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Fórum do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa
Instituto Politécnico de Macau - 6, 7 e 8 Novembro de 2012
Educação e Formação ao Longo da Vida, das políticas às práticas educativas:
o reconhecimento de adquiridos no Ensino Superior
Ana Luisa de Oliveira Pires
Professora Coordenadora na Escola Superior de Educação / Instituto Politécnico de Setúbal
Investigadora na UIED, Faculdade de Ciências e Tecnologia / Universidade Nova de Lisboa
Ana.luisa.pires@ese.ips.pt
alop@campus.fct.unl.pt
1
Resumo
No quadro das mudanças educativas decorrentes do processo de Bolonha e do paradigma
da Educação/Formação ao Longo da Vida, a integração de novos públicos no ensino
superior tem sido considerada como um eixo promotor da democratização e da igualdade
de oportunidades (Eggins, 2003, Sporn, 2003, Pires, 2010, 2009).
No que diz respeito à participação dos adultos no ensino superior, destacamos as recentes
medidas políticas (DL-64/2006 e DL-74/2006) que reconhecem a experiência profissional
para efeitos de entrada e progressão académica. Um dos actuais desafios com que se
confrontam as instituições educativas de nível superior reside na sua capacidade de
fornecer respostas adequadas ás novas exigências sociais, nomeadamente no que diz
respeito às necessidades dos adultos numa perspectiva de educação/formação ao longo da
vida (Schuetze and Slowey, 2000).
O reconhecimento de adquiridos experienciais, processo que se consubstancia na
valorização formal de saberes e de competências adquiridas em contextos não-formais e
informais, tem assumido um papel central nas políticas educativas em diferentes
contextos e sistemas educativos na esfera internacional (Pires, 2010, 2009, 2005,
Bjornavold e LeMoulloir, 2009, Collardyn, 2006, Feutrie, 2008). No actual contexto
nacional, as práticas de reconhecimento e validação de competências começam a
constituir-se como um desafio incontornável na educação/formação de nível superior
(Pires, 2009, 2010).
Nesta comunicação apresentamos uma reflexão construída a partir de uma experiência
inovadora no domínio do reconhecimento de adquiridos no ensino superior, desenvolvida
nos últimos cinco anos pela Unidade de Desenvolvimento, Reconhecimento e Validação
de Competências do Instituto Politécnico de Setúbal (UDRVC-IPS), considerado um caso
de boas práticas a nível internacional (Inventário Europeu de Reconhecimento e
Validação das Aprendizagens Informais e Não-formais 2010), enquanto potencial
contributo para o enriquecimento do actual debate educativo.
Palavras-Chave: Ensino Superior, Reconhecimento de Adquiridos, Educação e
Formação de Adultos
Educação e Formação ao Longo da Vida, das políticas às práticas educativas:
2
o reconhecimento de adquiridos no Ensino Superior
Introdução
A reflexão que agora se apresenta baseia-se numa situação inovadora no domínio do
ensino superior — o desenvolvimento de um dispositivo de reconhecimento de adquiridos
experienciais —, desenvolvida nos últimos cinco anos pela Unidade de Desenvolvimento,
Reconhecimento e Validação de Competências do Instituto Politécnico de Setúbal
(UDRVC-IPS). Reconhecida como um caso de boas práticas a nível internacional1
—
Inventário Europeu de Reconhecimento e Validação das Aprendizagens Informais e Não-
formais (2010)—, traduz por um lado as recentes linhas de orientação política nesta
matéria, e, por outro, as preocupações de natureza educativa decorrentes das actuais
teorias de educação/formação de adultos.
1. Das políticas ...
É no quadro da agenda política nacional da educação que temos que compreender os
actuais desenvolvimentos — sendo que esta agenda é “globalmente estruturada” (Dale,
2006, Antunes, 2005) —, decorrentes das inciativas de actuação da politica educativa à
escala europeia, orientadora da construção do espaço europeu do conhecimento e da
educação/formação ao longo da vida. Neste âmbito e ainda decorrente das mudanças
educativas decorrentes do processo de Bolonha, a integração de novos públicos no ensino
superior tem sido considerada como um eixo promotor da democratização e da igualdade
de oportunidades (Eggins, 2003, Sporn, 2003, Pires, 2010-a, 2009).
Sabendo que um dos actuais desafios com que se confrontam as instituições educativas de
nível superior reside na capacidade de fornecer respostas adequadas às novas exigências
sociais — nomeadamente no que diz respeito às necessidades dos adultos numa
perspectiva de educação/formação ao longo da vida (Schuetze and Slowey, 2000) — e
que a tradição da educação / formação de adultos é bastante limitada no âmbito do ensino
1
O Inventário Europeu de Reconhecimento e Validação das Aprendizagens Informais e Não-formais
(2010), foi coordenado pela GHK Consulting, entidade comissionada pela Comissão Europeia, Direcção-
Geral da Educação e Cultura, para a realização do estudo.
Documento disponível em: http://libserver.cedefop.europa.eu/vetelib/2011/77633.pdf
3
superior em Portugal, temos consciência do esforço que é necessário desenvolver no
sentido de encontrar soluções adequadas e pertinentes face a esta nova realidade.
No nosso país, no que diz respeito à participação dos adultos no ensino superior,
destacam-se as recentes medidas políticas que promovem o alargamento do acesso de
novos públicos a este nível de ensino e que reconhecem a experiência profissional para
efeitos de entrada e progressão académica (DL-64/2006 e DL-74/2006)2
.
Estas medidas políticas, dinamizadoras de processos de mudança nas instituições de nível
superior, produzem efeitos que urge conhecer, constituindo-se como relevantes objectos
de investigação educativa. Apesar de ainda escasso, é já possível encontrar um conjunto
de estudos que permitem uma melhor compreensão da realidade dos adultos no ensino
superior em Portugal (Cabrito, 2009, Pires, 2009, Ferreira, 2010, Santos Silva, 2010,
Baptista, 2009, Vieira, 2012, entre outros).
E se a literatura é escassa no que diz respeito ao acesso dos novos públicos ao ensino
superior, relativamente aos processos de reconhecimento e validação neste nível de ensino
é praticamente inexistente.
Um estudo exploratório sobre a problemática do acesso dos adultos ao ensino superior em
Portugal evidenciou que, apesar das instituições nacionais terem introduzido estratégias e
critérios diversificados relativamente aos procedimentos de selecção dos candidatos
adultos, no domínio do reconhecimento da experiência confrontavam-se com algumas
dificuldades (Pires, 2007). Neste estudo foi possivel identificar que as instituições
analisadas se posicionavam face ao reconhecimento das aprendizagens experienciais mais
numa lógica reactiva, de resposta às medidas legislativas, do que numa lógica estratégica
e proactiva, tomando a inciativa e antecipando a mudança.
2
O Decreto-Lei 64/2006 regulamenta as provas adequadas para a avaliação da “capacidade para a
frequência” no ensino superior para adultos maiores de 23 anos (dando origem à designação Maiores de 23),
atribuindo neste processo um lugar de destaque à experiência profissional dos candidatos. São componentes
obrigatórias da avaliação do candidato a apreciação do currículo académico e profissional, a avaliação das
motivações, provas teóricas ou práticas de avaliação de conhecimentos e de competências considerados
indispensáveis ao acesso e progressão no curso – organizadas em função dos perfis dos candidatos e dos
cursos a que se candidatam. Neste quadro, as instituições assumem a responsabilidade directa de selecção
dos candidatos adultos ao ensino superior, tomando a experiência profissional como critério.
O Dec-Lei 74/2006 vem reforçar o reconhecimento da experiência profissional e de outra formação para
efeitos de obtenção de créditos no E.S.
4
2. ...Às práticas educativas: o reconhecimento dos adquiridos experienciais
Os processos que são desenvolvidos com a finalidade de valorizar formalmente os saberes
e as competências adquiridas em contextos não-formais e informais, designados na
literatura educativa como reconhecimento de adquiridos experienciais (Pires, 2005), têm
assumido um papel de destaque ao nível das políticas educativas internacionais, em
diferentes sistemas e contextos (Pires, 2010, 2009, 2005, Bjornavold e LeMoulloir, 2009,
Collardyn, 2006, Feutrie, 2008).
No quadro nacional — onde o enquadramento legal para o reconhecimento da experiência
dos adultos no ensino superior data de 2006, como vimos anteriormente —, as práticas de
reconhecimento de adquiridos são, devido a esse facto, ainda muito recentes, não tendo
até aqui constituído uma prioridade para a grande generalidade das instituições de nível
superior (Pires, 2010, 2009).
No entanto, algumas instituições de ensino superior, de uma forma mais proactiva,
iniciaram já experiências inovadoras nesse sentido. É o caso do Instituto Politécnico de
Setúbal (IPS), no âmbito do qual foi criada uma unidade transversal com a finalidade de
conceber e implementar um dispositivo de reconhecimento de competências dos
estudantes, que seguidamente passamos a apresentar.
2.1. Contexto institucional
A Unidade de Desenvolvimento, Reconhecimento e Validação de Competências do
Instituto Politécnico de Setúbal — UDRVC-IPS — foi criada em Outubro de 2007, como
uma unidade funcional do IPS3
. Na sua génese encontra-se a vontade política da
Presidência de desenvolver uma estratégia institucional visando a abertura a novos
públicos e a criação de medidas de apoio orientadas para as suas especificidades.
A UDRVC é uma estrutura de coordenação que tem como finalidade conceber,
implementar e acompanhar a política de reconhecimento e validação de competências do
IPS. Tem como missão a criação de um dispositivo integrado de Reconhecimento e
Validação de Competências operacionalizado nas cinco Escolas Superiores do IPS4
e a
3
Despacho nº 88/SPR/2007, IPS.
4
Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Escola Superior de Educação, Escola Superior de
Ciências Empresariais, Escola Superior de Saúde e Escola Superior de Tecnologia do Barreiro.
5
realização de estudos e trabalhos de investigação sobre as problemáticas da Educação /
Formação de Adultos, particulamente no contexto do ensino superior.
Sendo a UDRVC uma estrutura transversal do IPS, possui um funcionamento em rede,
operacionalizado nas suas cinco escolas. É composta por uma equipa permanente
constituída por uma coordenadora institucional — Vice Presidente do IPS —, uma
coordenadora científica — função assumida por uma docente/investigadora na área —,
uma técnica superior — com formação e experiência na área 5
— e cinco Presidentes de
Jurí, representantes de cada escola superior do IPS. Os membros dos Jurís, não
permanentes, são constituidos por docentes do IPS, nomeados como vogais pelos
Conselhos Científicos de cada escola superior, em função da natureza e especificidade de
cada candidatura.
2.2. Estratégia metodológica: a lógica da Investigação-Acção
A concepção e desenvolvimento da UDRVC foram pensados em termos de projecto,
seguindo de perto a lógica da investigação-acção. A opção por esta estratégia, que se
desenvolveu em torno de três objectivos — a inovação, a formação de competências e a
investigação — constituiu um processo de aprendizagem social envolvendo os seus
participantes — tanto os membros da equipa restrita como a mais alargada — com vista a
uma transformação institucional, cultural, política e pedagógica. A articulação entre a
acção e a reflexão foi uma preocupação constante da equipa, de natureza pluridisciplinar,
que se orientou por princípios de rigor e consistência metodológica.
Esteve presente a preocupação que a estratégia desenvolvida se orientasse no sentido do
desejável, afastando-se do praticismo não-reflexivo, favorecendo a colaboração
interprofissional, a prática pluridisciplinar e procurando a melhoria das intervenções
(Ferreira de Almeida, 2001).
O trabalho de concepção do dispositivo de Reconhecimento e Validação de Competências
foi inspirado na lógica da investigação-acção (Carr e Kemmis, 1986, Kuhne e Quigley,
1997, Elliot, 1991) — numa espiral que articulou diferentes fases tais como a
5 A unidade contou ainda com a colaboração externa de uma Conselheira/Profissional de
Reconhecimento e Validação de Competências, que interveio na realização de workshops de
elaboração do dossier/portfolio de competências, concebidos específicamente para apoiar os
estudantes na elaboração do seu processo de candidatura.
6
planificação, operacionalização, avaliação e reflexão, reformulação e início de um novo
ciclo — passou pelas seguintes etapas de trabalho:
. construção de uma equipa de trabalho coesa e aquisição de uma linguagem e cultura
comuns;
. elaboração de regulamentos, guias de apoio, documentação, instrumentos
metodológicos, brochuras;
. realização de worshops, seminários de formação, sessões de divulgação nas Escolas;
. realização de estudos sobre os adultos no Ensino Superior; participação em seminários e
conferências;
. monitorização e balanço das actividades desenvolvidas, nomeadamente através da
realização de um inquérito por questionário a candidatos e membros dos Júris.
2.3. Operacionalização do processo e instrumentos metodológicos
Os principais instrumentos metodológicos do processo de RCV-IPS são os Referenciais
de Competências (baseados no Programa da Unidade Curricular e respectivo nº de ECTS)
e o Dossier/Portfólio de Competências6
, no qual o candidato identifica e explicita as
aprendizagens e competências adquiridas a partir da experiência profissional, voluntariado
e/ou outras relevantes.
O Dossier / Portfolio de Competências é considerado um dos instrumento mais adequados
na estratégia metodológica de demonstração das competências, de acordo com diversos
autores e especialistas na material (Nyatanga et al., 1998, Sansregret, 1988, Michelson et
al., 2004, Brinke, 2008, entre outos). O trabalho de explicitação consubstanciado no
Dossier / Portfolio é complementado pela entrevista, de realização obrigatória no
processo, e que oferece a oportunidade de explorar e clarificar elementos em falta para
além de reforçar a autenticidade dos procedimentos (Nyatanga et al., 1998).
A entrevista, de carácter obrigatório, permite aos Júris conhecer o candidato
presencialmente, aprofundar / clarificar aspectos constantes no Dossier / Portfolio do
6
O modelo de Dossier/ Portfolio de Competências adoptado pelo IPS encontra-se organizado de
modo a que o candidato possa identificar e comprovar experiências relevantes, explicitar as
competências adquiridas, relacionar as competências adquiridas com as U.C.’s em que pretende
obter a creditação. É necessário apresentar os comprovativos, declarações e certificados que
comprovam a realização das actividades descritas e a respectiva duração.
O modelo do Dossier / Portfolio em vigor no IPS, bem como a restante documentação para a
candidatura encontra-se em http://www.ips.pt/ips_si/web_base.gera_pagina?p_pagina=27407
7
candidato, explicitar competências pouco evidenciadas e aferir da veracidade dos
elementos apresentados, entre outros. O Júri pode ainda propor a realização de provas
complementares, caso considere necessário.
A validação — processo que implica a comparação entre as competências detidas pelo
sujeito e aquelas que se pretende valorizar formalmente (Bjornavold, 2003, Pires, 2005)
— é feita com base na articulação entre aprendizagens e competências adquiridas pelos
estudantes e os referenciais de competências das Unidades Curriculares, podendo
finalizar-se em Validação Total, Validação Parcial ou não Validação (Guia Metodológico
do Processo RVC-IPS, 2009).
Nos casos de Validação Parcial, o Júri elabora para cada candidato um Plano Individual
de Formação, que o candidato deverá seguir de forma a poder obter a totalidade dos
créditos da UC e a correspondente Validação Total.
A nomeação dos Júris e a ratificação das decisões tomadas são realizadas em sede de
Conselho Técnico Científico das Escolas Superiores do IPS.
2.4. Evolução das candidaturas
No primeiro período de candidaturas — realizado no início do ano civil de 2009 —, o
processo RVC-IPS encontrava-se na fase experimental pelo que a sua análise e avaliação
permitiram reajustar alguns procedimentos, introduzir alterações pontuais ao regulamento
e melhorar o dispositivo na sua globalidade. Como referimos anteriormente, a lógica da
investigação-acção fez parte integrante da filosofia de implementação do dispositivo.
O ano lectivo de 2009/10 foi considerado o ano de arranque oficial do dispositivo. De
acordo com o Regulamento do processo RVC7
, as candidaturas, que inicialmente eram
efectuadas num único período do ano lectivo (no início do ano académico), passaram a
partir de 2011 a ter dois períodos distintos.
Apresentamos seguidamente um quadro síntese com o total de candidaturas recebido até à
data, cujos dados evidenciam um crescimento gradual do número de candidaturas /
procura interna pelos estudantes:
7 http://www.ips.pt/ips_si/web_gessi_docs.download_file?p_name=F428943024/Regulamento%20RVC.pdf
8
Quadro 1 - Evolução das candidaturas RVC - 2009/2012
ESE 2009
(experimental)
2009-10 2010-11 2011-12 total
Candidaturas 1 3 1 - 5
Nº UC 2 UC 7 UC 1 UC - 10 UC
EST Set 2009 2009-10 2010-2011 2011-2012 total
Candidaturas 4 1 1 3 9
Nº UC 4 UC 9 UC 1 UC 27 UC 41 UC
EST B 2009 2009-10 2010-11 2011-2012 total
Candidaturas 2 9 4 11 26
Nº UC 5 UC 12 UC 5 UC 11 UC 33 UC
ESCE 2009 2009-10 2010-11 2011-2012 total
Candidaturas 1 2 3 2 8
Nº UC 10 UC 15 UC 14 UC 16 55 UC
ESS 2009 2009-10 2010-11 2011-2012 total
Candidaturas - - 13 11 24
Nº UC - - 83 UC 61 UC 144 UC
ESE: Escola Superior de Educação, EST-S: Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, EST-B: Escola
Superior de Tecnologia do Barreiro; ESCE: Escola Superior de Ciências Empresariais; ESS: Escola
Superior de Saúde.
Como se pode verificar, até ao presente foram recebidas 72 candidaturas ao processo
RVC, dizendo respeito a 287 Unidades Curriculares. Os resultados relativos aos anos de
2009 (período experimental), 2009/2010 e 2010/2011 indicam que foram atribuídas 81%
de validações totais e 19% de não validações. No ano de 2011/2012 a taxa de sucesso foi
de 95%.
Apesar de considerar que o nível de sucesso das candidaturas é bastante elevado, é
objectivo da UDRVC continuar o trabalho com membros do Júri e potenciais candidatos,
no sentido da prestação de um apoio mais adequado para a consecução das suas
expectativas.
2.5. Balanço do trabalho realizado
Ainda que a análise e a reflexão sobre o trabalho efectuado sejam pensadas como tarefas
permanentes da equipa tendo em vista a melhoria das suas práticas, foi realizado no
9
último trimestre de 2010 um balanço do processo RVC-IPS, com vista à evolução global
da estratégia e dos procedimentos desenvolvidos.
Este balanço, suportado em inquéritos por questionário, teve em vista a identificação das
percepções dos actores directamente envolvidos — candidatos e membros do Júri — de
forma a identificar por um lado os aspectos bem conseguidos e as potencialidades do
processo, bem como as fragilidades/constrangimentos.
Foram trabalhados os seguintes eixos: estratégia de informação/disseminação,
metodologia e instrumentos utilizados, resultados globais do processo, obstáculos
encontrados e benefícios obtidos. Os inquéritos também incluiam uma questão aberta
orientada para a identificação de estratégias para apoiar os estudantes adultos.
A leitura dos dados obtidos, aponta para um balanço globalmente positivo do processo
desenvolvido, tanto na perspectiva dos candidatos como na dos membros dos Júris.
3. Breves linhas para uma conclusão
Temos vindo a evidenciar em trabalhos anteriores os contributos que as práticas de
reconhecimento e validação têm, na perspectiva dos adultos (Pires, 2012, 2010, 2009,
2007, 2005), destacando-se o seu potencial emancipatório e transformador, no que diz
respeito à descoberta e tomada de consciência das aprendizagens adquiridas, à mudança
de representações — face à experiência, à aprendizagem e ao conhecimento —, ao
reforço identitário — tanto a nível pessoal, académico como profissional.
Como temos vindo a sustentar, na perspectiva académica, as práticas de reconhecimento
de adquiridos podem favorecer uma melhor gestão dos percursos, a obtenção de créditos
(ECTS), o encurtamento do período de estudos, enfim, uma maior personalização das
trajectórias educativas, tanto em função dos saberes adquiridos como dos projectos
específicos de cada pessoa.
Em termos institucionais, o reconhecimento de adquiridos experienciais assume um papel
de relevo na aproximação da estratégia e das práticas das instituições à realidade dos
públicos adultos, respondendo de forma mais adequada às suas especificidades, tornando-
se assim mais atractivas para públicos não tradicionais.
Saber até que ponto os actuais desafios sociais e as aspirações individuais encontrarão a
abertura necessária por parte das instituições, é uma questão que ainda não se encontra
10
respondida. Diversos estudos têm evidenciado a existência de resistências e
constrangimentos de diversa natureza, pelo que se torna necessário garantir as condições
necessárias para a mudança — que terá que ocorrer a vários níveis e planos de
intervenção: institucional, organizacional e pedagógico (Pires, 2010-c).
De entre os principais desafios, é possível identificar as principais resistências de natureza
cultural — o monopólio do saber do Ensino Superior, a hegemonia dos conhecimentos
científicos / saberes académicos face aos sabers experienciais / profissionais; a renovação
dos referenciais educativos — dos conhecimentos para as competências; a renovação das
formas tradicionais de avaliação — dos exames / testes de conhecimentos ao dossier /
portfolio de competências; e, fundamentalmente, a centralidade da lógica da
experiencialidade — que passa pela valorização dos saberes adquiridos, do potencial da
pessoa e do seu projecto.
Estas novas práticas, ainda incertas, poderão abrir caminhos para a desejável mudança
pedagógica, organizacional e social, contribuindo para o reforço da missão crítica e
formativa das instituições de ensino superior.
… Caminhante, não há caminho,
faz-se caminho a andar…
António Machado, 2006, in Campos de Castilla
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  • 1. 2.ª Conferência FORGES Fórum do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa Instituto Politécnico de Macau - 6, 7 e 8 Novembro de 2012 Educação e Formação ao Longo da Vida, das políticas às práticas educativas: o reconhecimento de adquiridos no Ensino Superior Ana Luisa de Oliveira Pires Professora Coordenadora na Escola Superior de Educação / Instituto Politécnico de Setúbal Investigadora na UIED, Faculdade de Ciências e Tecnologia / Universidade Nova de Lisboa Ana.luisa.pires@ese.ips.pt alop@campus.fct.unl.pt
  • 2. 1 Resumo No quadro das mudanças educativas decorrentes do processo de Bolonha e do paradigma da Educação/Formação ao Longo da Vida, a integração de novos públicos no ensino superior tem sido considerada como um eixo promotor da democratização e da igualdade de oportunidades (Eggins, 2003, Sporn, 2003, Pires, 2010, 2009). No que diz respeito à participação dos adultos no ensino superior, destacamos as recentes medidas políticas (DL-64/2006 e DL-74/2006) que reconhecem a experiência profissional para efeitos de entrada e progressão académica. Um dos actuais desafios com que se confrontam as instituições educativas de nível superior reside na sua capacidade de fornecer respostas adequadas ás novas exigências sociais, nomeadamente no que diz respeito às necessidades dos adultos numa perspectiva de educação/formação ao longo da vida (Schuetze and Slowey, 2000). O reconhecimento de adquiridos experienciais, processo que se consubstancia na valorização formal de saberes e de competências adquiridas em contextos não-formais e informais, tem assumido um papel central nas políticas educativas em diferentes contextos e sistemas educativos na esfera internacional (Pires, 2010, 2009, 2005, Bjornavold e LeMoulloir, 2009, Collardyn, 2006, Feutrie, 2008). No actual contexto nacional, as práticas de reconhecimento e validação de competências começam a constituir-se como um desafio incontornável na educação/formação de nível superior (Pires, 2009, 2010). Nesta comunicação apresentamos uma reflexão construída a partir de uma experiência inovadora no domínio do reconhecimento de adquiridos no ensino superior, desenvolvida nos últimos cinco anos pela Unidade de Desenvolvimento, Reconhecimento e Validação de Competências do Instituto Politécnico de Setúbal (UDRVC-IPS), considerado um caso de boas práticas a nível internacional (Inventário Europeu de Reconhecimento e Validação das Aprendizagens Informais e Não-formais 2010), enquanto potencial contributo para o enriquecimento do actual debate educativo. Palavras-Chave: Ensino Superior, Reconhecimento de Adquiridos, Educação e Formação de Adultos Educação e Formação ao Longo da Vida, das políticas às práticas educativas:
  • 3. 2 o reconhecimento de adquiridos no Ensino Superior Introdução A reflexão que agora se apresenta baseia-se numa situação inovadora no domínio do ensino superior — o desenvolvimento de um dispositivo de reconhecimento de adquiridos experienciais —, desenvolvida nos últimos cinco anos pela Unidade de Desenvolvimento, Reconhecimento e Validação de Competências do Instituto Politécnico de Setúbal (UDRVC-IPS). Reconhecida como um caso de boas práticas a nível internacional1 — Inventário Europeu de Reconhecimento e Validação das Aprendizagens Informais e Não- formais (2010)—, traduz por um lado as recentes linhas de orientação política nesta matéria, e, por outro, as preocupações de natureza educativa decorrentes das actuais teorias de educação/formação de adultos. 1. Das políticas ... É no quadro da agenda política nacional da educação que temos que compreender os actuais desenvolvimentos — sendo que esta agenda é “globalmente estruturada” (Dale, 2006, Antunes, 2005) —, decorrentes das inciativas de actuação da politica educativa à escala europeia, orientadora da construção do espaço europeu do conhecimento e da educação/formação ao longo da vida. Neste âmbito e ainda decorrente das mudanças educativas decorrentes do processo de Bolonha, a integração de novos públicos no ensino superior tem sido considerada como um eixo promotor da democratização e da igualdade de oportunidades (Eggins, 2003, Sporn, 2003, Pires, 2010-a, 2009). Sabendo que um dos actuais desafios com que se confrontam as instituições educativas de nível superior reside na capacidade de fornecer respostas adequadas às novas exigências sociais — nomeadamente no que diz respeito às necessidades dos adultos numa perspectiva de educação/formação ao longo da vida (Schuetze and Slowey, 2000) — e que a tradição da educação / formação de adultos é bastante limitada no âmbito do ensino 1 O Inventário Europeu de Reconhecimento e Validação das Aprendizagens Informais e Não-formais (2010), foi coordenado pela GHK Consulting, entidade comissionada pela Comissão Europeia, Direcção- Geral da Educação e Cultura, para a realização do estudo. Documento disponível em: http://libserver.cedefop.europa.eu/vetelib/2011/77633.pdf
  • 4. 3 superior em Portugal, temos consciência do esforço que é necessário desenvolver no sentido de encontrar soluções adequadas e pertinentes face a esta nova realidade. No nosso país, no que diz respeito à participação dos adultos no ensino superior, destacam-se as recentes medidas políticas que promovem o alargamento do acesso de novos públicos a este nível de ensino e que reconhecem a experiência profissional para efeitos de entrada e progressão académica (DL-64/2006 e DL-74/2006)2 . Estas medidas políticas, dinamizadoras de processos de mudança nas instituições de nível superior, produzem efeitos que urge conhecer, constituindo-se como relevantes objectos de investigação educativa. Apesar de ainda escasso, é já possível encontrar um conjunto de estudos que permitem uma melhor compreensão da realidade dos adultos no ensino superior em Portugal (Cabrito, 2009, Pires, 2009, Ferreira, 2010, Santos Silva, 2010, Baptista, 2009, Vieira, 2012, entre outros). E se a literatura é escassa no que diz respeito ao acesso dos novos públicos ao ensino superior, relativamente aos processos de reconhecimento e validação neste nível de ensino é praticamente inexistente. Um estudo exploratório sobre a problemática do acesso dos adultos ao ensino superior em Portugal evidenciou que, apesar das instituições nacionais terem introduzido estratégias e critérios diversificados relativamente aos procedimentos de selecção dos candidatos adultos, no domínio do reconhecimento da experiência confrontavam-se com algumas dificuldades (Pires, 2007). Neste estudo foi possivel identificar que as instituições analisadas se posicionavam face ao reconhecimento das aprendizagens experienciais mais numa lógica reactiva, de resposta às medidas legislativas, do que numa lógica estratégica e proactiva, tomando a inciativa e antecipando a mudança. 2 O Decreto-Lei 64/2006 regulamenta as provas adequadas para a avaliação da “capacidade para a frequência” no ensino superior para adultos maiores de 23 anos (dando origem à designação Maiores de 23), atribuindo neste processo um lugar de destaque à experiência profissional dos candidatos. São componentes obrigatórias da avaliação do candidato a apreciação do currículo académico e profissional, a avaliação das motivações, provas teóricas ou práticas de avaliação de conhecimentos e de competências considerados indispensáveis ao acesso e progressão no curso – organizadas em função dos perfis dos candidatos e dos cursos a que se candidatam. Neste quadro, as instituições assumem a responsabilidade directa de selecção dos candidatos adultos ao ensino superior, tomando a experiência profissional como critério. O Dec-Lei 74/2006 vem reforçar o reconhecimento da experiência profissional e de outra formação para efeitos de obtenção de créditos no E.S.
  • 5. 4 2. ...Às práticas educativas: o reconhecimento dos adquiridos experienciais Os processos que são desenvolvidos com a finalidade de valorizar formalmente os saberes e as competências adquiridas em contextos não-formais e informais, designados na literatura educativa como reconhecimento de adquiridos experienciais (Pires, 2005), têm assumido um papel de destaque ao nível das políticas educativas internacionais, em diferentes sistemas e contextos (Pires, 2010, 2009, 2005, Bjornavold e LeMoulloir, 2009, Collardyn, 2006, Feutrie, 2008). No quadro nacional — onde o enquadramento legal para o reconhecimento da experiência dos adultos no ensino superior data de 2006, como vimos anteriormente —, as práticas de reconhecimento de adquiridos são, devido a esse facto, ainda muito recentes, não tendo até aqui constituído uma prioridade para a grande generalidade das instituições de nível superior (Pires, 2010, 2009). No entanto, algumas instituições de ensino superior, de uma forma mais proactiva, iniciaram já experiências inovadoras nesse sentido. É o caso do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), no âmbito do qual foi criada uma unidade transversal com a finalidade de conceber e implementar um dispositivo de reconhecimento de competências dos estudantes, que seguidamente passamos a apresentar. 2.1. Contexto institucional A Unidade de Desenvolvimento, Reconhecimento e Validação de Competências do Instituto Politécnico de Setúbal — UDRVC-IPS — foi criada em Outubro de 2007, como uma unidade funcional do IPS3 . Na sua génese encontra-se a vontade política da Presidência de desenvolver uma estratégia institucional visando a abertura a novos públicos e a criação de medidas de apoio orientadas para as suas especificidades. A UDRVC é uma estrutura de coordenação que tem como finalidade conceber, implementar e acompanhar a política de reconhecimento e validação de competências do IPS. Tem como missão a criação de um dispositivo integrado de Reconhecimento e Validação de Competências operacionalizado nas cinco Escolas Superiores do IPS4 e a 3 Despacho nº 88/SPR/2007, IPS. 4 Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Escola Superior de Educação, Escola Superior de Ciências Empresariais, Escola Superior de Saúde e Escola Superior de Tecnologia do Barreiro.
  • 6. 5 realização de estudos e trabalhos de investigação sobre as problemáticas da Educação / Formação de Adultos, particulamente no contexto do ensino superior. Sendo a UDRVC uma estrutura transversal do IPS, possui um funcionamento em rede, operacionalizado nas suas cinco escolas. É composta por uma equipa permanente constituída por uma coordenadora institucional — Vice Presidente do IPS —, uma coordenadora científica — função assumida por uma docente/investigadora na área —, uma técnica superior — com formação e experiência na área 5 — e cinco Presidentes de Jurí, representantes de cada escola superior do IPS. Os membros dos Jurís, não permanentes, são constituidos por docentes do IPS, nomeados como vogais pelos Conselhos Científicos de cada escola superior, em função da natureza e especificidade de cada candidatura. 2.2. Estratégia metodológica: a lógica da Investigação-Acção A concepção e desenvolvimento da UDRVC foram pensados em termos de projecto, seguindo de perto a lógica da investigação-acção. A opção por esta estratégia, que se desenvolveu em torno de três objectivos — a inovação, a formação de competências e a investigação — constituiu um processo de aprendizagem social envolvendo os seus participantes — tanto os membros da equipa restrita como a mais alargada — com vista a uma transformação institucional, cultural, política e pedagógica. A articulação entre a acção e a reflexão foi uma preocupação constante da equipa, de natureza pluridisciplinar, que se orientou por princípios de rigor e consistência metodológica. Esteve presente a preocupação que a estratégia desenvolvida se orientasse no sentido do desejável, afastando-se do praticismo não-reflexivo, favorecendo a colaboração interprofissional, a prática pluridisciplinar e procurando a melhoria das intervenções (Ferreira de Almeida, 2001). O trabalho de concepção do dispositivo de Reconhecimento e Validação de Competências foi inspirado na lógica da investigação-acção (Carr e Kemmis, 1986, Kuhne e Quigley, 1997, Elliot, 1991) — numa espiral que articulou diferentes fases tais como a 5 A unidade contou ainda com a colaboração externa de uma Conselheira/Profissional de Reconhecimento e Validação de Competências, que interveio na realização de workshops de elaboração do dossier/portfolio de competências, concebidos específicamente para apoiar os estudantes na elaboração do seu processo de candidatura.
  • 7. 6 planificação, operacionalização, avaliação e reflexão, reformulação e início de um novo ciclo — passou pelas seguintes etapas de trabalho: . construção de uma equipa de trabalho coesa e aquisição de uma linguagem e cultura comuns; . elaboração de regulamentos, guias de apoio, documentação, instrumentos metodológicos, brochuras; . realização de worshops, seminários de formação, sessões de divulgação nas Escolas; . realização de estudos sobre os adultos no Ensino Superior; participação em seminários e conferências; . monitorização e balanço das actividades desenvolvidas, nomeadamente através da realização de um inquérito por questionário a candidatos e membros dos Júris. 2.3. Operacionalização do processo e instrumentos metodológicos Os principais instrumentos metodológicos do processo de RCV-IPS são os Referenciais de Competências (baseados no Programa da Unidade Curricular e respectivo nº de ECTS) e o Dossier/Portfólio de Competências6 , no qual o candidato identifica e explicita as aprendizagens e competências adquiridas a partir da experiência profissional, voluntariado e/ou outras relevantes. O Dossier / Portfolio de Competências é considerado um dos instrumento mais adequados na estratégia metodológica de demonstração das competências, de acordo com diversos autores e especialistas na material (Nyatanga et al., 1998, Sansregret, 1988, Michelson et al., 2004, Brinke, 2008, entre outos). O trabalho de explicitação consubstanciado no Dossier / Portfolio é complementado pela entrevista, de realização obrigatória no processo, e que oferece a oportunidade de explorar e clarificar elementos em falta para além de reforçar a autenticidade dos procedimentos (Nyatanga et al., 1998). A entrevista, de carácter obrigatório, permite aos Júris conhecer o candidato presencialmente, aprofundar / clarificar aspectos constantes no Dossier / Portfolio do 6 O modelo de Dossier/ Portfolio de Competências adoptado pelo IPS encontra-se organizado de modo a que o candidato possa identificar e comprovar experiências relevantes, explicitar as competências adquiridas, relacionar as competências adquiridas com as U.C.’s em que pretende obter a creditação. É necessário apresentar os comprovativos, declarações e certificados que comprovam a realização das actividades descritas e a respectiva duração. O modelo do Dossier / Portfolio em vigor no IPS, bem como a restante documentação para a candidatura encontra-se em http://www.ips.pt/ips_si/web_base.gera_pagina?p_pagina=27407
  • 8. 7 candidato, explicitar competências pouco evidenciadas e aferir da veracidade dos elementos apresentados, entre outros. O Júri pode ainda propor a realização de provas complementares, caso considere necessário. A validação — processo que implica a comparação entre as competências detidas pelo sujeito e aquelas que se pretende valorizar formalmente (Bjornavold, 2003, Pires, 2005) — é feita com base na articulação entre aprendizagens e competências adquiridas pelos estudantes e os referenciais de competências das Unidades Curriculares, podendo finalizar-se em Validação Total, Validação Parcial ou não Validação (Guia Metodológico do Processo RVC-IPS, 2009). Nos casos de Validação Parcial, o Júri elabora para cada candidato um Plano Individual de Formação, que o candidato deverá seguir de forma a poder obter a totalidade dos créditos da UC e a correspondente Validação Total. A nomeação dos Júris e a ratificação das decisões tomadas são realizadas em sede de Conselho Técnico Científico das Escolas Superiores do IPS. 2.4. Evolução das candidaturas No primeiro período de candidaturas — realizado no início do ano civil de 2009 —, o processo RVC-IPS encontrava-se na fase experimental pelo que a sua análise e avaliação permitiram reajustar alguns procedimentos, introduzir alterações pontuais ao regulamento e melhorar o dispositivo na sua globalidade. Como referimos anteriormente, a lógica da investigação-acção fez parte integrante da filosofia de implementação do dispositivo. O ano lectivo de 2009/10 foi considerado o ano de arranque oficial do dispositivo. De acordo com o Regulamento do processo RVC7 , as candidaturas, que inicialmente eram efectuadas num único período do ano lectivo (no início do ano académico), passaram a partir de 2011 a ter dois períodos distintos. Apresentamos seguidamente um quadro síntese com o total de candidaturas recebido até à data, cujos dados evidenciam um crescimento gradual do número de candidaturas / procura interna pelos estudantes: 7 http://www.ips.pt/ips_si/web_gessi_docs.download_file?p_name=F428943024/Regulamento%20RVC.pdf
  • 9. 8 Quadro 1 - Evolução das candidaturas RVC - 2009/2012 ESE 2009 (experimental) 2009-10 2010-11 2011-12 total Candidaturas 1 3 1 - 5 Nº UC 2 UC 7 UC 1 UC - 10 UC EST Set 2009 2009-10 2010-2011 2011-2012 total Candidaturas 4 1 1 3 9 Nº UC 4 UC 9 UC 1 UC 27 UC 41 UC EST B 2009 2009-10 2010-11 2011-2012 total Candidaturas 2 9 4 11 26 Nº UC 5 UC 12 UC 5 UC 11 UC 33 UC ESCE 2009 2009-10 2010-11 2011-2012 total Candidaturas 1 2 3 2 8 Nº UC 10 UC 15 UC 14 UC 16 55 UC ESS 2009 2009-10 2010-11 2011-2012 total Candidaturas - - 13 11 24 Nº UC - - 83 UC 61 UC 144 UC ESE: Escola Superior de Educação, EST-S: Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, EST-B: Escola Superior de Tecnologia do Barreiro; ESCE: Escola Superior de Ciências Empresariais; ESS: Escola Superior de Saúde. Como se pode verificar, até ao presente foram recebidas 72 candidaturas ao processo RVC, dizendo respeito a 287 Unidades Curriculares. Os resultados relativos aos anos de 2009 (período experimental), 2009/2010 e 2010/2011 indicam que foram atribuídas 81% de validações totais e 19% de não validações. No ano de 2011/2012 a taxa de sucesso foi de 95%. Apesar de considerar que o nível de sucesso das candidaturas é bastante elevado, é objectivo da UDRVC continuar o trabalho com membros do Júri e potenciais candidatos, no sentido da prestação de um apoio mais adequado para a consecução das suas expectativas. 2.5. Balanço do trabalho realizado Ainda que a análise e a reflexão sobre o trabalho efectuado sejam pensadas como tarefas permanentes da equipa tendo em vista a melhoria das suas práticas, foi realizado no
  • 10. 9 último trimestre de 2010 um balanço do processo RVC-IPS, com vista à evolução global da estratégia e dos procedimentos desenvolvidos. Este balanço, suportado em inquéritos por questionário, teve em vista a identificação das percepções dos actores directamente envolvidos — candidatos e membros do Júri — de forma a identificar por um lado os aspectos bem conseguidos e as potencialidades do processo, bem como as fragilidades/constrangimentos. Foram trabalhados os seguintes eixos: estratégia de informação/disseminação, metodologia e instrumentos utilizados, resultados globais do processo, obstáculos encontrados e benefícios obtidos. Os inquéritos também incluiam uma questão aberta orientada para a identificação de estratégias para apoiar os estudantes adultos. A leitura dos dados obtidos, aponta para um balanço globalmente positivo do processo desenvolvido, tanto na perspectiva dos candidatos como na dos membros dos Júris. 3. Breves linhas para uma conclusão Temos vindo a evidenciar em trabalhos anteriores os contributos que as práticas de reconhecimento e validação têm, na perspectiva dos adultos (Pires, 2012, 2010, 2009, 2007, 2005), destacando-se o seu potencial emancipatório e transformador, no que diz respeito à descoberta e tomada de consciência das aprendizagens adquiridas, à mudança de representações — face à experiência, à aprendizagem e ao conhecimento —, ao reforço identitário — tanto a nível pessoal, académico como profissional. Como temos vindo a sustentar, na perspectiva académica, as práticas de reconhecimento de adquiridos podem favorecer uma melhor gestão dos percursos, a obtenção de créditos (ECTS), o encurtamento do período de estudos, enfim, uma maior personalização das trajectórias educativas, tanto em função dos saberes adquiridos como dos projectos específicos de cada pessoa. Em termos institucionais, o reconhecimento de adquiridos experienciais assume um papel de relevo na aproximação da estratégia e das práticas das instituições à realidade dos públicos adultos, respondendo de forma mais adequada às suas especificidades, tornando- se assim mais atractivas para públicos não tradicionais. Saber até que ponto os actuais desafios sociais e as aspirações individuais encontrarão a abertura necessária por parte das instituições, é uma questão que ainda não se encontra
  • 11. 10 respondida. Diversos estudos têm evidenciado a existência de resistências e constrangimentos de diversa natureza, pelo que se torna necessário garantir as condições necessárias para a mudança — que terá que ocorrer a vários níveis e planos de intervenção: institucional, organizacional e pedagógico (Pires, 2010-c). De entre os principais desafios, é possível identificar as principais resistências de natureza cultural — o monopólio do saber do Ensino Superior, a hegemonia dos conhecimentos científicos / saberes académicos face aos sabers experienciais / profissionais; a renovação dos referenciais educativos — dos conhecimentos para as competências; a renovação das formas tradicionais de avaliação — dos exames / testes de conhecimentos ao dossier / portfolio de competências; e, fundamentalmente, a centralidade da lógica da experiencialidade — que passa pela valorização dos saberes adquiridos, do potencial da pessoa e do seu projecto. Estas novas práticas, ainda incertas, poderão abrir caminhos para a desejável mudança pedagógica, organizacional e social, contribuindo para o reforço da missão crítica e formativa das instituições de ensino superior. … Caminhante, não há caminho, faz-se caminho a andar… António Machado, 2006, in Campos de Castilla Bibliografia: Almeida, João F. (2001) Em defesa da investigação-acção. In Sociologia, Problemas e Práticas, nº 37, Lisboa Antunes, Fátima (2005) Globalização e Europeização das Políticas Educativas. Percursos, processos e metamorfoses, in Sociologia, Problemas e Práticas nª 47, Lisboa. Alves, Mariana e Pires, Ana (2008) Aprendizagem ao longo da vida e Ensino Superior: Novos públicos, novas oportunidades? Actas da Conferência Internacional de Sociologia da Educação, João Pessoa, Fevereiro 2008. In Anais da UIED nº 9, UIED, Lisboa Baptista, Ana (2009) O estudante adulto não tradicional na Universidade de Aveiro. Tese de Mestrado, Universidade de Aveiro. Brinke, Desirée (2008) Assessment of prior learning. OpenUniversiteit Nederland. Maastrich. Cabrito, Belmiro (2009) O processo maiores de 23: novos públicos para a Universidade ou nova porta de entrada para velhos públicos? In Políticas de Formação de Jovens e Adultos no Brasil e em Portugal. Eds. Rummert, Canário, Frigotto. Ed. UFF, Rio de Janeiro. Bjornavold, Jens (2003) Assegurar a visibilidade das competencias. Identificação, Avaliação e Reconhecimento da Aprendizagem Não-formal na Europa. Colecção CEDEFOP, Ed. Inofor, Lisboa. Bjornavold, Jens and Le Moulloir, Isabelle (2009) Learning outcomes in validation and credit systems. In European Journal of Vocational Training nº 48, Ed. By CEDEFOP, Luxembourg. Carr, Wilfred e Kemmis, Stephen (1986) Becoming critical. Ed. Lewes: Falmer Press.
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  • 13. 12 Pires, Ana (2007) Recognition of Prior Learning in Higher Education in Portugal: emerging practices and discourses from an empirical research, (Network 22: Research in Higher Education), paper presented at European Conference on Educational Research / ECER 2007, September, Ghent, in Anais da UIED nº 8, Lisboa. Pires, Ana (2005) Pires, A. L. (2005) Educação e Formação ao Longo da Vida: análise crítica dos sistemas e dispositivos de reconhecimento e validação de aprendizagens e de competências, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e Tecnologia, Lisboa Pires, Ana e Ferreira, Margarida (2011) Relatório do Balanço do processo RVC-IPS. Docs UDRVC, IPS, Setúbal Pires, Ana e Ferreira, Margarida (2010) O reconhecimento de adquiridos experienciais no ensino superior: percursos individuais de aprendizagem. Poster apresentado na International Conference: learning and Teaching in Higher Education, Universidade de Évora, Abril 2010 Pires, Ana e Ferreira, Margarida (2009). Guia do Processo RVC-IPS. Setúbal: Instituto Politécnico de Setúbal Pires, Ana e Ferreira, Margarida (2009) Reconhecimento de Aprendizagens não formais e informais no Ensino Superior — a experiência da UDRVC-IPS. Poster apresentado na International Conference on Accreditation of non-formal qualifications in Higher Education, Universidade de Lisboa, Nov. 2009. Sansregret, Marthe (1994) La Reconnaissance des Acquis. Principes. Québec, Ed. Hurtubise. Schuetze, Hans, and Slowey, Maria (2000) Traditions and new directions in higher education. A comparative perspective on non-traditional students and lifelong learners. In Higher Education and Life long learners. International perspectives on Change. Ed. By Shuetze and Slowey, Routlege Falmer, London. Sporn, Barbara (2003) Trends relating to Higher Education reform in Europe: an overview. In Globalization and reform in Higher Education, Ed by Heather Eggings, SRHE, UK Silva, Rita Santos (2010) Porque ingressam e como se integram os estudantes Maiores de 23 anos comparativamente aos estudantes do Acesso Regular?” Tese de Mestrado, Universidade do Porto. Taylor, William (2003) Steering change in Tertiary education. In Globalization and reform in Higher Education, Ed by Heather Eggings, SRHE, UK. Vieira, Sandrina (2012) A Aprendizagem ao Longo da Vida na Iniciativa Novas Oportunidades: entre a igualdade e a desigualdade de oportunidades rumo ao ensino superior. Um estudo de caso na região norte de Portugal. Tese de Mestrado, Universidade do Minho. Legislação Decreto-Lei n.º64/2006 de 21 de Março de 2006. Diário da República n.º 57– I Série A. Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior. Lisboa Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março. Diário da República n.º 60/06 – I Série A. Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior. Lisboa Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho. Diário da República n.º 121/08 – I Série. Ministério da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior. Lisboa