2. O novo relatório sobre mudanças climáticas do
IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas) mostra que estamos diante de
mudanças sem precedentes no clima - algumas
delas irreversíveis.
4. Vamos analisar
juntos as principais
conclusões do
relatório:
E pensar em como nossas
atitudes têm peso sim!
E o que podemos fazer..
5. Para quem vive no Ocidente, os
perigos do aquecimento global
não são mais algo distante,
impactando pessoas em lugares
distantes.
A frase "muito provável"
aparece 42 vezes nas 40
páginas do relatório,
voltado para formulação
de políticas públicas.
Em termos científicos,
isso é equivalente a 90-
100% de certeza daquele
resultado.
"A mudança climática não é um
problema do futuro, está aqui
e agora e afeta todas as
regiões do mundo", diz o
professor Friederike Otto, da
Universidade de Oxford, um dos
muitos pesquisadores do IPCC
As mudanças climáticas estão se intensificando
rapidamente - e são resultado da ação humana
7. No Brasil:
Ondas de frio extremo Incêndios florestais
Inundações em regiões que
nunca tiveram problemas com
chuvas.
8. São paulo, antiga
terra da garoa
01
Do ponto de vista climático, São Paulo
é caracterizada pelo clima tropical de
altitude, devido ao gradativo aumento
da umidade no final da primavera e
início do outono, que são as estações
de transição, respectivamente, para o
verão (chuvoso) e inverno (seco). Uma
intensa garoa regava o solo e o
imaginário de artistas paulistanos.
Atualmente, esta condição praticamente
deixou de existir. Pesquisas recentes
(Fapesp e INPE) demostram o aumento de
tempestades em detrimento da garoa,
isso ocorre devido às ilhas de calor,
que atuam aumentando a velocidade da
evaporação, e à poluição, responsável
pelo material particulado, que serve
como “núcleo de condensação”. Assim, a
velocidade de formação da precipitação
(chuva) é muito maior, dessa maneira,
vão ocorrer mudanças no padrão das
precipitações com maior ocorrência dos
eventos de tempestades.
12. Quando o último
relatório
científico do
IPCC foi
publicado, em
2013, considerar
o limite de
aumento 1,5ºC
como sendo seguro
é a última
alternativa.
"O cenário de
emissões mais
baixas que
avaliamos neste
relatório mostra
que o nível de
aquecimento se
estabiliza em
torno ou abaixo de
1,5°C mais tarde
neste século. Se
seguíssemos esse
caminho, então os
impactos seriam
significativamente
evitados."
Este novo relatório
reafirma esta
conclusão. Em todos os
cenários, esse aumento
de temperatura será
alcançado em 2040, ou
seja, a temperatura
média do planeta vai
ter aumentado em
1,5°C. Embora a
situação seja muito
séria, as mudanças não
vão acontecer
repentinamente.
Um relatório extra
sobre esse limite
de 1,5°C mostrou
que as vantagens de
permanecer abaixo
do limite eram
enormes em
comparação com um
aumento de 2°C.
Para isso, as
emissões de carbono
precisam ser
reduzidas pela
metade até 2030 e
zeradas até 2050.
O limite de aumento de 1,5º C na média de
temperatura está quase sendo ultrapassado
13. No passado, o IPCC foi
criticado por ser
muito conservador na
análise de risco do
aumento do nível do
mar.
A falta de dados
claros fez com que
relatórios anteriores
excluíssem os impactos
potenciais do
derretimento das
camadas de gelo da
Groenlândia e da
Antártica.
A má notícia: Não importa o que façamos, o
nível do mar vai continuar a aumentar
Mas no relatório atual,
há dados que apontam
que os oceanos podem
subir até 2 metros até
o fim deste séculos e
até 5 metros até 2150.
Embora esses números
sejam improváveis, eles
não podem ser
descartados, já que o
cenário atual continua
sendo o de altas
emissões de gases de
efeito estufa.
14. 01
Mas mesmo se controlarmos as
emissões e mantivermos o aumento de
temperatura em torno de 1,5°C até
2100, os oceanos continuarão a subir
por muito tempo no futuro. Isso
porque parte das mudanças climáticas
causadas pela atividade humana até
agora já são irreversíveis.
03
"Esses números de aumento do nível
do mar a longo prazo são
assustadores", diz o professor
Malte Meinshausen, da Universidade
de Melbourne, também um dos
pesquisadores do IPCC.
"As pesquisas mostram que mesmo mantendo o aquecimento em
1,5°C, veremos um aumento do nível do mar de 2 a 3 metros
no longo prazo. E nos cenários de aumento de temperatura
ainda maior, o nível do mar pode subir ainda mais até
2150. Isso é assustador, porque talvez não vejamos isso em
vida, mas algo é que está próximo e será um legado que vai
comprometer o planeta", afirma Meinshausen.
Mesmo que a elevação do nível do mar seja
relativamente branda, ela terá efeitos indiretos que
não podemos evitar. "Com o aumento gradual do nível do
mar, os eventos extremos que ocorreram no passado
apenas uma vez por século ocorrerão com mais
frequência no futuro", diz Valérie Masson-Delmotte,
co-presidente do grupo de trabalho do IPCC que
produziu o novo relatório.
15. A boa notícia: Cientistas têm mais confiança
sobre o que vai funcionar
Apesar dos alertas serem cada vez mais claros
e alarmantes, ainda há um fio de esperança no
relatório.
Os cientistas temem que o clima do planeta
seja muito mais sensível à presença cada vez
maior de CO2 do que se imaginava. Eles criaram
uma expressão - "sensibilidade climática" -
para medir quanto o clima responde a um
aumento específico de temperatura.
No último relatório, de 2013, dados apontavam
que a variação de temperatura caso o nível de
CO2 fosse duplicado ficaria entre 1,5°C e
4,5°C, sem uma estimativa mais precisa.
Desta vez, o intervalo diminuiu e os
cientistas afirmam que novos dados mostram que
o valor mais provável é de 3°C.
16. 01
Por que isso é importante?
03
"Agora somos capazes de restringir
isso com um bom grau de certeza e
então usamos isso para realmente
fazer previsões muito mais
precisas", disse o professor Piers
Forster, da Universidade de Leeds,
e um dos autores do relatório.
Combater essas emissões, provenientes da indústria de
petróleo e gás, agricultura e cultivo de arroz, pode ser
uma grande vitória a curto prazo.
"O relatório anula qualquer debate remanescente sobre a
necessidade urgente de reduzir a poluição do metano,
especialmente de setores como petróleo e gás, onde as
reduções disponíveis são mais rápidas e mais baratas",
disse Fred Krupp, do Fundo de Defesa Ambiental dos Estados
Unidos.
"Então, dessa forma, sabemos que o
zero realmente vai render."
Outra grande surpresa do relatório
é o papel do metano, outro gás de
aquecimento. De acordo com o IPCC,
cerca de 0,3ºC do 1,1ºC que o
mundo já aqueceu vem do metano.
18. O lançamento do
relatório a apenas
alguns meses da
conferência climática
COP26, que será
realizada em Glasgow,
significa que
provavelmente ele será
o alicerce das
negociações. O IPCC
tem histórico nesse
ponto: sua avaliação
anterior em 2013 e
2014 preparou o
caminho para o acordo
climático de Paris.
Este novo estudo é
muito mais forte, mais
claro e mais confiante
sobre o que acontecerá
se os governantes não
agirem.
Justiça será acionada
Se eles não agirem com
rapidez suficiente e a
COP26 terminar de maneira
insatisfatória, os
tribunais podem se envolver
mais.
Nos últimos anos, na
Irlanda e na Holanda,
ativistas ambientais foram
à Justiça para forçar
governos e empresas a
agirem com base na ciência
sobre as mudanças
climáticas.
"Não vamos permitir que
este relatório seja
arquivado por mais inação.
Em vez disso, vamos levá-lo
aos tribunais", disse Kaisa
Kosonen, assessora política
sênior do Greenpeace.
"Ao fortalecer as evidências
científicas entre as emissões
causadas pelos humanos e as
condições climáticas extremas, o
IPCC fornece novos e poderosos
meios para que todos, em todos os
lugares, considerem a indústria de
combustíveis fósseis e os governos
diretamente responsáveis
pela
emergência climática. Basta olhar
para a recente vitória judicial
conseguida pelas ONGs contra a
Shell para perceber o quão poderosa
a ciência do IPCC pode ser", diz
Kosonen.
19. O caso foi ajuizado em abril
de 2019, quando a organização
não governamental
Milieudefensie (Amigos da
Terra – Holanda) ajuizou ação
coletiva contra a Shell,
sustentando que as
contribuições do grupo para as
mudanças climáticas violavam o
dever de cuidado estabelecido
pela legislação holandesa,
além de obrigações de proteção
aos direitos humanos. Em
síntese, o Tribunal ordenou
que a Shell reduza seus níveis
de emissão de CO² em 45% até
2030, em comparação com os
níveis de 2019.
21. Mudança individual não muda a realidade,
mas mudança estrutural sem aspectos
individuais também não se sustenta muito
tempo.
Tem que avaliar duas
coisas: proporção e
raiz do problema. O
seu consumo de
plástico não é a raiz
do problema de
plástico mundial e a
proporção é pequena
comparado à indústria,
a mesma que gera
demanda por plástico.
Mas isso não torna
tudo bem usar copo de
plástico todo dia.
Então, se você tem
como evitar usar copo
de plástico
descartável todo dia,
isso significa que sua
ação individual gera
impacto sim. É pequeno
diante da estrutura,
mas existe. Só que a
indústria vê o
plástico no canudinho
diminuir e vai enfiar
em outra coisa. E aí?
Como fica?
Fica no seu entendimento que o
individual não é um espaço separado da
estrutura. Há relação, troca,
negociação e oposição. Isso de dar
exemplo é muito importante e não deve
ser rejeitado assim. Dar exemplo
incentiva práticas alternativas e
imaginação de um mundo diferente. Dar
exemplo mostra a obsolescência de
certos hábitos e faz a gente perceber
que outras mudanças mais profundas são
necessárias
22. O que
podemos
fazer?
1. Produzir menos lixo: Evite comprar produtos com
muitas embalagens e sempre recicle o que for
possível. A decomposição do lixo libera CO₂ e
metano, gases que contribuem para o efeito estufa.
2. Ir de transporte público ou bike: A queima de
combustíveis fósseis pelos meios de transporte é a
principal fonte de emissão de gases do efeito
estufa nas cidades. Assim, utilizar transporte
coletivo contribui para amenizar a emissão desses
poluentes.
3. Consumir produtos locais: Produtos produzidos
localmente não necessitam ser transportados a
longas distâncias e, portanto, dispensam as
emissões de gases do efeito estufa que os caminhões
geram ao rodar centenas e centenas de quilômetros
carregando mercadorias.
4. Moderar no ar-condicionado: Ares-condicionados
liberam gases do tipo HFC, mais potentes que o CO₂
quando se trata de prender os gases do efeito
estufa na atmosfera.
23. Chegou a hora da ação!
A PARTE 2 DO TERCEIRÃO SOLIDÁRIO
- Bazar solidário do 3º ano
Escolher uma ou mais ONG's para doar o dinheiro
arrecadado.
- No bazar solidário podemos montar um ponto na sala
de OPEE que fique aberto para a venda de itens
usados: roupas, objetos, livros, brinquedos...
podemos anunciar na internet também (via Instagram).