O documento apresenta um glossário ilustrado com definições e imagens de vários termos arquitetónicos e elementos presentes em mosteiros medievais, como abside, absidíolos, adossado, arquivolta, basílica, batistério, capelas radiantes, claustro, cripta, cruzeiro, deambulatório, feudalismo, gárgulas, mosteiro, nártex, pilastras, portal, românico, rosácea, tetramorfo, transepto, trifório, zimbório
1. 10ºH
Glossário Ilustrado
História da Cultura e das Artes
Módulo 3 – A Cultura do Mosteiro
Exercício – Elaboração de um glossário ilustrado – 1ª Parte
João Almeida
19868
2. Ábside
O termo arquitetónico abside, do latim absis ou absidis e originariamente do grego
A apsis ou apsidos, que significa arco ou abóbada), é a ala de um edifício (normalmente
religioso) que se projeta para fora de forma semicilíndrica ou poliédrica e em que o
remate superior é geralmente uma semicúpula (planta circular) ou abóbada (planta
poligonal).
Fig.1 - Representação esquemática da planta de uma catedral. A abside é a área colorida.
Absidíolos
Capela de menor dimensão relativamente à abside e
contígua a ela, de planta semicircular, quadrangular ou
poligonal que se abre para a nave ou para o transepto.
Fig.2 – Absidíolo da Igreja S. Pedro de Rates.
Adossado
Elemento arquitetónico ou heráldico em
posições opostas (um de costas para o
outro).
Fig.3 – Pilar com colunas adossadas.
3. Arquivolta
Arquivolta, é um elemento arquitetónico
decorativo utilizado em conjunto (várias
arquivoltas) a emoldurar uma abertura em arco,
referindo-se geralmente à sua aplicação em
portais de entrada de igrejas ou catedrais em
estilo românico ou gótico.
Fig.4 - Arquivoltas do Portal Dourado da Catedral de Freiberg na Alemanha.
B
Basílica
Em arquitetura, basílica é um grande espaço coberto, destinado
à realização de assembleias cuja origem remonta à Grécia
Helenística.
Fig.5 – Planta da Basílica Emília, situada em Roma.
Batistério
O batistério (em brasileiro) ou baptistério (em português) é
um local específico para a realização do batismo entre os
cristãos.
Fig.6 – Battistero di San Giovanni, situado em Florença.
4. Capelas Radiantes
O termo arquitetónico capela radiante, refere-se a uma pequena capela secundária de
C
um edifício religioso, especialmente difundida nas catedrais do estilo gótico durante a
Idade Média.
Fig.7 – Representação
esquemática da planta de
uma catedral. As capelas
radiantes são as áreas
coloridas..
Claustro
Um claustro é uma parte da arquitetura de catedrais ou
abadias. Consiste tipicamente em quatro corredores a formar
um quadrilátero, com um jardim no meio.
Fig.8 – Claustro da Sé de Braga.
Cripta
Cripta é uma construção subterrânea,
geralmente feita de pedras ou escavada no
subsolo. Etimologicamente provém do grego,
kryptē, e do latim, crypta.
Fig.9 – Cripta no subterrâneo da Catedral
Metropolitana de São Paulo.
Cruzeiro
Cruzeiro é o espaço situado na
intersecção da nave central com o
transepto nas igrejas ou catedrais
cristãs que apresentam uma planta em
forma de cruz romana.
Fig.10 – Representação esquemática de
uma planta de catedral. O cruzeiro é a área
marcada a cinzento.
5. Deambulatório
D
O termo arquitetónico deambulatório, é originário do latim ambulatorium e significa
local para andar, deambular. Em geral
define-se como uma passagem que
circunda uma área central e que pode ser
encontrada em diversas aplicações, todas
elas, no entanto, inerentes a edifícios
religiosos.
Fig.11 – Representação esquemática de uma planta de catedral. O deambulatório é a área
colorida.
Feudalismo
F O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações
servo-contratuais (servis). Tem suas origens na
decadência do Império Romano. Predominou na
Europa durante a Idade Média.
Fig.12 – Servos a trabalhar num feudo medieval.
Gárgulas
G
As gárgulas, na arquitetura, são desaguadouros, ou
seja, são a parte saliente das calhas de telhados que
se destina a escoar águas pluviais a certa distância da
parede e que, especialmente na Idade Média, eram
ornadas com figuras monstruosas, humanas ou
animalescas, comumente presentes na arquitetura
gótica.
Fig.13 – Exemplo de gárgulas.
Idade Média
I
A Idade Média foi o período intermédio numa divisão esquemática da História da
Europa, convencionada pelos historiadores, em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga,
a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade
Contemporânea. Este período caracteriza-se
pela influência da Igreja sobre toda a sociedade.
Esta encontra-se dividida em três classes:
clero, nobreza e povo. Ao clero pertence a função
religiosa, é a classe culta e possui
propriedades, muitas recebidas por doações de
reis ou nobres a conventos. Os elementos
do clero são oriundos da nobreza e do povo. A
nobreza é a classe guerreira, proprietária de terras, cujos títulos e propriedades são
hereditários. O povo é a maioria da população que trabalha para as outras classes,
constituído em grande parte por servos.
Fig.14 – Castelo Medieval: Símbolo do poder da nobreza.
6. Mosteiro
M É um edifício religioso onde vivem os monges (1.ª
Ordem) ou as monjas (2.ª Ordem), governados por
um abade ou uma abadessa, respetivamente.
Havia mosteiros em que os monges levavam vida
contemplativa e eram construídos fora dos
povoados. Normalmente eram implantados em
terras férteis e junto das principais vias de
comunicação.
Fig.15 – Mosteiro da Batalha.
Nártex
N É um átrio com pórtico erguido imediatamente antes das naves das basílicas
paleocristãs, igrejas e mosteiros românicos.
Fig.16 – Representação esquemática de uma planta de catedral. O vestíbulo (ou nártex)
é a área colorida.
Pendentes
P (sem significado)
Pilastras
É um elemento vertical de sustentação ou de função decorativa,
de secção quadrangular ou poligonal, adossado a um muro.
Fig.17 – Exemplo de pilastras em perspetiva.
Portal
Um portal é a entrada principal que geralmente se apresenta de
forma ornamentada, usualmente numa igreja, catedral ou num
grande edifício. As portas surgiram dos antigos portais, na
Grécia.
Fig.18 – Portal da Sé Velha de Coimbra.
7. Românico
R Arte românica é o nome dado ao estilo artístico
vigente na Europa entre os séculos XI e XIII, durante o
período da história da arte comumente conhecido como
"românico". O estilo é visto principalmente nas igrejas
católicas construídas após a expansão do cristianismo
pela Europa e foi o primeiro depois da queda do
Império Romano a apresentar características comuns
em várias regiões.
Fig.19 – Mosteiro de Bravães em Ponte da Barca.
Rosácea
A rosácea é um elemento arquitetónico ornamental usado no
seu auge em catedrais durante o período gótico. Dentro do
eixo condutor deste período artístico, a rosácea transmite,
através da luz e da cor, o contacto com a espiritualidade e a
ascensão ao sagrado.
Fig.20 – Visão interna da rosácea de Saint-Denis.
Tetramorfo
T Os tetramorfos são os quatro animais a que
se refere Ezequiel e que simbolizam os quatro
evangelistas: o Leão representa São Marcos; o
Anjo, por vezes representado pelo cordeiro de
Deus ou Agnus Dei, representa São Mateus; a
Águia representa São João; o Touro
representa São Lucas.
Fig.21
Tramo
É cada uma das partes em que se divide uma nave,
quando considerados os elementos de suporte da
cobertura.
Fig.22 – Abóbadas sobre a nave da Cathedral St-Jean,
Lyon. Na imagem são visíveis 3 tramos (só o central está
visível na sua totalidade).
Transepto
Significa corpo transversal, de uma ou mais
naves, construído perpendicularmente à nave
(ou naves) de um templo.
Fig.23 – Representação esquemática da planta de
uma catedral. O transepto é a área colorida.
8. Trifório
O termo arquitetónico trifório refere-se a uma galeria estreita, aberta
(ou arcada cega) sobre o andar das arcadas ou das tribunas e sob o
clerestório nas paredes laterais que separam a nave principal das
colaterais nas igrejas ou catedrais medievais.
Fig.24 – Abadia de Malmesbury, o trifório é o nível intermédio com uma
arcada cega.
Trompas Arabescos
Arabesco é qualquer ornato de inspiração árabe.
Em sua origem, os arabescos eram ornamentos
exclusivamente geométricos, já que o Alcorão
(livro sagrado dos muçulmanos) proíbe a
representação de animais ou figuras humanas.
Fig.25 – Os arabescos no Palácio de Alhambra,
Espanha.
Z
Zimbório
Zimbório é o nome dado à parte mais alta e exterior
da cúpula, em forma de torre, em geral circular ou
octogonal, das igrejas e edifícios de grande
dimensão.
Fig.26 – Exemplo de um zimbório.