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Como interpretar uma obra de arte

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Como interpretar uma obra de arte

  1. 1. COMO INTERPRETAR UMA OBRA DE ARTE
  2. 2. QUESTÕES GUIA Regras de Análise: 1 – Identificar o documento: – Natureza (ilustração, pintura, escultura, fotografia, cartaz, caricatura, etc.). É também importante verificar se a imagem apresentada é uma obra completa ou um fragmento de uma obra mais vasta; – Situação no tempo e no espaço (quando e onde foi produzido); – Autor; – Título/tema; 2 – Identificar o contexto histórico no momento da sua produção; 3 – Discriminar os elementos figurativos e suas inter-ligações (se a complexidade da imagem o exigir, decompô-la em sectores ou planos; 4 – Interpretar/descodificar o documento numa pequena frase ou parágrafo, a mensagem principal do documento.
  3. 3. Velázquez Os quadros de Velázquez são uma única e fascinante combinação de qualidades muitas vezes contraditórias: grandeza e realismo, intimidade e distância. Isto explica se, em parte, pela sua posição na corte de Filipe IV de Espanha, a partir de 1623, pelo que teria de observar e manipular exactamente essas qualidades no intenso e artificial meio duma corte real. As meninas é possivelmente o seu retrato mais empolgante e intrigante. Ao centro, está a Infanta Margarida, de cinco anos, ladeada pelas damas – las meninas – que dão nome ao quadro.
  4. 4. A OBRA EM ANÁLISE Diego Velázquez: As Meninas; 1656, 318 x 276 cm; óleo sobre tela; Museu do Prado, Madrid
  5. 5. O AUTOR • Nasceu em 1599 e morreu em 1660 • Foi o principal artista da corte do rei Filipe IV de Espanha • Descendente de português, mostrou influências de Caravaggio na sua obra • Foi o retrato que fez de Filipe IV que lhe valeu ser contratado pelo rei em 1623 Auto-retrato, 1643.
  6. 6. O AUTOR • Aperfeiçoou-se executando inúmeros retratos da corte e quadros históricos. As visitas de Rubens despertaram nele o desejo de conhecer a Itália e conseguiu ser enviado em missão oficial a todas as províncias italianas, comprando obras de arte para a coroa espanhola e tomando conhecimento do trabalho dos melhores artistas. Filipe IV, 1624-27
  7. 7. DESCREVENDO A OBRA Em 1º Plano Aia da Infanta Uma segunda aia aparece do lado direito do quadro, como quem aguarda as ordens da criança. Atrás dela, uma freira e um padre conversam na sombra. A presença destas duas personagens é uma lembrança do poder da Igreja naquela que era a mais devota nação católica da Europa. A Futura Imperatriz A Infanta Margarida, futura imperatriz, é a figura principal do quadro. Tinha apenas cinco anos quando As Meninas foi pintado. O Jarro de terracota A aia à esquerda estende um jarrinho de terracota vermelha, numa salva de ouro em direcção à infanta, provavelmente com água fresca perfumada.
  8. 8. DESCREVENDO A OBRA Em 2º Plano Os anões e os palhaços constituem um dos divertimentos da corte e aparecem muitas vezes nos quadros de Velázquez. Logo atrás do cão, Mari Bárbola, outra favorita da corte, com as suas feições carrancudas, serve para acentuar a delicada beleza da Infanta. Nicolasito O bobo da corte, Nicolasito, finge pisar o grande mastim adormecido, pormenor que ajuda a criar uma sensação de espontaneidade no quadro.
  9. 9. DESCREVENDO A OBRA Em 2º Plano Orgulhoso Cortesão Apresentando-se no seu rico traje de cortesão, o pintor espreita orgulhosamente por detrás da tela em Os Pincéis relação ao casal real. A etiqueta espanhola era Se repararmos nos pincéis que Velázquez está bastante rígida e poucas pessoas seriam a utilizar, vemos que são extremamente admitidas desta maneira na intimidade da compridos. O pintor é famoso pelas suas ricas família real. No entanto, o artista, em profunda cores harmoniosas e estilo fluído, com longas concentração, inclina-se para trás e observa e visíveis pinceladas. Desenvolveu uma atentamente os seus modelos, sem pressas e técnica na qual os pormenores são claros a sem se deixar distrair pela presença da certa distância, e o comprimento dos pincéis infanta e do seu séquito. Se repararmos na permitia-lhe apreciar mais rapidamente o atitude ensonada do cão no extremo direito, efeito do seu trabalho. temos a sensação de que estavam todos na sala há muito tempo. Uma grande Tela À esquerda, vemos as costas duma enorme tela, apoiada no seu alto cavalete, mas só podemos especular quanto ao que o artista pinta. O tamanho da tela levou alguns especialistas a sugerir que Velázquez está a retratar-se a si próprio enquanto pinta As Meninas, pelo que se nos apresenta simultaneamente a frente e as costas do quadro.
  10. 10. DESCREVENDO A OBRA Em 3º Plano e/ou Ilusões de Óptica O Camarista Espaço A Ilusão de da Rainha O Homem na escada, no fundo da sala, élarga O artista retratou uma invulgarmente José área docamarista sala, o que responsável pelo Nieto, tecto da da rainha, ajuda a criar a conveniente ilusão real espaço -- umaA das governo da casa de no dia-a-dia. sua poucas qualidadesespelho encerra o espaço e, silhueta perto do que ligam esta obra, que rompe com todos os um funcionário da corte, apropriadamente para moldes estabelecidos, Admirador de Rubens com a época barroca, os ganchos da rainha para os parece apontar para o reflexo do rei e do fundo Os quadros pendurados na parede candelabros conduzem ooolhar para o fundo não no espelho,versão da obra Palastalvez, sem que da incluem uma e Aracne de sala e o último neles. apontar para o espelho parece reparássemos rico e colorido de Velázquez e Rubens. O estilo que contém a imagem do casal real. o seu amor pela cor de perspectiva Auxiliares foram muito influenciados pelas obras-primas de Rubens e Ticiano O jogo do claro-escuro na parede lateral aumenta a ilusão da profundidade do quadro. em existentes na Colecção Real Espanhola, Madrid. Outro quadro chave foi os Esponsais dos Amalfi, que na época também pertencia igualmente à colecção. de Luz Fonte A luz do dia entra por uma janela da parede lateral, mas há outras fontes de luz, que servem para modular as sombras. Não é por acaso que a luz emana da área directamente em frente do quadro, ou seja, do local onde posaria o casal real ou onde nós nos encontramos
  11. 11. DESCREVENDO A OBRA Em 4º Plano Duplo Retrato Filipe IV e a sua mulher estão reflectidos no espelho ao fundo da sala, sob um cortinado; portanto, deviam estar a posar onde nós, os observadores do quadro, nos encontramos
  12. 12. BREVE COMENTÁRIO FINAL Esta é uma composição de enorme impacto na representação. A Infanta Isabel está orgulhosamente entre as duas damas de honor, com una anã à direita. Apesar de ser a mais pequena, é claramente a figura central, uma das criadas está ajoelhada perante ela, e a outra inclinada na sua direcção, de modo que a infanta de pé, com a sua saia rodada, torna-se o fulcro do movimento. A anã praticamente do mesmo tamanho da Infanta, é tão feia que Isabel parece delicada, frágil e preciosa em comparação com ela. No lado esquerdo, escura e calma, pode ver-se o pintor propriamente dito na vasta tela. Por cima da cabeça da Infante temos o casal governante reflectido no espelho. A estrutura espacial e posicionamento das figuras é tal que o grupo de as meninas em redor da Infanta parecem estar do «nosso» lado, oposto a Filipe e a sua mulher. Não é apenas o desenho que os beneficia, mas também a atenção do pintor que se concentra neles, pois parece estar a trabalhar no seu retrato. Apesar de só se poderem ver através do reflexo do espelho, o rei e a rainha são o verdadeiro foco da pintura para o qual tudo está dirigido. Como espectadores percebemos que estamos excluídos da cena, pois no nosso lugar está o casal governante. O que parece à primeira vista uma pintura «aberta» Prova ser completamente hermética – uma situação mais intensificada pelo facto de a pintura em frente de Velázquez estar totalmente escondida da nossa visão.
  13. 13. BREVE COMENTÁRIO FINAL A obra-prima de Velázquez é um quadro sobre a pintura, destinado expressamente à contemplação do rei. Sem dúvida, como cortesão ambicioso, o artista aproveitou a oportunidade para encorajar o soberano a reflectir favoravelmente sobre a posição do pintor oficial dentro da corte.

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