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Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente
Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos?
Jéssica Silva 11ºE nº11
“Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo.
Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um
património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias
mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.”
Quem Somos?
É incrível pensar como tudo mudou em apenas 50 ou 60 anos. Não é muito tempo, é provavelmente a idade
doa nossos avós. Pensar em como tudo era discriminado, a falta de liberdade, de informação, de
qualificação; A vida nos campos, a pobreza, a vida das mulheres.
Hoje, tudo é diferente, somos muito diferentes das nossas gerações anteriores, vivemos, comemos,
vestimos, educamo-nos, trabalhamos, falamos, agimos e divertimo-nos de forma diferente.
A forma de como nasciam as crianças á 50 ou 60 anos é totalmente diferente da atualidade. Era impensável
hoje em dia, uma mulher entrar em trabalho de parto em casa. No entanto naquela altura, fazia parte da
normalidade. Se refletirmos bem sobre a questão, conseguimo-nos aperceber de que é provável que os
nossos avós tenham nascido em casa, sem qualquer tipo de higiene ou assistência.
Naquela época era assim, os partos eram feitos em casa por pessoas mais velhas que já teriam realizado
imensos partos. Casais chegavam a ter cerca de 14 ou 15 filhos, alguns morriam no parto por falta de
assistência no nascimento e por vezes as mães também morriam. Portugal era um dos países da Europa com
a mais alta taxa de mortalidade infantil.
A evolução da tecnologia e a luta pelos direitos á saúde, modificou a forma de como nascemos. Hoje,
nascemos em Maternidades as mães são acompanhadas ao longo dos meses de gestação e o parto realiza-se
com todos os cuidados de higiene que assim exige. Cada vez mais surgem novos equipamentos que veem
proporcionar uma melhor qualidade de vida ao bebé e á mãe.
Atualmente o número de filhos é muito mais baixo do que á 50 ou 60 anos atrás. Hoje em dia cada casal tem
cerda de 1 ou 2 filhos. Isto acontece não só por causa da evolução na saúde, isto acontece porque a
população evoluiu. A população alimenta-se melhor, a água que ingere é água tratada e o saneamento
básico alastrou-se por todo o país.
Portugal tem agora o 5º lugar com a taxa de mortalidade mais baixa do Mundo. Hoje, é a mais baixa taxa de
natalidade dos países da Europa.
Quantos Somos?
“Somos pouco mais de 10 milhões. Há Cidades no Mundo, que tem mais pessoas que Portugal, Nova Iorque,
Londres ou São Paulo.”
A população Portuguesa não tem aumentado, começou a diminuir nos anos 60 e 70 com a emigração mas
depois tornou a aumentar com a vida dos retornados das ex-colónias.
Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente
Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos?
Jéssica Silva 11ºE nº11
A população envelheceu, cada vez á mais idosos e menos jovens, porque cada vez á menos nascimentos.
O número de Idosos com 65 anos é mais elevado que o número de Jovens com menos de 15 anos.
As pessoas nascem menos, mas no entanto vivem mais tempo devido á qualidade de vida que lhes é
proporcionada, e é essa qualidade de vida que condiciona o número de filhos por casal.
Em média, hoje, as mulheres esperam viver 81 anos. Os homens 74. Nascem mais rapazes do que raparigas,
no entanto as mulheres parecem ser mais resistentes, vivem mais tempo. E vive-se mais tempo, porque se
vive melhor. A alimentação mudou, a saúde, a higiene básica…
Mas no início dos anos 60, ainda muitas famílias passavam fome. É bem provável que se perguntarem aos
vossos avós como era o jantar quando eram jovens, que vos respondam que era uma sardinha a dividir por 8
pessoas ou mais com pão, uma sopa e de vez enquanto variava com um bocado de toucinho.
Muito poucas crianças bebiam leite, o que afetava a aprendizagem na escola. É então distribuído leite nas
escolas a partir dos anos 70 e, a pouco e pouco, foi-se generalizando os cuidados de saúde.
Começou a come-se melhor, com uma alimentação mais mais rica, a carne o leite e os ovos entraram na
alimentação da família. Em 1965, criou-se o programa de vacinação, e em 1975, os cuidados médicos de
saúde chegaram a todos os cantos do país. Começou então a aumentar o número de estabelecimentos de
saúde, de profissionais, de consultas e de urgências, que começaram a fornecer medicamentos e vacinações.
Foram notáveis os avanços médicos materno-infantis e com doenças contagiosas, como a tuberculose e a
febre tifoide, que são hoje casos raros.
Mas em 1960, a população não tinha agua canalizada, nem saneamento básico, e assim sendo, não tinham
qualquer tipo de higiene o que aumentava a probabilidade de doenças. Hoje, mais de 90% da população tem
água canalizada, saneamento básico e hábitos de higiene.
Mas ocorrera mais alterações, os hábitos de vida mudaram. Após a Emancipação, as mulheres começaram a
trabalhar fora de casa, o que contribuiu para que tenham menos filhos. Hoje, uma gravidez é planeada,
porque ter um filho é um investimento para toda a vida, a contraceção e a pilula (surgiu nos anos 60),
ajudam a mulher nesta tarefa. A pilula foi um fator muito importante na independência da mulher, poder
escolher quando quer ser mãe.
No entanto, foi um assunto muito discutido (pela igreja) e delicado, porque naquela altura falar de sexo era
Tabu, não se podia questionar nada acerca da sexualidade.
Os casamentos católicos também diminuíram. Hoje em dia a maioria dos casamentos acontecem no registo
civil. Aumentou assim o número de divórcios e de uniões de facto.
Os novos hábitos de vida deram lugar á queda na Natalidade e a famílias mais pequenas. Antes, um casal
tinha facilmente 4 ou 5 filhos, hoje um casal tem 1 filho.
Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente
Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos?
Jéssica Silva 11ºE nº11
A família também se alterou. Pensando por exemplo nas festas de natal, antigamente, a família unia-se toda
numa só mesa de jantar, pais, filhos, tios, primos, avós, afilhados, padrinhos e ainda dava lugar a um ou
outro vizinho que passasse a consoada sozinho.
Mas a família tradicional alterou-se e deu lugar a novos tipos de família: Famílias monoparentais, em que só
um adulto vive com os filhos; Famílias recompostas, onde pessoas que já mantiveram matrimónio e filhos
desse mesmo casamento, voltam a constituir família; Famílias Homossexuais, em que as pessoas são do
mesmo sexo; Família nuclear, dois adultos e um filho; Famílias por união de facto, pessoas que vivem juntas
mas não estão casadas; E atualmente verifica-se um novo tipo de famílias, aquelas que vivem juntas para
dividir despesas, porque não conseguem sustentar economicamente, as despesas de uma casa.
Onde vivemos?
Hoje, avós e netos vivem em casas separadas e já não existe o natal de antigamente. É aqui que começa a
solidão desta nossa sociedade idosa. O idoso da nossa sociedade tem cada vez menos possibilidades de
manter uma vida, a reforma que ganham, não chega para viver e já não lhes é garantida a casa de familiares
como antigamente.
Envelhecem sozinhos, uns passam os dias em centros de dia, outros passam a vida em lares, bons ou maus,
conforme o dinheiro que têm para pagar e por fim, morrem sozinhos.
Os progressos da medicina tem sido notáveis, o povo que há 40 anos esperava viver 50 anos, hoje espera
viver 80, mas isso não significa uma vida melhor. O tempo de vida que se ganhou, pode ser doloroso, se não
tivermos quem cuide de nós, no entanto, este sentimento de dependência também lhes custa.
Este é o reflexo de que a nossa sociedade está organizada para quem produz e não para quem já produziu.
Para estes que já produziram, existem instituições. A nossa sociedade, quer os idosos parados, como que já
não fizessem parte de nós, como se não representassem a maioria da nossa sociedade.
Cerca de um milhão de idosos recebe cerca de 200 € por mês, como é que vivem os nossos idosos? Como
podem sustentar uma casa, ou até mesmo um lar para ficarem, juntamente com todos os cuidados de saúde
que necessitam? Não conseguem, então tem de pedir ajuda aos familiares ou a apoios sociais.
Como se sentiram estas pessoas que trabalharam a vida inteira, agora terem de pedir ajuda?
Esta é a realidade dos nossos idosos, em que a sua reforma não chega para sobreviverem, em que
assistência social paga metade do valor do centro de dia ou lar que acolhe estes idosos. Não querem ir para
casa da família porque tem medo de ser um fardo para os seus, visto que não podem contribuir em nada.
Mas quem pode pagar, tem outras condições. Os lares passam a chamar-se residências para seniores e os
preços são três ou quatro vezes superiores. Tem outras condições, outro tipo de conforto e tratamento.
No entanto, a solidão toca a todos, a ricos a pobres, mas agrava-se mais nas mulheres, visto que também
tem mais tempo de vida. Os maridos falecem, e as esposas enfrentam vida sozinhas, preferem então estar
Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente
Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos?
Jéssica Silva 11ºE nº11
em centros de dia ou lares, porque entendem que os familiares trabalham dia e noite, e acabam por estar
sozinhas na mesma.
A nossa realidade é esta, a procura pelo sítio melhor e mais barato para se poder ter uma velhice descansada
já se faz antecipadamente. Hoje, já se planeia a velhice, onde e como a gostaríamos de passar, de modo a
não provocar nenhum transtorno a nenhum familiar. Porque hoje é assim, os idosos são cada vez mais
idosos e cada vez mais dependentes e é necessário que se cuide deles o melhor que se pode, porque eles
também foram gente e contribuíram muito para aquilo que hoje somos. Nós, jovens e adultos, devemos-lhes
a liberdade, que juntos conquistaram para que hoje, Portugal fosse melhor. E Portugal, não se pode
esquecer disso, agora, que os nossos idosos tanto precisam.
O dever de cuidar das crianças e dos idosos está cada vez mais entregue às instituições, porque os adultos
passam a maior parte do seu tempo a trabalhar para conseguir constituir uma vida melhor.
No entanto, há famílias que não querem simplesmente cuidar dos seus pais ou avós, então encarregam as
instituições das suas responsabilidades. É Difícil mas é a realidade em que vivemos.
A população está cada vez mais envelhecida e cada vez menos nascem crianças. Só os estrangeiros impedem
que a população diminua, estes têm mais filhos que os próprios portugueses.
Nos últimos anos os portugueses tem estado a partir da sua terra e os estrangeiros que vão chegando, ainda
não cobrem o número de portugueses que a cada dia se despedem de Portugal.
Nos últimos 40 anos a população mudou de local de vida, abandonou o campo e as aldeias, para passar a
viver nas vilas ou cidades, sobretudo no litoral. Criaram-se duas áreas metropolitanas, Lisboa e Porto, onde
vive a maior parte da população, uma grande parte do território está despovoada, porque cresce o território
em torno das cidades. As famílias vivem cada vez mais em apartamentos, característicos das grandes
cidades. Outras famílias cansadas da vida urbana, começam a retirar-se para casas no interior.
Somos Todos portugueses, reconhecemos a história, as tradições, a língua, mas no entanto somos tao
diferentes de há 50 anos atras. A maioria da nossa população já não recorda os anos 60, a vida difícil que se
levava, a guerra colonial, o andar descalço, o tomar banho em alguidares, a ditadura, a censura, ou o
analfabetismo, já ninguém recorda isso.
Mudamos os nossos comportamentos, abandonamos os campos para trabalhar em fábricas e viver em
cidades, emigramos, recebemos estrangeiros, aprendemos a ler e a escrever, temos menos filhos e famílias
mais pequenas, divorciámo-nos, vivemos mais tempo, morremos mais tarde, aprendemos a viver com outros
povos, outras etnias, outras religiões.
Trabalhamos, temos tempo para descansar, para nos divertir, vivemos sem os nossos pais e avos, cada vez
mais, sentimos que é um fardo cuidar dos nossos velhos, é cruel.
Na grande evolução a que esteve sujeita a nossa sociedade é normal que ainda haja coisas por restruturar, a
sociedade tenta dar resposta às questões e problemas da sociedade. Não é uma tarefa fácil, mas também
não é impossível e sempre que se tentar, está-se a evoluir.
Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente
Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos?
Jéssica Silva 11ºE nº11
Hoje pelos nossos, amanha os nossos por nós.
http://www.youtube.com/watch?v=mZNdGlTn9XA

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Portugal, Um Retrato Social - Gente Diferente

  • 1. Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos? Jéssica Silva 11ºE nº11 “Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.” Quem Somos? É incrível pensar como tudo mudou em apenas 50 ou 60 anos. Não é muito tempo, é provavelmente a idade doa nossos avós. Pensar em como tudo era discriminado, a falta de liberdade, de informação, de qualificação; A vida nos campos, a pobreza, a vida das mulheres. Hoje, tudo é diferente, somos muito diferentes das nossas gerações anteriores, vivemos, comemos, vestimos, educamo-nos, trabalhamos, falamos, agimos e divertimo-nos de forma diferente. A forma de como nasciam as crianças á 50 ou 60 anos é totalmente diferente da atualidade. Era impensável hoje em dia, uma mulher entrar em trabalho de parto em casa. No entanto naquela altura, fazia parte da normalidade. Se refletirmos bem sobre a questão, conseguimo-nos aperceber de que é provável que os nossos avós tenham nascido em casa, sem qualquer tipo de higiene ou assistência. Naquela época era assim, os partos eram feitos em casa por pessoas mais velhas que já teriam realizado imensos partos. Casais chegavam a ter cerca de 14 ou 15 filhos, alguns morriam no parto por falta de assistência no nascimento e por vezes as mães também morriam. Portugal era um dos países da Europa com a mais alta taxa de mortalidade infantil. A evolução da tecnologia e a luta pelos direitos á saúde, modificou a forma de como nascemos. Hoje, nascemos em Maternidades as mães são acompanhadas ao longo dos meses de gestação e o parto realiza-se com todos os cuidados de higiene que assim exige. Cada vez mais surgem novos equipamentos que veem proporcionar uma melhor qualidade de vida ao bebé e á mãe. Atualmente o número de filhos é muito mais baixo do que á 50 ou 60 anos atrás. Hoje em dia cada casal tem cerda de 1 ou 2 filhos. Isto acontece não só por causa da evolução na saúde, isto acontece porque a população evoluiu. A população alimenta-se melhor, a água que ingere é água tratada e o saneamento básico alastrou-se por todo o país. Portugal tem agora o 5º lugar com a taxa de mortalidade mais baixa do Mundo. Hoje, é a mais baixa taxa de natalidade dos países da Europa. Quantos Somos? “Somos pouco mais de 10 milhões. Há Cidades no Mundo, que tem mais pessoas que Portugal, Nova Iorque, Londres ou São Paulo.” A população Portuguesa não tem aumentado, começou a diminuir nos anos 60 e 70 com a emigração mas depois tornou a aumentar com a vida dos retornados das ex-colónias.
  • 2. Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos? Jéssica Silva 11ºE nº11 A população envelheceu, cada vez á mais idosos e menos jovens, porque cada vez á menos nascimentos. O número de Idosos com 65 anos é mais elevado que o número de Jovens com menos de 15 anos. As pessoas nascem menos, mas no entanto vivem mais tempo devido á qualidade de vida que lhes é proporcionada, e é essa qualidade de vida que condiciona o número de filhos por casal. Em média, hoje, as mulheres esperam viver 81 anos. Os homens 74. Nascem mais rapazes do que raparigas, no entanto as mulheres parecem ser mais resistentes, vivem mais tempo. E vive-se mais tempo, porque se vive melhor. A alimentação mudou, a saúde, a higiene básica… Mas no início dos anos 60, ainda muitas famílias passavam fome. É bem provável que se perguntarem aos vossos avós como era o jantar quando eram jovens, que vos respondam que era uma sardinha a dividir por 8 pessoas ou mais com pão, uma sopa e de vez enquanto variava com um bocado de toucinho. Muito poucas crianças bebiam leite, o que afetava a aprendizagem na escola. É então distribuído leite nas escolas a partir dos anos 70 e, a pouco e pouco, foi-se generalizando os cuidados de saúde. Começou a come-se melhor, com uma alimentação mais mais rica, a carne o leite e os ovos entraram na alimentação da família. Em 1965, criou-se o programa de vacinação, e em 1975, os cuidados médicos de saúde chegaram a todos os cantos do país. Começou então a aumentar o número de estabelecimentos de saúde, de profissionais, de consultas e de urgências, que começaram a fornecer medicamentos e vacinações. Foram notáveis os avanços médicos materno-infantis e com doenças contagiosas, como a tuberculose e a febre tifoide, que são hoje casos raros. Mas em 1960, a população não tinha agua canalizada, nem saneamento básico, e assim sendo, não tinham qualquer tipo de higiene o que aumentava a probabilidade de doenças. Hoje, mais de 90% da população tem água canalizada, saneamento básico e hábitos de higiene. Mas ocorrera mais alterações, os hábitos de vida mudaram. Após a Emancipação, as mulheres começaram a trabalhar fora de casa, o que contribuiu para que tenham menos filhos. Hoje, uma gravidez é planeada, porque ter um filho é um investimento para toda a vida, a contraceção e a pilula (surgiu nos anos 60), ajudam a mulher nesta tarefa. A pilula foi um fator muito importante na independência da mulher, poder escolher quando quer ser mãe. No entanto, foi um assunto muito discutido (pela igreja) e delicado, porque naquela altura falar de sexo era Tabu, não se podia questionar nada acerca da sexualidade. Os casamentos católicos também diminuíram. Hoje em dia a maioria dos casamentos acontecem no registo civil. Aumentou assim o número de divórcios e de uniões de facto. Os novos hábitos de vida deram lugar á queda na Natalidade e a famílias mais pequenas. Antes, um casal tinha facilmente 4 ou 5 filhos, hoje um casal tem 1 filho.
  • 3. Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos? Jéssica Silva 11ºE nº11 A família também se alterou. Pensando por exemplo nas festas de natal, antigamente, a família unia-se toda numa só mesa de jantar, pais, filhos, tios, primos, avós, afilhados, padrinhos e ainda dava lugar a um ou outro vizinho que passasse a consoada sozinho. Mas a família tradicional alterou-se e deu lugar a novos tipos de família: Famílias monoparentais, em que só um adulto vive com os filhos; Famílias recompostas, onde pessoas que já mantiveram matrimónio e filhos desse mesmo casamento, voltam a constituir família; Famílias Homossexuais, em que as pessoas são do mesmo sexo; Família nuclear, dois adultos e um filho; Famílias por união de facto, pessoas que vivem juntas mas não estão casadas; E atualmente verifica-se um novo tipo de famílias, aquelas que vivem juntas para dividir despesas, porque não conseguem sustentar economicamente, as despesas de uma casa. Onde vivemos? Hoje, avós e netos vivem em casas separadas e já não existe o natal de antigamente. É aqui que começa a solidão desta nossa sociedade idosa. O idoso da nossa sociedade tem cada vez menos possibilidades de manter uma vida, a reforma que ganham, não chega para viver e já não lhes é garantida a casa de familiares como antigamente. Envelhecem sozinhos, uns passam os dias em centros de dia, outros passam a vida em lares, bons ou maus, conforme o dinheiro que têm para pagar e por fim, morrem sozinhos. Os progressos da medicina tem sido notáveis, o povo que há 40 anos esperava viver 50 anos, hoje espera viver 80, mas isso não significa uma vida melhor. O tempo de vida que se ganhou, pode ser doloroso, se não tivermos quem cuide de nós, no entanto, este sentimento de dependência também lhes custa. Este é o reflexo de que a nossa sociedade está organizada para quem produz e não para quem já produziu. Para estes que já produziram, existem instituições. A nossa sociedade, quer os idosos parados, como que já não fizessem parte de nós, como se não representassem a maioria da nossa sociedade. Cerca de um milhão de idosos recebe cerca de 200 € por mês, como é que vivem os nossos idosos? Como podem sustentar uma casa, ou até mesmo um lar para ficarem, juntamente com todos os cuidados de saúde que necessitam? Não conseguem, então tem de pedir ajuda aos familiares ou a apoios sociais. Como se sentiram estas pessoas que trabalharam a vida inteira, agora terem de pedir ajuda? Esta é a realidade dos nossos idosos, em que a sua reforma não chega para sobreviverem, em que assistência social paga metade do valor do centro de dia ou lar que acolhe estes idosos. Não querem ir para casa da família porque tem medo de ser um fardo para os seus, visto que não podem contribuir em nada. Mas quem pode pagar, tem outras condições. Os lares passam a chamar-se residências para seniores e os preços são três ou quatro vezes superiores. Tem outras condições, outro tipo de conforto e tratamento. No entanto, a solidão toca a todos, a ricos a pobres, mas agrava-se mais nas mulheres, visto que também tem mais tempo de vida. Os maridos falecem, e as esposas enfrentam vida sozinhas, preferem então estar
  • 4. Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos? Jéssica Silva 11ºE nº11 em centros de dia ou lares, porque entendem que os familiares trabalham dia e noite, e acabam por estar sozinhas na mesma. A nossa realidade é esta, a procura pelo sítio melhor e mais barato para se poder ter uma velhice descansada já se faz antecipadamente. Hoje, já se planeia a velhice, onde e como a gostaríamos de passar, de modo a não provocar nenhum transtorno a nenhum familiar. Porque hoje é assim, os idosos são cada vez mais idosos e cada vez mais dependentes e é necessário que se cuide deles o melhor que se pode, porque eles também foram gente e contribuíram muito para aquilo que hoje somos. Nós, jovens e adultos, devemos-lhes a liberdade, que juntos conquistaram para que hoje, Portugal fosse melhor. E Portugal, não se pode esquecer disso, agora, que os nossos idosos tanto precisam. O dever de cuidar das crianças e dos idosos está cada vez mais entregue às instituições, porque os adultos passam a maior parte do seu tempo a trabalhar para conseguir constituir uma vida melhor. No entanto, há famílias que não querem simplesmente cuidar dos seus pais ou avós, então encarregam as instituições das suas responsabilidades. É Difícil mas é a realidade em que vivemos. A população está cada vez mais envelhecida e cada vez menos nascem crianças. Só os estrangeiros impedem que a população diminua, estes têm mais filhos que os próprios portugueses. Nos últimos anos os portugueses tem estado a partir da sua terra e os estrangeiros que vão chegando, ainda não cobrem o número de portugueses que a cada dia se despedem de Portugal. Nos últimos 40 anos a população mudou de local de vida, abandonou o campo e as aldeias, para passar a viver nas vilas ou cidades, sobretudo no litoral. Criaram-se duas áreas metropolitanas, Lisboa e Porto, onde vive a maior parte da população, uma grande parte do território está despovoada, porque cresce o território em torno das cidades. As famílias vivem cada vez mais em apartamentos, característicos das grandes cidades. Outras famílias cansadas da vida urbana, começam a retirar-se para casas no interior. Somos Todos portugueses, reconhecemos a história, as tradições, a língua, mas no entanto somos tao diferentes de há 50 anos atras. A maioria da nossa população já não recorda os anos 60, a vida difícil que se levava, a guerra colonial, o andar descalço, o tomar banho em alguidares, a ditadura, a censura, ou o analfabetismo, já ninguém recorda isso. Mudamos os nossos comportamentos, abandonamos os campos para trabalhar em fábricas e viver em cidades, emigramos, recebemos estrangeiros, aprendemos a ler e a escrever, temos menos filhos e famílias mais pequenas, divorciámo-nos, vivemos mais tempo, morremos mais tarde, aprendemos a viver com outros povos, outras etnias, outras religiões. Trabalhamos, temos tempo para descansar, para nos divertir, vivemos sem os nossos pais e avos, cada vez mais, sentimos que é um fardo cuidar dos nossos velhos, é cruel. Na grande evolução a que esteve sujeita a nossa sociedade é normal que ainda haja coisas por restruturar, a sociedade tenta dar resposta às questões e problemas da sociedade. Não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível e sempre que se tentar, está-se a evoluir.
  • 5. Portugal, Um Retrato Social – Episódio 1: Gente Diferente Quem Somos? Quantos Somos? Onde vivemos? Jéssica Silva 11ºE nº11 Hoje pelos nossos, amanha os nossos por nós. http://www.youtube.com/watch?v=mZNdGlTn9XA