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  1. 1. A classificação do conhecimento: seres, saberes,currículos, bibliotecas e enciclopédias Burke, Peter. Uma história social do conhecimento. Anjos , Liane. Sistemas de classificação. CBD-0274 – Linguagens documentárias I Profa. Cibele Araújo Camargo Marques dos Santos
  2. 2. Classificação • “As categorias do pensamento humano nunca são fixadas de forma definitiva; elas se fazem, desfazem e refazem incessantemente; mudam com o lugar e o tempo” (Durkein) • Classificação – elemento de elaboração do conhecimento • Sistemas de classificação do conhecimento – lugar / cultura, tempo / quadros de referência (pontos de vista, história) • Categorização e classificação • Categorias (filosofia e lógica) • Classes (princípio de hierarquia) • Antropologia do conhecimento – sistemas de abordagem • Contextos sociais 2
  3. 3. Classificação • A classificação do outro – cultural • Categorias concretas dos povos primitivos • Sistemas ocidentais de categorias (período moderno) • Termos ( ex: magia, filosofia) • mudam de significado à medida que muda o sistema intelectual • Arbitrariedade manifesta em qualquer sistema • Sistemas de classificação • Taxonomias do conhecimento – Classificações dos saberes • Taxonomias – história natural dos animais e botânica – Classificações dos seres • Gesner • Aldrovandi • Lineu 3
  4. 4. Princípios das Classificações Filosóficas dos Saberes 4
  5. 5. Divisão das ciências na classificação dos saberes 5
  6. 6. Divisão das ciências na classificação dos saberes 6
  7. 7. Variedades de conhecimento • Categorias diferentes que mudaram com o tempo • Conhecimento teórico X prático • Conhecimento dos filósofos X empíricos • Ciência (sciencia) X arte (ars) – contexto prático • Arte sem ciência ou prática sem teoria • Conhecimento público e privado • Informação restrita • segredos de Estado • segredos da natureza (filosofia oculta) • segredos alquímicos • segredos técnicos (artesões, ofícios). • Mistérios e métiers 7
  8. 8. Conhecimento • Reforma Protestante • conhecimento religioso compartilhado com os leigos • Reforma das Leis na Itália e Inglaterra • terminologia da leis no vernáculo • Royal Society of Londres • tornou público o conhecimento, publica um dos primeiros periódicos científicos • Ideal do conhecimento público na Idade Moderna com a imprensa • Conhecimento legítimo e conhecimento proibido • Alto e baixo conhecimento (scientia superior et inferior) • Tolosani (1540) • hierarquia na organização intelectual do conhecimento • Conhecimento liberal (clássicos) e conhecimento útil (comércio, processos de produção) • Artes mecânicas • confecção, construção, navegação, agricultura, caça, cura, teatro. 8
  9. 9. Conhecimento • Conhecimento especializado X conhecimento geral / universal • Saber tudo ou saber alguma coisa sobre tudo • Fragmentação do conhecimento • pansóficos X monotemáticos (uno intuitu) • Conhecimento dos livros (concreto) X conhecimento das coisas (abstrato) • Estudar as coisas e não as palavras, • parolagem do filósofos escolásticos, jargão das escolas • Conhecimento quantitativo X conhecimento qualitativo • (sec. XVII, informações estatísticas do Estado) 9
  10. 10. Conhecimento acadêmico e seus campos • Envolvimento em diferentes campos (terrain) • estudiosos defendendo território intelectual dos vizinhos disciplinares. • Imperativo territorial do mundo intelectual • Geografia histórica dos primórdios da academia moderna e seus vários “domínios” • Metáfora-chave do século XVI e Idade Média • árvore com galhos • árvore do conhecimento 10
  11. 11. Arbor scientiae (Lulio) 11
  12. 12. Árvore do conhecimento 12
  13. 13. Árvore de lógica – Árvore de Porfírio 13
  14. 14. Árvore de lógica – Árvore de Porfírio 14
  15. 15. Organização do conhecimento 15 • Organograma do governo francês • árvore do patrimônio e repartições francesas (Charles de Figon)
  16. 16. Organização do conhecimento • Árvore • Dominante X subordinado • Naturalização do convencional (cultura como natureza) • negando os grupos sociais responsáveis, sustentando reprodução cultural e resistindo a inovação • “Sistema” para organização do conhecimento (século XVII) • aplicado a disciplinas específicas e ao conhecimento com um todo • “arqueologia” (Alsted – Foucault) • análise dos princípios subjacentes ao sistema de disciplinas 16
  17. 17. Sistema • Conjunto metódico de princípios interdependentes, sobre os quais se estabelece uma doutrina, uma crença ou uma teoria. • Conjunto de elementos distintos, com características e funções específicas, organizadas de forma natural ou por meios artificiais. • Corpo de normas ou regras, inter-relacionadas numa concatenação lógica e, pelo menos, verossímil, aplicadas a uma determinada área. • Disposição de um conjunto de elementos, organizada de forma a viabilizar mais facilmente seu estudo e compreensão. • Inter-relação de unidades, partes etc., responsáveis pelo funcionamento de uma estrutura organizada. • Qualquer processo de classificação que obedeça a critérios específicos. 17
  18. 18. Classificação do conhecimento acadêmico • tripé intelectual – currículo, bibliotecas, enciclopédias, • Currículo • micropolítica das universidades • necessidades pedagógicas • Bibliotecas • organização sujeita a limitações financeiras e arquitetônicas • Enciclopédias • produtos vendidos no mercado e sujeitas a pressões • A sobreposição dos 3 sistemas • categorias fundamentais da população universitária • (grupo social, equipamento intelectual) 18
  19. 19. Disciplina e ensino • Currículo • metáfora do atletismo clássico • Curso • pista que os estudantes corriam • ordem ou sistema de disciplinas • Disciplina • disciplinae – discere “aprender” • ênfase ao autocontrole, mosteiros, militar, movimento disciplinador (século XVI) • Disciplinas científicas (fins do século XVIII e início do XIX) • institucionalização na forma de departamentos acadêmicos • Universidade medieval • faculdades • (capacidade, ramo do conhecimento, grupo corporativo) • Importância das fronteiras entre os temas no principio da academia moderna (a possibilidade do generalismo) 19
  20. 20. A organização dos currículos • Currículo das universidades européias (1450) • Uniformidade • transferência entre instituições (peregrinatio academia) • Bacharelado em Artes • sete artes liberais • trivium (linguagens – gramática, lógica e retórica - comunicação) • quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música) • três filosofias • ética, metafísica, filosofia natural • Três faculdades superiores • Teologia (rainha das ciências), Direito (civil e canônico) e Medicina. 20
  21. 21. As sete artes liberais 21
  22. 22. A ordem das bibliotecas • Aparência “natural” do sistema tradicional de disciplinas reforçada na segunda perna do tripé • disposição dos livros nas bibliotecas • A ordem dos livros (ordo librorium) – Conrad Gesner • reproduzia a ordem do currículo da universidade • Este princípio sustenta o sistema de classificação (material, físico e espacial) • Bibliotecas – estudo da “arqueologia do conhecimento” (Foucault). • Vestígios físicos de antigos sistemas de classificação. • Catálogos das bibliotecas públicas e privadas e a organização das bibliografias seguiam as mesma ordem. 22
  23. 23. • Catálogo da Biblioteca Bodleiana (1605) separa os livros em artes, teologia, direito e medicina • índice geral de autores • índices especiais de comentadores de Aristóteles e da Bíblia • origem nas bibliografias 23
  24. 24. Bodleian 24
  25. 25. Bodleian 25
  26. 26. Bodleian 26
  27. 27. Bodleian • Catálogo da Bodleian (1620) 27
  28. 28. Bibliografias • A primeira bibliografia impressa (1545) – Gesner (naturalista e bibliógrafo) • (classificar tanto livros como animais) • 10 mil livros de 3 mil autores • 2. volume (1548) Pandectas • classificado por temas 21 seções: • trivium, poesia, quatrivium, astrologia, adivinhação e magia, geografia, história, artes mecânicas, filosofia natural, metafisica, filosofia moral, filosofia econômica, política, direito, medicina, teologia. • Bibliotheca Universalis (1545-1549) • Historiae Animalium (1551) 28
  29. 29. A estrutura das enciclopédias • Encyclopaedia – grego – circulo de aprendizado – currículo educacional • Livros organizados da mesma maneira que o sistema educacional • Destinados a estudantes universitários, curso para autodidatas • Enciclopédias medievais • conhecimento universal • compiladas por professores universitários • As enciclopédias e suas categorias • expressões ou incorporações de uma visão sobre o conhecimento, visão de mundo (Idade Média e período moderno) • Enciclopédia do século XVI organizadas tematicamente • categorias principais • as 10 disciplinas da universidade medieval (3+4+3) 29
  30. 30. Níveis de organização • Organização intelectual no macronível (disciplinas) • Organização no micronível • Organon (“instrumento”) • Categorias Aristóteles • sistema de 10 categorias gerais (substância, quantidade, qualidade, relação, lugar, tempo, posição, condição, ação e paixão) 30
  31. 31. • Rudolf Agricola (século XV) – Tratado de Lógica com 24 tópicos 31
  32. 32. • Philipp Melanchton • Manual de Teologia • (1521) • Organizado por lugares “loci” • cabeça “capita” • tópicos (gerais) • cabeçalhos (específicos) 32
  33. 33. A reorganização do sistema • Pernas de tripé se apoiavam mutuamente • reprodução cultural • Fazendo com que as categorias parecessem naturais e as alternativas, não naturais ou absurdas. • Salutati (séc. XV) e Kant (séc. XVIII) • conflito entre as disciplinas superiores (Teologia, Direito e Medicina) que mantiveram a precedência no início da Idade Moderna • Mudanças do sistema de conhecimento acadêmico e reformulação das instituições • Reprodução X mudança • Esquemas para reformular a classificação do conhecimento (filósofos Bacon, Descartes, Locke e Leibnz) • Ramus • Atacou as classificações usadas principalmente Aristóteles e Cícero (classificação das ciências) • retraçou a fronteira entre lógica e retórica 33
  34. 34. Classificação das Ciências • Savigny – cadeia de 18 disciplinas (3+4+3), poesia, óptica, geografia, cosmografia, física, metafísica, ética, cronologia + 75 ovais ligados por fios • subdivisões das 18 – forma mais flexível de mostrar ligações interdisciplinares. 34
  35. 35. Classificação das Ciências 35
  36. 36. Classificação das Ciências 36
  37. 37. Classificação das Ciências 37
  38. 38. • Alsted • combinar Aristóteles, Ramus, Lúlio. • A grande arte do conhecimento de Kircher • Francis Bacon • solução audaciosa • Novum organon 38
  39. 39. Classificação de Bacon 39 • Currículos, bibliotecas e enciclopédias (séc. XVII e XVIII) adotaram esta classificação
  40. 40. Reestruturação do currículo • Tendência para a diferenciação • especialização • Novas disciplinas autônomas • fragmentação • desmembramento da Física, na Astronomia, Óptica, Química • territorialidade • Reestruturações diferentes em diferentes universidades • Mudança gradual • equilíbrio entre trivium e quadrivium , mudanças lentas em favor do último (Roma e Bolonha). • Sistema dos studia humanitatis (alternativo ao 3+4) • Gramática, Retórica, Poesia, História e Ética. • Ascenção da História (ligações com Direito e Política, Diplomacia – séc. XVII e séc. XVIII) 40
  41. 41. Currículo • Geografia (Cosmografia) e Astronomia • preeminência da universidade no início do período moderno, nos colégios, escolas de navegadores numa época de descobrimentos (sec. XVI e XVII) • Filosofia natural • Física, História natural, Botânica, Química (respeitabilidade a conhecimentos alternativos) 1513 – 1702 • Museu de História Natural de Nova York - 1869 • Novas carreiras acadêmicas como cirurgia e medicamentos (química – farmacologia) • conhecimentos alternativos - sec. XVII • aprendizes destas artes • Medicina e política • Médico do Estado, Anatomia Política no século XVII (formação das disciplinas de Medicina Social) • Filosofia prática • política e economia • formação dos estados centralizados • scientia política sec. XVII – economia política – sec. XVIII. 41
  42. 42. A reestruturação das bibliotecas • Reclassificação • resultado das mudanças na organização das universidades e da multiplicação de livros com a invenção da imprensa • Explosão da informação • vasta quantidade de livros “granditas librorum” • “desordem dos livros” que precisava ser posta sob controle • Gesner – ordo librorum • Os livros eram objetos materiais que tinham que ser colocados em algum lugar – diferente do conhecimento • Bibliografia política (1633) – Gabriel Naudé • bibliografias como obras de referência importantes “bibliotecas sem parede” • Catálogos eram menos resistentes à novidade que os currículos 42
  43. 43. Ordem dos livros • Bibliotheca Universalis • Bibliografia geral Gesner (1548) • assuntos como política, filosofia econômica, geografia, magia e artes mecânicas • arranjo se tornou base para as bibliotecas • Biblioteca Imperial de Viena 43
  44. 44. Ordem dos livros • Francisco de Aráoz – tratado sobre como organizar uma biblioteca (De bene disponenda bibliotheca, 1631) • 15 categorias • 5 categorias religiosas: teologia, estudos bíblicos, história eclesiástica, poesia religiosa e obras dos padres da igreja • 10 seculares: dicionários, livros de lugares-comum (organizados por tópicos), retórica, história secular, poesia secular, matemática, filosofia natural, filosofia moral, política e direito • Biblioteca da Universidade de Leiden (1610) • 7 categorias – catálogo em 1674 acrescentou livros orientais. 44
  45. 45. Ordem dos livros • Gabriel Naudé – Orientação para montar uma biblioteca (1627)- Advis pour dresser une bibliotheque • Sétimo capítulo é sobre classificação 45
  46. 46. Pragmatismo • Soluções pragmáticas • conjunto de disciplinas • Filósofos-bibliotecários ou bibliotecários-filosófos • John Dewey, filósofo pragmático e Mevil Dewey – criador do Sistema Decimal de Classificação 46
  47. 47. Alfabetação das enciclopédias • Mudança veio da invenção da imprensa • tornou as bibliotecas disponíveis com maior rapidez e amplitude • Mais necessárias que nunca com o crescimento do conhecimento impresso • Compiladores estavam audaciosos na categorização de assuntos • A classificação de Bacon teve influência inclusive nas propostas de Naudé, Zara e Chambers. • No início do século XVII, as enciclopédias passam a ter a alfabetação como arranjo principal. 47
  48. 48. O avanço do conhecimento • Inversão na importância relativa • o conhecimento liberal e o conhecimento útil • No século XVIII, o conhecimento útil torna-se respeitável • Ênfase às ciências aplicadas • Mapas do conhecimento • Disciplinaridade X Interdisciplinaridade 48

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