2. Formação dos Estados
Europeus
Veremos agora como, a partir do século XIV,
muitas monarquias e reinos acabaram
centralizando o seu poder e viraram Estados, ou
seja, país. Daquele conjunto de reinos, feudos e
cidades politicamente fragmentados, surgiu
novamente a centralização política dos Estados.
Neste processo, foram formados países como
Portugal, o primeiro, Espanha, França,
Inglaterra e Holanda.
3. Para os reis ou monarcas,
era importante ampliar
seus territórios e domínios
políticos. Alguns reis,
diante da grande crise que
os nobres e senhores
feudais passavam, viram
uma ótima oportunidade
para conquistar mais
territórios. Só faltava quem
financiasse seus exércitos.
4. A nobreza feudal passava por
uma grande crise econômica e
social, principalmente a partir
do século XIV. A Peste Negra
matou boa parte da Europa.
Com isto, a produção dos
feudos diminui, junto a sua
população. Muitos servos se
revoltaram com a situação,
piorando ainda mais a situação
dos nobres. Pouca produção,
servos morrendo, servos em
revolta...que situação a dos
nobre feudais. Por isto, muitos
nobres decidiram se aliar aos
reis, dando a eles um poder
centralizaram. Os que
resistiram, perderam as guerras
e seus territórios.
5. Para os burgueses, um país
centralizado significava a
segurança de um exército
nacional, impostos
centralizados
pagos somente ao Estado, e
principalmente unificação de
moedas. Em todo o território do
país, uma única moeda
facilitaria o aumento do
comércio. Por isto, muitos
burgueses financiaram reis para
a formação de um grande
exército. Assim, a partir da
aliança entre reis e burgueses,
foi possível a anexação de
territórios e a formação dos
países europeus. Veja no mapa
o exemplo da formação de
Portugal e Espanha.
6.
7. No caso da península Ibérica, houve um
processo conhecido como a Reconquista.
Nele, reinos católicos do norte, se uniram a
burgueses e conquistaram territórios
dominados pelos muçulmanos. Tratou-se,
portanto, do retorno do espírito das
cruzadas, expulsando os muçulmanos e
com isto formando os Estados de Portugal
e da Espanha. Em Portugal, este processo
ficou conhecido como a Revolução de Avis,
já que a dinastia de Avis foi a primeira a
centralizar o poder do Estado.
8. Assim, formavam-se os
países europeus. Os
primeiros Estados
desenvolveram exércitos
nacionais, centralizaram a
política, sendo o rei seu
soberano maior. Não
esqueceram da nobreza,
que continuou um grupo
social privilegiado, já que
além de não pagarem
impostos, eram nomeados
como funcionários e
políticos do governo,
formando assim a
burocracia estatal.
9. O clero, também se
manteve privilegiado em
muitos países como em
Portugal, Espanha e
França. A igreja católica
continuava dominando
nestes países e apoiando
o rei, que era considerado
um enviado de Deus para
o governo do país. Este
conjunto de idéias que
justificavam o poder do Rei
ficou conhecido como
Teoria do Direito Divino
dos Reis.
10. Já os burgueses, apesar
de pagarem impostos,
foram beneficiados com a
unificação das moedas e
um considerável aumento
do comércio. Além disto,
os reis se esforçaram para
apoiar os burgueses na
expansão do comércio,
inclusive marítimo.
Veremos, depois, como
reis, nobres e burgueses
uniram esforços para
lançarem seu país ao mar
em busca de especiarias
orientais, um comércio
muito lucrativo na Europa.
11. Trabalhadores livres
(urbanos e rurais),
bem como os
burgueses,
sustentavam os
Estados e os gastos
da monarquia e da
nobreza. A sociedade,
manteve-se, desta
forma, estamental,
garantindo privilégios
para os nobres.
Porém, agora todos
eram submissos ao rei
soberano.
12. REIS: OS TODO-PODEROSOS
Muitos reis acabaram concentrando
poderes e atribuições. Alguns
historiadores chamaram este tipo de
governo dos reis dos Estados
Europeus durante a idade moderna de
absolutismo. O termo absolutismo se
refere a esta tendência clara do rei de
querer ter poderes absolutos.
Na gravura, repare em Luís XIV, rei da
França. Olhe quantos elementos nos
lembram do poder político, militar e
religioso que o rei queria controlar.
13. Repare nas
atribuições e
poderes dos
monarcas
absolutistas que
comandavam os
Estados durante a
Idade Moderna. Olha
quantos poderes.
15. A ECONOMIA MERCANTIL: O
MERCANTILISMO
Se a organização da política
ficou centralizada, com
tendência aos reis terem
muitos poderes, o que ficou
conhecido como absolutismo, a
economia se dirigia cada vez
mais para o comércio. Muitos
historiadores chamaram de
mercantilismo este tipod e
economia baseada no
comércio e que foi
características dos países
europeus durante a Idade
Moderna.
16. A principal característica do
mercantilismo era o
metalismo. Ou seja, a nova
idéia que os europeus
tinham de riqueza era o
acúmulo de metais
preciosos e não mais a
propriedade da terra, como
na Idade Média. A
economia era portanto
voltada ao lucro, ao
acúmulo de metais através
de um comércio lucrativo.
17. Para se ter um comércio
lucrativo, os países buscavam
vender mais do que comprar. Ou
seja, a busca era por uma
exportação maior do que as
importações. Muitos reis,
acabavam aumentando as taxas
alfandegárias das importações
para garantir uma balança
comercial favorável. Assim,
adotavam uma política
econômica protecionista, ou
seja, protegiam o país das
importações e garantiam a venda
dos produtos nacionais. Como
você pode perceber, os reis
intervinham muito na economia.
O intervencionismo do
Estado era outra característica
importante do mercantilismo.