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Regulação de Afeto sob Stress

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  1. 1. Emotional Distress Regulation Takes Precedence Over Impulse Control: If You Feel Bad, Do It! Autores: Dianne M. Tice, Ellen Bratslavsky, and Roy F. Baumeister Journal of Personality and Social Ps ychology 2001 Apresentação: Gustavo Viegas Rodrigues
  2. 2. Introdução • Controlar e regular impulsos, comportamentos, emoções é uma das principais características do ser. • A falta de controle leva a problemas pessoais e sociais – uso de drogas, gravidez na adolescência, obesidade, falência, etc. (Baumeister, Heatherton, & Tice, 1994). • Artigo investiga o conflito entre o ajuste do afeto e controle de impulsos. • Trocar a busca de curto-prazo por benefícios de longo prazo. • Até em caráter “evolutivo” o auto-ajuste (auto-controle) avançou. • Entretanto quando as pessoas se sentem mal, o desejo de se sentir bem pode atrapalhar o auto-controle. • Tristeza cria foco no curto-prazo enquanto o auto-controle demanda foco no longo-prazo.
  3. 3. Introdução • O sucesso do auto-controle significa abrir mão de prazeres imediatos em prol de objetivos de longo-prazo. • As formas de saciar o desejo por sentimentos bons envolvem fontes de prazer imediato: álcool, drogas, sexo ilegal, comidas calóricas, dormir demais, compras caras, etc. • O ajuste das emoções pode se sobrepor ao auto-controle trazendo prejuízos. • Objetivo da pesquisa: auto-controle falha em situações em que as pessoas estão muito chateadas.
  4. 4. Introdução • Estudo 1: adaptação da pesquisa de mood freezing. COMER • Manucia, Baumann, Cialdini (1984) • Investiga mudança de comportamento de acordo com a possibilidade (ou não) de ajuste do afeto. • Infere-se que comportamentos que surgem apenas quando o ajuste do afeto é possível são motivados (ao menos em parte) pelo desejo do benefício afetivo. • No estudo 2, foram consideradas as diferenças individuais na nos desejos desregrados de ajuste do humor. RETARDO DE RECOMPENSA • Estudo 3 – variação do apelo afetivo das tarefas para distrair de modo a não conflitarem com as tarefas principais. PROCRASTINAÇÃO
  5. 5. Recapitulação Teórica Dor emocional e falha de ajuste • Comida • Pessoas acima do peso comem mais quando ansiosas ou deprimidas. • Estudo de Greeno & Wing, 1994 – pessoas em dieta foram induzidas a ficar de mau humor e comeram mais. • Efeito “bola de neve” – quanto mais deprimido, mais come, pior fica a dieta, mais aumenta a depressão. • Capacidade de parar de fumar • Pessoas fumam mais quando estão estressadas. • Indução de aumento de ansiedade aumento frequência de fumo. • Durante situações de stress pessoas só sentem-se melhor se fumam! • Bebida • Pessoas acreditam que bebida reduz ansiedade e melhora o humor. • Funciona para doses moderadas; para doses altas, traz mau humor. • Auto-controle funciona enquanto as coisas vão bem!
  6. 6. Recapitulação Teórica Dor emocional e falha de ajuste • Apostas e compras compulsivas • Menos estudados, mas comprovado que o auto-controle não funciona durante stress e as pessoas dizem que se sentem melhor comprando ou apostando. • Violência e agressão • “Quebra” das amarras internas para evitar agressão durante stress. • Gottfredson e Hirschi (1990) propuseram que auto-controle é um fator importante na construção de teorias de criminalidade. • Berkowitz (1989) propõe que todas as formas de afeto negativo contribuem para aumentar agressividade.
  7. 7. Recapitulação Teórica Dor emocional e falha de ajuste • Retardo na recompensa • Pensar em eventos tristes gera mais auto indulgência do que eventos neutros (Mischel, Coates & Raskoff, 1968; Schwarz & Pollack, 1977). • Crianças que pensaram em evento triste desrespeitaram mais a proibição de usar um brinquedo (Fry, 1975). • Quando têm a opção de recompensa menor e imediata, pessoas estressadas as escolhem mais do que as não estressadas, que preferem a recompensa melhor e mais tardia (Mischel, Ebbesen, & Zeiss, 1973; Underwood, Moore, & Rosenhan, 1973; Wertheim & Schwartz, 1983). •
  8. 8. Mas, afinal, por que o stress “bagunça” nosso auto-controle?
  9. 9. Recapitulação Teórica Por que o stress “bagunça” nosso auto-controle? • Auto destruição intencional – o papel da culpa. • Capacidade – impede o pensamento racional. • Leith & Baumeister (1996) provaram que nas formas mais críticas de stress as pessoas não pensavam nas implicações de suas ações, resultando em atos arriscados e auto-destrutivos! • Mesmo em formas mais amenas de stress – como a tristeza – houve aumento no processo de informações que levou ao impedimento da tomada de decisões que valorizassem a recompensa de longo prazo (Clore, Schwarz, & Conway, 1994). • Segundo pesquisas anteriores dos mesmos autores, a mente “se cansa” com o stress e falta energia pra se auto-regular. • Motivação • Apatia – consegue mas não quer! • Rebeldia – vai contra o que é aceito em termos de auto-controle. • Auto-eficácia – pessoa se sente incapacitada a se controlar e foca no curto- prazo.
  10. 10. Recapitulação Teórica Por que o stress “bagunça” nosso auto-controle? • Mudança de prioridades • Ao contrário das teorias apresentadas, a teoria do artigo é a de que o indivíduo muda sua prioridade: ao invés de controlar seus impulsos, busca-se o prazer. • O ajuste do afeto não é uma esfera do auto-controle, mas um caso especial: • É especial porque o controle dos impulsos envolve resistir ao desejo de algo que supostamente fará bem. • A questão é que enquanto estamos bem, uma melhora não será vista como significativa! • Racionalidade foi comprometida – os atos de busca imediata pelo prazer acabam gerando consequências indesejáveis. • Capacidade de auto-controle fez parte da evolução e adaptação humana para o não-aproveitamento de objetivos imediatos. • A hipótese da pesquisa então era essa... que o auto-controle “perde” para a satisfação imediata dos impulsos.
  11. 11. A investigação • Não se preocuparam tanto em demonstrar que o stress piora o auto- controle. • O mais difícil seria demonstrar que o ajuste afetivo media a relação entre o stress emocional e a falha no auto-controle. • Ou seja, é realmente porque as pessoas estão tentando se sentir melhor que elas abandonam o auto-controle? • Pesquisas anteriores tinham demonstrado o efeito acima: • Cialdini e colegas demonstraram que o stress aumentou o comportamento solidário (“helping behavior”). • Manucia et al. (1984) inseriu um efeito “fixante de humor”, mas placebo! Eles deram uma pílula que “impedia mudanças de humor por 1 hora”. • Com isso, as pessoas deprimidas deixaram de ajudar mais! • Ou seja, os tristonhos só ajudaram quando acharam que isso os faria bem!
  12. 12. A investigação • Com isso, os autores buscaram confirmar que as pessoas buscam se sentir melhor e, para isso, testariam a “fixação do humor”. • Deram uma “espiada” em estudos de agressão que tinham resultados interessantes, mas optaram por outras situações de perda de controle: • Ingerir comidas gordurosas • Retardo de recompensa • Procrastinação • Objetivo: demonstrar que o stress emocional afetaria o controle de impulsos, intensificando comportamentos e, mais importante, que isso não aconteceria com pessoas que acreditavam que seu humor foi “fixado”.
  13. 13. Experimento 1 Comida
  14. 14. Experimento 1 – apresentação • Demonstrar que comer alimentos gordurosos, engordativos (e gostosos!) seria uma estratégia de ajuste afetivo. • Conforme mostrado anteriormente, há relatos de episódios de quebra de dietas ou mesmo comedores compulsivos. • Neste experimento, queremos mostrar que essa comilança é mediada pelo desejo de se sentir melhor! • Usou-se o mesmo procedimento de “fixar o humor”, mas sem placebo desta vez. Simplesmente disseram pro grupo-teste que “comer não melhora o humor”. E não falaram nada pro grupo-controle! • O experimento consistia em deixar todo mundo triste e estressado e a hipótese era que o grupo-teste não comeria pra se alegrar, ao contrário do grupo-controle.
  15. 15. Experimento 1 – metodologia • 74 participantes, alunos de psicologia dos primeiros anos. • Foi dito aos alunos que o experimento era sobre personalidade e pedido a eles que lessem um cenário da vida real e que se colocassem como protagonistas da história – identificando-se assim com as emoções provocadas por ela. • Havia uma história triste (criança morria atropelada pelo protagonista) e uma feliz (protagonista salva criança) – 2 grupos. • Os alunos tiveram que ler a história em voz alta e depois escrever sobre o que sentiram. • Em seguida, foi dito aos alunos que seria feito um “intervalo” de 15 minutos para que a memória a respeito das histórias sumisse e eles então participariam de um estudo-piloto não-relacionado a este sobre “as diferenças de percepção a respeito de vários tipos de comida”. #not • Na verdade, nessa etapa mediu-se a principal variável dependente.
  16. 16. Experimento 1 – metodologia • Os participantes tinham que comer 3 tipos de comida: pretzels, cookies de chocolate e bolachinhas de queijo. • Um pouco antes dos alunos começarem a comer, o instrutor disse a eles (do grupo-teste) que a comida não fazia eles se sentirem melhor, simplesmente prolongava o estado de espírito em que eles estavam naquele momento. • Participantes então preencheram formulários sobre seu humor, dieta e um questionário para checar se houve manipulação nas respostas.
  17. 17. Experimento 1 – esquema dos grupos Humor Manipulado Humor Manipulado Felizes Tristes Humor Não Manipulado Humor Não Manipulado Felizes Tristes
  18. 18. Experimento 1 – resultados • A medição dos resultados foi baseada no número de Como eles se unidades que cada participante sentiram após os cenários? comeu. • Como os tamanhos variavam e a bolachinha tinha alta variância, os autores Quanto maior normalizaram e somaram os o número, maio valores de Z pra criar um índice r a comilança de comida ingerida. • ANOVA verificou alta interação entre o humor induzido e a mudança de humor.
  19. 19. Experimento 1 – resultados • Para se entender se os participantes com humor manipulado comeriam menos que os que passaram pelo discurso “frozen mood”, foi feita uma comparação pareada, que revelou diferença consistente com a hipótese: t(34) = 2,09, p < .05, d = .72 • Ou seja, os participantes “tristes” com humor manipulado comeram menos do que os tristes que não foram orientados a respeito da manutenção do humor. • Autores checaram se o humor efetivamente melhorou após os participantes comerem e o resultado foi negativo. • A correlação entre quantidade de comida e o humor foi de apenas .13 e mesmo na condição humor não manipulado e participantes estressados foi de .12 • A dieta usual dos participantes também não interferiu nos resultados.
  20. 20. Experimento 1 – comentários • Vários participantes de humor não-manipulado e felizes tiveram aumento no consumo de comida (versus seu consumo normal(?) ). • Como o procedimento de manipulação do humor dizia que comer manteria o estado de espírito atual, pode ser que eles comeram mais para manterem-se felizes (olha a proteção da memória aqui de novo!). • Ao contrário do que se imaginava, as “dietas” não tiveram efeito moderador: • Como as pessoas em dieta estão acostumadas a controlar os impulsos, esperava-se que elas fossem se sobressair. • Ao conversar com os participantes, os autores aprenderam que, como as opções de comida eram todas não-saudáveis, todos relutariam em comer.
  21. 21. Experimento 1 – comentários • Em terceiro lugar, comer não trouxe nenhuma mudança de humor, embora estudos anteriores confirmem esse comportamento. • Mas então por que as pessoas comem como medida de auto- regulação? • Uma hipótese é que a sensação de satisfação é efêmera – só dura o tempo em que se mastiga e engole – falaremos disso de novo! • Outra hipótese é que as pessoas criam a expectativa sobre o poder de melhorar o humor da comida mas depois se desapontam – também voltaremos nisso! • Por fim, é preciso se atentar que, ao se estimular o grupo-teste e não o grupo-controle, há viés.
  22. 22. Experimento 2 Retardo de recompensa
  23. 23. Experimento 2 – apresentação • Hipótese é a mesma do Experimento 1. • Decidiram testar uma outra variável dependente para reforçarem suas conclusões – Retardo de Recompensa. • Normalmente experimentos são feitos com crianças – 5 minutos pra algo que elas querem pode ser uma eternidade. • Para estudantes universitários, a espera faz parte da realidade. • Para mitigar esse comportamento paciente, Knapp & Clark (1991) criaram o “procedimento da pescaria”: quanto mais se espera, mais peixe se pesca e maior é o lucro. • Os pesquisadores descobriram que os participantes tristes preferiram pescar mais cedo e especularam que isso ocorreu para eles se sentirem melhor.
  24. 24. Experimento 2 – apresentação • Os autores deste artigo, ao contrário, apostam que, na verdade, a regulação afetiva era a variável mediadora. • Neste experimento, um segundo objetivo era também demonstrar que diferenças individuais poderiam moderar o efeito “regulação”. • Ao invés de olhar para uma escala referente à variável dependente, os autores dessa vez escolheram uma escala ligada diretamente ao afeto e regulação do humor – NMR Scale • Aqueles com alto score na escala NMR deveriam priorizar o ajuste de afeto (i.e. benefício imediato) • Contudo, a manipulação do humor minimizaria esse efeito • Os que têm baixo score na escala NMR já não acreditam que eles conseguem (ou devem) se auto-controlar de qualquer forma, então a manipulação do humor não funcionaria mesmo • O procedimento de “fixação do humor” foi feito com velas aromáticas que mantêm o humor inalterado. #not
  25. 25. Experimento 2 – metodologia • 47 alunos dos primeiros anos de Psicologia, divididos em 2 grupos com sessões individuais: humor manipulado e grupo- controle • O experimento começou com a aplicação da escala NMR, seguiu com a leitura da história, momento de manipulação do humor (vela) e teste da pescaria.
  26. 26. Experimento 2 – metodologia Preenchimento da escala Leitura da história triste NMR • Prevê a efetividade de respostas afetivas positivas • Altos scores têm sentimentos disfóricos menos frequentes e • Dessa vez, não havia grupo com reagem melhor ao fim de um “final feliz” relacionamento, por exemplo. • Mais cognições positivas mesmo quando induzidos a ficar de mau humor em laboratório.
  27. 27. Experimento 2 – metodologia Manipulação do humor Tarefa do recurso limitado • Participantes precisavam decidir o quanto pescariam • Foram informados que quanto mais • Foi acesa uma vela aromática pescassem, menos peixe sobrava • Para o grupo com • O desempenho na tarefa foi manipulação/fixação do humor foi relacionado ao provável sucesso na dito que uma das consequências faculdade e na carreira mais comuns da aromaterapia era a • Havia ganho financeiro real (1 ton = manutenção do humor atual $0,01) • Para o grupo com humor • Desempenho ótimo = $ 10 variável, não foi dito nada. • Quantidade de peixe renovada obedecia a uma função em U invertido • Cada participante teve 25 tentativas Ao final do experimento, participantes preencheram a escala Brief Mood Introspection e a Manipulation Check. BMI
  28. 28. Experimento 2 – resultados Manipulation Check Retardo da Recompensa Não foi identificado Como os participantes não foram informados nenhum problema. quando o jogo terminaria, foram consideradas medidas de desempenho: Participantes não 1) Quantidade de peixes pescados estavam estressados. 2) Quantidade de peixes remanescentes no lago Não foram identificadas diferenças significativas A segunda medida é a que indica em humor, apreciação efetivamente o quanto os participantes do jogo ou motivação estavam dispostos a abdicar do lucro imediato para pescar mais peixes – retardaram suas recompensas. entre os dois grupos. Resultado da Regressão Linear
  29. 29. Experimento 2 – resultados
  30. 30. Experimento 2 – resultados Os resultados dos participantes com baixos scores na escala NMR não apresentaram diferença significativa.
  31. 31. Experimento 2 – resultados Por outro lado, os participantes com altos scores na escala NMR apresentaram valores bastante discrepantes para as duas medidas.
  32. 32. Experimento 2 – resultados Diferentemente da quantidade de peixe pescado, a quantidade de peixe restante foi significativamente diferente entre os grupos com e sem manipulação do humor. Ou seja, os participantes de alto score na escala NMR que entenderam que o humor não mudaria resisitiram a pescar mais no início.
  33. 33. Experimento 2 – resultados • Correlação entre humor no final do experimento vs. peixes restantes = -.34 (p< .05) • Para o pagamento, correlação foi -.24 (não significante) • Para os participantes com humor não manipulado, as mesmas correlações foram de -.34 e- A grande diferença mostra o quanto o .25, respectivamente, am stress traz o foco para o presente bas não significantes. imediato. Ou seja, quanto mais peixe sobrou, pior o participante se sentiu.
  34. 34. Experimento 2 – comentários • Replicação conceitual dos resultados do experimento 1. • A capacidade de auto-controle (escala NMR) agiu efetivamente como moderador da necessidade de ajuste de afeto. • Mesmo para os participantes que tiveram seu humor manipulado foi possível observar certa regulação de humor e isso é um fator independente da manipulação do humor. • E os participantes que pescaram mais e mais rápido? Se sentiram melhor então? • Suspeita de que a interrupção arbitrária e abrupta do estudo pode ter chateado os participantes.
  35. 35. Experimento 2 Procrastinação
  36. 36. Experimento 3 – apresentação • Examinar novamente o impacto entre humor manipulado (“fixo”) vs. humor variável na procrastinação – o “depois eu faço isso”. • Participantes testariam suas habilidades numa prova relevante para o ego e tinham a possibilidade de se preparar ou ficar brincando de joguinhos ou lendo revistas. • O auto-controle ideal seria, mais uma vez, resistir ao prazer imediato para receber a recompensa maior mais tarde. • Procrastinação foi ligada a um déficit de auto-controle – apesar de ter sido comprovado não haver déficit de inteligência, há comprovação de deficiência de performance em diversas medidas num estudo longitudinal (Tice & Baumeister, 1987). • Por que as pessoas procrastinam? Porque trabalhar em busca de objetivos pode ser chato e gera ansiedade.
  37. 37. Experimento 3 – apresentação Composição dos Grupos – Indução e Manipulação do Humor BOM HUMOR MAU HUMOR / FIXO / FIXO Grupo em que se acredita que haverá maiores índices de procrastinação BOM HUMOR MAU HUMOR / VARIÁVEL / VARIÁVEL
  38. 38. Experimento 3 – apresentação Composição dos Grupos – Indução e Manipulação do Humor BOM HUMOR MAU HUMOR / FIXO / FIXO O efeito dessa NOVA VARIÁVEL nova variável INDEPENDENTE: independente APELO DAS seria ATIVIDADES polarizador, se PARA DISTRAÇÃO gundo a BOM HUMOR MAU HUMOR literatura. / VARIÁVEL / VARIÁVEL • Os participantes foram divididos em dois grupos: os que tinham atividades para se distrair mais interessantes – jogos desafiadores, vídeo-game e revistas diversas – ou não tão interessantes – jogos para crianças, revistas científicas desatualizadas. • Apesar da composição tríplice de variáveis, os resultados poderiam mostrar padrões não tão diversos.
  39. 39. Experimento 3 – metodologia • 88 estudantes de psicologia. • Divididos em grupos 2 (bom ou mau humor induzido) x 2 (humor manipulado ou não) x 2 (atividades divertidas ou chatos). • Avaliados individualmente. • A procrastinação foi definida como não se preparar para o teste, fazendo qualquer outra coisa - brincando com os jogos ou mexendo no relógio, por exemplo.
  40. 40. Experimento 3 – metodologia Responder Preparação Teste de Ler a história como se Vela acesa para o inteligência sentem “teste” Indução de Manipulação humor de humor • Os alunos foram orientados a respeito da leitura da história (indução de humor positivo ou negativo) e a respeito da vela aromática (manutenção do humor atual ou não). • Os participantes viviam a expectativa da realização do teste, cujo resultado seria determinante para a probabilidade de seu sucesso na vida real.
  41. 41. Experimento 3 – metodologia Responder Preparação Teste de Ler a história como se Vela acesa para o inteligência sentem “teste” Indução de Manipulação humor de humor Experimento real • Os participantes na verdade foram analisados enquanto esperavam para fazer o teste, que, na realidade, não existiu. • Durante a espera para o teste, na qual os participantes poderiam ou não se preparar, um observador anotava o que os alunos faziam a cada 30 seg. • A procrastinação, medida pelo tempo de entretenimento com outras atividades, foi a variável dependente.
  42. 42. Experimento 3 – resultados Outras interações significantes: Atividades legais vs. chatas com a Fixação de Humor: F(1,80) = 5,32; p<.02 Bom humor vs. mau humor com a Fixação de Humor: F(1,80) = 4,12; p< .04 F (1,80) = 16,22 ; p< .001 Essas interações foram qualificadas por Essa tríplice interação está de acordo uma interação mais importante: a com as conclusões iniciais e é o fato tríplice interação entre Atividades gerador de outros resultados. Legais vs. Chatas com Fixação do Humor e Bom vs. Mau Humor
  43. 43. Experimento 3 – Resultados Bom Humor Atividades Humor Fixo Legais Mau Humor Atividades Humor Variável chatas Grupo de participantes que obteve as maiores médias de tempo procrastinando Análise de Contraste mostrou efeito significativo: F (1,80) = 32,70, p < .001
  44. 44. Experimento 3 – Resultados
  45. 45. Experimento 3 – Comentários Procrastinação quase do tempo total
  46. 46. Experimento 3 – Comentários Tendência a gastar mais tempo nas atividades chatas quando o humor foi fixado. (hipótese não – confirmada)
  47. 47. Experimento 3 – Comentários • Não há dados que suportem que os participantes em geral procrastinaram mais quando as atividades eram “legais”. • Apesar de se acreditar que as pessoas evitam realizar tarefas com mais intensidade quando estão de mau humor, também não se pode concluir isso neste experimento. • Há contingências que permitiram ou impediram tal comportamento: • A primeira é a antecipação de que as atividades para distração seriam interessantes. • Um outro fator foi o desejo de se ajustar o humor, quando isso foi apresentado como possível. • Mas afinal, o experimento foi ou não sobre procrastinação? • Não havia adiamento! • Procrastinar leva a uma redução no tempo dedicado a uma tarefa. • No fim das contas, ao procrastinar, o indivíduo “abre mão” de uma performance melhor – que se assume que seria afinal o resultado do “teste”.
  48. 48. Conclusões • O ajuste afetivo – regulação do humor – é a chave para se entender a necessidade de auto-controle. • Quando as pessoas acreditam que não podem alterar seu humor, o ajuste afetivo não acontece. • Não houve suporte à visão de “auto-destruição” neste estudo. • Os participantes do grupo 3 – atividades legais – não abriu mão de se divertir. • Não foi verificado que os participantes induzidos ao humor negativo ficaram incapacitados de ajustar seu humor. • Descobertas anteriores a respeito de melhorias de raciocínio de pessoas tristes enquanto stress grave acarreta diminuição no processamento de informação e geração de comportamento impulsivo (cf. Clore et al.,1994; Leith & Baumeister, 1996) • O comportamento foi diverso entre as condições de humor manipulado e variável. Portanto, não é possível associar os efeitos a partir do humor no processamento de informações.
  49. 49. Conclusões • Quanto à motivação, também não houve nenhuma alteração no quanto os participantes intencionavam buscar objetivos – ao contrário da teoria, a manipulação do humor eliminou a mudança no auto-controle. • Seria possível acreditar que o stress faria as pessoas abandonarem seu auto-controle, o que não ocorreu em nenhum dos casos com manipulação do humor ou no experimento 3 no grupo das atividades chatas. • Auto-eficácia – a argumentação da não ocorrência sob manipulação do humor vale aqui. • “A crença subjetiva de que o humor poderia variar teve papel decisivo na orientação das escolhas comportamentais.”
  50. 50. Conclusões • PORTANTO! • Os indivíduos parecem abrir mão do auto-controle quando é possível que isso lhes traga benefício – que no momento analisado é reduzir o stress e trazer um estado emocional mais positivo. • Apesar de haver implicações morais, analisando-se pragmaticamente o abandono do controle dos impulsos tem certa racionalidade intrínseca.
  51. 51. Só mais uma coisa... • Não há como afirmar que há forma melhor de se conseguir o ajuste afetivo – o humor após os experimentos 1 e 2 não se relacionava da forma esperada com a manipulação ou não do humor. Há 3 possíveis razões para isso: • Falta de instrumentos adequados de medição – pouco provável já que outras medidas foram possíveis e a BMIS já havia sido utilizada com sucesso • A melhora no humor causada pela atividade de ajuste é passageira e, portanto, seu efeito havia passado quando o humor foi novamente medido. • As expectativas estão erradas quanto às atividades que vão fazer os indivíduos sentirem-se melhor – regulação errada ao invés de sub- regulação Baumeister et al., 1994; Carver & Scheier, 1981.). Ou seja, as pessoas escolhem as formas erradas de melhorar seu humor!
  52. 52. Última mesmo! • Conflito entre o ajuste afetivo (imediato) e o auto-controle, ou seja, as pessoas ficam “partidas” entre a auto-indulgência e a auto-negação. • Normalmente, o conflito pende para o lado da indulgência. • Pelo menos no caso de crise emocional significativa. • Os pesquisadores ressaltam que a metodologia escolhida provavelmente subestimou o potencial dos danos que os indivíduos causam a si mesmos com o ajuste afetivo estudado. • Interpretação do apresentador... VALE A PENA RESISTIR AOS IMPULSOS (QUASE) SEMPRE!
  53. 53. Anexos
  54. 54. Negative Mood Regulation (NMR) Scale • The NMR scale is a 30-item scale developed by Catanzaro and Mearns (1990) to measure generalized expectancies to alleviate negative moods. Participants are asked to indicate the degree to which they believe their use of various coping strategies can counteract a negative mood state. • Each item is scored on a five point Likert scale ranging from “Strongly disagree” to “Strongly agree” with a statement completing the stem, “ When I’m upset I believe that....”. • Examples of items include “I can do something to feel better”, “planning how I deal with things will help,” and “wallowing in it is all I can do.” Factor analysis has shown that the NMR scale is unidimensional. • A high score indicates a strong belief that one can alleviate one’s own negative moods through non-pharmacological means. The NMR scale correlates in theoretically predicted ways with instruments assessing anxiety, depression, emotional states and coping responses and has demonstrated discriminant validity from social desirability, depression and locus of control (Catanzaro, 1994; Catanzaro & Mearns, 1990; Mearns, 1991). (Catanzaro & Mearns, 1990) VOLTAR
  55. 55. Brief Mood Introspection Scale (BMIS) by John D. Mayer ____________________________________________________ INSTRUCTIONS: Circle the response on the scale below that indicates how well each adjective or phrase describes your present mood. (definitely do not feel) (do not feel) (slightly feel) (definitely feel) XX X V VV _______________________________________________________________________________ Lively XX X V VV Drowsy XX X V VV Happy XX X V VV Grouchy XX X V VV Sad XX X V VV Peppy XX X V VV Tired XX X V VV Nervous XX X V VV Caring XX X V VV Calm XX X V VV Content XX X V VV Loving XX X V VV Gloomy XX X V VV Fed up XX X V VV Jittery XX X V VV Active XX X V VV _______________________________________________________________________________ Overall, my mood is: Very Very Unpleasant Pleasant -10 –9 –8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 VOLTAR
  56. 56. Anexos – Experimento 1
  57. 57. Anexos – Experimento 2
  58. 58. Anexos – Experimento 3

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