAISRELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Ludmila Moura4.8K visualizações
Educação Escolar Indígena por MarinaMarcos
Educação Escolar IndígenaEducação Escolar Indígena
Educação Escolar Indígena
MarinaMarcos6.9K visualizações
Dia da consciência negra por Marcelo Fernandes
Dia da consciência negraDia da consciência negra
Dia da consciência negra
Marcelo Fernandes15.4K visualizações
Dcn educação escolar indígena por marcaocampos
Dcn educação escolar indígenaDcn educação escolar indígena
Dcn educação escolar indígena
marcaocampos6.1K visualizações
COTAS RACIAIS por GUILHERME FRANÇA
COTAS RACIAISCOTAS RACIAIS
COTAS RACIAIS
GUILHERME FRANÇA4.2K visualizações
Poema Quilombola por culturaafro
Poema QuilombolaPoema Quilombola
Poema Quilombola
culturaafro11.8K visualizações
Cotas raciais por Patrícia Griep
Cotas raciaisCotas raciais
Cotas raciais
Patrícia Griep13.7K visualizações
Relações Étnico Raciais por Junior Ozono
Relações Étnico RaciaisRelações Étnico Raciais
Relações Étnico Raciais
Junior Ozono1.8K visualizações
Análise das-perguntas versão final por Renally Arruda
Análise das-perguntas versão finalAnálise das-perguntas versão final
Análise das-perguntas versão final
Renally Arruda482 visualizações
Aculturacao assimilacao por Suelly Francisco
Aculturacao assimilacaoAculturacao assimilacao
Aculturacao assimilacao
Suelly Francisco2K visualizações
Educação da Relações Étnico-Raciais - Apresentação Deborah Moema por coordenacaodiversidade
Educação da Relações Étnico-Raciais -  Apresentação Deborah MoemaEducação da Relações Étnico-Raciais -  Apresentação Deborah Moema
Educação da Relações Étnico-Raciais - Apresentação Deborah Moema
coordenacaodiversidade13.5K visualizações
Montagem apresentacao cotas por Enio Rodrigo
Montagem apresentacao cotasMontagem apresentacao cotas
Montagem apresentacao cotas
Enio Rodrigo7.9K visualizações
A educação no campo (2) por Pri Pri
A educação no campo (2)A educação no campo (2)
A educação no campo (2)
Pri Pri5.8K visualizações
Racismo no Brasil por progerio81
Racismo no BrasilRacismo no Brasil
Racismo no Brasil
progerio8119.9K visualizações
Cultura indígena por Paula Naranjo
Cultura indígenaCultura indígena
Cultura indígena
Paula Naranjo46.7K visualizações
Educação e cotas por 123djenani
Educação e cotasEducação e cotas
Educação e cotas
123djenani2.6K visualizações
Sociologia: Raça e Etnicidade por Uziram Silva
Sociologia: Raça e EtnicidadeSociologia: Raça e Etnicidade
Sociologia: Raça e Etnicidade
Uziram Silva5.6K visualizações

Destaque

Educação quilombola por
Educação quilombolaEducação quilombola
Educação quilombolaGeraa Ufms
5.9K visualizações41 slides
Projetodevalorizacao quilombola por
Projetodevalorizacao quilombolaProjetodevalorizacao quilombola
Projetodevalorizacao quilombolaSecretaria Municipal de São Bento do Una
2.8K visualizações12 slides
Quilombos por
QuilombosQuilombos
QuilombosLaguat
7.2K visualizações6 slides
Quilombo por
QuilomboQuilombo
Quilombojoaoevangelista11
780 visualizações10 slides
ApresentaçãO Do Projeto Quilombola por
ApresentaçãO Do Projeto QuilombolaApresentaçãO Do Projeto Quilombola
ApresentaçãO Do Projeto QuilombolaPaulo de Oliveira
8.5K visualizações28 slides
Aula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa Avancini por
Aula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa AvanciniAula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa Avancini
Aula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa Avancinialexrrosaueja
17.9K visualizações41 slides

Destaque(20)

Educação quilombola por Geraa Ufms
Educação quilombolaEducação quilombola
Educação quilombola
Geraa Ufms5.9K visualizações
Quilombos por Laguat
QuilombosQuilombos
Quilombos
Laguat7.2K visualizações
ApresentaçãO Do Projeto Quilombola por Paulo de Oliveira
ApresentaçãO Do Projeto QuilombolaApresentaçãO Do Projeto Quilombola
ApresentaçãO Do Projeto Quilombola
Paulo de Oliveira8.5K visualizações
Aula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa Avancini por alexrrosaueja
Aula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa AvanciniAula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa Avancini
Aula Quilombos no Brasil - Prof. Elsa Avancini
alexrrosaueja17.9K visualizações
A educação quilombola por Silvânio Barcelos
A educação quilombolaA educação quilombola
A educação quilombola
Silvânio Barcelos3.1K visualizações
O quilombo de palmares texto de raquel funari por luiskerber2013
O quilombo de palmares texto de raquel funariO quilombo de palmares texto de raquel funari
O quilombo de palmares texto de raquel funari
luiskerber20133.5K visualizações
Matriciamento por petsmufrn
MatriciamentoMatriciamento
Matriciamento
petsmufrn5.3K visualizações
QUILOMBO por Larissa
QUILOMBOQUILOMBO
QUILOMBO
Larissa2.8K visualizações
Aspectos da cultura quilombola por marajoculturarts
Aspectos da cultura quilombolaAspectos da cultura quilombola
Aspectos da cultura quilombola
marajoculturarts4.9K visualizações
Exclusão Social e Minorias Étnicas por JoanaMartins7
Exclusão Social e Minorias ÉtnicasExclusão Social e Minorias Étnicas
Exclusão Social e Minorias Étnicas
JoanaMartins74.7K visualizações
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS por Silvânio Barcelos
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOSA assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
A assunção quilombola e os limites entre memória e história SILVÂNIO BARCELOS
Silvânio Barcelos1K visualizações
Quilombos orig. por Felipe Weizenmann
Quilombos  orig.Quilombos  orig.
Quilombos orig.
Felipe Weizenmann14.4K visualizações
Minorias Sociais por Paulo Alexandre
Minorias SociaisMinorias Sociais
Minorias Sociais
Paulo Alexandre7.1K visualizações
Seminario nasf revisado 25 03-13 por Lucas Matos
Seminario nasf revisado 25 03-13Seminario nasf revisado 25 03-13
Seminario nasf revisado 25 03-13
Lucas Matos11.4K visualizações
Slides apoio matricial por Paula Oliveira
Slides apoio matricialSlides apoio matricial
Slides apoio matricial
Paula Oliveira13.8K visualizações
Direitos étnicos e raciais por Fatima Freitas
Direitos étnicos e raciaisDireitos étnicos e raciais
Direitos étnicos e raciais
Fatima Freitas5.4K visualizações
Apresentação reuniao nasf psf por Alinebrauna Brauna
Apresentação reuniao nasf psfApresentação reuniao nasf psf
Apresentação reuniao nasf psf
Alinebrauna Brauna2.9K visualizações

Similar a DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

Cartilha Quilombola - Prof. Eliane por
Cartilha Quilombola - Prof. ElianeCartilha Quilombola - Prof. Eliane
Cartilha Quilombola - Prof. ElianeAlexandre da Rosa
3.1K visualizações20 slides
A palavra quilombo origina.docx por
A palavra quilombo origina.docxA palavra quilombo origina.docx
A palavra quilombo origina.docxRosicleiaPalitot
13 visualizações4 slides
Uncme Diversidade por
Uncme   DiversidadeUncme   Diversidade
Uncme Diversidadeuncmers
1.7K visualizações31 slides
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola por
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar QuilombolaDiretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar QuilombolaETNSUFSCar
39 visualizações79 slides
educação quilombola final.pptx por
educação quilombola final.pptxeducação quilombola final.pptx
educação quilombola final.pptxJlioLeal2
49 visualizações21 slides
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud... por
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...1sested
1.1K visualizações15 slides

Similar a DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA(20)

Cartilha Quilombola - Prof. Eliane por Alexandre da Rosa
Cartilha Quilombola - Prof. ElianeCartilha Quilombola - Prof. Eliane
Cartilha Quilombola - Prof. Eliane
Alexandre da Rosa3.1K visualizações
A palavra quilombo origina.docx por RosicleiaPalitot
A palavra quilombo origina.docxA palavra quilombo origina.docx
A palavra quilombo origina.docx
RosicleiaPalitot13 visualizações
Uncme Diversidade por uncmers
Uncme   DiversidadeUncme   Diversidade
Uncme Diversidade
uncmers1.7K visualizações
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola por ETNSUFSCar
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar QuilombolaDiretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola
ETNSUFSCar39 visualizações
educação quilombola final.pptx por JlioLeal2
educação quilombola final.pptxeducação quilombola final.pptx
educação quilombola final.pptx
JlioLeal249 visualizações
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud... por 1sested
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: Estud...
1sested1.1K visualizações
241642272 1-cutura-material-e-imaterial-pdf por gisele picolli
241642272 1-cutura-material-e-imaterial-pdf241642272 1-cutura-material-e-imaterial-pdf
241642272 1-cutura-material-e-imaterial-pdf
gisele picolli955 visualizações
Cultura e manifestações artísticas por Bia Mattar
Cultura e manifestações artísticasCultura e manifestações artísticas
Cultura e manifestações artísticas
Bia Mattar31.7K visualizações
Povo e cultura por Pedro Neves
Povo e culturaPovo e cultura
Povo e cultura
Pedro Neves9.1K visualizações
Lei 11.645 por natielemesquita
Lei 11.645Lei 11.645
Lei 11.645
natielemesquita24.3K visualizações
QUILOMBOLAS.docx por NaiaraCardoso12
QUILOMBOLAS.docxQUILOMBOLAS.docx
QUILOMBOLAS.docx
NaiaraCardoso128 visualizações
PPT Narrativas Quilombolas por Gelson Rocha
PPT Narrativas QuilombolasPPT Narrativas Quilombolas
PPT Narrativas Quilombolas
Gelson Rocha508 visualizações
I Estágio de Vivência Quilombola UFU e SER negro em Paracatu por Lara Luisa
I Estágio de Vivência Quilombola  UFU e SER negro em ParacatuI Estágio de Vivência Quilombola  UFU e SER negro em Paracatu
I Estágio de Vivência Quilombola UFU e SER negro em Paracatu
Lara Luisa238 visualizações
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: ESTUD... por 1sested
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: ESTUD...ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: ESTUD...
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA O SANEAMENTO EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS: ESTUD...
1sested1.7K visualizações
Quilombo Chácara das Rosas - Prof. Dra. Elsa Avancini por alexrrosaueja
Quilombo Chácara das Rosas - Prof. Dra. Elsa AvanciniQuilombo Chácara das Rosas - Prof. Dra. Elsa Avancini
Quilombo Chácara das Rosas - Prof. Dra. Elsa Avancini
alexrrosaueja2.9K visualizações
Plano de aula quilombolas- francisca roseane por Roseane Ribeiro
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Roseane Ribeiro1.4K visualizações
Plano de aula quilombolas- francisca roseane por Roseane Ribeiro
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Roseane Ribeiro15.4K visualizações
EducaçãO Escolar De Povos E Comunidades Tradicionais Final por culturaafro
EducaçãO Escolar De Povos E Comunidades Tradicionais   FinalEducaçãO Escolar De Povos E Comunidades Tradicionais   Final
EducaçãO Escolar De Povos E Comunidades Tradicionais Final
culturaafro1.1K visualizações
Cordoba por Julio Rocha
CordobaCordoba
Cordoba
Julio Rocha632 visualizações

Último

Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par... por
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...azulassessoriaacadem3
19 visualizações2 slides
A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei... por
A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei...A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei...
A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei...pauladiasuni
19 visualizações2 slides
O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp... por
O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp...O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp...
O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp...IntegrareAcademy2
33 visualizações2 slides
b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ... por
b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ...b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ...
b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ...azulassessoriaacadem3
17 visualizações2 slides
Gabarito CAÇA PALAVRAS BANDEIRA.docx por
Gabarito CAÇA PALAVRAS BANDEIRA.docxGabarito CAÇA PALAVRAS BANDEIRA.docx
Gabarito CAÇA PALAVRAS BANDEIRA.docxJean Carlos Nunes Paixão
52 visualizações1 slide
a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag... por
a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag...a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag...
a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag...azulassessoriaacadem3
23 visualizações2 slides

Último(20)

Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par... por azulassessoriaacadem3
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...
Agora é o momento de estudarmos sobre a história da sua futura profissão, par...
azulassessoriaacadem319 visualizações
A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei... por pauladiasuni
A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei...A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei...
A Lei da Libras nº 10.436, de 24 de abril de 2002 reconhece a Língua Brasilei...
pauladiasuni19 visualizações
O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp... por IntegrareAcademy2
O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp...O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp...
O consultor Breno, percebendo a resistência por parte de um dos sócios da emp...
IntegrareAcademy233 visualizações
b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ... por azulassessoriaacadem3
b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ...b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ...
b) Qual é a concentração molar de HCl de sua amostra? Apresente os cálculos, ...
azulassessoriaacadem317 visualizações
a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag... por azulassessoriaacadem3
a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag...a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag...
a. O papel do psicopedagogo no trabalho com o professor para que a aprendizag...
azulassessoriaacadem323 visualizações
3. Qual a teologia no discurso dos exilados? (Lamentações 1-2; Salmo 137): por azulassessoriaacadem3
3. Qual a teologia no discurso dos exilados? (Lamentações 1-2; Salmo 137):3. Qual a teologia no discurso dos exilados? (Lamentações 1-2; Salmo 137):
3. Qual a teologia no discurso dos exilados? (Lamentações 1-2; Salmo 137):
azulassessoriaacadem352 visualizações
Considerando o exposto, faça uma pesquisa elencando dois recursos que possam ... por azulassessoriaacadem3
Considerando o exposto, faça uma pesquisa elencando dois recursos que possam ...Considerando o exposto, faça uma pesquisa elencando dois recursos que possam ...
Considerando o exposto, faça uma pesquisa elencando dois recursos que possam ...
azulassessoriaacadem329 visualizações
Diante do exposto, pesquise em quaisquer fontes de consultas ou in loco em su... por azulassessoriaacadem3
Diante do exposto, pesquise em quaisquer fontes de consultas ou in loco em su...Diante do exposto, pesquise em quaisquer fontes de consultas ou in loco em su...
Diante do exposto, pesquise em quaisquer fontes de consultas ou in loco em su...
azulassessoriaacadem368 visualizações
Comunicação e Relações Interpessoais.ppt por IvoPereira42
Comunicação e Relações Interpessoais.pptComunicação e Relações Interpessoais.ppt
Comunicação e Relações Interpessoais.ppt
IvoPereira42121 visualizações
- Qual é a relação entre planejamento e dimensão investigativa no trabalho do... por azulassessoriaacadem3
- Qual é a relação entre planejamento e dimensão investigativa no trabalho do...- Qual é a relação entre planejamento e dimensão investigativa no trabalho do...
- Qual é a relação entre planejamento e dimensão investigativa no trabalho do...
azulassessoriaacadem322 visualizações
1. Qual a teologia do exílio “em geral”? (Lamentações 1-2): por azulassessoriaacadem3
1. Qual a teologia do exílio “em geral”? (Lamentações 1-2):1. Qual a teologia do exílio “em geral”? (Lamentações 1-2):
1. Qual a teologia do exílio “em geral”? (Lamentações 1-2):
azulassessoriaacadem346 visualizações
Meteoritos caídos em Portugal por Casa Ciências
Meteoritos caídos em PortugalMeteoritos caídos em Portugal
Meteoritos caídos em Portugal
Casa Ciências44 visualizações
2- Redigir um texto de no mínimo 15 e no máximo 30 linhas que contemple uma b... por azulassessoriaacadem3
2- Redigir um texto de no mínimo 15 e no máximo 30 linhas que contemple uma b...2- Redigir um texto de no mínimo 15 e no máximo 30 linhas que contemple uma b...
2- Redigir um texto de no mínimo 15 e no máximo 30 linhas que contemple uma b...
azulassessoriaacadem320 visualizações
SEGUNDO REINADO TRABALHO.pptx por profesfrancleite
SEGUNDO REINADO TRABALHO.pptxSEGUNDO REINADO TRABALHO.pptx
SEGUNDO REINADO TRABALHO.pptx
profesfrancleite50 visualizações
2. Qual a teologia no discurso dos opressores? (Is 36:18-20): por azulassessoriaacadem3
2. Qual a teologia no discurso dos opressores? (Is 36:18-20):2. Qual a teologia no discurso dos opressores? (Is 36:18-20):
2. Qual a teologia no discurso dos opressores? (Is 36:18-20):
azulassessoriaacadem350 visualizações
Feliz Ano Novo por Lucas Araujo
Feliz Ano NovoFeliz Ano Novo
Feliz Ano Novo
Lucas Araujo29 visualizações
Para garantir a utilização efetiva de RSU, tecnologias de processamento de lo... por Prime Assessoria Acadêmica
Para garantir a utilização efetiva de RSU, tecnologias de processamento de lo...Para garantir a utilização efetiva de RSU, tecnologias de processamento de lo...
Para garantir a utilização efetiva de RSU, tecnologias de processamento de lo...
Prime Assessoria Acadêmica14 visualizações
Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para... por azulassessoriaacadem3
Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para...Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para...
Considere o seguinte cenário: Um programador está realizando um trabalho para...
azulassessoriaacadem330 visualizações

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

  • 2. Vale salientar que a elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola segue as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.
  • 3. A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural. (p. 42)
  • 4. É importante explicar que a educação quilombola orienta-se também pelas deliberações da Conferência Nacional de Educação (CONAE, 2010). De acordo com o documento final da conferência, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão:
  • 5. a) Garantir a elaboração de uma legislação específica para a educação quilombola, com a participação do movimento negro quilombola, assegurando o direito à preservação de suas manifestações culturais e à sustentabilidade de seu território tradicional. b) Assegurar que a alimentação e a infraestrutura escolar quilombola respeitem a cultura alimentar do grupo, observando o cuidado com o meio ambiente e a geografia local. c) Promover a formação específica e diferenciada (inicial e continuada) aos/às profissionais das escolas quilombolas, propiciando a elaboração de materiais didático-pedagógicos contextualizados com a identidade étnico-racial do grupo. d) Garantir a participação de representantes quilombolas na composição dos conselhos referentes à educação, nos três entes federados.
  • 6. e) Instituir um programa específico de licenciatura para quilombolas, para garantir a valorização e a preservação cultural dessas comunidades étnicas. f) Garantir aos professores/as quilombolas a sua formação em serviço e, quando for o caso, concomitantemente com a sua própria escolarização. g) Instituir o Plano Nacional de Educação Quilombola, visando à valorização plena das culturas das comunidades quilombolas, à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica. h) Assegurar que a atividade docente nas escolas quilombolas seja exercida preferencialmente por professores/as oriundos/as das comunidades quilombolas. (C0NAE, 2010, p. 131-132)
  • 7. Além disso, de acordo com o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 e com o Decreto nº 6.040/2007, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, os quilombolas reproduzem sua existência nos territórios tradicionais, os quais são considerados como aqueles onde vivem comunidades quilombolas, povos indígenas, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco babaçu, ribeirinhos, faxinalenses1 e comunidades de fundo de pasto, dentre outros, e necessários à reprodução cultural, social e econômica dos povos e comunidades tradicionais, territórios esses utilizados de forma permanente ou temporária.
  • 8. De acordo com O’Dwyer (1995), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) passa a ter, a partir de 1994, uma compreensão mais ampliada de quilombo. Segundo a autora: ontemporaneamente, quilombo não se refere a resíduos ou resquícios arqueológicos de ocupação temporal ou de comprovação biológica. Não se trata de grupos isolados ou de população estritamente homogênea, nem sempre foram constituídos a partir de movimentos insurrecionais ou rebelados. Sobretudo consistem em grupos que desenvolveram práticas cotidianas de resistência na manutenção e na reprodução de seus modos de vida característicos e na consolidação de território próprio. A identidade desses grupos não se define por tamanho e número de membros, mas pela experiência vivida e as versões compartilhadas de sua trajetória comum e da continuidade como grupo. Neste sentido, constituem grupos étnicos conceitualmente definidos pela antropologia como um tipo organizacional que confere pertencimento por meio de normas e meios empregados para indicar afiliação ou exclusão.  (O’DWYER, 1995, p. 2)
  • 9. O conceito de quilombo incorpora também as comunidades quilombolas que ocupam áreas urbanas, ultrapassando a ideia de que essas se restringem ao meio rural. Diferentemente dos quilombos de resistência à escravatura ou de rompimento com o regime dominante, como o de Palmares, que se situavam em locais distantes das sedes de províncias, com visão estratégica para se proteger das invasões dos adeptos da Coroa, existiram os chamados “quilombos urbanos”, que se localizavam bem próximos das cidades, com casas de pau a pique, construídas com barro e pequenos troncos de árvores. Plantadas em clareiras na mata, as casas eram rodeadas pela criação de cabras, galinhas, porcos e animais de estimação.
  • 10. O número de comunidades quilombolas no Brasil é elevado, mas ainda não existe levantamento extensivo. Sabe-se que há quilombos em quase todos os Estados da Federação, mas não se tem conhecimento de existirem em Brasília, no Acre e em Roraima. Segundo dados da SECADI/MEC, os Estados com maior número de quilombos são: Maranhão, com 318; Bahia, com 308; Minas Gerais, com 115; Pernambuco, com 93, e Pará, com 85. No entanto, é válido esclarecer que, em alguns Estados como o Maranhão, foram registradas mais de 400 comunidades no levantamento realizado, em 1988, pelo Projeto Vida de Negro, do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN/MA).
  • 11.  Dos direitos destacados pelos quilombolas durante as audiências públicas, poderíamos sintetizar aqueles considerados uma constante na vivência e na luta política das comunidades quilombolas atuais: o direito às identidades étnico-raciais, à terra, ao território e à educação.