1. Vários povos colonizaram a África ao longo da história, incluindo fenícios, gregos, romanos, árabes e europeus modernos.
2. No século XIX, as potências europeias dividiram e ocuparam quase toda a África, estabelecendo colônias.
3. A maioria dos países africanos conquistou independência nas décadas de 1950-1990, embora alguns territórios ainda permaneçam sob controle europeu.
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INTRODUÇÃO
A história da colonização da África encontra-se
documentada desde que os fenícios começaram a estabelecer colónias na
costa africana do Mediterrâneo, por volta do século X a.C. Seguiram-se os
gregos a partir do século VIII a.C., os romanos no século II a.C., os
vândalos, que tomaram algumas colónias romanas já no século V da nossa
era, seguidos pelo Império Bizantino, no século seguinte, os árabes, no
século VII e, finalmente, os estados modernos da Europa, a partir do século
XIV.
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HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA
A Colonização Fenícia
A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na
planície costeira do que é hoje o Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta
civilização desenvolveu-se entre os séculos X e V a.C., estabelecendo
colónias em todo o norte de África. Uma das colónias fenícias mais
importantes desta região foi Cartago.
A Colonização Grega
A partir de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo
de expansão, formando colônias em várias regiões, como Sicília e sul da
Itália, no sul da França, na costa da Península Ibérica, no norte de África,
principalmente no Egito, e nas costas do mar Negro. Entre os séculos VIII
e VI a.C. fundaram aí novas cidades, as colônias, as quais chamavam de
apoíkias, palavra que pode ser traduzida por "nova casa".
A Colonização Romana
Em 146 a.C. Cartago foi destruída por Roma no que se pode
considerar a implantação daquele império no Norte de África. O Império
Romano dominou toda a África Mediterrânica, ou seja, a parte do norte da
África e que rodeia o Mar Mediterrâneo, quando ocorreu a descolonização
na África.
A Colonização Árabe
A colonização dos árabes ocorreu durante os séculos VIII e
IX e abrangeu todas as terras que formam o Deserto do Saara e grande
parte da África Ocidental e a zona costeira da África Oriental.
Omã
Durante o século XVIII o Omã estabeleceu várias colónias
ultramarinas, dentre as quais estão o Baluchistão (atual Paquistão), as
Comores, Moçambique, Madagascar e Tanzânia. Porém, com o declínio do
sultanato, tais colónias foram perdidas quando, em 1891 o sultanato vira
protetorado britânico.
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A COLONIZAÇÃO RECENTE DA ÁFRICA
Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-
se com os descobrimentos e com a ocupação das Ilhas Canárias pelos
portugueses, no princípio do século XIV.
O processo de ocupação territorial, exploração econômica
e domínio político do continente africano por potências europeias tem
início no século XV e estende-se até a metade do século XX. Ligada à
expansão marítima europeia, a primeira fase do colonialismo africano
surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e
novos mercados produtores e consumidores.
No século XIV, exploradores europeus chegaram a África.
Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus foram capazes
de capturar milhões de africanos e de os exportar para vários pontos do
mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.
No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo
industrial, começa o neocolonialismo no continente africano. As potências
europeias desenvolveram uma "corrida à África" massiva e ocuparam a
maior parte do continente, criando muitas colônias. Entre outras
características, é marcado pelo aparecimento de novas potências
concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália.
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo
domínio dos territórios africanos intensifica-se. A partilha da África tem
início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que institui normas
para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a divisão da
África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras
potências.
Os únicos países africanos que não foram colônias foram a
Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda
Guerra Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada por
escravos libertos dos Estados Unidos da América.
No início da Primeira Guerra Mundial, 90% das terras já
estavam sob domínio da Europa. A partilha é feita de maneira arbitrária,
não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que
contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos
aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas.
No fim do século XIX, início do XX, muitos países europeus
foram até a África em busca das riquezas presentes no continente. Esses
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países dominaram as regiões de seu interesse e entraram em acordo para
dividir o continente. Porém os europeus não cuidaram com a divisão
correta das tribos africanas, gerando assim muitas guerras internas. Os
seguintes países dividiram a África e "formaram" países africanos
existentes ainda hoje.
A Colonização Portuguesa
A colonização portuguesa na África foi o resultado dos
descobrimentos. A primeira ocupação violenta dos portugueses na África
foi a conquista de Ceuta em 1415. Mas a verdadeira "descoberta" da África
iniciou-se um pouco mais tarde, mas ainda no século XV.
Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a
ocupação das ilhas ainda no século XV, povoamento este que se prolongou
até ao século XIX.
Durante a segunda metade do século XV Portugal foi
estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do
século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as
portas para a colonização da costa oriental da África pelos europeus.
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses
e os holandeses expulsam os portugueses das melhores zonas costeiras
para o comércio de escravos.
A Colonização Francesa
Na África, foi no Senegal que os franceses primeiro
estabeleceram entrepostos em 1624, mas não formaram verdadeiras
colônias até ao século XIX, limitando-se a traficar escravos para as suas
colónias nas Caraíbas. No Oceano Índico, os franceses colonizaram a Île
de Bourbon (actual Reunião), em 1664, Île Royale (actualmente Maurícia),
em 1718 e as Seychelles, em 1756. Durante o reinado de Napoleão, o
Egipto foi também conquistado por um breve período, mas a dominação
francesa nunca se estendeu para além da área imediatamente à volta do
Nilo.
O verdadeiro interesse da França por África manifestou-se
em 1830 com a invasão da Argélia e o estabelecimento de um protectorado
na Tunísia, em 1881. Entretanto, expandiram-se para o interior e para sul,
formando, em 1880, a colónia do Sudão Francês (actual Mali) e, nos anos
que se seguiram ocupando a grande parte do Norte de África e da África
ocidental e central. Em 1912, os franceses obrigaram o sultão de Marrocos
a assinar o Tratado de Fez, tornando-se outro protectorado.
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Entretanto, vários territórios africanos continuam sob
administração francesa, depois de vários referendos:
A ilha de Mayotte, nas Comores; e
A ilha da Reunião e várias outras ilhas que
dependem administrativamente deste departamento ultramarino
francês.
A Colonização Britânica
No final do século XVIII e meados do século XIX, os
ingleses, com enorme poder naval e econômico, assumem a liderança da
colonização africana. Combatem a escravatura, já menos lucrativa,
direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim,
tapetes e animais.
Em consequência disso, os africanos ficam com o mercado
dominado pelos interesses do Império Britânico. Para isso, os britânicos
estabelecem novas colônias na costa e passam a implantar um sistema
administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou
representantes da coroa inglesa. Os ingleses estabelecem territórios
coloniais em alguns países da África Ocidental, no nordeste e no sudeste
e no sul também do continente.
A Colonização Neerlandesa
Os neerlandeses estabeleceram-se na litorânea Cidade do
Cabo, na África do Sul, a partir de 1652 e dominaram o que antes de 1994
era a província do Cabo. Desenvolvem na região uma nova cultura e
formam uma comunidade conhecida como africâner ou bôer. Mais tarde, os
bôeres perdem o domínio da região para o Reino Unido na Guerra dos
Bôeres
A Descolonização da África
A ocupação da África pelas potências europeias prosseguiu
até depois do final da Segunda Guerra Mundial, quando as colónias
começaram a obter a independência, num processo que se chamou
descolonização.
Com exceção do Egito, que tinha proclamado
unilateralmente a sua independência em 1922, e da África do Sul, que se
tinha tornado autónoma em 1910, na forma de domínio do Império
Britânico, os restantes territórios africanos começaram a obter a
independência a partir da década de 1950 e, principalmente, a partir da
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Conferência de Bandung, em 1958, em que participaram os quatro países
africanos independentes nessa data.
A descolonização não foi pacífica, embora nem sempre
fosse forçada através de guerras de libertação, como foi o caso das
colónias portuguesas e da Argélia; as potências coloniais tentaram manter
o seu domínio através do seu apoio a políticos amigos ou através de
vínculos entre os territórios semi-autónomos e a Europa.
Os últimos países africanos a alcançarem a independência,
já na década de 1990, foram a Namíbia e a Eritreia, que tinham ficado sob
administração, respetivamente da África do Sul e da Etiópia, ao abrigo de
uma antiga tutela da Sociedade das Nações.
No entanto, ainda subsistem vários territórios de África
ocupados por países europeus, como as possessões espanholas em
Marrocos e as ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha,
administradas pelo Reino Unido. Outros territórios, como as ilhas Reunião
e Mayotte, decidiram por referendo popular manter-se parte da República
Francesa.
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CONCLUSÃO
Os europeus conheciam a África desde o início da
expansão marítima, principalmente Portugal que tinha Angola e
Moçambique como colônias, mas foi no século XIX que a Europa consolidou
seu domínio no continente africano.
É de salientar que a violenta dominação europeia na África
provocou grandes prejuízos para as culturas dos africanos, pois além das
doenças, os europeus impuseram sua religião, escravizaram o povo e
destruiu as relações culturais existentes entre os povos nativos.
Em nenhum momento as divisões respeitaram os povos
africanos; o poder econômico das potências europeias determinava os
processos de apropriação dos territórios. As novas delimitações
territoriais estimularam rivalidades entre as tribos africanas e facilitou a
sua perda de autonomia porque os europeus se aproveitaram dessa
fraqueza e rivalidade para dominar os povos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TemploDeApolo.net – Civilização grega. Período Arcaico
Da Fonseca, Afonso H Lisboa "Belafrica e os afrodescendentes" no
site Geocities.com acesso em 15 de setembro de 2009
Araújo, Adriene Pereira (2006) “A descolonização da África e do
Mundo Árabe” no site JulioBattisti.com.br acessado a 12 de março
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BIGOTTO, José Francisco. Geografia, sociedade e cotidiano: espaço
mundial. São Paulo: Escala Educacional, 2009.