2. 2
Dados fundamentais:
Período histórico-literário: século XIX,
REALISMO.
Local e meio em que se passa a história:
cidade do Rio de Janeiro, meio aristocrata.
Tipo de narrador: o narrador é personagem,
desencarnado pelo próprio Brás, que se
autodenomina defunto-autor.
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Ao verme que primeiro
roeu as frias carnes do
meu cadáver dedico como
saudosa lembrança estas
memórias póstumas.
Dedicatória do livro, escrita pelo próprio Brás Cubas.
4. Cronologia do livro:
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A morte de Brás Cubas:
Inicialmente, o defunto-autor reflete
acerca da ordem na qual narrará os fatos
do livro que escreve, optando por iniciar
pela sua própria morte.
A vida de Brás Cubas:
Após a narrativa de sua morte, velório e
enterro; e da reflexão acerca do
findamento da existência e de uma série
de delírios, Cubas passa a narrar sua vida,
que é dividida entre capítulos narrativos e
de reflexão.
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5. Entendendo a Família Cubas:
Damião Cubas
Tanoeiro.
Luís Cubas
Estudou em Coimbra.
Bento Cubas
Negociante.
Brás Cubas
Defunto-autor.
Sabina Cubas
Irmã de Brás.
5
O legado de Brás Cubas:
“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma
criatura o legado de nossa miséria.”
A família passa a ser considerada a
partir de Luís, pois Damião, por ser
apenas um tanoeiro, não era digno de
tamanho prestígio.
Mãe de Brás
Cubas
6. A seguir, serão explorados os
personagens dessa obra
machadiana, da exata mesma forma
como Brás os abordou em seus
escritos.
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7. Brás Cubas:
É o narrador da história, que
trata da vida dele.
Define-se como um
defunto-autor.
Se tem uma palavra que o
define é “medíocre”.
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8. 8
Foi o primeiro amor de Brás Cubas, com
quem ele teve seu primeiro beijo.
Ela era conhecida pelos homens como
“Linda Marcela” e Cubas descreve-a
sutilmente como uma cortesã.
Era uma mulher interesseira, que, ao
prelúdio de uma fuga para Portugal,
denunciou Cubas a seu pai.
“Marcela amou-me durante quinze meses
e onze contos de réis.” – Brás Cubas.
Marcela:
9. Eugênia:
Brás Cubas a descrevia como “flor da moita”,
pois era filha de um casal que ele encontrou
trocando carícias atrás de uma moita quando
criança.
Foi um interesse romântico de Brás Cubas,
com quem teve seu primeiro beijo.
Porém, por conter uma deficiência física, é
descartada como pretendente para o autor.
"Por que coxa, se bonita? Por que bonita, se
coxa? “ – Brás Cubas.
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10. 10
Foi o grande amor da vida de Brás Cubas
e fora prometida a ele em casamento,
contudo, a cerimônia acabou por não
acontecer, devido ao impedimento da
candidatura política de Brás Cubas.
Virgília amava o protagonista, todavia,
amava, também, seu status social, por
isso, não aceitava fugir com ele.
Casou-se com Lobo Neves, com quem
teve um filho, porém traía-o com Brás
Cubas.
Virgília:
11. Lobo Neves:
Foi o homem que surgiu para arrancar tudo
que tinha Cubas. Roubou-lhe Virgília, com
quem se casou, e a candidatura política, na
qual tomou o lugar do protagonista.
Posteriormente, tornou-se amigo de Cubas, a
quem convidou para ser o seu secretário.
Supersticioso, detestava o número 13.
Candidatou-se e venceu a eleição para
presidente da província, mudando-se com
Virgília.
Morre antes da esposa, às vésperas de se
tornar ministro.
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Seu verdadeiro nome era Dona Eulália e
ela era sobrinha de Cotrim, cunhado de
Brás Cubas.
Foi prometida a Cubas, com quem iria se
casar, mas morre, de febre amarela e aos
dezenove anos, antes da união.
Nhá-loló:
13. Prudêncio:
Era um escravo que passou a juventude ao
lado de Brás Cubas, menino-diabo, cedendo
aos seus caprichos.
Quando adulto, libertou-se da escravatura,
conquistando sua alforria, contudo, não livrou-
se de estigmas escravistas, pois passou a
punir seus serviçais do mesmo modo como era
punido.
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“Era um modo que o
Prudêncio tinha de se desfazer das pancadas recebidas, -
transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-
lhe um freio na boca, e desancava-o sem compaixão; ele
gemia e sofria. Agora, porém, que era livre, dispunha de si
mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar,
dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se
desbancava: comprou um escravo, e ia-lhe pagando, com alto
juro, as quantias que de mim recebera.”
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Foi um estimado colega de Cubas
durante o colegial. É narrado como um
menino de prestígio.
Posteriormente, aparece como um
mendigo que Brás encontra em uma
praça; ele rouba um relógio do
protagonista.
Recupera suas finanças e reaparece
como fundador de uma seita chamada
Humanitismo, que é melhor explorada ao
longo da obra machadiana “Quincas
Borba”.
Quincas Borba:
15. Morte de Brás
Cubas:
Ele morre de pneumonia
enquanto pesquisava
seu “emplastro Brás
Cubas”.
Delírios:
Durante sua doença e
após seu funeral, delira e
reflete sobre a vida e a
morte.
Negativas:
O livro termina com
reflexões de Brás
acerca de suas não
conquistas. É um
capítulo inteiro de
negativas.
Infância:
Passa a narrar sua vida,
desde o nascimento até,
de fato, seu falecer.
Linha Cronológica do Livro:
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16. B R Á S
Menino-Diabo:
Ele descreve-se
como uma criaça
maldosa, que
manipulava, expunha,
punia e prejudicava
os outros.
Vida Escolar:
O autor decide fazer
uma menção honrosa
aos seus colegas e ao
seu professor,
Barata, que o
detestava.
Amores:
Amou Marcela, com
quem gastou uma boa
quantia de réis, o que
o fez ser enviado a
Coimbra pelo paI.
Coimbra:
Cursou Direito na
Universidade de
Coimbra, prestigiada
instituição de ensino
da época. Brás foi um
aluno medíocre.
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A juventude de Brás Cubas.
17. Reencontro com
Marcela:
Ele a encontra em uma
joalheria e percebe que ela
perdeu seus encantos.
Conhece Eugênia:
Tem seu primeiro e último
contato com Eugênia, sua
conhecida Flor da Moita,
com quem opta por não se
casar.
É prometido a Virgília:
Com quem não se casa, pois
perde a vez a Lobo Neves,
influente figura política da
época.
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Retorno ao Brasil:
18. Tornam-se amantes:
Mesmo não se casando com ela, Cubas acaba por desenvolver
um relacionamento amoroso com a mulher de Lobo Neves.
Alugam uma casa:
Com a finalidade de manterem-se discretos, alugam uma
casinha para que possam namorar. Ela engravida.
Termina a relação:
Lobo Neves deve mudar-se para longe da Tijuca, e ela
deve acompanhá-lo, por isso, termina o namoro.
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19. N Ã O S
Não casou:
Após a partida de
Virgília, ele se
envolve com Nhá-
loló, que acaba por
falecer antes do
casório.
Não virou político:
Sua carreira na política
falhou, pois ele era
medíocre. Tamanha foi
a falha que fez com que
seu pai morresse de
desgosto.
Não consegue
produzir o
emplastro:
Falhou, também, em
seu último projeto de
vida: a produção do
“Emplastro Brás
Cubas”.
Morre sem filhos:
Cubas não tem a quem
deixar seu legado, o
que é descrito com
certo alívio, pois não há
com quem
compartilhar a miséria
humana.
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As não conquistas de Brás Cubas.
20. Sobre a obra:
Referências:
É composta por uma série
de alusões ao cristianismo,
a Shakespeare e ao
paganismo.
Metalinguagem:
É repleto de trechos
compostos com
metalinguagem, na qual
Brás disserta sobre seu
escrito.
Diálogo:
Durante muitas partes do
livro, o narrador comunica-
se com seu leitor,
criticando-o e prevendo
suas reações.
20
Capítulos:
É escrita com capítulos
curtos, como uma forma de
crítica ao Romantismo.
Protagonista vil:
Brás, ao contrário do que se
via no Romantismo, não foi
escrito como um herói.
Critica a aristocracia:
O estilo de vida e as atitudes
negativas da aristocracia
são expostas com exatidão.
21. Sobre o autor:Machado de Assis.
Visionário:
Machado de Assis deu vida a
uma nova vertente literária,
o Realismo.
Crítico:
Acreditava que
acomodavam-se os autores
quando não tinham suas
obras devidamente
analisadas.
Nascimento:
Nasceu no ano de 1839,
portanto, também produziu
para o Romantismo.
21
Prolixo:
Machado voltava-se à
descrição exacerbada de
fatos ao longo de sua
escrita.
Personagens:
Construía personagens com
psicológicos complexos e
personalidades bem
definidas. Seus defeitos
eram evidentes.