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INTRODUÇÃO
Neste trabalho faliremos de alguns aspectos relacionados a três
filósofos: Heráclito, Demócrito e Pitágoras. Heráclito foi um importante filósofo
pré-socrático, que escreveu com extrema complexidade a respeito da ciência,
a teologia e as relações humanas, Demócrito também foi um filósofo que
escreveu numa prosa arcaica bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco,
sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música, e Pitágoras que foi um
importante matemático e filósofo grego. Nasceu no ano de 570 a. C na ilha
de Samos, na região da Ásia Menor (Magna Grécia). Provavelmente,
morreu em 497 ou 496 a.C. em Metaponto (região sul da Itália). Embora
sua biografia seja marcada por diversas lendas e fatos não comprovados
pela História.
2
HERACLITO
Dados biográficos
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia (atual Turquia).
Diógenes Laércio relata que "Heráclito, filho de Blóson, ou, segundo outra
tradição, de Heronte, era natural de Éfeso. Tinha uns quarenta anos por ocasião
da 69ª Olimpíada (504-501 a.C.). Era homem de sentimentos elevados,
orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros".
Por seu desprendimento em relação ao poder e pelo desprezo que
dedicava aos bens materiais, Heráclito não era simpático aos efésios, que eram
exatamente o seu oposto. Foi, aliás, muito criticado por seus concidadãos
quando conseguiu convencer o tirano Melancoma a abdicar para ir viver nos
bosques, em livre contato com a natureza. Heráclito era acusado de desprezar
a plebe, de se recusar a participar da política - essencial aos gregos) - e de
desdenhar os poetas, os filósofos e a religião.
Nos últimos anos da sua vida, passou a viver ainda mais isolado,
nas montanhas, alimentando-se somente de plantas. Quando adoeceu, atacado
por uma hidropisia, Heráclito foi obrigado a voltar à cidade. Aos médicos, cujo
conhecimento ridicularizava, perguntou se seriam capazes de transformar uma
inundação em seca, aludindo à sua doença. Os médicos não entenderam e
acabaram sendo expulsos por Heráclito.
O filósofo resolveu então recorrer a um curandeiro que lhe
aconselhou imergir-se no estrume pois o calor faria evaporar a água em
excesso que havia em seu corpo. Foi um desastre: os cães de Heráclito não
reconheceram o seu dono, inteiramente coberto de excrementos, e o atacaram,
causando a sua morte. É possível também que a causa da morte de Heráclito
tenha sido com o sufocamento do esterco de vaca. O historiador Neantes de
Cízico (século III a.C.) afirma que, tendo sido impossível retirar o corpo de sob
o esterco, lá permaneceu.
O pensamento Heráclito
Os filósofos de Mileto (Tales, Anaximandro, Anaxímenes, entre
outros) haviam percebido o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis,
como o nascimento, o crescimento e a morte, mas não chegaram a problematizar
a questão.
Heráclito, inserido no contexto pré-socrático, parte do princípio
de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer parado - Panta rei ou
"tudo flui", "tudo se move", exceto o próprio movimento.
3
Mas este é apenas um pressuposto de uma doutrina que vai mais
além. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma
alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam;
coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então,
não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma
realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos.
Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. "A doença faz da
saúde algo agradável e bom"; ou seja, se não houvesse a doença, não haveria
por que valorizar-se a saúde, por exemplo.
A doutrina dos contrários
A doutrina da unidade dos contrários é talvez o aspecto mais
original do pensamento filosófico de Heráclito. A lei secreta do mundo reside
na relação de interdependência entre dois conceitos opostos, em luta
permanente; mas, ao mesmo tempo, um não pode existir sem o outro. Nada
existiria se não existisse, ao mesmo tempo, o seu oposto. Assim, por exemplo,
uma subida pode ser pensada como uma descida por quem está na parte de
cima. Entre os contrários se cria uma espécie de luta constitutiva do logos
indiviso.
A teoria de Heráclito é alternativa à ontologia de Parmênides, o
filósofo da unidade e da identidade do Ser, que ensina que é a contínua mudança
a principal característica do não ser.
A partir de seus pressupostos - panta rei e a guerra entre os
contrários -, Heráclito definiu uma arché, um princípio que está em todas as
coisas desde a sua origem: o fogo. Para ele, "todas as coisas são uma troca do
fogo, e o fogo, uma troca de todas as coisas, assim como o ouro é uma troca de
todas as mercadorias e todas as mercadorias são uma troca do ouro"; ou seja,
todas as coisas transformam-se em fogo, e o fogo transforma-se em todas as
coisas.
PITÁGORAS
Fresco de Raphael
Os aspectos matemáticos dos magníficos trabalhos de arte e
arquitetura, tais como os Jardins Suspensos, em Babilónia, e a Esfinge e as
Pirâmides no Egito, bem como outras das sete maravilhas do mundo antigo não
devem ter passado despercebidos a Pitágoras, que deve também ter sido
confrontado com as ideias religiosas e filosóficas do Oriente.
Quando voltou à Grécia, Pitágoras abandonou a ilha de Samos e
mudou-se para Crotona, na "bota" italiana, que, assim como a maior parte do
4
Sul da Itália fazia parte do mundo grego e aí fundou a Escola Pitagórica, cujo
lema era "O número é tudo".
É-lhe atribuída a descoberta do Teorema de Pitágoras, que tem
uma forte influência nos triplos pitagóricos. (Se deseja ver o Teorema de
Pitágoras com animação no GSP consulte a página Escola Pitagórica). O teorema
em si teve origem na Babilónia, séculos antes, visto que os Babilónios
compreendiam muito bem os triplos "pitagóricos". No entanto, os
pitagóricos relacionaram-no com a geometria, generalizando o problema para
além dos números naturais.
Os pitagóricos acreditavam firmemente que a essência de tudo,
quer na geometria, quer nas questões práticas e teóricas da vida do homem,
podia ser explicada através das propriedades dos números inteiros e/ou das
suas razões.
A Pitágoras deve-se também o conceito geométrico do espaço,
como ente contínuo e ilimitado, o estudo e construção dos poliedros regulares
e o dos polígonos.
Pelo estudo das propriedades das figuras, traduzindo-se por meio
de relações entre números, e das propriedades dos números em relação com a
geometria, chegou à noção de número irracional e de grandezas
incomensuráveis.
É muito difícil senão impossível, separar, nas investigações
pitagóricas, a parte de Pitágoras da dos seus discípulos pois que, além do
isolamento, era princípio da Escola Pitagórica que todos os conhecimentos
deviam ser considerados como adquiridos em comum.
Depois da morte de Pitágoras por volta de 500 a. C. e da
destruição do centro de Crotona, onde a maioria dos membros da Escola
Pitagórica foram mortos, a filosofia e o misticismo dos números espalhou-se
pelo mundo grego através dos restantes pitagóricos.
Filolau de Tarento aprendeu a filosofia da matemática através
desses refugiados e foi o primeiro filósofo grego que escreveu a história e as
teorias dos pitagóricos. Platão aprendeu a filosofia pitagórica dos números, a
cosmologia e o misticismo através deste livro escrito por Filolau.
Posteriormente, o pitagórico Teodoro de Cirene (450 A. C.), como
Platão indica no Teeteto, provava geometricamente que os números Ö 3, Ö 5,
...Ö 17, são incomensuráveis com a unidade. Nos Diálogos, Platão apresenta
Teodoro, seu mestre, no acto de ensinar esta propriedade aos próprios
discípulos mediante desenhos geométricos
5
DEMÓCRITO
Demócrito de Abdera (em grego antigo: Δημόκριτος, Dēmokritos,
"escolhido do povo"; ca. 460 a.C. — 370 a.C.) nasceu na cidade de Abdera
(Trácia), e é tradicionalmente considerado um filósofo pré-socrático.
Cronologicamente é um erro, já que foi contemporâneo de Sócrates e, além
disso, do ponto de vista filosófico, a maior parte de suas obras (segundo a
doxografia) tratou da ética e não apenas da physis (cujo estudo caracterizava
os pré-socráticos).
Não há certeza se a teoria foi concebida por ele ou por seu mestre
Leucipo, e a ligação estreita entre ambos dificulta a identificação do que foi
pensado por um ou por outro. Todavia, parece não haver dúvidas de ter sido
Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista.
Demócrito avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem
muitos outros mundos como o nosso.
FILOSOFIA
Aristóteles diz que o raciocínio que guiou Demócrito (e Leucipo)
para afirmar a existência dos átomos foi o seguinte:8 9 o movimento pressupõe
o vazio no qual a matéria se desloca, mas se a matéria se dividisse em partes
sempre menores infinitamente no vazio, ela não teria consistência, nada poderia
se formar porque nada poderia surgir da diluição sempre cada vez mais
infinitamente profunda da matéria no vazio.
LEGADO
OBRAS
Demócrito foi um escritor prolífico e Diógenes Laércio o menciona
como autor de cerca de noventa obras. Dentre estas, destacam-se:
 Pequena ordem do mundo;
 Da forma;
 Do entendimento;
 Do bom ânimo;
 Preceitos.
No entanto, nenhuma obra de Demócrito sobreviveu até os tempos
presente. Assim, tudo o que se sabe dele vem de citações e comentários de
outros autores. Portanto, de sua imensa obra só restaram fragmentos (que
totalizam 300) de suas teorias. A coletânea de fragmentos mais conhecida é a
organizada por Hermann Alexander Diels, em sua obra Die Fragmente der
Vorsokratiker (Os Fragmentos dos Pré-socráticos).
6
CONCLUSÃO
Depois de uma séria pesquisa na cadeira de Filosofia sob tema
“Heráclito, Demócrito e Pitágoras ”, chego à conclusão que Heráclito é o
primeiro pensador a discutir questões relativas ao Ser, e a partir do seu poema
intitulado Sobre a Natureza, ele nos traz as possibilidades de conhecê-lo,
É importante dizer que até agora Pitágoras é considerado um dos
grandes matemáticos da Antiguidade. Pitágoras nasceu por volta de 580 a.C. na
ilha grega de Samos. Viajou bastante pelo mundo, tendo visitado o Egito e
Babilónia, onde entrou em contacto com matemáticos, tendo conhecimento dos
seus estudos sobre os conjuntos de números, agora com o seu nome, os triplos
pitagóricos, e que já eram conhecidos dos cientistas e matemáticos babilónicos
há mais de 1500 anos.
Demócrito foi discípulo e depois sucessor de Leucipo de Mileto.
A fama de Demócrito decorre do fato de ele ter sido o maior expoente da teoria
atômica ou do atomismo. De acordo com essa teoria, tudo o que existe é
composto por elementos indivisíveis chamados átomos (do grego, "a", negação
e "tomo", divisível. Átomo= indivisível).
7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 RUSSELL, BERTRAND (1972). A History of Western
Philosophy, Simon & Schuster, pp.64–65.
 Diógenes Laércio, Vidas e Doutrinas dos Filósofos
Ilustres
 RUSSELL, BERTRAND (1972). A History of Western
Philosophy, Simon & Schuster.
 Cartas do Pseudo-Hipócrates, IV, XXXII, século I dC
 Seneca, de Ira, ii.10; Aelian, Varia Historia, iv.20.
 Democritus – Dictionary definition of Democritus.
Página visitada em de 2010.
 Pamela Gossin, Encyclopedia of Literature and
Science, 2002.
 Aristóteles, Da Geração e da Corrupção
 Aristóteles, Metafísica
 Michel Onfray, Contra-História da Filosofia, vol 1
 SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros
Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª Ed., Porto Alegre: Edipucrs,
2003Flavius Philostratus, The Life of Apollonius of Tyana , , trad. F. C.
Conybeare, Vol. 2, London, 1912, Book VI, p. 39.
 Clemente de Alexandria. Stromata (em inglês). [S.l.:
s.n.]. vol. I.14 65.
 Em defesa de Heráclito, ver NIETZSCHE, F.,
[http://www.ebah.com.br/nietzsche-a-filosofia-na-epoca-tragica-dos-
gregos-doc-doc-a2632.html A filosofia na época trágica dos gregos,
capítulos 5 a 9 (p. 8 a 14).
 Diógenes Laércio, Vidas dos filósofos, IX 3
 SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros
Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª edição. Porto Alegre: Edipucrs,
2003, pp. 167–271.

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Heráclito, demócrito e pitágoras

  • 1. 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho faliremos de alguns aspectos relacionados a três filósofos: Heráclito, Demócrito e Pitágoras. Heráclito foi um importante filósofo pré-socrático, que escreveu com extrema complexidade a respeito da ciência, a teologia e as relações humanas, Demócrito também foi um filósofo que escreveu numa prosa arcaica bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco, sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música, e Pitágoras que foi um importante matemático e filósofo grego. Nasceu no ano de 570 a. C na ilha de Samos, na região da Ásia Menor (Magna Grécia). Provavelmente, morreu em 497 ou 496 a.C. em Metaponto (região sul da Itália). Embora sua biografia seja marcada por diversas lendas e fatos não comprovados pela História.
  • 2. 2 HERACLITO Dados biográficos Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia (atual Turquia). Diógenes Laércio relata que "Heráclito, filho de Blóson, ou, segundo outra tradição, de Heronte, era natural de Éfeso. Tinha uns quarenta anos por ocasião da 69ª Olimpíada (504-501 a.C.). Era homem de sentimentos elevados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros". Por seu desprendimento em relação ao poder e pelo desprezo que dedicava aos bens materiais, Heráclito não era simpático aos efésios, que eram exatamente o seu oposto. Foi, aliás, muito criticado por seus concidadãos quando conseguiu convencer o tirano Melancoma a abdicar para ir viver nos bosques, em livre contato com a natureza. Heráclito era acusado de desprezar a plebe, de se recusar a participar da política - essencial aos gregos) - e de desdenhar os poetas, os filósofos e a religião. Nos últimos anos da sua vida, passou a viver ainda mais isolado, nas montanhas, alimentando-se somente de plantas. Quando adoeceu, atacado por uma hidropisia, Heráclito foi obrigado a voltar à cidade. Aos médicos, cujo conhecimento ridicularizava, perguntou se seriam capazes de transformar uma inundação em seca, aludindo à sua doença. Os médicos não entenderam e acabaram sendo expulsos por Heráclito. O filósofo resolveu então recorrer a um curandeiro que lhe aconselhou imergir-se no estrume pois o calor faria evaporar a água em excesso que havia em seu corpo. Foi um desastre: os cães de Heráclito não reconheceram o seu dono, inteiramente coberto de excrementos, e o atacaram, causando a sua morte. É possível também que a causa da morte de Heráclito tenha sido com o sufocamento do esterco de vaca. O historiador Neantes de Cízico (século III a.C.) afirma que, tendo sido impossível retirar o corpo de sob o esterco, lá permaneceu. O pensamento Heráclito Os filósofos de Mileto (Tales, Anaximandro, Anaxímenes, entre outros) haviam percebido o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis, como o nascimento, o crescimento e a morte, mas não chegaram a problematizar a questão. Heráclito, inserido no contexto pré-socrático, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer parado - Panta rei ou "tudo flui", "tudo se move", exceto o próprio movimento.
  • 3. 3 Mas este é apenas um pressuposto de uma doutrina que vai mais além. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos. Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. "A doença faz da saúde algo agradável e bom"; ou seja, se não houvesse a doença, não haveria por que valorizar-se a saúde, por exemplo. A doutrina dos contrários A doutrina da unidade dos contrários é talvez o aspecto mais original do pensamento filosófico de Heráclito. A lei secreta do mundo reside na relação de interdependência entre dois conceitos opostos, em luta permanente; mas, ao mesmo tempo, um não pode existir sem o outro. Nada existiria se não existisse, ao mesmo tempo, o seu oposto. Assim, por exemplo, uma subida pode ser pensada como uma descida por quem está na parte de cima. Entre os contrários se cria uma espécie de luta constitutiva do logos indiviso. A teoria de Heráclito é alternativa à ontologia de Parmênides, o filósofo da unidade e da identidade do Ser, que ensina que é a contínua mudança a principal característica do não ser. A partir de seus pressupostos - panta rei e a guerra entre os contrários -, Heráclito definiu uma arché, um princípio que está em todas as coisas desde a sua origem: o fogo. Para ele, "todas as coisas são uma troca do fogo, e o fogo, uma troca de todas as coisas, assim como o ouro é uma troca de todas as mercadorias e todas as mercadorias são uma troca do ouro"; ou seja, todas as coisas transformam-se em fogo, e o fogo transforma-se em todas as coisas. PITÁGORAS Fresco de Raphael Os aspectos matemáticos dos magníficos trabalhos de arte e arquitetura, tais como os Jardins Suspensos, em Babilónia, e a Esfinge e as Pirâmides no Egito, bem como outras das sete maravilhas do mundo antigo não devem ter passado despercebidos a Pitágoras, que deve também ter sido confrontado com as ideias religiosas e filosóficas do Oriente. Quando voltou à Grécia, Pitágoras abandonou a ilha de Samos e mudou-se para Crotona, na "bota" italiana, que, assim como a maior parte do
  • 4. 4 Sul da Itália fazia parte do mundo grego e aí fundou a Escola Pitagórica, cujo lema era "O número é tudo". É-lhe atribuída a descoberta do Teorema de Pitágoras, que tem uma forte influência nos triplos pitagóricos. (Se deseja ver o Teorema de Pitágoras com animação no GSP consulte a página Escola Pitagórica). O teorema em si teve origem na Babilónia, séculos antes, visto que os Babilónios compreendiam muito bem os triplos "pitagóricos". No entanto, os pitagóricos relacionaram-no com a geometria, generalizando o problema para além dos números naturais. Os pitagóricos acreditavam firmemente que a essência de tudo, quer na geometria, quer nas questões práticas e teóricas da vida do homem, podia ser explicada através das propriedades dos números inteiros e/ou das suas razões. A Pitágoras deve-se também o conceito geométrico do espaço, como ente contínuo e ilimitado, o estudo e construção dos poliedros regulares e o dos polígonos. Pelo estudo das propriedades das figuras, traduzindo-se por meio de relações entre números, e das propriedades dos números em relação com a geometria, chegou à noção de número irracional e de grandezas incomensuráveis. É muito difícil senão impossível, separar, nas investigações pitagóricas, a parte de Pitágoras da dos seus discípulos pois que, além do isolamento, era princípio da Escola Pitagórica que todos os conhecimentos deviam ser considerados como adquiridos em comum. Depois da morte de Pitágoras por volta de 500 a. C. e da destruição do centro de Crotona, onde a maioria dos membros da Escola Pitagórica foram mortos, a filosofia e o misticismo dos números espalhou-se pelo mundo grego através dos restantes pitagóricos. Filolau de Tarento aprendeu a filosofia da matemática através desses refugiados e foi o primeiro filósofo grego que escreveu a história e as teorias dos pitagóricos. Platão aprendeu a filosofia pitagórica dos números, a cosmologia e o misticismo através deste livro escrito por Filolau. Posteriormente, o pitagórico Teodoro de Cirene (450 A. C.), como Platão indica no Teeteto, provava geometricamente que os números Ö 3, Ö 5, ...Ö 17, são incomensuráveis com a unidade. Nos Diálogos, Platão apresenta Teodoro, seu mestre, no acto de ensinar esta propriedade aos próprios discípulos mediante desenhos geométricos
  • 5. 5 DEMÓCRITO Demócrito de Abdera (em grego antigo: Δημόκριτος, Dēmokritos, "escolhido do povo"; ca. 460 a.C. — 370 a.C.) nasceu na cidade de Abdera (Trácia), e é tradicionalmente considerado um filósofo pré-socrático. Cronologicamente é um erro, já que foi contemporâneo de Sócrates e, além disso, do ponto de vista filosófico, a maior parte de suas obras (segundo a doxografia) tratou da ética e não apenas da physis (cujo estudo caracterizava os pré-socráticos). Não há certeza se a teoria foi concebida por ele ou por seu mestre Leucipo, e a ligação estreita entre ambos dificulta a identificação do que foi pensado por um ou por outro. Todavia, parece não haver dúvidas de ter sido Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista. Demócrito avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem muitos outros mundos como o nosso. FILOSOFIA Aristóteles diz que o raciocínio que guiou Demócrito (e Leucipo) para afirmar a existência dos átomos foi o seguinte:8 9 o movimento pressupõe o vazio no qual a matéria se desloca, mas se a matéria se dividisse em partes sempre menores infinitamente no vazio, ela não teria consistência, nada poderia se formar porque nada poderia surgir da diluição sempre cada vez mais infinitamente profunda da matéria no vazio. LEGADO OBRAS Demócrito foi um escritor prolífico e Diógenes Laércio o menciona como autor de cerca de noventa obras. Dentre estas, destacam-se:  Pequena ordem do mundo;  Da forma;  Do entendimento;  Do bom ânimo;  Preceitos. No entanto, nenhuma obra de Demócrito sobreviveu até os tempos presente. Assim, tudo o que se sabe dele vem de citações e comentários de outros autores. Portanto, de sua imensa obra só restaram fragmentos (que totalizam 300) de suas teorias. A coletânea de fragmentos mais conhecida é a organizada por Hermann Alexander Diels, em sua obra Die Fragmente der Vorsokratiker (Os Fragmentos dos Pré-socráticos).
  • 6. 6 CONCLUSÃO Depois de uma séria pesquisa na cadeira de Filosofia sob tema “Heráclito, Demócrito e Pitágoras ”, chego à conclusão que Heráclito é o primeiro pensador a discutir questões relativas ao Ser, e a partir do seu poema intitulado Sobre a Natureza, ele nos traz as possibilidades de conhecê-lo, É importante dizer que até agora Pitágoras é considerado um dos grandes matemáticos da Antiguidade. Pitágoras nasceu por volta de 580 a.C. na ilha grega de Samos. Viajou bastante pelo mundo, tendo visitado o Egito e Babilónia, onde entrou em contacto com matemáticos, tendo conhecimento dos seus estudos sobre os conjuntos de números, agora com o seu nome, os triplos pitagóricos, e que já eram conhecidos dos cientistas e matemáticos babilónicos há mais de 1500 anos. Demócrito foi discípulo e depois sucessor de Leucipo de Mileto. A fama de Demócrito decorre do fato de ele ter sido o maior expoente da teoria atômica ou do atomismo. De acordo com essa teoria, tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos (do grego, "a", negação e "tomo", divisível. Átomo= indivisível).
  • 7. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  RUSSELL, BERTRAND (1972). A History of Western Philosophy, Simon & Schuster, pp.64–65.  Diógenes Laércio, Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres  RUSSELL, BERTRAND (1972). A History of Western Philosophy, Simon & Schuster.  Cartas do Pseudo-Hipócrates, IV, XXXII, século I dC  Seneca, de Ira, ii.10; Aelian, Varia Historia, iv.20.  Democritus – Dictionary definition of Democritus. Página visitada em de 2010.  Pamela Gossin, Encyclopedia of Literature and Science, 2002.  Aristóteles, Da Geração e da Corrupção  Aristóteles, Metafísica  Michel Onfray, Contra-História da Filosofia, vol 1  SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª Ed., Porto Alegre: Edipucrs, 2003Flavius Philostratus, The Life of Apollonius of Tyana , , trad. F. C. Conybeare, Vol. 2, London, 1912, Book VI, p. 39.  Clemente de Alexandria. Stromata (em inglês). [S.l.: s.n.]. vol. I.14 65.  Em defesa de Heráclito, ver NIETZSCHE, F., [http://www.ebah.com.br/nietzsche-a-filosofia-na-epoca-tragica-dos- gregos-doc-doc-a2632.html A filosofia na época trágica dos gregos, capítulos 5 a 9 (p. 8 a 14).  Diógenes Laércio, Vidas dos filósofos, IX 3  SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª edição. Porto Alegre: Edipucrs, 2003, pp. 167–271.